domingo, 18 de março de 2018

A PÁSCOA CRISTÃ, O QUE É O TRÍDUO PASCAL? QUAL SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS PASCAIS



Estamos próximos de celebrar a Páscoa cristã ou a Páscoa da Nova Aliança
A Páscoa cristã é a festa mais importante da Igreja e do cristianismo como um todo porque ela a festa da Ressurreição de Jesus. A fé cristã só tem sentido porque Jesus ressuscitou dos mortos conforme tinha predito.


A Páscoa Cristã páscoa é celebrada 46 dias a partir da quarta-feira de cinzas. 

A quaresma termina no Domingo de Ramos dia em que a Igreja recorda a entrada de Jesus  na cidade de Jerusalém e lá é aclamado como rei de Israel, pois, o povo, tinha esperança que Jesus fosse ocupar o trono terreno de Davi, usurpado pelo rei Herodes. 
É importante observar que Jesus é chamado "filho de Davi" - essa expressão aparece quando o anjo anuncia à Maria de Nazaré, " o senhor Deus lhe dará o reino de seu pai Davi" - Lc1, 32 - O cego de Jericó clama: "Jesus filho de Davi, tem piedade de mim!" - Lc18, 38 - antes de sua morte Jesus é recebido com aclamações: "Hosana ao filho de Davi!"  - quando na Bíblia encontramos essa expressão: "filho de Davi", "nosso pai Abraão", "nosso pai Jacó"... significa não só a descendência mas, também a identidade do povo de Israel. 

Jesus é assim chamado porque: a) Jesus era judeu descendente de Davi, b) Referindo-se a humanidade de Jesus. Ele como homem teve uma árvore genealógica. São Mateus inicia seu Evangelho descrevendo a genealogia de Jesus (Cf. Mt1,1). 
Jesus tinha por direito ser o rei de Israel, mas, Jesus recusou esse reinado terreno. O reinado de Jesus é muito maior ele é o Rei do Céu.       
Então a natureza humana de Jesus era judia. A natureza espiritual de Jesus era "Filho do Altíssimo" porque ele é o Filho Unigênito de Deus. "Ele será grande, será chamado filho do Altíssimo" - Lc1, 32). 
Sim, a profecia do anjo Gabriel que diz que a Jesus era dado o trono de Davi foi cumprida. Na festa de Ramos recordamos o dia em que o povo de Israel o aclamou como rei. Porém, Jesus recusou ser rei deste mundo, pois o reinado de Jesus é no Céu e no coração de todos os que crêem em seu nome.      

Já em sua caminhada neste mundo ensinando a verdade ele já deixava claro que seu reinado não era aqui; Jesus anunciava seu reinado era celeste. 

Disse Jesus a Pilatos: "O meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo meus súditos lutariam por mim para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino não é daqui". (Jo18, 36). 

Jesus é o Rei dos céus, Rei dos Reis e Senhor dos senhores;  por isso, ressuscitou no terceiro dia para reinar eternamente como Deus Pai cumprindo o que o anjo tinha anunciado à Maria: "Ele será grande, e reinará na casa de *Davi. Será chamado filho do Altíssimo... e o seu reino não terá fim". (Lc1, 30-33)

É óbvio que o anjo não estava falando de um reinado terreno quando afirmou ele será chamado "Filho de Deus" mas, de um reinado ainda maior o reino dos Céus. Logo, podemos entender que esse "reinar na casa de Davi" significa que Jesus veio trazer a salvação ao seu povo e no entanto eles recusaram. Pois está escrito: "Ele veio para os seus, mas os seus não o acolheram". (Jo1, 11)                 
A páscoa cristã acontece depois da quaresma, (período que dura 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Ramos), que ocorre uma semana antes da Páscoa.

A festa dos ramos incia a celebração da Semana Santa onde onde a relembramos a entrada de Jesus em Jerusalém antes de sua morte e depois nos dias que se segue até o Sábado Santo conhecido popularmente também como "sábado de aleluia"; nesses dias acontece as celebrações que lembram a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Dentro da Semana Santa acontece também a celebração do Tríduo Pascal que se inicia na Quinta-feira santa com a Missa da Ceia e a cerimônia do "lava-pés", se estende pelo Sábado (com exceção da Sexta-feira da Paixão) e termina com a festa maior no Domingo de  Páscoa que comemora a Ressurreição de Cristo. 

O valor da Ressurreição para os cristãos
São Paulo vem nos dizer que "se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria nossa fé". (1Cr15, 14). Qualquer pregação ou ensinamento se torna inútil sem a fé na ressurreição, pois, é pela Ressurreição de Cristo que se solidifica a nossa fé e somos ressurretos pela ressurreição Jesus. Pois assim está escrito: (Rom6, 8).  "Porquanto, todo aquele que morreu já foi justificado do pecado. E mais, se morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos! Pois sabemos que, havendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer novamente; ou seja, a morte não tem mais qualquer poder sobre Ele" …       

A PÁSCOA JUDAICA

Para entender a Páscoa cristã é necessário voltar ao Antigo Testamento. 

A Páscoa Judaica é uma prefiguração da Páscoa de Jesus. É por isso que na liturgia da Palavra da Quinta-feira Santa e do Sábado Santo ouvimos as leituras da narração da  celebração da primeira Páscoa quando os israelitas foram libertos da escravidão do Egito. 

Deus ordenou que fosse celebrada a páscoa como memória daquele dia em que os israelitas deixaram a escravidão para servir ao seu único Deus. Na Páscoa judaica se come ervas amargas embebida em azeite para lembrar do sofrimento da escravidão do povo hebreu no Egito.  
A Festa da Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia, é observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do calendário judaico. Não é difícil de explicar por que os judeus se sentem atraídos pela Páscoa, pois as raízes da Festa, na história judaica, são profundas.

A Páscoa celebra a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. A Páscoa, no hebraico Pessah, junto com a Festa das Semanas Chag há-Shavuót e a Festa dos Tabernáculos ou Cabanas Chag há-Sucót, é uma das três Grandes Festas ordenadas na Bíblia (Deut 16.1-17).
Originalmente, a Páscoa era dividida em duas Festas. Uma era a Festa Agrícola chamada «Festa do Pão Sem Fermento» heb Chag há-Matsót; a outra era uma Festa pastoral chamada «Festa do Cordeiro Pascal» heb Chag há-Pesah. Ambos os feriados se desenvolviam independentemente na época da primavera, durante o mês de Nisã (março/abril).
   
Festa do Cordeiro Pascal é a Festa mais antiga das duas. Nos tempos em que a maioria dos judeus ainda era formada de pastores nômades no deserto, as famílias judaicas comemoravam a chegada da primavera oferecendo o sacrifício de um animal. Neste ponto da Bíblia Moisés pede a Faraó que deixe os filhos de Israel irem até o deserto para celebrarem uma Festa a Yahweh - Javé - (Êx 5.1). Este episódio aconteceu o efetivo Êxodo dos judeus do Egito.
   A Festa do Pão Asimo era  uma Festa Agrícola primaveril separada na qual os camponeses judeus de Israel celebravam começo da colheita de grãos. Antes de cortar os grãos, eles separavam toda a massa azedada (a massa fermentada era usada, em vez de levedura, para levedar o pão).   Com o tempo, estas duas Festas da primavera ficaram associadas com o outro evento ocorrido na primavera: «O Êxodo do Egito». A Bíblia apresenta estas celebrações de primavera da seguinte forma:
   1) A Festa do Cordeiro Pascal, tornou-se identificada com os acontecimentos do Egito, quando Javé «passou por cima» das casas dos Filhos de Israel, poupando-os da décima praga, «a morte do primogênito de cada família egípcia» (Ex 12.25-27).
   2)  Festa do Pão Asimo (sem fermento), conhecida antes da experiência judaica no Egito, foi ligada à repentina saída dos Filhos de Israel do Egito, quando «levou o povo a sua massa antes que estivesse levedada  (Êx 12.34; 23.15).
   Estas duas Festas que eram celebradas antes do Êxodo, portanto, adquiriram na saída dos Filhos de Israel do Egito, uma significação religiosa totalmente nova; exprimem a salvação trazida ao povo de Israel por Yahweh Deus, como explica a instrução que acompanha a Festa (Êx 12.25-27; 13.8).

NARRATIVA DA PÁSCOA ANTIGA (Ex12, 1-51)


E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.
Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.
O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.
E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.
E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.


Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.
E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.
E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
Sete dias comereis pães ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel.
E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós.
Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.
No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde.
Por sete dias não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o natural da terra.
Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães ázimos.
Chamou pois Moisés a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas famílias, e sacrificai a páscoa.
Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até à manhã.
Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir.
Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre.
E acontecerá que, quando entrardes na terra que o Senhor vos dará, como tem dito, guardareis este culto.
E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este?
Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.
E foram os filhos de Israel, e fizeram isso como o Senhor ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.
E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
Então chamou a Moisés e a Arão de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito.
Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me também a mim.
E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se para lançá-los da terra; porque diziam: Todos seremos mortos.
E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus ombros.
Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moisés, e pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e roupas.
E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e despojaram aos egípcios.
Assim partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar os meninos.
E subiu também com eles muita mistura de gente, e ovelhas, e bois, uma grande quantidade de gado.
E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida.
O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos.
E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.
Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.
Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da páscoa: nenhum filho do estrangeiro comerá dela.
Porém todo o servo comprado por dinheiro, depois que o houveres circuncidado, então comerá dela.
O estrangeiro e o assalariado não comerão dela.
Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso.
Toda a congregação de Israel o fará.
Porém se algum estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a páscoa ao Senhor, seja-lhe circuncidado todo o homem, e então chegará a celebrá-la, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela.
Uma mesma lei haja para o natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós.
E todos os filhos de Israel o fizeram; como o Senhor ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
E aconteceu naquele mesmo dia que o Senhor tirou os filhos de Israel da terra do Egito, segundo os seus exércitos.

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Esse foi o mandamento do Senhor Deus para o povo de Israel, que deveria ser lembrado de geração a geração. 
Jesus como era judeu (de Nazaré na Galileia) celebrou várias vezes a festa da Páscoa. Embora nos tempos de hoje já não mais sacrificam os cordeiros no Templo de Jerusalém porque foi destruído. Os judeus ainda celebram a sua Páscoa.
A Páscoa judaica simboliza tudo aquilo que aconteceria com Jesus o filho de Deus. Essa primeira Páscoa é uma acontecimento que marca a libertação física da escravidão do povo de Deus no Egito,  é prefiguração da Páscoa da Nova Aliança.
Muito mais que a libertação do sofrimento em que aquele povo sofria precisava de uma outra libertação, a salvação dos pecados e cujo homem estava preso e por causa da desobediência de nossos primeiros pais o pecado entrou no mundo; Assim está escrito: "Porque todos pecaram e estavam, privados da glória de Deus" (Rom 3, 23). Porém, muitos judeus recusaram a salvação e por causa disso a salvação foi dada primeiro aos gentios. "Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam". (Jo1, 11)   

Ao longo da história Deus não mais se agradou dos sacrifícios expiatórios dos cordeiros. De nada adiantava aqueles sacrifícios pois o sangue de um animal não era capaz de salvar a humanidade. 
Lembrando que a Páscoa judaica era apenas para os judeus não servia para nenhum outro povo. E os sacrifícios de cordeiros que os sacerdotes imolavam em expiação pelos pecados também só servia para os judeus, mas para Deus aquilo erra nulo. 
Nenhum sacrifício com sangue de animais podia remir o homem de seus pecados. Era preciso algo mais, e foi então queno tempo certo Deus enviou seu Filho Jesus para que se tornasse vítima por nós e seu sangue lavasse nossos pecados. 
Jesus aceitou livremente ser sacrificado por nós como um cordeiro manso e humilde. É através do sangue de Jesus que fomos lavados de nossos pecados e nos tornamos herdeiros da salvação.
 João o Batista assim apresentou Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo... Aquele que vos batizará no Espírito Santo e no fogo". " - (Jo1, 29-34)
Jesus veio para nos salvar, para acabar de vez com a matança inútil de animais. Com seu sangue imolado por nós na cruz estendeu seus braços unindo novamente o Céu e a terra, abraçando toda a humanidade que crendo nele e pelo poder de seu Sangue torna-se agora liberto do pecado e da morte. 
ASSIM DIZ O SENHOR JAVÉ: “Que me importam os vossos inúmeros sacrifícios? Para que me trazeis tantos holocaustos? Eis que estou farto de sacrifícios queimados de carneiros e da gordura de novilhos cevados. Ora, não tenho nenhum prazer no sangue de novilhos, cordeiros e bodes!… (Is1, 11-15)
"Não por intermédio do sangue de bodes e novilho, mas, mediante seu próprio  sangue. Ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, conquistando a eterna redenção". (Heb9, 13)
"Assim, considerando que a Lei oferece somente um vislumbre dos plenos benefícios que hão de vir, e não exatamente a sua realidade, jamais poderá, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se achegam para adorar" (Heb10,1)
"Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, para exercer seus deveres religiosos, que nunca podem remover os pecados". (Heb10, 11) 
Jesus anulou a Páscoa Antiga, que para nós cristãos não vale mais nada, pois, somos o povo da Nova Aliança. Jesus o Sumo Sacerdote Eterno aboliu a lei do sábado e o julgo das leis judaicas. 
Jesus cumpriu todas as profecias e toda a Lei de Moisés de uma vez por todas por nós. Jesus cumpriu o sábado tendo descansado no sepulcro, ressuscitou no primeiro dia da semana, no domingo, que a Igreja chama de domingo de Páscoa.

HEBREUS 9, 1-28"Cristo morreu uma só vez para apagar nossos pecados".


"Ora, a primeira aliança tinha regras para a adoração e também um tabernáculo terreno.

Foi levantado um tabernáculo; na parte da frente, chamada Lugar Santo, estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença.

Por trás do segundo véu havia a parte chamada Santo dos Santos,

onde se encontravam o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, totalmente revestida de ouro. Nessa arca estavam o vaso de ouro contendo o maná, a vara de Arão que floresceu e as tábuas da aliança.

Acima da arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam a tampa da arca. A respeito dessas coisas não cabe agora falar detalhadamente.

Estando tudo assim preparado, os sacerdotes entravam regularmente no Lugar Santo do tabernáculo, para exercer o seu ministério.

No entanto, somente o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância.

Dessa forma, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos Santos enquanto ainda permanecia o primeiro tabernáculo.

Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa.

Eram apenas prescrições que tratavam de comida e bebida e de várias cerimônias de purificação com água; essas ordenanças exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem.

Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação.

Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção.
Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma novilha espalhadas sobre os que estão cerimonialmente impuros os santificam de forma que se tornam exteriormente puros,
quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, de modo que sirvamos ao Deus vivo!
Por essa razão, Cristo é o mediador de uma nova aliança para que os que são chamados recebam a promessa da herança eterna, visto que ele morreu como resgate pelas transgressões cometidas sob a primeira aliança.
No caso de um testamento, é necessário que comprove a morte daquele que o fez;
pois um testamento só é validado no caso de morte, uma vez que nunca vigora enquanto está vivo aquele que o fez.
Por isso, nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue.
Quando Moisés terminou de proclamar todos os mandamentos da Lei a todo o povo, levou sangue de novilhos e de bodes, juntamente com água, lã vermelha e ramos de hissopo, e aspergiu o próprio livro e todo o povo, dizendo:
"Este é o sangue da aliança que Deus ordenou que vocês obedeçam".
Da mesma forma, aspergiu com o sangue o tabernáculo e todos os utensílios das suas cerimônias.
De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há perdão.
Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores.
Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor;
não, porém, para se oferecer repetidas vezes à semelhança do sumo sacerdote que entra no Santo dos Santos todos os anos, com sangue alheio.
Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. 
Com um único e verdadeiro sacrifício, Jesus, tendo derramado o seu sangue na Cruz nos libertou do pecado e da morte eterna. Anulando os sacrifícios de bodes e cordeiros que nada adiantava para apagar os pecados. Anulando os sacrifícios também anulou com seu Sangue todo o julgo da Lei antiga nos dando uma Nova Lei e um Novo Mandamento.

 Como todo testamento só é válido após a morte de alguém, foi preciso que Jesus morresse para validar este Novo Testamento selado pelo seu sangue e ressuscitasse no terceiro dia para que também nós com ele ressuscitaremos um dia. 

Jesus cumpriu toda a Lei de uma vez por todas e com sua morte e ressurreição nos trouxe vida nova. 
Da circuncisão que era o sinal da carne, deu-nos o batismo o sinal no Espírito Santo e através do Batismo nossos nomes são escritos no Livro da Vida. Pelo Batismo nos tornamos eleitos, filhos de Deus, membros da Igreja e herdeiros do céu. Ou seja é pelo Batismo que fazemos parte deste Novo Testamento deixado por Jesus. Lavados no seu sangue, purificados pela água do batismo nascemos para a vida eterna. Pelo sangue de Jesus, pela sua morte e ressurreição, a morte e o pecado não tem mais poder sobre nós.              
  
Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam".


A PÁSCOA DA NOVA ALIANÇA - Jesus se torna Sacerdote, Altar e o Cordeiro santo e Imaculado. 


"Na Páscoa da Nova Aliança Jesus aboliu as antigas leis e deu-nos um novo Mandamento."

Banhados no sangue de Cristo pela sua Ressurreição, recebemos nova vida e somos nascidos de novo. 
Antes de se entregar por nós, Jesus Cristo fundou sua Igreja para dar continuidade à Nova Aliança que ele iria inaugurar conosco. A Igreja tem o dever e a missão de celebrar a Páscoa da Nova Aliança. 
Jesus antes de sua morte quis celebrar a Páscoa com seus discípulos. Mas, ele ao celebrar a Ceia pascal deixou-nos o Memorial da Nova Aliança instituindo a Eucaristia. Eucaristia é uma palavra grega que significa "Ação de Graças". 
Antes da Ceia Jesus já tinha dito sobre o instituição da Eucaristia mas, nem mesmo seus discípulos e apóstolos entenderam. Mas Jesus disse que nem tudo eles iriam compreender de imediato somente após a descida do Espírito Santo o "Paráclito" é que eles iriam entender todas as coisas. (Jo 14, 26).
E disse o Senhor Jesus: 
 Jo 6, 48-58: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais no deserto comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu para que não pereça aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem deste pão comer viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo.”

Ou seja, Jesus está dizendo que Deus mandou para o povo o maná, o pão do céu para que eles não morressem de fome no deserto. Mas, Jesus vai fazer mais por nós, ele vai dar-nos a Eucaristia, o Pão da a vida eterna. Ele mesmo se fará alimento por nós. E antes de sua morte, Jesus instituiu a Eucaristia. Seu Corpo e seu Sangue presentes nas espécies de pão e vinho consagrados. Jesus está presente na Eucaristia. O Pão da Vida.     
Os judeus discutiam entre si dizendo: ‘Como este homem pode nos dar a sua carne para comer?'”
 (Eles não entenderam as palavras de Jesus e se escandalizaram.) 
“Então, Jesus lhes respondeu: ‘Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne, e bebe o meu sangue tem a vida. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue é verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele.”
Faço, agora, uma nova pergunta: Há qualquer elemento, nesta imensa série de citações bíblicas, que permitam a conclusão de que Jesus falava de forma figurada?

Particularmente, eu não vejo um sequer. Jesus sempre falou que o pão é a Sua carne e que o vinho é o Seu sangue.
Jesus estava falando da Instituição da Eucaristia. "Pois, meu Corpo é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida!" 
E chegando a sua Páscoa Jesus nos amou até o fim e quis nos dos dar o Sacramento do Amor. Jesus não só quis estabelecer um memorial ou uma lembrança, mas quis ficar no nosso meio ressuscitado na Eucaristia. No Pão e no Vinho consagrados Jesus se torna presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. 
Mas como entender isso? 
Na última Ceia Jesus  cumpriu o que ele disse antes de sua morte. 
Jesus tomou o pão e disse:

"Isto é o meu corpo que será entregue por vós" (Lc22. 19-20) ..."Isto é o meu sangue, o sangue da Nova e eterna Aliança que será derramado por muitos" (Mt26, 26-28).
Jesus falava em sentido figurado? 
No “discurso eucarístico” que nos foi transmitido por São João, Jesus volta a afirmar que o pão será Sua Carne, o que escandalizou os judeus. Que fez, então Jesus? Reafirmou esta doutrina, usando do verbo grego troglô, cujo significado é mastigar, triturar com os dentes.
Ou seja, não somente reafirmou tudo, como ainda fez questão de intensificar a ideia!
Por que Jesus agiria assim? Por que não desfez o mal-entendido que se acometeu entre os judeus (e que, inexoravelmente, acometer-se-ia entre nós, católicos)? Por que voltou a dizer: “minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue verdadeiramente uma bebida”, se, verdadeiramente, segundo os protestantes, nem Sua carne é comida nem Seu sangue é bebida? Se tudo não passa de uma figura de linguagem, porque insistir no “verdadeiramente”?
Simplesmente, portanto, não há qualquer base bíblica para a afirmação de que Jesus falava em modo figurado. Ao contrário, tudo o que se diz a respeito somente nos leva à conclusão de que Jesus quis, realmente, transubstanciar as espécies do pão e do vinho.
A tradução da Bíblia protestante de  "João Ferreira de Almeida" maldosamente tirou o verbo "é" o meu Corpo, "é" o meu sangue pelo verbo "oferecer" - pois, os protestantes não acreditam na Eucaristia pois, como seitas que são não têm poder para consagrar o pão e o vinho então eles acham que Jesus falava em sentido figurado e celebram apenas a memória da última Ceia de Jesus como uma simples lembrança. Para nós católicos pela Ordem dada aos sacerdotes a Eucaristia é Jesus como ele mesmo disse. E Jesus nunca deixou a Igreja sem resposta. Todas as vezes que Jesus precisou mostrar esta verdade milagres esplendorosos aconteceram  como em Lanciano na Itália o mais famoso milagre Eucarístico. 
Também na tradução dos testemunhas de Jeová eles adulteraram o texto original que diz: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto, fazei-o em memória de mim" - Lc22, 19; e colocaram o verbo "persistam"  que não existe na tradução original. Com o sentido de desqualificar a Eucaristia. 

O verbo persistir não existe nas traduções da Bíblia católica, nem das traduções Bíblias protestantes.

O sacrifício Eucarístico de Jesus não é uma persistência, mas é uma atualização. A cada Eucaristia que celebramos atualiza-se o sacrifício Pascal de Cristo. Jesus se torna presente seu Corpo e Sangue, alma e divindade nas espécies do pão sem fermento (a hóstia) e do vinho consagrados. "Isto é o meu corpo" ... "Isto é o meu sangue". 
A Eucaristia não é um teatro ou um faz de conta. Esse sacrifício Pascal de Cristo é atualizado pela Igreja conforme Jesus pediu e continuará até sua segunda vinda. Onde houver um sacerdote católico aí também estará a Eucaristia.     
Os protestantes e os Testemunhas de Jeová dão um tiro no pé porque mesmo adulterando os evangelhos para que o que eles pregam pareçam "verdade", São Paulo desmentiu quando escreveu assim em 1Cr11, 17-34 ensinando sobre a Eucaristia e como devemos recebê-la:
Dito isso, não posso elogiar vocês, porque as suas assembleias, em vez de ajudá-los a progredir, os prejudicam. Antes de tudo, ouço dizer que, quando estão reunidos em assembléia, há divisões entre vocês. E, em parte, eu acredito nisso. É preciso mesmo que haja divisões entre vocês, a fim de que se veja quem dentre vocês resiste a essa prova. De fato, quando se reúnem, o que vocês fazem não é comer a Ceia do Senhor, porque cada um se apressa em comer a sua própria ceia. E, enquanto um passa fome, outro fica embriagado. Será que vocês não têm suas casas onde comer e beber? Ou desprezam a Igreja de Deus e querem envergonhar aqueles que nada têm? O que vou dizer para vocês? Devo elogiá-los? Não! Nesse ponto não os elogio.
De fato, eu recebi pessoalmente do Senhor aquilo que transmiti para vocês. Na noite em que foi entregue, o Senhor  Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, o partiu e disse: “Isto é o meu corpo que é para vocês; façam isto em memória de mim.” Do mesmo modo, após a Ceia, tomou também o cálice, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que vocês beberem dele, façam isso em memória de mim.” Portanto, todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.
Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. É por isso que entre vocês há tantos fracos e enfermos, e muitos morreram. Se nós examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; mas, o Senhor nos corrige por meio de seus julgamentos, para que não sejamos condenados com o mundo.
Em resumo, irmãos, quando vocês se reunirem para a Ceia, esperem uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em sua casa.
Assim vocês não estarão se reunidos para a própria condenação. Quanto ao resto darei instruções quando aí chegar.”
Ora, se Jesus tivesse falado apenas para fazer  uma lembrança ou apenas um memorial porque São Paulo escreveria aos cristãos de Corinto para terem mais respeito com a Eucaristia? 

São Paulo nos ensina que a Ceia Eucarística não é uma ceia comum onde eles podiam se embriagar e fartar à vontade como numa festa qualquer?

São Paulo chama atenção que quando  comermos do Corpo e bebermos do Sangue de Jesus cada um tome consciência do que estaá fazendo para que assim não comem nem bebam a própria condenação. 
Já, com relação à frase “fazei isto em memória de mim”, os protestantes, geralmente, afirmam que Jesus simplesmente quis que sua morte fosse lembrada. O Senhor teria querido que, nas celebrações dos cristãos, se evocasse a “memória” de Sua Paixão. Do ponto de vista da razão humana não seria necessário Jesus dizer aos seus apóstolos para apenas lembrar da sua morte. Alguém já esqueceu um amigo ou ente querido que morreu? Quem não se lembraria da morte de Jesus ainda mais sabendo das crueldades dos castigos que ele sofreu antes da crucifixão. É muito pobre e sem sentido este ensinamento que protestantismo criou apenas por não aceitar a verdade sobre o Sacramento Eucarístico. Se fosse apenas para celebrar a lembrança, Jesus não precisava fazer o que ele fez, dizer o que ele disse sobre o pão e o vinho. Bastava comer a ceia com seus Apóstolos, pois, tenho certeza de que esse dia nunca seria esquecido por eles. Quem de nós não se lembra de alguma coisa boa que se passou em algum momento de nossa vida junto da família ou dos amigos? Quanto mais os Apóstolos não iriam recordar aquele último dia em que Jesus ceou com eles? 

Então, só podemos entender que quando Jesus pediu "fazei isto em minha memória", Jesus instituiu a Eucaristia; ele pediu para não só apenas lembrar daquele dia mas, fazer com seu sacrifício se torne atual. 

É isso que a Igreja faz. Sua paixão,  morte e ressurreição é atualizada em cada missa celebrada. Jesus morreu uma só vez, mas a atualização de seu sacrifício é sempre atual. O Sacrifício Pascal de Jesus é sempre atualizado.     

Na Oração da Liturgia Eucarística, após a Consagração o rezamos com o sacerdote:

Celebrando agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu; e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade. (Oração Eucarística III) 

E ao mesmo tempo em que comemos do Pão e bebemos do Cálice, o Corpo e Sangue de Jesus, anunciamos a sua Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus enquanto esperamos a sua vinda.
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Também neste ponto, o texto e o contexto não favorecem a interpretação protestante. Jesus e os discípulos estão no meio de um Seder, de uma ceia Pascal judaica. Para os judeus, fazer memória significava ir muito além de simplesmente relembrar o fato. Fazer memória significa tornar o fato para o atual, o presente, participar de algo já acorrido como se estivesse ocorrendo naquele exato momento (cf. Ex 13, 8)
Igualmente, em grego existem duas palavras para memória: mneumo e anamnesys. Esta última foi a usada por Jesus, cujo significado é o mesmo dito acima: tornar presente algo ocorrido no passado
Assim é, e assim sempre foi. Desde o primeiro século, os cristãos já viam a celebração eucarística como a renovação do sacrifício de Cristo, como podemos ver neste trecho da Didadaqué:
“Reuni-vos no dia do Senhor para a fração do pão e celebrai a eucaristia depois de haverdes confessado vossos pecados, para que vosso sacrifício seja puro.
Mas todo aquele que vive em discórdia com o outro, não se junte a vós antes de se ter reconciliado, a fim de que vosso sacrifício não seja profanado.
Com efeito, deste sacrifício disse o Senhor: Em todo o lugar e em todo o tempo se me oferece um sacrifício puro, porque sou um grande rei – diz o Senhor – e o meu nome é admirável entre todos os povos [Cf Mal 1,11-14].
Didaqué (também chamada de Doutrina dos Apóstolos”), para os menos avisados, foi escrita ainda no primeiro século do cristianismo, quando os próprios apóstolos ainda caminhavam entre nós. 

Até o quarto século (quando se fechou o Cânon Bíblico), em muitas Igrejas, este livro lindíssimo era considerado divinamente inspirado, e lido nas celebrações como fazendo parte das Escrituras.
Veja, também, dois textos tirados da obra de Santo Agostinho (que, além de gozar de boa reputação entre os protestantes, viveu no período patrístico e é testemunha do cristianismo primitivo):
“Enterrai este corpo onde quer que seja! Não tenhais nenhuma preocupação com ele! Tudo o que vos peço é que vos lembreis de mim no altar do Senhor onde quer que estejais”
“Esta cidade remida toda inteira, isto é, a assembléia dos santos, é oferecida a Deus como um sacrifício universal pelo Sumo Sacerdote que, sob a forma de escravo, chegou a ponto de oferecer-se por nós em sua paixão, para fazer de nós o corpo de uma Cabeça tão grande (…). Este é o sacrifício dos cristãos: ‘Em muitos, ser um só corpo em Cristo’. E este sacrifício, a Igreja não cessa de reproduzi-lo no sacramento do altar bem conhecido dos fiéis, onde se vê que, naquilo que oferece, oferece a si mesma.”
O primeiro texto é tirado d’As Confissões e narra o discurso fúnebre de Santa Mônica. Nele, fala-se de “altar do Senhor”, deixando claro que, para os cristãos, há, verdadeiramente, um sacrifício.
O segundo é tirado do Cidade de Deus. Santo Agostinho fala da Igreja como corpo de Cristo, fazendo ver que, no sacramento eucarístico, toda a Igreja está, com Cristo, presente sob as espécies do pão e do vinho. O sacrifício de Cristo Cabeça, reproduzido no sacramento do altar é, igualmente, o sacrifício da Igreja-Corpo.
Veja-se, ainda, este enxerto de São Cirilo de Jerusalém: “Em seguida, oramos pelos santos padres e bispos que faleceram, e, em geral, por todos os que morreram antes de nós, acreditando que haverá muito grande benefício para as almas, em favor das quais a súplica é oferecida, enquanto se encontra presente a santa e tão temível vítima (…), apresentando a Deus o Cristo imolado pelos nossos pecados, tornando propício, para eles e para nós, o Deus amigo dos homens.” (Catecheses Mystagogicae)
Portanto, e sem a menor sombra de dúvida, é fé perene da Igreja que o sacrifício da Missa é, verdadeiramente, o mesmo sacrifício realizado no altar da Cruz.
Passo, agora, a responder, diretamente, dois questionamentos muito comuns entre os protestantes.
a) A missa é, de fato, uma repetição do sacrifício da Cruz?
Não, não é. Os protestantes, em geral, assim o afirmam, mas erram ao fazê-lo. É óbvio que a afirmação é sempre seguida de várias passagens da Epístola aos Hebreus que afirmam ser o sacrifício de Cristo único e irreptível.
A Missa, contudo, não repete aquele sacrifício, pois, como afirma a Epístola aos Hebreus, o mesmo é irrepetível. A Missa opera uma renovação, uma atualização deste sacrifício, que, ocorrido uma única vez cruentalmente no Calvário, faz presente incruentalmente nos altares dos cristãos.
Veja-se o § 1367 do Catecismo:
“O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. ‘É uma só e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere’. ‘E porque neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no altar da cruz, está escondido e é imolado de maneira incruenta, este sacrifício é verdadeiramente propiciatório’?.
Portanto, a epístola aos Hebreus em nada contraria a teologia do sacrifício da Missa. As críticas que os protestantes fazem estariam corretas se houvesse uma repetição deste sacrifício, isto é, se, para a Igreja, Cristo se sacrificasse de novo a cada celebração eucarística.
No entanto, a Igreja nunca disse isto.
b) Se o pão e o vinho são verdadeiramente a carne e o sangue de Cristo, não deveriam os discípulos ter comido o próprio corpo de Cristo, canibalescamente?
No discurso eucarístico de Jo 6, em parte transcrito acima, Jesus fez uma pergunta a muitos de Seus discípulos: “Isto vos escandaliza? E quando virdes o Filho do Homem subir aonde estava antes? (Jo 6, 61-62)
Refaço, agora, a pergunta aos protestantes? Vocês se escandalizariam de Jesus? Escandalizar-se-iam de comer do Corpo e de beber do Sangue de Cristo? Não leram que Jesus Cristo é o verdadeiro Cordeiro Pascal, e que o Cordeiro Pascal deve ser comido integralmente?
Se isto gera escândalos, como não se escandalizar, então, da Cruz de Cristo? A frase “e quando virdes o Filho do Homem subir aonde estava antes“, não se refere apenas à Ascensão de Cristo, mas à Ascensão da Cruz, da qual nos fala São João (cf. Jo 8, 28;12, 32 ). Jesus sempre esteve na Cruz, pois a mesma nada mais é do que o símbolo da Árvore da Vida, onde, desde o paraíso, Ele nos tem aguardado.
Isto nos mostra como o sacrifício da Missa e o da Cruz estão intimamente ligados…
De qualquer forma, não se trata de canibalismo. Canibal é aquele que se alimenta do cadáver de seres humanos, nutrindo-se dos mesmos. Ao comer sua vítima, o canibal faz, da mesma, uma parte de seu corpo.
A eucaristia é alimento espiritual, que nutre o espírito. O cristão, ao dela se alimentar, faz, do seu corpo, o Corpo dAquele de quem se alimenta. Nós nos transformamos em Corpo de Cristo, tornamo-nos um com Ele, morrendo em Sua Cruz e, com Ele, ressuscitando para uma vida nova.
(Fonte; Veritatis Splendor.com.br)
NA PÁSCOA DA NOVA ALIANÇA JESUS INSTITUIU O SACERDÓCIO E DEU-NOS UM NOVO MANDAMENTO.
O sacerdócio ministerial dos Apóstolos está ligado ao Sacerdócio Real de Cristo. O sacerdócio de Jesus consiste no amor para com todos e na sua entrega total na Cruz por nós. Também consiste em que devemos amar uns aos outros e sermos servos uns dos outros, pois, Jesus mesmo sendo o Senhor da Igreja, tomou o jarro e a toalha e ajoelhando lavou os pés dos seus Apóstolos. 
Deu-nos um novo Mandamento: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei". (Jo13, 34). Se amarmos uns aos outros não é necessário cumprir os 09 Mandamentos da Torah porque quem assim o fizer estará cumprindo todos eles. Esse é o Mandamento da Nova Aliança que Jesus instituiu para sua Igreja. 
Na Nova Aliança Jesus é o Sumo Sacerdote, ele se oferece por nós sendo o Sacerdote, o Altar e o Cordeiro. Jesus é o Cordeiro de Deus imolado por nossos pecados. 
A PÁSCOA DA NOVA ALIANÇA - a Páscoa Cristã, é a passagem da morte de Jesus para a vida. A Nova Aliança foi feita no Sangue de Jesus.   
Sua ressurreição e consequentemente a vitória de Jesus é a nossa vitória, pois, Cristo venceu o pecado e a morte por nós, para que morrendo com Ele, com Ele vivamos definitivamente. 

O Sepulcro está vazio, aleluia! Porque o Senhor ressuscitou, aleluia! 
Jesus sendo Filho de Deus era humano em tudo, exceto no pecado. Jesus enquanto homem morreu em nosso favor pela nossa Salvação. Mas ele não permaneceu na morte porque ele é o Senhor da Vida. Ele é Deus. 
E tendo cumprido sua missão aqui neste mundo, Ressuscitou dos mortos no primeiro dia da Semana abrindo para nós as portas do Paraíso fechadas por causa do pecado de Adão e Eva. Resgatou-nos da morte eterna e deu-nos uma nova aurora de vida e todo aquele que é batizado crendo recebe de Jesus a salvação eterna pela sua Ressurreição. 
A Alegria de celebrar a Páscoa, entendemos seu significado.  Celebrando a Páscoa de Jesus estamos celebrando a nossa Páscoa. Celebrando a vitória de Jesus sobre a morte, celebramos também a nossa vitória. Como São Paulo mesmo disse em 1Cor15, 54-57:
"Quando esse corpo corruptível estiver revestido da incorruptibilidade, então se cumprirá a palavra da Escritura: A morte foi tragada pela vitória (Is25, 8). Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (Os13, 14) Ora, o aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a lei. Graças, porém, sejam a dadas a Deus, que nos dá a vitória em nosso Senhor Jesus Cristo"

É por isso que nós cristãos não podemos crer na doutrina espírita da reencarnação. Porque enquanto a doutrina do reencarnacionismo é passar pela morte e encarnar várias vezes até a pessoa alcançar o que eles chamam de "espírito de luz". Como se Deus fosse reciclador de corpos e almas. A Ressurreição é a salvação plena segundo a misericórdia de Deus, pois, está escrito:  "Morreremos uma só vez e em seguida virá o juízo". (Hb9, 27-28)


O TRÍDUO PASCAL



O que é o Tríduo Pascal? 

Como o próprio nome diz a palavra tríduo vem do número três. 
A Igreja Católica celebra o Tríduo Pascal que são três dias que marcam os acontecimentos finais de Nosso Senhor até sua gloriosa Ressurreição. São os três últimos dias da Semana Santa: Quinta-feira Santa, Sábado Santo e Domingo de Páscoa.

A SANTA CEIA - Jesus reuniu seus Apóstolos para celebrar a ceia. E disse que estava ansioso para celebrá-la com seus Apóstolos. Mais que uma despedida Jesus tinha um propósito muito maior. Jesus iria despedir dos seus apóstolos, instituir a Eucaristia, e também dar-nos um novo Mandamento. Na Santa Ceia Jesus institui uma Nova Aliança conosco no seu Corpo e no seu Sangue.
Na última ceia  Jesus também aproveita para dar as últimas instruções aos seus Apóstolos, pois, à partir de Pentecostes com a descida do Espírito Santo eles precisariam saber de tudo para conduzir a Igreja que ali se iniciava para conduzir os homens à Salvação. E disse Jesus: "Se eu não for o Paráclito não virá". (Jo16,7)
  
Como todos sabem, Jesus utilizou da ceia judaica para instituir a Eucaristia. Na ceia judaica contém os seguintes elementos especiais, conforme descrito no livro do Êxodo: Pão sem fermento ou pão ázimo, azeite, ervas amargas, vinho e o cordeiro.

Jesus realizou a ceia antes da festa da Páscoa, numa quinta-feira, dia dos pães sem fermento, pois, na sexta-feira morreu na cruz. 
Os Evangelistas Mateus, Marcos e Lucas descrevem o momento em que Jesus mandou preparar um lugar para cearem juntos. Tudo já estava preparado. (Cf. Lc 22, 7-13; Mt26, 17-19; Mc14, 19-25)
Na narrativa ceia de Jesus não aparece o cordeiro pascal. Será que os evangelistas cometeram um erro ou esqueceram de mencionar o cordeiro pascal? 

Não! porque há uma simbologia por trás das narrativas. Jesus se torna o próprio cordeiro, o Cordeiro santo e imaculado que se ofereceu por nós e continua se oferecendo por nós em todas as missas. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, conforme foi anunciado por João Batista. E no livro do Apocalipse esse mesmo Cordeiro imolado se apresenta a São João. 

No Antigo Testamento o sacerdote imolava a vítima pascal, o cordeiro em expiação dos pecados. Esse cordeiro devia ser sem defeito.  Na Nova Aliança Jesus se  torna o sacerdote e o Cordeiro. Ele mesmo se ofereceu em expiação dos nossos pecados.    
Este sacrifício de Jesus se atualiza em cada Santa Missa celebrada e continua no Céu.
Apoc 5, 6 "Eu vi no meio do trono, dos quatro Animais e no meio dos anciãos um cordeiro de pé, como que imolado."
São João  descreve a realidade celeste. Assim como na terra o Céu juntamente com os anjos e os santos reconhecem a glória e o esplendor do Santo Cordeiro de Deus que é Jesus dão louvores perpétuos e o adoram. 

Apoc6, 13-14 "Todas as criaturas que estão no céu, na terra debaixo da terra e no mar,  e tudo que contém, eu as ouvi clamar: 'Aquele que assenta no trono e ao Cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos. E os quatro Animais diziam: "Amém!" Os anciãos prostravam-se e adoravam'.  

Quem é esse Cordeiro que está imolado no Céu, digno de adoração e louvor?   
Esse Cordeiro é Jesus. Imolado na Cruz presente na Eucaristia. 
Jesus morreu uma só vez, mas seu sacrifício se atualiza todas as vezes que celebramos a Eucaristia. O memorial da paixão. morte e ressurreição de Jesus não é um faz de conta, é uma realidade que se faz presente, atual até que ele venha de novo. A Igreja na terra juntamente como a Igreja Celeste celebra o advento deste dia.             

Jesus não só quis nos deixar uma lembrança, mas quis nos deixar uma presença real que é a Eucaristia. Ao pronunciar a bênção de ação de graças, Jesus disse: "isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue e todas as vezes que fizerdes isso fazei-o em minha memória". Não é um "faz de contas", mas é a realidade. O seu amor por nós levou Jesus a se entregar na cruz, mas também o levou a querer ficar sempre conosco presente no pão e no vinho consagrados. A Eucaristia não é um achismo. 
Os protestantes e os evangélicos não crêem na Eucaristia como a presença real de Jesus e dizem que Jesus apenas quis que a gente fizesse um memorial da última ceia. Tanto é assim que eles utilizam qualquer pão, sem ser o pão sem fermento e às vezes suco de uva.

Mas será que Jesus quis só ficar no memorial? Não! Se fosse,  Jesus não precisaria mudar toda a cerimônia. Pelo contrário, note que os evangelistas usam o verbo ser no presente; a palavra de Jesus para referir-se a Eucaristia está no presente do indicativo,  "isto é" e não "isto será", deixando claro o propósito de Jesus na última ceia ao instituir a Eucaristia, isto significa que a partir daquele momento Jesus estaria presente pão e no vinho consagrados quando eles  reunissem para celebrar o memorial da paixão, morte e ressurreição, a santa Missa, que no início da Igreja era chamado de "fração do pão" ou" partimento do pão" (At2, 46).

Nos primeiros séculos da Igreja, ela não possuía os templos para reunião e  a Oração. Isso só veio acontecer depois que o Imperador Romano Constantino anistiou os cristãos e declarou o fim das perseguições. Então os cristãos passaram a construir os templos ou igrejas e organizaram o culto divino. 

A Eucaristia era celebrada nas casas dos primeiros cristãos e, depois com a perseguição dos cristãos pelo Império Romano a Eucaristia era celebrada nas catacumbas (lugar subterrâneo onde eram enterrados os mortos).  A prova histórica está nos inúmeros símbolos Eucarísticos desenhados pelos primeiros cristãos nas paredes das catacumbas de Roma.   

  
   
O LAVA-PÉS - O gesto de humildade de Jesus ele nos convida a sermos também humildes. Esse gesto é recordado na celebração da Santa Ceia. 
Os judeus quando convidavam alguém para a ceia era costume do dono da casa lavar os pés do convidado.
Lavar os pés é um gesto de purificação. Mas, também é um gesto de humildade. 
Jesus usa esse gesto para nos ensinar que devemos ser humildes. O cristão não pode ser alguém que se acha superior aos outros. Assim como Jesus, que tornou-se humilde até a morte.
      
"Ora, se eu vosso senhor e mestre vos lavei os pés, deveis também vós lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que como eu fiz, façais também vós. Em verdade eu vos digo: não é o servo maior que o senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou".  (Jo 13, 14-16)
O gesto de Jesus em lavar os pés dos apóstolos tem uma consequência: Jesus nos deu uma lição. Para nos ensinar que devemos ser humildes uns com os outros. Jesus como Senhor e Mestre, como nosso líder deu-nos esse exemplo: "assim o fiz para que também vós façais!" - disse o Senhor Jesus. O Cristão que se acha superior aos seus irmãos ou que aponta o dedo para julgar os erros do outro. Quantos líderes cristãos que se acham melhores que os outros. Quantos que usam da própria Bíblia para julgar as pessoas. Quantos que se acham sabidos o suficiente para não dar ouvidos aos ensinamentos da Igreja.      
Outros ainda que não ajuda seus irmãos, ou que se acha o sabichão de tudo. Outros ainda que põe sua instituição religiosa acima do amor e da caridade. Só porque não são certinhos como ele e não pertence a mesma igreja, pronto já está condenado, vai pro inferno. Esses que tomam o  de Jesus lugar de ser único Juiz.   
Outros não reconhece seu lugar. Que vive em busca de reconhecimento pelos bons atos que faz... Esse não é discípulo, nem tem parte com Jesus.           
Naquele tempo, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos:

A HUMILDADE 
Humildade na observância da Lei - Deus criou suas leis, não para nos prender, mas para nos libertar. "A palavra de Deus é a verdade e sua lei, liberdade"

«Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés.
Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar.
Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as franjas e alongam as orlas dos seus mantos.
Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas.
Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres’ pelos homens.
Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos.
E, na terra, a ninguém chameis 'Pai’, porque um só é o vosso 'Pai’: aquele que está no Céu.
Nem permitais que vos tratem por 'doutores’, porque um só é o vosso 'Doutor’: Cristo.
O maior de entre vós será o vosso servo.
Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado>>.

(Mateus 23,1-12)

«Quem se humilhar será exaltado». Cristo não Se limitou a dizer aos Seus discípulos que não deixassem que lhes chamassem mestres e que não tomassem os primeiros lugares nos banquetes, nem nenhuma outra honra, como deu Ele próprio o exemplo e o modelo da humildade na Sua pessoa. Se é certo que o nome de mestre Lhe era dado, não por complacência, mas por direito natural, pois «por Ele tudo subsiste» (cf Cl 1,17), pela Sua entrada na carne, comunicou-nos um ensinamento que nos conduziu a todos à verdadeira vida e, porque Ele é maior que nós, «reconciliou-nos com Deus» (Rm 5,10). Foi como se nos dissesse: Não ameis as honrarias, não desejeis que vos chamem mestres, do mesmo modo que «Eu não procuro a Minha glória; há Alguém que a procura e faz justiça» (Jo 8,50). Mantende os vossos olhos fixos em Mim porque «o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para resgatar a multidão» (Mt 20,28).
Seguramente que, nesta passagem do Evangelho, o Senhor instrui, não apenas os Seus discípulos, mas também os chefes da Igrejas, prescrevendo a todos que não se deixem levar pela avidez na procura de honrarias. Pelo contrário, que «quem se quiser fazer grande» seja o primeiro a fazer-se como Ele, «servo de todos» (cf Mt 20,26-27).

Na Quinta-feira Santa, recordamos a Instituição do sacerdócio ministerial, a Cerimônia da Santa Ceia e o lava-pés, também a Instituição da Eucaristia. 

Logo em seguida a Igreja entra em recolhimento, a igreja é desnudada dos ornamentos, como flores e toalhas nos altares em gesto de tristeza pela Paixão e Morte de Jesus na Sexta-feira que se segue. A Igreja então no espírito de recolhimento após a Santa Missa da Ceia convida a todos para uma vigília, esse recolhimento é feito com a adoração ao Santíssimo Sacramento. Lembra-nos a Oração de Cristo ao Pai e a agonia no Getsemani.   

O MANDAMENTO DE JESUS, O AMOR 


Na Quinta-feira Santa recordamos também O Mandamento do Amor. Jesus deu-nos um Mandamento Novo. Se amarmos uns aos outros estamos cumprindo toda a Lei de Deus. Amar uns aos outros é cumprir todos os Mandamentos.

Quem ama:
1) ama a Deus em primeiro lugar e o próximo com o a si mesmo porque o próximo é imagem e semelhança de Deus.
Quem ama:
2) Não usa o nome de Deus em vão e não blasfema; não comete idolatria.
Quem ama:
3) guarda os domingos e a festas de guarda.
Quem ama:
4) Não desrespeita os pais e os mais velhos.
Quem ama:
5) Não mata.
Quem ama:
6) Não peca contra a castidade.
Quem ama:
7) Não rouba
Quem ama:
8) Não comete adultério.
Quem ama:
9) Não cobiça a mulher do próximo.
Quem ama:
10) Não cobiça coisas alheias.    

Jo14, 9-17 - "Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardares os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como eu também guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no meu amor. Disse-vos essas coisas para que minha alegria esteja em vós, e vossa alegria seja completa".  
"Este é o meu Mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Vos chamei de amigos, pois, dei-vos a conhecer tudo quanto ouvi do meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e constituí para vades e dê fruto, e o vosso fruto permaneça. Assim eu vos constituí, a fim de que tudo que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros".      

OS SANTOS ÓLEOS


Na Quinta-Feira Santa,  pela manhã, a Igreja celebra a Missa dos Santos Óleos, onde é consagrado os Óleos que serão usados durante o ano na administração dos Sacramentos.

No Antigo Testamento  óleo era utilizado no  para ungir os sacerdotes, profetas e os reis de Israel, significa a força  e a benção de Deus sobre o escolhido. Esse uso continua também na Igreja como sinal da Força do Espírito Santo.

O óleo é um sacramental significa a Unção e a força do Espírito Santo na vida da pessoa. Eles são usados  na administração dos Sacramentos da Igreja: Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordem. 

  • O Óleo dos Catecúmenos concede a força do Espírito Santo aqueles que serão batizados para que possam ser lutadores de Deus, ao lado de Cristo, contra o Espírito do mal. Este óleo poderá ser abençoado pelo padre, antes de ser usado. Por motivos pastorais, a unção com o Óleo Catecumenal poderá ser omitido na celebração do Batismo ou antes da celebração do mesmo. O batizando é ungido com o óleo dos catecúmenos, no peito.

  • O Óleo dos Enfermos que, em caso de necessidade poderá ser abençoado pelo padre, antes da unção do enfermo, é um sinal sensível utilizado pelo sacramento da Unção dos Enfermos, que traz o conforto e a força do Espírito Santo para o doente no momento de seu sofrimento. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos.


  • O Santo Crisma é um óleo perfumado utilizado nas unções consacratórias dos seguintes sacramentos: depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte; na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte; depois da Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do néo-sacerdote. Também é usado em outros ritos consacratórios, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas). Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo.

OS SANTOS ÓLEOS, HISTÓRIA, INSTRUÇÃO E USO

(De Pe. Felix)  
1. A história
O óleo litúrgico é o óleo de oliveira. Servia no Antigo Testamento para a consagração do Altar, de Sacerdotes, profetas, reis e fazia parte dos sacrifícios. No Novo Testamento é mencionado como meio de honrar o hóspede (Lc. 7, 46) e pessoas de estima (Maria Madalena), de curar doentes (Mc. 6, 13).
2. O uso
No rito moderno distinguem-se três espécies de óleos santos: o óleo dos enfermos, o óleo dos catecúmenos e o óleo do crisma (é óleo misturado com bálsamo).
O óleo dos enfermos constitui matéria do Sacramento da Unção dos Enfermos. Dá a saúde corporal e espiritual, e constitui a unção real para o trono eterno.
O óleo dos catecúmenos servia na antiguidade cristã, como o Crisma, para unção dos catecúmenos. Chamava-se o óleo do exorcismo porque devia proteger o catecúmeno contra o demônio. Por isto, no rito do Batismo, a unção com este óleo é feita antes do Batismo.
O óleo do crisma remonta, como o óleo dos catecúmenos, ao princípio do terceiro século e se chamava "óleo de ação de graças". É matéria do Sacramento da Confirmação. Significa a santificação pelo Espírito Santo e sua presença na alma. Por isso, a unção com o Crisma se faz depois do Batismo. É empregado para a ordenação de bispos e presbíteros, na consagração das igrejas e dos altares.
3. Observações quanto ao manuseio e guarnição
Os Santos Óleos devem ser renovados?
Sim. Os óleos a serem usados nos sacramentos sejam abençoados ou consagrados recentemente pelo Bispo (cânon 847). Não devem ser usados óleos velhos. Por isso entende-se que, por ocasião da Missa da Quinta-feira Santa, pela manhã, sejam levados pelos senhores párocos os óleos consagrados no dia (em virtude do ano jubilar, é conveniente esta renovação dos Santos Óleos).
Que fazer com os Santos Óleos do ano anterior?
Devem ser queimados. Como não sabemos precisar a evolução de uma possível deterioração dos Santos Óleos, devemos eliminá-los convenientemente. Assim: toma-se flocos de algodão embebendo-os com os óleos. Em seguida, coloca-se fogo tendo o cuidado para que os Santos Óleos não se derramem. Assim que o algodão foi consumido pelo fogo, sejam enterrados seus restos.
Como conservar os Santos Óleos?
O Catecismo da Igreja Católica faz menção no no 1183 para que o Crisma tenha um lugar para ser conservado e venerado. Perto dele pode-se colocar os outros dois óleos. O cânon 847 § 2 diz: "o pároco obtenha do próprio Bispo os Santos Óleos e com diligência os conserve decorosamente guardados".
Como lavar os vidrinhos?
Devem ser cuidadosamente lavados com água quente. Esta água deposita-se em plantas ou enterra-se.
Que fazer com os vidrinhos vazios?
Cada ano se precisa novos vidros. É recomendável que sejam trazidos à igreja Catedral para reposição.   
     
  Fontes:http://www.padrefelix.com.br/diaconato_06.htm
Catecismo da Igreja Católica; Código de Direito Canônico; Manual de Liturgia;
Carta Apostólica de 04 de dezembro de 1988, do Papa João Paulo II.
padre Inácio José Schuster 


SÁBADO SANTO

No Sábado Santo, a Liturgia apresenta Jesus Ressuscitado a Luz do mundo que veio dissipar as trevas do pecado. O sacerdote abençoa o fogo novo, (é acesa uma fogueira do lado de fora da igreja)  com que será aceso o Círio Pascal (é vela grande simbolizando Jesus Ressuscitado) e entra em procissão na igreja às escuras proclamando: "Eis a luz de Cristo!" e a assembleia responde: "Demos graças a Deus!"   - em seguida os fiéis acendem, as suas velas no fogo do Círio, é feita a renovação das promessas batismais. É feita proclamação da Páscoa, canta-se o Glória e o Aleluia. Nesse dia solene também acontece alguns batizados. Após a proclamação da Ressurreição ou da Páscoa voltam o toque dos sinos. Jesus ressuscitou  e a Igreja está em festa. Após a ladainha dos santos inicia-se a Liturgia Eucarística. 

CÍRIO PASCAL, SÍMBOLO DE CRISTO RESSUSCITADO

Veja abaixo o significado do Círio Pascal:



  Porque a Sexta-feira Santa não é incluída no Tríduo Pascal? 
  
  A Sexta-feira Santa não faz parte do Tríduo Pascal; é um dia especial em que a Igreja recorda o mistério da Paixão e morte de Jesus Cristo por nós. É um dia santo-de-guarda. Dia de agradecer a Jesus por ele ter nos salvado aceitando ser sacrificado na Cruz em nosso lugar.

Como disse o "Bom ladrão" que a Tradição o chama pelo nome de Dimas ao ver as blasfêmias do mau ladrão que a Tradição deu o nome de Gestas: 

"Nem sequer temes a Deus tu que sofres o mesmo castigo?  Nós sim merecemos estar aqui mas ele não, que mal ele fez? e dirigindo-se a Jesus disse; Senhor lembra-te de mim quando entrares no teu reino! e Jesus disse: Em verdade eu te digo: Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso." (Lc23, 40-43)

A Sexta-feira santa é dia de arrependimento, de agradecimento por esse gesto de amor de Jesus. Nesse dia atraímos nossos olhos a Jesus Crucificado no madeiro da Cruz, meditando sobre seu sacrifício por nós. Com os braços estendidos ele uniu abraçando´o céu e a terra novamente separada pelo pecado de Adão. 

Assim está escrito:

 "Assim como Moisés elevou a serpente no deserto eu também serei elevado e atrairei todos a mim". Jo 134, 14
   
 Nesse dia não há missa, apenas a Liturgia das três horas da tarde, a liturgia da Paixão de Nosso Senhor, com a cerimônia da adoração do Cristo na Cruz. Logo após encerra-se com a distribuição da Eucaristia. Nesse dia a Igreja está toda voltada ao mistério da Paixão e morte de Jesus. Dia de penitência e Oração. Dia de reflexão e agradecimento pelo imenso amor de Deus por nós que nos deu seu Filho Unigênito para morrer em nosso lugar no madeiro da Cruz. 
Embora esse dia seja muito solene ele não é o mais importante. O dia mais importante é o Domingo de Páscoa, dia que a Igreja celebra e recorda a Ressurreição  de Jesus e sua vitória sobre a morte. 

DOMINGO DE PÁSCOA - último dia do tríduo Pascal. Jesus ressuscitou, aleluia! Ele vive em nosso meio e está ressuscitado, presente na Igreja pela Eucaristia. Inicia-se um novo tempo litúrgico na Igreja, com cantos alegres, glórias e aleluias para louvar a Jesus Ressuscitado em nosso meio.


O Domingo de Páscoa é o dia da vitória, Páscoa significa vida nova em Jesus. Jesus venceu a morte e pela sua ressurreição somos também ressurretos com ele. 
A partir daí todos os domingos celebramos a Páscoa do Senhor em todas as santas missas e cultos.
Para nós cristãos o dia de domingo, primeiro dia da semana que Jesus inaugurou por nós uma Nova Criação; Jesus tem agora a chave da morte,  Ele venceu os infernos. Satanás foi derrotado e não tem mais poder sobre nós. Pela morte e ressurreição de Jesus somos feitos novas criaturas porque Jesus nos devolveu a condição de filhos de Deus. Não somos mais órfãos temos o Espírito Santo que é nosso consolador e santificador. 
Esse período de tempo em que a Igreja celebra a Ressurreição, Ascensão até Pentecostes é chamado de Tempo Pascal, celebra a Ressurreição de Jesus, o período em que ele ficou aqui com seu povo até subir aos Céus, sua ascensão.

COM A RESSURREIÇÃO DE JESUS ESTAMOS LIVRES DA GUARDA DO SÁBADO

O cristão e a guarda do sábado

Mas, ... diriam os acusadores. Foi a Igreja que inventou a guarda do domingo. Sim, foi ela. Mas, não Pedro e demais apóstolos e os primeiros Cristãos. Foi o próprio Senhor da Igreja, Jesus Cristo que destituiu o sábado e o cumpriu de uma vez por todas por nós.
        
Nós cristãos não guardamos  mais o sábado, porque o Sábado pertence à antiga Lei. 
Os fariseus criticaram Jesus porque seus discípulos estavam arrancando espigas no dia se sábado para comerem. Porque o sábado era o dia de descanso, o dia do Senhor e segundo a Lei da Torah era proibido fazer qualquer coisa  no sábado. Em resposta , assim disse Jesus sobre o sábado: Mt12, 5-8:

<< Não lestes na lei, que nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem no Templo o descanso do sábado e não tornam culpados? Ora, eu vos declaro que aqui está quem é maior que o Templo. Se compreendêsseis o sentido destas palavras: "Quero misericórdia e não sacrifício.." não condenaríeis os inocentes. Porque o filho do homem é o senhor também do Sábado!" >> 

Jesus é superior a Moisés. E tendo constituído um novo povo e uma Nova Aliança fez do primeiro dia da semana, o domingo, o seu dia. Em que o Senhor Jesus pela sua ressurreição restaurou toda a criatura pela sua Ressurreição.  

Para nós cristãos o Domingo é dia Santo, dia do Senhor Jesus, no qual trouxe para nós a vitória sobre o pecado e inaugurou uma nova criação. 
As coisas antigas já se passaram, pela ressurreição de Cristo somos feitos novas criaturas. 
Não existe mais a antiga Lei, Jesus tirou-nos o julgo dela.

Uma vez Jesus disse: 

Mt23, 2-4.13

"Os escribas e fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Observai o que eles dizem mas, não façais como eles fazem. Atam pesados fardos e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem mover um dedo... Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! vós fechastes aos homens o reino dos céus. Vós mesmos não entram e não deixam os outros entrarem".  

Ou seja, Jesus disse que os escribas e fariseus estavam ocupando um lugar que não era deles. Somente um homem é superior a Moisés. Este homem é Jesus. Jesus é o senhor da Lei e somente pode sentar-se no lugar de Moisés para julgar as pessoas. Os escribas e fariseus criaram inúmeras leis desnecessárias e obrigavam o povo a cumpri-las, mas, eles mesmos não cumpriam nada, pervertendo-se e caindo em maldição. Por isso Jesus veio cumprir todas a Lei  de uma vez por todas. Aboliu o sábado cumprindo-o por nós e deu-nos uma Nova Lei. Isto é,  Jesus como é superior a Moisés pois, ele é Deus fez conosco uma Nova Aliança. 
Com a Nova Aliança acabou a Lei Antiga da guarda do sábado e os sacrifícios de animais pela remissão dos pecados porque isso já não mais agradava ao Senhor Deus. Jesus se tornou  a vítima pascal, imolado por nós na Cruz, ele se torna Sacerdote, Altar e o Cordeiro. O verdadeiro Cordeiro Pascal agora é Jesus.        
   
Não existe mais circuncisão; Jesus a substituiu pelo Batismo. Porque a circuncisão é o sinal pela carne, o Batismo nos torna filhos de Deus e membros da Igreja pelo Espírito Santo. 
Nós cristãos não estamos sujeitos à lei moisaica porque Jesus é a nossa Lei. Jesus não pede mais a observância da Lei antiga, mas pede que observemos tudo aquilo que ele ensinou. Antes de subir ao céu disse:
"Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide pois ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinai a observar tudo quando vos prescrevi..." Mt28, 18-20        

O OVO DE PÁSCOA É UM SÍMBOLO PASCAL?

Os símbolos pascais presentes atualmente remetem a mensagem da vida. No hemisfério Sul, alguns deles não expressam muito o sentido da páscoa, pois não reproduzem nossa experiência, o que não invalida a simbologia de cada um.

Símbolos Pascais:
  • Cruz: simboliza a vitória de Jesus sobre a morte.
  • Pão e vinho: representa a vida eterna de Jesus. (em sua última ceia, Jesus ofereceu pão e vinho aos discípulos enfatizando que o pão era o seu corpo e o vinho era o seu sangue).
  • Cordeiro: simboliza Jesus Cristo por ter se sacrificado em prol do seu rebanho.
  • Óleos santos: simboliza o Espírito Santo e são representados pelos óleos sacramentais utilizados no batismo, crisma e em unções de enfermos abençoados por bispos e sacerdotes durante a Missa do Crisma que ocorre na Quinta-feira Santa.
  • Água: utilizada no Sábado Santo, simboliza a pureza e a renovação de Cristo.
  • Coelhos: símbolo da fertilidade. Está associado a capacidade que a Igreja tem de produzir novos discípulos e espalhar a mensagem de Cristo.
  • Ovos de Páscoa: simbolizam o nascimento para uma nova vida já que os cristãos do Oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa com essa intenção.
  • CÍRIO PASCAL - simboliza Jesus Cristo Ressuscitado. 
 O ovo é um símbolo popular "genérico". Mas, porque o ovo e qual seu significado?

Embora a simbologia do ovo de páscoa surgiu no Oriente, embora tenha suas raízes pagãs, tiramos dele uma sentido reflexão.

Bem... sempre em grandes festas da Igreja como Natal, aniversário de um santo, ou na Páscoa a Igreja sempre incentivou que houvesse também festas nas famílias cristãs em comemoração e agradecimento. O povo de Deus no Antigo Testamento cantavam e dançavam e cantavam salmos e louvavam a Deus pelos grandes feitos. As festas judaicas sempre são feitas com muita alegria com muita comida e bebida. 

A Igreja sempre entendeu que nós cristãos também temos muitos motivos para celebrar a nossa salvação. É por isso que surgiu no meio cristão a ideia festas extra-litúrgicas com comidas especiais para cada época para celebrar esses dias. Deus quer que seu povo seja feliz e alegre. Se lembram das instruções de Jesus sobre o Jejum? O cristão não precisa ser carrancudo para provar que é cristão. Jesus nos deu vida nova para sermos felizes. A Ressurreição de Jesus deve ser celebrada como muita alegria, louvor e adoração à Jesus Cristo Senhor da Vida. Ele não ressuscitou para si mesmo, mas, ressuscitou para nós, para nos dar uma vida nova. Nós cristãos devemos ser alegres e sempre agradecidos a Jesus por ter nos salvado. 
Nesse sentido a Igreja incentiva que a celebração da Páscoa seja uma festa.
    
O maior símbolo da Páscoa é o Círio Pascal, ele simboliza o Cristo Ressuscitado. 

O ovo possui um significado muito bonito do ponto de vista cristão. Não aquele ovo de chocolate que se vende no comércio. Aquilo representa apenas o deus-dinheiro, assim como o papai-Noel. Mas é o próprio ovo mesmo, no sentido real da palavra. 

O ovo representa a vida nova é neste sentido que vamos a nossa reflexão.
Depois disso foi criado o famoso ovo de páscoa que não era vendido nem era de chocolate.
Mas como o comércio estraga tudo hoje quase ninguém se lembra do verdadeiro significado do ovo na páscoa.    

Qual é esse significado?

Dentro do ovo fecundado está a vida escondida, fechada pela casca dura.  
Quando ele é fecundado e chocado, nasce o pintinho; a casca se quebra e o filhote sai piando (e até com fome).
Então começa o novo ciclo da vida em que a mamãe trata dos seus filhotes pelo bico até ele crescer e se tornar independente. 

Aquele filhotinho tão frágil vai se tornar um animal forte como seus pais. Jesus disse: "Olhai os pássaros, não plantam nem ceifam,  se Deus não permite que eles passem fome e cuida deles quanto mais não cuidará de seus filhos?"  Mt6, 26 - Deus mandou seu filho Jesus para nos tirar da casca do pecado que nos prendia e nos impedia de ter a vida eterna. 

Os nascidos pela água do batismo também é como um pintinho que nascido está faminto do amor de Deus. E quando quebra a casca abre os olhos e vê a vida, vê a ave-mãe que traz no bico o alimento pela primeira vez.

Assim somos nós, Jesus pela sua ressurreição trouxe para nós o Espírito Santo para nos ensinar a verdade e nos conduzir na santidade e nos dá em alimento na Eucaristia fortalecendo nossa vida, nossa mente, alma e espírito. Ele cuida de nós com amor e carinho. 

Jesus sabe da nossa condição frágil de pecadores, por isso ele veio ao mundo para experimentar nossa humanidade. Assim, sempre está do nosso lado. Ele nos defende, nos fortalece com a sua Palavra e a Eucaristia robustece nossa alma.          
  
Pela sua Palavra e pela Eucaristia somos nutridos da graça de Deus. Os Sacramentos são suprimentos, a força do Espírito Santo é que nos alimenta e fortalece nossa alma. O Espírito Santo também  é chamado de Paráclito que quer dizer advogado. Sim. Ele é nosso advogado; quando as coisas não vão bem em nossa vida basta você pedir que Ele vem nos iluminar, nos instruir e nos dar uma saída. Graças a Jesus Ressuscitado que tendo subido aos Céus nos deu esse tesouro.     
  
Tiremos a lição do ovo. Em nossa vida Deus age assim conosco. Pelo pecado nós estávamos como o pintinho dentro de uma casca, não podíamos nascer. Fechados pela  casca do pecado. Até que veio Jesus, quebrou essa casca e nascemos para a vida eterna; como os pintinhos ainda somos frágeis, caímos e levantamos várias vezes na vida mas, o Espírito Santo e Jesus pela Eucaristia nos alimenta  e nos faz nós novas criaturas.
E por fim, um dia na eternidade concluiremos nossa etapa definitiva. 
Não queremos ficar dentro da casca dura do  ovo (do pecado), queremos ser libertos, sair para a vida;  Jesus é quele que  vem libertar e nos trazer  vida nova quebrando esta "casca" para que possamos um dia voar para a eternidade, salvos e livres. Cada ovo que choca sai uma nova vida. Cada um de nós sindo da "casca" do pecado nos tornamos em Jesus uma nova criatura. 

"Banhados em Cristo somos uma nova criatura. As coisas antigas já se passaram somos nascidos de novo".   
Pela ressurreição de Cristo, pela efusão do Espírito Santo no batismo, nos tornamos novas criaturas. Não estamos mais sob o julgo das leis antigas. Temos uma vida nova. Fomos resgatados. Temos agora uma só Lei o Amor. Assim está escrito:

"Pois de tal maneira, Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho único para que todos os que nele crerem não pereçam, mas, tenham a vida eterna!"   
 Jo3, 16  

domingo de Páscoa celebra a festa da vida. É nele onde são referenciadas a última Ceia, a prisão, julgamento, condenação, crucificação e ressurreição de Cristo e é nele que somos convidados à nossa ressurreição.
Ou seja, a Páscoa é um período para agradecermos a Jesus pelo  seu sacrifício e também para pensar em todos os nossos atos e renovar os votos perante a Deus para sermos cada vez melhores e dignos desse ato tão nobre para nos libertar e nos dar a vida                         

          
     
   


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