segunda-feira, 17 de julho de 2017

JOÃO CALVINO E A FALSA DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO

João Calvino segue na linha dos "falsos reformadores", como Lutero. Calvino foi responsável pela falsa doutrina da predestinação ou Calvinismo.  

Breve resumo de sua biografia:

João Calvino (1509-1564) nasceu em Noyon, na região da Picardia, no Norte da França, no dia 10 de julho de 1509. Ficou órfão de mãe aos seis anos de idade, sendo confiado aos cuidados de um aristocrata amigo da família. Ainda adolescente foi enviado para a Universidade de Paris para estudar Teologia. Em Paris, tomou contato com as ideias de Martinho Lutero.
Em 1529, em obediência ao pai, trocou Paris por Orléans, e a Teologia pelo Direito. Depois de formado voltou à Paris e à Teologia. Começou uma fase de intensa colaboração com o reitor da Universidade de Paris, Nicolas Cop. Ao inserir trechos inteiros de Lutero em um discuro de reitor, foi acusado de herege.

João Calvino foi um importante professor e teólogo cristão de nacionalidade francesa. Nasceu na cidade de Noyon em 10 de julho de 1509 e faleceu na cidade de Genebra (Suíça) em 27 de maio de 1564. Calvino teve um papel histórico fundamental no processo da Reforma Protestante. Foi o iniciador do movimento religioso protestante conhecido por Calvinismo. 

Até os 24 anos de idade, Calvino era católico. Em 1533 converteu-se ao protestantismo. Foi perseguido na França e, no ano de 1536 fugiu para Genebra (Suíça). Principais ideias (concepções religiosas) defendidas por Calvino: -  Salvação só é atingida através da fé; - Predestinação: a salvação é concedida por Deus somente para algumas pessoas eleitas; - Todo homem é pecador por natureza; - A realização de culto religioso deve ser feito em local simples e sem imagens. O culto deve ser composto apenas por comentários bíblicos, sem cerimônias; - Realização da eucaristia e do batismo.

[É importante observar que a maioria desses reformadores da Idade Média, como Calvino e Lutero; todos estes se ingressaram na Igreja Católica não porque amavam a Igreja ou por vocação, mas por NN motivos: a) Ou porque os pais exigiam ao jovem ser padre, pois, o clero naquela época era muito respeitado. Ser alguém do clero significava ocupar uma grande posição na sociedade medieval, uma vez que o poder do Estado e da Igreja estavam interligados, o padre era uma autoridade. b) Ou porque por algum motivo em especial os obrigava a se abrigar nos mosteiros e conventos, como foi o caso de Lutero que se asilou no convento para não ser preso, pois tinha cometido homicídio em um duelo contra um colega.]

Emfim, nenhum desses reformadores tinha vocação religiosa ou qualquer compromisso sério com a Igreja Católica Apostólica Romana. Eram pessoas rebeldes que se opunham à Sã Doutrina porque tal estava em desacordo com suas filosofias e seu modo de viver. Como não podiam mudar a Doutrina da Igreja o jeito era se separar-se dela para fundar uma igreja que se moldasse ao seu modo de viver. É o caso de Henrique VIII que depois vamos ter a chance de falar sobre ele.

Dentre as doutrinas pregadas por Calvino, vamos nos ater somente à falsa doutrina da predestinação.

Segundo Calvino o ser humano já nasce predestinado por Deus a ser salvo, e como tal nenhuma atitude humana ou esforço pode evitar isso, pois, Deus já predestinou quem vai ser salvo ou não. 

Essa heresia do calvinismo foi muito combatida por grandes santos, dentre eles São Francisco de Sales. São Francisco de Sales teve seu ministério voltado à converter os protestantes dentre eles muitos calvinistas, chegando a converter comunidades inteiras de volta ao catolicismo.

Por que a doutrina da predestinação é falsa?

A doutrina da predestinação é falsa porque entra em contradição com o que ensina  a Igreja e também a Sagrada Escritura. 
Vamos ver o que a Igreja diz e vamos ver na Sagrada Escritura que essa doutrina é totalmente falha e herética. 

A Igreja Católica fala da predestinação sim, mas não da forma como ensina Calvino. Porém, além da perspectiva de Deus de predestinar, existe a perspectiva do livre arbítrio do ser humano. 
O homem foi criado livre para decidir se quer ou não ser salvo. O ser humano tanto pode aceitar, como pode rejeitar a graça da Salvação.  A Bíblia deixa isso bem claro.  Caso contrário não existiria o pecado contra o Espírito Santo que, segundo a maioria dos teólogos, tanto católicos, como protestantes consiste no ser humano rejeitar a Salvação dada por Nosso Senhor Jesus Cristo; e segundo a Bíblia este pecado contra o Espírito Santo é imperdoável. Claro, pois se o ser humano rejeitar Jesus Cristo e a Salvação Deus nada poderá fazer em seu favor.

O que João Calvino usou para fundamentar sua falsa doutrina?
Geralmente, meus caros, quando surge uma falsa doutrina ela é tirada do interpretamento individual da Bíblia. Eles pegam um versículo e constroem em cima de um versículo, sem contexto bíblico e montam várias doutrinas em cima deste versículo. Várias divisões protestantes se basearam em algum versículo sem contexto e ali vão arrastando pessoas para seu seguimento.

João Calvino pegou o texto de Romanos,   capítulo VIII, versículo 29  para a base da sua doutrina da predestinação. Assim diz o texto:

 "Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem do seu filho, afim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos".  (Rm8, 29)

Ele pegou este versículo isolado e fundou toda a doutrina. Mas notemos que Deus nos predestinou para sermos a imagem do seu filho. Então, segundo Romanos, a pessoa tem que imitar Jesus (no sentido de seguir, crer na sua palavra, etc).
Se o predestinado não quiser imitar Jesus Cristo, isto é, sem possuir uma identidade cristã baseada nos valores do Evangelho não poderá ser salvo. Vimos que o próprio versículo usado por Calvino para solidificar sua doutrina o desmente.

A Igreja Católica é totalmente contra essa doutrina calvinista e a Bíblia também é. Pois, o ser humano mesmo sendo escolhido pode perder ou não a Salvação estando livre para decidir seque ser salvo ou não. 

Veja que o autor de Hebreus diz: Hb6, 11-12:

"Desejamos, apenas, que ponhais empenho em guardar inata a vossa esperança até o fim, e que longe de vos tornardes negligentes, sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornaram herdeiros das promessas".   

O calvinismo diz que o eleito já está salvo. Mas, acima lemos que a salvação depende de que tenhamos empenho para ter a certeza da esperança, isto é, da Salvação. E que para sermos salvos devemos ser imitadores de Cristo, e com fé e paciência receber tudo aquilo que nos foi prometido por Jesus. Se o homem não seguir a Jesus, não se tornar seu imitador e não tiver a fé e esperança não poderá ser salvo.
Essa falsa doutrina calvinista pode levar a pessoa a uma queda muito grave.

Nosso Senhor Jesus é mais direto, ele com uma frase só desmente toda a doutrina de Calvino.
Em Mt24, 11-13 está escrito:

"Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniquidade a caridade de muitos se esfriará. Entretanto, aquele que perseverá até o fim será salvo".

Em outra passagem do Evangelho Jesus diz:  Mc8, 36:

"O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro , se vier a perder a sua alma". 

Nosso Senhor destruiu toda a base calvinista. Calvino disse que o escolhido já está salvo; Jesus disse que somente quem perseverá até o fim (na fé) será salvo. Encaixando direitinho no que diz em Heb6, 11-12.  

A Sagrada Escritura existe para a Igreja Católica e está totalmente de acordo com a Tradição da Igreja. Pois, a Tradição apostólica é que compôs os Cânons da Sagrada Escritura. Jamais ela vai ensinar uma doutrina em desacordo com ela. 
Outra coisa necessária para a Salvação é a unidade. Jesus Cristo derramou seu sangue pela Igreja que ele fundou. 

Daí onde a Igreja diz que não existe salvação fora dela. Existe os eleitos, mas, os eleitos segundo a aspersão do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só que o Sangue de Cristo é aspergido sob a unidade. Em nenhum momento a Bíblia diz que Jesus Cristo derramou seu sangue por todos. Jesus derramou seu sangue para os que são da sua Igreja.
Em Ef 5, 25 diz que Jesus amou sua Igreja e se entregou por ela

A Salvação foi dada por Jesus àqueles que estão unidos com ele no seu Corpo Místico que é a Igreja. Fora dela não existe Salvação. Se você quiser ser salvo é bom pensar que tipo de cristão você está sendo, pois, não há salvação fora da Igreja. 
É muito comum a gente escutar hoje pessoas falando que não precisam da Igreja e que não segue nenhuma religião. 
As pessoas que falam isso são pessoas egoístas com o próprio Evangelho. São pessoas rebeldes, muitas seguidas de um espírito satânico, que querem viver sua vida longe daquilo que a Igreja e Jesus quer ensinar. Mas, a palavra de Deus é clara só há salvação dentro da Igreja; claro, pois, Jesus fundou a Igreja para nos ajudar a ser salvos. É ela que contém os meios pelos quais vamos perseverar na nossa fé.  
Jesus é muito claro. Somente quem estiver ligado ao seu Corpo Místico que é a Igreja será salvo. Foi para isso que Jesus fundou a sua Igreja. Não adianta ser somente batizado tem que viver a vida de batizados, de discípulos de Jesus imitando-o e seguindo seu Evangelho. Dentro da Igreja, da comunidade de Jesus, mesmo sendo pecadores, pela Igreja estamos guardados por Jesus, o único Pastor do seu aprisco. 
Jesus é muito claro a respeito disso. Comparando-se à videira ele diz que Ele é a videira e nós somos os ramos.  No evangelho de São João está escrito: Jo15, 1-2.5 


"Eu sou a videira, meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto ele corta; e todo aquele que dá fruto ele poda para que dê mais fruto ainda"... "Eu sou a videira, vós sois os ramos, se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois, sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que jogado fora seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados".  

Jesus outra vez desmente a doutrina de Calvino. Deus nos predestinou para seremos salvos, com uma condição, que estejamos ligados a ele na sua Igreja. Não existe predestinação direta como ensina a doutrina calvinista. Ela depende desses fatores que o ser humano só pode ser salvo se ele viver realmente na graça de acordo com o que pede Nosso Senhor Jesus. 
Fora da Igreja Católica não há Salvação.

Atos dos Apóstolos 20, 28 diz: "A Igreja de Deus que ele adquiriu com seu próprio sangue" - ou seja, os eleitos devem estar em unidade como a Igreja para receber essa aspersão salvífica do Sangue de Cristo. A Igreja além de nos proteger contra as ciladas do demônio nos conduz ao caminho da salvação.  Além da perseverança é necessário a unidade. Por isso que lá em Jo17, na Oração que Jesus fez ao ao Pai antes de se entregar por nós ele disse: "Ó Pai para que todos sejam um como eu e tu somos um"     

É necessário um só corpo e uma só Igreja.
Em 1Pd1, 2 São Pedro diz: "Eleitos segundo a presciência de Deus Pai e santificados pelo Espírito para obedecer a Jesus Cristo e receber a sua parte da aspersão de seu Sangue". Veja o que São Pedro diz. Que é necessário ter obediência até o fim para poder ser eleito. Esse Sangue derramado por Jesus, pela sua Igreja que ele adquiriu como seu próprio Sangue.

Ah! mas poderiam alguns dizer: "Mas bíblia falou daqueles que estão predestinados, os eleitos desde o início dos tempos e que hão de se salvar". Tudo bem. Mas, é necessário estarem inseridos no Corpo de Cristo que é a Igreja. E não é qualquer Igreja, é a Igreja Católica, a verdadeira Igreja, aquela que sucede dos Apóstolos desde o início. Se não for dentro da Igreja Católica não há possibilidade de salvação, por um único motivo, porque a Igreja Católica Apostólica Romana foi a única que Jesus fundou. A única que veio da era apostólica e seus sucessores guardam todo o Depósito da Fé e da verdadeira doutrina.

Em Atos2, 47 diz que esses eleitos que vão se salvar terão que se ajuntar à Igreja:

"Louvando a Deus e cativando a simpatia de todo povo. E o Senhor cada dia ajuntava outros que estavam à caminho da Salvação".

Nós também vemos em At2 fala da descida do Espírito Santo, onde a Palavra de Deus foi pregada de forma que os presentes de vários lugares e idiomas diferentes entendiam o que os Apóstolos estavam pregando. Veja, que ali se mostrou a Unidade da Igreja. Começou a Igreja em unidade para que houvesse um só corpo, o Corpo Místico de Cristo.
Mas e os outros escolhidos de Deus que estão em outros rebanhos, em outras igrejas fundadas por homens?... Sim, eles existem, são ovelhas de Cristo, estão dispersos por divisões. Mas o próprio Senhor Jesus diz que é necessário que eles sejam reconduzidos à verdadeira Igreja para haver um só rebanho e um só Pastor.

Em  Jo10, 16 Jesus diz: 


"Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco, preciso conduzi-las também e ouvirão a minha voz. E haverá um só rebanho e um só pastor"

São ovelhas de Jesus, mas, não estão no aprisco de Jesus. Estão no aprisco de homens. Então mesmo aqueles que estão fora  precisam que estejam dentro da Igreja para que se salve.

Veja que a doutrina de Calvino  contradiz o Evangelho em vários aspectos. 
Vamos recordar no início do Evangelho de São Lucas a partir do Capítulo I, versos 26 a seg. onde está narrado a Anunciação da concepção do Verbo. 
São Lucas descreve que o anjo Gabriel foi visitar Maria e disse que ela seria a Mãe de Jesus. 
Pois bem. A Igreja Católica ensina que Maria foi predestinada desde o início dos tempos por Deus para ser a Mãe do Salvador. Muito embora esta predestinação não seja para a salvação especificamente, mas para uma missão, Maria era livre para escolher se aceitaria ou não. No entanto, ela aceitou por livre vontade. Javé Deus a respeitaria se ela dissesse não. 

Creio eu, embora seja um pensamento em particular que no momento da conversa com o anjo, Maria deve ter pedido explicações, como de fato lemos: "Como vai ser isto, pois não conheço nenhum homem?" (V. 34) Claro, Maria estava prometida em casamento, mas não estava casada. Essa notícia do anjo iria mudar toda sua vida, todos os seus planos.

Creio que São Lucas não entrou na intimidade de Maria, relatando apenas o necessário, mas a conversa dos dois deve ter sido mais longa. O anjo Gabriel deve ter explicado a ela tudo o que aconteceria, pelo menos os pontos principais em que ela deveria saber referente ao plano de Deus para a Salvação. 
Se fosse como passou na cabeça de Calvino que Deus predestina as pessoas sem respeitar o livre arbítrio, bastava o anjo dizer que ela conceberia Jesus e pronto e isso era ordem de Deus e que ele só veio cumprir a ordem de avisar e ela tinha que conformar, pois, estava decidido por Deus e pronto. No entanto, depois da promessa do anjo que ela seria assistida do Alto por Deus, foi Maria quem disse de livre vontade: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a vossa palavra". (V. 38).  
Conosco também é a mesma coisa. Deus nos predestinou para sermos santos, para sermos salvos. Mas não como pensava Calvino. Deus até o último momento respeita nossa vontade. Ele nos oferece até o ultimo momento de nossa vida as condições necessárias se quisermos ser salvos, sua Palavra, a Igreja, os Sacramentos, mas, cabe a cada um em particular querer ou não aceitar a salvação. Jesus mesmo disse: "Aquele que crê será salvo, quem não crê será condenado". (Jo3, 18)  E para crer é necessário crer em Jesus e na sua Igreja.     

Continuando... Outro santo que combateu muito o protestantismo foi Santo Padre Pio de Pietrelcina. Inclusive, ele combatia o protestantismo com frases muito duras. Para que o povo abrisse os olhos para as heresias dos protestantes.

EXPLICANDO UM POUCO SOBRE A IGREJA CATÓLICA...

É importante explicar um pouco sobre a origem da Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo para que possa desmentir às acusações dos protestantes de que ela não é a Igreja verdadeira e que ela surgiu em Roma e tantas outras calúnias que a Santa Igreja recebe.

Vamos ver que ela é a única verdadeira Igreja fundada por Jesus e governada pelos apóstolos e seus sucessores:
   
Não desmerecendo as outras igrejas, mas, sabemos que somente Jesus fundou uma única Igreja que é a Igreja Católica. Por quê? 

Igreja Católica (o termo "católico", derivado da palavra grega: καθολικός (katholikos), significa "universal", "geral" ou "referente à totalidade"), chamada também de Igreja Católica Romana. 

Tendo-a entregado seu governo a São Pedro (Mt16, 17-19); Jesus é a Pedra Angular ele, Pedro como Bispo e Pastor é a pedra, a coluna que sustenta a Igreja. 
O primeiro que levou a Igreja para Roma e lá morreu; e como Pedro é o chefe dos Apóstolos a ele a Igreja o chama de primeiro Pai ou Papa; depois vieram seus sucessores, que os teólogos chamam  de "os primeiros pais" da Igreja (papa=pai), então, lá  tornou-se a Sede da Igreja porque foi lá que S. Pedro se instalou pela última vez e lá morreu martirizado (ano 67 d.C) por ordem do Imperador Nero. Nessa época, Constantino não era imperador de Roma.
Tanto que, lá de Roma, São Pedro escreveu suas cartas às outras igrejas:

“Por Silvano, irmão fiel, como entendo, vos escrevi em poucas palavras, exortando-vos e testificando que esta é a verdadeira graça de DEUS, na qual deveis permanecer firmes. A (Igreja) que está em Babilônia (Roma), eleita como vós, vos saúda, como também Marcos (o Evangelista), o meu filho. Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade. A paz esteja com todos vós os que estais em CRISTO JESUS! Amém.” (1 Pd 5,12-14)

São Pedro diz: "A igreja que está em Babilônia(Roma), eleita como vós, vos saúda..." (Roma era também conhecida como Babilônia, talvez pelas iniquidades que ali fazia os pagãos; e pela adoração que os romanos faziam aos seus deuses, comparada à Babilônia antiga). Eleita. São Pedro escrevendo a São Marcos diz que ela é a eleita assim como todas as igrejas, atestando sua legitimidade. Como pode os protestantes a acusarem de ser uma religião falsa?

Somente séculos mais tarde que ele quando Constantino se tornou imperador publicou o Edito de Milão cessando as perseguições aos cristãos que a Igreja começou a se organizar. O Papa da época de Constantino era Melcíades. 
Anos depois o Imperador Teodósio, com o Edito de Niceia fez da Igreja Católica a Religião Oficial do Império Romano. 

Constantino foi uma peça importante, mas, não foi o fundador da Igreja e nem tampouco foi papa como quererem afirmar alguns protestantes. Constantino nem era católico, era pagão, pois, só se converteu de verdade no dia sua morte. 

Ele (por interesses próprios) para cessar as revoltas no seu Império apoiou o cristianismo no Ocidente e decretou o fim das perseguições aos cristãos e permitiu que seus filhos fossem educados nos ensinamentos cristãos. Mas, no Império Romano do Oriente os cristãos continuaram sendo perseguidos.

Até aqui os protestantes se confundem achando que é uma abominação a Igreja possuir sua sede em Roma. Não, o lugar da sede da Igreja não é importante, poderia ser em qualquer outro lugar. Porém quis os desígnios e estratégia de Deus que fosse ali em Roma a ser a sede da Igreja Mãe.

Estava nos planos de Deus que o Império Romano devia se curvar à Igreja de Cristo (conforme profetizou o Apocalipse) e foi isso que aconteceu.

Mas, a Igreja já estava em todo mundo civilizado daquela época não só em Roma.

O próprio livro (ou carta) aos Romanos foi escrito para a Igreja que estava em Roma e os demais romanos convertidos nos outros lugares.

Os protestantes acusam a Igreja de Roma dizendo que ela passou a existir depois de Constantino. Mentira! Porque quem lê a bíblia e a história da Igreja sabe que a Igreja de Roma foi uma das tantas comunidades fundadas pelos Apóstolos fora dos muros de Jerusalém. 
Quando foi que Roma passou a ser a sede Oficial da Igreja? Foi quando a Constantino mudou a capital do Império Romano para Istambul ( na Turquia), e a partir daí a cidade foi reformada e recebeu o nome de Constantinopla, em homenagem a Constantino. Então o Papa da época declarou Roma como a sede Oficial da Igreja.       

Outra explicação sobre o motivo de São Pedro ter se restabelecido em Roma é porque a Igreja se desvinculou do judaísmo e suas práticas. Se tivesse ficado lá a Igreja não teria uma identidade cem por cento cristã. As comunidades cristãs de Jerusalém tiveram que se submeter ao governo da Igreja Romana assim como as outras.   

São Paulo junto com outros Apóstolos tinha levado a Igreja à diversas regiões, às principais cidades. O livro de Atos diz que a cada dia mais aumentava o número de cristãos por toda parte. Roma foi só uma dessas cidades. Porém, quis o Apóstolo Pedro que ali se instalasse a sede da Igreja e por isso depois de certo tempo acrescentou à Igreja católica de Roma o título "Romana" para distingui-la das demais Igrejas nos diversos lugares. Assim como a Igreja Cristã Ortodoxa no Oriente.
  
Nem mesmo os santos os Apóstolos e os santos padres discutiram sobre fato de a Igreja ser romana ou não. Nem mesmo Lutero rejeitava que São Pedro foi o primeiro papa de Roma porque é verdade e ele não podia fugir dessa verdade tão clara e única.
       
A verdadeira Igreja de Jesus é uma só em todo mundo. Um só batismo, uma só doutrina, um só culto. Para quê? Para que qualquer cristão em todo lugar, aceitando Jesus seja salvo através dela. 
Por isso eu nome Igreja Católica Apostólica Romana. Católica porque é universal é uma só em todo lugar. Apostólica porque descendeu dos Apóstolos e Romana porque sua sede está em Roma.

As outras igrejas foram fundadas por homens e mesmo que sejam de boas intenções não é a verdeira Igreja fundada por Jesus. Não possui o magistério da Igreja, ou seja, autoridade apostólica que é dada somente aos bispos da Igreja Católica a única Igreja de Jesus.

Essa explicação que escrevi sobre a Igreja é para que você católico, para que você creia mais na sua Igreja, e para aqueles que estão esmorecidos na fé tenha a certeza que não é fora da Igreja que as coisas vão se consertar. A Igreja de Jesus é a única que pode te levar ao caminho da Salvação; sem ela o cristão fica como que um barco em alto mar sem leme, vai sem rumo, sem destino até vir a tempestade para afundá-lo. Quem não está com a Igreja está contra Jesus. Quem não obedece a Igreja também não obedece a Jesus. 
  
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Santo Padre pio diz assim:

"Não sabeis que o protestantismo possui um fundador sobrenatural? Sabeis agora. Trata-se de um anjo e seu nome é Lúcifer."

O demônio desde o princípio é divisor. Em Apoc12 está escrito que o dragão, a grande serpente arrastava com a cauda 1/3 dos anjos do céu, ou seja, o demônio causou a divisão. Do jeito que ele causou a divisão no céu ele causou também na terra onde foi precipitado. Ele não quer a Unidade da Igreja, ele quer que haja divisão porque assim é mais fácil as almas se perderem. Quer que haja várias denominações que é para não haver salvação. Não tem como haver salvação quem está dividido. Jesus diz: "Todo reino internamente dividido ficará destruído". Jesus é bem claro. 

Essa frase de Santo Pe. Pio é muito forte, mas, é verdade; o inimigo é que coloca coisas no ouvido das pessoas para que haja divisão. Veja que se esses que se disseram ser reformadores tivessem se unido lutariam dentro da Igreja para fazer com que ela se unisse cada vez mais. Mas, não. Eles provocaram desunião dentro da Igreja e até mesmo dentre eles cada um com suas heresias. Inventando doutrinas humanas que nada tem a ver com a realidade do evangelho. E as pessoas simples caem porque são ludibriadas pelas falsas doutrinas.

Vamos ver também o que são Paulo ensina, para vermos como é falsa e perigosa doutrina calvinista:

Lembrando que Calvino ensinava que o homem já estava predestinado a ser salvo e nada podia fazer para mudar isso. 
Só que vejamos... Satanás não é burro. Se fosse assim, de acordo com a doutrina de Calvino, para que satanás tentaria seduzir os eleitos para a perdição, sabendo-se que nada podia fazer, pois os mesmos já estariam salvos? Satanás tentou o próprio Cristo.  Até disso Calvino se esqueceu quando criou sua doutrina. No entanto, satanás tenta as pessoas de modo a levá-las para a perdição eterna impedindo-as de serem salvas. 

São Paulo assim nos diz em 2Ts2, 8,9-10


"A manifestação do ímpio será acompanhado, graças ao poder de satanás, de toda sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará todas as seduções do mal com aqueles que se perdem , por não terem cultivados o amor à  verdade que os teria podido salvar".    

Ora, sem palavras não é mesmo? Se satanás usam de seus poderes para seduzir e enganar é porque logo ele sabe que somente por uma capacidade do ser humano perder a Salvação é que isso pode acontecer. Então onde a doutrina de Calvino se encaixa com a Bíblia? Em nenhum lugar. É uma heresia, mentirosa e enganadora vindo do próprio diabo como diz o Santo Pe. Pio.

Hoje em dia está na moda portentos e sinais em público. Mas lembre-se que Jesus quando ressuscitou aquela menina e disse: "Talita Cumi!" ou "Menina Levanta-se!" - ele mandou todos sair do quarto e fez o milagre em segredo. Em outras passagens Jesus mesmo pedia que não contassem a ninguém sobre alguns milagres que ele fazia. Certas coisas escandalizam as pessoas e nem mesmo Jesus aceitava isso porque o escândalo destrói a fé das pessoas.
Então temos que ter cuidado com certos milagres, porque está escrito que satanás também fará muitos milagres para seduzir as pessoas conforme Ap13.

E para terminar Nosso Senhor Jesus disse que o inimigo pode seduzir até os eleitos:

 Mc13, 32:
"Ficai de sobreaviso, vigiai; pois não sabeis quanto será o tempo." - Se os eleitos já estivessem salvos como diz a falsa doutrina da predestinação, Jesus manda vigiar para quê?  
Mc13, 22 - "Porque levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e portentos para seduzir, se possível for, até os escolhidos".  - Jesus mais uma vez destrói todo a doutrina da predestinação calvinista.  Segundo Jesus, nem mesmos os escolhidos podem se salvar se não estiverem atentos. A Salvação é somente para quem a aceita e persevera até o fim na fé da Igreja.
  
Entenderam meus irmãos? Não é que a predestinação não exista. Ela existe. Mas não da forma que a doutrina calvinista quer e ensina. Deus nos predestinou para sermos seus eleitos, mas cabe a cada um de nós decidir se queremos ou não, se aceitamos ou não a Salvação.    


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De qualquer forma, Calvino sustentou que um verdadeiro crente nunca pode perder sua salvação. Sua doutrina defende que, embora os indivíduos sejam livres e responsáveis, não podem escolher a salvação por vontade própria. Pelo contrário, Deus escolheu certos indivíduos antes do inicio  do mundo, a quem Lhe aprouve chamar à fé. Segundo o calvinismo, uma vez que a fé não é algo que escolhemos ter, mas sim um trabalho que Deus realiza em no homem, ela não pode jamais ser abandonada. Note-se assim que esta noção calvinista também nega o dom do livre arbítrio.
Muitos protestantes evangélicos, principalmente os ditos ‘nascidos de novo’, gostam de citar versículos como Romanos 10, 9, que diz que se você confessar com sua boca que Jesus é Senhor e em seu coração crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Eles mencionam outras passagens, onde a certeza da salvação parece ser dada àqueles que crêem em Cristo, a fim de defenderem seu ponto de vista:
Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. (João 10,28)
Há dois problemas principais com esta abordagem. A maioria dos protestantes calvinistas  parece pensar  na salvação como um evento único, e não um processo contínuo. Também é extremamente comum que os evangélicos analisem passagens isoladas, sem o pano de fundo de todo o contexto da Bíblia. No caso de João 10,28, que tem uma linguagem similar a Romanos 8,39, Jesus está nos dizendo que ninguém pode tirar a salvação de uma pessoa, mas Ele não está dizendo que um indivíduo não pode recusar o dom gratuito da salvação oferecido por Deus, através de sua própria rejeição ou recusa a levar uma vida agradável a Deus. Em outras palavras, a salvação não pode ser arrancada de ninguém, mas pode ser livremente rejeitada pelo próprio indivíduo. Tudo se resume ao livre-arbítrio, que Calvino parece ignorar em sua formulação doutrinária.Novo Testamento:
Mateus 7, 21-23Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e em teu nome não expulsamos demônios e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, eu vou confessar a eles, eu nunca vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Fl. 2,12- “Portanto, meus amados, como sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;”
Mateus 24,13 – Mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo.
1Pd 4, 8Se o justo dificilmente se salva, onde será o ímpio e o pecador?”
Hb 6, 4-6;Porque aqueles que foram uma vez iluminados saborearam o dom celestial, participaram dos dons do Espírito Santo, experimentaram a doçura da palavra de Deus e as maravilhas do mundo vindouro e, apesar disso, caíram na apostasia, é impossível que se renovem outra vez para a penitência, visto que, da sua parte, crucificaram de novo o Filho de Deus e publicamente o escarneceram.
Tg 5,19-20 Irmãos, se alguém dentre vós se desviar da verdade, e alguém virá-lo de volta, que ele saiba que aquele que fizer converter um pecador do erro do seu caminho salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados .
Antigo Testamento:
Números 14,11-12 Então disse o Senhor a Moisés: “Quanto tempo essas pessoas rejeitam a mim? E por quanto tempo não crêem em mim, com todos os sinais que fiz no meio deles? Vou atacá-los com a peste e deserdá-los … “
1Sm15,23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, Ele também te rejeita como rei. “
1Sm 28,6 -7 E quando Saul consultou o Senhor, o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então, disse Saul aos seus servos: “Encontre-me uma necromante para que eu possa ir até ela perguntá-la..."
Pro 2,13 … Daqueles que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos das trevas …
Aqueles que acreditam na doutrina da segurança eterna muitas vezes se perguntam por que os Católicos não ficam desesperados com a possibilidade perderem sua salvação, já que rejeitam a doutrina da garantia da salvação. Gostaria de explicar-lhes que os Católicos nem presumem a graça de Deus ou se desesperam dela. Os Católicos aprendem que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e que a maior demonstração que podemos ter  da realidade do livre-arbítrio em nossa existência é a certeza que se Deus possui o livre-arbítrio, nós também possuímos esse atributo como filhos de Deus.” **
(**do Site: Eclesia Militans)

sábado, 1 de julho de 2017

SANTA JOANA D'ARC - Uma mulher à frente do seu tempo. De condenada por heresia, tornou-se santa e padroeira da França

Vamos conhecer um pouco sobre Joana D'arc. Essa heroína da Idade Média. Uma mulher que estava à frente do seu tempo. 
A história dessa magnífica mulher começa quando ela tem algumas visões místicas, como vamos ver mais à frente. 
Num tempo em que ser soldado era permitido só para homens, Joana D'arc resolve ser uma solado. E mais, defender o seu país a França e o rei do domínio da Inglaterra. 
Ela recebeu o apoio do rei se tornou soldado, lutou pelo seu País, foi capturada e se tornou ré pela Inquisição, foi condenada por heresia e vários  outros crimes. Tendo sofrido torturas e um julgamento injusto. Mas mesmo diante de tudo isso ela não curvou perante às injustiças. Sendo queimada viva na fogueira, suas últimas palavras foi o nome de Jesus.

        Joana D’Arc nasceu em Domrémy, no dia 6 de janeiro de 1412. Seus pais eram Jacques D’Arc e Isabel Romée; seus irmãos, Jacques, Pierre e Jean (mais velhos que ela) e em seguida, Joana e a mais nova de todos, Catarina. Entre os fatos mais contundentes e polêmicos de sua infância e adolescência estão: a paixão que Joana tinha em frequentar “locais sagrados” e suas famosas “Vozes” (São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida) e adicionada a isso, a polêmica profecia de Merlin que povoava a mente das populações das províncias francesas na qual “... uma donzela das marcas de Lorena que devia salvar o reino” (dito popular da época). Dessas “Vozes”, Joana ouviu sua “missão” - a de coroar o delfim Carlos e conduzir os exércitos franceses, levando-os à vitória contra os ingleses, tais como: em Orléans, em Loches e em Patay . Capturada pelos borguinhões, Joana D’Arc foi submetida a um tribunal inquisitorial marcado por controvérsias e distorções que a levou à morte na fogueira. Seus ideais inspiraram a retomada da Guerra dos Cem Anos - na verdade cento e dezesseis anos - marcados por batalhas e tréguas (1337-1453) e à vitória final francesa. 

      A cerimônia de coroação de Carlos VII (o “Delfim” – assim chamado por Joana) foi realizada num domingo, 17 de julho de 1429, na catedral de Reims. Michelet (1995, p. 53) assegura que essas foram as palavras de Joana D’Arc naquele momento: Ó gentil rei, agora está feita a vontade de Deus, que queria que eu fizesse levantar o Cerco de Orléans e que vos conduzisse à vossa cidade de Reims para receber a santa sagração, mostrando que sois verdadeiro rei e que a vós deve pertencer o reino da França. A marcha em direção a Paris para a conquista final passou a ser uma meta de Joana e seu exército.

      Joana D'arc  então com uma pequena tropa partiu com a missão de libertar uma ponte ocupada pelos ingleses, (ano 1430), mas não logrou êxito e acabou capturada (23 de maio daquele ano).
       Seus inimigos logo trataram de iniciar um processo contra Joana D'arc acusando-a de muitos crimes que ela era inocente, inclusive de heresia e apostasia. Carlos VII que era o rei da França se acovardou e nada fez por aquela que tanto lutou pela defesa de seu reino.      O maior interessado pela condenação de Joana e era o bispo de Beuauvais Pierre Cauchon que era aliado dos ingleses. 
      Joana D'arc foi presa e levada ao castelo João de Luxemburgo. Tentou fugir mas foi capturada e levada para o castelo de Ruão e lá permaneceu presa até o processo inquisitório. O processo de Joana D'arc teve dois aspectos, um civil e outro religioso. 
      O inquérito foi iniciado a 09 de janeiro de 1431 participaram dele: Pierre Cauchon. Além desse religioso, tomaram parte como acusadores Jean le Maistre, da Ordem dos Dominicanos, Jean Gravenet, inquisidor, profundo conhecedor das escrituras, Thomas de Courceles, reitor da Universidade de Paris, dois frades mendicantes, Martin Ladvenu e Isembard de Ia Pierre. O processo teve ao mesmo tempo caráter religioso, porque procurou examinar a fé de Joana, acusada de heresia e bruxaria. Político, porque a condenação ou a absolvição teria peso no resultado do conflito franco-inglês.  O objetivo do processo foi, portanto, provar que a acusada era culpada. Ela foi interrogada nos dias 21 de fevereiro de 1431 e 17 de março de 1431 os religiosos interrogaram-na, mas o que obtiveram não era o bastante para incriminá-la. De 17 a 27 de março de 1431 foram revistos os itens da acusação. Entre 23 e 29 de maio de 1431 foi proferida a sentença, condenando-a. Joana foi queimada em praça pública. Ruão foi o local do processo, julgamento e condenação. Ao todo Joana D'arc foi submetida a 06 audiências públicas e mais outras secretas em sua sela. Um processo fraudulento e cheio de controvérsias. 
     Ele foi iniciado a 9 de janeiro de 1431 por Pierre Cauchon. Além desse religioso, tomaram parte como acusadores Jean le Maistre, da Ordem dos Dominicanos, Jean Gravenet, inquisidor, profundo conhecedor das escrituras, Thomas de Courceles, reitor da Universidade de Paris, dois frades mendicantes, Martin Ladvenu e Isembard de Ia Pierre. Muitos bispos e cardeais ingleses participaram no processo. Na verdade, os acusadores faziam parte dos inimigos de Carlos VII. Procuraram provar que a “Donzela” era herege. O processo teve ao mesmo tempo caráter religioso, porque procurou examinar os fundamentos da fé de Joana, acusada, além de heresia, de bruxaria. Político, porque a condenação ou a absolvição teria peso considerável no resultado do conflito franco-inglês.      O objetivo do processo foi, portanto, bastante claro: provar que a acusada era culpada a fim de também atingir Carlos VII. Entre 21 de fevereiro de 1431 e 17 de março de 1431 os religiosos interrogaram-na diariamente, extraindo detalhes mínimos que pudessem incriminá-la. De 17 a 27 de março de 1431 foram lidos e revistos os itens da acusação. Entre 23 e 29 de maio de 1431 foi proferida a sentença, condenando-a. Joana foi queimada em praça pública. Ruão foi o local do processo, julgamento e condenação de Joana D’Arc.


UM REI COVARDE 

        Carlos VII nada fez para salvar Joana D'arc. Apenas delegou ao arcebispo de Reims que negociasse mas ele nada fez. É óbvio, sendo a Igreja que a estava condenando pela Inquisição como um bispo poderia intervir?  

     
 Diante dos acontecimentos, Michelet (1995, p. 81-2) explica a postura de Carlos VII:  - "Enquanto os ingleses agiam vivamente para destruir a Donzela; Carlos VII agia para salvá-la? De modo algum segundo parece, apesar de ter prisioneiros em suas mãos; podia protegê-la com ameaças de represálias. Havia pouco ainda, negociava ele por intermédio de seu chanceler, o arcebispo de Reims; mas esse arcebispo e os demais políticos nunca tinham sido favoráveis à Donzela".

          "Donzela" para eles não era uma expressão de elogio para dizer que ela era virgem, mas de escárnio, de gozação pública. Joana D’Arc respondeu aos interrogatórios com firmeza e afirmou amar sua bandeira, mas os inquisidores não desistiam de seu intuito: provar que Joana era uma feiticeira ou uma bruxa e que seus feitos tinham origem satânica.

           OS ARTIGOS DA ACUSAÇÃO - ao todo 12 artigos que ela foi acusada:

I – Uma mulher diz e afirma que, com a idade de cerca de treze anos, viu com os seus olhos, S. Miguel, algumas vezes S. Gabriel e também uma multidão de anjos. Santa Catarina e Santa Margarida também lhe apareceram corporalmente, junto de uma fonte que brota perto de uma grande árvore que, na sua região, é conhecida por “Árvore das Fadas”; os doentes com febre dirigiam-se aí em grande número, para lá recuperarem a saúde. Essa fonte e essa árvore são, portanto, lugares profanos. Essas santas ordenaram-lhe que fosse procurar determinado príncipe secular, que lhe daria armas e que, graças a ela, recuperaria um grande domínio temporal e a honra perante o mundo. Elas ordenaram-lhe que envergasse traje de homem, que ela recusa abandonar, mesmo para ouvir missa e receber a comunhão. Esta mulher, “com desconhecimento e contra a vontade de seus pais” abandonou, com cerca de dezessete anos, a casa paterna e viveu depois no meio de homens e de soldados, “não tendo nunca ou, pelo menos, muito raramente, outra mulher com ela”. 69 “Discordou e recusou” submeter-se à Igreja militante... “Não aceita submeter-se à decisão ou ao julgamento de qualquer homem, mas somente ao julgamento de Deus.” As suas santas revelaram-lhe que ganharia a salvação, se conservasse a sua virgindade... “Afirma que está tão certa da sua salvação, como se estivesse já no reino dos céus.” II — A dita mulher diz que o sinal recebido pelo príncipe ao qual ela foi enviada, sinal que fez esse príncipe decidir a acreditar nela e a recebê-la para fazer a guerra, foi que S. Miguel veio até ao dito príncipe, no meio de uma multidão de anjos, uns dos quais tinha coroa e outros asas; com eles estavam também Santa Catarina e Santa Margarida. O anjo entregou ao príncipe uma coroa; uma outra vez foi um arcebispo que recebeu o sinal da coroa e a entregou ao príncipe na presença de numerosos grandes senhores da Corte. III — Essa mesma mulher afirma que S. Miguel se terá “identificado perante ela”, tal como Santa Catarina e Santa Margarida [...]. IV — A referida mulher diz e afirma que está certa do que vai acontecer acerca de certas coisas futuras... No que se refere às coisas ocultas, gaba-se de as conhecer, ou de as ter conhecido... Por exemplo, que será libertada e que os franceses farão, sob seu comando, os maiores feitos jamais cometidos em toda a cristandade [...]. V — A citada mulher diz e afirma que é por ordem de Deus que enverga traje de homem. Descrevem-se essas vestes: “túnica curta, capuz, jaqueta, grilhetas, calções com muitas franjas, cabelo cortado em redondo por cima das orelhas, não conservando qualquer peça de vestuário própria do seu sexo”. Recebeu a Eucaristia “nesses trajes”, os quais, apesar de “muitas vezes lhe ter sido pedido e aconselhado”, se recusa a abandonar... “Assim, por nada deste mundo faria juramento de não voltar a envergar esse traje e de não voltar a pegar em armas. Em tudo isso, afirma que procedeu bem e que faz bem em obedecer a Deus e às suas ordens.” VI — A dita mulher confessa e reconhece que mandou escrever muitas cartas, nas quais foram apostas as palavras JESUS, MARIA, com o sinal da cruz [...] Disse frequentemente que não fez nada que não fosse por ordem de Deus.” VII — Este quesito retoma a história do encontro de Joana com Roberto de Baudricourt, que lhe forneceu um traje de homem, armas e uma escolta. “Ela prometeu-lhe rodeá-lo de grandes domínios e vencer os seus inimigos; fora Deus que a incumbira dessa missão.” VIII — Recorda-se que, “sem ninguém a obrigar, precipitou-se do alto de uma torre muito alta (Beaurevoir) ...”. IX — A mulher em questão diz que Santa Catarina e Santa Margarida lhe prometeram conduzi-la ao paraíso, se conservasse a sua virgindade de corpo e de alma, virgindade que lhes votou... Não pensa ter cometido atos de pecado mortal; pois, segundo diz se estivesse em estado de pecado mortal, não lhe parece que Santa Catarina e Santa Margarida a visitariam todos os dias, como costumam fazer. X — A mesma mulher diz e afirma que Deus ama algumas pessoas ainda vivas, nomeadas, e designadas por ela, na medida em que ela própria as ama... Recorda-se que as santas falam francês, “uma vez que não são do partido dos ingleses”. XI — Esta mulher diz e confessa toda a devoção e toda a honra que vota a S. Miguel e às suas santas. Dedicou-se a elas e obedeceu-lhes sem consultar ninguém, nem pai, nem mãe, nem cura, nem prelado. Repete que acredita neles tão firmemente como na fé cristã. [...]. XII — Ainda a dita mulher diz e confessa que, se a Igreja quisesse que ela fizesse algo contrário às ordens que diz ter recebido de Deus, não consentiria nisso, fosse pelo que fosse. Afirma que sabe bem que tudo o que consta do seu processo lhe aconteceu por ordem de Deus e que lhe será impossível fazer o contrário do que faz. Por esse motivo, não se quer submeter à decisão da Igreja militante, nem de quem quer que seja no mundo, mas somente à de Deus, Nosso Senhor, de quem executará todas as ordens, 70 sobretudo no que respeita às suas revelações e ao que faz em consequência delas.

Com o objetivo do veredicto, o reitor da Universidade de Paris, Pierre de Gonda ouve as conclusões de duas Faculdades: a de “Teologia” e a dos Decretos:
Jean de Troyes expõe primeiro as da Faculdade de Teologia, analisando os doze quesitos:

I — As aparições: tendo em conta as circunstâncias e a pessoa de Joana, elas parecem falsas, errôneas e perniciosas ou, se tiveram lugar, são supersticiosas e procedentes de espíritos malignos: Bélial, Satanás e Béhémoth...
II — O sinal do rei: mentira insolente imaginada para seduzir. 
III— As visitas das santas: crença temerária. 
IV — As revelações: superstição, asserção divinatória, fanfarronada ridícula. 
V — O traje de homem: fanfarronada ridícula, suspeita de idolatria, prevaricação da lei divina. 
VI — As cartas: revelam uma mulher traidora, pérfida, cruel, ávida de sangue humano, blasfemadora, ... 
VII — A partida para Chinon: impiedade para com os pais, escândalo, blasfêmia... 
VIII — O salto de Beaurevoir: medo que ia até à desesperada tentativa de suicídio, asserção temerária e presunçosa a respeito do perdão das suas faltas, erro em matéria de livre arbítrio. 
IX — Confiança de Joana: presunção, mentira, erro de fé. 
X — As declarações das santas e a sua recusa em falar inglês: blasfêmia e transgressão do amor do próximo. 
XI — Honras prestadas às santas: idolatria, invocação dos demônios. 
XII — Recusa de se submeter à Igreja: apostasia, erro de fé, cisma... 

Guéroult de Boissel apresentou também as conclusões da sua Faculdade. Estão assim resumidas:

I — Essa mulher é cismática por ter desobedecido à Igreja.
II — É ignorante e herética por recusar o símbolo da Igreja Una, Santa e Católica. 
III — É apóstata por ter mandado cortar o cabelo e ter adotado vestes de homem. 
IV — É mentirosa e adivinha porque não apresenta prova de que é enviada de Deus. 
V — É “veementemente” suspeita de heresia. 
VI — Erra na fé por ter dito estar certa de ser conduzida ao paraíso.

No dia 19 de maio de 1431, uma corte de cinquenta juízes reuniu-se no Palácio do Arcebispado  para decidir o destino de Joana D’Arc. Ela foi condenada pelos crimes de heresia, bruxaria e por todos os outros de que tinha sido acusada. Primeiro, deveriam deixá-la sem resistência e depois amedrontá-la com o fogo. Então, enquanto estivesse fragilizada, forçá-laiam a assinar a abjuração. Mas ela resistiu  optando  suportar o castigo que negar a verdade. Um fato, porém, marcou a sentença:  revelou que as “Vozes” haviam se manifestado novamente e que havia sido repreendida por abjurar para salvar a vida. Interrogada por Cauchon e por Le Maître, confirmou que as “Vozes” eram de Santa Catarina e de Santa Margarida, enviadas por Deus. Lembrada de que havia abjurado e de que havia reconhecido as mentiras a respeito das “Vozes”, Joana alegou que tudo fizera por medo da fogueira, mas que na verdade mantinha o que tinha dito anteriormente. Disse ainda que preferia morrer a continuar sofrendo os martírios a que estava sujeita.

Na Praça do Velho Mercado, o pedestal erguera-se num nível superior e, abaixo, colocaram os feixes de lenha para iniciar a fogueira. Sobre estes, havia um poste encima a inscrição, em grandes letras:
 “Joana, que se fez conhecer pela Donzela, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, advinha, supersticiosa, blasfemadora de Deus, presunçosa, malcrente na fé de Jesus Cristo, jactanciosa, idólatra, cruel, dissoluta, invocadora de diabos, reincidente, apóstata, cismática e herética.”

        Com as faces banhadas em lágrimas e o crucifixo tocando-lhe os lábios, que ela subiu aqueles cruéis degraus até o início da fogueira. O frade Isambard acompanhou-a. Ajudaram-na então a escalar a pilha de lenha erguida ao redor do poste, chegando a um terço de sua altura. Lá Joana ficou, de costas para o poste, enquanto todos a olhavam, imóveis. O carrasco subiu até onde ela estava e amarrou com correntes aquele frágil corpo ao poste. Em seguida desceu para completar seu tenebroso trabalho. E lá ficou Joana, sozinha, (ela que tivera tantos amigos enquanto era livre, que fora tão amada naqueles tempos); percorrendo com seus olhos tristes a massa humana diante de si, até onde erguiam-se as torres e os telhados pontiagudos daquela cidade, ela disse: 
— Oh, Rouen, Rouen, devo mesmo morrer aqui? Deves mesmo ser meu túmulo? Ah, Rouen, Rouen, temo pelo que possas sofrer por minha morte. Uma baforada de fumaça ergueu-se subitamente diante de seu rosto e, por um rápido momento, ela foi tomada de terror e gritou: 
— Água! Dêem-me água benta! Mas, no instante seguinte seus temores se foram e não voltaram a torturá-la. Joana ouviu o estalido das chamas e imediatamente preocupou-se com outra pessoa. Era o frade Isambard. Ela lhe havia entregue a cruz, pedindo que ele a erguesse diante de seu rosto para que seus olhos nela encontrassem a esperança e o consolo até que Deus a levasse para Sua paz. Ela fez com que ele se afastasse do perigo do fogo. Satisfeita, disse então:
— Agora, mantenha-a sempre onde eu possa vê-la, até o fim. Nem mesmo naquele momento Cauchon estava disposto a deixá-la morrer em paz. Aproximou-se dela aquela figura negra em suas vestes e sua alma e exclamou:
— Estou aqui, Joana, para exortá-la pela última vez a arrepender-se de tudo que fez e pedir perdão a Deus! — O senhor é o instrumento da minha morte — disse ela.  No mesmo instante uma enorme labareda ergueu-se, avolumou-se e engolfou Joana totalmente, impedindo que a vissem. E dentro daquelas chamas ouviu-se sua voz, clara e firme, dizendo uma oração. Quando, por breves momentos, o vento esgarçava um pouco de fumaça negra, ela podia ser vista a olhar para o alto, movendo os lábios. Finalmente uma grande labareda misericordiosa ergue-se de repente e ninguém mais pôde ver aquele rosto, sequer aquela figura. Ela externou suas últimas palavras em altos brados: “Jesus!” Um secretário do rei inglês dizia bem alto: “Estamos perdidos; queimamos uma Santa!”
(Twain (2001, p. 452-3)

Joana D'arc tinha apenas 19 anos quando foi condenada e morta no dia 30 de maio de 1431.  
No dia 18 de abril de 1909, Joana d Arc, também conhecida como a Donzela de Orleans, foi beatificada e, posteriormente, declarada santa em 1920 pelo Papa Bento XV. Nesse mesmo ano, ela também se tornou santa padroeira da França. sua família reuniu provas para a revisão do processo, enviado para o Papa Nicolau V, que recusou o caso. Apenas em 1456, o Papa Calisto III deu início a uma revisão. A inocência de Joana foi reconhecida naquele ano e foram considerados hereges os juízes que haviam condenado Joana d Arc.

Os três milagres aprovados que levaram Joana a Beata foram estes:


1) Irmã Teresa de Santo Agostinho, que viveu em Orleans, foi curada de úlceras na perna.
2) A irmã Julie Gauthier, que viveu em Faverolles, foi curada de uma úlcera cancerosa em seu peito esquerdo.
3) Irmã Marie Sagnier, que viveu em Frages, foi milagrosamente curada de um câncer do estômago.
O Papa Pio X solenemente aceitou esses três milagres como autênticos em 13 de dezembro de 1908.
Ele declarou, "Joana de Arc brilhou como uma estrela nova destinada a ser a glória, não só da França, mas da Igreja Universal também."

 Foi por causa de sua virtude heróica que ela foi declarada Beata em 18 de abril de 1909

Os dois milagres necessários para a canonização de Joana d'Arc foram obtidos e autenticados sem muita demora, mas a I Guerra Mundial pôs fim a todas essas atividades.

Em 1920, quando a guerra acabou e os franceses saíram vitoriosos, o Vaticano queria melhorar as relações com o governo socialista.

 A Santa Sé estava disposta a dar-lhes a santa, se o governo francês restabelecesse as relações diplomáticas.



Em seu livro, Saint Joan of Arc, Mons. Leon Cristiani descreveu sua ligação a um dos dois milagres que levaram Joana D'Arc oficialmente a ser declarada santa pela Igreja.

O milagre que ele testemunhou ocorreu em Lourdes, em 22 de agosto de 1909, durante a procissão do Santíssimo Sacramento.
A pessoa em questão era Thérèse Belin, que estava inconsciente quando o Santíssimo Sacramento passou à sua frente. Mons. Cristiani estava desejoso de ver Joana canonizada.

Ele obteve permissão do Bispo de Orleans para chamar Joana D'Arc durante a bênção dos enfermos, na esperança que um milagre poderia ocorrer que poderiam ser atribuídos à intercessão de Joana.

Na primeira invocação a Beata Joana de Arc, Teresa abriu os olhos, na segunda ela se sentou em sua maca e no terceira ela sentiu que tinha sido curada. 


Mons. Cristiani depois entrevistou Teresa e sua madrinha sobre sua doença.

 Informaram-lhe as várias fases de sua doença, as operações que ela teve e os remédios que haviam sido usados ​​sem efeito.

Seu diagnóstico médico foi de tuberculose peritoneal e pulmonar, complicada por uma lesão orgânica do orifício mitral.

Em outras palavras, teve tuberculose em seus pulmões e na cavidade abdominal, que foi complicada por uma lesão orgânica de sua válvula mitral do coração - obviamente ela estava muito doente. 


Outra cura reconhecida ocorreu a Miss Mirandelle que tinha um diagnóstico de mal perfurante plantar o que significa que ela tinha um buraco que atravessou a planta de seu pé.


Joana d'Arc foi canonizada em uma cerimônia grandiosa e solene na Basílica de São Pedro em 16 de maio de 1920.

Sua festa é celebrada em 30 de maio, o dia de sua morte.



Em 10 de julho de 1920, o governo francês fez oficialmente 08 de maio como feriado nacional.

 E pelo 20 de novembro deste mesmo ano, retomou as relações diplomáticas com a Santa Sé.

No aniversário de cinco centésimo de Joana d'Arc da morte, 30 de maio de 1931, houve uma grande celebração em Rouen para marcar este aniversário.

Representantes do governo, exército, universidades, parlamentares, magistrados, o clero e papado compareceram.

 Mesmo o arcebispo de Westminster, Prelado de toda a Inglaterra, veio para expressar a sua grande admiração de suas virtudes. 


Desde a infância mais precoce Joana d`Arc orou ardentemente a partir de seu coração.

Sua vida de oração levou a uma fé fervorosa em Deus. Sua fé em Deus levou-a a amá-lo profundamente.

Este intenso amor a levou a aceitar a vontade de Deus para sua vida.

Se  orarmos, crermos e amarmos serenamente como Joana fez, então nós também seremos usados por Deus!

 Este é o segredo para a santidade de Joana, ela ouviu, respondeu e obedeceu.


"Aqui eu estou o SenhorEu venho para fazer a Tua vontade! Ela declarou em seu julgamento, e sua mensagem para nós é:

"Eu acreditava que era um anjo falando comigo, e eu tive a vontade de acreditar."


Irmã Teresa de Santo Agostinho, uma freira beneditina de Orleans, foi atacada em Dezembro de 1897, por dores agudas no estômago. Estas aumentaram continuamente, acompanhadas pela doença freqüente, até maio de 1900, ela teve vômitos de sangue tão exaustivos que ela parecia estar quase morta.
PRIMEIRO MILAGRE 






Daquele momento em diante, ela nunca saiu de sua cama. Os vômitos se tornaram quase diários e de reincidência constante. Ela estava no dilema de asfixia, se ela tomasse qualquer alimento, ou de morrer de fome se ela não o tomasse.

O médico esperava que ela tivesse morte rápida.

Nestas condições uma novena a Joana d'Arc foi iniciadaem 30 de julho de 1900.

Os vômitos de sangue continuaram quase incessantemente.

 Em 6 de agosto foram mais freqüentes do que nunca.

Na noite de 6 a 7, houve uma crise de fraqueza e de síncope.

No dia 7 os vômitos foram renovados.

Na noite de 7 de agosto, no auge da crise, a Irmã Teresa pede seu hábito, dizendo que ela ia se levantar no dia seguinte, porque ela vai ficar curada.

As irmãs presentes dizem uma a outra, "Peguem o hábito dela, ela vai se preparar para seu enterro."

Enquanto isso, a Irmã Teresa adormeceu até duas horas da manhã. Ao som do sino para Matinas ela queria subir. Foi-lhe dito para permanecer em silêncio até cinco e meia, e ela obedeceu.


Às cinco e meia, na manhã de 8 de agosto, ela se vestiu, desceu para a capela, e orou com os braços estendidos na forma de uma cruz, recebeu a Sagrada Comunhão, jantou com a comunidade sobre a tarifa comum, e não sofreu qualquer inconveniência.

Desde aquela época, a cura perfeita e instantânea foi devidamente fundamentada pela experiência subseqüente de fé na novena.

O SEGUNDO MILAGRE


Irmã Julie Gauthier, de Favrolles na diocese de Evruex,sofreu durante quinze anos a partir de uma úlcera cancerosa na mama esquerda. Um dia, ela estavafalando com sua classe de crianças sobre Joana d'Arc, a idéia ocorreu-lhe de fazer uma novena para a Donzela, pois ela havia deixado de lado toda a esperança de cura por meios naturais.

Mas seus sofrimentos eram tão grandes que ela temia  ser incapaz de fazer uma novena de oração seguida em  nove dias.

Ela lembrou-se então de um plano pelo qual a novena pode ser prontamente concluída. Ela levaria oito das crianças de sua classe para rezar e ela mesma iria fazer a nona oração. Eles iriam juntos dizer as orações por sua recuperação em uma única visita à igreja.

Reunir as crianças ao seu redor e ir com elas rezar ou  receber os Santos Sacramentos, era uma das delícias de Joana d'Arc. Ela faria a mesma coisa.

Eles foram, e, em seguida, e  a irmã Julie, que com dificuldade tinha sido capaz de ir tão a igreja, voltou em pleno vigor. A ferida foi fechada, e a irmã Julie estava perfeita e definitivamente curada.

O TERCEIRO MILAGRE

Marie Sagnier, de Fruges na diocese de Arras, uma freira da congregação da Sagrada Família, sofreu durante três meses de úlceras e abcessos em ambas as pernas. A doença foi diagnosticada como sendo uma afeição tuberculosa da carne e ossos.

Ela fez uma novena a Joana d'Arc. Na manhã do quinto dia os curativos se soltaram, a inflamação tinha desaparecido, as úlceras e os ferimentos foram curados, os ossos haviam se tornados firmes, e Marie Sagnier havia recuperado seu vigor antigo, que tem sido mantido desde então.

ORAÇÃO À SANTA JONA D'ARC


Ó mais pura Virgem e Gloriosa mártir Santa Joana da qual Deus e Seu Eterno Poder tem revelado para o mundo de modo a reviver a fé, a esperança e a caridade das almas cristãs.

Eu me prostro a vossos pés minha querida santa, digna ,virgem, cheia de graça e bondade e peço que receba as orações deste seu humilde servo e obtenha para mim a pureza de teu terrível sacrifício e a fortaleza de sua alma e faça com que eu resista aos mais terríveis ataques e que eu venha a sentir este seu amor ardente para o Nosso Senhor Jesus Cristo, amor este que os mais terríveis tormentos não o fez extinguir em ti .



Assim espero que seguindo este exemplo santo e imitando sua vida, eu possa um dia estar contigo no paraíso. Na hora de minha agonia final venha em meu socorro, fique ao meu lado e me conduza a presença de Jesus. Amém.




A SEMANA SANTA APLICADA AO NOSSO COTIDIANO

  Todos os anos celebramos a Semana Santa. Que é geralmente celebrada (salvo em alguns lugares), uma semana antes da Páscoa do Senhor. O Dom...