quarta-feira, 16 de julho de 2014

A TRAGÉDIA DAS ALMAS RETARDATÁRIAS OU ALMAS TÍBIAS - Segundo Pe. Paulo Ricardo

De Pe. Paulo Ricardo.

Há uma doença mortífera ameaçando a Igreja, sem que ninguém se dê conta: são as almas retardatárias. Vários autores espirituais apontam este fenômeno como causa da grande decadência de seminários, congregações religiosas, paróquias e movimentos eclesiais. Em que consiste este câncer que vai, silenciosa e sorrateiramente, tirando a vida da Igreja?

A maior parte dos cristãos experimentou uma “primeira conversão”: antes, vivia uma vida mundana, entregue ao egoísmo; encontrando-se com Cristo, no entanto, rompeu com o pecado como projeto de vida. O problema é que, por falta de formação espiritual, uma multidão parou nesse estágio. Ao invés de crescer na caridade, acomodou-se, tornando-se uma espécie de “anão espiritual”. O padre Reginald Garrigou-Lagrange, no livro “As Três Idades da Vida Interior”, escreve que:

    “Certas almas, como consequência de sua negligência ou preguiça espiritual, nunca saem da idade dos principiantes para continuar na dos proficientes; elas são almas retardatárias, algo parecido com esses meninos, mais ou menos anormais, que não atravessam com sucesso a crise da adolescência e que, ainda não sejam crianças, não chegam nunca ao completo desenvolvimento da idade adulta. Da mesma maneira, essas almas retardatárias ficam sem poder ser catalogadas nem entre os principiantes nem entre os adiantados. E são, por desgraça, muito numerosas.” [1]

Na mesma obra, o pe. Garrigou-Lagrange cita o trecho de um livro do padre jesuíta Lallemant, no qual ele explica que “uma Ordem religiosa vai até a decadência quando o número de tíbios começa a ser tão grande como o de fervorosos” [2]. A tibieza é uma mornidão na qual a pessoa, apesar de ter rompido com os pecados graves, passa a viver a vida tão somente para si, fazendo das “coisas de Deus” desculpas para empreender coisas para si. O pe. Lagrange compara um sacerdote que assim se comporta a “uma espécie de funcionário de Deus” [3]: a religião torna-se mais um “negócio” que uma ocasião genuína para a conversão e para o crescimento interior.

Quais são as características da alma tíbia?

Primeiro, ela começa com a negligência nas pequenas coisas. Deus chama a pessoa a amá-Lo mais, mas ela cede à preguiça e se torna indiferente à Sua voz. – Mas, preocupar-se até com essas coisas não é “moralismo”? – Não. Combater os pecados veniais e os próprios defeitos não é uma questão de “moralismo”, mas de amor: não se para de ofender a quem se ama por cálculos frios e matemáticos, mas pura e simplesmente porque se ama.

Segundo, a pessoa passa a fugir dos sacrifícios. Com uma visão do “justo”, a pessoa oferece a Deus o seu “mínimo”, a sua obrigação. Ignora – ou finge ignorar – que, deste modo, sem generosidade, não haverá para ela nenhum crescimento espiritual.

Terceiro: não podendo pecar mortalmente, a pessoa se entrega a “pequenos pecados”, a murmurações e zombarias. Santo Tomás de Aquino, ao falar sobre o pecado da zombaria e do escárnio, cita o salmista: “Qui habitat in cælis irridebit eos – O que habita nos céus rirá deles” [4]. Quem faz gozações com os outros será, ele mesmo, objeto de piada.

A triste consequência da pessoa que está neste estado é que, cedendo pouco a pouco aos pecados veniais, ela se vê atada de tal modo a ponto de tornar-se prisioneira de seus pecados. Com razão diz São Bernardo – citado por Garrigou-Lagrange [5] – que “é mais fácil ver um grande número de pessoas do mundo renunciar ao vício e abraçar a virtude do que um só religioso passar da vida tíbia à vida fervorosa”.

O que está por trás da alma retardatária? “[Está] que em tudo, e a propósito de tudo, se busca a si mesmo, ao invés de buscar a Deus” [6], conclui o pe. Lagrange.

Como remédio para este lamentável estado, é preciso amar mais e esquecer-se de si mesmo. Urge que vivamos para Cristo, que tudo deu e tudo entregou por amor a nós. Como não amarmos de volta um amor tão grande?

CONCLUSÃO 

De. Elmando Toledo

Para Pe. Paulo Ricardo, as “almas retardatárias” ou “almas tíbias” são aquelas que se esqueceram da sua conversão e voltaram às práticas mundanas.
O pecado embora faça parte da natureza humana não deve sobressair as coisas espirituais. Deus nos criou para que possamos servi-lo não em pecado, mas, em santidade.  
Jesus em seu evangelho deixa claro que ou renunciamos a nós mesmos e o seguimos ou então ficamos presos às falsas ilusões. A ganância, o pecado, a soberba, o ter, o prazer deste mundo e o orgulho poderão nos afastar de Deus e como consequência nos levará para o inferno.
Por que Pe. Ricardo chama de “almas retardatárias”? Porque o nosso corpo é formado por matéria, espírito e alma. A alma é a essência do corpo e é imortal enquanto viver para Deus. A alma se torna retardatária porque volta às suas origens e deixa a conversão de lado, trocando as coisas de Deus pelas coisas deste mundo e assim deixa de viver para Deus. Quais as consequências disto? As consequências são graves é a morte eterna.
Satanás é astuto a ponto de nos oferecer um manjar neste mundo em pratos de ouro e cálices de prata com diamantes, ou seja, ele nos aponta diversos caminhos. Um deles é nos oferecer uma fé ou uma religião de facilidades onde o menos preciso seja o compromisso com as nossas cruzes. Uma religião de milagres, de jeitinhos, de busca de prosperidade e riquezas. Assim, ficamos extasiados com esse Jesus que ele nos aponta, um Jesus de facilidades, mas, que nunca sofreu, nem morreu e ressuscitou.
Enquanto que para nós crentes conhecedores da palavra sabemos que a única coisa que nos faz verdadeiros filhos de Deus e discípulos de Jesus é a abnegação das coisas deste mundo. Não existem os famosos jeitinhos, que a teologia dos evangélicos e do jeito como colocam. Jesus é claro e radical.
Quanto às riquezas Jesus disse: (Cf. Mt6, 24) “Não podeis servir a dois Senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou amará um e odiará o outro”. “ Portanto, não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
Quanto a ser verdadeiros discípulos Jesus disse: (Cf. Mc8, 34-36) “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo  tome sua cruz e me siga!” – “Pois o que quiser salvar sua vida, perde-la à. Mas o que perder sua vida por amor a mim e ao evangelho vai salvá-la”. “Pois de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua vida?”
Uma vez batizados, inseridos na única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo, nosso compromisso é viver segundo Jesus Cristo e sua Igreja. Somos a Igreja viva, o Corpo Místico de Cristo e como tal, nosso compromisso deve ser buscar sempre viver as coisas do alto. Mortificando-nos neste mundo, para buscar viver a verdadeira vida de filhos de Deus.
Hoje o que se vê são pessoas que não aceitam viver segundo o Evangelho nem aceita a doutrina da Igreja porque ela nunca vai se aliar as leis deste mundo. A Palavra de Jesus é imutável e não existe outra maneira de se chegar ao Céu senão passar pelo crivo da renúncia e da abnegação deste mundo.
Satanás entende as Escrituras, está muito 

mais atento do que certos “católicos” e “evangélicos” por aí que vivem com a Palavra em baixo do braço ou aberta nas estantes de suas casas se empoeirando. Satanás deseja oferecer as coisas fáceis deste mundo e agora de uma forma mais convincente ele está usando pessoas para anunciar um Jesus de facilidades. Um Jesus que nunca passou pela Cruz, um Jesus que faz você ficar rico, é a chamada “determinação” eu determino que Jesus me cure, me faça prosperar, me dê uma vida boa, me faça milagres etc. Tudo isso causa uma empolgação nas pessoas. Quem não quer ser rico? Ter sucesso ou o carro que gostaria? Então satanás usa os falsos “pastores” para dizer que basta determinar que Jesus faça aquilo que eu desejar. Na verdade conseguem até. Mas será que é Jesus quem dá? Então Jesus está mentindo no seu Evangelho em Mt 6, 24? - quando se refere às riquezas. Jesus mentiu quando disse quais as condições para segui-lo, escrito em Mt 8, 34? Não isso não é possível, pois Ele mesmo disse "todas as

E as pessoas abandonam a verdadeira Igreja, deixa de praticar a fé, e passa a buscar as facilidades que os falsos pastores oferecem em nome de Jesus, mas, na verdade é em nome de satanás.(Mt7, 15 - Mt 24, 23-24 - Mc 13, 22-23 - Lc 4, 4)
"Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras, é semelhante a um homem que edificou sua casa sobre a rocha...Veio a tempestade e elas não puderam destruí-la. Mas quele que não ouve minhas palavras e não as observa é semelhante ao home que fez sua casa sobre a areia... veio a tempestade de grande foi a sua ruína". (Lc6, 47-49)   
Aí o sacrifício da Cruz de Jesus a sua salvação, a sua palavra e a sua doutrina jogamos tudo pelo ralo porque agora a moda agora é um Jesus que aceita nossas ordens. Jesus não é aquele que nos ensinou que acima de tudo está a vontade do Pai ao qual Ele mesmo se sujeitou. Jesus agora é um Jesus que obedece à nossa vontade. Então esse reino do Céu existe? Negamos até a Oração do Pai Nosso onde Jesus nos ensina a respeitar a vontade de Deus.
Essas são as Almas Retardatárias. São aquelas que um dia se converteram, mas, agora voltaram senão às práticas do paganismo, buscando seitas gnósticas, esoterismos, bruxarias, feitiçarias, horóscopos... Buscam um Deus de facilidades sujeito a nossa manipulação que faça tudo que a gente quer. E quando se da conta negam a própria existência de Deus, fazendo com que  estas almas reneguem a santidade e se tornem ateus convictos. Aí satanás alcança sua vitória, porque o seu único objetivo é enganar a alma, roubar sua essência e conduzi-la á perdição eterna.
Jesus deixa claro que aquele que aceita o Evangelho, aceita seguí-lo mas depois se arrepende não é digno do reino dos Céu. (Lc9, 62). 
Buscai primeiro o reino de Deus e sua Justiça. E tudo mais lhe será dado de acréscimo. (Lc12, 31)
É um assunto muito sério pra se discutir e pensar. Pois a Igreja está cheia de pessoas assim e quantas já passaram pro outro lado por falta de fé? Essas almas se não voltarem ao convívio, ao seio da Igreja e às verdadeiras práticas cristãs, se não se converterem, não conseguirão se salvar definitivamente!
     

  




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