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sexta-feira, 11 de março de 2011

ORAÇÃO, CARIDADE E PENITÊNCIA - Degraus para santidade

Já ouvimos muito falar sobre três coisas importantes: Jejum, Oração, Penitência. Essas palavras se entendermos bem o seu significado, são como degraus que nos leva a uma experiência do amor de Deus e nos põe, como degraus diante da "porta da santidade."

Mas esses três degraus deve ser uma experiência de amor para com Deus e o próximo em nossa vida. E é Jesus que vai mostrar como o cristão deve agir quando quer realmente que os frutos da Oração, da Caridade e da Penitência cresça e possa produzir muitos frutos. Os frutos de santidade que tanto esperamos. Então precisamos entender que estes "degraus" devem ser realmente vividos por nós como uma experiência profunda que transpareça a imagem do amor do Pai que ama igual a todos de maneira desinteressada. 
Jesus dá continuidade aos seus ensinamentos sobre as bem-aventuranças, (Mateus 5), e ensina como deve ser a Oração e as boas obras do verdadeiro discípulo. 





É no Evangelho de Mateus, capítulo 6 , que vamos encontrar a maneira fácil de praticar e construir esses três degraus: Mt, 6-1-18. Os passos destes degraus são:









  1. HUMILDADE E DISCRIÇÃO NAS BOAS OBRAS - não devemos agir como os hipócritas que fazem caridade e depois esperam elogios das pessoas. No tempo de Jesus, os fariseus faziam caridade, (no Evangelho simbolizado pela esmola), para serem vistos e elogiados em público. Jesus ensina que: a caridade deve ser feita com humildade e com discrição. Não interessa que os outros saibam que praticamos a caridade, pois somente a Deus ela deve ser apresentada. E Deus está oculto, está vendo. O que é mais importante segundo Jesus não é a recompensa do elogio, mas a recompensa de Deus que é muito maior. Também esta caridade deve ser de desprendimento. Ou seja, o que não serve para nós, também não serve para os outros. Por isso é sempre bom lembramos que diante da pessoa do próximo está Jesus. Mas que a esmola em si, está a atenção com os doentes, os famintos, os flagelados pelas muitas situações da vida. O mundo hoje ensina que para que darmos esmola, mas esmola que Jesus fala é muito mais que o valor moeda mas da solidariedade. O cristão é aquele que estende a mão sempre, mas na esperança não de um agradecimento humano, mas de um agradecimento do Pai. Para Deus não há distinção entre pobres e ricos, raças cor e religião. Por isso a caridade deve ser disponível a todos. Fazer as boas obras em segredo implica observarmos nós mesmos. Qual sentido a caridade tem em minha  vida? E a caridade implica que sejamos mais humanos, mais tolerantes uns com os outros. Implica que sejamos portadores do amor de Deus, que não prejudiquemos a ninguém e sobretudo que valorizamos o sentido da vida em nós e nas pessoas.
  2. SINCERIDADE E DISCRIÇÃO NA ORAÇÃO - somente os hipócritas, isto é, na nossa linguagem vulgar, "os aparecidos", gostam de se mostrar. De fazer com que os outros percebam suas orações. Para Jesus a Oração é algo íntimo, uma conversa que só interessa você e Deus. Diferente do culto comum, a missa e as orações comunitárias, Jesus fala da Oração particular. A ninguém interessa saber o que passa em seus pensamentos senão a Deus. Quando você se expõe, seus íntimos sentimentos e desejos, pode correr o risco de ser elogiado pelos outros como os fariseus. Mas abre as portas da sua fraqueza e expõe suas limitações para os outros. Jesus explica que somente os hipócritas, gostam de ser elogiados pelos outros. Não estão interessados em que Deus pode fazer mas em se mostrar que são mais religiosos do que os outros. E por isso perdem a chance de obter as graças de Deus e preferem serem elogiados, uma mera recompensa terrestre.
  3. DAR ESMOLA SEM ESPERAR RETORNO DE QUEM RECEBEU - já ouvimos muitos conselhos: "ah! eu não dou esmola porque fulano, siclano vai beber ou jogar, não vai comprar nada com a esmola que eu der!" - é verdade! há muita exploração por aí, mas a caridade não pode de forma alguma se limitar a esses detalhes. Quem dar esmola a um pedinte deve estar ciente que cumpriu seu dever. A consciência de quem recebeu é que vai ser julgada por Deus, não cabe a nós julgar ninguém. Além do mais a Caridade podemos fazê-la de várias formas. Quando Jesus fala da esmola, Ele está se referindo à caridade como um todo. Esta caridade é a disponibilidade de sempre servir. Inclusive a tolerância, o respeito dentro de casa, o amor pelo próximo passa pelo crivo da educação entre nós mesmos. Dar esmola é muito fácil. Dar compreensão, amor, ser solidário com os que nos acorrem, o respeito pelos mais velhos, o respeito pelos direitos humanos. Sobretudo com os doentes de nossa família, etc. São misérias que todos nós temos. Jesus pede discrição na caridade, primeiro, porque a caridade está ligada à Oração, ela não precisa ser anunciada, elogiada. Quem faz a caridade não vai esperar nunca a gratidão de que a recebeu, mas deve esperar de Deus. Pois do contrário estará se frustrando ainda mais. Há uma passagem bíblica que diz: "maldito o homem que confia no outro homem!". Os fariseus não se preocupavam em esperar a recompensa de Deus, e sim, eram prepotentes, gostavam de serem vistos fazendo boas obras para serem elogiados. Será que isso não acontece com a gente? ...
  4. A ORAÇÃO DEVE SER ALGO QUE BROTA DO CORAÇÃO - tem gente que acha que para conversar com Deus é preciso decorar um longo discurso. Quanto que Deus, precisa ouvir o que você precisa. O que sai do coração. Ele quer ouvir da sua boca, embora já saiba o que passa no seu pensamento. Suas necessidades, seus problemas e dificuldades. É por isso que a oração não é um jogar de muitas palavras, mas é uma conversa pouca, sincera. Port isso Jesus diz que devemos entrar em nosso quarto, fechar a porta e falar com Deus. Que ouve e está à nossa disposição. Fechar a porta do quarto para abrir a porta do coração para Deus. Jesus sempre se retirava para um local a sós, quando precisava conversar com Deus, seu Pai. E é Jesus que vai dizer: "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração!" - A Oração é uma conversa de filho e pai, assim, não precisamos que os outros saibamo que queremos de Deus. Se realmente estivermos dispostos a abrirmos o nosso coração, sinceros, confiantes na misericórdia de Deus, somente Ele deve saber e nos dar (recompensar), nas graças que precisamos. Os fariseus gostavam de orar em de pé nas sinagogas para que os outros dissessem: "olha lá fulano, veja como ele é religioso!" - queriam ser elogiados mas nunca estavam dispostos a praticar a caridade.São Paulo vai nos dizer que: "a fé sem obras é morta!" - Se não praticarmos a caridade e não tivermos o coração sensível e disponível para Deus. De nada adianta. Deus não está interessado nos elogios em quanto você é religioso, observante cumpridor da Lei, "se" você não pratica o amor e a misericórdia. Por outro lado, não devemos forçar à vontade de Deus, com nossas muitas palavras, Deus quer apenas que você seja sincera e peça o que necessitar. Jesus vai continuar, (v.9-15), e e ensinar na Oração do Pai-Nosso,  que é preciso: 1) Chamar a Deus de Pai é reconhecer que todos somos irmãos, portanto todos somos responsáveis pela caridade fraterna. 2) devemos reconhecer a Santidade de Deus, santidade essa que é refletida no próximo. 3) Só podemos crer e aceitar o reino de Deus, se, este reino for uma realidade. O reino de Deus deve ser construído com amor, justiça e paz. 4) Desejar que o reino de Deus aconteça no nosso meio é ser comprometido com ele, fazer com que a Palavra de Deus chegue a todos. 5) Buscando o pão nosso de cada dia, isto é a força da palavra de Deus, alimento e sustento da alma, Deus dará o alimento necessário do corpo com o suor de nosso trabalho. Deus não quer que seus filhos sejam vagabundos. 6) Mais uma vez a caridade do perdão, se chamarmos a Deus de Pai, devemos ter todos como irmãos e a maior caridade é o perdão. um perdão desinteressado. 7) E por fim "livrar do mal" significa que não sejamos maus com nossos irmãos, mas sejamos portadores do amor do Pai. E a maior caridade é a disponibilidade em servir com amor. O respeito pela vida e pelo ser humano. Sabendo que "todos" somos imagem e semelhança de Deus.
  5. DISCRIÇÃO NO JEJUM - para que serve o Jejum? ele serve para que possamos nos educar espiritualmente, para nos por diante de nossas fraquezas. O Jejum não é uma imposição, mas é uma maneira de mortificar em nós os maus desejos. Nos educar espiritualmente sobretudo, quando temos tudo e muitos não tem nada, inclusive o que comer. Por isso Jesus vai dizer que o Jejum deve ser acolhido com alegria. Devemos fazer do jejum uma oração e não um sacrifício sem noção só para cumprir a lei. É o que os fariseus faziam. Ficavam tristes, verdadeiros artistas só para mostrar que eram religiosos, bons cumpridores da lei, mas a humildade passavam-lhes longe. Só faziam isto para serem reconhecidos como bons. Mas Jesus vai dizer, se o jejum não servir para Deus agir em você, se não te educar espiritualmente, pra que jejuar? até os pagãos faziam isto... O jejum só interessa para Deus, não para os homens. Ele é um exercício que devemos praticar não para Deus, mas para nós mesmos. Esta é a forma certa de praticar a Caridade, a Penitência representada pelo Jejum e a Oração. Aquele que espera de fora sua recompensa neste mundo está perdendo a chance de receber a recompensa  sublime de Deus que é o céu. Pense nisto e viva de modo intenso sua quaresma, não deixe para depois. Comece a rever  como anda seu relacionamento com Deus, com a família e com os irmãos.   Jejum aqui não é só deixar de comer algo, mas principalmente, o jejum da língua, nossa língua afiada produz muitas desgraças para os outros, esse jejum deve ser feito todos os dias. Ter o cuidado para não agredirmos as pessoas no que elas mais precisam, a dignidade. Também é caridade. Se nossa língua não servir para proclamar a santidade de Deus e dizer coisas boas, palavras de conforto, insentivo e glorificar o nome do Senhor. Não deverá servir para fazer discórdias pela fofoca, pela provocação, pelo puxasaquismo e provocar a desunião. Pense nisto!                                                               
Quem procura orar, fazer boas obras para buscar elogios e recompensas externas está perdendo duas chances: A primeira é poder experimentar a grandeza de estar bem perto do coração do Pai, de ter a experiência de ser amado por Ele, algo que só a verdadeira Oração nos dá. Estar "a sós" com o Pai significa poder estar bem pertinho dele e falar-lhe ao ouvido, como uma criança que pede ao Pai um presente. A segunda é a chance de poder exercitar a sua fé, lançar-se na misericórdia e nos braços da Providência Divina, sabendo que nada somos sem Deus.
Jesus vai dizer que fazer as coisas por fazer, só para alcançar elogios das pessoas, o cristão age como o homem tolo, imprudente, que construiu sua casa sobre a areia. Veio o vento, as tempestades e a casa caiu.
De que casa Jesus está falando? do nosso coração. Daí porque tantas tempestades da vida consomem e tiram a fé de muitas pessoas. Porque suas boas obras, suas orações não servem pra mais nada a não ser a busca de um orgulho e uma recompensa ou satisfação externa. Importa para eles o que os outros pensam, a formação de opinião e não o que Deus pensa de deles. Jesus vai chamar estas pessoas de "insensatos", ou seja, aquele que não usa a sensibilidade, não tem amor, se enche de um orgulho besta. Está longe de Deus.

Mas aquele que age segundo a vontade de Deus, que observa as palavras de Jesus, é como o homem, sensato, inteligente que construiu  sua casa sobre a rocha. Veio a tempestade, a chuva, a enchente, mas ela não caiu.  
Esta casa é o nosso coração, o alicerce que sustenta essa casa é a fé, os tijolos desta casa são as nossas boas obras, o reboco a nossa Oração, o morador principal é o Espírito Santo. Por isso Jesus nos chama a atenção, não sejamos hipócritas, falsos em nossa fé diante de Deus. Mas deixemos agir com nosso coração no coração de Deus.
       




           

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A ORAÇÃO - SAIBA COMO ORAR



Certamente você já se perguntou:

Porque não sou atendido em minhas orações? ... Mas... você já parou pra pensar como você ora?

Será que na oração somos escravos de "fórmulas"? Sabemos orar sem recitar o Pai-Nosso, Ave-Maria, o Creio, etc.? Porque temos tanta dificuldade em conversar livre e espontaneamente com Deus, como filhos e filhas? E a própria Missa, se o presidente da celebração não se cuida, ele se limita apenas a uma leitura, (até mesmo mal feita), dos textos e do ritual, sem nada, sem unção interior, fazendo tudo como se fosse uma tarefa a cumprir, uma burocracia fria e ritualística. (de Ir. Nery, fsc)

Interessante perceber que somente uma vez apenas, Jesus ensinou aos discípulos orar, porque Jesus fora pressionado pelos seus discípulos tendo em vista a maneira com que os fariseus oravam. Jesus vem ensinar que: a) a Oração é uma conversa direta entre você e Deus; b) Não existe fórmulas para orar. Para rezar sim, mas para orar não!; c) Jesus ensina que é preciso ter humildade na Oração, ela não deve servir para nos engrandecer. Por isso Jesus critica os fariseus que oravam em troca de uma recompensa externa, ou até mesmo para serem vistos e elogiados em público. Mt6, 5-8; d) Jesus vem nos ensinar que devemos chamar a Deus de Pai e pedir o necessário para nossa vida e nossa santificação.  
                                                                                                  


O que é oração?

A Oração é um momento íntimo entre você e Deus, é uma conversa  íntima que deve brotar espontaneamente do seu íntimo. Sabendo que Deus é Pai, devemos ter uma relação de amor com Ele, um relacionamento de um filho para com o pai. 
A Oração é um momento especial, não podemos esquecer que Deus não precisa dela para agir em nossas vidas, pois ele conhece o interior do nosso pensamento, mas precisa que nós entremos em contato com Ele para que a graça aconteça. Pois Deus não nos dá aquilo que não pedimos.

Em um estudo mais profundo da Oração vamos aqui relembrar várias situações na Bíblia em que nos ajuda a refletir sobre este assunto tão importante:

No Antigo Testamento encontramos um exemplo de como os reis e os profetas oravam a Deus. Era muitas vezes uma conversa franca, mais ao mesmo tempo suave. Havia uma harmonia entre o diálogo de oração.
Por exemplo:

Moisés quando precisava falar com Deus subia até o monte e ali conversava sobre si e os problemas de seu povo. E todas as vezes era atendido seja em sua causa, seja em favor da Comunidade que ele dirigia. Deus se mostrava sempre presente mesmo quando aquele povo parecia mal agradecido por causa das situações em que passavam.  A oração de Moisés era sempre motivada de louvor, adoração, ação de graças e pedido.

o Rei Davi cantava salmos, de louvor, agradecimento, súplicas, louvor, ação de graças e perdão pelos seus pecados e os do povo. Uma maneira muito peculiar de oração. Era que Davi  usava da música para cantar orando a Deus. E Ele gostava da oração de Davi. Os Salmos foram escritos mais tarde e até hoje são usados por nós em todos momentos, inclusive na celebração da Missa. Os Salmos misturados a poesia formou-se uma oração suave que subia até Deus. Ele nunca deixou Davi sem resposta.

Já no Novo Testamento, Jesus vem ensinar e dar exemplo de oração. Ele mesmo Orava ao Pai sempre. E ensinava que a oração deve ser como um vigia. Devemos estar sempre em contato com Deus. Para isso era necessário estar intimamente ligados a Deus por este único fio, a oração.
Jesus se retirava muitas vezes para orar, para conversar com seu Pai. Diariamente conversava com o Pai, louvava e agradecia pela obra de salvação que Ele o Filho tinha vindo realizar. 

PARA QUE SERVE A ORAÇÃO? - A oração serve : 1) Para que possamos estar ligados a Deus em todas as situações. 2) Para nos santificar e nos afastar das tentações que  impedem a graça de Deus agir em nós. 3) Para nos penetrar na graça santificadora e salvadora de Jesus. 4) Para estarmos sempre em comunhão com Deus. 4) Para participar da ação santificadora do Espírito Santo.  

Jesus nos ensinou como é a maneira certa de orar:
1) A Oração deve ser íntima - devemos abrir nosso íntimo diante de Deus. Não deve ser recheada de muitas palavras, mas de uma simples conversa entre a pessoa  e Deus. A conversa deve ser de um filho para com o Pai: "Quando orardes, não façais publicamente como os hipócritas que gostam de ser visto pelos homens, entra no teu quarto feche a porta e ora ao teu Pai em segredo..." Mt 6, 5-6; "Não multipliqueis palavras..." Mt6, 7a. (pois Deus não está interessado na força das palavras e sim no íntimo de sua oração). Neste caso Jesus está falando da Oração particular, não da Oração Comunitária que estudaremos mais à frente.

2) É preciso que na Oração Deus seja reconhecido como Pai. E não podemos esquecer que para nos dirigirmos a Deus de coração aberto é necessário que o nosso coração esteja aberto também para o nosso irmão, principalmente para dar o perdão a quem nos ofendeu. Pois como filhos de Deus somos uma só família.
E neste sentido Jesus ensinou a oração do Pai-Nosso, para nos mostrar como deve ser a oração de cada um. E como é essa relação de Filho e Pai. "Porque se perdoardes aos homens suas ofensas, vosso Pai os perdoará!" Mt 6, 9-14.

3) Não podemos querer forçar a Deus a fazer nossa vontade, em atender nossos caprichos, pois Deus não é nosso empregado. Devemos sim, buscar e pedir que seja feita a sua vontade. De acordo com o que precisamos: "assim na terra como no céu!" Mt6, 10.

4) Santificando o nome de Deus reconhecemos que Ele, só Ele é o senhor de nossa vida, e esta santificação se estende a todos nós e ao mesmo tempo a toda milícia celeste. O senhor é nosso Deus só ele é Santo.

5) Devemos entender que de nada adianta uma Oração se não servir para nos por diante do Reino de Deus e fazer com que este reino se torne realidade. "Venha a nós o vosso Reino!" Mt 6, 10. Que bom seria se buscássemos viver esse Reino de Deus já aqui na Terra. Pois o mundo seria sem injustiça e violenta e viveria longe do egoísmo. 

6) Perdoar sempre. É preciso perdoar, principalmente nos perdoar, para que possamos perdoar os outros. Não podemos negar o perdão a ninguém se quisermos ser e agir como verdadeiros filhos de Deus. Por isso quando buscarmos a Deus na Oração, devemos antes perdoar, a nós mesmos e aos que nos ofenderam. Depois sim obter o perdão de Deus. "Porque se perdoardes os pecados vosso Pai vos perdoará!" Mt 6, 12.

7) E por fim. Estar livre das tentações. Para que vivamos longe do mal, devemos renunciar sempre às tentações que nos leva ao pecado e nos afasta de de Deus. Para isso somente Deus pode através do seu Espírito Santo nos santificar e nos iluminar de modo que trilhemos sempre o bom caminho, para que nos livremos do mal. E qual é esse mal? - a falta de fé, de amor a Deus e ao próximo. Mt6, 13. Sempre devemos pedir, não nos deixe cair em tentação, principalmente quando a tentação maior for achar que somos superiores a Deus, quando nos colocamos no lugar de Deus, querendo brincar com a vida. 

A nossa oração deve ser acompanhada de boas obras, como quem ajunta um tesouro, pela oração deve fortalecer e purificar nosso coração. 
Nossa alma deve ser pura e nossos olhos devem sempre enxergar a verdadeira Luz.
A Oração é esse tesouro que no qual Jesus fala em Mt6, 19-21. É ela quem vai nos iluminar e nos por diante do caminho certo.
Se observarmos todo o Capítulo 6, Jesus vai ensinar que de nada adianta uma oração que não tem prática, sem vivência da Oração ela não nos produzirá os frutos necessários para nossa edificação e ao mesmo tempo para nossa salvação. Segundo Jesus como deve ser a prática do orante?

QUAIS SÃO OS TIPOS DE ORAÇÃO, SEGUNDO A BÍBLIA?

Segundo a Bíblia há quatro tipos de oração:

1 - LOUVOR - louvamos a Deus quando reconhecemos seu poder diante de todas as coisas criadas, seu poder supremo, sua Majestade infinita. Engrandecemos o nome de Deus quando louvamos reconhecendo que só Ele é Senhor de tudo que existe.O louvor a Deus é muito importante, tão importante que até os anjos louvam a Deus (Lc2, 13-14) (Ap5, 11-12). Esse poder é dado por Deus a nós não porque merecemos mas porque dando glória a Deus reconhecemos que Ele está sempre presente e como tal é Digno de todo louvor porque é nosso Deus e Senhor. Ao mesmo tempo louvamos ao seu Filho Jesus, segunda pessoa da Santíssima Trindade e o Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, que é um só Deus em três pessoas. De todos os louvores, fico aqui com o louvor escrito por São Paulo, aconselho a você que leia-o e ore também! Ef 1, 3-14.  "Bendito seja Senhor Deus de nossos pais, que nos escolheu antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos!"

2 - AGRADECIMENTO OU AÇÃO DE GRAÇAS - devemos ser gratos a Deus por tudo, pelo dom da vida, pelo que temos e somos, pela família, pelos amigos, pelos inimigos, pelo emprego, pelas coisas boas e ruim, e sobretudo porque somos seus filhos. Devemos agradecer a Deus porque ele nos ama como Pai e como tal nos criou para sermos felizes e viver em santidade. Devemos ser gratos a Deus porque ele nos salvou através de seu Filho Jesus. Em tudo devemos dar graças a Deus, nos diz São Paulo. Ser agradecidos principalmente com o amor de Deus e a com a vida que Ele nos deu.

3 - SÚPLICA - suplicamos a Deus, a intercessão dos seus santos e seus anjos, sobretudo, em nossas dificuldades, reconhecendo que em tudo Deus pode. Como nosso Pai e criador e segundo sua vontade, pedimos a Ele ou a intercessão de seus santos (as), que nos concederá segundo a sua vontade pelos méritos de Jesus Cristo nosso Senhor. A súplica é uma graça dada por Deus, uma maneira que temos de pedir a interferência divina sobre nossa vida. Deus quer nos ouvir e nos dá segundo o que merecemos. Qual pai que não ouve e não atende o seu filho?... Até Jesus usava da súplica, do pedido, para com Deus. A súplica de Jesus é sempre acompanhada de ação de graças e louvor ao seu Pai. Jo17, 9. "Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste!" - Jesus pede ao Pai fortaleza para os discípulos aos quais iriam em breve testificar o seu sofrimento e a sua morte. A súplica nos põe em humildade diante de Deus, como criaturas limitadas que somos. Jo 15, 20. "O servo não é maior que o senhor!" nos ensina Jesus.
Deus quer que supliquemos, que peçamos. Isto é importante. Lc11, 9-10. "Pedi e recebereis, procurais e achareis, batei e será aberta, pois o que pede recebe, aquele que procura acha e o que bate lhe será aberta!"
Deus atende todos nossos pedidos, ele é Pai e nos acolhe como filhos que somos. Jesus ensina que Deus é como um Pai zeloso que atende seus filhos da melhor maneira. Lc11, 11-13. "Se vós pois que sois maus, concedeis coisas boas aos seus filhos, quanto mais o vosso Pai do Céu dará o Espírito Santo a quem o pedirem!" ... e é isto! ... muitas vezes não alcançamos a graça, porque não sabemos pedir o autor da graça que é o Espírito Santo. Pois quando pedimos a ação de Deus em nossas vidas todas as coisas são resolvidas. Aqui está a chave da verdadeira oração e da verdadeira súplica.

IMPORTANTE! - não podemos determinar nada a Deus, como se Deus fosse nosso empregado. Não! somos seus filhos e Deus nos concede conforme nossas necessidades. Muita gente pede grandes coisas para Deus, determina curas e grandes milagres, mas em que isto pode valer para o reino de Deus? ...

4 -  ADORAÇÃO - aqui também estamos em uma só comunhão, com os anjos e com os santos. Devemos adorar unica e exclusivamente a Deus. Reconhecer Deus como Rei supremo, sua Onipotência, sua majestade eterna. Pois ele é o início e o fim de tudo. Deus é nosso Rei Eterno. Seu Filho em igual majestade e o Espírito Santo Paráclito também um só Deus, um só Senhor. Por isso adoramos Jesus, presente na Eucaristia, porque Ele é nosso Deus. A Deus é dada toda honra e toda glória. A ele todo louvor, toda ação de graça!
ADORAR EM ESPÍRITO E VERDADE - isto é estar dentro desta união Trinitária, comungar desta união, e estabelecer um único vínculo amoroso para com Deus. "Perante o nome de Jesus se dobre todo joelho, no Céu, na Terra e até nos infernos!" nos diz são Paulo na sua carta. Somente Deus é o Senhor. Quando falamos, e reconhecemos isso estamos falando do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não dá para dizer que se é cristão se eu não adoro a Deus como meu Senhor e a Jesus como meu salvador e ao Espírito Santo como meu santificador.

"Portanto irmãos sede vigilantes na Oração!" 1Ts 4, 2 ; devemos estar vigilantes, isto é firmes, orar sempre nestas três etapas: louvor, ação de graças, adoração e súplica. Porque muitas muitas vezes pedimos, pedimos e não agradecemos, nem louvamos a Deus quando somos atendidos, nem o adoramos reconhecendo que Ele é nosso único Senhor. Então nossa oração é muitas vezes amputada, imperfeita. Queremos tudo de Deus, menos que Ele seja Senhor de nossa vida, que nos conduza, falta a presença do Espírito Santo. Olhamos nossos próprios interesses, mas nunca sua vontade. "Seja feita a vossa vontade!", essa palavra nem sempre é aceita por nós e fazemos de Deus um "fantoche" ou nosso empregado. E quando não somos atendidos ainda O ofendemos dizendo e questionando o porque.  Sem nos darmos conta de que Deus cuida de nós sempre, mas nunca cederá a nossos caprichos.

O PAI-NOSSO

O PAI NOSSO É FORMULA ?

O Novo testamento e o Catecismo da Igreja Católica dão a entender que o Pai-Nosso é um roteiro de como Orar, (porque Jesus mesmo disse: "Em vossas orações dizei: Pai-Nosso que estais no Céu...  Mt6, 9); Pode ser usado sim, como fórmula, mas ele é acima de tudo um roteiro, uma orientação. Vamos resumir o que diz o Catecismo da Igreja Católica no. 2777 a 2865:

O PAI-NOSSO COMO UM ROTEIRO PARA ORAÇÃO 

a) Endereço: Jesus nos ensina que em toda e qualquer oração tem um endereço: O Pai, mas o "Pai Nosso, isto é, de todos!"
Ele diz que mora no Céu. Na cultura da época o Céu  significava situação de felicidade Plena.

b) Conversar sobre o próprio Deus: No Pai Nosso Jesus sugere que falemos com Deus Pai, primeiramente sobre ele mesmo. E como exemplo, apresenta três temas: 1. que o nome de Deus seja reconhecido, respeitado e amado. 2. Que realizemos a vontade de Deus aqui na Terra, como é realizada na vida eterna, feliz no Céu. 3. Que o reinado de Deus aconteça no coração das pessoas. Nos relacionamentos humanos, na construção de um mundo melhor.

c) Conversar sobre nossas necessidades: No roteiro do Pai Nosso, Jesus sugere quatro situações:


  1. "Pão", além do alimento corporal, há muitos outros alimentos para cada dia: saúde, roupa, casa, trabalho, amizade, amor, cultura, Fé, etc.
  2. "Perdão e reconciliação", somos humanos e facilmente erramos. Jesus diz que Deus nos perdoa, mas é preciso reconciliar-nos com os outros. 
  3. "Tentação", Somos continuamente impulsionados ao erro, ao ofender as pessoas, à corrupção interior , pedimos para termos barreiras interiores e exteriores contra a tentação. 
  4. "Não cair no mal", Pedimos que Deus nos ajude a não nos entregarmos ao malígno, a Satanás. E a fugir dele a das suas seduções. Mas também que Deus nos livre de sermos como demônios para os outros.            

d) Conclusão do Roteiro: São duas. Foram acrescentadas pela Igreja. Uma é o ato de fé e de louvor, tirada do primeiro resumo da fé cristã, o livrinho Didaqué (ensinamentos), escrito em meados do século II d.C: "Porque vosso é o Reino o poder e a glória para sempre!". A segunda conclusão é o Amém. Que na cultura dos judeus, significa: rocha, firmeza, certeza. Ou seja que se cumpra realmente o que acabamos de conversar com Deus.
          
(texto de Ir. Nery, fsc)

  

                            

A FALSA IGREJA CATÓLICA DENTRO DA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA A. ROMANA

  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...