quarta-feira, 7 de julho de 2010

CONHECENDO A VIRGEM MARIA - CAPÍTULO II

A VIRGEM MARIA TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

CAPÍTULO II


Nossa Senhora, possuiu em plenitude todos os dons do Espírito Santo, por seua Mãe de Jesus de quem procede o Espírito Santo. "E o Espírito Santo descerá sobre ti e te envolverá..." Lc 1, 35.

Também no livro da Sabedoria , Sb 7; percebemos estes dons em Maria Santíssima. O Espírito Santo mora definitivamente em Nossa Senhora. Na Oração da Ave-Maria, a chamamos de "Santa Maria", isto significa que ela foi assumida, cheia de Deus. O Senhor Jesus é chamado de "Santo". (Mc1, 24 - Ap3, 7 - Lc1, 35 - At3, 14; 4, 27.30 - Hb7, 26).

A Santidade de Nossa Senhora abrange vários aspéctos. É o que se compreende na leitura de Lucas 1, 35. Nesse momento o Espírito Santo estabelece morada definitiva em Nossa Senhora. Ela possuía o mais alto grau de santidade e todos os frutos do Espírito Santo. Gl 5, 22.

Tudo é pura graça, é uma eleição, pois nela  a Trindade se revela em sua Glória. Ela é o instrumento, o canal da Trindade para a Salvação dos homens. Desde toda a eternidade a Virgem foi pensada, amada e portanto predestinada para ser esposa e templo do Espírito Santo e Mãe de Deus encarnado. Essa escolha de Deus não se encerrou com o cumprimento da missão de Jesus na Terra. Mas continua com Maria no Céu. Ela nada perdeu em sua pureza e santidade. Tão perfeita e pura de corpo e alma está na Glória de Deus e intercede por nós. Essa é a razão da Imaculada conceição e de sua Assunção ao Céu. A Virgem Maria difere pois de Eva, não porque é aquela cheia de fé (Lc1, 45), mas porque associada ao seu Filho na Obra da Salvação, tornou-se Mãe das Dores, nossas dores, tendo em vista levar e sofrer com Jesus os sofrimentos humanos inclusive a Cruz. Se Cristo sofreu as dores físicas, o sofrimento no Corpo, Nossa Senhora sofreu estas mesmas dores na alma. O Velho profeta Simeão disse: "Uma espada há de transpassar a sua alma!" (Lc2, 35).

Nossa Senhora é no entanto, "Co-Redentora" da humanidade. Ela participou em tudo no Plano de Salvação de Deus, caminhou com seu Filho até o Calvário. Ela é medianeira de todas as graças e rainha da criação.  Ela é fonte das virtudes e a porta do Céu como rezamos na ladainha. Tudo em razão de sua maternidade divina. Nossa Senhora é obra do Espírito Santo. Ela é o maior tabernáculo, mais do que o Santo dos Santos, pois é um tbenáculo vivo.

O momento da anunciação faz de Nossa Senhora o centro do plano de Deus. (compare: Lc1, 35 e Êx40, 34-35 ); Implícita aqui também a virgindade da Mãe do Céu. O papel de Mãe que ela exerceu com Jesus, também exerce conosco, desde o Pentecostes. Onde está a Virgem Maria está o Espírito Santo com toda sua força. Pois ela é plena do Espírito Santo, pois ela desde a concepção, foi preparada para estabelecer este Matrimônio Mistico com o Espírito Santo. Então o Espírito Santo passou a morar definitivamente nela.

Quando Maria visitou Isabel e a saudou com seu Shalon aleichem, ( a paz esteja convosco), Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (Lc1, 41); Quando Nossa Senhora vai levar o Menino Jesus ao Templo, o Espírito Santo desce com poder sobre Simeão. Em Pentecostes, Maria estava no Cenáculo, reunida com seus filhos, os Apóstolos e discípulos, cerca de 120, rezando a primeira Novena da Igreja, sob o pedido de Jesus: "Não se afastem de Jerusalém, fiquem lá até que seja enviado o Paráclito!" (At1, 4-5)

Pediam ao Espírito Santo e o Espírito Santo desceu sobre eles e Também sobre Maria Santíssima em forma de vento, tremor da terra e Líguas de fogo. (At1, 14). Por isso a Virgem Maria tembém é chamada de "Mãe da Igreja", a maternidade divina de Maria Santíssima está revelada em Lc1, 26 e em Jo19, 27. São Paulo Bem mostra esta verdade, como afirmamos.

Em Pentecostes a manifestação do fogo edo vento revela o ato de Deus no processo de santificação e purificação do homem. (conforme: Êx19, 18; 24, 17;  2Sm22, 9-13 e Is6, 6-7); o Espírito provoca uma mudança radical nos Apóstolos. Uma transformação interior, (At2, 14ss); começa uma nova humanidade. Uma humanidade  unida e restaurada pelo Espírito perdido em Babel. Agora essa nova humanidade não mais gerada por Eva simplesmente, mas Por Maria Santíssima. Foi o que Maria Santíssima recebeu esta missão aos pés da Cruz. "Mulher eis o teu filho... Filho eis tua Mãe!" (Jo19, 26-27); A agora falam uma língua que todos entendem; Um sinal de Unidade com a presença do Espírito Santo. A Igreja guiada pelo Espírito é unida. Unica. Santa e Católica, isto é em todo lugar a mesma fé e a mesma doutrina. E Nossa Senhora faz parte desta Igreja desde PENTECOSTES.

No cenáculo a Virgem está santificando a todos os presentes como fez com  Isabel eJoão Batista numa visita e numa  e numa saudação. O que é novidade para os Apóstolos é uma permanente realidade para Nossa Senhora. Para entender isso é só ler em Lucas cap. 1, 35; recordando as palavras do Anjo Gabriel.  Agora é só você comparar com:   Êx40, 35 - Sl 90, 4; 139, 8 - 1Rs8, 10 - Is6, 4.

O Espírto Santo deseceu sobre Noss Senhora imediatamente após seu SIM. Desceu não como fazia na antiga aliança com os Patriarcas, os profetas e os juízes. Desceu de forma única, singular e superior ao que aconteceu em Pentecostes na santificação dos Apóstolos e discíplulos. Ela é a verdadeira ARCA DA ALIANÇA. 

Aliás, o Livro do Apocalípse revela:
"Abriu-se o Templo de Deus no Céu, e apareceu no seu Templo, a Arca do seu Testamento". "O Templo de Deus no Céu", mas o mesmo livro nos revela que no Céu não existe Templo (Ap 21, 22); e a Palavra de Deus nos ensina que Jesus Cristo é o verdadeiro Templo, (Jo2, 19); compare com Jo1, 14.  E que foi aberto pela Lança do soldado... O Sacratíssimo Coração de Jesus que pode ser vista a "Arca da Aliança", que é a Virgem Maria, no Misitério de sua Imaculada Conceição. (Compare: Jo19, 34 com Gên2, 21-24 e Cân4, 7). "És toda bela, oh minha amiga, e não há em ti mancha qualquer!" - aqui está a verdade da Imaculada Conceição. (E também Gên3, 15 e Lc1, 28); Após a assunção de Nossa Senhora, o Espírito Santo a chama para coroá-la: "Vem do Líbano, esposa minha, vem para seres coroada" e a seguir essas palavras cheias de mistério: "feriste meu coração, minha esposa e irmã, feriste meu coração!" (Cân4, 8.9 - Versão Vulgata);  por obra do Espírito Santo a Virgem Maria se tornou a "Arca da Aliança".

O QUE ERA A ARCA DA ALIANÇA? - a Arca da Aliança, no Antigo Testamento, era uma urna onde se guardava os Dez Mandamentos, feita de Madeira e Ouro por meio dela e nela Deus sempre estava presente no meio do povo. O Tabernáculo, era o local sagrado, (uma tenda), onde abrigava a Arca da Aliança quando o povo estava acampado no deserto. Dentro da tenda, ou tabernáculo, havia um local que somente os sacerdotes podia entrar, era o SANTO DOS SANTOS, neste local ficava exposto a Arca da Aliança. Deus ali morava (seu Espírito), e por meio dela realizava os prodígios no meio do seu povo.(Ler: Êx36, 8-38; 37, 1-9ss). Quando o povo de Deus foi definitivamente estabelecido, o Rei Salomão mandou que fizesse um Templo ddicado ao Senhor. E no Templo que não era mais uma tenda, foi construído o local do "Santo dos Santos", onde a Arca da Aliança permanecia guardada. Com a invasão de Jerusalém pelo rei Nabucondonosor, o templo foi destruído e todos os objetos do Templo foram saqueados e levados para a Babilônia e a Arca da Aliança desapareceu.

No Novo Testamento essa Arca da Aliança (de Deus com os homens por Moisés), reaparece (simbolicamente), quando Jesus estabelece uma Nova Lei. Ele próprio se faz presente, na Eucaristia, e esta Arca é substituída pelo Sacrário onde está Jesus presente no Sacramento da Eucaristia. Ele Deus presente, ressuscitado em Corpo, Sangue, Alma e Divindade está guardado  no Sacrário de todas as igrejas. Eis a nova Arca da Aliança (de Deus com os homens através de Jesus), agora não mais com os dez Mandamentos, mas com o próprio autor da Lei, Jesus Cristo, vivo e Ressuscitado no nosso meio. Que por amor a nós homens quis se entregar e se tornar vivo ressuscitado nas espécies de pão e vinho, Corpo de Sangue.         

Nossa Senhora, então, é chamada "Arca da Aliança", porque ela abrigou em seu ventre o Autor das Leis divinas, o próprio Cristo. DE seu ventre materno nasceu o MESSIAS, DEUS CONOSCO, O EMANUEL.
E não podemos esquecer que o mesmo sangue que corrido nas veias de Nossa Senhora, foi o mesmo Sangue do Filho de Deus feito homem.   
De Maria nasce uma NOVA ALIANÇA, estabelecida por Deus através de Jesus. No seio de Maria, que recebeu o Espírito Santo, abrigou o SANTO DOS SANTOS, o Filho de Deus!



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Nossa Senhora esteve associada ao Espírito Santo desde a concepção. A encarnação do Verbo de Deus é obra do Espírito Santo e da Virgem Maria e desde aquele momento continua o Espírito a formar o Corpo Místico de Cristo e o faz por meio de Maria.

A nossa santificação é obra do Espírito Santo. Depende única e exclusivamente dEle e por isso, quem ofende Maria Santíssima, ofende seu esposo, o Espírito Santo, pois ela é a "esposa do Espírito Santo!".

Toda e qualquer graça que nos é concedida é realizada pela mediação de Maria Santíssima a quem o Espírito Santo revela as necessidades da Igreja.  Nossa Senhora nos deseja a paz ecom esse desejo somos cheios do Espírito Santo, enquanto Igreja, Corpo Místico de Cristo. A exemplo do que ocorreu com Isabel e João Batista. Todo verdadeiro devoto de Nossa Senhora é guiado pelo Espírito Santo.

"O veradeiro devoto de Maria Santíssima, não se condena mas se salva!" (disse Sto. Afonso Maria de Liguori).  
Ela nos atrai o Espírito. Pelo Espírito não só reconhecemos Deus como Pai, mas também Nossa Senhora como nossa Mãe.

Cristo é o "segundo Adão" e Nossa Senhora a "segunda Eva", como já vimos. E o que Deus uniu no seu plano de salvação não procure o homem separar com "vãs teologias" como querem os "crentes".

À Santa Brígida foi revelado que: "concorreu com a  Mãe com o sangue mais puro do seu coração para gerar um filho; e este, com seu sangue puríssimo de seu Coração, concorreu para unir e preservar a Mãe!" - Deus edificou (criou) uma casa (a Virgem Maria); para si; (Prov9, 1). A Virgem Maria é o Templo do Espírito Santo e foi por ela ronada com os sete dons, os doze frutos, os nove carismas e as oitos beatitudes.

À luz de Lucas 1, 35 e Êx 40, 35 o Verbo pode ser traduzido por habitar e morar e no mesmo princípio aparece em Rt3, 9 3 Eze16, 8. Revela que o Espírito desdosou a Virgem Maria pois nela habitou o Espírito a Glória de Deus.

O nome santíssmo de Deus nela se fez morada revelando a altíssima santidade da Virgem Maria pois ela é a Shechina El Shadai, o Todo-Poderoso. O Anjo Gabriel anuncia a Virgem que em seu seio será o Santo dos Santos, isto é o lugar santíssimo onde Deus fará morada, se encarnará.

O seio de Maria Santíssima nesse momento se torna um lugar onde o Espírito Santo é adorado. É bom lembrar que o lugar Santíssimo era o local onde o sumo sacerdote e somente ele entrava uma vez por ano n o grande dia da expiação, (Yom Kippur). O seio da Virgem Maria torna-se o vivo "Santo dos Santos".  Onde o nosso Sumo e Eterno Sacerode, nosso Senhor Jesus Cristo, entrou uma única vez para nos salvar, pis era o grande dia da salvação. Só Ele, só o Sumo Sacerdote, único e verdadeiro pôde entrar e nada mais.

Daí a Virgindade perpétua de Maria, a quem os crentes firmam e não acreditar, porque não querem  e não estudam a Sagrada Escritura.

Isso nos diz claramente o Anjo Gabriel que em nome de Deus saudou a Virgem Maria, "Ave Cheia de Graça!"(Lc1, 1ss), dizendo que ela econtrou "graça diante de Deus". E que o fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus.  E santíssima é a sua essência, a sua natureza, daí a necessidade da maternidade virginal de Nossa Senhora. Com seu Sim, concebe Jesus, que recapitula em si toda a natureza humana e o Universo.

A mediação da Virgem Maria é evidente. Ela deu ao mundo o que é de mais precioso, o Filho de Deus, com plena consciência e por sua própria vontade. Esclarecida pelo Anjo Gabriel sobre a pessoa do Filho e sobre a sua missão.  (assim exigia Deus que ela fosse livre de qualquer mancha de pecado, fosse pura e santa), como a "Arca da Aliança". Desse modo, por Maria e pelo SIM de Maria e pela sua Maternidade divina ela continua a trazer para a humanidade as inúmeras graças por meio de seu Filho.

Lembremos o não de Eva a Deus e agradeçamos o SIM de Maria Santíssima.



CAPÍTULO III




NOSSA SENHORA COMO MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS




Mediador é aquela pessoa que interpõe entre duas pessoas a fim de fazer um acordo ou uma reconciliação. Para isso o mediador deve ser aceito por ambas as pessoas, para se tornar fácil. Espiritualmente falando, na ordem sobrenatural das coisas existem dois mediadores importantes entre essas duas pessoas: Deus e o homem.

A primeira mediação é a de Jesus Cristo. A Bíblia destaca que Jesus é o único mediador entre Deus e o homem, mas a mediação de Jesus está diretamente ligada aos frutos da Redenção. Isto é, pela sua paixão, morte e ressurreição, Ele conseguiu reatar os laços que o pecado havia desfeito entré nós e Deus e conseguiu também nos trazer a salvação. Essa mediação pois é única e meritamente de Jesus Cristo e de ninguém mais. Chamamos de "mediação primária".
Jesus enquanto homem é mediador entre Deus e os homens. Estando não somente próximo de Deus e  dos homens mas estando hipostaticamente unido a Deus e constituído por Ele chefe espiritual do gênero humano. Por isso Ele mesmo é o mediador perfeito, pois só a Ele podia merecer a Justiça, nossa salvação, graças a Jesus que se faz nosso reconciliador. Essa  graça é primordial e exclusiva de Cristo. 

A segunda é secundária, é a mediação dos santos. Isto é, os santos são responsáveis pela Oração Universal pela intercessão em favor dos homens e como tais buscam para nós as graças que precisamos alcançar. A primeira mediação é única e exclusiva de Jesus Cristo. A segunda é de todos nós quer seja no Céu, quer seja na Terra como intercessores. Jesus mesmo disse: "Pedi e recebereis..." "O que pedires em meu nome ao Pai, vos será concededido..." ; então a mediação secundária passa por Jesus que é o único mediador "da salvação".
Nesse rol está a mediação da Mãe de Jesus, mas de um modo especial porque ela mesma está junto e diretamente unida a seu Filho Jesus. Nossa Senhora é mãe de Deus e mãe dos homens ao mesmo tempo. Ela também é indicada para servir de elo entre nós e seu Filho. Mas a sua mediação está londe de tirar os méritos de Cristo. Ela exerce pois uma união com o Cristo na obra da redenção do qual ela tira toda eficácia a nosso favor. A mediação de maria se faz:
a) Com Cristo, Maria contribui para nos resgatar: donde seu título de Co-Redentora.
b) E com Ele , obtém todas as graças aos homens, ela distrubui universalmente todas as graças.

São Tomás de Aquino, ao falar da mediação de Jesus disse: "Corresponde ao ofício de mediador entre Deus e aos homens, o o uní-los". Isto significa que o mediador é aquele que oferece as orações dos homens principalmente o sacrifício, ato principal da virtude da religião, e deve também, distribuir aos homens os dons de Deus que santificam: a luz da divina graça".


Existe, pois uma dupla mediação, uma ascendente em forma de oração e de sacrifício, outra descendente pela distrubuição dos dons divinos aos homens. Este ofício de mediador não aparece com inteira perfeição, senão a Jesus Cristo. Único que nos pode reconciliar com Deus, oferecendo-lhe toda humanidade, uma sacrifício de valor infinito, o da Cruz que se perpetua no Santo Sacrifício da Missa e culmina com a Eucaristia.

"Mas independe-nos que existem entre Deus e os homens abaixo de Cristo, outros mediadores, os mediadores secundários que cooperam em união com Ele de uma maneira dispositiva ou ministerial. Significa que disponham aos homens em receber a influência do mediador principal, ou que transmitam, mas sempre em virtude e sob a dependência dos méritos de Cristo"Diz S. Tomás de Aquino.

Maria, em forma subordinada, (assim como todos os demais santos), e dependendo dos méritos de Cristo, se faz medianeira universal para todos os homens desde a vinda de Nosso Senhor. Lembremos-nos que o primeiro milagre de Jesus foi feito com a intercessão de Maria em Caná da Galiléia. Embora não tivesse chegado a hora Jesus antendeu o pedido de sua Mãe.

"Então Nossa Senhora possui os méritos particular de seu Filho para a obtenção e distribuição de todas as graças quer seja geral, ou particular. Não o é em qualidade de ministro, senão por associação a Obra redentora de seu Filho", explica Santo Alberto Magno.

Desde que Nossa Senhora entrou na glória do Céu, está cooperando em que sejam aplicadas ao homem as graças da Redenção. Ela participa na difusão das graças por meio de sua intercessão maternal. Todas absolutamente, todas as graças que recebemos é pela mediação da Mãe, mesmo aquelas que não são pedidas através dela. Esse é o ensinamento da Igreja.

Ela é nossa Mãe (Jo19, 26); e a Igreja Antiga já ensinava isso. Orígenes diz que o cristão perfeito tem a Virgem Maria como Mãe. A mediação universal de Nossa Senhora está em que ela cooperou Deus na obra da encarnação e da redenção. (Jo19, 25ss copare com Lc2, 35); e também por sua relação com a Igreja da qual ela é o modelo perfeito.

A prova de que ela é nossa medianeira, nossa intercessora, está nos ensinos da Igreja que é corrobada pelas milhões de garças alcançadas pelos fiéis que a recorrem diariamente.

MARIA CO-REDENTORA

Chamando Nossa Senhora de "nossa Co-Redentora", entendemos que ela é Co-Operadora na Redenção . Não quremos evidentemente dizer que Maria nos tenha resgatado por uma ação própria independente, mas somente por sua união com a ação de Jesus.
Na obra de nosso resgate, Cristo não fez uma parte e Maria outra, não; os dois reunidos desempenharam a obra. Conforme a frase do Papa Pio X, "o que Cristo mereceu como justiça, isto também Maria mereceu, mnas com título inferior".

Leão XIII resume quando diz que "Maria esteve associada na obra dolorosa da redenção do gênro humano".
Pio X, já cima citado diz que Maria é "Reparadora do Mundo".
Os Padres e Doutores da Igreja, chamam muitas vezes Maria de "Nova Eva", como São Paulo Apóstolo diz que Cristo é o "Novo Adão". Não que sejam uma rencarnação de Adão e Eva, nada disso, mas simbolicamente para explicar que sua fução salvadora foi análoga aquela da perdão por nossos primeiros pais. Por uma espécie de compensação. Deus quis modelar nossa salvação sobre nossa ruina. Se a escritura pode dizer que pela "mulher, o pecado e morte", entraram no mundo, pode-se dizer que por "Jesus e Maria a entrou a salvação". Tríplice é o aspécto da função de Maria como Co-Redentora.  1) no consentimento da Virgem, seu SIM, à proposta divina no momento da anunciação. 2) Na união das suas pisposições com as disposições do Redentor. 3) Na união de seus sofrimentos com os sofrimentos do Redentor.

Desde o nascimento de Cristo, toda a vida de Nossa Senhora foi uma oblação de todos seus atos foram atos redentores; toda sua existência foi não só uma cooperação espiritual mas uma coopreção física e real, cooperação moral, consciente e livre.
Ela desde o momento da anunciação foi colaboraddora de Cristo nesta obra, e Ela mereceria o título de Co-Redentora mesmo que tivesse morrido após o nmascimento de Jesus.

A ação do Cristo é  independente; ela não tem necessidade  duma outra ação basta a si mesma plenamente. Aação de Maria é dependente, é eficaz somente pelas relações com a eficacidade de Cristo. Não há um Redentor e uma Redentora. Há um redentor e uma Co-Redentora. A ação Co-redentora é uma como o Redentor. A ação de Cristo alcança seu objetivo por um mérito de justiça; a de maria, por um mérito inferior logicamente.

A ação do Redentor tem um valor infinito, sendode um Deus. Ela bastaria para expiar nossos crimes infinitamente mais numerosos e mais abomináveis para santificar mundos inumeráveis. A ação Co-Redentora é superrogatória: Nada pode-se acrescentar ao infinito.    

           

 

   


     
 

          




           

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CONHECENDO A VIRGEM MARIA CAPITULO III


CAPÍTULO III



Muito ouvimos falar sobre Myrian ou Maria, o Evangelho de São Lucas é o que mais descreve a pessoa de Maria e seu papel na Obra da Salvação. 
Mas quem foi Maria e porque ela têm tanta importância?
Maria nasceu e viveu grande parte de seu tempo em Nazaré, um vilarejo da Galiléia na Palestina.  
Maria foi uma judia como todas as mulheres judias de seu tempo, sabe-se que teve uma infância privilegiada para o seu tempo já que nem todas as mulheres podiam ler e escrever. Mas com Maria foi diferente, ela foi bem preparada por seus pais, Joaquim e Ana os quais lhes ensinaram todas as virtudes de uma moça de seu tempo. A cuidar da casa, a ter uma vida espiritual sólida, dentro dos princípios da Lei de Moisés como todo judeu.
Uma menina como outra qualquer, porém seu coração jazia uma pureza preparada por Deus que ela não sabia. Até a seu encontro como anjo ela foi uma menina normal, como qualquer outra, também namorou e ficou noiva cedo, de José o carpinteiro de Nazaré. Esse namoro que segundo São Lucas foi conturbado por causa da encarnação do Verbo e a visita do Anjo. (Lc1, 1a) Mas depois tudo voltou ao normal, ela se casou com seu prometido José e os dois criaram Jesus Cristo. José e Maria sabiam que Jesus era o Messias e fez de tudo para dar uma boa educação ao Filho de Deus dentro das suas possibilidades.


O CASAMENTO COM JOSÉ

Para entender um pouco sobre o casamento de Maria e José temos que voltar nosso interior lá no tempo em que tudo aconteceu. 
Segundo as tradições, leis e costumes dos judeus, uma moça só podia casar virgem, caso contrário estaria cometendo adultério com seu prometido e, a pena segundo a Lei de Moisés para a prática do adultério era o apedrejamento em público.
Eis um dilema, Maria já estava grávida. Como explicar isso a José? jamais seu noivo entenderia que aquela gravidez fosse divina. Pois ainda que Maria bem explicasse para um homem seria incompreensível. José era da linhagem de Jessé, uma das doze tribos de Israel, por isso a Bíblia vem também chamar Jesus de "Filho de Davi", porque Davi, que foi rei de Israel era também descendente das 12 tribos de Israel. Mas nem assim seria fácil a um homem compreender tais mistérios.  
Quando José soube da gravidez de Maria, afastou-se dela, imaginando que ela tinha conhecido outro homem e no entanto cometido adultério, e como seria duro pra José ter que denunciá-la, e repudiá-la. Pois a Lei de Moisés dizia que o homem tendo pego a mulher em adultério deveria escrever de próprio punho uma carta de repúdio e denunciá-la, daí então podiam se separar. Mas o amor de José era muito maior, ele resolve então deixar Maria em segredo para que isso não acontecesse. Como seria duro para José ver sua noiva amada apedrejada em público e morta? Imagine quanto foi duro para José a princípio ver sua felicidade e seu sonho de se casar com aquela linda donzela indo se acabando em um apedrejamento... Mas Deus estava ao mesmo tempo assistindo também  José. Precisava dele, como homem, como Pai zelozo que seria para seu Filho Unigênito. (Para criá-lo enquanto pessoa humana, para transmitir todo ensimamento humano. José foi muito importante para a educação de Jesus. Era ele quem deveria criá-lo segundo as leis e as tradições do seu povo e lensinar uma profissão ao menino para que mais tarde pudesse trabalhar. Jesus foi carpinteiro também como José.) 
Maria sendo assistida pelo Espírito Santo, confiante aceitou tudo. Mas José não, ele não entendeu  e  foi embora.  Nessa ocasião Deus interveio em favor de Maria e, José teve a visão do Anjo que lhe revelou sobre a gravidez de Maria. "José, filho de Davi, não temas em receber Maria por esposa, pois o filho que ela traz em seu ventre foi concebido pelo Espírito Santo!" - então josé pode entender. (Mt1, 20-21). Então José, surpreso e ao mesmo tempo feliz, procura Maria, reata o noivado e assume o filho que ela trazia  tornando-se pai adotivo de Jesus. Todo esse relato se encontra registrado logo no princípio do Evangelho de São Mateus cap. 1, 18-25.
É José quem dá toda assistência a Maria. Ele cuida da gravidez de Maria, casa-se com ela. Então estava constituída a SAGRADA FAMÍLIA. É ele quem conduz Maria até Belém para o recenseamento, para que que se cumprisse a Profecia que dizia que o Messias nasceria em Belém na Judéia. (profecia de Miquéias cap.5, 2); É ele que junto com Maria vai ensinar, proteger, educar Jesus. É José quem ajuda Maria na hora de dar a luz. Tão santo foi José, que não se encontra na Bíblia um relato que  fale mais sobre José. É ele quem foge para o Egito com Maria para escapar de Herodes. Esse é o único relato da  Bíblia sobre José, homem, (varão), justo como diz a Bíblia. E dá-se a entender que a missão de José depois do nascimento de Jesus até sua volta do Egito com Maria se encerrou em Nazaré na Galiléia. Como é bonito quando a gente aceita e confia em Deus como fez Maria e José. Num isntante todo sonho de Maria de se casar estava por terra, e logo, por intervenção de Deus tudo se resolvia. Maria sabia, confiava em Deus, tinha a promessa do Anjo Gabriel sobre a assistência que devia ter do Espírito Santo, pois Ele sempre a assistiu em todos os momentos.   
 

(na foto, moças judias à orar, provavelmente em uma dessas situações que ocorreu a visita do anjo Gabriel à Maria)









O QUE MARIA REPRESENTA SEGUNDO A BÍBLIA?
PORQUE A IGREJA DIZ QUE MARIA É A "NOVA EVA?"


Bem, para isso, precisamos recorrer a Bíblia e fazer uma sinopse do Antigo e Novo Testamento para entender porque Deus escolheu Maria para ser a Mãe de Cristo.
A Bíblia destaca a figura de duas mulheres: EVA a primeira mulher e MARIA DE NAZARÉ a mãe de Jesus. O que as duas tem em comum? fisicamente falando nada, espiritualmente falando tem uma relação na Obra da Salvação. Por quê? 

EVA, segundo o Livro do Gênese foi a mulher que Deus escolheu para ADÃO o primeiro homem que tendo desobedecido Deus, levou-os a perda do Paraíso. Isto é, tendo desobedecido Deus, quiseram ser iguais a Ele, e assim pela desobediência de Eva, cometeram  pecado contra do Senhor e privaram-se da graça de Deus. Eles e todos seus descendentes. Vamos ler:  Gên 2, 16-23; Gên 3, 1-20. Claro que o Livro do Gênese não é um livro científico, mas espiritual e como tal a figura de ADÃO e EVA aqui representa a fragilidade humana para entender que somos criaturas limitadas, criadas por Deus devíamos a todo tempo ser fiéis a Ele. 

Mas segundo a Bíblia, Eva havia perdido a graça de estar sempre com Deus, pela desobediência foi introduzido na humanidade o pecado. Porque a Bíblia diz que a culpa foi atribuída a Eva e não aos dois? - por que na cultura judáica a mulher é submissa ao homem e lhe deve obediência, sendo privada até de alguns direitos sociais, por isso EVA aparece como principal culpada por ter desobedecido a Deus. A Bíblia diz que ela "comeu do fruto" isto é experimentou o sabor da desobediência.

Mas para livrar o homem deste pecado, Deus prometeu um Salvador, que foi esperado por muitos milênios. Deus já havia escolhido a Virgem Maria muito antes, desde a criação. Mas depois de muito tempo, nasceu Maria, essa moça simples, pura. A palavra e o contexto de virgindade, segundo a Bíblia vai muito mais além do que o mero ato de conjunção carnal, o romper do hímen em uma relação sexual. Mas significa sobretudo, a pureza de coração, isto é do espírito. Ser virgem segundo a Bíblia, é aquele ou aquela que está livre de qualquer sentimento de pecado, puro, preparado para Deus.

E Maria foi essa pessoa que Deus escolheu, moldou e preparou, por isso chamamos de "Virgem Maria".  Porque Deus assim quis que ela fosse. "Como acontecerá isso se não conheço nenhum homem?" Lc1, 34e logo após uma conversa firme do Anjo entendendo a responsabilidade mas sem hesitar disse a jovem Maria: "Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra!"(Lc1, 38); em outras palavras: "cumpra-se em mim aquilo que Eva teve a chance de fazer e não fez!"   ... Por isso Maria é tão especial. Tão especial que os Apóstolos Paulo e João o evangelista vem dizer que Maria é a NOVA EVA. Não que ela seja uma reencarnação de Eva, mas porque justamente o que Eva perdeu com o pecado da desobediência, Maria ganhou com a graça da obediência e Deus. Basta ler Jo2, 4; 19, 26; Gal4,4 e Apoc 12,1. E se Maria é simbolicamente a "Nova Eva"e Jesus  o "Novo Adão".

Eva nossa primeira "mãe", estava dotada de graça santificante antes do pecado original. Possuía dons sobrenaturais portanto, São Paulo declara que o segundo Adão, referindo também simbolicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, que veio restaurar o que Adão perdeu com o pecado - o estado de Santidade e Justiça - em razão do pecado original. Vamos ler : 
Rm 5, 12
Ef 1, 10; 4, 23
1Cr6, 11
2Cr5, 17
Gl6, 15
Rm5, 10; 8, 14

A Igreja sempre nos ensina que o primeiro casal possuía todos os dons sobrenaturais em razão de Gn1, 26; (semelhança natural com Deus) e Gên2, 7 (sopro de vida: princípio da vida sobrenatural) e Ec 7, 29 (retidão-justiça).  Adão e Eva foram criados em estado de graça santificante. Além dos dons sobrenaturais possuía Eva, os dons preternaturais chamados dons de integridade.           
Esse dom de integridade ou retidão significa imunidade a concupiscência. 
Concupiscência a tendência espontânea, seja sensitiva ou espiritual , que precede a toda reflexão do entendimento e toda resolução da vontade e que persiste ainda contra a decisão desta última. O dom da integridade consiste no domínio perfeito do livre arbítrio sobre toda tendência sensitiva espiritual, mas deixa subsistir a possibilidade do pecado.  

São Paulo nos revela que a concupiscência procede do pecado e inclina o homem para o pecado. Se procede do pecado, Eva antes de cometer o pecado original estava imune a concupiscência.
A Palavra de Deus em Gên2, 25 revela perfeita harmonia entre razão e o desejo sensitivo. Só depois do pecado o sentimento do pudor aparece, conforme Gên3, 7.10 - Estava pois Eva dotada dos dons sobrenaturais e preternaturais podendo portanto evitar facilmente o pecado.

Além do dom da integridade, Eva possuía os seguintes dons preternaturais: da imortalidade corporal, da impassibilidade, isto é da imunidade do sofrimento e do dom da ciência, isto é, conhecimento  infuso dado por Deus, de muitas verdades naturais e sobrenaturais. Eva por causa do pecado submeteu-se ao castigo da morte corporal. Deus havia esclarecido e estabelecido que ao desobediência aos seus  preceitos acarretaria na morte. Foi o que aconteceu com Adão e Eva. Leia:
Gên2, 17; 3, 19
Deus não é o autor da morte Sb1, 13 - comparar Rm 5, 12.

O dom da imortalidade significa a possibilidade de não morrer. A imortalidade provinha pelo fruto da Árvore da Vida, Gên2, 9. 3, 22. Árvore esta que representa a Eucaristia. Os vivos podem comer desse fruto da Árvore da Vida e quem dele come não morre mas tem a vida eterna. Jo20, 22.

Os mortos, isto é aqueles em pecado mortal, devem se converter e receber o sacramento da Confissão para obter a vida. (veja em: Gên2, 7 e Jo20, 22. Jesus disse: "Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância!"
Quanto ao dom da impassibilidade, quer dizer da imunidade ao sofrimento, significa estar livre dos sofrimentos. Esse está relacionado ao dom da imortalidade. A Bíblia revela que a dor e o sofrimento são conseqüências do pecado. Gên3, 16ss.

Eva, antes de cometer o pecado da desobediência não sofria por doença alguma. Viviam no paraíso de delícias. Gên2, 15.
Eva participava em grau secundário da obra da criação.
Com relação ao dom da Ciência, afirmamos que Eva começou a existir na forma adulta para ser educadora da raça humana. Deus a tinha dotado de dons e conhecimentos naturais correspondente ao grau de idade que havia sido criada em razão da missão que iria exercer. Eva tinha tanto conhecimento naturais como sobrenaturais necessários para a missão a que foi criada. Tudo que falamos sobre Eva também se aplica a Adão e vice-versa. Gên2, 20.23s.

Após o pecado Deus retira deles esses dons, começa então a involução da raça humana. O pecado trouxe a morte, as doenças e a vida passou a ser uma conquista uma sobrevivência no dia-a-dia.
Agora, Adão e Eva sentiriam o peso da desobediência, por causa do pecado. Deus começa tudo de novo (Jo1, 1ss). Nasce uma nova humanidade, um novo Universo. O processo em razão da graça, vai da morte para a vida, até se consumar na Parusia, isto é a volta de Cristo, não como salvador, mas como JUIZ.

Mas, quis Deus que esses dons dos nossos primeiros pais fossem hereditários, Eva não só recebeu para si a graça santificante mas também pode passá-la aos seus filhos. E como Eva pecou ela perdeu os dons sobrenaturais de santidade e justiça e consequentemente também nós. Transmitiu-nos o pecado. (Sal 50,7)

Eva também perdeu os dons preternaturais de integridade, com exceção do dom da ciência. Eva possuía aqueles dons em razão da graça santificante. Os recebeu não em razão de sua pessoa, mas como mãe dos homens. Tudo era uma presente de Deus à natureza humana. Nós que recebemos a graça de Deus não podemos perdê-la pelo pecado.
Pelo que afirmamos Adão e Eva foram criados prefeitos, pois tudo que Deus faz é perfeito. No entanto foi satanás quem os seduziu e até hoje continua seduzindo os homens ao pecado da desobediência a Deus. E esses dons que eram normais para nossos primeiros pais, agora são paranormais.

A VIRGEM MARIA

Na plenitude dos tempos, (isto é chegada a hora de Deus), - Gl4, 4 - a Virgem Maria - a mais sublime criatura de Deus, perfeita, bela predestinada para ser a Mãe do "segundo Adão" e nos méritos dEle é concebida sem o pecado original, possuindo um grau elevadíssimo todos os dons sobrenaturais e preternaturais e naturais que um dia Eva possuiu, menos a imunidade à dor e ao sofrimento, para como co-redentora da humanidade fosse solidária aos homens na obra da salvação.
*Nota: entende-se como "hora de Deus" ao seu plano de amor, pois Deus não depende de tempo e espaço pois é eterno. 

A Virgem Maria é o prisma de Deus, ela reflete toda a graça, sabedoria, Bondade,  Amor e misericórdia de Deus. Tudo que Deus planejou no ser humano veio realizar-se na Virgem Maria.
Nós a Igreja, corpo Místico de Cristo pelos Sacramentos estamos transformados de dentro para fora, como nos ensina São Paulo, para sermos  uma Igreja Gloriosa sem mácula, ruga e mancha, santa e irrepreensível. - Ef5, 27 - É a volta da posse em Cristo de todos os dons sobrenaturais, preternaturais e naturais. Pois no Céu só entrarão os perfeitos. Ao morremos para o pecado nascemos para a graça que Adão e Eva perdeu. Mas a Virgem Maria pela sua obediência, ao contrário de Eva, alcançou com o seu SIM.

O SIM de Maria nos renovou diante de Deus que a olhou como "bendita entre todas as mulheres" a mais cheia da "graça de Deus!"
Maria ouviu a Deus e aceitou toda responsabilidade de ser participadora da Obra da Redenção trazendo-nos a vida eterna por Jesus Cristo o Filho de Deus encarnado em seu ventre. Enquanto que Eva preferiu dar ouvidos ao demônio, (anjo caído), disse não a Deus trazendo o pecado e a morte a humanidade. Com seu sim, Maria santíssima venceu o demônio e nos gerou para uma nova filiação. Nós que éramos pobres criaturas, passamos por ela a condição de "filhos adotivos" de Deus. Portanto se Eva foi a mulher vencida pelo pecado, Maria foi a vencedora pela graça. Gên3, 15 - Apoc12, 1ss.  Eva foi desobediente, Maria foi obediente até a morte como Jesus Cristo foi. Maria santíssima morreu como todo ser humano, mas como tinha a graça de Deus e não tinha a mancha do pecado original, era pura e santa, Deus a preservou da corrupção carnal, após a morte   levou-a  para o céu de corpo e alma. Restituindo o paraíso que Eva perdeu.

São Justino, (no ano163 d.C), disse que:

"Porque Eva, quando ainda era virgem incorrupta, havendo concebido a palavra que lhe deu a serpente, deu à Luz a desobediência e a morte mas a Virgem Maria concebeu fé e alegria quando o anjo Gabriel deu a boa notícia que o Espírito do Senhor viria sobre ela..."

Santo Irineu (no ano de 202), disse que:

Partindo do ensino de São Paulo, sobre a recapitulação de Gálatas 4, 4; "A Virgem Maria foi achada obediente, porque disse: "Eis aqui a serva, (traduções antigas se diz escrava), do Senhor". Eva, pelo contrário foi desobediente, porque não obedeceu apesar de que ainda era virgem. E assim como que tinha como marido Adão, mas não obstante era virgem ainda, foi desobediente a causa da morte para si mesma e para toda raça humana. Assim Maria que tinha destinado um esposo, não mas não obstante ser ainda virgem, se converteu por obediência em causa da salvação para si mesma e para todo gênero humano... Desta maneira foi também desatado o nó da desobediência de Eva pela obediência de Maria, porque o que a virgem Eva atou com sua incredulidade, desatou a Virgem Maria por sua fé. E se primeira Eva foi desobediente a Deus, a segunda, Maria, foi obediente, a fim de que a Virgem Maria fosse intercessora da virgem Eva. E assim como uma virgem atraiu a humanidade ao cativeiro da morte, assim também foi salvo por uma virgem: Porque a desobediência virginal foi compensada e em contrapartida por uma obediência virginal."

Sem a Virgem Maria não se entende o plano de salvação. Quem não é filho de Maria se faz filho de Eva.  Nossa Senhora está sempre no plano de Deus. Como mãe, mestra e colaboradora de Cristo.
Quando Deus decretou a Encarnação de seu Filho, decretou também a maternidade divina de Maria. Deus poderia, pois para Ele nada é impossível, enviar seu Filho em forma humana, sem ser preciso nascer de uma mulher e passar pela fase da infância. Mas Deus não quis assim. Ele escolheu nascer da mulher, (Gl4,4). Para que a raça humana participasse do seu plano de salvação. Se o demônio venceu a primeira criatura feminina, Eva, e em consequência todos os homens e mulheres. Ele quis que Maria vencesse o demônio e trouxesse a salvação a todos os homens. Cristo foi o único que pode dizer: "Sem pecado me concebeu minha Mãe!". Quantos aos demais como filhos de Eva, repetem o Salmo 50, 7.

Deus Pai predestinou Cristo para vir dar vida ao mundo, e ao mesmo tempo predestinou a Virgem Maria para realização do seu plano de amor. O que Deus uniu não separe o homem.
É o Filho de Maria o nosso Salvador, graças a Deus porque pertencemos a religião do Filho de Maria. Predestinada antes da criação do mundo manifestado na plenitude dos tempos.

A Virgem Maria e O Espírito Santo

Tudo se realizou na Virgem Maria e através dela é Obra do Espírito Santo, (Lc1, 49); ela é a única que pode ser chamada Mãe e Esposa de Deus. O Espírito Santo veio sobre ela e a enriqueceu desde o momento de sua concepção. Com plenitude da sua Graça, acima de todas as criaturas. Nela repousou o Espírito Santo em maior intensidade do que narrado em Êxodo 40, 34ss.

Fazendo-a esposa, rainha do Céu e da Terra. "O Espírito Santo descerá sobre ti", diz o anjo Gabriel.Lc1, 35.
Maria Santíssima é o Templo do Senhor, o primeiro Sacrário, (vivo), onde se colocou o Filho de Deus, e também ela é cheia do Espírito Santo eternamente. Porque pelo seu poder, se tornou a Mãe do Verbo Encarnado.

Em Maria tudo é belo e perfeito, assim como todas as coisas do Antigo Testamento eram santas e perfeitas, puras. Deus Criou um ser perfeito, belíssimo, puro como é Nossa Senhora para ser sua esposa e Mãe, lembro agora o profeta Isaías quando disse em Is 62, 5: "Assim como um jovem desposa uma jovem, aquele que tiver construído te desposará. E como recém-casada faz a alegria de seu marido, tu farás a alegria de teu Deus!"

Deus exigia no Antigo Testamento, coisas, puras, santas, perfeitas. Como os óleos, as vestes sacerdotais, as vasilhas de purificação, os utensílios e até o dízimo, tinha que ser puros e santificados.
Tudo que era lhe consagrado tinha que ser puro, isto é, perfeito. Será que Deus iria realizar sua obra de encarnação em uma mulher que não fosse pura? Claro que não.

Para isso Ele mesmo criou a Virgem Maria sem manha de pecado. A santidade de Deus exigia que Ele assim o fizesse. O livro do Cântico dos Cânticos revela:
"És toda bela oh minha amiga e não há mancha em ti!" ... O Espírito Santo chama a sua esposa, a Virgem Maria de "Jardim fechado e fonte selada": "És um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada." Cânt4, 12.

O Divino esposo amou a Virgem das virgens, Maria, como um amor superior, delicado a todas as demais criaturas. (Sl 86). Nossa Senhora foi santa desde o momento de sua conceição. O livro Provérbios canta louvores a Virgem Maria. (Prov31, 10). O livro dos Cãnticos a chama de Imaculada. (Cânt6, 9-10): "Uma porém é minha pomba, uma só a minha perfeita. Ela é a única de sua mãe, a predileta daquela que deu à Luz. Ao vê-la,  as donzelas lhe proclamam bem-aventurada, rainhas e concumbinas a louvam".

Essa é a razão pela qual o Anjo reconhecendo a santidade perfeita a qual proclama: "Ave cheia de graça!" Cheia de graça e de toda plenitude. Santa de alma e de corpo para poder dar a Deus o Filho, carne santa, o seu corpo. o Anjo a proclama cheia de graça antes mesmo de conceber o filho.

A Virgem foi insenta do pecado original originante, daí a sua Imaculada Conceição. Pois São Paulo na Carta aos Romanos diz: "Todos pecaram em Adão mas ela não herdou o pecado de Adão." Esse é o testemunho unânime dos Santos Padres da Igreja, pois Aquele que  formou a primeira virgem, Eva, sem defeito, formou também a Virgem Maria, sem mancha, sem culpa original. Seria abominável que o Verbo de Deus nascesse de uma pecadora, impura.

Interessante notar o consenso dos fiéis, em todas as épocas a respeito da Imaculada Conceição de Maria Virgem. Obra do Espírito Santo, sem dúvida alguma. Desde a antiguidade a Festa da sua Natividade. Está assim implícita a verdade que a Virgem Maria foi cheia do Espírito Santo desde o primeiro dia de sua vida. A graça santificante a dotou de todos os dons sobrenaturais e preternaturais e naturais desde o ventre materno.

Livre da concupiscência, extraordinariamente livre, usou de sua liberdade, dom de Deus, para amá-Lo e servi-Lo. Todos os seus sentidos, emoções, razão, tudo, toda ela inclinada, por livre vontade, amar a Deus, conforme o capítulo 24 do livro do Eclesiástico. Santo Ambrósio, apoiado no livro dos Cânticos dos Cânticos 8,5; afirma que esta é a Esposa do Espírito Santo, que se apoia o amado (o próprio Espírito Santo).

Maria foi permanentemente fiel a Divina Graça. Santo Tomás de Aquino, Doutor da Igreja, afirma que de três modos foi a Virgem Maria: Cheia da graça de Deus na alma, porque desde o início foi inteiramente de Deus. No corpo, pois que de sua carne revestiu o Verbo de Eterno. Finalmente foi cheia, plena, da graça de Deus em nosso benefício, para que todos nós pudéssemos participar de sua graça.

A graça que recebemos tem como autor Jesus Cristo e a Virgem Maria como medianeira. Cristo é a fonte e Nossa Senhora o canal. 
O demônio odiando os homens procura afastá-los de Maria Santíssima. A perda da fé, da devoção à Virgem  Maria é obra e sedução do diabo.

Porque Deus conferiu tantas graças a Virgem Maria?
Por causa da predestinação como Mãe de Deus. Como dissemos acima, desde o início de sua vida, teve a plenitude da razão. Foi Virgem por opção, por livre escolha. Foi Mãe, mas conservou a glória de sua virgindade. Foi belíssima, nenhuma criatura se assemelha a ela.

Santa Brígida recebeu a revelação de Deus que a Virgem Maria excede muitíssimo a beleza dos Anjos e dos Santos. A Virgem Maria é infinitamente inferior a Deus, mas é imensamente superior a todas as demais criaturas. Contemplar nossa Mãezinha do Céu em sua beleza afugenta todos os pensamentos impuros. Deus ouve as súplicas da Virgem Maria, pois reconhece como sua verdadeira e puríssima Mãe. Portanto caro amigo (a), peça a Mãe que o Filho concede.

CURIOSIDADES:

(mulheres judias a fazer pão)
 
O pão e o vinho eram a comida  e abebida do dia a dia, como nosso arroz e o nosso café. Não era o pão francês como nós conhecemos, mas um pão mais rústico. Porém nutritivo, e assim que Jesus se encerra em um Pão. Muitas vezes faltava outros tipos de comida mas sempre havia um pedaço de pão... O partir, o compartilhar era muito usado nas famílias da Judéia. Quando o ancião, (mais velho) estava presente, era ele quem iniciava as refeições depois da oração de Ação de Graças. Por isso no episódio em que os discípulos de Emaús se puseram à mesa, com o forasteiro (que era Jesus ressuscitado); quando Ele parte o pão logo eles reconhecem quem, é Jesus mesmo. O reconhecem pela forma, pela maneira de Jesus distrubuir o pão. (Jo24, 30-31)       


              







(forno construído na rocha onde as mulheres judias assavam o pão)

O forno era assim feito na rocha ou de barro, onde se assava os alimentos, principalmente o pão. Até hoje em algumas aldeias de Israel se usa esses fornos.









(mulheres judias na cozinha)

No tempo de Nossa Senhora as famílias viviam de um modo muito simples e peculiar. A mulher judia cuidava de todas as obrigações da casa, ao homem judeu, cabia o trabalho no campo, com os animais ou no pequeno comércio. Era o esposo que sustentava a família e quando ele falecia era o filho mais velho, dizia a Lei de Moisés. Quando Jesus morreu sendo Maria a Santíssima Virgem mãe de um único filho Jesus, Ele o entregou a João para que cuidadasse dela em seu lugar visto que não havia outros filhos que cuidasse de sua Mãe, no evangelho de João se encontra: ... "E ohando para o discípulo, (João), disse": "Filho, eis aí  tua mãe!" Jo19, 27. Isso desmente o que os protestantes dizem que Maria Santíssima teve  outros filhos com José depois que Jesus nasceu.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A ORAÇÃO - SAIBA COMO ORAR



Certamente você já se perguntou:

Porque não sou atendido em minhas orações? ... Mas... você já parou pra pensar como você ora?

Será que na oração somos escravos de "fórmulas"? Sabemos orar sem recitar o Pai-Nosso, Ave-Maria, o Creio, etc.? Porque temos tanta dificuldade em conversar livre e espontaneamente com Deus, como filhos e filhas? E a própria Missa, se o presidente da celebração não se cuida, ele se limita apenas a uma leitura, (até mesmo mal feita), dos textos e do ritual, sem nada, sem unção interior, fazendo tudo como se fosse uma tarefa a cumprir, uma burocracia fria e ritualística. (de Ir. Nery, fsc)

Interessante perceber que somente uma vez apenas, Jesus ensinou aos discípulos orar, porque Jesus fora pressionado pelos seus discípulos tendo em vista a maneira com que os fariseus oravam. Jesus vem ensinar que: a) a Oração é uma conversa direta entre você e Deus; b) Não existe fórmulas para orar. Para rezar sim, mas para orar não!; c) Jesus ensina que é preciso ter humildade na Oração, ela não deve servir para nos engrandecer. Por isso Jesus critica os fariseus que oravam em troca de uma recompensa externa, ou até mesmo para serem vistos e elogiados em público. Mt6, 5-8; d) Jesus vem nos ensinar que devemos chamar a Deus de Pai e pedir o necessário para nossa vida e nossa santificação.  
                                                                                                  


O que é oração?

A Oração é um momento íntimo entre você e Deus, é uma conversa  íntima que deve brotar espontaneamente do seu íntimo. Sabendo que Deus é Pai, devemos ter uma relação de amor com Ele, um relacionamento de um filho para com o pai. 
A Oração é um momento especial, não podemos esquecer que Deus não precisa dela para agir em nossas vidas, pois ele conhece o interior do nosso pensamento, mas precisa que nós entremos em contato com Ele para que a graça aconteça. Pois Deus não nos dá aquilo que não pedimos.

Em um estudo mais profundo da Oração vamos aqui relembrar várias situações na Bíblia em que nos ajuda a refletir sobre este assunto tão importante:

No Antigo Testamento encontramos um exemplo de como os reis e os profetas oravam a Deus. Era muitas vezes uma conversa franca, mais ao mesmo tempo suave. Havia uma harmonia entre o diálogo de oração.
Por exemplo:

Moisés quando precisava falar com Deus subia até o monte e ali conversava sobre si e os problemas de seu povo. E todas as vezes era atendido seja em sua causa, seja em favor da Comunidade que ele dirigia. Deus se mostrava sempre presente mesmo quando aquele povo parecia mal agradecido por causa das situações em que passavam.  A oração de Moisés era sempre motivada de louvor, adoração, ação de graças e pedido.

o Rei Davi cantava salmos, de louvor, agradecimento, súplicas, louvor, ação de graças e perdão pelos seus pecados e os do povo. Uma maneira muito peculiar de oração. Era que Davi  usava da música para cantar orando a Deus. E Ele gostava da oração de Davi. Os Salmos foram escritos mais tarde e até hoje são usados por nós em todos momentos, inclusive na celebração da Missa. Os Salmos misturados a poesia formou-se uma oração suave que subia até Deus. Ele nunca deixou Davi sem resposta.

Já no Novo Testamento, Jesus vem ensinar e dar exemplo de oração. Ele mesmo Orava ao Pai sempre. E ensinava que a oração deve ser como um vigia. Devemos estar sempre em contato com Deus. Para isso era necessário estar intimamente ligados a Deus por este único fio, a oração.
Jesus se retirava muitas vezes para orar, para conversar com seu Pai. Diariamente conversava com o Pai, louvava e agradecia pela obra de salvação que Ele o Filho tinha vindo realizar. 

PARA QUE SERVE A ORAÇÃO? - A oração serve : 1) Para que possamos estar ligados a Deus em todas as situações. 2) Para nos santificar e nos afastar das tentações que  impedem a graça de Deus agir em nós. 3) Para nos penetrar na graça santificadora e salvadora de Jesus. 4) Para estarmos sempre em comunhão com Deus. 4) Para participar da ação santificadora do Espírito Santo.  

Jesus nos ensinou como é a maneira certa de orar:
1) A Oração deve ser íntima - devemos abrir nosso íntimo diante de Deus. Não deve ser recheada de muitas palavras, mas de uma simples conversa entre a pessoa  e Deus. A conversa deve ser de um filho para com o Pai: "Quando orardes, não façais publicamente como os hipócritas que gostam de ser visto pelos homens, entra no teu quarto feche a porta e ora ao teu Pai em segredo..." Mt 6, 5-6; "Não multipliqueis palavras..." Mt6, 7a. (pois Deus não está interessado na força das palavras e sim no íntimo de sua oração). Neste caso Jesus está falando da Oração particular, não da Oração Comunitária que estudaremos mais à frente.

2) É preciso que na Oração Deus seja reconhecido como Pai. E não podemos esquecer que para nos dirigirmos a Deus de coração aberto é necessário que o nosso coração esteja aberto também para o nosso irmão, principalmente para dar o perdão a quem nos ofendeu. Pois como filhos de Deus somos uma só família.
E neste sentido Jesus ensinou a oração do Pai-Nosso, para nos mostrar como deve ser a oração de cada um. E como é essa relação de Filho e Pai. "Porque se perdoardes aos homens suas ofensas, vosso Pai os perdoará!" Mt 6, 9-14.

3) Não podemos querer forçar a Deus a fazer nossa vontade, em atender nossos caprichos, pois Deus não é nosso empregado. Devemos sim, buscar e pedir que seja feita a sua vontade. De acordo com o que precisamos: "assim na terra como no céu!" Mt6, 10.

4) Santificando o nome de Deus reconhecemos que Ele, só Ele é o senhor de nossa vida, e esta santificação se estende a todos nós e ao mesmo tempo a toda milícia celeste. O senhor é nosso Deus só ele é Santo.

5) Devemos entender que de nada adianta uma Oração se não servir para nos por diante do Reino de Deus e fazer com que este reino se torne realidade. "Venha a nós o vosso Reino!" Mt 6, 10. Que bom seria se buscássemos viver esse Reino de Deus já aqui na Terra. Pois o mundo seria sem injustiça e violenta e viveria longe do egoísmo. 

6) Perdoar sempre. É preciso perdoar, principalmente nos perdoar, para que possamos perdoar os outros. Não podemos negar o perdão a ninguém se quisermos ser e agir como verdadeiros filhos de Deus. Por isso quando buscarmos a Deus na Oração, devemos antes perdoar, a nós mesmos e aos que nos ofenderam. Depois sim obter o perdão de Deus. "Porque se perdoardes os pecados vosso Pai vos perdoará!" Mt 6, 12.

7) E por fim. Estar livre das tentações. Para que vivamos longe do mal, devemos renunciar sempre às tentações que nos leva ao pecado e nos afasta de de Deus. Para isso somente Deus pode através do seu Espírito Santo nos santificar e nos iluminar de modo que trilhemos sempre o bom caminho, para que nos livremos do mal. E qual é esse mal? - a falta de fé, de amor a Deus e ao próximo. Mt6, 13. Sempre devemos pedir, não nos deixe cair em tentação, principalmente quando a tentação maior for achar que somos superiores a Deus, quando nos colocamos no lugar de Deus, querendo brincar com a vida. 

A nossa oração deve ser acompanhada de boas obras, como quem ajunta um tesouro, pela oração deve fortalecer e purificar nosso coração. 
Nossa alma deve ser pura e nossos olhos devem sempre enxergar a verdadeira Luz.
A Oração é esse tesouro que no qual Jesus fala em Mt6, 19-21. É ela quem vai nos iluminar e nos por diante do caminho certo.
Se observarmos todo o Capítulo 6, Jesus vai ensinar que de nada adianta uma oração que não tem prática, sem vivência da Oração ela não nos produzirá os frutos necessários para nossa edificação e ao mesmo tempo para nossa salvação. Segundo Jesus como deve ser a prática do orante?

QUAIS SÃO OS TIPOS DE ORAÇÃO, SEGUNDO A BÍBLIA?

Segundo a Bíblia há quatro tipos de oração:

1 - LOUVOR - louvamos a Deus quando reconhecemos seu poder diante de todas as coisas criadas, seu poder supremo, sua Majestade infinita. Engrandecemos o nome de Deus quando louvamos reconhecendo que só Ele é Senhor de tudo que existe.O louvor a Deus é muito importante, tão importante que até os anjos louvam a Deus (Lc2, 13-14) (Ap5, 11-12). Esse poder é dado por Deus a nós não porque merecemos mas porque dando glória a Deus reconhecemos que Ele está sempre presente e como tal é Digno de todo louvor porque é nosso Deus e Senhor. Ao mesmo tempo louvamos ao seu Filho Jesus, segunda pessoa da Santíssima Trindade e o Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, que é um só Deus em três pessoas. De todos os louvores, fico aqui com o louvor escrito por São Paulo, aconselho a você que leia-o e ore também! Ef 1, 3-14.  "Bendito seja Senhor Deus de nossos pais, que nos escolheu antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos!"

2 - AGRADECIMENTO OU AÇÃO DE GRAÇAS - devemos ser gratos a Deus por tudo, pelo dom da vida, pelo que temos e somos, pela família, pelos amigos, pelos inimigos, pelo emprego, pelas coisas boas e ruim, e sobretudo porque somos seus filhos. Devemos agradecer a Deus porque ele nos ama como Pai e como tal nos criou para sermos felizes e viver em santidade. Devemos ser gratos a Deus porque ele nos salvou através de seu Filho Jesus. Em tudo devemos dar graças a Deus, nos diz São Paulo. Ser agradecidos principalmente com o amor de Deus e a com a vida que Ele nos deu.

3 - SÚPLICA - suplicamos a Deus, a intercessão dos seus santos e seus anjos, sobretudo, em nossas dificuldades, reconhecendo que em tudo Deus pode. Como nosso Pai e criador e segundo sua vontade, pedimos a Ele ou a intercessão de seus santos (as), que nos concederá segundo a sua vontade pelos méritos de Jesus Cristo nosso Senhor. A súplica é uma graça dada por Deus, uma maneira que temos de pedir a interferência divina sobre nossa vida. Deus quer nos ouvir e nos dá segundo o que merecemos. Qual pai que não ouve e não atende o seu filho?... Até Jesus usava da súplica, do pedido, para com Deus. A súplica de Jesus é sempre acompanhada de ação de graças e louvor ao seu Pai. Jo17, 9. "Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste!" - Jesus pede ao Pai fortaleza para os discípulos aos quais iriam em breve testificar o seu sofrimento e a sua morte. A súplica nos põe em humildade diante de Deus, como criaturas limitadas que somos. Jo 15, 20. "O servo não é maior que o senhor!" nos ensina Jesus.
Deus quer que supliquemos, que peçamos. Isto é importante. Lc11, 9-10. "Pedi e recebereis, procurais e achareis, batei e será aberta, pois o que pede recebe, aquele que procura acha e o que bate lhe será aberta!"
Deus atende todos nossos pedidos, ele é Pai e nos acolhe como filhos que somos. Jesus ensina que Deus é como um Pai zeloso que atende seus filhos da melhor maneira. Lc11, 11-13. "Se vós pois que sois maus, concedeis coisas boas aos seus filhos, quanto mais o vosso Pai do Céu dará o Espírito Santo a quem o pedirem!" ... e é isto! ... muitas vezes não alcançamos a graça, porque não sabemos pedir o autor da graça que é o Espírito Santo. Pois quando pedimos a ação de Deus em nossas vidas todas as coisas são resolvidas. Aqui está a chave da verdadeira oração e da verdadeira súplica.

IMPORTANTE! - não podemos determinar nada a Deus, como se Deus fosse nosso empregado. Não! somos seus filhos e Deus nos concede conforme nossas necessidades. Muita gente pede grandes coisas para Deus, determina curas e grandes milagres, mas em que isto pode valer para o reino de Deus? ...

4 -  ADORAÇÃO - aqui também estamos em uma só comunhão, com os anjos e com os santos. Devemos adorar unica e exclusivamente a Deus. Reconhecer Deus como Rei supremo, sua Onipotência, sua majestade eterna. Pois ele é o início e o fim de tudo. Deus é nosso Rei Eterno. Seu Filho em igual majestade e o Espírito Santo Paráclito também um só Deus, um só Senhor. Por isso adoramos Jesus, presente na Eucaristia, porque Ele é nosso Deus. A Deus é dada toda honra e toda glória. A ele todo louvor, toda ação de graça!
ADORAR EM ESPÍRITO E VERDADE - isto é estar dentro desta união Trinitária, comungar desta união, e estabelecer um único vínculo amoroso para com Deus. "Perante o nome de Jesus se dobre todo joelho, no Céu, na Terra e até nos infernos!" nos diz são Paulo na sua carta. Somente Deus é o Senhor. Quando falamos, e reconhecemos isso estamos falando do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não dá para dizer que se é cristão se eu não adoro a Deus como meu Senhor e a Jesus como meu salvador e ao Espírito Santo como meu santificador.

"Portanto irmãos sede vigilantes na Oração!" 1Ts 4, 2 ; devemos estar vigilantes, isto é firmes, orar sempre nestas três etapas: louvor, ação de graças, adoração e súplica. Porque muitas muitas vezes pedimos, pedimos e não agradecemos, nem louvamos a Deus quando somos atendidos, nem o adoramos reconhecendo que Ele é nosso único Senhor. Então nossa oração é muitas vezes amputada, imperfeita. Queremos tudo de Deus, menos que Ele seja Senhor de nossa vida, que nos conduza, falta a presença do Espírito Santo. Olhamos nossos próprios interesses, mas nunca sua vontade. "Seja feita a vossa vontade!", essa palavra nem sempre é aceita por nós e fazemos de Deus um "fantoche" ou nosso empregado. E quando não somos atendidos ainda O ofendemos dizendo e questionando o porque.  Sem nos darmos conta de que Deus cuida de nós sempre, mas nunca cederá a nossos caprichos.

O PAI-NOSSO

O PAI NOSSO É FORMULA ?

O Novo testamento e o Catecismo da Igreja Católica dão a entender que o Pai-Nosso é um roteiro de como Orar, (porque Jesus mesmo disse: "Em vossas orações dizei: Pai-Nosso que estais no Céu...  Mt6, 9); Pode ser usado sim, como fórmula, mas ele é acima de tudo um roteiro, uma orientação. Vamos resumir o que diz o Catecismo da Igreja Católica no. 2777 a 2865:

O PAI-NOSSO COMO UM ROTEIRO PARA ORAÇÃO 

a) Endereço: Jesus nos ensina que em toda e qualquer oração tem um endereço: O Pai, mas o "Pai Nosso, isto é, de todos!"
Ele diz que mora no Céu. Na cultura da época o Céu  significava situação de felicidade Plena.

b) Conversar sobre o próprio Deus: No Pai Nosso Jesus sugere que falemos com Deus Pai, primeiramente sobre ele mesmo. E como exemplo, apresenta três temas: 1. que o nome de Deus seja reconhecido, respeitado e amado. 2. Que realizemos a vontade de Deus aqui na Terra, como é realizada na vida eterna, feliz no Céu. 3. Que o reinado de Deus aconteça no coração das pessoas. Nos relacionamentos humanos, na construção de um mundo melhor.

c) Conversar sobre nossas necessidades: No roteiro do Pai Nosso, Jesus sugere quatro situações:


  1. "Pão", além do alimento corporal, há muitos outros alimentos para cada dia: saúde, roupa, casa, trabalho, amizade, amor, cultura, Fé, etc.
  2. "Perdão e reconciliação", somos humanos e facilmente erramos. Jesus diz que Deus nos perdoa, mas é preciso reconciliar-nos com os outros. 
  3. "Tentação", Somos continuamente impulsionados ao erro, ao ofender as pessoas, à corrupção interior , pedimos para termos barreiras interiores e exteriores contra a tentação. 
  4. "Não cair no mal", Pedimos que Deus nos ajude a não nos entregarmos ao malígno, a Satanás. E a fugir dele a das suas seduções. Mas também que Deus nos livre de sermos como demônios para os outros.            

d) Conclusão do Roteiro: São duas. Foram acrescentadas pela Igreja. Uma é o ato de fé e de louvor, tirada do primeiro resumo da fé cristã, o livrinho Didaqué (ensinamentos), escrito em meados do século II d.C: "Porque vosso é o Reino o poder e a glória para sempre!". A segunda conclusão é o Amém. Que na cultura dos judeus, significa: rocha, firmeza, certeza. Ou seja que se cumpra realmente o que acabamos de conversar com Deus.
          
(texto de Ir. Nery, fsc)

  

                            

domingo, 13 de junho de 2010

UM CORAÇÃO MISERICORDIOSO

(texto de D. Murilo S. R. Krieger, Scj)



O evangelista São João descreve somente sete milagres realizados por Jesus. Um deles se refere ao cego de nascença, ocupa um capítulo inteiro, (o nono), de seu evangelho - o que é muito, num texto de 21 capítulos, tento resumir o fato:  

Jesus ao passar viu um cego de nascença. Ao passar: Jesus é aquele que continuamente passa pelos caminhos dos homens e mulheres. Viu um cego de nascença: os apóstolos, expressando o que pensavam as pessoas de seu tempo a respeito das doenças, queriam saber quem havia pecado para ele ser cego. Ele próprio ou seus pais. Jesus os repreendeu. dizendo que nem eles, nem seus pais pecaram.  Neste cego se manifestariam as obras de Deus. Depois Jesus ungiu os olhos do cego e mandou-o lavar na piscina de Siloé em Jerusalém. O cego ficou curado. O que deveria ser motivo de alegria para todos foi motivo de confusão. Os fariseus  não se concentravam no milagre mas no fato de a cura ter sido realizado no dia de sábado, (cuja a Lei de Moisés proibia); Jesus aproveitou o episódio para ensinar que ele era a luz do mundo; que era enviado por Deus para que tinha vindo ao mundo para que os cegos vissem.

É conveniente dizer que esse milagre aconteceu quando se celebrava a Festa das Tendas. Que recordava o tempo que os judeus passaram no deserto. Os israelitas  ofereciam ao Senhor, por ocasião dessa festa, os frutos da terra; o sacerdote ia tirar a água da piscina de Siloé para purificar o Altar. À noite acendiam as tochas sobre os muros do Templo a fim de iluminar a cidade. Esses detalhes são importantes: a cura do cego  de nascença mostra que Jesus é Água que nos lava da cegueira do egoísmo e a luz que faz brilhar os olhos da fé.

Toda narração da cura do cego de nascença é muito bem elaborada. Ora há elementos dramáticos, ora há cenas marcadas de ironia ou mesmo de humor. De um lado fica ressaltado a misericórdia de Jesus  e abertura de um cego à ação de graça e do outro, surpreende a dureza do fechamento dos corações daqueles que não aceitavam Jesus. Percebemos que o evangelista mais que contar um milagre, quer descrever um processo de fé. Marra a história de um homem que pela misericórdia de Jesus, vai passando das trevas da cegueira para a visão ocular da luz.  E dessa, para o encontro daquele que é a Luz do mundo.

O cego uma vez curado tornou-se testemunha da misericórdia divina. 
Que curiosas reações provocaram o milagre de Jesus. O cego passou a ver e passou a aceitar Jesus como "Senhor" . Os fariseus julgavam conhecer a Deus mas fechavam-se na medilcridade e na falta de caridade e não acolheram o Enviado dos Céus.

Das lições que podemos tirar deste episódio destaco três:
  1. Uma enfermidade pode ser para glória de Deus. O Apóstolo Paulo testemunha: "Agora me alegro nos sofrimentos suportado por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo-as na minha carne, por seu corpo que é a Igreja". (Cl1, 24)
  2. Jesus é aquele que cura nossos males. Espera que lhe peçamos isso e que tenhamos fé em seu poder. 
  3. Na maioria dos milagres Jesus curou atendendo o pedido feito pelo próprio doente, por algum familiar e amigo do enfermo. Nesse, ele próprio tomou a iniciativa. Ensina-nos assim, que a salvação é um gesto gratuito fruto de sua misericórdia.                         

quarta-feira, 9 de junho de 2010

SACERDOTE - MISSÃO E CELIBATO

Poderíamos aqui citar várias passagens bíblicas sobre o significado do sacerdócio, mas nada se compara melhor para explicar o tema que vamos refletir, do que a celebração de um casamento.
O Sacerdote ou presbítero, é aquele homem que dentre outros é tirado do seio de uma determinada Comunidade para servir esta Comunidade. Não é simplesmente o "tirar" mas sim, reinserir aquele que chamado à uma vocação especial estará disposto a gastar o seu tempo unicamente a serviço da mesma. 

Por isso o sacerdócio é um casamento, onde a noiva é a Igreja e os filhos a Comunidade na qual ele passa a pertencer. Esse casamento assim como o Matrimônio entre homem e mulher deve ser livre e ao mesmo tempo comprometido numa adesão radical eterna. 
Quando Jesus chamou os doze, muitos estavam fazendo suas ocupações do dia a dia, Pedro, André e Tiago eram pescadores, deixaram tudo e seguiram Jesus. Levi ou Mateus cobrava impostos, (Mt8, 9), no entanto acreditando nEle o seguiu, assim João, Felipe, Bartolomeu, Judas Tadeu, etc.

Sempre as mesmas palavras "Vem e segue-me!" ... esse "seguir" era pra toda vida, eles sabiam disso. Quando Jesus fez o discurso sobre "o Pão da Vida" e muitos se escandalarizaram pensando que seria aquelas palavras, muitos discípulos O deixaram. Jesus fez uma pergunta: ..."Vocês também querem ir?"... E Pedro logo percebendo a seriedade do que Jesus dizia disse: "A quem iremos Senhor?" "Tu tens palavras de vida eterna!" (Jo 6, 66-70)

Então o sacerdote é aquele que vai conduzir esta Palavra de vida Eterna que é o próprio Cristo.    
Por isso o sacerdote é alguém especial, deve ser preparado para assumir total responsabilidade, pois seu casamento é um só, sua família passa ser uma só a Comunidade Cristã onde representa. Cumprindo o que disse Jesus: "Aquele que deixa, pai, mãe, irmão, esposa, por causa de mim e do evangelho receberá a recompensa no seu Reino!"

O Sacerdócio ao mesmo tempo é um chamado a viver o sagrado no humano exigindo-se a renúncia de si mesmo e das oportunidades do mundo. Para aquele que abraça o sacerdócio nunca mais será a mesma coisa, pois ele viverá em prol de um bem maior, a Igreja de Cristo. E junto abraçará as dores, alegrias e dificuldades desta Igreja, fazendo perpetuar a missão de Cristo já neste mundo até que ele venha. O sacerdote abraça  a cruz renúncia suas "liberdades" para santificar a Comunidade.  Por isso ser sacerdote é tão importante, mas não é uma profissão, pois o sacerdote deve ser aquele sempre disponível, mas sempre posto com o cajado na mão, pronto para ir à qualquer lugar, a qualquer hora em nome do Evangelho. 

E neste contexto que entra o CELIBATO, isto é, o sacerdote é aquele homem que não pode casar-se com mulher, não por imposição da Igreja, mas porque a sua missão já é um Matrimônio total, sua consagração deve ser única e exclusivamente a Cristo. O sacerdote é aquele que ao fazer os votos de castidade, pobreza e obediência deve estar unicamente ligado a um único laço, "o amor a Cristo", à sua Igreja, e a sua "Palavra" de modo integral e radical.

Então quando vemos por aí muitas críticas sobre o celibato, devemos lembrar as palavras de Cristo: "Quem é minha mãe? Quem são os meus irmãos"? ... "Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática estes são minha mãe e meus irmãos!" (Mt3, 35); ...... Aqui Jesus explica, aquele que cumpre a vontade de Deus já tem uma família. Certo é que assim como Jesus após ter iniciado sua missão não teve mais domicílio, estava indo de aldeia em aldeia a pregar o Evangelho. (Lc5, 58). Para Jesus quem o segue também não tem lugar fixo e todo tempo deve ser bem aproveitado. Não há compromisso mais importante do que evangelizar. Não há tempo para despedidas, nem para cerimônias, a família do evangelizador é o mundo. (Lc5,61), e nem mesmo a morte de um ente querido é mais importante que a causa do Evangelho a ser anunciado. (Lc5, 59-60). Nada de arrependimentos, nada de olhar para trás, pois saudades, lembranças, nada disso interessa o Reino de Deus, o que interessa para Jesus é o seguimento, a firmeza e o propósito. Estar apto (no sentido de prontidão), para é importante para quem não quer perder tempo no anúncio do Evangelho. (Lc5, 62) Pois aquele que fica preso às coisas do passado, a lembranças, a mediocridade, e até a laços familiares, este não está pronto para seguir Jesus.       

A missão sacerdotal é como um casamento; e, esse "casamento" que o sacerdote tem com a Igreja é eterno, portanto, o celibato não é uma norma mas sim uma condição, uma escolha, de quem renuncia sua casa, sua família, seus bens e passa a ter uma vida de inteira doação, para com toda a Igreja. (essa primeira é exigência do próprio Cristo como lemos acima).
O sacerdote é um pai zeloso que  está sempre de braços abertos para acolher os que lhe acorrem na alegria, na tristeza, na saúde e na doença, na vida e na morte, e como tal os respeita e os ajuda a caminhar na fé e na luz da graça de Deus pelos Sacramentos.

Dentro desse "casamento" está a escolha, o sacerdote é aquele homem escolhido a dedo por Deus, chamado por Jesus, formado pela Igreja, para ser intermediário na Terra direto entre Deus e os homens em nome de Cristo. Ele é uma ponte que liga o homem a eternidade e na eternidade ao Eterno. Sua finalidade é facilitar o encontro mais rápido do homem com Deus e possibilitar meios para isso. Quais são esses meios? São os Sacramentos aos quais Jesus mesmo o confiou. Através dos Sacramentos (sinais visíveis da graça de Deus), o sacerdote viabiliza pela presença do Espírito Santo estabelece ação santificadora de Jesus Cristo sobre o homem a fim de que no mesmo possa realizar a obra da Redenção de Jesus Cristo.

São Paulo escreve sobre o sacerdócio dizendo que ele é um "pontífice" , isto é uma ponte, um meio de ligação entre Deus e os homens:
"Em verdade, o "pontífice" é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus. Para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Sabe-se compadecer dos que estão na ignorância e no erro, porque ele está cercado fraqueza. Por isso ele deve oferecer sacrifício tanto pelos  próprios pecados quanto pelos pecados do povo. Ninguém se aproprie desta honra, senão somente aquele que é chamado por Deus como Aarão". Hb 5, 1-4.

Essas palavras selam a função da missão sacerdotal, elas são claras.

O sacerdote é sempre um grande dom, um precioso bem que Jesus dá à Comunidade. São João Maria Vianey, o Santo Cura D'Ars, que assim escreveu:
"Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus., é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma Paróquia, e um dos mais preciosos da misericórdia divina!" E mais... para São João M.Vianey, o sacerdote é grande no ministério que recebeu. Assim ele escreveu: "Como é grande o padre! Se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. Deus obedece-lhe, pois ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce dos Céu e encerra-se numa pequena Hóstia!"

De fato toda nossa vida e santificação deve passar um dia pelas mãos do sacerdote, pois é ele em suma que nos amparará desde o nascimento, pelo batismo, até nosso fenecer com a extrema unção. Quem mais poderia nos explicar melhor sobre isto senão São João M. Vianey que assim escreveu em um de seus sermões:
"Sem o Sacramento da Ordem, o qual gera o sacerdote, não teríamos a presença do Senhor Jesus. Quem o colocou ali naquele sacrário?... o sacerdote! - Quem pelo batismo, acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso à vida?... o sacerdote! - Quem o alimenta pela Eucaristia, para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? ...o sacerdote! - quem há de preparar as pessoas para comparecerem diante de Deus após a morte, lavando-as pela última vez no Sangue de Jesus Cristo?..o sacerdote... sempre o sacerdote! - E se uma alma chega a morrer pelo pecado, quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a graça, a serenidade e a paz?...Ainda o sacerdote. Depois de Deus, ele é tudo! Ele próprio na se entenderá bem a sim mesmo senão no Céu!"


Ele ainda nos diz: "Se compreendêssemos bem o que um padre é sobre a Terra, morreríamos não de susto, mas de amor. Sem o padre a paixão e morte de Nosso Senhor não serviria para nada. É o padre que continua a obra de Redenção sobre a terra. Que aproveitaria termos uma casa cheia de ouro, se não houvesse alguém para abrir a porta?... Pois bem: o padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele quem abre a porta; é o ecônomo do bom Deus; o administrador dos seus bens".

Portanto, ser sacerdote é muito mais que um chamado mas, é uma nobre missão confiada por Deus. Portanto para aqueles que ainda tentam em criticar o celibato, ainda não aprenderam nada sobre o sacerdócio e  a que ele se destina. O sacerdote não é um homem qualquer mas é um consagrado, um escolhido um enviado de Deus aos homens e, por isso,não constitui nenhuma família para si a não ser a família dos filhos de Deus,  que aos quais Ele mesmo lhe confiou, sendo esta a sua única.          
O sacerdote também participa do sacerdócio eterno de Cristo, exercendo seu ministério como o "Bom Pastor": "Eu sou o Bom Pastor, eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem!" "Eu vim para que elas tenham vida, e vida em abundância!" (Jo10, 11-15)

Da mesma forma o padre é este bom pastor que pastoreia as ovelhas de Jesus e à sua voz, faz com que elas conheçam a voz do Pastor Eterno que é Jesus, e assim, dando a vida por elas comunicando-lhes a Vida Plena.

Mas você deve estar se perguntando? ...
Porque é que os pastores das igrejas protestantes, (que hoje se dizem evangélicas), são casados, e porque lemos na Bíblia que alguns dos Apóstolos eram casados, como por exemplo, Pedro?

A resposta e simples. O Celibato, é uma consagração, uma regra de vida não uma Lei bíblica, é uma maneira de ser especial que alguns Apóstolos e os santos padres desde os primeiros séculos obedeceram. Pois o celibato não é uma Lei em si importante, mas uma importante forma de amar e servir a Cristo e seu ministério. Também se explica pelo fato de que São Paulo foi celibatário, isto é não se casou.
O celibato não mutila ninguém pois é uma vocação que está diretamente aliada a uma descoberta.

ATENÇÃO!


Os escândalos sexuais recentes cometidos por alguns "maus" sacerdotes da Igreja nada tem a ver com o celibato, e sim, com uma má formação religiosa, desvio de comportamento e  falta de amor e zelo pelo Evangelho. Como em todas organizações religiosas existem bons e maus intencionados. Haja vista que até mesmo entre os Apóstolos houve um que traiu o Cristo.

É bem verdade que Pedro e outros foram casados, tanto é que lemos no evangelho que Jesus curou a sogra de Pedro. Mas quando Jesus chamou os seus Apóstolos em missão o Evangelho diz que eles largaram tudo, por causa do chamado de Jesus. E nada mais os Evangelhos comentam se eles tiveram ou não contatos com seus familiares, provavelmente sim, mas não com a mesma intensidade, pois, abraçaram um outra missão, seguir o Cristo.

O que a Igreja faz é adotar o celibato como uma "total fiel consagração do presbítero" de modo que ele passe a ter uma só família. A Comunidade. Comunidade esta que, quando Jesus foi interrogado onde ele morava, ele havia respondido: "vem e vê!", mas há uma interrogação (?...), pois o evangelho não diz mais nada onde morava o Mestre, o silêncio do evangelista faz explicar como se Jesus dissesse: "o mundo é minha casa e os homens, todos meus irmãos!"  .... Logo mais adiante Jesus vai dizer: "Os pássaros têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça!" em outras palavras, Jesus não tem lugar para morar, não enquanto estiver fora do coração humano.  E o celibato é isso, através do Sacramento da Ordem, cujos pastores protestantes não têm, o sacerdote ou o padre é esse segundo Cristo, e como legítimo representante também despoja-se de si mesmo, renega a vida de "casado" para "se casar" com sua Comunidade, onde ele deve se dedicar a vida inteira com amor e zelo apostólico ao rebanho cujo lhe foi confiado.

Por isso há uma grande diferença entre o verdadeiro pastor, o sacerdote, cujo é o legítimo representante de Cristo, pelo Sacramento da Ordem. E do "falso pastor", isto é aqueles que não têm nenhuma autoridade do Cristo para tal. Este segundo pode se casar, ter bens, levar uma vida normal, porque eles sobrepõem a  família no lugar principal que é o Evangelho e a Igreja. Ao passo que o primeiro o verdadeiro sacerdote, é alguém totalmente consagrado e enviado para cuidar das "ovelhas" que Jesus lhe confiou, e para elas a exemplo de Jesus o Bom Pastor, dedica a sua vida de modo que, não venha perder por sua vontade nenhuma ovelha de seu redil.  



     
            

        

A FALSA IGREJA CATÓLICA DENTRO DA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA A. ROMANA - A CRISE NA IGREJA CATÓLICA

  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...