quarta-feira, 1 de julho de 2015

NA SANTA MISSA JESUS CRISTO NOS DÁ O PÃO DA VIDA ETERNA

Precisamos comer bem para viver. Sem alimento nosso corpo se enfraquece e morre. Por isso tomamos várias refeições durante o dia. Se fazemos um trabalho em que exige muito esforço físico, comemos mais para repor os nutrientes que perdemos. Estamos falando nossa vida neste mundo e do nosso corpo material. Mas e na vida eterna? O nosso espírito exige algum alimento em especial?

Claro que sim. Nós cristãos sabemos que assim como nosso  corpo precisa se alimentar e estar bem fisicamente, nosso ser espiritual também precisa estar nutrido da graça de Deus; pois, somos corpo, alma e espírito. E esse é o principal motivo que levou Jesus a instituir a Eucaristia. Jesus quer que nosso corpo e a nossa alma seja plena da graça divina.

Se nós nos preocupamos com nosso bem estar físico, muito mais devemos nos preocupar com nosso bem estar espiritual. É dever de todo cristão alimentar-se e nutrir do pão da Palavra de Deus através da Sagrada Escritura e do Pão da Eucaristia. Isto é Jesus presente em nosso meio através do seu Corpo, Sangue, alma e divindade contidos no pão e vinho consagrados em toda Santa Missa.
Jesus não quer que cheguemos "desnutridos" e enfraquecidos no Céu. Tampouco deseja que morramos eternamente sem os "nutrientes" que a graça salvífica de sua Cruz nos deixou.
Por isso a Eucaristia é a verdadeira comida e a verdadeira bebida. 
Quando comungamos nas Missas, é Jesus que sedá em alimento e através daí nos assimilamos ao seu Corpo e Sangue, o organismo absorve o alimento e desaparecem as diferenças e somos uma coisa só. Jesus se une a nós nos preenche com sua graça.
Por isso, para quem tem dificuldade de entender o Mistério da Eucaristia, a resposta está aí. Jesus deseja e quer morar em nós. Ele quer nos santificar de todas as formas e por isso escolheu esse jeito de ficar bem juntinho a nós. A cada Eucaristia que recebemos, Jesus nos transmite a sua graça santificadora, ao mesmo tempo que nosso ser e nossa alma está plena da presença de Jesus. 

Se não cremos na Eucaristia não podemos crer em Jesus. Pois Ela é Jesus. Se não pertencemos a Igreja corremos os risco de não obter a salvação porque é nela que Jesus oferece todos os meios para estar junto dele e com ele para sempre. 

Vamos recordar no Evangelho de João (Jo6, 51-55):
Depois do milagre da multiplicação dos pães, Jesus disse aos judeus:
"O pão que vos darei é a minha carne, entregue para a vida do mundo". Puseram, então, os judeus a perguntar entre si: "Como pode este dar de comer sua carne?"
Jesus respondeu: "Em verdade em verdade vos digo: se não comeres a carne do filho do homem e se não beberdes de seu sangue, não tereis vida em vós. Quem come minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é a verdadeira comida e o meu sangue a verdadeira bebida".

O que Jesus prometeu?
De fato Jesus estava falando da Eucaristia. Pois, o ato de comer a carne e beber o sangue humano é prática de canibalismo. É o que muitos na hora deviam ter pensado ao dizer: "Como pode este dar de comer sua carne?"
Mas Jesus vai mais além, ele fala versículos antes no mesmo capítulo que ele é o Pão da vida. Vamos ler o texto:

(Jo6, 30-35) Perguntaram eles: "Que milagres fazes tu para que acreditemos em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu" (Sl77, 24). Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe então: "Senhor dá-nos sempre deste pão!"
Jesus replicou: "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim nunca mais terá fome, aquele que crê em mim jamais terá sede".

O Pão celeste que recebemos na terra é uma garantia de que ressuscitaremos (no Juízo final) um dia e tornaremos parte no banquete eterno no reino glorioso de Deus. Nela somos todos irmãos, pertencentes a uma mesma família, assim nós vamos nos preparando para a união perfeita, eterna e definitiva com Deus. 

A Eucaristia não é uma fantasia inventada pela Igreja. Ela foi instituída por Jesus e depois da ressurreição, ela é o maior milagre que Jesus fez por nós. Ao mesmo tempo ela é um presente. Se outrora Deus enviou o maná para matar a fome física dos hebreus no deserto. Muito mais é a Eucaristia que nos une a Jesus e nos faz nele um só corpo. Nós somos Igreja pela Eucaristia. Por isso ela é o centro de tudo na vida da Igreja. Ela é a presença real de Jesus em nosso meio. Uma comunidade cristã que não possui a presença de Jesus Eucarístico é uma comunidade deficiente. 

Muitos cristãos aliados às seitas não creem na Eucaristia. Isso é um erro muito grande que nossos "pastores" protestantes fazem porque eles prometem muitos milagres menos o maior de todos a Eucaristia. Quanto a isso devemos estar atentos ao que disse Jesus:
"Todo aquele que o Pai me dá virá a mim e o que vem a mim não o lançarei fora" ... "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim e eu nele. (Jo6, 37. 53-56)  

Vamos recordar no Antigo Testamento que os judeus tinham o costume de oferecer sacrifícios de animais em ação de graças ou em pedido de perdão. Geralmente sacrificavam um bezerro ou um cordeiro em sinal de uma aliança com Deus.

Mas o que isso adiantava perto do pecado que o homem havia ofendido a Deus?
Muito pouco, senão nada. Pois nenhum homem seria capaz de salvar a sua alma. Somente alguém puro, justo e totalmente santo poderia fazer tal ato. De nos tirar desta enrascada que nos meteu satanás desde o início da humanidade. Para isso Jesus Cristo o filho de Deus veio, se encarnou e tornado-se um de nós menos no pecado no resgatou e se entregou por nós na Cruz em um só sacrifício, puro, justo e santo. Jesus não foi obrigado a morrer por nós, ele morreu por livre vontade, por amor a nós. No Antigo Testamento os sacerdotes israelitas ofereciam os animais para o sacrifício, mas estes animais não podiam ter defeitos.
Jesus se entregou por nós na Cruz, como um cordeiro sem mancha sem defeito. Num sacrifício único puro e santo.
João Batista ao batizar Jesus o aponta: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira os pecados do mundo!" (Jo1, 29) 

 Para merecer esta salvação é preciso alguns passos:
1) Crer no Senhor Jesus e aceitá-lo como único Senhor e Salvador.
2) Ser batizado e pertencer a única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo.
3) Tomar posse desta salvação, tornando-se discípulo e seguidor de Jesus.
4) Viver as virtudes dos seus ensinamentos.
5) Participar e viver os Sacramentos que são canais da graça salvadora de Cristo. 

Jesus morreu uma só vez. Mas seu sacrifício na Cruz continua e se atualiza em todas Santas Missas através do sacramento da Eucaristia. Porque isso é necessário? Porque mesmo diante da graça salvadora nós continuamos a pecar. Sem Jesus nossa vida mesmo que tenha infundido em nós a salvação corremos o risco de perdê-la por nossos pecados. Por isso Jesus quis que não só possamos receber a salvação mas a sua presença contínua. E porque as gerações futuras tenham a mesma graça espiritual e o mesmo dom espiritual da sua presença.
Por isso cada missa, cada Eucaristia celebrada é a atualização do mistério Pascal de Jesus Cristo. Sua paixão, morte e ressurreição.

Bem, Jesus cumpriu a promessa de dar-nos seu Corpo e o seu Sangue como havia dito, como alimento para nossa vida divina. Foi então que na última ceia ele instituiu a Eucaristia. Como um sacrifício incruento, isto é, sem a necessidade de derramamento de sangue ou de prática de canibalismo. É por isso que Jesus não permite (salvo em casos especiais por milagres atestados e comprovados) que o vejamos no pão e no vinho a carne e o sangue em espécie pois isso causaria repúdio e não nos permitiria fazer a comunhão.
A Eucaristia não é só um memorial ou uma lembrança do que Jesus fez na última ceia como fazem os protestantes. Ela é o Corpo e Sangue do Senhor presente nas espécies do Pão e do Vinho consagrados. Quem faz isso é o Espírito Santo quando o padre pronuncia as mesmas palavras de Jesus. Para atestar isso o evangelista ao descrever a cena da última ceia, na parte em que Jesus consagra o Pão e o Vinho eles usam o o verbo É, no presente do indicativo. Para dizer que aquilo que Jesus faz é agora, é real, é no ato da consagração. E não o verbo será, vai ser, se tornará, etc. Ele escreve "Isto é o meu corpo!" ... "Isto é o meu Sangue". (Mt26-28).

Ela é também o grande sinal do amor de Deus por nós de uma Nova Aliança. É a Eucaristia que faz com que todo o Novo Testamento seja um novo tratado de paz e amor de Deus para conosco. Um sinal de amor de Deus por nós. "Porque isto é meu sangue, o sangue da nova aliança que será derramado por vós pela remissão dos pecados!" (Mt26, 28) - então aqui aparece o verbo será, porque Jesus ainda estava para se entregar na Cruz por nós. Veja quanto amor Jesus teve por nós, ELE teve o cuidado de instituir a Eucaristia horas antes de sua morte e não depois.            

Desde que o padre oferece o sacrifício da Missa, repetindo o que Jesus fez na última ceia, nosso Senhor Jesus torna-se presente (COM A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO) sob os sinais do pão e do vinho consagrados. Por isso, recebendo o pão e o vinho consagrados nós recebemos o seu Corpo e seu Sangue na hora da comunhão, que é o alimento do nosso corpo e da nossa alma.

Lembre-se: Isso só pode acontecer na Igreja única de Jesus que é a Igreja Católica Apostólica Romana ou Católica de origem grega, de onde os padres e os bispos tem o sacramento da Ordem que receberam dos bispos que são os sucessores legítimos dos Apóstolos. Nenhuma outra denominação por mais séria que seja não possui o poder de celebrar e consagrar. Pois os protestantes e os evangélicos, e Igreja Católica Brasileira, cujos são nossos irmãos na fé, mas estão separados do verdadeiro Corpo de Cristo que é a Igreja Católica. Eles não possui a Eucaristia apenas fazem um memorial da última ceia apenas, comendo e bebendo puro vinho ou suco de uva só para lembrar a última ceia de Jesus.  
Quando na Comunhão nos alimentamos de Cristo, acontece também que nós e Cristo nos tornamos uma coisa só. As diferenças vão desaparecendo. Nós vamos adquirindo os mesmos pensamentos, desejos e sentimentos de nosso Senhor Jesus. Nós nos transformamos naquilo que tomamos. Pois para isso é que serve a Eucaristia.

Muitos tem dúvidas, por que se usa a hóstia e não o pão comum?

1) A hóstia é um pão de farinha de trigo sem fermento como o pão ázimo que era usado pelos sacerdotes do Antigo Testamento na celebração da Páscoa Judaica (conforme Ex13,3) e Jesus utilizou deste pão devidamente escolhido para a celebração da Páscoa com seus discípulos.
2) O vinho utilizado na Missa para a consagração é o vinho sem álcool. Fermentado com o próprio ácido da uva. Também chamado de vinho canônico.
A única diferença do pão ázimo para a hóstia está na confecção; enquanto o pão ázimo, o pão sem fermento é assado e fica meio amorenado, a hóstia é feita de outra maneira com ferramentas modernas de onde fica redonda e branquinha, secada em uma chapa especial ou em alguns casos ao sol; mas é o mesmo pão sem fermento. 

A Igreja não utiliza do pão com fermento para a celebração da Eucaristia por 03 motivos:

1) O pão sem fermento foi utilizado por Jesus. Ele poderia escolher outro se quisesse, mas preferiu seguir a tradição de seu povo como manda a Lei de Moisés. Portanto, a Igreja segue essa mesma tradição, porque a Igreja não tem poder para modificar aquilo que Jesus instituiu. Nenhum sacramento da Igreja pode ser modificado, pois foi instituído por Jesus.

2) Como o pão se transforma na Eucaristia. (Ao contrário das outras seitas que não possui a Eucaristia). O Corpo do Senhor fica guardado no Sacrário para ser adorado e comungado em todas as missas. Se fosse pão fermentado o risco de estragar seria maior e assim poderia ser sacrilégio. 

3) O pão fermentado esfarela muito e na hora da Comunhão pode vir a cair no chão, ser pisado e profanado.

Jesus já tinha pensado nisso e como tal preferiu utilizar o pão sem fermento ou pão ázimo que é mais durável e parte da tradição judaica. No caso das igrejas protestantes onde não há a Eucaristia, eles usam o pão comum e o suco de uva ou vinho, porque se cair, derramar ou azedar não tem problema algum porque ali não existe a presença real de Jesus Eucarístico e sim um memorial da última ceia.  
  
Nós percebemos a presença de Jesus na Eucaristia não é por nossos olhos físicos, se olharmos com os olhos humanos ali vai conter apenas a matéria. Mas a entendemos e a percebemos com os olhos da Fé. Muito embora Jesus já se manifestou fisicamente para nos provar a veracidade da sua presença Eucarística, como já vemos o belo milagre de Lanciano e tantos outros.  

E porque não se guarda o vinho? Pelo mesmo motivo, porque a matéria (o vinho) azeda e assim pode ser sacrilégio.
  
O que nós recebemos e tomamos na hora da comunhão é Jesus. Mas não é Jesus menino, nem Jesus de braços cruzados sem nada pra fazer. É Jesus ressuscitado que, vivo como está nos céus, e que se tornou presente sob os sinais do pão e do vinho para renovar a entrega de sua vida ao Pai, como tinha feito na Cruz.

Por isso, quando comungamos, Jesus nos faz tomar parte da maneira mais completa possível, no seu Sacrifício. Comungar é a maneira mais completa de entregarmos a nossa vida ao Pai junto com Cristo. Isso é muito sério. Por isso Paulo aos Coríntios vem nos alertar que a Eucaristia não é um alimento qualquer, mas a quem comungar deve estar preparado dignamente com o coração limpo sem ódio, sem pecado, sem mácula, pois Cristo fará morada em nós pela Eucaristia.Se não estivermos preparados não podemos comungar, pois ela também pode ser nossa condenação. Não que Jesus nos condene, mas nós nos condenamos recebendo Jesus e fazendo tudo ao contrário depois traindo-o espiritualmente e fisicamente.  

A Eucaristia é a maneira mais completa de acompanharmos Cristo em sua Páscoa, isto é a "passagem" da morte para a ressurreição: comungando nós vamos progressivamente morrendo para o pecado e vivendo a vida nova de amizade com Deus Pai.

O Ideal seria comungarmos todos os dias, não só aos domingos. Mas a Igreja recomenda que o façamos pelo menos uma vez por ano por ocasião da celebração da Páscoa do Senhor.

Cristo pela Comunhão, nos ajuda a morremos para o pecado: desperta em nós o amor de filhos para com Deus, nos preserva do pecado, purifica nossa alma dos pecados, dá-nos força para vencer as tentações. Ele aumenta em nós esta mesma vida divina, ensinando-nos a sermos verdadeiros filhos de Deus em todas as situações de nossa vida.

A Palavra Comunhão é a junção de: comum+união. 
Cristo torna-se nosso alimento na santa missa, não simplesmente para nos encontrar individualmente conosco. Ele está presente entre nós como cabeça do seu Corpo Místico, como chefe do povo de Deus, como videira a qual todos nós somos ramos.
Ele está entre nós como uma refeição familiar para reunir em um só Corpo, num só povo, numa só família. Na Comunhão, quando nós nos tornamos uma coisa só com Cristo, por isso mesmo nos tornamos uma coisa só entre nós. A nossa união fraterna é o fruto principal da Comunhão. 

Ao dar a Comunhão o padre apresenta o Corpo e Sangue de Cristo presente na hóstia consagrada dizendo: "Corpo de Cristo". Nossa resposta é o Amém em alto tom. Com esse "amém" estamos Dizendo que aceitamos receber Jesus na Eucaristia como nosso alimento. Diante disso você também afirma que acredita e que entrega sua vida nas mãos de Deus Pai comprometendo a viver uma vida pura e santa diante de Deus.

Por isso meus irmãos, é necessário como disse uma boa preparação: Fazer uma boa confissão. Jejuar pelo menos uma hora antes da Comunhão e uma hora e meia depois abater-se de se alimentar.
São Paulo nos orienta: "Todo aquele que comer deste pão e beber deste cálice do Senhor indignamente, será culpável do Corpo e Sangue do Senhor. Aquele que Come e bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, (isto é, sem saber o que está fazendo e em pecado grave) come e bebe a própria condenação. (1Cr11, 27. 29)   

       

A QUARTA-FEIRA DE CINZAS E A QUARESMA

  A  Cinza não apaga pecados. A cinza é um sacramental, um rito penitencial, é sinal de conversão; para nos lembrar que somos pó e ao pó v...