quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Estudo do Apocalipse de São João - Parte 01


Estudo do Apocalipse de São João

Elaborado por: Arry White P.O. Box 485 Farmerville, LA 71245, U.S.A.
Traduzido para português-brasileiro por Elmando Valeriano de Toledo.

INTRODUÇÃO:

Como se trata de um estudo longo o dividiremos  em 04 postagens de 04 Capítulos: 

************************

1 – Antes de iniciar este estudo tenha em mãos sua Bíblia que seja autorizada pela Igreja Católica.
Porque isso é importante?
Porque as Bíblias evangélicas ou protestantes a) contém erros muitos de tradução que não conferem com os originais grego e hebraico, muitos deles propositadamente com linguagem suspeita. Portanto, não passa credibilidade tanto no assunto de fé quanto dos fatos históricos em si. (b) A Bíblia católica é completa e seu compêndio é 76 livros. A Bíblia protestante possui 7 livros a menos.        

2 – Deve-se levar em consideração que como todos os livros da Sagrada Escritura formam escritos em épocas diferentes para um determinado povo. Possui linguagem simbólica  que não deve ser interpretada ao pé da letra como acreditam alguns radicais religiosos e as seitas. O Apocalipse é um livro de fácil compreensão se estudado da forma correta sem nenhum fanatismo. 
Muitas interpretações errôneas deste livro já aconteceram tentando explica-lo mas desviando o foco da mensagem principal do Livro que é simplesmente a consolação de Deus aos cristãos perseguidos e a esperança da promessa.

3 – O Apocalipse é um livro profético, com linguagem característica a até exagerada de vários sinais e elementos. Muitas das profecias já cumpriram ainda nos primeiros séculos da era cristã. Outras estão acontecendo e outras ainda vão acontecer.

CAPÍTULO I

Quem era João?

João era filho de Zebedeu e provavelmente de Salomé (Marcos 1:19; 16:1,2; Mateus 27:56). Seu irmão, Tiago, também pertenceu ao grupo dos doze discípulos de Jesus. Possivelmente Tiago era mais velho do que João, visto que ele sempre é citado primeiro (Mt 10:2-4).



O apóstolo João era pescador de profissão. Seu pai foi um homem próspero no ramo da pesca, pois tinha alguns empregados (Mc1:20).



A tradição cristã diz que Salomé era irmã de Maria, mãe de Jesus (cf. Mt 27:56; Jo 19:25). Jesus Cristo  e  João eram primos. João era discípulo de João Batista (Jo 1:35-37). Teve seu primeiro encontro com Jesus, e depois de um pequeno intervalo de tempo, se tornou um de seus discípulos (Mc 1:16ss; Lc 5:10).


É chamado no Evangelho de “o discípulo amado”. Aquele em que Jesus depositava seu amor e confiança. Ele, assim como Maria a mãe de Jesus, foi fiel  até a cruz. 
João foi o único que o evangelho descreve que estava junto à cruz ao lado de Maria. É ele que recebeu a missão de cuidar da Mãe de Jesus. Ao olhar para discípulo amado (João) disse:  “filho eis ai tua mãe!” (Jo19, 26-27)  e então João a partir daquele momento a acolheu em sua casa.

Com essas palavras Jesus atesta não sua total confiança em João para cuidar daquela que o gerou mas, também após a ascensão confia a João a visão das coisas divinas que chamamos de Apocalipse. Durante o reinado do imperador romano Domiciano (81-96 d.C.), o apóstolo João foi exilado na Ilha de Patmos onde ele recebeu as divinas revelações registradas no livro do Apocalipse. 
Com a ascensão do imperador Marco Nerva em Roma (96-98 d.C.), o apóstolo João foi liberado para retornar a Éfeso. Nessa época provavelmente ela já tinha cerca de 90 anos de idade. A tradição afirma que o apóstolo João morreu durante o começo do governo de Trajano, isto é, depois de 98 d.C., com idade bastante avançada.
 
Quem escreveu o Livro do Apocalipse e onde foi escrito?

O Livro do Apocalipse foi escrito entre 90 e 100 d.C. pelo Apóstolo João e compõe o último livro da Bíblia. Alguns estudiosos defendem o ano de 95 d.C.
  
A palavra Apocalipse vem do grego αποκάλυψις, apokálypsise, significa revelação. É a junção de “apo”, tirar de, + “kalumna”, véu = Revelação, desvelar, tirar o véu, mostrar algo como em uma fotografia.

Por isso, esse livro é cheio de figuras ou imagens simbólicas a nós reveladas.
O autor do Apocalipse foi o Apóstolo João como ele mesmo se apresenta.
João estava exilado na Ilha de Patmos quando, segundo ele recebeu de Jesus as visões que ele escreveu.

O caráter ou gênero literário de João foi inspirado no gênero literário do Antigo Testamento, dos quais ele tirou várias figuras.
A linguagem apocalíptica era muito utilizada  pelos judeus após o exílio da Babilônia.
Antes a linguagem ou mensagem de Deus para o povo de Israel era feita pelos Profetas – o último do AT foi Malaquias. Depois do retorno do cativeiro não houve mais Profeta em Israel, já que João Batista já é considerado profeta do NT e precursor do Salvador.
 
O Apóstolo João não utilizou nada de novo, apenas transferiu a forma apocalíptica  linguagem que era muito usada pelos judeus (compare: Livro de Daniel) após o exílio da Babilônia.
O número 7 que na Sagrada Escritura significa a totalidade da perfeição divina vai aparecer em seu livro para nos dizer que o que diz, ele cumpre em sua totalidade. Pois, Ele é o princípio, meio e fim. É o Alfa e o Ômega.
Assim, sete igrejas, sete espíritos, sete anjos, sete candelabros, sete selos, trombetas, sete taças, etc. Para simbolizar a plenitude total de Deus no cumprimento das suas promessas.
E qual é essa promessa já que o livro fala de muitos acontecimentos desastrosos?
O cumprimento da promessa em Jesus Ressuscitado, à vitória do bem sobre o mal. O fim da morte, da fome, da miséria. A Igreja vencerá e Deus será o tudo em todos restaurando a toda criação através de seu Filho Jesus. Por isso Jesus veio nos salvar primeiro para que quando esse dia chegar seja merecedores de beber da Água da Vida. 
João nos revela por Jesus as realidades celestes, antecipa, por assim dizer e nos mostra que o Céu é uma certeza e que nossos predecessores, os santos, já gozam dessa realidade.

O Apocalipse é ou não uma consolação para nós? Foi para aqueles cristãos perseguidos, oprimidos pelo poder do império Romano e hoje também nos mostra que Deus não nos fecha os olhos, ele está conosco junto com Jesus e o Espírito Santo.

João escreve o que viu por parte de Jesus Ressuscitado. Mas escreve de maneira com que seus escritos não fossem compreendidos pelos romanos, pois, se usasse uma linguagem comum sua mensagem não chegaria às pessoas com quais fossem depositárias de sua mensagem.

Apesar de muita gente achar que esse livro causa pavor por causa da linguagem e das figuras nele apresentadas, o Livro do Apocalipse é um livro de conforto espiritual para aqueles cristãos que eram perseguidos por causa de Jesus.
João recebe a mensagem de consolação do próprio Cristo e passa essa mensagem aos seus irmãos.
Grande parte das profecias do Apocalipse (que é um livro profético) já se cumpriu. Outra parte está se cumprindo e se cumprirá no final com a Parusia. Isto é, quando Jesus voltar pela segunda vez.

Uma coisa que temos que observar é o cuidado com a interpretação dos livros da Sagrada Escritura ao pé da letra, sobretudo o Apocalipse.
Embora ele pareça difícil de compreender não é. Ele mesmo se explica; é só ficar atento às figuras e aos textos. Porém para os desavisados e os que não estudam e costumam toma-lo ao pé da letra muitas heresias foi dito, escrito e proclamado como verdade, o que deu origem às seitas apocalípticas.

Qual o propósito desse livro?
Seu propósito é consolar os cristãos, sobretudo os dos primeiros séculos perseguidos pelo poder de Roma.
Mostrar que Jesus está vivo e caminha com sua Igreja e que o mal, o demônio e suas forças neste mundo não vencerá a Igreja e que no fim de tudo pelo poder de Jesus Cristo vencerá.
Encorajar os cristãos perseguidos. De forma a consolá-los nos momentos de aflição.

Mostrar a vitória de Jesus e da Igreja sobre o diabo e suas forças e no fim dos tempos a justiça de Deus prevalecerá ele restaurará, com Jesus Cristo e em Jesus Cristo pelo Espírito Santo todas as coisas.            
          
O Apocalipse revela a vitória de Cristo e o Cristão fiel sobre perseguição, a religião falsa, a mundanidade e o instigador de todos estes problemas: Satanás mesmo.

Assim que, o propósito do livro é animar as igrejas em sua luta contra as forças de maldade, simbolizadas no livro pela besta, o falso profeta, a grande rameira e o dragão.

A grande Prostituta – a cidade de Roma e o culto aos deuses pagãos, antes de se tornar cristã. Está relacionada com a besta.
A besta do mar - Era o império romano, o poder civil de Roma, especialmente o poder investido no próprio imperador em sua capacidade de perseguidor da igreja. Estava relacionada intimamente com a rameira ou seja a cidade de Roma.
A besta da terrafalso o profeta. A besta da terra está intimamente relacionada com a besta do mar. (Ap 19:20; 12:11-15). - A autoridade do falso profeta provém do imperador de Roma.

Os seus ensinos estão apoiados pelo Estado romano e todo o poder do seu exército promove a adoração da besta (os deuses pagãos) e faz que a terra e seus moradores adorem a 1ª besta (Ap.13, a adoração do imperador romano. É a diretiva da religião falsa de Roma.)

A Grande Prostituta – A cidade de Roma.
A Besta do Mar – O império romano (Imperador)
A Besta da Terra – O falso profeta – religião falsa – (a religião pagã de Roma antes de se tornar cristã.).
 
1ª Lição. 1

1ª LIÇÃO SOBRE O APOCALIPSE

INTRODUÇÃO:

O CONTEXTO HISTÓRICO

1. Augusto - O primeiro imperador romano --------- 30 A.C. – 14 D.C.
2. A igreja estabelecida em Jerusalém ----------------- 29 ou 33 D.C.
3. A história relatada em Atos ---------------------------- 29 a 62 D.C.
4. Perseguição aberta pelos judeus ---------------------- 29 a 69 D.C.
5. Conflitos doutrinais sobre a lei mosaica ------------ 29 - 69 D.C.
Cartas inspiradas escritas para defender a verdade: Hebreus, Romanos e Gálatas.
6. A destruição de Jerusalém pelos ---------------------70 D.C. Romanos em cumprimento da profecia de Mateus 24.
7. A evangelização entre os gentios, -------------------- 45 - 65 D.C.

Especialmente por Paulo. Inclui áreas da Ásia, Galácia, Macedônia. Cartas inspiradas escritas para instruir e animar as novas congregações: Efésios, Colossenses, Tessalonicenses.
8. A perseguição dos cristãos em Roma pelo imperador romano Nero (I Pedro?). --- 65 - 68 D.C.
9. Conflitos doutrinais, especialmente sobre  --------- 60 - 1000 D.C.  filosofia como o gnosticismo. Cartas inspiradas: Pedro, João e Judas, escritas para defender a verdade.
10. A perseguição da igreja em escala universal -------81 - 96 d. C. mas, concentrada na Ásia onde havia concentração de cristãos junto com os pagãos dedicados à adoração do imperador: o imperador Domiciano. O APOCALIPSE revelado para animar as igrejas na sua luta contra as forças da maldade.


RESUMO DO PRIMEIRO SÉCULO

 1ª Lição. 2

Estamos a começar o nosso estudo de um dos livros menos entendidos em toda a Bíblia. O livro do Apocalipse foi objeto de negligência por muitos que o consideram impossível de entender. Foi abusado por outros que o quiseram usar como base para provar as suas próprias filosofias sobre a história do mundo e especialmente acontecimentos modernos e futuros. E tudo isto resultou num grande prejuízo para o povo do Senhor, pois o livro contém uma mensagem de muita importância para todas as idades: A Vitória de Cristo e do cristão fiel.

Para começar este estudo vamos considerar um breve resumo do primeiro século, especialmente em relação aos diferentes livros do Novo Testamento para ver como este último dos livros inspirado pelo Espírito santo, cabe no propósito de Deus.

Uns 27 anos antes do nascimento de Cristo Jesus, César Augusto chegou a ser imperador do imenso império mundial de Roma. Este homem foi o primeiro verdadeiro Imperador romano.
Adentro do território sob o seu mando, caiu a terra mais importante na Bíblia, conhecida como Palestina. Dentro de poucos anos numa povoação muito pequena chamada Belém, nasceu o Filho de Deus e começou um movimento que sacudiu o império romano e todo o mundo e que continua ainda depois da derrota completa desta potência mundial de Roma, quase quinhentos anos mais tarde.
No ano 14 depois do nascimento de Jesus Cristo, o império romano passou às mãos de Tibério e foi durante o seu reinado que começou outro reino destinado a empenhar uma grande luta contra Roma e a ser vitorioso sobre ela. Em Jerusalém, durante uma festa dos judeus, a festa de Pentecostes, o Espírito Santo de Deus foi derramado sobre os homens e o evangelho do Filho de Deus foi proclamado pelo apóstolo Pedro e a igreja de Cristo, o reino eterno de Deus foi estabelecido (Atos 2).

Durante os próximos trinta anos (até ao ano 62) a história deste reino divino, se encontra descrita no livro dos Atos. Durante este tempo a igreja padeceu muita perseguição às mãos dos judeus que, por motivos religiosos e egoístas queriam acabar com esta religião “herege”, segundo eles. Durante o mesmo período de tempo (do ano 29 ao ano 69 depois de Jesus Cristo) houve uma série de conflitos doutrinais sobre a obrigação de guardar a lei mosaica na igreja. Estes esforços por falsos mestres, de ministrar o evangelho com a lei antiga, foram frustrados por meio da pregação dos apóstolos e várias cartas do Novo Testamento foram escritas durante este período para defender a verdade sobre este assunto como, por exemplo, Gálatas e Hebreus.

LIÇÃO 3.

No ano 70, Deus ajudou em forma dramática, a esclarecer que a adoração e a vida da igreja não dependiam da religião judaica e especialmente não de Jerusalém, a cidade santa dos judeus, nem do templo. Em cumprimento da profecia de Cristo Jesus, em Mateus 24, o Senhor mandou o general romano Tito (embora Tito não soubesse que Deus o estava usando para cumprir com o Seu propósito) a destruir a cidade de Jerusalém.

Este acontecimento serviu para romper de uma vez por todas a suposta dependência do cristianismo sobre a religião mosaica, centrada no templo de Jerusalém. Este problema já não voltou a molestar a igreja durante o primeiro século. As cartas escritas no Novo Testamento contra este ensino falso servem como defesa perpétua para a igreja, quantas vezes alguém quer impor a lei antiga no povo que vive sob o novo pacto.

Uns vinte e cinco anos atrás, aproximadamente no ano 45, Saulo de Tarso tinha sido convertido ao Senhor. Este perseguidor da igreja foi chamado a ser o apóstolo de Cristo aos gentios (ou seja, a todos que não eram judeus). E durante os anos 45 - 65 Paulo encabeçou a evangelização dos gentios em todo o mundo conhecido, ou seja o império romano, incluindo áreas como Ásia, Galácia e Macedônia em suas viagens de evangelização. Durante o mesmo período ele foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever cartas para instruir e animar as novas congregações. Depois do livro de Atos, a maior parte dos livros no nosso Novo Testamento, corresponde a este esforço, por iniciativa do Espírito Santo, de confirmar e edificar a fé dos novos cristãos em todo o império romano.

Ao final da vida de Paulo, a perseguição pelos judeus tinha diminuído e os problemas doutrinais com eles se tinham resolvido. Mas neste tempo outro inimigo da igreja levantou a sua cabeça contra o reino de Cristo como um monstro do mar, feroz e sem compaixão.  O imperador Nero começou a perseguir os cristãos. Essa foi a primeira perseguição.

É provável que a primeira carta do apóstolo Pedro se refira a esta perseguição que durou do ano 65 aos 68 quando Nero morreu.

Nesse tempo tinha terminado o conflito doutrinal sobre a lei de Moisés, mas as filosofias pagãs começaram a infiltrar-se nos pensamentos dos cristãos e eles chegaram a ser o grande problema doutrinal durante o resto do primeiro século. As cartas de Pedro, João e Judas foram escritas pela inspiração do Espírito Santo para defender a verdade contra essas filosofias como o gnosticismo.

LIÇÃO 4

Como pode apreciar os livros do Novo Testamento, não são simplesmente dissertações doutrinais e morais por teólogos. São a resposta divina a problemas que afrontavam a igreja daquela época.

Conforme iam surgindo os problemas e as ideias falsas, o Espírito Santo ia dando a mensagem adequada para resolver os problemas ou defender a verdade. Todas estas mensagens têm um significado muito importante também para o mundo moderno, mas antes de fazer a aplicação moderna é necessário entendê-las no seu contexto histórico. É necessário ter em mente a razão por que o Espírito o revelou e a quem. A Bíblia é aplicável à vida humana em toda a época; mas, para saber qual é a verdadeira aplicação, é necessário entender o seu motivo e argumento original.


Este é o caso com o livro do Apocalipse também. Depois da morte de Nero no ano 68, a igreja não voltou a padecer séria perseguição da parte do império romano por vários anos. Mas no ano 81 d.C. chegou ao trono Domiciano. Ele, mais que qualquer outro imperador romano, queria aproveitar-se da crença na divindade do imperador. O culto romano da adoração do imperador tinha começado com Augusto, mas a maior parte dos imperadores não tinha insistido nela. Mas, Domiciano a exigiu e se organizou o culto em todo o império. Não adorar o imperador se considerava como rebelião contra o império mesmo. Mas para o cristão, se tornou um problema sério. Os cristãos sabiam que só há um Deus e que somente Jesus é o Senhor. Adorar o imperador e confessá-lo como o Senhor e seria infidelidade a Jesus Cristo e idolatria. Então eles preferiam morrer a se curvar diante do imperador e adorá-lo como um Deus. Por isso eram perseguidos e quando obrigados não negavam sua fé em Jesus Cristo. Eram torturados de várias formas ou jogados para as feras comerem.
Vários foram os homens e mulheres que foram martirizadas por não adorarem o Imperador.

“A Igreja possui  no catálogo vários registros desses heróis que por uma razão ou outra não se sujeitaram à vida pagã, ao pecado e à idolatria. Como exemplo podemos citar: Os 12 Santos Apóstolos, Sto. Estêvão, Sta. Lucina,  Sta. Luzia, Sta. Ágata, Sta. Inês, Sta. Bárbara, Sta. Cecília, S. Sebastião, Stos. Cosme e Damião, S. Jorge, Sta. Filomena, Sta. Catarina de Alexandria, Sta. Apolônia, e tantos outros até os nossos dias. Mas, esses são apenas alguns que a Igreja conseguiu registrar existem muito mais e como dizia Tertuliano “o sangue dos mártires é semente de cristãos”. Lembremos que quanto mais o Império Romano tentava destruir os cristãos, muito mais cristãos novos surgiam e assim acontece
Porém, a santidade independe de conter ou não o nome da pessoa em um livro (terreno) o que o Papa faz é reconhecer naquela pessoa eleita as virtudes heroicas que ela viveu. Quando a Igreja reconhece a santidade de uma pessoa e registrado seu nome no Catálogo dos Santos  é porque Deus já havia reconhecido e escreveu o nome dele(a) no Livro da Vida. Jesus pede “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. (Cf. Mt5, 48) e outra tradução: “Sede santos, como vosso pai celeste é santo” . 
Ser santo é algo indispensável ao cristão, pois o cristão é a persona Christi ou pessoa de Cristo. Ele age e vive segundo Jesus Cristo. Tudo suporta por amor a Jesus Cristo. Dessa maneira aquele (a) que vive segundo Jesus Cristo e pratica a sua palavra tem o seu nome escrito no livro da vida e não ficará envergonhado e será vitorioso junto com o Cordeiro.
Os Mártires foram chamados a testemunhar o seu amor e a sua fidelidade ao Evangelho e responderam com seu testemunho corajoso e foram fiéis até a morte. Como está escrito: “Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida!” Apoc2, 10. Sê fiel esse é o convite do Senhor Jesus. Sê fiel a Jesus em casa, no trabalho, na escola, no lazer, na igreja... sê fiel. Esse gesto não ficará sem resposta. Pois, ser santo não é tarefa difícil mas, é antes de tudo seguir os passos do mestre sem hesitar, com amor e coragem. Sem medo lutar por um mundo melhor. Fazer o reino de Deus acontecer desde já aqui é tarefa de cada cristão. Pois a santidade começa aqui e se conclui na Eternidade..
De Elmando Toledo                            

Foi assim que começou a perseguição contra a igreja na escala universal e concentrada na Ásia onde havia concentrações de cristãos. Durante os anos de Domiciano (81 - 96 depois de Jesus Cristo) a pressão sobre a igreja foi tremenda. Além da grande tentação em toda a época, de conformar-se à maneira de viver das pessoas do mundo, sumamente pecaminosa naqueles dias, os cristãos nos últimos vinte anos do primeiro século, enfrentaram o problema da exigência do governo romano sobre a participação na religião falsa e a perseguição moral, econômica e física que lhes sobreveio quando recusaram negar a sua fé para agradar e adorar o imperador romano.

LIÇÃO 5.

A mensagem do livro do Apocalipse foi revelada e escrita para animar as igrejas de Cristo na sua luta contra as forças da maldade.
No livro do Apocalipse, esta luta e a vitória final de Cristo e o cristão fiel, são apresentados em termos simbólicos. Mas estes símbolos e todo o livro devem ser interpretados de acordo com o propósito do livro e especialmente os problemas que afrontavam a igreja do Senhor naquela época. Assim como podemos entender melhor a carta aos Gálatas, por tomar em conta o problema dos judeus que queriam misturar a lei com o evangelho, também podemos entender o livro do Apocalipse melhor por tomar em conta os problemas apresentados pelo império romano. Assim como podemos entender melhor a primeira carta do apóstolo João, por tomar em conta a filosofia gnóstica que se estava introduzindo na igreja nos fins do primeiro século, também podemos entender melhor a revelação dada a João em Apocalipse por tomar em conta a adoração do imperador exigida por Domiciano naqueles dias turbulentos.

LIÇÃO 6.

O TEMA: A VITÓRIA DE CRISTO E DO CRISTÃO FIEL

I. O Apocalipse é para VOCÊ:
A Se tem problemas econômicos.
B. Se padece por sua fé em Cristo Jesus.
C. Se fica pensativo perante a grande variedade de religiões que há no mundo.
D. Se duvida às vezes de qual será o seu fim depois de lutar tanto para servir a Deus.
E. Se se pergunta sobre a origem de todo o sofrimento e os outros problemas da vida.
F. Se se sente atraído às vezes pelas delícias que o mundo oferece.
G. Se você necessita de ânimo, fé e esperança.
H. Se você está sendo seduzido por tentações carnais.
I. Se você se sente cansado da luta.
II. O problema: A perseguição pelo império romano.
III. A raiz: O culto ao imperador.
IV. A dúvida: Quem é REI SOBERANO?
V. A mensagem: Cristo e o cristão fiel serão vitoriosos SOBRE:
A. A PERSEGUIÇÃO: a oposição física, moral e econômica contra o corpo do cristão. A BESTA.


LIÇÃO 07

B. As doutrinas falsas: a religião falsa que combate contra a mente e a vontade do cristão. O falso profeta.
C. A mundanalidade: a sedução que milita contra o coração e a moralidade do cristão. A grande prostituta.
D. Satanás, o dragão: o inimigo que usa estes três poderes para tratar de destruir a fé do cristão.
VI. A aplicação:
A. Anima-nos a perseverar quando o desejo de seguir adiante se vence pelos problemas da vida.
B. Consola-nos quando em meio das tribulações se turva o nosso coração porque nos assegura que seremos vitoriosos no fim.
C. Repreende-nos pelo pecado na nossa vida e pela tendência de nos conformarmos com ao mundo e seu modo de viver.
D. Nos recorda do nosso propósito principal na vida: glorificar a Deus na igreja do Senhor.
E. Revela-nos o amor de Deus quando as circunstâncias da vida nos fazem duvidar d’Ele.
F. Fortalece a nossa fé na providência e justiça de Deus conforme o Seu plano eterno.
G. Assegura-nos que o plano de Deus nos tomou em conta.
H. Revela-nos a natureza da vida celestial - uma vida perfeita e eterna.
I. Revela a vitória de Cristo e do cristão fiel sobre todo o inimigo.
VII. O Reino Vitorioso
A. Reinamos agora em vitória (Apocalipse 1:6, 9).
B. Este reino inclui também a “autoridade sobre as nações”.

LIÇÃO 8.

(Apocalipse 2:26,27).
C. O reino não é vencido pela morte (Apocalipse 20:4).
D. É reino ETERNO (Apocalipse 22:5).

A vitória de Cristo e do cristão fiel.

Você tem problemas econômicos? Padece por sua fé em Cristo Jesus?
Fica pensativo perante a grande variedade de religiões? Dúvida às vezes de qual será o seu fim depois de lutar tanto para servir a Deus? Se pergunta sobre a origem de todo o sofrimento e os outros problemas da vida. Às vezes se sente atraído pelas delícias que o mundo oferece? Se você necessita ânimo, fé, esperança; se você está sendo seduzido pelas tentações da carne; se você se sente cansado nesta luta, o livro do Apocalipse é para você.

Os recipientes deste livro no primeiro século tinham estes mesmos problemas e outros mais. O império romano, no qual viviam, os estava perseguindo os cristãos pela sua fé em Jesus Cristo.

Além do conflito moral que sempre há entre a igreja e o mundo, Roma empenhou uma luta econômica e física contra os membros da igreja. Tinham que passar nervosos, esperando com certo temor o próximo encontro com as autoridades romanas que foram organizadas em perseguição perpétua contra os cristãos.

Discípulos de Cristo serviram como tochas vivas nas mãos dos seus perseguidores cruéis e fanáticos. Famílias inteiras foram devoradas pelas feras no coliseu. Os que não foram decapitados se encontravam no cárcere. Era necessária muita coragem para não negar a sua fé em Cristo. O espírito estava pronto, mas a carne era fraca. E Roma não estava satisfeita com a morte de uns quantos cristãos. A sua meta era desarreigá-los da face da terra como se fosse uma praga ou um inimigo estrangeiro.

Tudo isto tinha começado a raiz da insistência do imperador romano em se aproveitar da religião oficial do império: o culto ao imperador.
Segundo a crença desde o tempo do primeiro imperador e mesmo antes, este rei se considerava como divino. Além de ser representante dos “deuses” ele mesmo chegou a ser um deus. E como deus merecia o respeito e a adoração dos seus súbditos. E isto se relacionava com a fidelidade ao império. Confessar que “César é Senhor” se tornava como um voto de lealdade às leis do império.

LIÇÃO 9.

Aquele que recusasse render este culto ao imperador era considerado como traidor, além de enfurecer o próprio imperador Domiciano quando este queria receber a honra que merecia como “deus”. Mas, para o cristão fiel tudo isto chegou a ser problema grave. Muitos imperadores, na verdade a grande maioria, não tinha insistido neste culto. Mas quando Domiciano chegou ao trono, tudo foi muito diferente. Estabeleceram-se centros para o culto ao imperador em todo o império. Todos os súditos deveriam se curvar e adorar a estátua do imperador Domiciano como um “deus” – ele se autodeclarava um “deus”.
Isso levou a um grande conflito entre os cristãos que não aceitavam se curvar a nenhum outro “deus” senão o Deus Javé.
 
Cada ano todos os cidadãos leais confessavam ao César como Senhor e lhe rendiam adoração como “deus”. Mas o cristão tinha confessado que “Jesus é Senhor”. A sua salvação eterna dependia da sua fidelidade àquela confissão. Negar a Cristo para agradar a um mero homem era impensável. Mas, por outro lado, ao não fazê-lo, arriscava-se a perder a vida e submeter a sua família a sérios problemas.

Além disso, outro problema tinha que estar perturbando a mente do cristão. Ele tinha crido em Jesus como o Rei. Tinha aprendido bem que a igreja, ou seja, o reino de Cristo ia ser um reino eterno.

Tinha entendido que os governadores da terra estão sob a autoridade de Cristo Jesus, o Rei dos reis e Senhor de senhores. Sabia que Satanás tinha sido esmagado na morte e ressurreição de Cristo.

Mas, agora tudo isto estava sucedendo. Parecia que Satanás estava ganhando a vitória. Embora a sua mente lhe recordasse a soberania de Cristo, os soldados romanos lhe recordavam mais dramaticamente a “soberania” do imperador. Embora tivessem entendido o profeta Daniel quando proclamou ao rei Nabucodonosor que o reino de Deus seria um reino eterno, parecia que o império romano o ia destruir. Tudo tinha marchado bem; os limites do Reino se haviam estendido a incluir todo o império romano, mas agora? Seria o momento da derrota?

A fé, âncora da alma, que se tinha cimentado no coração do crente começava a ser destruída pela dúvida e a incerteza. A maior parte dos apóstolos já tinha morrido alguns às mãos destes mesmos romanos. Seria isto o fim? No meio de tudo isto vem a revelação: Cristo e o cristão fiel serão vitoriosos.

Isto mesmo é o tema que em todo o livro do Apocalipse prevalece: “A Vitória de Cristo e do Cristão Fiel”. Receberam uma mensagem diretamente de Deus. Agora podiam ver todos estes problemas do ponto de vista do céu. Deus não ignorava a condição dos seus servos, nem tinha se esquecido deles.

Tudo isto era parte de um plano - um plano divino para a vitória de Cristo e do cristão fiel e a derrota final de Satanás e todos os seus servos, incluindo o império romano que naquela época era instrumento em suas mãos diabólicas. O Apocalipse revela a vitória de Cristo e do cristão fiel sobre a perseguição, a religião falsa, a mundanalidade, e o instigador de todos estes problemas: Satanás mesmo. Assim, o propósito do livro é animar a igreja na sua luta contra as forças da maldade, simbolizadas no livro pela “besta”, “o falso profeta”, “a grande prostituta”, e “o dragão”.


LIÇÃO 10.

A mensagem do Apocalipse nos anima a perseverar quando o desejo de seguir adiante se vence pelos problemas da vida. Consola-nos, quando em meio das tribulações se turva o nosso coração. Mas este consolo não é um consolo de simplesmente aceitar as coisas tal como são, mas que, por fim, vem em forma de uma vitória segura. Desta vitória nos assegura o livro do Apocalipse. E, ao mesmo tempo, o livro nos repreende pelo pecado em nossa vida e pela tendência em nós, de nos conformar ao mundo e seu modo de viver.

Recorda-nos do nosso propósito principal na vida: glorificar a Deus na igreja do Senhor. Revela-nos o amor de Deus quando as circunstâncias da vida nos fazem duvidar d’Ele. E assim fortalece a nossa fé na providência e na justiça de Deus conforme o Seu plano eterno. Às vezes nos parece que o plano de Deus não nos tomou em conta; O livro do Apocalipse nos assegura que sim. Nós em Cristo reinamos e reinaremos para sempre, diz o Apocalipse. E os maus e infiéis, todos os inimigos da igreja, Satanás mesmo, serão destruídos.

Este livro revela como e quando, e o Autor dessa destruição. E logo nos revela a natureza da vida celestial, a vida do cristão fiel com o Cristo vitorioso, uma vida perfeita e eterna. “A vitória de Cristo e do cristão fiel” é o tema do princípio ao fim da Revelação.

A vida do cristão fiel é uma vida vitoriosa. Cristo e o cristão reinam em vitória. É uma vida real, agora, mesmo e na morte, e para sempre.

Em Apocalipse 1: 6,9 o livro revela que nós reinamos agora em vitória. O reino de Cristo aqui na terra não é vindouro. Nós participamos nele agora no presente. Os cristãos que primeiramente receberam a mensagem, já participavam nele; eram reis pois, o texto diz que Cristo “nos fez reis e sacerdotes para Deus, Seu Pai; a Ele seja glória e império pelos séculos dos séculos. Amem” (Ap 1:6).

E João disse: “Eu João, vosso irmão e companheiro na aflição, e NO REINO e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo” (Ap 1:9).

Assim, agora na vida, o cristão reina; participa no reino de Cristo aqui na terra. Mas este reino se estende mesmo à autoridade “sobre as nações” (Ap 2: 26,27), e nem a morte mesma pode tirar-nos a nossa posição real. Um estudo sobre “O Apocalipse.”

LIÇÃO 11.

No capítulo 20, o Senhor revela que mesmo os cristãos que morreram na perseguição daqueles dias chegaram a reinar em sua morte. Assim foi que “as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus... viveram e reinaram com Cristo mil anos” (Ap 20:4).

E logo, depois da vinda do senhor e o juízo de todos os homens, os cristãos entrarão em sua herança celestial e ali “reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22:5). Esta é uma mensagem do livro do Apocalipse: Cristão.

Você está reinando com Cristo Jesus, embora a morte venha, reinará no meio dela, e finalmente entrará na sua herança eterna onde reinará pelos séculos dos séculos. Graça e glória ao nosso Deus pela vitória de Cristo e do cristão fiel análise do Livro.
 

CAPÍTULO 1-3 A igreja = a luz do mundo nas mãos do Cristo vitorioso.
CAPÍTULO 1
(1) A cadeia da revelação.
(2) A mensagem: sua fonte, destino e efeito.
(3) O eterno Deus todo poderoso.
(4) A visão do Filho do homem com as sete estrelas no meio dos sete candeeiros.

CAPÍTULO 2-3: AS MENSAGENS ÀS IGREJAS DA ÁSIA.

(1) Éfeso: obras sem amor.
(2) Esmirna: A vitória sobre o sofrimento e a morte.
(3) Pérgamo: O compromisso.
(4) Tiatira: A tolerância dos falsos mestres.
(5) Sardo: Renome das obras imperfeitas.
(6) Filadélfia: Uma porta aberta.
(7) Laodiceia: Materialismo e soberba.

CAPÍTULO 4:1 - 6: 11: O conflito com o mundo, mas sob o domínio de Deus Pai e do Cristo vitorioso.
Um estudo sobre “O Apocalipse”

1ª Lição. 12

CAPÍTULO 4:
O Trono de Deus no Céu.
(1) Deus está no trono.
(2) Deus criou tudo.
(3) Deus é soberano sobre tudo.
CAPÍTULO 5:
(1) O livro selado.
(2) O Cordeiro / Leão Digno.
CAPÍTULO 6: CRISTO ABRE 6 SELOS.
(1) O livro selado.
(2) O Cordeiro / Leão Digno.
Capítulo 6: CRISTO ABRE 6 SELOS.
(1) Cavaleiro e cavalo branco: O Cristo Vitorioso.
(2) Cavaleiro e cavalo vermelho: A perseguição.
(3) Cavaleiro e cavalo negro: A perseguição econômica.
(4) Cavaleiro e cavalo amarelo: A morte e o Hades.
(5) As almas dos vencedores depois da morte sob o altar.
(6) Anúncio que o dia da ira de Cristo chegou.

CAPÍTULO 6:12 - 11:19 O juízo temporal de Deus contra o mundo.
Dá-lhes oportunidade de se arrependerem.
A igreja é vitoriosa nestes juízos.

CAPÍTULO 7: Quem poderá suster em pé? O Cristão!
(1) Os servos de Deus na terra selados (144.000). *Número simbólico para indicar que todas as nações que seguirem o Cristo serão contados como filhos de Deus e, portanto, dignos eleitos.
(2) Os servos de Deus diante do trono (a grande multidão).

CAPÍTULO 8 -9: 6 Trombetas do sétimo selo.

 1ª Lição. 13

(1) O silêncio ao abrir o sétimo selo.
(2) O anjo com o incenso.
(3) 1ª Trombeta: as colheitas.
(4) 2ª Trombeta: o comércio marinho.
(5) 3ª Trombeta: a água potável.
(6) 4ª Trombeta: trevas.
(7) 5ª Trombeta / 1º Ai! - A obra satânica no mundo.
(8) 6ª Trombeta / 2ª Ai! - os exércitos estrangeiros.

CAPÍTULO 10:
(1) Os 07 trovões: Não haverá mais advertência.
(2) O livrinho: Profetiza sobre muitos povos, nações, línguas e reis.

CAPÍTULO 11:
(1) A medida do templo: a igreja será protegida.
(2) As duas testemunhas: o evangelho triunfará.
(3) 7ª Trombeta / 3ª Ai! - A queda final da Roma pagã.

CAPÍTULO 12 - 13 O conflito com o mundo deve-se ao conflito entre os dois “reis: Cristo Vencedor e satanás, o vencido.

CAPÍTULO 12:

(1) O conflito na terra: Satanás é vencido.
A mulher = a Igreja, o povo de Deus.
O dragão infernal = Satanás
O filho varão = Nosso Senhor Jesus Cristo.
(2) O conflito no céu: Satanás é vencido.
(3) O conflito renovado na terra: o povo de Deus protegido.

CAPÍTULO 13:
As forças da maldade utilizadas por Satanás contra o cristão = o inimigo.

1ª Lição. 14

(1) A besta do mar: o poder civil de Roma – perseguição do cristão.
(2) A besta da terra: A falsa religião de Roma.
CAPÍTULO 14: O anúncio da vitória de Cristo e da igreja e o juízo final.
As forças da justiça = os aliados.
(1) Os 144.000 = a igreja triunfante na terra.
(2) A justiça de Deus triunfa (capítulos 15 - 16).
(3) A queda da Babilônia a grande (capítulos 17-18).
(4) O juízo dos adoradores do imperador (capítulos 19 - 20).
(5) Os santos mortos são felizes (capítulos 21 - 22).
(6) O juízo desde ponto de vista dos justos: o cumprimento do propósito de Deus para eles. (7) O juízo desde o ponto de vista dos injustos: a destruição.

CAPÍTULO 15 - 20: Satanás e seus servos serão vencidos.

CAPÍTULO 15: A ira de Deus contra Roma pagã, a prostituição e os falsos deuses.

(1) Deus glorificado por Sua santidade e seus juízos.
(2) Os 07 anjos receberam os 07 cálices cheios da ira de Deus.
(3) Entrada no templo de Deus impossível pelo momento.

CAPÍTULO 16: Os 07 cálices (salvas) da ira.
(1) Derramados especialmente sobre os perseguidores da igreja:

Roma, o imperador, os adoradores da besta: (16:2, 6, 9, 10, 1, 13, 14, 19, 21).
(2) 1ª salva: sobre a terra
(3) 2ª salva: sobre o mar.
Quem é a besta? A besta é o poder supressivo de Roma sobre as testemunhas de Cristo. Representa todos os perseguidores da Igreja ao longo dos tempos.

AS CALAMIDADES
(4) 3ª salva: sobre as águas doces. NATURAIS
(5) 4ª salva: sobre o sol (os céus).

 1ª Lição. 15

(6) 5ª salva: sobre o trono da besta.
(7) 6ª salva: sobre o rio Eufrates = preparação para a batalha em Armagedon.
(8) 7ª salva: pelo ar = Babilônia (Roma) destruída.
Porque os cristãos primitivos chamavam a cidade de Roma de Babilônia?
Eles assim a chamavam porque comparavam a idolatria, a religião do imperador (tido como um deus) a prostituição, e toda espécie de imundície de pecado existente na Roma pagã à antiga cidade Babilônia do Antigo Testamento que sofreu o castigo de Deus e foi destruída com fogo.  
 
CAPÍTULO 17:

(1) A descrição da grande prostituta, Babilônia a grande: significa o poder sedutivo de Roma.
(2) A explicação da besta do mar: o poder perseguidor de Roma. (3) A explicação da grande prostituta: A Roma pagã dos imperadores.

CAPÍTULO 18:

A queda da grande rameira (Babilônia = Roma).
(1) A causa da sua queda: a fornicação espiritual.
(2) Chamamento ao povo de Deus para sair dela.
(3) Descrição de seu juízo por soberba.
(4) Lamentação por sua queda.
(a) Os reis: já não poderão satisfazer a sua lascívia.
(b) Os mercadores: já não poderão comerciar.
(c) Os pilotos: já não haverá mercadoria para as suas naves.
(5) Queda definitiva = total.
(6) 2 razões por sua queda: enganou as nações e perseguiu os cristãos.

CAPÍTULO 19:

(1) Regozijo no céu pela queda de Roma e a elevação do cristianismo.
(2) Regozijo no céu porque se aproxima as bodas do Cordeiro.
(3) Armagedon cumprido.

CAPÍTULO 20:

(1) Satanás atado.
(2) O reino dos santos mortos.
(3) Satanás lançado ao lago de fogo.
(4) O juízo final.
(5) O destino final de todos os que não foram redimidos: o lago de fogo.

1ª Lição. 16

CAPÍTULOS: 21-22:

CAPÍTULO 21:
(1) Comunhão perfeita com Deus (a nova Jerusalém com Deus na nova terra).
(2) A descrição da nova Jerusalém (o povo de deus):

Sua glória.
Sua defesa.
Seu tamanho imenso.
Seu templo e luz: Deus e Jesus Cristo.
Seus habitantes.

CAPÍTULO 22:
(1) Provisão perfeita = o rio e a árvore.
(2) Serviço perfeito a Deus.
(3) Reino perfeito com Deus.
(4) O testemunho do anjo: Estas palavras são fieis e verdadeiras.
(5) As palavras de Jesus: Eu venho breve para recompensar. Anúncio da volta de Jesus como juiz.
(6) O convite: Vem.
(7) A advertência: Não acrescentes nem tires.
(8) “Venho em breve.” “Amém”.

Princípios de Interpretação
I. É uma revelação (1:1,3).
II. O seu Propósito (1:1,3).
A. Manifestar algo à igreja.
B. São coisas que devem suceder pronto - breve.
III. É um livro de símbolos (1:1) e interpretações (1:20).

IV. Seu uso do Antigo Testamento.
V. Sua aplicação a toda a época.
VI. Seu contexto:
A. No Apocalipse
B. Na Bíblia.
C. Na história.

1ª Lição. 17

Princípios Revelados
O significado que damos às visões do livro do Apocalipse dependerá, em grande maneira, da nossa filosofia e o método de interpretação que apliquemos ao livro.
Há pelo menos cinco métodos de interpretação que se tem aplicado ao Apocalipse e cada método também tem as suas modificações resultando em muitas diferentes ideias acerca da mensagem bíblica.
Mas nós não estamos interessados em estudar os diferentes métodos de interpretação e sistemas filosóficos que os homens aplicam a este livro.

Nós simplesmente queremos deixar que a Bíblia mesmo interprete sua própria mensagem pois ela é o seu melhor intérprete.
Assim perguntemos: Que diz a Bíblia sobre os princípios de interpretação do livro do Apocalipse?

Se aceitarmos os princípios de interpretação que ela mesma nos apresenta, não poderemos equivocar-nos. Mas se chegamos ao livro do Apocalipse com certos preconceitos e nossos próprios métodos de interpretação, podemos perder por completo a mensagem que Deus quer dar-nos neste maravilhoso livro.

Uma Revelação

O primeiro que devemos ter em mente quando estudamos e também quando interpretamos o livro do Apocalipse é que este livro de visões é uma Revelação. O propósito do livro não é confundir nem esconder a sua mensagem mas sim Revelar uma mensagem de suma importância para os cristãos do primeiro século, uma mensagem do seu Deus a eles. O versículo 1 do livro declara: “A Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para manifestar a Seus servos as coisas que devem suceder breve; e a declarou, enviando-a por meio do seu anjo a seu servo João.” (Ap 1:1).

Note que a primeira declaração do livro o identifica com uma “Revelação”.
Jesus Cristo a recebeu do Pai com o propósito específico de manifestar. Não ocultar mas manifestar aos servos. Ele que outrora tinha dito: “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos tempos” (Mt28, 20)

Sempre temos que estar perguntando em cada visão: Qual foi a importância disto para a igreja nos últimos anos do primeiro século?”
O que é que na história daquele tempo corresponde a esta visão?”
O contexto histórico, os problemas materiais e espirituais da igreja naquele tempo, a ameaça do império romano, a perseguição direta que a igreja padeceu às suas mãos, a esperança que necessitavam os cristãos um estudo sobre “O Apocalipse” - atribulados; tudo isto deve ser considerado quando tratamos de decidir o significado do livro.

Um exemplo que estaremos considerando mais em detalhe quando estudamos o texto do livro, bastará para que vejamos a aplicação deste princípio.

Que significado teria para a igreja do primeiro século falar-lhe do Papa da Igreja Católica Romana (supostamente simbolizado em “a besta” segundo muitos intérpretes protestantes?. Pois, existia a Comunidade cristã de Roma, mas não existia a Igreja Católica Romana institucionalizada. Ela teve o seu princípio aproximadamente duzentos anos depois (aproximadamente no ano 311 depois de Cristo) com o imperador Romano Constantino anistiando os cristãos e o imperador romano Teodósio declarando o cristianismo a Religião oficial do Império Romano; o Papa foi declarado infalível após ano 1870 depois de Cristo.

A resposta é que não lhe poderia menos interessar.
Nem está de acordo tal interpretação com a clara declaração: “coisas que devem suceder breve.” Tal interpretação tem que deixar-se porque viola este princípio de interpretação que a mesma Bíblia nos apresenta.

Os Símbolos:

O terceiro ponto que notamos quanto aos princípios de interpretação que devemos aplicar ao livro é que é um livro de símbolos.
A palavra “declarou” no versículo 1, no grego, o idioma original em que foi escrito o livro, vem da palavra “sinais” ou “símbolos”. Portanto, João recebeu esta mensagem de Deus por meio de “sinais” ou “símbolos.” A revelação do Senhor foi-lhe “assinalada”, ou seja, “simbolizada.”

Isto não quer dizer que não há nada no livro. Temos, por exemplo, “a ilha chamada Patmos” em Apocalipse 1:9 que é uma ilha literal onde João estava exilado. Mas o contexto esclarece se se trata do literal ou do simbólico.
Símbolos Interpretados Além de ser um livro de símbolos, o Apocalipse é também um livro de interpretações.

Em Apocalipse 1:12,16 temos os símbolos dos sete castiçais e as sete estrelas.

Mas, em Apocalipse 1:20 temos a interpretação inspirada destes símbolos já em palavras literais: “O mistério das sete estrelas que viste na minha direita e dos sete castiçais de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais que viste, são as sete igrejas” (Apocalipse 1:20).

Muitos intérpretes têm querido dar um significado simbólico “aos anjos” e “às sete igrejas.” Mas estas palavras já não são simbólicas, mas, é a interpretação literal dos símbolos “das sete estrelas” e “dos sete castiçais.” Um estudo sobre “O Apocalipse”. Devemos entender que o Apocalipse nos apresenta: símbolos e interpretações.

Quando o livro dá a interpretação do símbolo, esta é autoritária e final. Por conseguinte, embora a interpretação no contexto do livro seja final, há aplicação dos princípios ensinados para todo o tempo. Por exemplo, se alguma visão representa uma falsa religião no tempo do primeiro século, ela é o cumprimento da profecia, mas qualquer religião moderna que seja falsa cairá sob a mesma condenação que aquela representada no livro do Apocalipse: a destruição por Jesus Cristo.


Uso No Antigo Testamento

Outro elemento que deve ser considerado na interpretação é a sua base na história e as profecias do Antigo Testamento. Em somente 404 versículos que compõem o livro, há mais de 300 alusões ao Antigo Testamento, aplicado à mensagem do Apocalipse.

Resumo:

Em resumo temos uma revelação em palavras simbólicas com o significado ou a interpretação apresentada no mesmo texto às vezes, e entendido pela história do tempo em outros casos e tomado do Antigo Testamento em outros. O seu cumprimento em geral foi logo depois da revelação, ou seja, durante o tempo do primeiro século. Para não nos equivocarmos, sempre há que tomar em conta o contexto: do livro do Apocalipse, da Bíblia, e da história daquele tempo. Com estes princípios em mente, estamos preparados para começar o nosso estudo do livro, visão por visão.

2ª LIÇÃO 1

Sobre o Apocalipse, a Igreja: a luz do mundo nas mãos do Cristo Vitorioso. Apocalipse 1:1 - 3:22

I. A Introdução (1:1-8).
A. O propósito destas primeiras declarações é apresentar o tema e encher o cristão de confiança em Deus.
B. A Revelação (1:1-3).
1. Seu Caráter = É uma Revelação. Apocalipse significa revelação.

2. Seu autor é Jesus Cristo.

3. Seu Propósito é: “manifestar” ou demonstrar por símbolos; esamenen = simbolizar (veja 22:6).

4. Seu Tempo = “deve suceder breve”. É praxe que sucedam logo. Compare 22:10 com Daniel 12:4,9.

Não pertence a centos de anos no futuro principalmente. Se as coisas escritas no Apocalipse não tivessem sucedido logo, a igreja do Senhor teria desaparecido da face da terra.

5. Sua Recepção = O dever é de Ouvir e Guardar a sua mensagem. Ao lê-lo se pode entender.

6. Sua Leitura = Em voz alta à igreja (compare Colossenses 4:16; I Tessalonicenses 5:27; I Timóteo 4:13).

7. Sua Promessa = “o tempo está próximo”. Ajuda virá logo. Não quer dizer que todos os detalhes do livro iam ser cumpridos imediatamente, mas começaram a suceder imediatamente. A promessa principal do livro é que ia vir logo ajuda e que iam ter a vitória no fim.

8. Sua Bênção = “Bem-aventurado” (compara 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7,14) para aqueles que ouvem e guardam esta mensagem. Esta bênção se baseia em parte no fato de que o tempo do seu cumprimento estava Próximo quando Jesus Cristo deu esta revelação.

2ª LIÇÃO 2

C. A Saudação (1:4-5a).
1. A saudação (1:4a): Graça e paz. A essência da mensagem.
2. O destino (1:4a): Às 7 igrejas que estão na Ásia. Isto nos ensina muito sobre o conteúdo desta revelação. Tem que ver com as necessidades prementes das sete igrejas na Ásia.
3. A fonte (1:4b, 5a): A Divindade Eterna.

a. O Pai eterno (“o que é e o que era e que há de vir”).
(1) Compare Êxodo 3:14.
(2) Assinala a Sua existência eterna e independente.
(3) Provoca confiança. Ele é confiável porque é eterno.
b. O Espírito Santo (“os sete espíritos que estão diante do Seu trono”).

(1) O número 7 significa Santidade e o Completo. Veja o estudo sobre o número 7 no Apêndice I deste curso.
(2) Há somente 1 Espírito segundo Efésios 4:4. Mas neste livro simbólico o Espírito Santo.
Representa-se com o número que simboliza o completo e o santo: 7. Veja também Apocalipse 4:5. Compare Zacarias 3:9; 4:2-10.

c. Jesus Cristo.
(1) “a testemunha fiel”.
Roma diz que vocês são maus e que terão que morrer. Jesus Cristo dá testemunho fiel.
Ele diz que são santos de Deus e que viverão.
Leia também: João 18:37; 8:14; Mateus 10: 31, 32; Apocalipse 3:14; 19:11; I  e Tim.6:13.

(2) “O primogênito dos mortos”. Seu reino e Seu poder se estendem mesmo à morte.
Muitos deles iam morrer por sua fé, mas podiam ter a confiança que Cristo reina mesmo na morte.

2ª LIÇÃO 3

(3) “o soberano dos reis da terra”. César não o é mas Cristo e o cristão o é. Estude com cuidado:
Sal 2:7-12; 89:27; 110:1-6;
Atos 2:34,35; Heb 7:17; Apo.17:14;19:16; 1 Tm 6:15; João 16:32.

Diagrama Sobre o Reino de Cristo
Salmos 2:2 Salmos 2:6 Salmos 2:7
Ungido *** Rei *** Filho *** A Força Reina Voluntariamente.

Sl 2:9; 110:2 Salmos 45:6 Sl 110:3; Heb 1:8,9 - Com vara de ferro Com cetro de justiça sobre os Seus inimigos Sobre o Seu povo nas nações. Sua nação santa.

Toda a Potestade agora explicação do Diagrama sobre o Reino de Cristo.

Primeiramente o que deve fazer é ler com cuidado os textos que correspondem a esta explicação: Salmos 2; 110:1-6; 45:6; Hebreus 1:8,9; Mateus 28:18.

Há dois aspectos muito importantes do reino do Ungido Filho de Deus, o Cristo. O primeiro é o Seu reinado sobre o Seu próprio povo, o reino dos céus. A igreja de Cristo sobre a qual Ele é Rei e Cabeça Única (Colossenses 1:18). Ele reina sobre o Seu povo com o cetro de justiça, pois eles se submetem voluntariamente sob a autoridade do Rei e como consequência recebem a Sua bênção e até compartilham no Seu reino (Apocalipse 1:6; 3:21).

2ª LIÇÃO 4   

Mas há outro sentido em que Cristo reina sobre todas as gentes e todas as nações. As bênçãos do Seu reinado são unicamente para os que se submetem a Ele voluntariamente, mas não devemos pensar em nenhum momento que o Seu poder como Rei seja limitado à igreja. As maiores partes das teorias acerca do reino de Deus supõe-se que o poder e o reino de Cristo sejam limitados agora, mas, que no futuro será um reino universal e sem limites. Mas a grande verdade apresentada na frase sob consideração (“o soberano dos reis da terra”) insiste que todos os reinos da terra estão sob o Seu domínio já!

É certo que não se submetem voluntariamente nem o farão nunca, mas sim, estão sujeitos. É certo que não cumprem as leis do Seu reino mas, sim, são servos em Suas mãos para cumprir com os Seus propósitos, embora não o saibam nem queiram fazê-lo. É certo que não recebem a Sua bênção, mas a Sua condenação por não lhe obedecer voluntariamente. Em vez de cetro de equidade faz uso da vara de ferro (a força) para governar as nações.

Cristo tem (tempo presente) toda (completa) potestade ou poder Agora. “Toda potestade me é dada no céu e na Terra” (Mt 28:18). É a natureza espiritual e invisível desta potestade que não permite que os homens carnais reconheçam que Cristo reina sobre toda a terra já, agora (veja II Reis 6:8-23 especialmente versículos 17,17).

Por conseguinte a mensagem para os cristãos que estavam sendo perseguidos e ameaçados com a erradicação pelo rei de Roma (o imperador) era que o rei dos cristãos era também Chefe Supremo sobre o imperador. Veja os seguintes textos para estudar este tema em mais detalhe:

Dan 2:20,21; 4:17,25b; Is 10:5-7; 13:50,51; Jr 51:1,2,11,20-23; Ez 14:21; Hab1:5-11; Am 3:6; Gên 15:15; Mt 24; Jo 19:10,11; Rm 13:1-7; Ap 19:11- 16.

Devemos entender também por meio destes e outros textos que o reino e as atividades de Deus entre as nações é algo tão antigo como as nações mesmas. Deus tem agora, já, domínio no reino dos homens e o dá a quem Ele quer (Dn 4:24-26). Através dos séculos Deus manifestou este poder como soberano dos reis da terra em várias maneiras.

Assíria e a sua capital - Nínive serve como exemplo claro deste ponto e do fato que as nações têm que responder a Seu Rei Divino para evitar a destruição.

Uns 800 anos antes de Cristo, Deus advertiu a população da cidade Nínive da sua destruição por seus pecados (Jonas 3:1-4). Quando o povo se arrependeu, Deus o salvou (Jonas 3:10; 4:11).

Uns 75 anos depois, no ano 725 antes de Cristo, o rei da Assíria serviu como vara na mão de Jeová para castigar os israelitas por sua rebeldia (Isaías 10:5-7; 7:17). Mas dentro de um século a mesma nação da Assíria foi derribada por Deus por sua altivez de espírito e crueldade (Isaías 10:24,25; Naum 1:1-8; 2:13; 3:1-19). Nínive caiu no ano 612 antes de Cristo conforme a promessa do Senhor.

2ª LIÇÃO 04

Assim, devemos entender muito bem que o Reino Universal do Ungido de Deus não quer dizer que não haja oposição à Sua vontade nem que haja paz em toda a terra. Enquanto este mundo existir e Cristo reine haverá inimigos e oposição. É quando todo o inimigo for sujeito e posto por estrado dos Seus pés que virá o fim e Cristo devolverá o reino ao Pai (Salmos 110:1; At 2:33-36; I Coríntios 15:24-28).

D. Glória A Cristo Por Seu Amor (1:5b-6).
1. O amor de Cristo é tão maravilhoso que nos deve animar a servi-lo com diligência, dar glória a Seu nome e suportar toda a prova (Jo 3:16; Romanos 5:5-10; 8:32-39).

2. A frase: “nos amou” assinala um ato cumprido.
Não pode haver dúvida que se refere a Seu sacrifício por nós.
Este sacrifício é a manifestação irrefutável do amor incomparável de Cristo (1:5).

3. O amor de Cristo também serve como base para outro evento em nossas vidas: “nos lavou dos nossos pecados com o Seu sangue” (1:5; compare 14:15; Efésios 5:25-27: At 22:16).

4. Outras manifestações do amor de Cristo pelo qual O devemos louvar e que nos enche de ânimo, é que “nos fez reis e sacerdotes para Deus, Seu Pai” (1:6).

a. Nada pode mudar a nossa posição na família Real.
Vivemos e morremos como reis com Cristo.
b. Somos sacerdotes. Portanto, podemos aproximar-nos a Deus e servi-lo (Ef 2:18).
c. Um Sacerdócio Real (1Pd 2:4,5,9,10; Êx 19:6; Is 61:6; Zc 6:9-15).
d. REINAMOS AGORA (veja também Apocalipse 5:10).
E. Cristo Vem: Confiança Para O Cristão (1:7).
1. Vem “com as nuvens” é a descrição comum da vinda do Senhor em Juízo contra os Seus inimigos.
a. Contra o Egito (Is 19:1: Ez 30:3; 32:7).
b. Contra Israel (Ez 34:12).

2ª lição. 6

c. Contra Jerusalém (Mt 24:24-30; Marcos 13:24-30).
d. Contra Roma (Dan 7:11-14).
e. O juízo final (At 1:9; I Tessalonicenses 4:17).
2. Esta vinda ia suceder “Breve (Ap 2:16; 3:11; 22:7,12,20).
3. Visto por “os que O transpassaram” = os romanos (Jo 19:37; Zac 12:10-12; Lc 23:28).
4. “Todo o olho o verá” (compare a destruição de Jerusalém - Mt 24:27).
5. Todos “farão lamentação por ele” (compare Apocalipse 18:9; Mt 24:30).
6. No contexto deste livro me parece que este texto tem referência à vinda de Cristo para julgar os inimigos da igreja e vingar o Seu sangue e o sangue dos Seus santos. Não obstante, definitivamente há Aplicação à segunda vinda de Cristo e o juízo final (II Tessalonicenses 1:5-10).
F. A Confiança Divina: Confiança Para o Cristão (1:8).
1. “Eu sou o alfa e o Omega.”
a. Estas são a primeira e a última letra no alfabeto grego.
Corresponde a “a” e a “z”.
b. É sinônimo de ser “o princípio e o fim”
c. É o completo de princípio ao fim.
d. Cristo principia tudo e terminará tudo. Compare Heb 12:2.
2. Cristo é “o que é e que era e que há de vir”.
a. Ele é o Eterno.
b. Ele é antes, no meio de, e depois dos nossos problemas (veja 1:4; Êx 3:14; Jo 10:30).
3. Cristo é “o Todo Poderoso”.
a. Este era o título usado pelo imperador romano naquele tempo também.
b. Mas na realidade Jesus Cristo tem domínio sobre tudo.
c. Esta descrição concorda com outros textos no Novo Testamento que ensinam que em Jesus Cristo encontramos todos os atributos e todo o poder de Deus (Cl 2:9; João 5:19-21).          

2ª LIÇÃO 7

A VISÃO DO FILHO DO HOMEM COM AS 7 ESTRELAS EM MEIO DOS 7 CASTIÇAIS (1:9-20)

A) O propósito: Animar os cristãos atribulados por mostrar que estão nas mãos do Cristo Vitorioso.
B) As Circunstâncias De João (1:9,10).
1. João se identifica como “vosso irmão” (1:9) membro da família de Deus. É interessante que João não se identifica como apóstolo nem ancião, mas simplesmente como “irmão” deles. É evidente que o seu propósito é identificar-se com eles ao máximo.
2. João era “companheiro vosso na tribulação”. (1:9).

a. O tempo da Grande Tribulação já estava presente quando João escreveu esta mensagem ali em Patmos (leia 2:9,10,22; 6:9; 7;14; 12:17; 20:4).

b. A tribulação incluía estar em Patmos por ter pregado o evangelho.

c. Patmos é uma ilha pedregosa, uns 110 quilômetros a sudoeste de Éfeso uns 65 quilômetros da costa da Ásia Menor. Mede 16 quilômetros de largo por 10 quilômetros no ponto mais largo.

d. “Tribulação” = thlipsis no grego = Pressão.
(1) A “pressão” sobre as uvas quando são pisadas no lagar.
(2) A “pressão” sobre o grão debaixo da pedra do moinho.
(3) Não é para destruir mas resulta em algo mais benéfico (Jo 16:33; At 14:22).
e. A palavra “companheiro” o identifica como um que estava nas mesmas condições que os cristãos em Ásia que receberam esta mensagem de Cristo por meio do que João viu e escreveu.
3. João era “companheiro” deles “no reino de Jesus Cristo”. (1:9).
a. Eram súbditos de Cristo, não de César.
b. É evidente que o reino de Cristo já estava em existência. João não podia ter sido companheiro num reino que não estava em existência todavia (compare, Col 1: 13,14)

c. Novamente a palavra “companheiro” assinala que os cristãos em Ásia tinham o mesmo privilégio e a Um estudo sobre “O Apocalipse” mesma segurança no reino de Cristo que o apóstolo João.

2ª LIÇÃO 8

4. João suportava a tribulação porque era “companheiro” na “paciência de Jesus Cristo” (1:9).
a. A “paciência” é a capacidade de suportar a pressão; é resistência.

b. Esta paciência é a “de Jesus Cristo” ou literalmente do grego, a que está “EM” Jesus Cristo. Depende de Jesus e se baseia na fé ou a confiança que temos em Cristo. A paciência é a que ajudou a Jesus Cristo em Suas provas, especialmente a enfrentar a morte pelos nossos pecados (Hebreus 12:1,2).

c. A paciência no meio da tribulação é a que produz a perfeição espiritual. Esta é a reação devida às provas que temos que enfrentar nesta vida (provas grandes como a que eles enfrentaram e provas relativamente pequenas).
Leia Apocalipse 2:2,3,19; 3:10; 13:10; 14:12; Lucas 21:19; Romanos 5:3; 12:12; Atos 24:22; Tiago 1:4.

5. João “estava em espírito” quando viu as visões que encontramos no Apocalipse 1:10.
a. Esta frase parece descrever a exaltação do profeta sob a inspiração do Espírito Santo. Parece ser certa classe de “êxtase”. Compare At 22:17; 10:10,11; 11:5; 2Cr 12:1-4; Ez 3:12,14; 11:24; 18:3; 37:1; 43:5.

b. “Estava” não é da palavra que assinala a condição normal do cristão sob a influência do Espírito Santo (einai no grego). É de ginomai que significa “chegar a estar”.

Era uma condição especial fora do normal para João. Normalmente João estava sob a influência do Espírito Santo, sendo guiado por Ele como todo o cristão fiel. Mas nesta ocasião João chegou a estar “no Espírito” neste sentido especial para receber a visão que se lhe apresentou.

6. Isto sucedeu a João “no dia di Senhor” (1:10).
a. O “sábado” nunca se identifica como “o dia do Senhor”.
O sábado sempre é “o dia de repouso”, não “o dia do Senhor”. O dia santo consagrado ao Senhor é o Domingo.

b. “O dia do Senhor” parece ser o Primeiro dia da semana. Este é o dia no qual o Senhor ressuscitou (Lc 24:1, 13,21,46).
Também neste dia a igreja se reunia. (1Cr 16:1,2; At 20:7).

2ª LIÇÃO 9

Além disso, o Espírito Santo veio no primeiro dia da semana e a igreja do Senhor começou neste mesmo dia (Pentecostes sempre calhou no primeiro dia da semana. Inácio (30-107 D.C); Clemente (153- 217 D.C.); Tertuliano (145 -220 D.C.). É óbvio do que estes homens escreveram que a igreja nas primeiras gerações, depois da escrita do Apocalipse, consideravam o domingo como “o dia do Senhor”.

C. A Voz (1:10,11). 1. É a voz de Cristo porque Ele é “o Alfa e o Ómega, o princípio e o último” segundo Apocalipse 1:8.
2. Não ouviu uma trombeta, mas a voz era “Como de trombeta” - forte, chamativa, clara.
3. Seu propósito era enviar uma mensagem às igrejas do Senhor na região da Ásia.
a. Para conseguir este fim, João tinha que escrever um livro.
b. Não se trata de igrejas simbólicas mas literalmente de sete igrejas de Deus na região da Ásia.
c. Estas igrejas não são sete seitas diferentes mas são A mesma igreja do Senhor - o reino de Cristo.
d. As sete igrejas se mencionam em ordem geográfica (a rota normal para levar uma carta a circular de Patmos a todas elas).
D. O Cristo Vitorioso - O Mensageiro Divino em Meio Das Igrejas (1:12-18).
1. Estas frases descritivas encontram a sua base no Antigo Testamento.
2. Recorde que Já sabemos que esta pessoa é Jesus Cristo porque se identificou com “o Alfa e o Omega, o primeiro e o último” (1:11; compare 1:8).
3. João viu a “um semelhante ao Filho do Homem”
(1:13). a. Literalmente no grego: um semelhante a um Filho de Homem = um com a aparência de um ser humano.

Ou seja, Jesus como Deus não morre é a segunda pessoa da Trindade, o Filho Unigênito de Deus; está vivo (Ressuscitado), seu corpo humano agora glorioso conserva as mesmas aparências humanas, porém com status glorioso corpo, sangue, alma e divindade. E isso foi manifestado ao seu discípulo amado, João.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, em breve será respondido.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

A SEMANA SANTA APLICADA AO NOSSO COTIDIANO

  Todos os anos celebramos a Semana Santa. Que é geralmente celebrada (salvo em alguns lugares), uma semana antes da Páscoa do Senhor. O Dom...