sexta-feira, 24 de abril de 2015

HISTÓRIA DE SÃO JORGE - Lenda ou realidade?




REFERÊNCIAS DE SEU NOME
O QUE SIGNIFICA?

As referências históricas dizem que São Jorge ou Georgius nasceu no século III, na Capadócia  – Na Turquia que naquele tempo era província romana.  .
Embora seja impreciso calcular realmente a data exata do seu nascimento e morte. O que se sabe é que era um cristão fervoroso, muito caridoso, e um valente guerreiro.  

Jorge vem de dois gêneros geos (terra) +  orge (cultivar) que significa, cultivar, cultivando um lugar (a terra). Mas existem outras explicações sobre de seu nome:

As junções  de gerar ( ou sagrado) + gyon = areia, formamos o nome: Areia Sagrada
Gyon ainda pode significar a palavra luta, então no significado anterior para ser Lutador Sagrado.

Também o nome Jorge poderia vir da junção de outros três gêneros:

Gero + gír + ys  = Gerogírys, gero, significa peregrino  e gír, significa cortado e ys, significa conselheiro. Jorge foi peregrino, foi cortado em seu martírio foi e conselheiro na prédica do Reino de Deus.

COMO VIVEU  SÃO JORGE?

O Concílio de Nicéia considerou a Legenda Áurea de São Jorge escrita por Jacoppo, apócrifa, pois os fatos relatados são impossíveis de serem confirmados como verídicos, isto é, são colocados como fantasiosa demais para ser verdade. Mas o fato é que este é o livro que mais relata a história deste santo.

São Jorge realmente existiu, embora não seja possível construir todos os seus passos sobre a terra. Por ser um dos primeiros mártires do cristianismo, os registros históricos prescritos como acontece com os outros santos não existem. Mas há muitas referências históricas sobre ele, o que contribuiu até para que surgisse muitas lendas em torno da vida deste santo. Mas o que as referências então trazem sobre São Jorge?    

São Jorge era soldado romano. Dizem que seu martírio aconteceu em Diáspolis na Pérsia, (anteriormente, Lida), perto de outra  chamada Jope. .  Outras versões dizem que seu martírio ocorreu sob os imperadores Diocleciano (sem a participação dele) e Maximiano. Outras fontes dizem que teria sido nos tempos do Governador Daciano, outros, nos tempos dos imperadores Diocleciano e Maximiano.

SÃO JORGE E O DRAGÃO 

Às margens de um lago grande como um mar escondia-se um enorme e pestilento dragão, que aterrorizava a população local.

Para impedi-lo de procurar alimentos na cidade, os moradores ofereciam à fera um duas ovelhas por dia. Em pouco tempo passou a faltar ovelhas e, para compensar a fome do dragão,  passaram a oferecer uma ovelha e um humano – um rapaz ou uma moça. Depois de algum tempo passou a faltar gente, e então realizaram um sorteio para ver quem seri a próxima vítima,  a filha do rei  então foi escolhida  para ser entregue ao monstro. Lembrando que aqueles povos eram pagãos e tinham o dragão um deus. 

O rei desesperado implorou para que não oferecesse sua filha ao dragão, mas, tudo em vão. O rei conseguiu um prazo de oito dias para entregar sua amada filha. Depois desse período, nada podia fazer. Os dias passaram sem ter o que fazer o rei entregou sua filha ao  sacrifício e seu destino era ser levada onde habitava a fera e lá ela ficou esperando para ser devorada.

Conta-se que São Jorge Jorge passava casualmente pelo local e viu a jovem princesa chorando às margens do lago. A jovem avisou ao Santo que ele deveria sair correndo o mais rápido possível dali pois,uma terrível fera estava para chegar ali, mas,  São Jorge insistiu que ela explicasse o quê estava acontecendo, foi quando o monstro apareceu, vindo de dentro do lago. São Jorge montou em seu cavalo, fez o sinal da cruz e, recomendando-se a Deus,  pegou sua lança e perfurou a cabeça do monstro, fazendo-o cair.

Depois do acontecido São  Jorge mandou que a princesa colocasse seu cinto no pescoço do dragão. O monstro seguiu-os manso com seu cinto servindo de coleira como um cão-guia. 

Chegando na cidade o povo assistia pavorosamente, ao ver o cavaleiro, a jovem e o dragão. São Jorge tratou de acalmá-los, exortando as pessoas a aceitarem Jesus e fossem batizados. Todos na cidade foram batizados. Em seguida, São Jorge matou o dragão. Dizem que, 20 mil homens foram batizados. Lenda ou não, Jesus diz que para aquele que crê nada é impossível. Se um menino, Davi, pode matar um gigante porque um homem com a fé que tinha em Jesus não podia matar um monstro?
O que fica nessa história não é o fato de São Jorge ter conseguido matar um dragão ou seja lá o que for. O exemplo que esta lenda nos deixa é que devemos matar em nós vários dragões que nos impede de viver uma verdadeira fé em Jesus. Os dragões das nossas vaidades, falta de fé, de justiça, de amor.  
Continuando a lenda...
O rei em homenagem a Nossa Senhora e ao beato Jorge, mandou construir na cidade uma enorme igreja, sob cujo altar surgiu uma fonte de água que curava os doentes. O rei ofereceu a São Jorge muitos presentes e  dinheiro, mas ele não aceitou e pediu que o rei o distribuísse para os pobres. Jorge, ao deixar a cidade deixou ainda quatro conselhos: cuidas das igrejas, honrar os padres, ouvir com atenção o santo ofício e nunca esquecer a caridade com os pobres. 

Claro que aqui se trata de uma lenda uma estória em torno da vida deste santo, tido como um verdadeiro herói por causa de sua grande fé em Cristo.

O  MARTÍRIO

O governador Daciano, nos tempos de Diocleciano, em apenas um mês, martirizou 17 mil cristãos. Seria muito maior se não tivesse quem voltasse atrás e negasse sua fé, um tempo em que cristãos amedrontados em obrigados a fazer sacrifícios aos ídolos pagãos, como era a vontade do Imperador.

São Jorge ficou consternado com o que via. Distribuiu tudo que possuía, trocou suas vestes de soldado pelas humildes vestes humildes dos cristãos se opôs aos deuses romanos, chamando-os de demônios, o que enfureceu o Governador. São Jorge identificou-se a Daciano como vindo de nobre estirpe da Capadócia, que, com a ajuda de Deus, havia submetido a Palestina, mas que deixaria tudo para seguir ao Deus do Cristo.


Daciano mostrou toda a sua “civilidade” romana ao ouvir a declaração de Jorge. Mandou-o suspender no potro (um instrumento de tortura romano que recebeu esse nome por ser parecido com um cavalo) e que seus membro fossem dilacerados com garfos de ferro.  Para complementar, mandou ainda que Jorge fosse queimado com tochas e suas feridas salgadas. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a São Jorge e o confortou de forma tal que os tormentos pelos quais passou pareciam não ter acontecido, pois mesmo alquebrado, Jorge permanecia fiel e sereno.

Um mágico foi convocado por Daciano, que julgava que os cristãos, na verdade, eram embusteiros, como ele o era (mais ou menos um ancestral debiloide de Richard Dawkins, que é outro debiloide). O mágico quis mostrar ao governador que a fé de São Jorge não passava de uma farsa. E que no final dobraria São Jorge ou perderia sua cabeça.  Envenenou-o vinho. Ele deu o vinho para São Jorge. Ele porém, Fazendo o sinal da cruz sobre a bebida, tomou o vinho e nada lhe aconteceu. O mago então se converteu lançando-se aos pés de São Jorge e pediu o batismo cristão. Depois do batismo foi decapitado.

Não satisfeito, Daciano mandou que São Jorge fosse colocado na roda com espadas, que quebrou e nada lhe ocorreu. Então mergulharam o santo em um caldeirão de chumbo derretido e lá foi retirado sem  como quem sai de um banho quente.

Então, Daciano tentou comprar Jorge e, com mansidão, procurou convertê-lo ao paganismo. Fingindo, Jorge concordou. A cidade então compareceu ao templo para ver o impenitente nagar sua fé. São Jorge então caiu de joelhos e orou a Deus que castigasse os pagãos. O templo, seus deuses e seus altares foram destruídos por uma chuva de enxofre e os sacerdotes quedaram mortos.

A rainha Alexandrina, esposa de Daciano, vendo o sofrimento de Jorge e as crueldades de seu marido, resolveu abraçar a cruz, o que lhe custou a vida. Daciano mandou pendurá-la pelos cabelos e surrá-la. A rainha Alexandrina temia pelo fato de não ter sido batizada nas águas, mas Jorge acalmou-lhe declarando  "seu sangue mártir seria seu próprio batismo". 

A MORTE DE SÃO JORGE

Jorge foi condenado pelo governador a ser arrastado por toda a cidade e no final, ser decapitado. Isso aconteceu no dia seguinte após a rainha Alexandrina ser martirizada.

Ele orou a Deus pedindo que todos aqueles que implorassem pedindo a assistência divina, por onde ele passasse teriam seus pedidos atendidos. A voz divina concedeu o seu pedido. Depois de horrendas tortura, São Jorge foi decapitado. Era o ano de 247 d.C.

Daciano não ficou sem castigo no mesmo dia, um fogo vindo do céu caiu sobre ele e sobre sua guarda pessoal, matando-os instantaneamente.

QUAL A DIFERENÇA DO SÃO JORGE VENERADO PELA IGREJA E O "SÃO JORGE" DOS CULTOS DOS ORIXÁS?

Se pegarmos as imagens dos dois santos não vai perceber diferença nenhuma. A imagem, pintura ou escultura de São Jorge (o santo católico), a mais comum, é representada por um moço, um soldado romano, montado em seu cavalo com uma lança na mão pronto para matar um dragão.

No culto do candomblé também é a mesma coisa. A diferença está que lá no candomblé São Jorge não é venerado como aquele santo católico, cristão e mártir do século III como lemos aqui neste documentário. No candomblé e na Umbanda aquela imagem representa uma entidade, um Orixá, como eles mesmos dizem, de nome Ogum que é um dos vários deuses africanos. E por que  isto? 

Porque no período colonial aconteceu o que chamamos hoje de sincretismo religioso. Os escravos negros, vindos da África, trouxeram de lá suas crenças religiosas, mas não podiam expressar publicamente suas crenças. Era proibido, o escravo tinha que obedecer as leis do seu senhor, que no caso era a religião católica, e quem desobedecesse era castigado severamente. Eles não possuíam uma catequese como a nossa. Os seus senhores simplesmente os batizavam, em alguns casos, davam-lhes um nome cristão e apenas isso. 

Para manter viva suas crenças em seus deuses ou Orixás, eles associaram alguns santos católicos,  mais conhecidos, ou venerados nas igrejas e fazendas com as suas entidades e assim passarem despercebidamente aos olhos dos seus senhores. 

E foi assim com São Jorge, A Virgem Maria (que eles chamam de Iemanjá), Santo Expedito, São Benedito, e o próprio Jesus que eles chamam de Oxalá outro deus africano, Santa Bárbara eles chamam de Inhansã, uma deusa africana, etc. Mas não são todos que eles usaram, eles pegaram somente aqueles que eles conheciam através dos cultos populares católicos; se você procurar em um terreiro de candomblé uma imagem de Santo Agostinho, ou Santo Afonso, ou então São João Maria Vianey, cujos santos eram mais venerados dentro das congregações você não vai encontrar, pois, não vai ter nenhuma ligação com seus "Orixás". Mas o fato é que eles usam apenas a imagem, (a imagem é apenas a imagem) outra diferença está que no culto do candomblé e da Umbanda, tais imagens tidos como deuses são adorados como deuses. Nós católicos não adoramos uma imagem e nem adoramos a pessoa dos santos. Somente adoramos a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Devemos prestar atenção que lá fora eles dizem ser devotos do santo católico, mas dentro de seus terreiros ou centros como conhecemos isso não é verdade, eles veneram seus Orixás africanos que são seus deuses originais. 

Depois da escravidão, e hoje depois de tantas informações onde a catequese chega a todos de várias formas, eles não quiseram mudar e continuam com esse sincretismo religioso. 
O São Jorge que nós veneramos e tomamos como exemplo de fé por sua coragem, perseverança na fé cristã, pelo seu amor para com os pobres, sua nobreza e bravura, o seu exemplo de bom soldado de cristo.

Há então uma enorme diferença entre  um e outro, entre o certo e o errado que nós não podemos esquecer. Por que digo? Porque eu vi um apresentador da TV Globo dizer: "Hoje é dia de São Jorge Guerreiro, Ogum!" Sim, para nós católicos o dia é de São Jorge, mas não de Ogum. Ele compara nós católicos como se concordássemos com isso e fôssemos todos cultuadores de Orixás. Ou como se nós católicos fôssemos idólatras, ou politeístas.

O culto dos Orixás com imagens católicas nada tem a ver, com o Culto prestado a São Jorge e os demais santos pela Igreja Católica.
Nós respeitamos as outras crenças, respeitamos a liberdade religiosa, mas, devemos perceber a diferença enorme entre as duas coisas. Acho que nem São Jorge que lutou tanto pela fé católica e pela aniquilação dos deuses pagãos ficaria contente se você fosse devoto de uma entidade africana que leva o nome dele não é mesmo? 

ORAÇÃO A SÃO JORGE

Ó Deus onipotente, 
Que nos protegeis 
Pelos méritos e as bênçãos 
De São Jorge. 
Fazei que este grande mártir, 
Com sua couraça, 
Sua espada, 
E seu escudo, 
Que representam a fé, 
A esperança, 
E a inteligência, 
Ilumine os nossos caminhos... 
Fortaleça o nosso ânimo... 
Nas lutas da vida. 
Dê firmeza 
À nossa vontade, 
Contra as tramas do maligno, 
Para que, 
Vencendo na terra, 
Como São Jorge venceu, 
Possamos triunfar no céu 
Convosco, 
E participar 
Das eternas alegrias. 
Amém!

 
CREIO EM DEUS PAI TODO PODEROSO, CRIADOR DO CÉU E DA TERRA E EM JESUS CRISTO SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR QUE FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, NASCEU DA VIRGEM MARIA PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS. FOI CRUCIFICADO MORTO E SEPULTADO, DESCEU A MANSÃO DOS MORTOS, RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA, SUBIU AOS CÉUS, ESTÁ SENTADO A DIREITA DE DEUS PAI TODO PODEROSO/ DONDE HÁ DE VIR JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS, CREIO NO ESPÍRITO SANTO NA SANTA IGREJA CATÓLICA E NA COMUNHÃO DOS SANTOS, NA REMISSÃO DOS PECADOS , NA RESSURREIÇÃO DA CARNE, NA VIDA ETERNA. AMÉM.
PAI NOSSO...
GLÓRIA AO PAI, AO FILHO,E AO ESPÍRITO SANTO!


São Jorge, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

POR QUE VOCÊ PEDRO?

Pouco sabemos da vida particular deste homem espetacular; não sabemos muita coisa a respeito dele. Sabemos que seu nome original é Simão.
Um pescador da Galileia que um dia foi chamado por Cristo para ser Apóstolo. 
Cristo muda seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

Os evangelhos falam muito de Pedro, mas após o chamado de Jesus. 
Sabemos que seu pai se chamava Jonas. Logo os Apóstolos o chamarão de Simão Pedro. Foi um dos doze Apóstolos. 
Existem diversas interpretações protestantes sobre o significado deste versículo. As igrejas do protestantismo histórico, argumentam que a "pedra" referida seria a confissão de fé de Pedro, isto é, que Cristo é o Messias . As igrejas pentecostais e neo-pentecostais argumentam recentemente que a pedra é o próprio Jesus. Em ambos os casos afirma-se que na tradução da Bíblia em grego, a palavra para pedra é "petra", que significa uma "rocha grande e maciça", a palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é "petros", que significa uma "pedra pequena" ou "pedrinha". Porém em grego, inicialmente as palavras "petros" e "petra" eram sinônimos no primeiro século e no Evangelho segundo Mateus original em aramaico, língua falada por Jesus e pelos apóstolos, a palavra para rocha ou pedra é Kepha, enquanto a palavra para pedrinha é evna, o que Jesus disse a Simão foi “tu és Kepha e sobre esta kepha construirei minha igreja.”
Então aqui podemos dizer que Jesus não estava falando apenas dele e sim da vocação de Simão Pedro quando após sua morte se tornaria o chefe da sua Igreja.
Todos sabemos que Cristo é a Pedra Angular, mas como Jesus precisava subir aos céus um dia, e como tal deixou sua Igreja na terra para a santificação do seu povo, Nosso Senhor Jesus Cristo escolhe um homem para estar à frente da sua Igreja. Esse homem é Pedro. Foi uma indicação, uma escolha direta de Jesus que ninguém, nem pensamentos contrários pode mudar. Pedro então se torna o pastor-chefe da Igreja e após a ascensão de Jesus aos Céus, ele fica sendo o seu representante na terra. Ou seja, se quisermos ver a pessoa de Jesus na sua Igreja, nosso olhar deve se voltar para Pedro, pois, ele reflete a pessoa de Jesus.  

Vamos ler com cuidado o texto que fala sobre essa missão de Pedro: Mt16, 13-20 

Chegando ao território de Cesareia de Filipe,

Jesus perguntou aos discípulos: 
                                                        
No dizer do povo quem é o Filho do homem?
Responderam: "Uns dizem que é João Batista; outros, Elias, outros Jeremias ou um dos profetas".
Disse-lhes Jesus: "E vós quem dizeis quem sou?"
Simão tomando a palavra disse:
"Tu és o Cristo, filho de Deus vivo!"
Jesus então disse:
"Feliz é tu Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, tudo que ligares na terra será ligado no céu. E tudo o que desligares  na terra será também desligado nos céus". Depois ordenou aos discípulos que não dissessem nada a ninguém que ele era o Cristo.

Vamos analisar bem o texto para melhor entendimento:

Primeiro Jesus faz uma pergunta difícil de ser respondida. 

Quem sou eu pra vocês? ... 

Embora os discípulos convivessem com Jesus em meio a muitas ideias contrárias eles tinham dúvidas, muitas dúvidas. Dúvidas essas que somente após Pentecostes foram-lhes abertos as mentes e eles puderam ver com maior clareza que as Escrituras falavam unicamente do Messias. Jesus queria confrontar as opiniões. O mundo lá fora tinha Jesus como um grande profeta, achavam até que eram um dos grandes profetas como, João Batista ou Elias que tinha ressuscitado. Mas ainda não acreditavam que ele era realmente o messias. Mas os discípulos tinham razão de sobra para acreditar que Jesus não era só um simples profeta.
Pedro tem a certeza de quem é Jesus. 
João Batista testemunhou a chegada do Messias apontando-o duas vezes como o "Cordeiro de Deus" aquele que tira o pecado do mundo,(Jo1, 29.36). João que tinha visto o Espírito Santo descer sobre Jesus e a voz do Pai dizer: "Este é meu filho amado no qual ponho minha afeição" (Mc1,10)   Mas, num certo momento de fraqueza, quando estava preso e prestes a ser morto mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se ele era realmente  o Messias. Qual a Dúvida de João Batista? Ele testemunhou Jesus publicamente a ainda restava-lhe a dúvida.    
Logo, Jesus manda dizer a João que os cegos vêem, os coxos andam,os mortos ressuscitam. (Mt11, 2-5) Embora fosse o maior dos profetas como disse Jesus restava-lhe essa dúvida. 
Pedro não, pelo contrário, sendo o mais velho, sendo de cabeça dura, as vezes turrão,  mas, o mais experiente, afirmou categoricamente, muito embora impelido pelo Espírito Santo, mas ele deixa sair de sua boca as mais belas palavras: "Tu és o Cristo o Filho do Deus Vivo!" - derrotando tudo que o mundo e as filosofias pensavam a respeito de Jesus. Assim com essa profissão, Jesus não é um simples profeta. Nem tampouco reencarnação de ninguém (como criam alguns); ele, Jesus, é o Cristo de Deus. o Ungido de Deus, o Filho de Deus.      

Jesus  põe os discípulos em "saia justa", "Quem vocês acham que eu sou?" - Mas aí entra um personagem importante, o Espírito Santo toca o coração de Pedro e ele professa quem Jesus realmente é. "Tu és o filho do Deus Vivo!". Pronto! Com palavras fortes e verdadeiras, Pedro havia respondido e acabado com as incertezas dos outros onze; se é que elas existiam. Jesus então o elogia, não por ele, mas porque naquele momento o Espírito Santo tinha tocado o coração de Pedro. Era preciso que tal afirmação acontecesse, pois a partir daquele instante Jesus estava pondo em projeto sua Igreja. Então vem a escolha dos doze Pedro era o mais velho, era meio duro, briguento, mas um homem de coração sincero. 
Jesus então o escolhe para ser o líder da sua Igreja. "Tu és Cefas" a rocha, a pedra pela qual eu fundarei a minha Igreja. Note que até aqui a Igreja não existia, a missão de Jesus ainda não estava completada. Faltava ainda aquelas palavras do alto da Cruz: "Tudo está consumado!" - Tudo está realizado, cumpriu-se as Escrituras. 

Mas Jesus já entrega a Pedro as chaves  do reino dos céus. O que isto significa?
Significa que as chaves é o poder de Jesus sobre a Igreja, pelo qual Pedro teria toda autoridade para governar o povo. A partir de Pedro a Igreja abriria as portas da salvação ao mundo inteiro, através dele todos nós seríamos conduzidos a ela numa porta só, JESUS CRISTO.

 A palavra chave que dizer muitas coisas e não só aquela ferramenta de metal que abre e fecha  as fechaduras das portas. Chave quer dizer também, segredo, legado, poder divino. Esse poder dado a Pedro não é um governo como os dos reis comuns, mas o poder de estabelecer um elo entre nós e Cristo pela ação da Igreja. Isso não é maravilhoso?

Jesus sabia que tinha que morrer, ressuscitar e subir ao Céu. A salvação seria dada a todos os homens de qualquer canto da terra. Porém sem a Igreja quem conheceria e tomaria posse da salvação? O papado não é um governo como outro qualquer, ele existe porque assim é necessário segundo as ordens de Jesus a Pedro; ele é um serviço. o Papa está a serviço de Jesus para seu povo na Caridade.  

E porque nós somos pecadores e portanto, mesmo com direito a salvação os pecados continuariam a existir, pois somos humanos. 

Nesse ponto Jesus institui a Igreja para nos modelar, para nos conduzir à santidade. Para isso Jesus escolheu doze homens, os seus Apóstolos e dentre eles um seria o seu representante legal, visível, esse homem é Pedro. 
Mais tarde, com o passar dos tempos a Igreja viria a lhe chamar os sucessores de Pedro de Papa palavra que significa Pai. Também Vigário de Cristo. E a Pedro a Igreja o chama de príncipe dos Apóstolos por causa desta escolha de Jesus. É uma expressão carinhosa que exprime claramente quem é a pessoa de Pedro e seus sucessores. 

Mas uma pergunta fica: Será que Pedro compreendeu bem aquelas palavras de Jesus?
A princípio não. Primeiro, os Apóstolos e todo povo que acreditava em Jesus, via nele o Messias, mas aquele messias que viria para revolucionar Israel, tomar o poder das mãos dos Romanos. Não via Jesus como enviado de Deus para a salvação dos pecados. E os Apóstolos esperavam também a mesma coisa. Tanto que quando Jesus morreu na cruz foi uma desolação para eles, a ponto de alguém dizer: "E nós que acreditávamos que ele havia de restaurar o reino de Israel e agora já faz três dias que tudo aconteceu!" - Parece-nos irônico para quem ouviu Jesus dizer outrora que ele era o Cristo. 

Mas somente a ressurreição e a partir da manifestação de Jesus Ressuscitado que as coisas foram se esclarecendo. Agora sim outra vez o chamado de Pedro é definitivamente confirmado por Jesus ao governo da sua Igreja. Dessa vez Jesus confirma o chamado e a missão de Pedro. Encontramos essa passagem no Evangelho de São João após os fatos que relatam a ressurreição, agora era Jesus Glorioso, Jesus Ressuscitado quem novamente confirmou Pedro na missão de Pastor da sua Igreja. Vamos ler o texto: Jo21, 15-18.

Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro:
"Simão, filho de João, tu me amas mais que estes?"
Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo".
Disse-lhe Jesus: "Apascenta meus cordeiros."
De novo Jesus perguntou:
Simão, filho de João, tu me amas?
Pedro respondeu: "Sim Senhor, tu sabes que te amo."
Disse-lhe Jesus: "Apascenta meus cordeiros."
De novo perguntou Jesus pela terceira vez:
"Amas-me?", e respondeu:
"Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo."
Disse Jesus: "Apascenta minhas ovelhas. Em verdade eu te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas por onde querias. Mas quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres". Por estas palavras ele indicava com que tipo de morte havia de glorificar a Deus.

Não foi a toa que Jesus queria ouvir de Pedro uma resposta firme, coerente e decisiva. Pedro havia nagado Jesus por três vezes quando Jesus tinha sido preso. Embora ele tenha se arrependido, de coração sincero, por causa disso não se achava mais digno de ser um Apóstolo. Mas também após a comunicação de que Jesus tinha ressuscitado foi o primeiro dos Apóstolos a correr ao sepulcro e vê-lo vazio. 
Pedro duvidou várias vezes. Uma vez quando Jesus ia andando sobre o mar, queria ir ao encontro de Jesus e em vez de confiar mais uma vez duvidou e começou a afundar. A ponto de Jesus questionar a sua fé. Jesus precisava saber (embora conhecesse seu coração), de Pedro uma resposta definitiva. Porque somente por amor, um grande amor, poderia assumir a missão de ser Pastor da sua Igreja. Era Pedro que daquele dia em diante em nome de Jesus tomaria o rumo da barca. Era ele o responsável pela pesca das almas humanas que Cristo conquistou pela morte na Cruz.
Mas a resposta de Pedro é firme: "Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo!"     
Essa era a nova missão de Pedro. Ser o Pastor de sua Igreja. Jesus confirma Pedro nesta missão, mas exige dele uma resposta clara e objetiva, uma resposta de amor. Mas não foi Pedro que deu testemunho apenas, foi João o discípulo amado de cristo quem testemunhou essa verdade e deixou para nós que a autoridade de Pedro, o seu pastoreio veio da ordem do próprio Jesus. Foi com a autoridade de Jesus Ressuscitado quem determinou a Pedro. Com isso Jesus criava primeiro seu representante na terra e depois em Pentecostes a Igreja com a unção e assistência do Espírito Santo caminhava e entrava na história. A única e verdadeira Igreja de Jesus.  Mas tudo iniciou-se com estas palavras de Jesus a Pedro. Na última Ceia Jesus institui o sacerdócio ministerial e depois institui o sobre Pedro confirma o Magistério da Igreja.  

A TESE SOBRE O CHAMADO DE PEDRO  

Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.

Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar em Atos dos apóstolos, na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.

Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de ser milagrosamente solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. Após esta reunião, Pedro ficou em Jerusalém. Paulo, Barnabé, Judas (Barsabás) e Silas foram para Antioquia.

Depois de três anos, Paulo volta a Jerusalém para visitar Pedro e com ele fica quinze dias. Quatorze anos depois, Paulo retorna a Jerusalém e lá se encontra com Tiago, Pedro e João.

Tempos depois, por volta da metade do século I d.C, Pedro vai a Antioquia, onde ocorre uma discussão entre ele e Paulo, conhecida como o Incidente em Antioquia. 

Esse fato separou os dois por algum tempo. Mas qual é a verdadeira causa da discussão que separou os dois? Não sabemos com profundidade, mas, podemos deduzir o fato de que Paulo ousava querer converter povos de outras nações que não fossem judeus. Para Paulo todos eram dignos de receber o batismo sem distinção de raça ou cor, todos eram dignos de receberem a salvação o que eles chamavam de incircuncisos, pagãos ou gentios. Paulo defendia que o Evangelho não pertencia mais só aos cristãos judeus, mas a todos, era preciso levar o Evangelho para todo mundo, além dos muros de Jerusalém. Em tese ele estava certo porque Jesus assim havia ordenado. Pedro achava que não que a Igreja deveria permanecer em Jerusalém e que somente os judeus poderiam ser batizados. O que depois o Livro dos Atos vai descrever que Pedro muda de idéia após uma visão que Jesus lhe tinha mandado onde ele entendeu que aquela mesma mostraria que ele estava enganado e que todos os povos, os gentios teriam que ter acesso ao batismo e à Palavra.         

A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia. Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma. Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.

Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.

PEDRO PRIMEIRO BISPO DE ROMA - A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA 

A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho. Trata-se da Igreja de Roma . Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura Cristã. Verdadeiramente antes da Igreja Católica se estabelecer em Roma, porque isso aconteceu tempos depois sob o reinado do Imperador Constantino; Roma era uma cidade promíscua, onde se cultuavam outros deuses. Tida como devassa e prostituta por causa das muitas promiscuidades  e crimes que ali cometiam, inclusive com a condenação e morte cruel de vários cristãos que eram martirizados ou jogados no coliseu para serem devorados pelos leões. 
Somente após a Igreja ter se estabelecido em Roma e se tornado a religião oficial do Império Romano que a coisa mudou de figura e a Basílica de São Pedro foi construída em cima do lugar onde Pedro havia sido sepultado. Mas a Catedral oficial do Papa é a Basílica de São João de Latrão. Por isso sabe-se que a Igreja Católica não surgiu no tempo de Constantino mas é a mesma Igreja descendente dos Apóstolos e cujo Pedro era seu legítimo Pastor.

Testemunhos históricos de Pedro em Roma

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.

Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96) d.C., em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:

"Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança".

Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107) d.C., em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:
"Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".
Papias, bispo de Hierápolis, por volta de (140) d.C., ao tratar da origem do Evangelho de Marcos, atribui o relatado a João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé, a partir da convivência com os que haviam estado com Jesus, em especial Pedro quando este estava em Roma:

"Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria).
Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5.13; 15,37-39; Cl 4,10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5,13.
O bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170) trata da seguinte forma o martírio de Pedro e Paulo:

"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente.
Gaio, presbítero romano, em 199:

"Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro."

Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja".

Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou:
"Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo.
"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo".

Crucifixão de São Pedro (Santa Maria del Popolo, Roma, Caravaggio, 1600).

Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu:

"Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."

"Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.
Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
"A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."

"Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor."
"Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.
Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
"Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."
Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:
"A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc...
Doroteu de Tiro:
"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro. Optato de Milevo:
"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, e que Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."
Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz:
"A cátedra de Roma é a *Cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal.
Santo Agostinho (354 - 430):

"O sucessor de Pedro foi o Papa Lino."

Logo, apesar das opiniões divergentes que surgiram a partir da Reforma Protestante, era constante, unânime e ininterrupta a tradição segundo a qual Pedro pregou o evangelho em Roma e lá encontrou o martírio, o que é robustecido pelos escritos dos Pais da Igreja e pela arqueologia.
Ou seja, mesmo após a Reforma os protestantes querendo desmerecer a origem da Igreja Católica, dizendo que os bispos de Roma ou Papas surgiram a partir do governo do Imperador Romano Constantino, essa contestação é derrubada à partir da História e dos próprios estudos arqueológicos.Não se pode negar que a Igreja Católica Apostólica Romana é a única e verdadeira Igreja Cristã fundada por Jesus Cristo e entregue ao governo de Pedro e seus sucessores. Não se pode negar mediante a veracidade dos fatos, pois, contra fatos não existem argumentos. 

*Cátedra = Cadeira de chefe ou governo de onde se legisla uma lei ou toma decisões importantes.
Os textos escritos pelo apóstolo

O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A "Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro".

INDÍCIOS DA ARQUEOLOGIA
O Túmulo de São Pedro

Baldaquino da Basílica moderna de São Pedro, de Bernini. O túmulo de São Pedro encontra-se diretamente abaixo desta estrutura.
A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.


   

      

terça-feira, 31 de março de 2015

SOMOS CHAMADOS POR CRISTO AO DISCIPULADO - Chamados Para Anunciar o Reino de Deus!








Discípulo é aquele que segue alguém, tem que ser legal em suas ideias, atitudes, posições ideológicas e determinações existenciais. Resumindo, discípulo é aquele faz tudo o que seu mestre diz e tem o desejo de ser igual a ele. Procurando imitá-lo com fidelidade os seus ensinamentos.

Esta palavra aparece várias vezes no Novo Testamento e se refere aos seguidores de Jesus Cristo. Hoje todos nós pelo Batismo que recebemos somos seguidores de Jesus. Quanto aos Apóstolos esses antes foram discípulos de Jesus e depois se tornaram cooperadores na tarefa de organizar e conduzir a Igreja de Jesus Cristo.
Assim como o profeta tinha a autoridade de Deus para escrever e falar ao povo em nome de Deus, o Apóstolo no novo testamento, Jesus transfere esta mesma autoridade; ver 1 Tessalonicenses 2:13 e II Pedro 1:1, o apóstolo ; ver Efésios 1:1 e I Pedro 1:1. O Apóstolo é servo de Cristo, cooperador de sua palavra Palavra. Ele é o encarregado de partilhar a Fé em Jesus e o seu conhecimento nas Escrituras. Ele tem autoridade de Jesus para conduzir a sua Igreja, isto é o seu povo, pois faz parte do sacerdócio ministerial de Cristo e oferece para si e para os seus um sacrifício de amor e reconciliação.  
A Palavra que recebemos não vem dos homens mas do próprio Deus em Jesus Cristo e por isso somos chamados a sermos seus imitadores. Somos concidadãos do reino de Deus e em Jesus Cristo somos um só povo.
O discipulado noa chama a uma vida apostólica, em comunhão com Cristo que nos deu a graça da condição de filhos de Deus, fomos escolhidos desde antes da criação para sermos santos e irrepreensíveis, isto é nada pode nos repreender diante dos olhos de Deus. Ele nos deu sabedoria e nos revelou seu Filho a nós para que com Ele possamos reunir todas as coisas e fazer de todos um povo santo diante de Deus. 
Portanto, cabe a nós servimos em graça e santidade pois somos selados pelo Espírito Santo e Deus para anunciar em todo mundo a verdade evangélica.
Nossa herança é Cristo, nossa fé é Cristo e é por ele e nele que somos libertos do pecado e entramos na graça de Deus. Portanto, somos escolhidos, enviados a levar esta mesma graças a todos quantos queiram recebê-la.
Somos o Corpo de Cristo a sua Igreja é através de cada um de nós que passa o anúncio e o mistério da Redenção para tantos quantos que crerem sejam salvos.      

O discípulo é alguém que acompanha os passos do Mestre aprende com ele e para ele desempenha uma Missão. Isto é, propagar a fé e anunciar o Reino de Deus. Por isso sua tarefa não é uma profissão mas uma vocação, um discipulado. Na sua vocação de discipulado ele colabora com o Apóstolo a fim de nunciar o reino de Deus, reino de amor, justiça e paz.
Qual é a missão dada por Jesus aos seus discípulos? 
[Lc 10, 1-12.16 ss]



a) ORAÇÃO - vida de oração. Orar para que o reino de Deus chegue a todos sem distinção. Para que o Pai mande mais colaboradores para sua Messe.
b) ANUNCIADORES DA PAZ - Antes de tudo o discípulo é portador da Paz espiritual de Deus Pai. A paz não deve ser algo forçado, ela deve ser oferecida e cabe a cada um querê-la ou não. Porém as consequências de uma vida sem paz são muitas, disse Jesus. A paz deve ser acolhida as pessoas para aceitarem e viverem o reino de Deus devem estar em paz com Ele. Por isso Jesus pede que os seus discípulos sejam portadores da paz e lha ofereçam. Rejeitar a paz de Deus é sofrer as consequências daqueles que não aceitam Jesus. Pois junto com a paz também está o Espírito Santo.
c)  CURAR OS ENFERMOS - curar é um significado muito grande, mais do que isso é estar do lado dos oprimidos, dos sofredores é ajudá-los a superar suas dificuldades. Oferecendo-lhes a oportunidade de serem libertos não somente do corpo mas também da alma. Como Jesus devemos ter compaixão das pessoas, mas, mais do que isso ser solidário e interceder pelo que sofre para que seja liberto de suas enfermidades sejam elas físicas ou espirituais.
d) ANUNCIAR O REINO DE DEUS - importante lembrar que Jesus não pede que os discípulos falem dele logo de cara. Mas que anunciem uma nova proposta de vida, o seu Reino. O Reino de Deus está próximo. Muitos estudiosos enxergam aqui o anúncio da Parusia ( segunda vinda de Cristo), pode ser também. Mas anunciar que o reino de Deus está próximo é mostrar que Jesus já entrou na vida de quem você está evangelizando. E que cabe a cada um conhecer e fazer parte deste reino, aceitando o Senhor Jesus  participando da vida da Igreja. De forma que o reino de Deus começa a existir a partir do momento em que a pessoa  começa a conhecer Jesus e a fazer dele o essencial para sua vida. Asim realmente o reino de Deus já está próximo de cada um de nós basta aceitar e viver este reino já neste mundo passando-o a viver sua continuação definitivamente no Céu. Isso acontece quando depois de batizados e introduzidos na vida da Igreja, na observância  da Lei de Cristo e sua Igreja. Vivendo então os valores do Evangelho e passando por uma sincera conversão. Deixando o pecado e vivendo uma vida reta e santa. É tarefa do discípulo oferecer o reino de Deus e é feliz quem o aceita.

O discípulo é propagador do reino de Deus. Ele não tem salário, nem casa. É enviado a ser missionário do reino de Deus a todo mundo. Sua missão é colaborar para que o reino de Deus chegue a todos os lugares, todas as famílias.
Nós cristãos temos que tomar cuidado com pessoas que ainda que se dizem serem cristãs mas cobram pelos serviços religiosos prestados. Você já deve ter visto em muitas denominações cristãs a lei do "pagar para se obter uma graça". "Pagar para obter um serviço religioso" - Mas somente quem não fala em nome Jesus , mas em nome de seus interesses particulares podem tirar vantagem do anúncio do evangelho. O verdadeiro discípulo nunca deve exigir nada, cobrar nada pelo bem que faz, nem pelo anúncio do evangelho.
O que acontece com as igrejas cristãs hoje é uma verdadeira "torre de babel" onde cada qual quer aparecer mais, ganhar mais, lucrar mais e não importa o conteúdo se é verdadeiro ou falso, não importa as obras se são boas ou más, mas para estas o que importa é o lucro é a venda da fé e o monopólio não do evangelho gratuito, da salvação, mas, o evangelho das propostas de vida fácil em nome de um Jesus cada vez mais milagreiro que resolve tudo. Esse "Jesus" que está a mercê de nossos interesses, dos lucros das suas igrejas, não é aquele Jesus que a mais de dois mil anos disse que o verdadeiro discípulo é aquele que vive daquilo que lhe darem, não tem pão, sacola, alforge e o que ganha de graça deverá dar de graça. Não é aquele Jesus que quando interrogado onde morava ele mostrou o mundo. Se o mundo é a casa do Filho de Deus, porque construímos casas de barro e pedra que chamamos de "igrejas" para explorar os fiéis, para cobrar caro nossos dízimos, para lucrar em cima da fé das pessoas?

O mandado de Cristo, "Ide fazei discípulos todos os povos!" não significa por nas mãos de alguns o monopólio sobre Jesus, mas significa levar aos homens a proposta de um mundo novo com liberdade de expressão sem o escravismo judaico que antigamente obrigava as pessoas a uma fé radical, uma observância cega e hipócrita das Escrituras, matando a palavra de Deus e jogando fardos pesados da lei nos ombros dos mais pobres. 
A nova Lei de Jesus que o discípulo deve levar consigo e anunciar é a lei do amor, nada além do amor. Esse amor que levou Jesus ao extremo da morte de cruz e que deve chegar a todos os povos para que todos sejam congregados nele ao Salvador. 

Ah, mas você diria:
Então porque existe a Igreja enquanto instituição?

Ela existe a partir da necessidade que Jesus teve organizar o seu povo. Mas necessariamente precisamos dela para pregar o evangelho. Se ela existe é para nos auxiliar a viver a fé. Ela é muito importante, tão importante que São Paulo a compara com um corpo vivo, cuja cabeça é o próprio Cristo. Ora, você já viu um corpo sobreviver sem a cabeça? A Igreja é assim, nós somos o corpo de Cristo ele é a cabeça que guia esse corpo. Como em todo corpo existem órgãos especiais que ajudam a cabeça a dar vida a esse corpo de modo que ele sobreviva bem. Na Igreja de Jesus o mesmo acontece, esses órgãos especiais são os pastores, ou seja, os bispos que organizam e tem autoridade de Jesus para guiar esse "corpo místico" que é a Igreja isto é cada um de nós.
Pode um corpo sobreviver sem se alimentar, sem absorver os nutrientes necessários para a vida? Claro que não! Assim acontece na Igreja, o "corpo místico" de Cristo precisa se alimentar, esse alimento nos é dado, a Eucaristia, ela é o Pão Vivo que sustenta a Igreja. Por isso mesmo que Jesus se dá em alimento para dar força e vida a esse seu "corpo". Os nutrientes são os sacramentos que através do Espírito Santo santifica e Igreja. Ele é a alma desse Corpo Místico, é ele quem rege a Igreja. 
O Cristão dificilmente se salva se não for através da Igreja, pois é através dela, por intermédio dos Sacramentos que o Espírito Santo nos santifica. Eles são canais da graça de Deus. 
Por isso é muito importante que cada um depois de evangelizado conheça e procure viver a sua fé, procure buscar na sua Comunidade Igreja a melhor forma de servir a Deus. É na Comunidade-Igreja que através da qual somos convidados a meditar, celebrar e evangelizar. E é nela também que podemos exercitar nossa fé e nosso serviço aos irmãos. Por isso que precisamos dela. Nenhum cristão de verdade pode estar sozinho e isolado neste mundo. Todo cristão e verdade após o batismo torna-se membro de uma Comunidade Cristã, isto é, a Igreja e nela chamado a viver os valores do evangelho: Amor, Caridade e Serviço.           
Se lermos o Livro dos Atos dos Apóstolos vamos ter o exemplo clássico do que é uma Comunidade Cristã e que a primeira ideia de igreja surge quando os irmãos reuniam em grupos de para fazerem orações, partir o pão (celebrar a Eucaristia) e dar assistência aos necessitados. At2, 42.45.46-47. Essa é a primeira ideia de Igreja. Ela vem antes do templo construído de pedra e tijolos. E é nessa Igreja que estão os discípulos de Jesus que segundo o mesmo texto oravam, meditavam a Palavra de Deus, faziam caridade e não possuíam bens. Mais tarde vamos perceber que a palavra "igreja" aparece no livro do Apocalipse e dá  a ideia de um novo povo, um grupo maior de pessoas que vivem a mesma fé em Cristo. E a esse caberia a João levar a mensagem com que Cristo de revelou através das muitas visões.
Naquela época ainda não existia um culto divino católico como existe hoje e que chamamos de Santa Missa, mas já existia uma enorme união em torno da mesa da palavra e da Eucaristia. E só pelo fato de terem em seu meio Jesus Eucarístico essa Igreja pode crescer e vencer todos os obstáculos e até as perseguições. Os cristãos do primeiro século eram unidos numa fé inabalável no Senhor Ressuscitado.    

A palavra Igreja ou Eclésia ou Igreja define portanto dois significados, no entanto se remete a um só: cada um de nós, Igreja de Cristo, morada do Espírito Santo.
Neste sentido Cristo nos congrega num só povo sem distinção, nos faz membros de um corpo vivo com uma cabeça viva que nos guia, que é Jesus Ressuscitado com uma alma que é o próprio Espírito Santo
  
Com o passar dos séculos muita gente se distanciou deste mandado de Jesus e com isso a Igreja, o discipulado perdeu sua essência. Claro que com a Organização social da Igreja em todo mundo, alguns homens e mulheres procuraram organizar grupos, (como os Franciscanos, por exemplo) que vivessem essa espiritualidade, isto é, a pobreza, a abnegação das riquezas e o anúncio do Evangelho de Cristo de um jeito mais humano e autêntico de modo a transmitir aquele Cristo humano semelhante aos homens que ora escolheu 72 homens para anunciar a Boa-Nova, para serem portadores da sua Paz.          
  
Jesus fundou a Igreja como suporte para a nossa fé.
Escolheu os Apóstolos e os fez governantes de seu povo a esses deu o poder de zelar pelo povo de modo a conduzi-lo na fé, cuidasse da Tradição e organizasse o povo cristão de modo a oferecer o santo sacrifício em seu nome até que ele venha. Escolheu a Pedro, André, Tiago, João, Judas Tadeu, Tiago, Bartolomeu, Simão, Judas Iscariotes (mais tarde substituído por Mathias), e Mateus. Os fez sacerdotes ministros da Palavra. Essa Igreja continua sua missão. 
  
O  discípulo é aquele que está à frente da igreja para anunciar a verdade do reino de Deus. Como João Batista, ele é o precursor de algo novo, propagador do Evangelho de Jesus, e portanto, do amor de Deus

Ao mesmo tempo o que faz de cada um de nós templos (Igrejas) vivas do Espírito Santo. É Ele quem nove a Igreja.
Nós não estamos sozinhos, Jesus prometeu estar conosco. Jesus assiste sua igreja. É através do Espírito santo que somos enviados e por isso mesmo, o verdadeiro é aquele que separado pelo Espírito Santo é diferente de qualquer outro "falso anunciador" da Palavra.

Quando vemos diversos homens e mulheres cobrando favores religiosos de seus fiéis, explorando a fé do povo vendendo milagres, curas e bênçãos. Essas pessoas não são discípulos de Cristo, são mercenários, ladrões e saqueadores frutos de uma mente diabólica, não estão do lado de Cristo, embora pregue que estão. Seus objetivos são exploração e busca de vida fácil e conforto em cima da exploração da fé fazem da "casa de Deus" que um antro de perdição e comércio. Vendem de tudo, mas não oferecem nada. Jesus lhes dá a salvação de graça por amor. Eles cobram por ela com juros altos, com dízimos altos. Obrigam o pobre a ficar miserável, para construir uma fé rica, seus templos ricos, sua família rica. Esses não são os verdadeiros discípulos de Jesus, são mercenários, ladrões e saqueadores da fé do povo. 

Pelo contrário a verdadeira Fé parte da identidade do Cristo que abnegado de si mesmo sujeitou-se a pobreza e à humilhação por amor aos homens.
O filho de Deus negando-se a si mesmo, exaltou a humanidade vencendo o pecado e a morte. Ele nada exigiu senão anunciar a Boa-Nova do reino de Deus. Plantar a justiça, anunciar a paz, curar os enfermos, expulsar os espíritos impuros, fazer discípulos, batizar... 
O verdadeiro discípulo é aquele que tendo por este mandado também é aquele que não vivendo para o mundo está no mundo para ser sinal da presença da graça salvadora de Deus. 
Por isso mesmo que a Igreja diz que o cristão batizado sendo chamado a ser discípulo de Jesus pelo sacramento da Crisma, é colocado, impregnado nele a face salvadora de Jesus. Para que seja um outro cristo neste mundo. Sendo assim cabe ao cristão agir como Cristo fez. 
Se quisermos espelhar nisso, recorremos a vida de muitos santos como São Francisco de Assis, São João Bosco, São José de Anchieta, Santa Paulina, Santo Afonso de Liguori,  etc. Que nos dão verdadeiros exemplos de missionários. Esses santos nos ensinam cada um a seu modo e ao seu tempo como é ser verdadeiro discípulo de Cristo.                             



A MISSÃO
Jesus escolhe a princípio 72 discípulos estes por sua vez deveriam conviadar a outros, mais e mais. Os manda de dois a dois, para que um confirme o outro na fé e os dois se ajudem sem desanimar. A tarefa de evangelizar pode ser bela mas exige de cada certos esforços, por isso, é necessário que estejam em par, um ajudando o outro com a mesma autoridade.
Jesus continua chamando seus discípulos, homens e mulheres. Somos chamados pelo batismo a ser discípulos de Jesus e a Crisma nos confirma esse discipulado.
Esse é o ministério de todo verdadeiro crente. É tarefa nossa! Nós cristãos pertencentes a única verdadeira Igreja de Cristo, a Igreja Católica. Jesus nos dá esse ministério que muitas vezes deixa-nos para os outros cristãos. Mas é tarefa nossa anunciar o reino de Deus. 
É interessante observar que já no tempo de Jesus existia os discípulos que Jesus escolheu diretamente e os que Jesus não tinha escolhido, poderemos chamar aqueles outros de "simpatizantes", Jesus não os repreendeu, pois eles também acreditavam em Jesus e ajudavam a pregar o Evangelho. 
Por isso, não vamos pensar que só nós católicos temos monopólio do Evangelho mas todos os cristãos batizados são discípulos de Jesus, sejam católicos ou protestantes, ou evangélicos. 
Jesus chamou os discípulos antes de formar o grupo dos 12 Apóstolos, não foi ao acaso. Mas  porque eles deveriam preparar o terreno para que mais tarde a Igreja se formasse. São os discípulos os responsáveis pela propagação do reino de Deus. Mais tarde os Apóstolos ajuntariam esse rebanho para organizar as igrejas, as comunidades dos crentes.

Os evangelistas colocam esse chamado em destaque porque toda missão da Igreja passa antes pelo discipulado. Esse é o método de Jesus e o método da Igreja. Uma comunidade cristã sem discipulado não dura muito tempo, pois, o discipulado é a base para formação da comunidade cristã.

Como você apresenta uma pessoa importante para alguém?
Você apresenta logo de cara ou prepara a outra pessoa para recebê-la?
Quando apresentamos uma pessoa importante, antes, temos que preparar um ambiente de acolhida não é assim? Quando anunciamos a palavra de Jesus,  as pessoas que vão conhecer  devem estar preparadas em paz e de coração abertos. Vou contar uma estorinha para você caro leitor entender:

Um dia numa grande empresa multinacional, os funcionários recebem a notícia que um sócio internacional muito rico e importante iria visita-la pela primeira vez para conhecer bem seu trabalho e a sua produção no País.
O gerente geral, foi instruído pelos diretores para que preparassem os seus funcionários a fim de que quando chegasse a visita ilustre tudo corresse bem.
Todos deveriam estar limpos, com uniformes novos. O ambiente deveria estar limpo e bem cuidado. Deveriam se preciso corresponder aos gestos de cordialidade dado pelo ilustre visitante. Pois, disso dependeria o sucesso dos negócios, bem como o aumento de produção e a manutenção dos empregados. E assim foi feito. Quando chegou o ilustre visitante ele ficou impressionado e quis conhecer de perto quem eram os responsáveis pelo bom andamento da fábrica.

Todos nós somos chamados por Deus a dar nossa parcela de contribuição para que cresça o reino de Deus no mundo. Nosso coração deve estar sempre preparado para conhecer e receber Jesus e o Espírito Santo é aquele que visitando nosso coração quer morar nele. Por isso nosso coração sempre estar bem limpos de modo que Jesus possa se achegar e encontrar em nós realmente pessoas de fé e cheia de compromisso com seu reino.  Não só nós, mas também devemos ajudar as pessoas a conhecer, amar e aceitar nosso Senhor Jesus.    

O DISCÍPULO É AQUELE QUE CONHECE JESUS E FAZ A EXPERIÊNCIA DO REINO DE DEUS

Como anunciar Jesus e o reino de Deus às pessoas se não fizermos experiência dele? Como ser promotores da paz de Jesus se não formos pessoas comprometidas com a paz?
Como falar de Jesus às pessoas se não o conheço de fato?

O processo para se tornar um verdadeiro discípulo de Jesus é passar primeiro pela conversão. É preciso mudar nossas atitudes procurando imitar ao máximo o Mestre.
Zaqueu era um rico desonesto, quando aceitou Jesus na sua vida e de fato o conheceu deixou sua vida mundana, procurou agir com justiça com aqueles que tinha prejudicado e seguiu o Mestre.
Mateus era um cobrador de impostos, desonesto, e foi tocado pelo chamado de Jesus e se tornou um verdadeiro Apóstolo.

Temos que aprender ser verdadeiros cristãos. Em Efésios 2, 1-8.12-20 - São Paulo nos orienta e nos ensina:
 "E vós outros estáveis mortos por vossas faltas, pelos pecados. Mas Deus que é rico em misericórdia impulsionado pelo seu grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é pela graça que fomos salvos. Juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus. Ele demonstrou assim pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco em Jesus Cristo. Porque é por gratuidade que fomos salvos, não por nossos méritos, mas por puro dom de Deus" (...) "Lembrai-vos pois, que outrora vós gentios por nascimento, que sois chamados incircuncisos por aqueles que se dizem circuncidados, os que levam na carne a circuncisão feitas por mãos humanas. Lembrai-vos de que naquele tempo estáveis sem Cristo, sem direito à cidadania de Israel, alheios às alianças,sem esperança na promessa se sem Deus neste mundo. Agora porém graças a Jesus Cristo, vós que estáveis longe, vos tornastes presentes pelo sangue de Cristo. Porque é ele nossa paz, ele que dois povos fez um só, destruindo o muro da inimizade que nos separava, abolindo na própria carne a lei, os preceitos e as prescrições. Desse modo ele quis unir em si mesmo dois povos em uma única humanidade nova pelo restabelecimento da paz, reconciliá-los ambos com Deus, reunidos em um só corpo pela virtude da Cruz, aniquilando nela a inimizade. Veio para anunciar a paz, vós que estáveis longe da paz, e a paz aqueles que estavam por perto; porquanto é por ele que ambos temos acesso junto ao Pai num mesmo espírito. Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificado sobre o fundamento dos Apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Jesus Cristo."





São Paulo está a nos dizer que se o pecado tinha nos condenado e nos destinado à morte eterna, Deus nos amou tanto a ponto de nos oferecer gratuitamente a salvação. Não porque merecemos, mas porque ele nos ama.
Esta é a grande diferença de sermos cristãos. Porque Deus nos libertou não só dos pecados, mas das leis que nos separavam. Isto é, pela lei de Moisés, os povos pagãos (os de fora de Israel) não podia se aproximar de Deus se não fosse circuncidado na carne. Eram então tidos como pecadores, impuros. Mas o que fez Jesus? Ele estabeleceu uma Nova Aliança quebrando as leis antigas, congregando todos os povos judeus ou não em um só povo. Essa aliança firmada no seu Sangue anula a antiga lei para uma só Lei. Jesus então se torna a própria lei, e estabelece uma só Igreja, um só povo congregado em seu amor. Foi para isso que ele nos salvou morrendo na Cruz. Jesus é a pedra angular. Isto é ele é o nosso Senhor e Deus. E é a sua lei que devemos seguir. Em Jesus todos temos acesso pelo batismo à Salvação. Somos um só povo, o povo cristão  não pela circuncisão, mas pela graça do batismo e quem nos congrega é o Espírito Santo.
Jesus não aboliu a lei dos profetas, mas ele aperfeiçoou estas leis, onde faltava amor Jesus veio nos mostrar que se quisermos ser verdadeiros filhos de Deus e verdadeiros cristãos devemos amar acima de qualquer lei. Onde faltava paz, Jesus veio nos dar a paz a todos judeus e não judeus. E nos devolver o direito a sermos santos. E por fim, São Paulo deixa claro que nossa Lei é sustentada no fundamento dos Apóstolos e não mais de Moisés.
Por isso que nós católicos não seguimos certos preceitos do Antigo Testamento, como guardar o sábado por exemplo. Porque Jesus veio nos dar uma nova Lei.
Também Para São Paulo não é marcando o corpo (a carne) que seremos congregados na família de Deus, mas devemos ser congregados no Espírito Santo pelo batismo é que fazemos parte da família de Deus e nos tornamos discípulos de Jesus.
O que nos salva é a Fé, mas a fé em Jesus. Pois é através de Jesus que fomos salvos. Somos agora cidadãos do Céu. Isto é, Jesus Cristo nos devolveu pela sua morte na Cruz o direito de viver com ele no seu reino.

Somos convidados a conhecer nosso Senhor Jesus Cristo e chamados ao seu discipulado. Mediante a doutrina dos Apóstolos somos edificados numa só fé, numa só Igreja, numa só doutrina.
Formamos o corpo de Cristo templos de Deus. (Ef 2, 22)
Devemos guardar a unidade e a santidade onde haja um só Senhor e um só batismo. Nosso discipulado parte do princípio que a Igreja é uma só, a congregação dos batizados, o Corpo Místico de Cristo. Não há "Igrejas" e sim a "Igreja" de jesus Cristo. Essa Igreja confirmada nos Apóstolos como disse São Paulo é a Igreja Católica. É nela que somos chamados a viver o verdadeiro discipulado. Não podemos ser discípulos autônomos, nem achar que somos autorizados para criar igrejas, porque Jesus criou uma só Igreja. É nela que está a pedra angular que é Jesus, e a rocha a qual ela foi solidificada que é Pedro.
(Cf. Mt 16, 17) (Jo 21, 15-17).

O DISCÍPULO DE JESUS É AQUELE QUE:

a) Busca conhecer Jesus e o aceita em sua vida.
b) É batizado e introduzido no seio da Igreja.
c) Vive os valores do Reino de Deus.
d) Participa dos Sacramentos.
e) Trabalha em prol do reino de Deus.
f) Coopera com sua Igreja.
g) Anuncia a Boa Nova do Evangelho com gestos, palavras e ações.
h) Vive a unidade da fé que recebeu no batismo.

Faz parte do discipulado conhecer  a salvação. Ela é tudo que o ser humano pode requer como prêmio por servir e seguir Jesus Cristo. Aceitar de verdade Jesus Cristo através de um processo radical de conversão. Sem volta, pois aquele que diz seguir Jesus, mas se arrepende este não é digno do Reino de Deus. A conversão é um ato soberano de Deus (1Cr 5, 18-19); mas é nosso dever zelar por ela. Não podemos nos afastar da conversão, isto deve ser feito dia a dia. É um processo contínuo. Embora a salvação seja um ato de misericórdia de Deus, devemos mediante recebê-la mediante a fé e as boas obras.
É importante lembrar que a Bíblia diz:
Sem Jesus não poderíamos nos salvar. Pois a salvação depende exclusivamente de Jesus.
Esta salvação custou muito caro. Custou a vida de Jesus. Foi Jesus que morreu livremente na Cruz para nos salvar. (Jo1, 29) Ela não é mérito humano mas dom de Deus que nos amou em primeiro lugar (Ef 2, 8-9).
Todos precisamos da salvação.
O pecado de nossos primeiros pais nos tirou essa graça,mas Jesus nos devolveu na Cruz do Calvário.


Quais as consequências do pecado para a humanidade? Gên 3, 1-24
O pecado entrou no mundo através de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Tendo satanás investido contra o homem e o seduzido a pecar. Desobedeceram a Deus e por consequência sofreram com a expulsão do Paraíso tendo que responder pelos seus atos passando a conhecer as dores e o sofrimento. Desde então a humanidade sofre como em dores de parto. Não havia salvação para o homem de tal maneira que a humanidade entrou em decadência. Deus então precisou intervir, pois amava o que ele criou. Foi prometido um Salvador que em tempo oportuno nasceu de uma mulher. Um varão santo e justo seu Filho se encarnou no seio da Virgem Maria. Jesus veio trazer a salvação já que o homem estava perdido e por si só não podia se salvar. Deus cumpriu sua promessa. Jesus é a revelação do Pai e através dele ganhamos o direito de sermos filhos de Deus pela graça. (Jo1,12.14.16-17)

Porque é importante a salvação trazida por Jesus?

A Salvação trazida por Jesus é importante porque ela não só nos dá o direito de entrar novamente no Céu, como nos reconcilia os homens com Deus Pai. Jesus pagou por nossos pecados na Cruz, portanto não temos mais que ser acusados por satanás. Ele é a Luz do mundo. Isto é, nós que antes estávamos nas trevas do pecado agora recebemos a luz que é Jesus Cristo. (Jo1, 3)
Pela salvação somos justificados. Isto é Deus absolve o homem dos seus pecados, declarando-o justo, justificado. Desta forma Deus reconcilia conosco através de Jesus.
O que o homem não pôde fazer, Deus através da justiça de Cristo, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus concede ao ser humano a graça. Rm 5, 17-19.
Um outro aspecto importante é a regeneração. Antes da Salvação o homem era inimigo de Deus. Pelos méritos de Cristo, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição a salvação foi dada e o homem muda sua condição, ele se torna filho de Deus, membro de sua família e parte viva da Igreja. (Jo1, 12) O homem morto pelo pecado renasce pelo Espírito Santo para uma nova vida, a vida eterna.  Mediante ao arrependimento pela justiça de Cristo o homem é adotado como Filho de Deus.
Morto pelo pecado é renascido em seu interior; mediante o arrependimento ele é restaurado e introduzido no seio do Pai. Isso só foi possível graças ao Sacrifício Salvífico de Cristo na Cruz. (Jo3,3-8)
E por fim o mais importante pela Salvação somos chamados a Santidade. Em comunhão com Deus e os irmãos, abandonando as práticas do pecado, abrimos nosso coração e o Espírito Santo entra em nosso ser para nos fazer santos. A santificação é refletida no interior e no exterior do cristão. (2Cr5,17)
Vamos assistir esse vídeo onde Padre Fábio de Melo nos explica sobre a Salvação.   




 

Porque precisamos dela?

Precisamos dela porque embora Jesus tenha morrido por nós, a Salvação é dom de Deus, mas deve ser conquistada. É vivendo os valores do Evangelho, vivenciando e praticando a fé que seremos salvos. O preço Jesus já pagou mas cabe a cada um de nós fazer o esforço necessário para merecer tomar posse dela, cumprindo o que Jesus ordenou. A Salvação depende da nossa fé, aceitar o Senhor Jesus é aceitar a própria salvação. Enquanto caminhamos neste mundo até o Paraíso somos pecadores chamados a viver a santidade. Por isso a Salvação é algo a se buscar dia a dia. Ela requer de nós um compromisso ainda maior com Deus e com os irmãos.
Vamos assistir o vídeo onde Padre Fábio de Melo nos ensina sobre o Sacrifício de Jesus na Cruz:







O DISCÍPULO  E A MISSÃO

Todo cristão é chamado a trabalhar em prol do reino de Deus de forma que cada um exerça seu ministério na Igreja cada um ao seu modo com seus dons e carismas. Enquanto discípulos pertencemos a mesma Fé da Igreja e a mesma Constituição Apostólica a Igreja Católica. Fé que deve ser demonstrada com nossos trabalhos. Somos a Igreja viva de Cristo seu Corpo Místico. Essa é uma das graças que Cristo nos oferece. É na Igreja que somos a chamados a viver. Como verdadeiros filhos de Deus e irmãos de Jesus.
A Igreja possui uma organização eclesiástica, a nossa missão é a de ser discípulos, isto é anunciadores do reino de Deus. Os bispos são nossos pastores e sucessores dos Apóstolos aos  quais Jesus confiou a sua Igreja enquanto Instituição religiosa; e o Papa é o chefe, o vigário de Cristo na terra e sucessor de Pedro.
A Igreja de Jesus é formado por diversos Ministérios, mas todos fazem parte de um só discipulado.
Existem os ministérios ordenados - que  cabem aos sacerdotes e aos bispos.
E os ministérios não ordenados - que cabem aos leigos - nesse ministério estão o discipulado que podem ser exercidos nos diversos serviços pastorais de nossa Igreja.
Jesus Ressuscitado,  dá uma ordem aos seus discípulos com autoridade: (Mt 28, 18-19)
"Ide por todo mundo, pregai o Evangelho, batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai a observar tudo quanto vos prescrevi..."

O QUE É E QUAL O OBJETIVO DA IGREJA?


Conduzir o povo de Deus no caminho da salvação. Igreja vem do latim que quer dizer Eclésia. Grupos de pessoas que saíram do mundo (espiritual) para seguir a Jesus Cristo. Os que fazem parte da Igreja são os cristãos eleitos, os santos,  todos os batizados são chamados a pertencer a Igreja de Cristo em uma só unidade, um só Senhor,  um só culto e uma só doutrina. Não existe "igrejas" e sim a Igreja de Jesus Cristo. A esta Jesus a firmou sobre o governo de Pedro e deu a ela o poder de instruir o povo de Deus e celebrar a Eucaristia. Cristo é o chefe e o Papa seu legítimo representante, os bispos são sucessores diretos dos Apóstolos, portanto são nossos pastores. É na Igreja que reunimos para celebrar a Eucaristia e nos bastecer da Palavra de Deus. A missão da Igreja é contribuir para o bem comum de todos os cristãos, fortalecer-nos na fé e confirmar-nos no amor de Deus através dos Sacramentos ela nos proporciona meios para viver uma vida reta e santa.
Na Igreja vamos também para orar: Adorar, Louvar, bendizer, agradecer  e pedir as garças necessárias a Deus e a Jesus para  nossa vida física e espiritual. A Igreja também  é o Corpo Místico de Cristo, e o Espírito Santo caminha conosco até os fins dos tempos. (Mt 28,19). Somos templos vivos do Espírito Santo. O Espírito Santo é a alma da Igreja e é quem a santifica e a mantém unida. É Ele quem inspira, conduz e move a Igreja de Cristo. É Ele também que nos abre as mentes e os corações para fazer a obra de Jesus acontecer. Ele caminha conosco desde a eternidade e foi enviado por Jesus para assistir a Igreja até a sua volta. 
A Igreja é chamada em 2Cr11, 2. Como uma noiva virgem a espera do esposo, que é Cristo. Nela acontece a festa da Ressurreição, pois Jesus se faz presente na Eucaristia. Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, ou seja por amor a nós, Cristo se entregou e se dá em alimento. Nenhum cristão católico pode dizer que é cristão se não participa da Igreja. Ef5, 25.
A Igreja foi criada por Jesus para que nela possamos cultuar a Deus, para aprender a plavra de Deus e para levar a salvação a todos. Ela existe para completar a missão de Jesus na terra até que ele venha celebrar um culto perpétuo a Santa Missa.
Na Igreja também aprendemos a ser fiéis e obedientes a Deus. Ela nos ajuda a caminhar na santidade rumo à Pátria definitiva,isto é, o Céu.
Jesus criou a Igreja e nela estabeleceu seus pastores que nos orientam, nos animam e nos  confortam na fé que receberam dos Santos Apóstolos.
Por isso ela é única. Pode haver várias comunidades cristãs , mas, a Igreja de Cristo (enquanto instituição) é uma só! 

IMPORTANTE SABER:
Igreja escrita com "i"  minúsculo (igreja) se refere ao templo, a casa onde reunimos para fazer as orações, celebrar a palavra de Deus e realizar o santo culto ou seja a Celebração da santa Missa.
Igreja com "I" maiúsculo (Igreja) significa o templo vivo de Deus, ou seja todos nós batizados. E também se refere a Constituição Apostólica, os bispos, o clero (padres)e os religiosos

A Igreja de Jesus nasceu em Pentecostes. A tarefa da Igreja é evangelizar. Foi essa a ordem de Jesus quando chamou seus discípulos e depois da ressurreição instruiu mais uma vez: "Ide e evangelizai!"
Há uma falsa ideia quando pensamos que as pessoas devem vir à igreja para se converterem e se tornarem cristãos. Não é assim. É missão da Igreja levar o evangelho a todos os povos, todos os lugares devem conhecer Jesus e seu Evangelho. Não é tarefa do discípulo ficar de braços cruzados esperando que as pessoas busquem conhecer a Cristo e a sua Igreja.
Muitos templos estão vazios porque possui muitos discípulos acomodados por aí sem trabalhar. Hoje através dos meios de comunicação podemos formar um rebanho ainda maior para o Senhor Jesus. A internet, o rádio, a TV ... hoje você está sendo evangelizado porque a internet propicia isto para você. Mas é necessário ainda estabelecer um contato corpo a corpo, testemunhar com nossos atos e nossa boca as maravilhas de Deus.
Porque é importante trazer as pessoas para a igreja? É importante trazê-las para a igreja porque é na igreja que elas terão a oportunidade de conhecer melhor a Palavra de Deus. É na igreja que elas terão acesso aos bens necessários para a conversão e a prática da Fé. Por isso é necessário que se sintam amadas e acolhidas.
Não é tarefa dos pastores somente levar Jesus às pessoas. É tarefa de todos nós batizados. Todos nós crentes em Jesus devemos usar de nossa autoridade dada por Jesus para levar Jesus as pessoas.
Uma vez batizados somos compromissados  com Cristo nessa tarefa. Deus quer que todos seus filhos se reúnem em torno de sua mesa para comungar do mesmo Corpo.
Não é a Igreja que salva, a salvação é dada diretamente por Jesus. Mas a Igreja existe, e foi criada por Jesus, para nos garantir esse direito, para que em nossa caminhada não desviemos do caminho da salvação, afinal ela começa aqui e se perpetua na eternidade. 

IGREJA (povo de Deus) A SERVIÇO DE TODOS OS SERES HUMANOS

(de: Ms. Tarcísio Justino Loro) 


A Constituição Pastoral Gaudium et Spes forma um todo com a Lumem Geuntium. Materialmente é um documento mais longo do Vaticano II. Com ele o Concílio quis mostrar claramente que o caminho da Igreja passa pelo ser humano.

A Gaudium et Spes apresenta, por assim dizer, a base antropológica da eclesiologia conciliar. A Igreja do Verbo Encarnado. E, em certo sentido a continuação da encarnação. Pela encarnação, o Filho de Deus, afirma a constituição pastoral, se uniu a cada ser humano. Assim, a revelação de Deus é, ao mesmo tempo, revelação do homem.

Cristo revela, antes de tudo, a dignidade sagrada do ser humano. Ele possui uma vocação divina. Encontra-se numa relação única com Deus. É seu filho não só no sentido de que Deus é criador de tudo que existe. O ser humano é filho no Filho de Deus que se encarnou. Com seu mistério pascal, Jesus demonstrou ainda que nossa condição definitiva não é a morte. É a ressurreição.

Ao entrar na comunidade humana, o Filho de Deus tornou-se solidário a nós. Santificou nossas relações humanas. Usou as categorias humanas para falar do amor do Pai, para anunciar o seu projeto de justiça, de fraternidade e de paz.
Com a Gaudium et Spes  a Igreja dá mais um passo qualitativo na compreensão de sua missão. Ela está a serviço não só dos seus membros, mas de todos os seres humanos, independente de raça, de religião, de regime político.     

Apresentamos agora, alguns princípios eclesiais:


a) A pessoa de Jesus deve ser a medida da dignidade da pessoa humana e o fundamento de sua promoção.  
Se, pela encarnação, ele se uniu a cada ser humano, a sua dignidade, a dor ser humano, não significa apenas que ele possa ser tratado apenas como meio, não possa ser manipulado como se fosse uma coisa. Significa que possui uma dignidade sagrada, que envolve nossa relação com Deus. A promoção humana, por sua vez, não deve restringir-se apenas ao econômico, ao político e ao cultural. Deve envolver-se também a dimensão transcendental e religiosa do ser humano.

b) Vinculação íntima entre evangelização e promoção humana. Trata-se segundo a Evangelli Nuntiandi, daquelas razões de ordem antropológica, teológica e evangélica. No plano antropológico, se recorda que o homem e a mulher a serem evangelizados não são seres abstratos, mas inseridos na realidade social e econômica. No plano teológico, não podemos dissociar a ordem da criação da ordem da redenção. No plano evangélico, podemos citar a caridade. Ela envolve a relação não só entre indivíduos, mas também entre grupos sociais entre os povos. A caridade tem uma dimensão política, econômica, pedagógica e, até mesmo, ecológica.
A caridade pode ser expressa também pelo vocábulo solidariedade. Esta não é mero serviço ao próximo, mas comunhão com ele, com seu sofrimento, som seu anseio de libertação. É fidelidade a Jesus Cristo, que repartiu o pão multiplicando a multidão, curou os enfermos, passou fazendo o bem na expressão do livro dos Atos (Cf. At10, 38), ele o Bom Samaritano, que nos julgará, tomando como critério o amor para com os pequeninos da terra. Esta passagem do evangelho mostra claramente que a caridade, a solidariedade, tem uma dimensão soteriológica.
A introdução do pecado na história rompeu com a solidariedade, atingiu negativamente a harmonia ecológica, provocando tantos males individuais e coletivos. Restaurar, pela caridade, a harmonia do mundo criado, em sua dimensão social e ecológica, é, pois, uma questão de fidelidade a Deus.

c) A opção preferencial pelos pobres, não exclusiva nem excludente, deve iluminar nossa ação evangelizadora, como iluminou s de Jesus. Trata-se de uma exigência, até mesmo espiritual. Na carta apostólica Novo Millenio Innuente, a contemplação do rosto de Cristo deve ser o primeiro pilar da espiritualidade do evangelizador. No mesmo ano da publicação desta carta apostólica, por ocasião da mensagem do dia mundial das missões, o Papa afirmou que a contemplação do rosto de Cristo deve  levar-nos a contemplação do rosto dos irmãos, principalmente do rosto dos pobres sofredores. Por causa do mistério da encarnação, nos seus rostos sofredores se refletem os traços do rosto sofredor do Verbo Encarnado. Rostos desfigurados pela fome, em consequência da injustiça social; rostos desiludidos pelas promessas políticas não cumpridas; rostos humilhados pelos preconceitos e desrespeito à cultura; rostos cheios de pavor por causa da violência diária; rostos angustiados dos menores abandonados, que caminham pelas ruas e dormem nas calçadas e debaixo de pontes; rostos de tantas mulheres marginalizadas; rostos de envelhecidos precocemente por trabalhos realizados em condições desumanas; rostos cansados de migrantes que não encontram acolhida e trabalho.

A Igreja tem como características fundamentais a missionaridade e o serviço aos irmãos. Caberia então nos perguntar, de que maneira somos missionários (discípulos de Cristo) nos dias de hoje e como estamos servindo nossos irmãos.



   
                  
               

                         

   
   
    

   

A SEMANA SANTA APLICADA AO NOSSO COTIDIANO

  Todos os anos celebramos a Semana Santa. Que é geralmente celebrada (salvo em alguns lugares), uma semana antes da Páscoa do Senhor. O Dom...