quarta-feira, 14 de junho de 2017

PENTECOSTES - Cumprimento da Promessa, início da caminhada da Igreja

Pentecostes. Cinquenta dias após a celebração da Páscoa celebramos a Festa magnífica de Pentecostes. Isto é, naquele dia em que o povo judeu celebrava a Festa de Pentecostes ou festa das colheitas,  o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos e Maria Santíssima e sobre os discípulos de forma solene em forma de línguas de fogo   para confirmar os seus dons à Igreja. Pois o Espírito Santo, que é o próprio Deus já existia, sempre existiu e sempre existirá.  
Para entender o grande significado desta grande festa da Igreja, vamos recordar algumas passagens bíblicas:  
Recordemos no Antigo Testamento quando Moisés tem seu primeiro contato com o Senhor Javé. Ele se apresenta numa chama de fogo sobre a sarça que não se consumia. (Ex 3, 1-2). Também quando o Senhor Javé libertou seu povo do Egito (Páscoa da Antiga Aliança), uma coluna de fogo ia iluminando o caminho por onde passavam, e uma nuvem encobria-os, protegendo-os contra os soldados egípcios que os perseguia. Então não é nada estranho o que aconteceu em Pentecostes, o mesmo já havia ocorrido antes. Moisés é prefigura de Jesus Cristo. Moisés libertou o povo da escravidão física, Jesus Cristo libertou seu povo da escravidão do pecado. Moisés contou com todos os meios e ajuda necessárias para que sua missão desse certo. Jesus, por seu amor derramou esses mesmos meios, as forças necessárias para que eles compreendessem o que Jesus havia pregado. Era preciso que o Espírito Santo viesse para dar-lhes força, para que revigorasse-os na fé e abrisse-lhes as mentes. Pois, daquele momento em diante a Igreja começaria sua missão pelo mundo afora, sem fronteiras levando a todos a mensagem da Salvação. O Espírito derramado em Pentecostes trouxe à Igreja vida nova. Os Apóstolos antes desencorajados pelos feitos acontecidos no Calvário, agora se tornaram homens destemidos, corajosos, dispostos a enfrentar tudo, até seus medos, por causa do Evangelho.       
Recordemos lá no início quando João Batista profetiza que: "aquele que virá batizará no Espírito Santo e com fogo". (Mt3,11) Isto é, pelo Espírito Santo, todos nós recebemos uma nova vida, e o fogo, do qual fala João é o ardor pela santidade, força para alcançar a santidade e desejo missionário que a futura Igreja iria receber para anunciar o Evangelho.

Recordemos o que Jesus disse à Nicodemos: (Jo3, 1-21)

Nicodemos era um fariseu que seguia Jesus secretamente. Estava maravilhado em ver Jesus realizar os milagres. Jesus porém disse a ele que para ter o reino de Deus é preciso nascer de novo. Nicodemos não entendeu, achou que era preciso voltar ao ventre materno e nascer outra vez. Mas Jesus lhe explicou que o que ele queria dizer é que para entrar o reino de Deus é preciso nascer da água e do Espírito. Jesus aqui está falando de uma renovação interior. É preciso buscar as coisas do Alto e não viver segundo as coisas terrenas que satisfazem apenas a carne mas deixa o espírito vazio. Nascer da água e do Espírito, quer dizer não basta conhecer somente as coisas terrenas, é preciso conhecer e viver as coisas celestiais. Essa é o que futuramente a Igreja chamaria de "batismo no Espírito Santo". Veja que o que aconteceu com Nicodemos acontece com cada um de nós. Nicodemos sabia tudo da Lei, era uma autoridade, um sacerdote, mas não tinha feito ainda uma experiência espiritual, não tinha seu coração sensível aos dons espirituais,  portanto, que a princípio as palavras de Jesus não entravam e não o compreendia. Quantos de nós não fazemos essa experiência, lemos a Bíblia de traz pra frente mas não deixamos o Espírito de Deus falar conosco, não abrimos as portas do nosso coração para acolher aquilo que Deus quer.
Parece moda hoje em dia o Deus dos milagres. Mas somos cristãos não porque vemos milagres. Veja que Nicodemos via de perto as maravilhas que Jesus operava e nada adiantava, seu coração estava fechado. Disse Jesus a Nicodemos: "Você é o mestre de Israel e não entendes essas coisas"?  Em outras palavras, Jesus o faz entender como ele sendo fariseu  entendedor das Leis, via os milagres de Jesus mas não entendia. Faltava algo. Faltava viver para o Espírito. Nascer de novo. Se lavar interiormente do Espírito de Deus e abrir seu íntimo para Deus. Isso é o que o Espírito Santo faz conosco quando nos abrimos a Ele. Ele nos anima, nos corrige, nos dá força, nos santifica e nos protege contra os embustes dos inimigos da Fé.
   
Recordamos a manifestação do Espírito Santo em Jesus Cristo no qual pairou sobre Ele como uma pomba. Quando o evangelista revela que o Espírito Santo pairou como uma pomba sobre Jesus, não significa que Ele é um animal (pomba), mas mostra que como a docilidade e a suavidade do voo de uma pomba, assim é o Espírito Santo, que suavemente nos move e vem sobre nós e nos enche de força, santidade e alegria com seus dons. Essa suavidade de "pairar" sobre Jesus, é a mesma expressão do escritor quando em Gênesis, ao relatar a criação do mundo escreveu: "E o Espírito de Deus pairava sobre as águas". (Gên1,1-2)  - O Espírito de Deus pairava porque a criação ainda estava sendo construída. Depois Deus criou o homem e a mulher e então passou a ter uma relação de amizade com eles até o dia em que desobedeceram e cortaram essa relação e com eles toda a humanidade. Veio o pecado e a morte e a graça lhes foi retirada.
Jesus veio reconciliar todas as coisas, a salvação não é só para a humanidade mas, ela se estende à toda criação, pois o cumprimento da promessa é que haverá novos céus e uma nova terra. Com sua morte e ressurreição Jesus une de novo a humanidade à Deus Pai e nos dá seu Espírito.
Em Pentecostes o Espírito Santo pairou novamente, instituindo uma nova humanidade remida no Sangue de Jesus. Nascia ali um novo povo, uma nova Igreja conservadora da Nova Aliança no Sangue de Jesus até ele voltar. Lavados pelo Espírito de Deus. Assim como Deus havia dado o sopro de vida ao homem (Gên2,7), o  Jesus  envia o Espírito Santo para nos dar novo sopro de vida. Vida nova. E dando-nos o Espírito Santo para durante a vida através Sacramentos que recebemos também se torna o Paráclito, isto é, nosso advogado, consolador e santificador. Ao mesmo tempo ele se torna nosso irmão, companheiro e conselheiro para não nos desviarmos  do caminho.
"Não vos deixarei órfãos. Essa foi a promessa de Jesus antes de sua morte. Enviarei do Alto o Espírito Santo Paráclito". Vamos recordar em: Jo14, 16-18.20 : 16, 7.12-15.

Quem é o Espírito Santo?

O Espírito Santo é o próprio Deus, revelado a nós pela terceira pessoa da Santíssima Trindade. Já estava presente desde a eternidade e a criação do mundo, porque Ele é Deus. A principal função do Espírito Santo é dar vida a todas as coisas, refazer o homem, habitando em seu ser distribui os seus dons e a força necessária para alcançar a santidade. Cria no homem o ardente desejo de praticar e viver as coisas do alto, abre nossas mentes, santifica nossa alma, e anima-nos na tarefa de cristãos na evangelização.

Tudo que se move, todo ser vivente deste mundo é obra o Espírito Santo. Além disso ele nos faz filhos(as) de Deus, e se somos filhos(as) de Deus consequentemente somos herdeiros do Céu, quando O recebemos de maneira especial no Batismo e na Crisma que são os sinais visíveis de sua ação.

Mas de maneira especial foi prometido e enviado por Jesus à sua Igreja em Pentecostes para que fosse a força animadora, santificante e consoladora presente durante toda a existência da Igreja. De modo que desse assistência necessária à santificação do povo de Deus que se iniciara e até os dias de hoje e sempre contará com a assistência especial do Espírito Santo. Ele com sua força e sempre presente, torna-nos corajosos e aptos ao trabalho missionário do mesmo modo como Jesus ordenou que fosse: "...Ide e pregai o Evangelho a toda criatura!"... (Mc 16, 15) ..."Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo!" (Mt 28, 20)

Destacamos da Bíblia a presença do Espírito Santo em vários momentos da História da Salvação:

a) Na criação do mundo. Gên 1, 1-2.
b) Na criação do homem. Gên 2, 7.
c) Na vida dos profetas. Ez 3, 12.
d) Na vida de Jesus. (Lc3, 21-22; 4, 14-18.19.
e) Na vida de Maria (Lc 1, 30-35)
f)  Na vida dos Apóstolos. (At 2, 34)
g) Na vida da Igreja. (At 9, 17-19; 1Cr 2, 6-16.
h) Na vida dos santos. ( Rm 8, 18-26; 1Cr 12 : 13 : 14)   

*O Espírito Santo é a "Alma da Igreja" conforme escreve São Paulo em 1Cr 12, 4-11. É Ele quem caminha com a Igreja, e, por isso, a Igreja com a assistência d'Ele não pode errar em seus ensinamentos porque está sob sua assistência especial, assistência essa prometida por Jesus entes mesmo de sua subida aos céus: "... eis que estarei convosco todos os dias"... - Ele é a vida do homem, se tirar Ele do homem nada mais lhe resta, pois, Ele dignifica-nos e santifica-nos e nos faz herdeiros da Céu.

*Ele também produz em nós os carismas, ou frutos que, uma vez infundidos em nós os seus dons nos  distribui inúmeros dons ou meios pelos quais somos capacitados a trabalhar pelo Reino de Deus, conforme explica São Paulo. Por isso Ele quer morar em cada um de nós, docilmente, ele não invade não nos força a nada, Ele nos respeita, é necessário pedirmos sua presença, sua luz e seus dons para que Ele se estabeleça em nós para fazer sua morada. Por isso Ele nos dá seus dons e os frutos desses mesmos dons, que são os carismas, são empregados de acordo com a missão de cada um dentro dos ministérios que Jesus através da sua Igreja nos confia.  

*Se permitirmos a sua presença, se o hospedarmos em nosso ser, Ele ocupará um espaço em nossa alma de nos fará capazes de enfrentar qualquer desafio, qualquer dificuldade do mundo. Ele nos aquecerá com seu Amor, com sua doçura e com sua luz de modo que tenhamos sempre meios pelos quais possamos viver como dignidade de verdadeiros filhos(as) de Deus. Ele nos fará modelos de santidade e mudará toda nossa vida. Nem a morte será capaz de nos amedrontar, porque Ele é vida!

*Quem se deixa modelar pelo Espírito Santo, enfrenta tudo, não com violência, mas com amor, com hostilidade. Quem tem o Espírito Santo, não tem depressão, porque possuirá sempre uma santa alegria. O cristão se torna alegre, não uma alegria momentânea, mas uma alegria constante e cativadora, mesmo diante das dificuldades, pois sabe que sua vida e o seu coração é o Templo onde o Espírito Santo quis morar.

*Tudo ao nosso redor movido e possui a presença do Espírito Santo, desde a flor que cai de uma árvore, a sobra que nos abriga nos dias quentes de verão e a chuva que lava a poeira da terra. Tudo é movido pelo Espírito Santo. Ele é o Senhor de nossas vidas.

São Paulo explica-nos bem em 1Cr 12-30, comparando a Igreja de Cristo como um Corpo Místico, onde Jesus é a "cabeça", nós, os "membros" e o Espírito Santo a "alma" deste corpo, onde cada um de nós desempenha um papel especial,  enquanto membros deste mesmo corpo somos (todos batizados) responsáveis pela saúde (espiritual) dele. São Paulo também nos ensina que até para proclamar o nome de Jesus, é por  ação do Espírito Santo que o fazemos. Assim,  também as nossas orações são realizadas sob ação do Espírito Santo. Por isso devemos sempre antes de orar, ao ler e meditar a Sagrada Escritura, ao evangelizar, em tudo na nossa vida, devemos antes pedir ao Espírito Santo que nos ajude e nos ilumine.

Quando criticamos ou desmoralizamos a Igreja por algum motivo, se não desempenharmos bem nosso papel enquanto membros deste "Corpo Místico de Cristo", então desmoralizamos de certa forma a nós mesmos, a Cristo e ao Espírito Santo. Se não cuidamos bem deste "Corpo Místico" de Cristo que é a Igreja estamos fazendo com que esse corpo "seja invadido" pelo pecado, estamos adoecendo este mesmo "corpo" e como consequência estamos ferindo a adoecendo a nós mesmos.

São Paulo ao dizer que o Espírito Santo é a "Alma da Igreja", diz que devemos ter a consciência de que nenhum cristão pode dizer que o Espírito Santo não existe. E nem a Igreja e nenhuma outra denominação que se diga ser cristã, isto é, que crê em Jesus Cristo pode negar a presença do Espírito Santo. Pois sua existência e presença é tão real que negá-lo seria uma pecado tão grave que segundo Nosso Senhor Jesus Cristo, não teria perdão. - "Por isso eu vos digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados, mas a blasfêmia contra o Espírito santo não será perdoada!" (Mt 12, 31-32) e, acrescenta Jesus: "Se porém falardes contra o Filho do homem será perdoado, mas, se falardes contra o Espírito Santo, não será perdoado!  

Ou seja, depois de vermos, de sabermos com clareza o que o Espírito Santo fez e faz por nós, sua real existência, cujo é o próprio Deus, sabendo que foi Ele o responsável por promover através de Jesus nossa santificação, negá-lo é também negar o próprio Cristo e toda sua obra de salvação. Quem age assim retira de si toda a graça da santidade e por isso a consequência é a condenação.  Daí a advertência de Jesus:

"É pelo fruto que se conhece a árvore!" ... Isto é, Deus nos conhece pelas nossas ações. - No entanto, Deu nos pedirá contas de toda palavra vã, (que não foi inspirada pelo Espírito Santo), pois é com as palavras que seremos salvos ou condenados. (Mt 12, 33-35) - Depois Jesus vai dizer, aquele que crê e for batizado (receber o Espírito Santo pelo basismo), será salvo, quem não crê será condenado, (porque não acreditou em Jesus); Este crer significa muitas vezes crer  sem ter visto, isto é, não vemos com os olhos a ação do Espírito Santo, mas sentimos em nosso ser a sua ação. Foi o que Jesus disse a Tomé quando lhe apareceu: "Você creu porque me viu. Bem-aventurado aquele que crê sem ter visto!" Jo 21, 29.       
     

Porque era necessário vir o Espírito Santo?

Jesus dá a resposta:

*Pelo Espírito Santo nos tornamos novas criaturas, nascemos para uma vida de santidade. Como Jesus disse à Nicodemos: "...é preciso nascer da água e do Espírito" - nascer de novo para Jesus significa aderir ao seu plano de amor por nós e, ao mesmo tempo segui-lo através de sua Palavra, e isso só se faz através da força santificadora do Espírito Santo.

* Pelo Espírito Santo todos cheguem o conhecimento da verdade, isto é de Jesus Cristo; e para fazer a mesma obra de Jesus, (Jo14, 12.26). Era preciso que o Espírito Santo viesse para  fazer entender o que se cumpria em Jesus. Ou seja, abriria-lhes a mente e o coração para compreender todo cumprimento da Promessa de Deus Pai em Jesus. Jesus permaneceria com seu Espírito no meio da Igreja e no coração e mente dos Apóstolos e assim em toda a Igreja.

Antes de receberem o Espírito Santo, os Apóstolos não tinham compreendido, despertado sobre o verdadeiro significado da Real missão de Jesus, nem tinham forças para levar adiante seu mandado de proclamar o Evangelho a todo mundo. Estavam com medo de serem mortos do mesmo modo que Jesus.

* Era preciso mais, uma assistência especial para lhes fazer entender que a salvação já tinha chegado, que ela se cumpriu em Jesus e que todos precisavam de agora em diante, sob a responsabilidade deles levar o Evangelho. Sem o poder do Espírito Santo nada pode se mover. Ele move tudo que existe. Como um vento suave, sopra onde quer, inspira os corações, consola todo ser, aquece e inflama os corações para o amor de Deus. No livro do Êxodo encontramos a passagem onde diz que Deus passava como uma brisa suave; em outra encontramos Moisés diante de Deus que se manifestava através de um fogo em uma sarça que não se consumia.
O Espírito Santo em Pentecostes se manifestou dessa mesma forma: vento e fogo, não um fogo que queima e deixa cicatrizes, ferimentos como o fogo real que conhecemos, mas um fogo que era sinal da própria manifestação do amor de Deus, inflamando, mudando e encorajando corações.
Antes de Jesus subir para os céus, tinha prometido que enviaria o Espírito Santo. Ele se manifestaria de modo a começar uma nova etapa, agora a Igreja assistida pelo mesmo Espírito passaria a fazer a mesma obra de Cristo.
Jesus ao aparecer aos Apóstolos soprou sobre eles e disse:

"...Como o Pai me enviou eu também envio a vós... Recebei o Espírito Santo! Aqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados. Aqueles a quem o retiverdes, serão retidos!"... (Jo 20, 21-22)  -  O Espírito Santo dado por Jesus, através do sopro, traz-nos uma vida nova, recorda-nos, no Livro do Gênesis, o mesmo gesto de Deus na obra da criação, quando soprou nas narinas do homem, (que era apenas barro) e lhes deu a vida. "...O Senhor Deus formou, pois o homem do barro da terra, e inspirou-lhes nas narinas um sopro de vida e o homem tornou-se um ser vivente!" (Gên 2, 7) - Assim sendo, Jesus dá-nos uma nova vida através do Espírito Santo. É Ele quem nos renova e nos santifica. Como esteve presente desde a criação do mundo, está sempre presente e se manifesta visivelmente através dos diversos Sacramentos da Igreja, que são os meios pelos quais recebemos a sua força, sobretudo o Sacramento do Batismo e da Crisma. 
   
*Marca o nascimento da Igreja, o Espírito Santo veio para animar, dar novo impulso à Igreja de modo que os Apóstolos e todos os cristãos por Ele possam dar testemunho do Evangelho e realizar as obras pelas quais Jesus mesmo tinha atribuído, pela autoridade de Jesus e pela força do Espírito Santo os Apóstolos poriam em prática tudo quanto Jesus tinha ordenado antes de subir ao Céu. Esse é o dever da Igreja e dos cristãos: "Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura, batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quanto vos prescrevi!" (Mt28, 18-19) - E nos dá a sua promessa: ... "Estarei convosco todos os dias até o fim do mundo!" (Mt, 28, 20).Por essa mesma autoridade de Jesus é que a Igreja, ou seja todo o povo cristão tem o dever de:  


  1. Curar os doentes.
  2. Confortar os irmãos na fé.
  3. Promover o acolhimento de todos.
  4. Perdoar os pecados ( promover a graça da reconciliação). 
  5. Assistir os necessitados.
  6. Expulsar os demônios.
  7. Batizar. (pelo batismo estão representados todos os demais Sacramentos)
  8. Pregar o Evangelho a todas as nações.
  9. Dar testemunho do Evangelho.
  10. Anunciar o Reino de Deus e a segunda vinda de Jesus.


*Esse mesmo Espírito Santo que veio em Pentecostes continua agindo na nossa vida de maneira especial, porque o recebemos através dos Sacramentos do Batismo e da Crisma. Também continua presente e agindo na Igreja de forma a assistir e confirmar a fé de cada um de seus filhos e filhas.

*Pentecostes é o dia da iniciação da missão da Igreja, ela, que foi fundada por Jesus, começa a partir de Pentecostes sua caminhada, assistida pelo Espírito Santo, que caminha com ela. Por isso a missão salvífica de Jesus passa a ser a missão "salvífica da Igreja" - e cabe a ela anunciar, proclamar Cristo morto e Ressuscitado, como fez Pedro logo em seu primeiro discurso, um Kerigma fervoroso, proclamado  no dia de Pentecostes. (At2, 14.23-25)  

*E é esse mesmo Espírito Santo que caminha conosco, assim como desde o princípio iluminou os profetas, Jesus Cristo e os Apóstolos, também chega a nós pelo Sacramento do Batismo.
Sem Ele, sem a sua presença não pode caminhar, a Igreja de Cristo, muito menos o cristão. É Ele quem revigora, santifica e ilumina nosso ser para um só fim, a santidade plena.
*Ele é Deus, o próprio Deus, manifestado para nós na terceira pessoa da Santíssima Trindade.

*Através do Espírito Santo, recebemos os dons que (na Crisma), são conferidos:
Sabedoria: não a sabedoria do mundo, mas, o conhecimento da verdade plena, que é o próprio Deus, fonte de verdade e vida que encontramos na Sagrada Escritura.
Entendimento: É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus. Pelo Dom do entendimento somos convidados a aceitar e viver estas verdades.
Conselho: É a luz que o Espírito Santo nos dá para distinguirmos o certo e o errado, o verdadeiro do falso, o bom do ruim, e assim, orientarmos acertadamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho.
Ciência: não é a ciência do mundo, a a ciência de Deus, agindo em nossa inteligência, de modo a nos indicar o caminho para a santidade. Nos faz buscar a verdade, indica-nos o caminho a seguir na realização de nossa vocação.
Fortaleza: É o dom da coragem para vivermos fielmente a fé no dia-a-dia, até mesmo o martírio se for preciso.( Se olharmos a vida dos santos, podemos ter vários exemplos deste Dom, agindo na vida e na total entrega deles ao amor de Deus).
Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria e ao mesmo tempo amar nossos irmãos. Nesse dom é dado o sabor das coisas de Deus.
Temor de Deus: Temor aqui não significa ter "medo de Deus",mas um amor e ao mesmo tempo um respeito tão grande pela sua pessoa, que queima o coração. Não é ter pavor da justiça divina, mas o receio de ofender e desagradar a Deus.
*Por isso, a festa de Pentecostes, vem nos lembrar que o cristão, batizado e crismado não pertence mais o mundo, como Cristo, não pertencemos mais a este mundo e sim a Deus, que nos libertou de modo tal com sua Morte e Ressurreição,.A Crisma nos imprime o novo carácter, um selo, ou a marca indelével que nos une a Cristo como se fôssemos uma "propriedade de Cristo". E nos concede os seus dons, a plenitude do Espírito Santo, esse mesmo Espírito que se manifestou em Pentecostes.

*Por outro lado, em cada celebração da Missa, renovamos esse mesmo Pentecostes. E pela Profissão de Fé, ou Creio, nós batizados juntamente com toda a Igreja reafirmamos esse compromisso que assumimos no Batismo e confirmamos na Crisma.

Na Carta de São Paulo aos Gálatas 5, 22-23, nos diz que o Espírito Santo nos trás vários frutos, frutos esses nascidos dos dons que recebemos: Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Longanimidade (saber perdoar), bondade, benignidade, mansidão, modéstia, continência e castidade.

* OS SACRAMENTOS - Podemos dizer que todos SACRAMENTOS são Sacramentos de Cristo, um deles, a Eucaristia, é por excelência o Sacramento de Cristo. Assim, todos os Sacramentos são também do Espírito Santo, por excelência a Crisma é o Sacramento do Espírito Santo.

*Uma coisa é ser cristão, simplesmente, outra coisa é chegar à plenitude da santidade, evoluir, tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada pelo Batismo. Sem o Espírito Santo para nos fazer gerar e produzir frutos de santidade, somos como a semente que o "semeador lançou no terreno pedregoso e não vingou".  

BATISMO NO ESPÍRITO SANTO - é bíblico?

Texto de: Reinaldo B. Reis

No último século, milhões de pessoas têm suas vidas transformadas pela experiência do "Batismo no Espírito Santo". É evidente que por toda história do cristianismo vamos identificar pessoas que como São Tomás de Aquino - foram "promovidas" a um novo estado de graça, por fazer a experiência de uma efusão do Espírito Santo de um modo usualmente crítico, envolvente, que provocou uma mudança em suas vidas. Mas foi somente no último século que a expressão "Batismo no Espírito Santo" passou a ser usada para designar tal experiência que, se antes acontecia de maneira aleatória na vida de algumas pessoas, passou a ser buscada e proposta como possibilidade normativa na vivência da vida cristã... a expressão: "Batismo no Espírito Santo" não aparece na Sagrada Escritura. A Bíblia apresenta a expressão num tempo verbal equivalente - batizar o ser batizado no Espírito - , denotando uma ação exclusiva do Messias (Jesus), em contraposição com o batismo de seu precursor, João Batista. A expressão aparece sete vezes  nos Evangelhos, Atos dos Apóstolos e na Carta aos Coríntios:
Mt3,11; Lc 3, 16; Mc1, 7-8; Jo1, 33; At1, 4-5; At11, 16 e ICor12, 13.

A expressão passou a ser usada para designar a experiência que geralmente provoca um ardente desejo de se deixar possuir e conduzir pelo Espírito Santo, (especialmente a missão de dar testemunho de Jesus Cristo), no fim do séc. XIX. Parece ter sido cunhada por Charles Finney, um revivalista americano que deixou marca indelével do pentecostalismo. A teologia de Finney levava em consideração uma experiência subseqüente à conversão que ele chamava "batismo no Espírito Santo" - A realidade de tal experiência significativa e transformadora na vida de muitos cristãos na história da Igreja é incontestável. (Se levada em consideração numa profunda experiência nos dons e nos frutos que o Espírito Santo pode proporcionar).

Que nome, porém, dar a ela, e que interpretação teológica pode-se lhe aplicar sem entrar em conflito com outras realidades da fé, é que tem provocado resistências e, em alguns casos desaprovação de seu uso.
Do ponto de vista teológico, nas últimas décadas tem acontecido considerável avanço nesse campo  que constitui no eixo central  da identidade do pentecostalismo. No Brasil, o conceituado exegeta Pe. Ney Brasil, em artigo escrito na Revista de Cultura Bíblica (ano 38, Vol. XX, n. 77-78, em 1996, Edições Loyola), apresenta-nos "uma investigação exaustiva e brilhante sobre os textos do Novo Testamento que falam no batismo no Espírito", tal como é usado na Renovação Carismática. Na conclusão Pe. Ney esclarece:
"Por isso, quanto à recomendação dos nossos bispos, nas suas já citadas Orientações Pastorais da RCC, parece pertinente o que observa o Frei Felipe Alves: "Esta expressão da RCC, costuma ser explicada. E se alguns não entendem, o mesmo acontece com muitas outras expressões usadas pela nossa Igreja. Nem por isso a prudência eclesial as elimina, tais como "Igreja que nasce do povo", 'Penitência', 'Ordem' etc".
Assim, mesmo reconhecendo o risco da ambiguidade, parece difícil encontrar um substitutivo à expressão já  consagrada. Continuar, então a usar a expressão, contrariando nossos bispos?
Não, não usá-la simplesmente, ignorando a advertência. Levando porém a advertência em conta, esforçar-se por esclarecer a  expressão bíblica, acrescentando alguns substitutivos indicados. Porque a advertência ajudará, com certeza a evitar equívocos e mal entendidos, que não constroem a Igreja.

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O DOM DE FALAR EM LÍNGUAS -  manifestado em Pentecostes pode ser o mesmo de hoje? 


O atual Carismatismo ou Pentecostismo, que é praticado pelos protestantes e católicos teve sua origem no protestantismo no começo do século nos EUA. Uma estudante protestante afirmou ter tido de repente, uma "sensação de paz e gozo".
Ela atribuiu esse fenômeno a Cristo. Passados alguns dias toda a Comunidade se davam as mesmas manifestações. Que foram interpretadas como Batismo no Espírito. Assim nascia o movimento pentecostal protestante que pretende reviver os carismas extraordinários dos Apóstolos no dia de Pentecostes.
Era natural que a fé-confiança, de Lutero, essencialmente despreocupada com a precisão doutrinária das verdades, viesse a desembocar na explosão de manifestações sentimentais do carismatismo. O que é totalmente anormal é que a Fé católica, que exerce adesão pelas verdades reveladas por Deus e propostas pela Igreja como necessárias para crer e para salvar-se, tenha sido de tal modo adulterada a partir do Concílio que viesse assumir essas manifestações exacerbadas de sentimento religioso.
No campo católico, esse pentecostismo chamou-se Renovação Carismática(RCC). Ela nasceu de modo a despertar na Igreja um certo "desejo de renovação" na forma de Orar e manifestar o louvor. De modo a despertar nos mais jovens o gosto pela participação nas celebrações e na liturgia que antes do Concílio Vaticano II era muito fechada à participação dos leigos.
De certa forma trouxe uma nova cara para a Igreja, um novo jeito de celebrar, mais alegre, mais vibrante e que contagiou a muitos.

Não podemos negar que foi muito benéfico ter uma Igreja mais vibrante, como eles mesmos dizem "mais carismáticos" com palmas, cantos e muita alegria.
Mas mesmo assim, trouxe também pensamentos dos pentecostais e das seitas protestantes que são totalmente contrárias ao que ensina a Igreja e o Catecismo. Muitos exageros dentre eles a própria forma de exposição do Santíssimo Sacramento (e de forma exagerada) após a santa Missa o que é totalmente anti-litúrgico. Ou então o falar "línguas" estranhas e outras coisas como "dons de revelação" muitas vezes sem nexo ou de formas incompreensíveis. O uso de instrumentos musicais anti-litúrgicos e de verdadeiros "shows-missas" que faz da liturgia uma show, um circo ao céu aberto, muitas vezes desapropriado e com altos volumes, coisas vindas o protestantismo.

Claro que o movimento em si possui muitos frutos, não há como negar, mas o que deve ser contido são os exageros cometidos e estar atento ao que ensina a Igreja, e sobre a sagrada liturgia.
A RCC não é proibida pela Igreja mas em certos casos merece mais atenção dos bispos locais e dos padres.

QUAL SIGNIFICADO DE PENTECOSTES?

"Pentecostes" palavra de origem grega, naquele tempo, festa das colheitas, fazia parte das festas comemorativas da Páscoa judaica. Quer dizer "quinquagésimo dia", e foi 50 dias após a ressurreição de Jesus, dentro da festa de Pentecostes que Ele, o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos conforme a sua ordem: "não se afastarem de Jerusalém mas esperarem a promessa do Pai",..." pois sereis batizados no Espírito Santo dentro de poucos dias". (At1, 4-5) Assim, a festa de Pentecostes no cristianismo ganhou outro sentido passou a ser a Festa da Vinda, ou descida do Espírito Santo, mas também coincidindo com os 50 dias após a Páscoa cristã, isto é 50 dias depois do domingo da Ressurreição de Jesus.
Pentecostes não era uma festa cristã, era uma festa dos judeus. Tratava-se de uma confraternização religiosa própria do mundo rural, sete semanas após a festa dos pães ázimos, que lembrava a Páscoa dos judeus. Mais tarde já com o culto centralizado no Templo e caracterizado por sacrifício de animais, Pentecostes, mais que uma festa da colheita, era o dia em que os judeus comemoravam a promulgação da Lei de Moisés, isto é os 10 Mandamentos, (Lev23, 15-22); que era celebrada "50 dias" após a Páscoa judaica. Assim no AT, costumes religiosos do mundo rural adquiriram também uma característica histórica, lembrando a libertação da escravidão no Egito e aliança que Deus fez com Moisés no monte Sinai. (Dt16, 9-12)
Batizados no Espírito Santo - aqui significa "banhados" ou "inundados", e não outro batismo diverso do Sacramento do Batismo. Significa a graça especial do envio do Espírito Santo com abundância de seus dons extraordinários.
A abundância de dons extraordinários, visava socorrer a Igreja nos momentos difíceis no começo em que devia aplicar-se em converter os judeus e os pagãos idólatras. Eram dons da ordem dos carismas, os quais não se destinam ao bem pessoal de que quem os recebe, mas de toda a Comunidade dos fiéis.
Ao lado desses carismas transitórios, proveu Jesus a sua Igreja dos Santos Sacramentos como canais normais e permanentes da graça divina, que conferem dons para beneficiar cada um em particular.

O Carismatismo se não bem usado comete o erro grave de pretender renovar, um clima de exaltação super emotiva aqueles carismas extraordinários. Um erro que pode ser grave porque se não bem acompanhados pode expor os fiéis à ilusão com a esperança de estarem recebendo graças especiais, quando pode se tratar de uma simples explosão natural de sentimentos. Esse erro é tão perigoso que, o demônio pode afluir e servir destes estados de super exaltação para produzir certos fenômenos extraordinários com aparência de coisas verdadeiras para enganar e perder a muitos. Uma grande inverdade é a oração em línguas que "os carismáticos" dizem fazer. Para que serve? quem os entende? ... o que há é uma confusão , que "não se parece traduzir" o que se ora, e que São Paulo já exortava antes. Pois o "dom de falar e orar em línguas se não houver compreensão da assembléia, de nada serve para a edificação da Igreja". De nada tem haver com o Espírito Santo, não passa de um teatro. O fato é que muitos líderes católicos e padres estão embarcando nessa e incentivam os carismáticos, achando que isto é unção do Espírito Santo. É mentira e engodo!
COMO ACONTECEU O DOM DE LÍNGUAS NOS ATOS DOS APÓSTOLOS?
Quando abrimos a Bíblia no Livro do Êxodo 34, 22, lemos a prescrição de celebrar a "Festa das Semanas", por ocasião da colheita do trigo.

Para nós cristãos Pentecostes já não tem mais referência alguma com o mundo rural. De fato, passou a ser a festa que faz memória do envio do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Discípulos de Jesus. Pois, foi naquele dia em que se encontravam muita gente em Jerusalém para a celebração desta festa que o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos, Maria Santíssima e ali a Igreja começou sua missão conforme havia ordenado Jesus. 
Então, na verdade, o nome Pentecostes acrescenta-se a outro a "Festa do Espírito Santo". Ele veio, desceu para não só consolar os cristãos, mas também para assistir a Igreja que naquele momento se iniciara. Mas o mais importante de tudo, o Espírito Santo estaria presente em toda a vida da Igreja até os dia de hoje e até a volta de Jesus.

A Igreja é assistida constantemente por Ele. É também o cumprimento da promessa feita por Jesus antes de sua morte: "Não vos deixarei órfãos, vos enviarei um consolador e ele vos esclarecerá todas as coisas!" - Esse Consolador é o Espírito Santo que dá assistência à Igreja. É ele que esclarece que anima que nove todo cristão.
Quando ficamos presos achando que o Espírito Santo se limita apenas em "falar em línguas" ou em muitos milagrosinhos por aí. Na verdade, Ele é muito mais que isso, ele é o "motor" que nos faz caminhar e é o Espírito Santo que une a Igreja em um só povo. Quando há divisões na Igreja, ou então espíritos de divisões então ali não existe ação nem a unção do Espírito Santo. Pois, Ele veio congregar e não desunir.
Quando achamos que na Comunidade, o Espírito Santo dá unção a uns mais que os outros na verdade, isso é um pensamento diabólico porque ou Ele age na Igreja inteira com seus dons e carismas ou então esta comunidade está pobre do Espírito Santo, pois, a ação de Deus não é falha e nem é para um determinado grupo de pessoas. Mas Ele é para todo povo de Deus. Ele está presente desde o início da criação e continua presente.
Mas, qual a explicação então entre o "falar em línguas" dos pentecostais e da RCC e o "falar em línguas" descrito por São Paulo?
Na verdade o que acontece hoje nesses movimentos não tem nada a ver com o que encontramos no Novo Testamento.
Explicar não é fácil, mas eu prefiro me apoiar no que diz São Paulo em 1Cor12, 4-10. 
Na verdade Deus distribui entre nós muitos dons e carismas. Para que serve esses dons e carismas na Igreja? Para a pregação do Evangelho. Para facilitar os Ministérios, sejam eles ordenados ou não.

No que se refere ao "dom de línguas", neste capítulo em especial São Paulo diz que o Espírito Santo dá a uns o dom de "falar em línguas" outros em interpretar línguas. Isso significa que não basta só traduzir, mas, entender o significado dessas línguas.
Bem, isso não é nada sobrenatural, trata-se dos idiomas que se falavam na época. Não significa falar línguas estranhas como querem apresentar nossos irmãos.

Um exemplo é: quando nós queremos saber o significado de determinadas palavras recorremos ao Latim de onde surgiu o nosso português, ou então no caso do Brasil ao Tupi de onde saíram muitos nomes acrescentados em nosso dicionário e em nosso português. Isso é o que se chama interpretar línguas. Diferente de traduzir que é a pessoa que traduz um idioma para o outro. Exemplo: Vice: do inglês para o português. E versa: do Português para o Inglês.

Vejam que neste texto São Paulo se refere a variedade de idiomas e se uns tem facilidade de falar vários idiomas, outros tem a facilidade de interpretá-los. É o que chamamos de poliglotas e intérpretes.
Claro, que naquele tempo não havia escolas especializadas em idiomas como hoje. As pessoas com uso da inteligência dada por Deus aprendiam a falar, a traduzir e interpretar as línguas. Isso era comum entre pessoas que trabalhavam no comércio, entre os religiosos e os políticos.
Mas quem dá esse dom? É Deus, é o Espírito Santo. Como hoje existem pessoas que tem facilidade para falar várias línguas, outras nem tanto, outras mal falam o português. Mas essa variedade de dons que Deus dá está dentro de uma realidade humana, muitas vezes pela própria inteligência. É o que chamamos hoje de auto-didatas.
Aí sim, Deus nos dá inteligência para aprender novas línguas e também a interpretá-las.

Dizer que o que acontece hoje nos meios pentecostais e carismáticos seja "falar em línguas" é l,ínguas de anjos não procede segundo a Sagrada Escritura; muito estranho porque até hoje ninguém foi capaz de traduzir tais "línguas" nem sabemos a veracidade disso. E o pior, quando as pessoas se derem conta de que isso pode se tratar de uma farsa a Igreja cairá em descrédito. Pois é mais do que claro que o "falar em línguas" dos Atos dos Apóstolos, que aconteceu no dia de Pentecostes não tem nada a ver com o que acontece hoje nos meios carismáticos e pentecostais. a) Em Pentecostes o povo entendia os Apóstolos pregarem, não porque falavam línguas estranhas, mas, os ouvidos dos muitos presentes compreendiam-os em seus idiomas, pela ação do Espírito Santo. De modo que todos se entendiam, povos de vários lugares e nacionalidades.

b) Essas línguas estranhas que ouvimos hoje, pode alguém entender? 
E o perigo está aí. Por quê? ... quem garante que isso pode vir de Deus?
Se não entendemos tais palavras, tanto tais coisas podem ser um louvor, mas pode ser que satanás se utilize disso para blasfemar contra Deus. 
Por outro lado: 
Quais os frutos que tais coisas trazem para a Igreja de Jesus? Isso ajuda em quê a Igreja?
Vamos ler as regras que São Paulo ensina quanto a falar em línguas:


REGRAS A SEREM SEGUIDAS NO USO DO DOM DE LÍNGUAS:

1) No máximo três pessoas devem falar, de forma sucessiva e organizada, um de cada vez – 1 Coríntios 14:27;

2) Deve haver tradutor (intérprete) – 1 Coríntios 14:28; 
3) Precisa ser entendido por todos – Atos 2:9-12;
4) Cumprir o papel de edificar a igreja edifica a Igreja estando subordinado ao dom de profecia (1 Coríntios 14:1, 5, 26).
5) Ser enriquecido pelo amor aos irmãos – 1 Coríntios 13:1 e 9. Aqui São Paulo não diz que fala a língua dos anjos. Ele está falando em sentido figurado, "ainda que", para explicar que se ele tivesse todos os dons espirituais, mas lhe faltasse o amor de nada esses dons lhe serviriam. O amor é tudo. 
6) 1Cr 14, 1-34 O dom da profecia é superior ao dom de línguas. São Paulo dá uma verdadeira aula dizendo que o dom de línguas sem interpretação de nada vale para a assembléia, e quem o faz, deve deve usar isso para si mesmo. Isso pode servir para si próprio mas não para os outros; se acontecer que seja no máximo entre duas e três pessoas e que haja interpretação, do contrário deve-se ficar calado. Como é que se pode dizer que essa balbúrdia, essa gritaria que acontece nos templos pentecostais e na RCC sem interpretação traz algum proveito? Choro, gritaria, histeria. Desrespeitando a própria palavra de Deus que diz: que Deus não é um Deus de confusão, mas de paz. (1Cr 14, 33). E o que vemos nesses cultos são verdadeiras balbúrdias um bando de gente louca que nem sabe o que diz, pulando, gritando, cantando, chorando, dançando tudo o mesmo tempo.  Isso não é coisa de Deus, meus, irmãos.  "Está escrito: minha casa é casa de oração!" (Mt21,13). São Paulo ensina que muito mais importante é profetizar, porque enquanto o "dom de língua" edifica  si mesmo a profecia, isto é o ensinamento edifica toda a Comunidade.

São Paulo não proíbe, mas pede que os fiéis tenham discernimento, que ao orarem em línguas que o façam pra si e não para os outros porque isso de nada vale para a Assembléia. E se acontecer na assembléia tem que haver pessoas que as interpretem, do contrário deverá ficar calado. É muito sério isso. 
Eu posso garantir que nunca vi em nenhuma igreja pentecostal, nem tampouco da Igreja Católica alguém interpretar essas línguas. Você já?   
No tempo de São Paulo nem às mulheres eram permitido falar na Igreja. Se elas quisessem saber algo deveriam conversar com os maridos em casa. Veja: 1Cor 14, 34-35. Como é que essas denominações e seus pastores, padres bispos permitem que aconteçam tamanha balbúrdia em  seus templos, dioceses e paróquias?    
Muitos cristãos de hoje ferem essas cinco regras frontalmente. Em muitas congregações, por exemplo, há certo número de pessoas e todos querem falar ao mesmo tempo. Não pode haver intérpretes que falam tem algum sentido já que não sabem o que estão falando?

Observação: Por que utilizar o dom de línguas no Brasil se todos falam o português?
E eu termino com o versículo 39 do capítulo 14 da Primeira a Coríntios:
"Assim pois, meus irmãos, aspirai do dom de profetizar (pregar, ensinar, catequizar...), porém não impeçais falar em línguas, mas com DIGNIDADE E ORDEM".

OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM AVALIADOS SOBRE O DOM DE LÍNGUAS

1. A gritaria não pode fazer parte da manifestação de qualquer dom – Efésios 40:30, 31;

2. A pessoa tomada pelo Espírito Santo tem paz e domínio próprio (Gálatas 5:22, 23), ou seja, não cai no chão.
3. O dom de línguas não provoca desordem na igreja. Em 1 Coríntios 14:33, 40 é dito que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz.” A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo barulho, choca os sentidos (ler Mateus 6:6; Gálatas 5:22, 23). Lembremos de que Deus não é surdo.
4. O Espírito Santo somente é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (ver Tiago 2:10). A pessoa que conhece a Palavra e de livre vontade desobedece a Deus, não tem o Espírito Santo, mesmo que possa parecer! “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9.
5. O fato de alguém falar em línguas não é prova de tenha sido batizado(a) pelo Espírito Santo. A Bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo e, contudo, não falaram em línguas, pois não era necessário. São elas:

• Os samaritanos (Atos 8:17);
• Maria (Lucas 1:35);
• Estevão (Atos 6:5; 7:55);
• Saul, o primeiro rei de Israel (l Samuel 10:10);
• Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);
• Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);
• Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67);
• Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3);
• João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41);
• Os sete diáconos (Atos 6:1-7);
• Jesus Cristo (Lucas 3:22).

Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Ele não usou esse dom porque não havia uma necessidade evangelística para tal. Ao ser preso interrogado pelo Sinédrio sobre sua missão Jesus disse: "Falei publicamente a todo mundo". "Ensinei nas sinagogas e no Templo, onde se reúnem todos os judeus, e nada falei às escondidas"... Jo18, 20  - Jesus não utilizou de nenhuma língua estranha quando falou aos judeus, porque o Espírito Santo que procede de Jesus e o Pai falaria e permitiria que nós, cristãos falássemos diferente em línguas estranhas, que proveito isso tem? Nenhum.
O propósito do Espírito Santo é justamente fazer o contrário que aconteceu na torre de Babel quando os povos foram dispersados por causa do pecado do orgulho e da prepotência, Deus separou-os confundindo-os em várias línguas de modo que eles se dispersaram. Em Pentecostes aconteceu o contrário era preciso que houvesse uma só língua para juntar esse povo na nova Comunidade Igreja que iniciara através de Jesus. De onde os pentecostais a a RCC católica tiraram a ideia que o dom de falar em línguas estranhas aconteceu em Pentecostes? Sendo que em Atos2, claramente vemos que o que aconteceu foi um milagre em que os apóstolos  falavam no seu idioma materno e por causa do poder do Espírito Santo os povos de outras regiões ouviam e entendiam o que eles falavam em seus próprios idiomas. Não quer dizer que o dom de línguas não exista mas, deve-se ter muito cuidado, como orienta São Paulo. Isso não acontece a toda hora e a todo momento e nem tampouco sem interpretação.    

 Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania dEle, pois somente Deus Espírito Santo é quem distribui os dons como Ele quer: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” 1 Coríntios 12:11.

6. O termo “língua dos anjos” só aparece em l Coríntios 13:1, quando Paulo afirma: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” O apóstolo está apenas destacando que, mais importante que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que essa manifestação estranha de língua angélica fizesse parte de nossa pregação (leia Gênesis 18 e Apocalipse 22:8, 9, onde os próprios anjos falaram idiomas humanos para que pudessem ser compreendidos! Leia também Gênesis 19:15; Lucas 2:8-14; 1:16-18).
7. Em Marcos 16:17 é dito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas.” O que significa “falar uma nova língua” na Bíblia? O texto original grego responde. Há duas palavras gregas diferentes para descrever o termo “novas” línguas: neós e kainós.
• Neós é algo novo que não existia antes.
• Kainós é algo novo que já existia.

A palavra empregada em Lucas 16:17 é kainós, indicando assim que as “novas línguas” faladas pelos discípulos de Jesus seriam novas apenas para eles que não as conheciam, mas elas já existiam! 

Eu prefiro acreditar que quando São Paulo nos diz sobre "variedade de línguas" ele está se referindo aos idiomas pelos quais a Igreja teria que aprender a lidar, interpretar e falar ao longo dos séculos por diversos lugares em que o Evangelho fosse pregado.
Quando perguntamos a essas pessoas que falam essas línguas estranhas: Você sabe o que significa essas línguas? 
A resposta é sempre que elas são línguas do Espírito Santo, ou então que são línguas dos anjos. Nisso até leigos, padres e pastores entram em contradição com a própria Sagrada Escritura:
a) Porque em toda Bíblia as manifestações de Deus acontece em uma só linguagem. Deus nunca usou de línguas estranhas para falar ao seu povo. Com Jesus, que é a revelação do Pai, foi a mesma coisa. E com o Espírito Santo é a mesma coisa. Ele nos inspira, nos toca, nos move, nos fala de diversas maneiras, com diversos sinais, mas a linguagem de Deus é uma só. Desde a criação do mundo.
b) Dizer que tais línguas são angélicas, ou vem dos anjos, também é incabível, não tem sentido algum, pois, as manifestações angélicas aconteceram, e podem acontecer, sempre de forma direta na linguagem humana. Vejam que quando o anjo anunciou à Maria ele não veio com metáforas ou linguagem estranhas, ele falou abertamente. Lá em Atos quando Pedro estava preso, o anjo veio resgatá-lo da prisão e falou com ele, no seu idioma o Aramaico e ele entendeu as palavras do anjo.

Claro que os anjos podem por ação divina se comunicarem nos idiomas pátrios, são anjos, seres celestes. Agora achar que o que acontece no meio carismático e pentecostal com o chamado "falar em línguas" é linguagem angélica é pretensão demais ou então ignorância espiritual. 
Não quer dizer que aconteça esses fenômenos, mas, são fenômenos puramente do espírito humano, da psicose humana e não do Espírito Santo.
Deus não se utilizaria disso a troco de nada. Ou seja, Deus não falaria algo que não compreendêssemos para causar divisões na sua Igreja. Quanto aos anjos a coisa é mais séria, pois se tal coisa existisse o Céu estaria dividido.

É verdade que há vários momentos em que o Espírito Santo é dado aos seguidores de Jesus, como em Jo 20, 22-23; At 8, 17; 10, 44-45.
Contudo a cena-ícone do Pentecostes cristão é narrada em Atos 2, 1-36; porque constitui o ponto de partida de uma nova Comunidade, unida pelo Espírito de Jesus e enviada como missionária a todos os povos.

É a manifestação maior da Terceira pessoa da Santíssima Trindade tal como Jesus prometera, (Jo 14, 16-20; 16, 5-15). Ele irá continuar a obra redentora de Jesus, não mais através de algumas pessoas privilegiadas, mas através da própria Igreja. Nessa cena também se destaca a figura de Maria (At1, 14); aquela que atraiu para si o Espírito Santo, para gerar a pessoa de Jesus, e agora trai novamente para gerar a Igreja de Jesus.
Os dons do Espírito Santo em Pentecostes não coincidem com os dons da tradição dos sete dons, que normalmente tomamos do Antigo Testamento, do profeta Isaías, (Is11, 2-3); Aqui vemos os dons da coragem de ser missionário e dar testemunho de Jesus Ressuscitado, do entendimento do mistério pascal de Jesus,da união e da alegria de ser cristão, da partilha de bens, para que ninguém passe necessidade, do amor fraterno e da concórdia, que faz com que todos se compreendam entre si, apesar de serem de diferentes culturas e línguas. Enfim, irrompe algo novo dentro da sociedade romana e judaica da época com uma força de atração impressionante.
( Rev. de Aparecida Ed. 05/2010 - texto de Pe. José Ulysses da Silva, CSsR)
Segundo narra o Livro dos Atos que, na descida do Espírito Santo o povo, que ali se encontrava, (pois era a festa da colheita), começou a entender em seu seus próprios idiomas a pregação dos Apóstolos. O fenômeno que acontecia era esse: Os Apóstolos e os presentes ali que receberam o Espírito Santo, começaram a falar, louvar e bendizer a Deus. Os de fora, (de outras regiões), que ali se encontravam os ouvia em seu idioma ao mesmo tempo cada qual em sua língua . O Espírito Santo através desse fenômeno traduzia o a palavra dos Apóstolos e discípulos de Jesus (idioma Aramaico), para o idioma deles, como se fosse um tradutor simultâneo. Porque aconteceu isso? O Espírito Santo se adiantou em ser o primeiro tradutor de Línguas. Como era impossível, (na força humana) para falar à pessoas de diversas regiões ao mesmo tempo, o Espírito Santo descido sobre todos ali no Cenáculo, agiu de forma tal a fazer com que eles ouvissem os Apóstolos e os entenderam nos seus próprios idiomas para que eles cressem em Jesus, dessem conta do que se passava e se convertessem. Junto com esse milagre veio também a Força para preparar a Igreja que ali nascia para Anúncio do Evangelho. Para isso o Espírito Santo derramou seus dons e sua força santificadora de modo a reanimá-los para a missão que iam empreender.
Isto podemos comprovar claramente no Livro dos Atos dos Apóstolos: ...."não são todos galileus? como é que nós os entendemos falar em nossa própria língua?" (Cf. At 2, 7-8)
Nesta ação espetacular do Espírito Santo veio CONGREGAR num só povo e UNIVERSALIZAR a Igreja de Jesus, (até então os cristãos ou nazarenos, como eram conhecidos), passaria ser conhecida em todo mundo mais tarde como: IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA. Um outro significado é que, Deus uniu e e instituiu pelo Espírito Santo um Novo Povo, que antes na Torre de Babel, o povo que ANTES falava em uma só língua, foi separado, POR CAUSA DO ORGULHO; e cada qual passou a ter um idioma diferente. (A Bíblia fala que Deus os confundiu em sua Língua. Cf. Gên11, 1-9); Com a Igreja de Cristo e pela efusão do Espírito Santo o novo povo de Deus, eleitos de diversos lugares foram Congregados num só povo, O POVO CRISTÃO. Por isso é que Aconteceu o dom de Línguas. (Cf. At2, 1.3,5-6). Esse dom foi único, só aquela vez de modo a chamar à conversão todos que ali se encontravam para que eles entendessem e aceitassem Jesus. Até então Pentecostes era uma festa popular da Judeia que reunia gente de todo lugar. Somente depois é que a palavra Pentecostes passou ser usada na Igreja para significar a descida do Espírito Santo. Porque foi no "Dia da festa Colheita", isto é em Pentecostes, que Jesus enviou seu Espírito. Então esse dia se tornou sagrado para Igreja e recebeu este nome: Dia de Pentecostes, que daquele dia em diante significa para nós cristãos: Dia da descida do Espírito Santo.

Eis o que significa Pentecostes, a presença do Espírito Santo na Igreja, uma força invisível, mas muito bem percebida, que é a própria essência da Igreja, sem Ele a Igreja seria um museu histórico, jamais porém uma força missionária. Capaz de atravessar vinte e tantos séculos cheias de vida gerando muitos santos e santas.
O momento de Pentecostes para cada cristão é o dia da sua Crisma. Ela lhe concede o próprio Espírito Santo, como dom, e o marca como Templo vivo d'Ele. Ela tem força de fazer acontecer em sua vida, a mesma experiência daquela primeira Comunidade, reunida em torno de Maria Santíssima. Por isso é tão importante que em todas as nossas orações, jamais deixemos de suplicar com insistência: "Pai por vosso Filho, dai-me o Espírito Santo!"


O QUE NÃO PODE ACONTECER DENTRO DOS MOVIMENTOS CARISMÁTICOS
Percebam que o que escrevo aqui não sou eu quem escrevo, mas, santos, pessoas, padres estudiosos no assunto:
Muito causa estranheza ver nos movimentos carismáticos pessoas falarem coisas estranhas, sem som distinto, incompreensível afirmando que aquilo é dom de línguas, não é verdade, no ponto de vista bíblico não tem nada a ver com o dom de línguas revelado em Pentecostes. Pode ser em alguns casos. Alguns não em todos! A maior parte é um engodo, uma mentira. E causa mais estranheza que os bispos e padres católicos aceitem tais coisas como se fosse verdade é muito triste. Essas manifestações muitas vezes não é causada pelo "dom de línguas" mas por um estado de êxtase que é comum até em religiões não cristãs como no caso do espiritismo. Por isso dizer que o "dom línguas" é um ato constante é enganar-se a si mesmo. 

É como se eu falasse em Inglês ou árabe, etc. para pessoas que não entendem esses idiomas. Mesmo que eu pregasse, ou falasse maravilhosamente de que serviria isto para a Igreja ou para quem escuta se ninguém entende o que falo? isso é o que adverte São Paulo. Não quer dizer que o "dom de línguas" não possa acontecer mas, tomemos cuidado com isso. Pois, se ele não servir para ajudar a Igreja não servirá pra nada, então isso não provém do Espírito Santo, pois a língua do Espírito Santo é Universal é para todos a qualquer tempo e qualquer lugar dentro ou fora da igreja.

Para justificar chegam a dizer que aquelas falas estranhas é a língua do Espírito, não é verdade. O Espírito Santo é uma força divina, que move os corações e os pensamentos de modo a Santificar as almas e também impulsionar o espírito missionário. 

E aqui eu pergunto: 
Por que Deus, (pois,o Espírito Santo é Deus é a segunda pessoa da Santíssima Trindade), usaria de tais línguas se elas não ajudam em nada a Igreja.
Em todas as passagens em que a Bíblia fala da ação do Espírito Santo, ela mesmo diz que Deus sempre nos falou por meio de palavras compreensíveis, senão diretamente, Ele agiu abertamente pela Unção em vários casos. Desde o Antigo Testamento até o Novo Testamento, como vemos no caso da Anunciação à Maria.

Diferente de Pentecostes, este "falar em línguas" nos causa muita estranheza, visto que desde que surgiu o pentecostismo e o carismatismo ninguém foi capaz de traduzir tais palavras.
Eu quero aqui lançar um desafio a qualquer teólogo, bispo, padre ou pastor que tenha entendido e traduzido essas tais línguas. Pelo contrário, o que existe é uma tremenda balbúrdia dentro dos movimentos que senão para fazerem barulho, causam divisões de interpretações (se é que elas existem) e divisões nas Igrejas. A ponto de tornar a Igreja de humilde à orgulhosa. Não se pode aqui dizer que a frase "o Espírito sopra onde quer e como quer" porque isso é pretensão humana de achar que Deus faria uma coisa incompreensível apenas para um grupinho de pessoas, sem frutos para a Igreja.
Se prestarmos atenção nos Evangelhos vamos ver que Jesus sob ação e a Unção do Espírito Santo dizia coisas compreensíveis, orava de forma compreensível, falava por parábolas muitas vezes, mas mesmo quando não era compreendido ele as explicava quando estava a sós com seus discípulos.
Então de onde vem a Ideia de que essas manifestações dentro dos movimentos pentecostais e carismáticos podem partir do Espírito Santo?
Está claro que há um espírito embusteiro para confundir a cabeça das pessoas, isso está acontecendo dentro da Igreja Católica, debaixo do nariz de muitos bispos e padres aos quais sãos eduzidos por esse mesmo espírito.
Nesse sentido nos adverte São João em 1Jo4,1.6 ... Nisto conheceremos o Espírito Santo da verdade e o espírito do erro."

"Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito,mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantarão no mundo..."
E se lermos os Atos dos Apóstolos, os Evangelhos, e as próprias cartas apostólicas não vamos encontrar tais sinais. Apenas São Paulo adverte sobre o "dom de línguas", não proíbe mas pede atenção, cuidado para não achar que tudo é dom do Espírito, pois aquilo que traz proveito à Comunidade é obra do Espírito Santo, aquilo que não se pode compreender e não ajuda a Igreja não vem de Deus e não serve para nada.

Não estou aqui querendo dizer que a Renovação Carismática Católica estejam contra a Igreja. O movimento em si, embora tenha se espelhado no tal "reavivamento do espírito" pentecostal dos EUA, deu e continua dando muitos frutos para a Igreja Católica. É um movimento, sem dúvida nenhuma muito peculiar, necessário à Igreja e com aprovação dela. Mas o que não pode acontecer e está acontecendo talvez por falta de dedicação dos padres e bispos, ou por uma ignorância no que a Bíblia ensina sobre o Espírito Santo é que está levando muitos católicos à um engodo, uma enganação com relação  à pessoa do Espírito Santo e seu propósito.     

Hoje parece modismo principalmente na RCC tais comportamentos. De repente começa uma linda oração, daí se mistura coisas estranhas, falas estranhas que ninguém compreende, isto pode vir de Deus? Pode Deus querer algo que não compreendemos?

Nesse sentido veja o que São Francisco de Sales, doutor da Igreja já dizia:
"Tem-se visto em nossa época pessoas que creem que foram muito freqüentemente raptadas em êxtases; E a cabo descobria-se que não passava de ilusões diabólicas. Assim, certo sacerdote no tempo de Santo Agostinho punha-se em êxtase sempre que queria, cantando e fazendo cantar uma ária lúgubre. (...) O admirável é que seu êxtase ia tão longe que não sentia o fogo que lhe aplicava, a não ser depois voltado a si..., e ficava sem respirar". E o Santo segue advertindo-nos de que o maligno pode transformar-se em anjo de luz, operar êxtases e prodígios e outros milagres extraordinários para perder as almas confundindo-as. São João da Cruz também afirma: "...quando a alma procura estas comunicações abre as portas para o demônio!"
Um outro caso; o ex-pastor, Francisco Almeida de Araújo, da igreja Batista, conta-nos que nos EUA, um antigo pastor missionário na África e conhecedor de vários idiomas e dialetos africanos , certo dia encontrou em sua igreja um grupo de jovens "falando em línguas". Mas tomou um grande susto ao conhecer que aqueles jovens proferiam blasfêmias contra Nosso Senhor em um dialeto africano que ele conhecia bem. Era pois o demônio que inspirava a mente daqueles jovens em estado de transe a dizerem blasfêmias. O mesmo fenômeno já aconteceu nas "falas de línguas" do carismatismo católico.
Porém o "falar em línguas" não foi proibido mas exortado, que se tomasse cuidado, São Paulo diz que o "dom da profecia" é muito mais importante e deve ser usado para edificação da Igreja. (Cf. 1Cor14, 5-6) ... Para São Paulo de nada adianta falar em línguas se isto não traz nenhum proveito para a Igreja a não ser para a pessoa.

Já a profecia, (no sentido de anunciar o Evangelho, denunciar e ajudar combater as injustiças), é importante para a Igreja, Deus se serviu dela desde o Antigo Testamento, através de homens justos para ajudar o povo a caminhar, servir dela com seu Filho Jesus para pregar a Boa Nova, serviu dela pelos Apóstolos e serve dela pela sua Igreja.

O QUE DIZ SÃO PAULO SOBRE "O FALAR EM LÍNGUAS"?
São Paulo, em boa parte do Capítulo 14 da 1a. Carta aos Coríntios, vem explicar-nos sobre "o falar em línguas"; segundo São Paulo, não é proibido, porém, não é importante pois não enriquece a Igreja. Primeiro porque ninguém entende o que se fala, depois não traz ensinamento nenhum; a pessoa que fala em línguas é como um instrumento musical desafinado, que não produz música. Quem afirma é São Paulo; 1Cr14, 6-7. 

A gente vê nos movimentos carismáticos pessoas bem intencionadas que acreditam e se dizem "falar em línguas", (e outro erro mais trave é que são até incentivados por dirigentes da Igreja); por acaso você entendeu ou melhor, compreendeu o que eles falavam? ... Alguém já os interpretou sob os dons do Espírito Santo? ...
A Igreja não proíbe que se use esse dom, mas se ele não servir para edificação da Igreja e se não for interpretado não resolve nada. É o que nos diz S. Paulo. A pessoa ora, mas o espírito fica sem frutos. E Paulo conclui dizendo que ele tem sim o dom das Línguas mas ele prefere "na Assembléia" usar de suas próprias palavras para que o povo entenda. (Cf. 1Cor14, 8-19); não é recomendável o "falar em línguas" dentro da Assembléia, porque confundirá a todos.

São Paulo dá a entender que o conhecimento de "falar em línguas" é falar o idioma patrício, não um "dom sobrenatural". Nisso sim, quando pois todos sabemos que ele era um Rabino antes de se converter, estudou e falava em vários idiomas conhecidos na época: Hebraico, Aramaico, Latim e Grego. Pois ele tinha dupla cidadania era Judeu, mas tinha cidadania Romana. Ele explica bem no versículo versículo 18, depois vem explicar dentro da Palavra de Deus o porque não "fala em línguas" ...esta escrito na Lei: "Será por gente de língua estranha e por lábios de estrangeiros que falarei ao meu povo, (não por dom de línguas); e nem assim me ouvirão!" (Is28, 11s.) Para São Paulo o "falar em línguas" traria confusão dentro da Igreja porque uns compreenderiam, outros não, achariam que eles estavam loucos, semeariam então confusão e traria injustiça, (usar o bom senso no sentido de que, todos tem o direito de ouvir o Evangelho proclamado) a Assembléia. Para São Paulo, quem age assim se comporta como uma criança.


OUTRO ERRO GRAVE DO CARISMATISMO OU PENTECOSTISMO - é pretender uma comunicação do Espírito Santo e da graça divina por outros meios que os Sacramentos estabelecidos por Nosso Senhor.
De fato além da afirmação de Jesus: "Quem não nascer da água e do Espírito não entrará no reino dos Céus, (Jo 3,5). Assim ordenou Jesus: "Ide pois pregai o Evangelho à toda criatura, ensinai as todos e batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei!" (Mt 18, 19-20).
Portanto a Comunicação com o Espírito Santo se faz pelo Sacramento do Batismo. Por isso já em Pentecostes, o que os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, julgaram mais necessário para cumprir o Ordem de Jesus foi batizar os primeiros convertidos.
Mas também outros Sacramentos operam de modo diverso, no sentido de garantir a permanência do Espírito Santo na alma do fiel ou recuperar sua habitação.

Nesse sentido ouso citar uma Instrutiva de da página de D. Lefebvre, (em Renovation Carismática)
" O que fizeram os Apóstolos senão batizar? Eles comunicavam o Espírito Santo a todos os que tinham fé, a todos que criam em Nosso Senhor. É assim que a Igreja, sob a Influência de Cristo, sempre comunica o Espírito Santo. Todos nós recebemos o Batismo. Devemo meditar com mais atenção a grande realidade de nosso Batismo. A recepção deste sacramento opera nas almas uma grande transformação". "os outros sacramentais vêm completar esta efusão do Espírito santo operada em nosso Batismo. Assim, o sacramento da Confirmação nos comunica também numa maior profusão, os dons do Espírito Santo, pois, temos uma necessidade deles para alimentar nossa vida espiritual e cristã!"
Mas não é tudo! Com efeito Nosso Senhor quis que dois Sacramentos em particular intensificassem em nós a comunicação com seu Espírito com a efusão de seus dons de forma frequente são os Sacramentos da Confissão e da Eucaristia. A penitência reforça a graça que recebermos em nosso Batismo e purifica a nossa alma de seus pecados. Pois não podemos pensar em receber as abundantes graças do Espírito Santo se estivermos em pecado. Este Sacramento restitui, pois, força do Espírito e o poder da graça.
E o sacramento da Eucaristia que nos é dado pela celebração do santo Sacrifício da Missa que renova a oblação sacrifical de Cristo e nos aplica os frutos da Redenção. Na Eucaristia merecemos ao mesmo tempo a santificação de nossas almas, que nos afasta do pecado, e a união com Nosso Senhor, bem como a força do Espírito Santo.
Os Sacramentos do Matrimônio e o da Ordem santificam a sociedade. Aquele santifica as famílias; este é concedido para comunicar precisamente o Espírito Santo a todas as famílias cristãs, a todas as almas.
Finalmente, o Sacramento da Unção dos Enfermos nos prepara para receber a plena Vida Eterna ou o recobramento da saúde, pela ação do Espírito Santo. (Rev. Tradicion Catolica no. 34, fev. 1998).

No entanto cabe lembrar que de tudo não é a Renovação Carismática que é um movimento desaprovado pela Igreja. Pois ela tem tido muito acompanhamento espiritual dos sacerdotes e bispos, com efeito tem trazido nestes tempos muitos fiéis para a Igreja atraídos pelo seu carisma próprio. Mas aqui se trata de discernir "certos" comportamentos da RCC que não estão de pleno acordo com a Palavra de Deus, por isso se torna perigoso, se não discernirmos o que benéfico ou não dentro do "carismatismo". Sejamos antes críticos até com nossa própria fé.
Entender a pessoa do Espírito Santo e como Ele age é muito difícil, provar que tudo que se faz numa religião é obra de Deus também é difícil, muito mais se não adquirirmos a experiência em nós da prática dos Sacramentos e da observância concreta da sua Palavra. O Espírito Santo age onde Ele quer, inspira quem ele quer, mas "nem sempre" as coisas acontecem realmente pela inspiração de Deus. O demônio, astuto como ele é, também usa da religião e da palavra de Deus para confundir e perder as almas. Haja visto que ele tentou Jesus, citando os Salmos da Escritura Sagrada. Por isso seja crítico. Quando se vê muita empolgação em um grupo, que mais parece "fogo de palha", curas miraculosas, comoção externa de pensamentos, choros, gritos, aparições, etc. É sinal que alguma coisa está errada. Pois, com prudência, a Igreja vem pesquisando vários destes fenômenos e muitas vezes se descobre que não tem nada de extraordinário, mas sim, fenômenos psíquicos que facilmente se pode provar. A ação do Espírito Santo em um grupo, pelo contrário, é duradoura e produz muitos frutos. Frutos esses que fazem diferença na vida particular, familiar e comunitária.
Neste tempo em que nos preparamos para celebrar Pentecostes, possamos refletir: Estou dando valor e recebendo bem e preparadamente os Sacramentos da Igreja? - Que consciência eu devo ter da ação do Espírito Santo dentro da prática de cada um d'Eles?


domingo, 12 de março de 2017

O PECADO DE FÁTIMA - Irmã Lúcia, Impostora?

Sabemos o que aconteceu em Fátima, Portugal no dia 13 de maio e meses subsequentes do ano de 1917. Até aí tudo bem. Nada há de novidade e nenhum segredo deixou de ser revelado pela verdadeira Irmã Lúcia. O que chama atenção é que após 1960 data em que foi marcado e autorizado pela Virgem Maria para Lúcia revelar o último segredo  gera muitas dúvidas. O que está por detrás disso tudo leva-nos a acreditar uma conspiração feita pelo próprio Vaticano para impedir que o terceiro segredo de Fátima fosse revelado tal como é. A própria morte de Irmã Lúcia é um mistério. E nos leva a crer que sua morte se deu antes de 1960 e no seu lugar foi posta uma impostora.  

O fato é que as colocações feitas pelo Ir. Pedro Dimond, O.S.B são muito graves e leva-nos a ter a certeza que essa irmã Lúcia que a pouco faleceu não é a mesma Ir. Lúcia das aparições. É nítida a comprovação de que se tratava de uma uma usurpadora que  nada sabia sobre o terceiro segredo, e quando perguntava ou desconversava ou passava uma negativa daquilo que lhe era perguntado. Nas explicações do Ir. Pedro, não resta dúvida que aquela Lúcia que viu a Virgem de Fátima não é a mesma. A pergunta é: O que tem de grave neste último segredo que levou o Vaticano a colocar uma impostora se passar pela verdadeira Ir. Lúcia? O que o Vaticano teme em esconder dos fiéis a verdade.

 Até de 1960 a verdadeira Irmã Lúcia escreveu revelando os dois segredos e o contexto das aparições todos os relatos são verdadeiros. Depois de 1960 no que se refere ao terceiro segredo nada podemos dizer que é confiável, pois, o Vaticano decidiu lacrar este segredo a sete chaves e tudo que se refere a ele não passa de mera especulação.

Por isso mesmo o título "Pecado de Fátima" é muito propício porque não só cometeram um crime em fazer uma pessoa se passar por outra, como também o Vaticano esse tempo todo tem mentido e enganado os fiéis que de boa fé, fazendo o povo católico acreditar que essa mulher era a Irmã Lúcia verdadeira, não é. Vamos ler na íntegra o que diz o Irmão Pedro e tiremos nossas conclusões. Conclusões estas que não são minhas mas de um Irmão religioso entendido no assunto.                    


AS EVIDÊNCIAS QUE EXPÕEM A IRMÃ LÚCIA IMPOSTORA

 Escrito por Ir. Pedro Dimond, O.S.B.


Pergunta: O que dizer das afirmações da Irmã Lúcia após 1960? Os seus testemunhos citados parecem contraditórios. Alguns citam-na dizendo que João Paulo II consagrou a Rússia com sucesso; outros citam-na dizendo exactamente o contrário. Alguns citam-na como se dissesse que nunca foi pretendido que o Terceiro Segredo fosse revelado e que ninguém vai para o Inferno, enquanto outros citam-na a fazer referência à diabólica desorientação da Igreja.

Resposta: Após 1960, estamos sem dúvidas a lidar com uma massiva conspiração e uma Irmã Lúcia impostora. Iremos agora tratar das impressionantes evidências de que os inimigos da mensagem de Fátima, a partir do reinado do maçom, João XXIII, colocaram uma Irmã Lúcia impostora que desempenhou publicamente um papel como se fosse a verdadeira Irmã Lúcia. Nada vindo da suposta Irmã Lúcia após 1960 é confiável.

Antes de tudo, sabemos que houve uma conspiração envolvendo a Irmã Lúcia a partir de 1959. Em 1957, a Irmã Lúcia deu a sua famosa entrevista ao Padre Augustín Fuentes, postulador da causa de Beatificação de Jacinta e Francisco. Nesta entrevista, a Irmã Lúcia disse ao Padre Fuentes que a Santa Virgem Maria fê-la entender que vivemos nos últimos dias do mundo, e que há punições preparadas para o mundo. A Irmã Lúcia também disse para não esperar pela hierarquia para a chamada à penitência. Após esta entrevista, em 1959 a Diocese de Coimbra publicou uma nota. Esta nota declarava que o Padre Fuentes fabricou praticamente todas as afirmações atribuídas à Irmã Lúcia na entrevista que não tratavam especificamente de Jacinta e Francisco. Incluída nesta nota estava uma asserção alegadamente da Irmã Lúcia, na qual ela supostamente declara que as afirmações do Pe. Fuentes não eram verdadeiras. Segue-se uma porção da nota:

Nota da Diocese de Coimbra, 2 de Julho de 1959, sobre a entrevista do Pe. Fuentes:
“O Padre Augustín Fuentes, postulador da causa da beatificação dos videntes de Fátima... visitou a Irmã Lúcia no Carmelo de Coimbra e falou-lhe exclusivamente de assuntos relacionados com o processo em questão. Todavia, ao regressar ao México... este sacerdote permitiu-se fazer declarações sensacionais de carácter apocalíptico, escatológico e profético, que ele declarou ter ouvido da própria boca da Irmã Lúcia. Dada a gravidade de tais declarações, a chancelaria de Coimbra entendeu ser seu dever ordenar uma investigação rigorosa sobre a autenticidade de tais notícias... (…) a respeito de coisas que teriam sido alegadamente ditas pela Irmã Lúcia, a Diocese de Coimbra decidiu publicar estas palavras da Irmã Lúcia, dadas em resposta a perguntas feitas por quem de direito.
[Irmã Lúcia]: ‘O Padre Fuentes falou comigo na sua capacidade de Postulador das causas de beatificação dos servos de Deus, Jacinta e Francisco Marto. Falámos apenas de coisas relacionadas com este assunto; portanto, tudo o resto a que ele se refere não é nem exacto nem verdadeiro. Lamento-o, porque não compreendo que bem se possa fazer às almas que não venha de Deus, Que é a Verdade. Não sei nada, e portanto não podia dizer nada, sobre tais castigos, que são falsamente atribuídos a mim.’
A chancelaria de Coimbra está em posição de declarar que, como até ao presente a Irmã Lúcia disse tudo o que entendeu ser o seu dever dizer sobre Fátima, não disse nada mais de novo e, por conseguinte, não autorizou ninguém, pelo menos desde Fevereiro de 1955, a publicar o que quer que fosse que lhe pudesse ser atribuído sobre o tema de Fátima.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pp. 550-551)

Até o apostolado do “Padre” Gruner defende que a entrevista de Fuentes é autêntica, e que esta declaração da Diocese de Coimbra, na qual a Irmã Lúcia supostamente repudia grande parte da entrevista de Fuentes, é uma mentira. Logo, estamos a lidar com uma conspiração envolvendo a Irmã Lúcia que já vem desde 1959 — a diocese a atribuir e publicar falsas declarações em nome da Irmã Lúcia para repudiar importantes avisos ao mundo. Ao mesmo tempo, foi convenientemente declarado que a Irmã Lúcia “disse tudo o que entendeu ser o seu dever dizer sobre Fátima”; por outras palavras, a Irmã Lúcia não tem mais nada a dizer sobre Fátima. O Frade Michel também nota que após a entrevista do Pe. Fuentes, tornou-se cada vez mais difícil ter acesso à Irmã Lúcia; ela tornou-se “invisível.”

Frère Michel de laSainteTrinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pp. 748-749: “A partir desse momento [após a entrevista do Padre Fuentes e a nota diocesana repudiando-a], ela passou a estar submetida a um silêncio muito mais rigoroso sobre qualquer coisa acerca de Fátima, e especialmente sobre os grandes temas do Segredo... Como vimos, nessa nota de 2 de Julho de 1959, a chancelaria de Coimbra declarou autoritariamente que ‘a Irmã Lúcia não tem mais nada a dizer sobre Fátima’! Também se tornou incrivelmente difícil vê-la e, durante anos, nenhum dos seus escritos foram publicados. O seu testemunho estava a tornar-se enfadonho. Em 1962, Maria de Freitas observou que ‘cada vez mais, visitas à Irmã Lúcia são proibidas; cada vez mais ela torna-se invisível.’”

Bem, nós cremos que as seguintes fotografias (para além de outras evidências) revelam o porquê de, após a entrevista do Padre Fuentes, a Irmã Lúcia ter sido submetida a um silêncio rigoroso, o porquê de ela ter se tornado “invisível.” O motivo é que a partir desse ponto não era definitivamente a Irmã Lúcia, mas uma impostora a fazer-se de Irmã Lúcia. Seguem-se fotos da verdadeira Irmã Lúcia de 1945 quando ela tinha 38 anos de idade:

A verdadeira Irmã Lúcia em 1945 com 38 anos de idade



Agora segue-se a foto da “Irmã Lúcia” em 1967, com 60 anos de idade!


Irmã Lúcia impostora em 1967, com 60 anos de idade!
“Irmã Lúcia” em 1967, com 60 anos de idade

Você pode julgar por si mesmo, mas a mulher nesta foto não é a mesma da foto anterior. Primeiro, esta fotografia é de 1967. Logo, esta é supostamente a “Irmã Lúcia” vinte e dois anos mais tarde, com 60 anos! Mas esta mulher parece ser tão nova quanto, ou até mais nova que a Irmã Lúcia quando tinha 38 anos!

Em segundo lugar, a verdadeira Irmã Lúcia (a primeira imagem) tem uma estrutura nasal diferente desta “Irmã Lúcia.” O nariz desta “Irmã Lúcia” é muito mais largo; é outra mulher. Claro que, enquanto uma pessoa pode (e frequentemente acontece) envelhecer notavelmente entre a meia idade e o seu fim, a nossa aparência mantém-se essencialmente a mesma — o que não acontece neste caso.

Em terceiro lugar, uma leitora do nosso trabalho chamada Bárbara Costello observou que a Irmã Lúcia tem uma cova característica no seu queixo e nas suas bochechas. Vemo-lo na seguinte fotografia da Irmã Lúcia em 1945, novamente com 38 anos de idade (tal como na primeira foto acima, a imagem à direita de 1945):

A verdadeira Irmã Lúcia. Note a cova característica nas bochechas e no centro do seu queixo.
Note a cova característica nas bochechas e no centro do seu queixo.


No entanto, esta “Irmã Lúcia” abaixo não tem as covas características nas bochechas e no centro do queixo.



Esta “Irmã Lúcia” tem um queixo que caracteriza-se predominantemente por ser sobressaído, projetado para frente, que a verdadeira Irmã Lúcia não tem (para além da diferente estrutura nasal).

(À esquerda a verdadeira Ir. Lúcia; à direita a Irmã Lúcia Impostora)


Esta mulher não é a Irmã Lúcia, mas uma falsa Irmã Lúcia que foi implantada e especialmente selecionada para servir os propósitos da falsa linha de Fátima e da religião do Vaticano II incutida ao mundo após a entrevista com o Padre Fuentes. O facto de a “Irmã Lúcia” pós-Vaticano II não ser a verdadeira Lúcia não é provado apenas pelas evidências fotográficas, mas também por uma inumerável e flagrante quantidade de outras evidências.

Francis Alban, The Fatima Priest, página introdutória: “Em 11 de Outubro de 1990, Carolina, a irmã de sangue da Irmã Lúcia, disse ao Padre Gruner que ela tinha visitado a Irmã Lúcia no Carmelo de Coimbra por mais de 40 anos e nunca lhe tinha sido permitido falar sozinha com a sua irmã na mesma sala. Elas estavam sempre separadas por uma grelha e muitas outras irmãs do convento estavam presentes em todas as visitas.” (GoodCounselPublications, Pound Ridge, NY, 1997)

Por mais de 40 anos, até à sua irmã de sangue foi proibido ver a “Irmã Lúcia” de outro modo que não através de uma grelha e com outras freiras presentes! Isto explicaria o porquê de a sua irmã não ter descoberto a fraude — nunca lhe fora permitido ver a “Irmã Lúcia” excepto por detrás de uma grelha e completamente coberta pelo hábito, e nunca lhe era permitido falar intimamente com ela por causa da constante presença de “muitas” outras freiras! Esta estranha quarentena da “Irmã Lúcia” não foi, como o “Padre” Gruner sugeriu, porque ela diria ao mundo a verdade sobre Fátima. Foi porque os conspiradores no Vaticano não queriam que a sua falsa “Irmã Lúcia” fosse denunciada como a impostora que ela era, o que teria ocorrido se ela tivesse sido sujeita a qualquer exame ou escrutínio sério. (E isso aconteceu nos poucos casos em que o Vaticano permitiu que ela fosse entrevistada, tal como nas notórias Duas Horas com a Irmã Lúcia de Carlos Evaristo, como veremos.)

Então, nunca foi permitido à Irmã Lúcia falar com a sua família excepto por detrás de uma grelha, mas quando eles precisaram da “Irmã Lúcia” para que ela aprovasse publicamente a seita do Vaticano II, os seus antipapas e a falha destes em revelar o Terceiro Segredo, ela foi convenientemente apresentada ao mundo em Fátima em 1967, de maneira que ela pudesse ser vista em intimidade com o seu companheiro conspirador, o Antipapa Paulo VI.

A falsa Irmã Lúcia trazida detrás da grelha para ser vista pelo mundo em Fátima em 1967.
A falsa Irmã Lúcia trazida detrás da grelha para ser vista pelo mundo em Fátima em 1967 com o seu companheiro conspirador, o Antipapa Paulo VI — para aprovar a nova religião, a sua destruição da Tradição, a sua promulgação do Vaticano II, e a sua falha em publicar o Terceiro Segredo.


A falsa Irmã Lúcia a confraternizar com João Paulo II.
A mesma coisa aqui: a falsa Irmã Lúcia posta perante o mundo
para ser vista a confraternizar em intimidade com João Paulo II.

Outra questão que vem à mente após ver estas fotografias é: quando foi que a Irmã Lúcia ajeitou a dentição? Segue-se uma foto da verdadeira Irmã Lúcia; os seus dentes frontais eram caracteristicamente irregulares.


Quando foi que a Irmã Lúcia ajeitou a dentição?
“Quando começou a surgir a segunda dentição de Lúcia... Os dentes grandes, salientes e irregulares levantavam-lhe o lábio superior, enquanto o inferior era grosso e um tanto caído.” (William Thomas Walsh, Nossa Senhora de Fátima, pág. 18)

Mas nas fotografias da falsa Irmã Lúcia acima, vemos que a sua dentição era homogénea e bem arranjada, e não larga, saliente e irregular. Claro, é possível que a Irmã Lúcia tenha sido sujeita a uma significativa cirurgia dental ou que os seus dentes tenham sido substituídos para que parecessem homogéneos e bem arranjados, como os da Irmã Lúcia impostora, mas é mais provável que seja apenas outra prova do facto de que a mulher apresentada acima não é a verdadeira Irmã Lúcia.

Àqueles que têm dificuldade em aceitar isto, peço que se foquem em duas coisas: 1) Nosso Senhor disse que nos últimos dias o engano será tão profundo que até os eleitos seriam enganados se isto fosse possível (Mateus 24), e uma Irmã Lúcia impostora foi crucial para os planos do Demónio de enganar o mundo sobre Fátima; 2) todo o tradicionalista que não aceita a versão do Vaticano do Terceiro Segredo de Fátima (publicado no ano 2000) já aceita, por sua vez, que havia uma “Irmã Lúcia” impostora, mas simplesmente ainda não se apercebeu ou não é honesto ou lógico o suficiente para o admitir. É incontestável que a falsa Irmã Lúcia aprovou na íntegra a versão e interpretação anexa do Terceiro Segredo fabricado pelo Vaticano que afirma que o Segredo refere-se a João Paulo II. O conhecimento deste facto não é obtido mediante cartas que possam muito bem ter sido forjadas, mas através de inegáveis evidências em vídeo da “Irmã Lúcia” em Fátima no ano de 2000 para as “Beatificações” de Jacinta e Francisco.

Neste evento, o “Cardeal” Sodano, (sendo observado pela “Irmã Lúcia”) anunciou que o Vaticano iria revelar o Terceiro Segredo de Fátima, e que este concerne à tentativa de assassinato do antipapa João Paulo II. Todos os que estavam a ver este evento (como nós) puderam ver a reacção da “Irmã Lúcia,” tornando assim a teoria de ela ter sido escondida para que não contasse a verdade sobre o assunto (como os “gruneritas”1 afirmam) indubitavelmente insustentável. A “Irmã Lúcia” fez claros sinais que significam que ela aprovou e concordou completamente com o “Cardeal” Sodano, que o Terceiro Segredo de Fátima refere-se à tentativa de assassinato de João Paulo II! Para qualquer um que é honesto e lógico, isto é prova absoluta de que esta não pode ser a verdadeira Irmã Lúcia, mas uma impostora e uma agente da seita do Vaticano II.

Na seguinte citação, note que até um “grunerita” reconhece o problema. Ele admite o quão “quase inquietante” foi ver a “Irmã Lúcia” a aprovar a interpretação do “Cardeal” Sodano do Terceiro Segredo — sim, eu diria o mesmo! — mas falha em chegar à conclusão apropriada.

Mark Fellows, Fátima em Crepúsculo, pág. 327: “De facto, a sua exuberância [da Irmã Lúcia] em Fátima em 2000 foi quase inquietante. Certamente que a causa da sua radiância, e da sua nova graciosidade para com João Paulo, foi a beatificação dos seus dois primos. No entanto, ela manteve-se exuberante até perante a versão do Terceiro Segredo do Cardeal Sodano, a ponto de fazer largos e estranhos gestos para a plateia.”

Aqui temos: a falsa “Irmã Lúcia” aprovou completamente a versão e interpretação do Vaticano do Terceiro Segredo de Fátima. A única maneira pela qual poderíamos chegar a considerá-la como sendo a verdadeira Irmã Lúcia é aceitando completamente a versão do Terceiro Segredo do Vaticano, e a sua interpretação de que este se refere à tentativa de assassinato de João Paulo II. Porém, quase todos os tradicionalistas concordam que a versão (e interpretação) do Vaticano do Terceiro Segredo não foi autêntica, mas outra mentira — outra conspiração. A “Irmã Lúcia” impostora é da mesma laia. É por isso que os gruneritasvêem-se forçados a fazer de tudo para desculpar as inúmeras afirmações provenientes da Irmã Lúcia impostora que contradiz a posição deles.

Em 1992, sucedeu-se a infame entrevista intitulada Duas Horas com a Irmã Lúcia, conduzida pelo “Cardeal” Padiyara de Ernakulam, da Índia, “Sua Excelência” Bispo Francisco Michaelappa de Mysore, da Índia e pelo “Padre” Francisco V. Pacheco, de Fortaleza Ce., Brasil. O Sr. Carlos Evaristo, um jornalista, também estava presente na entrevista, e foi o tradutor oficial. Nesta entrevista, a “Irmã Lúcia,” entre outras coisas, disse que o Terceiro Segredo nunca foi suposto ser revelado em 1960, e que não deveria ser revelado. Isto contradiz totalmente tudo o que sabemos sobre o assunto que foi dito pela Irmã Lúcia pré-Vaticano II. Na entrevista, esta “Irmã Lúcia” também disse que a consagração da Rússia de João Paulo II foi aceite pelos Céus. Segue-se uma porção da entrevista.

“Cardeal Padyiara: ‘E esta consagração [da Rússia] foi realizada por João Paulo II no dia 25 de Março de 1984?’
‘Irmã Lúcia’: ‘Sim, sim, sim.’ (Com uma voz grave e afirmativa que, além disso, parece mostrar que ela já estava a espera da questão)...
Carlos Evaristo: ‘Então esta consagração foi aceite pela Nossa Senhora?’
‘Irmã Lúcia’: ‘Sim.’
Carlos: ‘A Nossa Senhora está contente e a aceitou?’
‘Irmã Lúcia’: ‘Sim.’...
Cardeal Padyiara: ‘Deus e a Nossa Senhora ainda querem que a Igreja revele o Terceiro Segredo?’
‘Irmã Lúcia’: ‘Não é pretendido que o Terceiro Segredo seja revelado. Foi apenas destinado ao Papa e a hierarquia imediata da Igreja.’
Carlos: ‘Mas a Nossa Senhora não disse que esse deveria ser revelado ao público no mais tardar em 1960?’
‘Irmã Lúcia’: ‘A Nossa Senhora nunca disse isso. A Nossa Senhora disse que o segredo era destinado ao Papa.’
Carlos: ‘O Papa pode revelar o Terceiro Segredo?’
‘Irmã Lúcia’: ‘O Papa pode revelá-lo se assim o pretender, mas eu aconselho-o a não o fazer. Se ele assim o quiser, eu sugiro-lhe grande prudência. Ele precisa ser prudente.’”

Os gruneritas tentaram desesperadamente desacreditar esta entrevista, uma vez que esta devasta completamente a sua posição; mas o Ir. Miguel Dimond (superior do Mosteiro da Sagrada Família) teve a chance de falar com o “Pe.” Pacheco quando ele veio uma vez visitar o Mosteiro por causa de uma conferência na década de 90. O “Pe.” Pacheco disse ao Ir. Mguel que havia algo de muito errado com a Irmã Lúcia, e que ela não era capaz de responder a questões simples sobre a sua vida. É bastante óbvio que os entrevistadores estavam a ir demasiado a fundo em questões com as quais a impostora não estava familiarizada.

Os gruneritas tentam desacreditar esta entrevista de 1992 afirmando que a “Irmã Lúcia” esteve sempre atrás da grelha, mas nesta entrevista ela supostamente estava no exterior, e até de mãos dadas com pessoas. Mas isto faz sentido: o Vaticano permitiu uma entrevista selectiva a um grupo independente — com a Irmã Lúcia no exterior e não por detrás da grelha — na qual ela iria dizer-lhes (e logo, também ao mundo) que João Paulo II consagrou a Rússia com sucesso de modo que assim ficasse registado com um grupo independente. Mas quando a suposta “Irmã Lúcia” encontrava-se com a sua irmã (que podia mais facilmente identificá-la como impostora), ela foi sempre mantida atrás da grelha e junta de muitas outras freiras.

Para além da entrevista de 1992, Duas Horas com a Irmã Lúcia, há muitas outras afirmações da falsa Lúcia nas quais ela aprova a linha da seita do Vaticano II sobre Fátima, assim provando que ela era uma impostora. Em 2001, num artigo impresso no L'Osservatore Romano, a “Irmã Lúcia” foi especificamente questionada sobre a consagração da Rússia e até o “Padre” Gruner tenta dar uma explicação. A entrevista foi noticiada por todo o mundo:

CIDADE DO VATICANO, 20 de DEZ. de 2001 (Serviço de Informação do Vaticano): “Em referência à terceira parte do segredo de Fátima, ela [“Irmã Lúcia”] afirmou que leu atentamente e meditou sobre um livreto publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé e confirmou tudo que lá estava escrito. A qualquer um que pense que alguma parte do segredo foi escondida, ela respondeu: ‘Tudo foi publicado; nada mais permanece em segredo.’ Para aqueles que falam e escrevem sobre novas revelações, ela diz: ‘Não há verdade nisso. Se eu tivesse recebido novas revelações não teria contado a pessoa alguma, mas as teria comunicado directamente ao Santo Padre.’ A Irmã Lúcia foi questionada: ‘O que responderia às persistentes afirmações do Padre Gruner que está a recolher assinaturas para que o Papa finalmente consagre a Rússia ao Coração Imaculado de Maria, que nunca foi feita? Ela respondeu: ‘A Comunidade Carmelita rejeitou todas as formas de recolha de assinaturas. Eu já disse que a consagração que a Nossa Senhora desejava foi cumprida em 1984 e foi aceita pelo Céu.’”

Claro, os gruneritas irão dizer que esta entrevista foi fabricada ou distorcida, mas então estarão a admitir que há uma conspiração! Se o Vaticano pode chegar a este ponto, é certamente concebível que eles pudessem implantar uma impostora; e, como vimos, o argumento de que todas estas afirmações da “Irmã Lúcia” a aprovar o falso Terceiro Segredo são apenas fabricações é destruído pela evidência em vídeo na qual todos puderam ver a sua aprovação da versão do Vaticano do Terceiro Segredo de Fátima em 2000.

A falsa Irmã Lúcia a beijar a mão de João Paulo II depois da 'Comunhão'.
Uma bizarra fotografia da falsa Irmã Lúcia a beijar a mão de João Paulo II depois de ter recebido a “Comunhão”

Outro ponto que vale a pena mencionar é a actividade bizarra da “Irmã Lúcia” enquanto recebia a “Comunhão” de João Paulo II na anteriormente tratada cerimónia de “Beatificação” em 2000, Fátima (a mesma na qual ela aprovou patentemente a versão do Terceiro Segredo do Vaticano). A “Irmã Lúcia” primeiro estendeu as suas mãos, como que quisesse receber a “Comunhão” na mão. Sendo muito mais astuto que isso, e sabendo que iria destruir todo o esquema, João Paulo II hesitou e estendeu a mão para dar-lhe a “Comunhão” na língua. Mas imediatamente após ter recebido “Comunhão,” a “Irmã Lúcia” segurou a mão de João Paulo II e beijou-a (como mostra a imagem acima). Isto é totalmente bizarro, pois a “Irmã Lúcia” teve muitas oportunidades de fazer a sua reverência ao Antipapa, mas aparentemente ela não podia nem esperar até depois da sua acção de graças pela “Comunhão” ou até a “Missa” ter acabado! A verdadeira Irmã Lúcia nunca teria feito isto — interrompendo desta forma a sua Comunhão e acção de graças. É claro que a Irmã Lúcia impostora foi simplesmente demasiado zelosa no desempenho de seu papel de filial devoção ao Antipapa, e precipitou-se ao segurar a sua mão imediatamente após a “Comunhão.”

Pergunta: Então o que pensais que aconteceu com a verdadeira Irmã Lúcia?

Resposta: Ela foi claramente em algum momento eliminada. Independentemente de quando isto possa ter ocorrido, não há duvida de que esta mulher que fazia o papel de “Irmã Lúcia” desde o Vaticano II não era a verdadeira. Os leitores podem dar a isto a importância que quiserem (e o que segue não é de forma alguma essencial ao factos acima, que provam que houve realmente uma Irmã Lúcia impostora), mas há alguns anos atrás nós recebemos uma carta inquietante. Esta carta foi enviada por uma mulher (uma católica tradicional convertida) cuja família estava envolvida com altos graus dos Illuminati e da Maçonaria. Além disso, nós falámos com esta mulher tanto antes como depois de ela ter enviado a carta. Havia muito mais na carta e nas conversas por telefone que acrescentam contexto e credibilidade à sua afirmação, mas só podemos fornecer abaixo uma porção da carta. Mesmo sendo difícil de acreditar, é verdade que nós realmente recebemos a seguinte carta e falamos por longos períodos com esta mulher (ela pediu que omitíssemos o nome dela por razões óbvias):

“Caros irmãos do Mosteiro da Sagrada Família... Como vos contei ao telefone, eu tenho alguns parentes muito obscuros... [um maçom mundialmente conhecido] é o irmão de [x- nome removido para preservar o anonimato da autora] que era casado com a minha tia-avó. Todos os meus parentes do lado da minha mãe eram maçons Illuminati de grau 33. Os meus avós estiveram na Estrela do Oriente2… Eu sei que devo, neste momento, parecer uma esquisita aos gritos. Não sou... Quando eu tinha cinco anos, a minha mãe organizou um encontro. Houve várias coisas que aconteceram que são demasiado horríveis para se pôr no papel sobre estes encontros. Em poucas palavras, eles basicamente fazem sacrifícios a Satanás. Eu tive um novo irmão bebé chamado [x]... A Minha mãe não sabia antecipadamente [que x] faria parte das ‘cerimónias.’ Eles iam pô-lo dentro do que parecia ser uma larga panela de lata [e torturá-lo] de forma a saber o futuro... [felizmente, isto não aconteceu por causa dos eventos intervenientes]... [Mas] Uma das coisas que foram ditas nesse terrível dia foi que eles tinham acabado de matar a Irmã Lúcia (eu pensava que eles estavam a falar de uma irmã que eu não sabia ter que eles mataram). Quando eu perguntei, eles disseram ‘Não, estúpida... ela é uma freira.’ O significado disto só se tornou claro anos depois. Estávamos em 1958, fins de Outubro quando isto aconteceu. (Eu lembro-me disto porque o meu irmão tinha acabado de nascer.) Eu sei que pareço uma mulher maluca mas é a verdade...”

Nós falámos com esta mulher durante muito tempo; ela é uma católica tradicional convertida, e nós cremos que está a contar a verdade. Mas independentemente de se aceitar ou não este testemunho como verídico, o facto é que houve uma Irmã Lúcia impostora. Não há dúvidas acerca disto; as evidências são inegáveis. O Vaticano manteve-a convenientemente viva até os 97 anos de idade, até revelarem o falso Terceiro Segredo e ela ter terminado o seu papel; então, alguns anos depois ela “morreu” e a sua cela foi selada por ordens do “Cardeal” Ratzinger.

Há tantas almas que desprezam as evidências contra a apostasia do Vaticano II e contra a Nova Missa simplesmente porque a “Irmã Lúcia” aceitou-as. Nós sempre as informámos que não podem rejeitar os factos da fé baseando-se naquilo que pensam que uma outra pessoa crê.

Gálatas 1:8-9 — “Mas ainda quando nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie um evangelho diferente do que nós vos temos anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: Se algum vos anunciar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja anátema.”

Mas infelizmente, faltando-lhes a verdadeira fé, escolheram seguir homens ao invés de Deus, e estavam na realidade a seguir uma completa impostora.

A FALSA MENSAGEM DO “PADRE” NICHOLAS GRUNER

'Padre' Nicholas Gruner

Antes de examinar esta questão em detalhe, como quase todos, nós também sustentávamos a posição popular sobre a consagração da Rússia: de que a conversão da Rússia significa necessariamente que a nação Russa será convertida à fé católica, resultando no fantástico reino de paz universal e na renovação católica. Assim pensávamos porque era o que todas as pessoas que escreviam sobre Fátima diziam, e não havia realmente razão alguma para questioná-lo. No entanto, como dito neste artigo, após termos estudado esta posição à procura do seu fundamento, chegámos à conclusão que esta não tem qualquer fundamento, e que não há provas para esta nas palavras de Nossa Senhora; pelo contrário, uma posição bastante diferente e muito mais plausível tem as suas evidências fundadas nas palavras de Nossa Senhora.

Há muitas pessoas que mantiveram, e mantêm, de boa fé a posição errónea sobre a consagração e conversão da Rússia. (E, estritamente falando, uma pessoa é livre para adoptar qualquer opinião que se sinta mais inclinada neste assunto, uma vez que não é uma questão de doutrina católica — apesar de as evidências apresentadas neste artigo demonstrarem que a posição de Nicholas Gruner sobre esta questão é falsa.) Aqueles que sustiveram esta posição de má fé seriam aqueles que rejeitaram os factos do ensinamento católico sobre a actual apostasia, e mantiveram-se na seita do Vaticano II ou na Nova Missa, simplesmente porque criam que um dos “Papas” do Vaticano II teria de consagrar a Rússia.

Dito isto, creio que o empreendimento de Fátima do “Padre” Nicholas Gruner tornou-se colossal pela assistência do Demónio. O seu empreendimento tem sido altamente importante para o Demónio em distrair as almas das verdadeiras questões da fé, desviando-lhes a atenção para a tentativa de fazer com que um antipapa consagre a Rússia. Mesmo se a Rússia ainda não tivesse sido consagrada, é um facto que os antipapas do Vaticano II não são católicos e, portanto, não têm de qualquer forma autoridade para realizar a consagração. Logo, o apostolado massivo do “Padre” Gruner que tenta conseguir que os antipapas do Vaticano II consagrem a Rússia é um desperdício duplo: 1) ele está a tentar que antipapas não-católicos e manifestamente heréticos realizem a consagração, quando não o podem fazer; e 2) toda a sua posição sobre a consagração da Rússia é errónea. Pense em todo o tempo, recursos e esforços perdidos! Pense — o mais importante — nas almas que têm sido enganadas e distraídas, e aceitaram obstinadamente os antipapas do Vaticano II porque (por sua própria falta de amor pela verdade) rejeitaram os factos do Magistério, e que mantiveram-se sob os antipapas do Vaticano II porque criam que um deles precisa consagrar a Rússia.

Somos muito frequentemente contactados por estas pessoas, e sempre as asseguramos que não podem rejeitar os factos do ensinamento do Magistério baseando-se na sua dúvida sobre quem irá cumprir a profecia. Nós sempre dissemos-lhes que contra um facto não há argumento (hereges não podem ser papas), e que verdade não pode contradizer verdade, e que, portanto, há uma boa resposta para as suas perguntas sobre a consagração, mesmo que não a tivesse naquela altura. Mas infelizmente, estas pessoas rejeitaram todos os factos do ensinamento do Magistério, aceitaram os apóstatas do Vaticano II por causa da sua falsa ideia de que um deles tem de consagrar a Rússia. Agora estas pessoas podem ver não somente que a posição sedevacantista não contradiz a mensagem de Fátima de forma alguma, mas que a sua posição é na verdade um engano que as têm mantido aprisionadas nas trevas sobre a actual situação. O “Padre” Gruner tornou-se o quarto maior empregador em Fort Erie, Ontário, por causa do seu apostolado!

O facto de o apostolado do “Padre” Gruner ser feito sob a assistência de Satanás é corroborado pela sua demoníaca mistura de verdade com erro — de catolicismo com apostasia. E isso vemo-lo bastante claro na seguinte citação sobre a apostasia na Igreja.

“Padre” Gruner, “Que Deus tenha piedade de todos nós,” A Cruzada de Fátima (The Fatima Crusader), ed. nº71: “‘No Terceiro Segredo está predito, entre outras coisas, que a grande Apostasia na Igreja começará pelo cimo.’ Estas são as palavras do Cardeal Ciappi (o Teólogo Pontifício pessoal do Papa João Paulo II). O resultado da ‘grande Apostasia’ que começará ‘pelo cimo’ é a corrupção do clero e dos leigos em questões de doutrina, de moral e da liturgia. (...) Deus está muito irado com o Seu povo, porque não só nos envia maus padres, como também, aparentemente, nos envia também maus Bispos e maus Cardeais. Em 13 de Maio de 2000, o Papa João Paulo II disse-nos em Fátima que: ‘A Mensagem de Fátima é um apelo à conversão, alertando a Humanidade para não fazer o jogo do ‘dragão’ cuja ‘cauda arrastou um terço das estrelas do Céu e lançou-as sobre a terra.’ (Apoc. 12:4) Esclareçamos esta declaração. O Papa João Paulo II disse o seguinte: Não sigais a terça parte dos Cardeais, a terça parte dos Bispos católicos, e a terça parte dos padres católicos que foram arrastados pelo demónio para fora da sua posição exaltada de conduzir os fiéis para o Céu. Por outras palavras, o Santo Padre diz-nos o aviso que a Mensagem de Fátima nos faz para os dias de hoje. Ou seja, que a terça parte do clero (que são as estrelas do Céu) foi arrastada pelo demónio e os seus sequazes — os maçons, os comunistas, a organizações de homossexuais — e estão agora a trabalhar para o próprio demónio; não para Deus, não para a Igreja de Cristo, mas para o demónio.” (fatima.org)

Isto realmente resume os métodos e apostolado malignos do “Padre” Gruner. Aqui vemos Gruner a discutir a verdade de como é predito que a apostasia na Igreja começará “pelo cimo.” E a quem isto estaria a referir-se? Obviamente isto aplicar-se-ia primariamente a João Paulo II, o homem que reclamava ser o papa (reclamava ser o cimo da Igreja) e que guiou toda a apostasia pelos seus encontros idólatras de oração em Assis, o seu falso ecumenismo massivo em todo o mundo, etc. Porém, enquanto conta esta verdade às pessoas (de que a apostasia irá começar pelo cimo, ou por aquilo que parece ser o cimo da Igreja), será que ele depois alerta as pessoas acerca do homem em relação ao qual devem ficar mais apreensivas? Não; ao invés disso, ele faz exactamente o contrário: ele depois encaminha-asdirectamente a João Paulo II — aquele cujos actos no contexto da apostasia deveriam ser expostos às pessoas — citando-o como se ele fosse o seu aliado contra a apostasia dos bispos e dos padres! Isto é totalmente perverso, e ainda mais, em certos sentidos, que outras formas de perversão mais explícitas, uma vez que mistura verdade com erro (apostasia com catolicismo) e é mais efectiva em trazer os conservadores de volta às fontes da apostasia, os antipapas do Vaticano II. É por isso que ele tem sido capaz de iludir e distrair tantas pessoas com a falsa mensagem sobre Fátima.

Para além da sua mortífera mistura de verdade com erro, uma das maneiras pelas quais o apostolado do “Padre” Gruner tem se tornado tão influente é através da propaganda. Seguem-se algumas das coisas que podemos encontrar na página da Internet do seu apostolado (fatima.org): esta chama a sua revista de “revista de Nossa Senhora.” Esta afirma: “Clique aqui para ler mais sobre a revista de Nossa Senhora...”! Eia, quem ousaria discordar ou não apoiar “a revista de Nossa Senhora” — a revista da própria Nossa Senhora!

Ele chama o seu Serviço de Livros de “Serviço de Livros de Nossa Senhora”! Carambas, queríamos nós ter o privilégio de ser o “Serviço de Livros de Nossa Senhora.” Ele chama o seu programa de rádio de “O Programa de Rádio de Nossa Senhora”! E — sim, você adivinhou — ele chama o seu Apostolado não apenas de Apostolado de Fátima, mas de “Apostolado de Nossa Senhora”! A sua página na Internet afirma: “Pouco depois da formação do Apostolado de Nossa Senhora, o Padre Gruner começou a publicar a revista A Cruzada de Fátima. Em 1980, o Papa João Paulo II encorajou directamente o Padre Gruner no seu trabalho sobre Fátima e o periódico cresceu...”

Uau, ele deve ser um “padre” e tanto para administrar o “Apostolado de Nossa Senhora” — o Apostolado da própria Virgem Maria — assim como o Programa de Rádio dela, a revista dela e o Serviço de Livros dela. Haverá alguém que não consiga ver o quão presunçoso — e argumentavelmente blasfemo — isto é? Ah, esqueça... está tudo bem... eu quase esqueci... Gruner é, segundo o seu Apostolado (isto é, o Apostolado de “Nossa Senhora”), “o Padre de Fátima”!

Na verdade, isto é simplesmente propaganda de um falso profeta, e é por isso que o “Padre” Gruner tem tido tanta influência no que as pessoas pensam sobre Fátima e a situação presente. A definição de “propaganda” é “... esquema organizado, para a propagação de uma doutrina ou prática.” Rotular como sendo “de Nossa Senhora” quase todos os aspectos do seu apostolado é um esquema organizado por parte do seu apostolado para se auto-elevar como se fosse a própria voz de Nossa Senhora.

Para além de ser perversamente presunçosa, esta propaganda faz lavagem cerebral às pessoas tal como a propaganda feita pelos grandes meios de comunicação. Quando estas pessoas ouvem isto vezes sem conta — isto é o “Apostolado de Nossa Senhora” e a “revista de Nossa Senhora” e o “Serviço de Livros de Nossa Senhora” — uma lavragem cerebral está a ser feita de forma que estas sigam tudo que ele diz sobre Fátima, o apoiem vigorosamente (pois, quem não quereria apoiar a Nossa Senhora?) ou considerem Gruner como o representante pessoal de Nossa Senhora. Pelo facto de as pessoas serem tão ingénuas, isto tem sido uma das mais importantes causas de quão grande o seu apostolado se tornou. É por isso que o seu apostolado continua a utilizar este tipo de propaganda tão frequentemente. É por isso que muitos sofreram uma lavagem cerebral ao ponto de não considerarem nada sobre o assunto que não esteja em conformidade com as visões do “Padre” Gruner.

A propósito, Gruner afirmou em uma de suas cartas que queria enviar o livro “Padre de Fátima” (que é a história da sua vida) para todos os “bispos” do país! Que completo desperdício. O Livro Padre de Fátima — que é repleto de imagens de várias fases da vida de Gruner, inclusive como bebé — que é basicamente sobre ele próprio e sobre o herói que supostamente é — tem sido traduzido para várias línguas de forma a espalhar “A Boa Nova” de Nicholas Gruner por todo o mundo.


Tudo isto explica o porquê de Gruner promover imagens do antipapa João Paulo II em sua revista consistentemente durante anos (de uma forma positiva) depois de estar a par da apostasia de João Paulo II. Para Gruner, o objectivo não era dizer a verdade; o objectivo era manter-se popular e ser visto como um herói por uma audiência supostamente “católica” — promovendo João Paulo II e Fátima ao mesmo tempo. Só um homem muito perverso não teria denunciado João Paulo II a partir do momento que estivesse a par da sua apostasia, e isto é exatamente o que Nicholas Gruner é.

CONCLUSÃO
(Elmando V. Toledo)

Este ano de 2017, a Igreja celebra os 100 anos da aparição de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta. Francisco e Jacinta morreram ainda jovens, e o Papa João Paulo II os beatificou. Já Ir. lúcia, caminha pelo mesmo processo pelo Papa Francisco. A pergunta é: Vamos ter uma imagem em nossos altares lembrando a pessoa que foi Ir. Lúcia, mas, a imagem de uma impostora? 
O Vaticano sabe que essa Ir. Lúcia dos últimos tempos não é a verdadeira, isto é notório e não dá para contestar mediante as provas apresentadas. Além de ser uma enorme contradição é um atentado à fé dos católicos que venerarão a imagem de uma impostora?

O culto aos santos(as) sim, este se dará a Ir. Lúcia verdadeira, mas estará em nossos altares a imagem de alguém que nem sonhando era da Ir. Lúcia verdadeira? Recuso-me aceitar essa hipótese. 

Por outro lado, agora se torna muito mais claro observar a cinzânia de satanás se espalhar de cima para baixo como já se previa está acontecendo. Em todo mundo bispos corruptos da Igreja deixaram de pregar o verdadeiro Evangelho para pregar o deus dinheiro. No Brasil vemos claramente o escândalo de Aparecida, aonde a Igreja permitiu que a Imagem da Santíssima Virgem saísse em uma escola de samba; e para piorar introduzem no santo ofício da Liturgia elementos do espiritismo, de terreiros de macumba, como nós assistimos na Novena oficial de Aparecida. Missas que parecem teatros com encenações e danças, zombando do Calvário de Nosso Senhor. São movimentos Carismáticos que fazem das missas um verdadeiro show de rock. Sem falar dos casos assustadores de pedofilia. 

Transformam a celebração eucarística em um salão de baile. São movimentos protestantes, pentecostais disfarçados de catolicismo. Ritos maçons dentro das celebrações nas igrejas. É isso quando o texto acima se refere à "falsa missa". Já há muito Santo Padre Pio já alertava sobre esse acontecimento.       

Tudo isso Nossa Senhora já tinha alertado a Humanidade o que aconteceria. A cinzânia de satanás se espalhando e contaminando os membros Igreja de Jesus. Não há mais regras para se canonizar. Canonizaram recentemente João Paulo II e bem sabemos que ele não era tão santo quanto parecia, pois mantinha confidências com uma mulher casada por anos; nesse caso não houve sequer uma preparação por trás, como cautela,  como acontece com quem aos quais a Igreja deve investigar antes de fazer uma canonização.
No Brasil a Igreja que pregava o "amor incondicional pelos pobres" é aliada de partidos corruptos como o "PT" - e não levanta mais sua voz para defender as questões sociais como fez  tantos bispos no passado, como foi por exemplo, Dom Elder Câmara; não existe mais envolvimento dos movimentos eclesiais de base. O que há no Brasil principalmente é uma Igreja surda, muda e descompromissada que só diz alguma coisa quando ameaça seus direitos políticos. Uma Igreja que tendo o Estado de São Paulo o maior pólo de fé que é Aparecida, não consegue parar o avanço das seitas protestantes. 

Agora o próprio arcebispo de São Paulo Dom Odilo Pedro Scherer, e Aparecida do Norte , Dom Orlando Brandes, autorizou o "escândalo de Aparecida" permitindo que Nossa Senhora fosse ultrajada saindo em uma escola de samba. Dói saber que padres de renome como Padre Joãozinho e até o padre Zezinho, Scj, quem diria, apoiou esse ultraje à Virgem Maria no carnaval.  

E para piorar a situação, quem vai à Aparecida percebe que ali se tornou uma casa de comércio vendendo de tudo que se pode vender, uma Igreja que consome milhões enquanto nas periferias o povo passa necessidade. "Está escrito: minha casa é uma casa de Oração, mas vocês a transformaram em um covil de salteadores". (Mt21, 13-14) - "Este Templo, onde meu Nome é invocado, será porventura que se tornou um covil de ladrões para vos reunirdes? Muito cuidado! Eis que Eu mesmo estou observando tudo isto!” Palavra do SENHOR". (Jr7, 11).

Nossa Senhora em Fátima faz um apelo e ao mesmo tempo um alerta, satanás está travando nesses tempos do fim uma guerra contra a Igreja de Jesus. Para isso ele procura espalhar suas ideias contaminando a Igreja, como uma fruta que começa a apodrecer de dentro pra fora. É isso que está acontecendo. Não se escandalizem, o caso da falsa irmã lúcia é apenas mais um dentre os muitos escândalos que virão acometidos pelos falsos papas, bispos e padres.   

Enganam-se aqueles que pensam que os maiores inimigos da Igreja são os protestantes ou muçulmanos. Os inimigos da Igreja estiveram presentes dentro dela desde o início, a começar de Judas Iscariotes até leigos, padres, papas e bispos. Irmã lúcia talvez tenha direcionado a última parte do segredo aos bispos, porque pode se referir aos tempos sombrios que virão. Uma Igreja que como previsto passará por uma enorme tribulação.
Não é a fruta de fora da cesta que estraga as outras que estão no cesto, são frutas que apodrecem dentro do cesto que contaminam as outras sadias e as fazem perder. 

Existe duas correntes dentro do Vaticano. Uma de padres e bispos realmente comprometidos com a verdade, que estão realmente dispostos à causa do Evangelho. Mas, se acovardam quando por uma simples questão de obediência não denunciam não levantam a voz para defender a Igreja.
A outra parte são os mercenários do evangelho que se infiltraram na Igreja e seguem a linha satânica da maçonaria ou iluminatis, estão apenas preocupados com o luxo, vaidade, riquezas e de encher seus cofres. Não estão nem aí com a palavra de Deus muito embora fale dela aos fiéis. São como os antigos friseus do tempo de Jesus. Essa gente é capaz de tudo. Foi esta linha de falsos bispos que estiveram envolvidos com o escândalo do Banco do Vaticano. Outros envolvidos em pedofilia e muitas outras podridões. Vemos uma Igreja rica com muitos miseráveis passando fome e diversas necessidades. 
Satanás está peneirando a Igreja e dessa peneira poucos vão ficar. 

Graças a Deus temos um Papa santo que é Francisco, coerente e que dá exemplo, embora possa ser humano e limitado, mas, está fazendo um ótimo trabalho para fazer com que a Igreja Católica recupere sua imagem tão desgastada por esses que se julgam sacerdotes e bispos mas não são. Precisamos orar muito meus irmãos. Jesus não está de olhos fechados à todas essas coisas. Talvez seja por isso que a Mãe de Deus em Fátima tenha alertado sobre o pecado da própria Igreja, mas eles não querem ouvir, como Moisés um dia não foi ouvido pelo Faraó.  

Hoje falta vocações, falta amor. Qualquer um que se candidata entra em um seminário se torna padre mas não é cristão de verdade. Por isso vemos cada vez mais as paróquias vazias. Onde existe uma catequese fraca. Não há movimentos. Não há assistência aos pobres. Não há comprometimento com as  causas sociais. Jesus disse: "De graça recebeis, de graça dais". 
Só pensam em pedir dinheiro. Mas esquecem da assistência espiritual. Estão preocupados com a reforma dos seus templos, mas não na reforma do ser humano. Poucas confissões, poucos batismos...  São sacerdotes que ao invés de estarem salvando almas, atendendo o povo católico, administrando os sacramentos, estão mais preocupados com o exterior, com a fama, os shows. Cobram caro para dar uma palestra evangelização. Tudo isto é a cinzânia de satanás.

O povo padece espiritualmente e por isso recorrem às seitas que cada dia surgem no nosso país e no mundo. Lá eles são enganados, mas preferem ficar lá do que na Igreja Católica porque lá recebem palavras de conforto coisa que alguns maus sacerdotes deixaram de fazer. Nossa Senhora como Mãe da Igreja não estará preocupada? Pensemos e oremos pela Igreja, para que Deus tenha piedade e nos ajude a sermos verdeiros cristãos.    

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A ATITUDE COMPASSIVA DO PAI - A parábola do "filho pródigo" nos ensina





Muitas vezes, quando erramos, questionamos as atitudes de nossos pais terrenos. Não podemos compreender a visão que eles têm das coisas que nós julgamos ultrapassadas e obsoletas.

Chamamos aqueles cabelos brancos cheios de experiência de estarem desatualizados e fora do tempo. Questionamos certas atitudes que para nós não se encaixam com o progresso que o mundo está passando.
Para nós o que interessa mesmo é viver o nosso momento, mesmo que para isso sejamos capazes de contrariar até mesmo as pessoas que mais amamos para viver uma vida alienada em busca de prazeres momentâneos, gastando o tempo e a vida com coisas inúteis.

Não pense que isso é coisa só de agora. Os homens por mais que vivam muito, são poucos que carregam o peso desses anos e uma experiência de vida desejável e exemplar. Continuam apesar da idade como verdadeiros adolescentes rebeldes necessitados de atenção.
No tempo de Jesus também foi assim, muitos não aceitavam seus ensinamentos, muitos tinham inveja porque Jesus lhes abria os olhos para melhor perceberem que nossa atitude diante de Deus também é de filhos rebeldes. Deus não se cansa de nos amar, portanto, enviou seu Filho para nos colocar no verdadeiro caminho.

Os homens estavam cegos e continuam cegos porque vivem na escuridão do pecado. Mas Deus está a todo o momento de braços abertos à espera de seus filhos. Deus não separa cor, raça, credo. Todos somos filhos amados de Deus, herdeiros do Céu. Se antes éramos apenas criaturas, simples mortais, Deus por Jesus nos trouxe vida nova e nos igualou à condição de filhos e, portanto, somos irmãos de Jesus. O rosto do Pai se volta para nós sempre com amor a espera que possamos voltar a Ele como verdadeiros filhos.
Para ilustrar o que estamos refletindo vamos relembrar a Parábola do Filho Pródigo e aprender um pouco sobre esse belíssimo ensinamento de Jesus.

Lucas 15:11-32
11-E disse: Certo homem tinha dois filhos. 12-E o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte da herança que me cabe. E ele repartiu por eles a fazenda. 13-E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. 14-E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. 15-E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. 16-E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. 17-E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! 18- Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e perante ti. 19-Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. 20-E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço, e o beijou. 21-E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. 22-Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-o, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, 23-e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.

25-E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. 26-E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. 27- E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. 28-Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele. 29-Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos. 30-Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste para ele um bezerro cevado. 31-E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. 32-Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.


O Senhor Jesus nesta parábola nos mostra qual é a atitude compassiva de Deus nosso Pai para com os pecadores.

A palavra filho pródigo, quer dizer: esbanjador, gastador, extravagante. 
  Quantos de nós que como o filho pródigo esbanja seu tempo, sua juventude com coisas que não leva ao verdadeiro caminho. Quantos se tornam rebeldes abandona a fé, a Igreja, a família para ir buscar felicidade onde não existe. Perdem-se por aí na prostituição, nas drogas no vício... A nossa condição não é diferente daquela do filho pródigo. Porém o Pai do Céu sempre está disposto a nos acolher se decidirmos voltar atrás.
Esse jovem esbanjador é a figura da humanidade que esbanja sua vida buscando coisas que não são de Deus. Muito mais que bens materiais esbanjamos uma vida inteira vivendo uma vida entregue ao pecado, desperdiçamos, gastamos o tempo precioso de nossa vida procurando só o exterior e deixando de lado a verdadeira vida de filhos de Deus a qual deveríamos viver.
O que essa parábola de Jesus tem a nos ensinar?
Para descobrir vamos dividi-la em 07 partes:
1)   A figura do pai: O pai está representado por um homem de idade já avançada mas, ainda que acabrunhado pelos anos   está sempre a espera do filho que partiu na esperança de seu regresso. Jesus relaciona a figura deste pai com a figura do Pai Celeste. Um pai que não se cansa de esperar apesar do tempo e da distância. Um Pai que ama acima de tudo e está sempre disposto a perdoar. Não é assim que Deus Pai age conosco? Um pai humano talvez diria ao filho: “espere mais um pouco, não vou lhe dar nada por enquanto porque você não tem experiência de vida e vai gastar tudo”... Mas com Deus é diferente, primeiro ele nos criou livres para tomar nossas decisões certas ou erradas. Depois, nos deu seus bens, os dons espirituais, (sua Palavra,a Igreja e os sacramentos) e o necessário para ganharmos o pão de cada dia. O Pai nos entregou esse mundo para vivermos bem, em santidade, somos administradores do bem. Também deu-nos uma herança, a Salvação, que trazida por Jesus seu filho. O bem mais precioso que temos é a alma, se a condenarmos a viver em pecado, perdemos também essa herança.
2)   O filho rebelde: Um jovem, o caçula, criado com todos os mimos. No entanto, toma uma atitude inesperada e inconseqüente, talvez tocado pelo ímpeto da juventude. Vai até seu pai e pede a parte na herança. Vai embora gasta tudo com seus colegas e as meretrizes. Distante em uma terra austera, sem dinheiro, começa a sofrer os castigos da sua inconseqüência. Tem fome, e não lhe é permitido comer nem a comida dos porcos que ele cuidava. Aqui percebemos as agruras da desobediência. Quanta humilhação! Esse jovem na realidade do tempo da parábola era um judeu. O patrão um estrangeiro pelo jeito. Os judeus consideram os porcos animais impuros. Eles não se alimentam de porcos e nem tampouco os criam. Agora, aquele judeu era obrigado a tratar dos porcos e ainda queria comer a mesma comida que eles.
  Esse jovem representa todos nós ou a humanidade quando abandonamos os Mandamentos, a Igreja. Quando fechamos nossos ouvidos à Palavra de Deus e aos ensinamentos da Igreja. Nos tornamos filhos rebeldes, gastamos a herança da salvação e tudo que restar depois disso é a lavagem dos porcos, isto é as conseqüências pelo nossos pecados, a sujeira e a fome espiritual. O Pai continua a nos amar e a esperar com ansioso pelo regresso. Mas a atitude deve ser nossa.
3)   A atitude do filho: Depois de sofrer as agruras da miséria e da fome e humilhação ele toma uma atitude, consciente de que muito errou: É melhor voltar. Na casa de seu pai não faltava comida, os criados eram bem tratados, então, mesmo que o pai não o quisesse mais, não o perdoasse mais como filho, mas que o contratasse como empregado. Isso já era o suficiente. Mesmo assim iria ao seu pai pedir perdão por tudo que fez. E assim o fez. Não só reconhecendo que errou, mas, pediu perdão porque pecou contra o Céu, ou contra Deus (4º. Mandamento: “Honrar pai e mãe”) e contra a própria pessoa do pai. Veja que aquele jovem sabia bem que havia também com a sua atitude ofendido a Deus.  E assim ele o fez.
Veja se não é a mesma atitude que temos diante de Deus. E aqui uma observação para aqueles que não acreditam no Sacramento da confissão. “Ah! Não dizem. Eu não preciso me confessar com o sacerdote confesso diretamente com Deus”. Pois é Jesus nesta parábola está falando diretamente do Sacramento da confissão; o filho foi ter com seu pai e pediu perdão pelo pecado que fez, num gesto de arrependimento diz esta oração: “Pai, pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado seu filho, trata-me como um dos teus empregados”.
Na Confissão acontece o mesmo. Pedimos perdão porque pecamos contra Deus e contra o próximo. Quem é o próximo que ele ofendeu? O seu próprio pai. O Pai então o recebe, o abraça, perdoa-lhe e acolhe novamente. Essa é a mesma atitude do sacerdote quando confessamos e pedimos perdão pelos nossos pecados. Primeiro fazemos um exame de consciência, como aquele jovem fez quando estava entregue às agruras longe de casa. Revemos nossas atitudes diante de Deus. Buscamos o perdão regressando à casa do Pai. Pedimos perdão e o sacerdote em nome de Jesus nos perdoa, nos dá uma nova chance de como um dia teve aquele jovem, de começar uma vida nova outra vez. Voltamos à amizade com o Pai do Céu.
4)   A atitude do Pai: O pai acolhe, perdoa e manda colocar-lhe roupa nova, sandálias no pés e faz um banquete festivo em honra do filho que voltou. Em outra passagem Jesus disse que há mais festa no céu por um só pecador que se arrepende (Lc15,7). Deus Pai quer a nossa felicidade se afastamos dele é por rebeldia nossa. A nossa família é a Comunidade dos batizados, isto é, a Igreja. Longe dela ficamos perdidos e começamos a passar fome espiritual, isso faz com que caiamos na incredulidade e no pecado, perdendo a chance de receber a herança da Salvação. Quando voltamos à Casa do Pai e buscamos seu perdão, Ele fica feliz e o Céu todo se alegra. Quão é maravilhoso nosso Pai Celeste!
Deus não nos trata como empregados, ele perdoa e nos restaura a dignidade. Na parábola, quando o Jesus disse que ele estava descalço, Jesus quis dizer não só descalço fisicamente, mas também espiritualmente. Aquele jovem perdeu a dignidade de filho de Deus. O gesto do pai de colocar roupas novas e as sandálias nos pés, significa que o Pai restaurou-lhe a condição de filho que ele perdeu. Em outras palavras representa o pecador quando volta à Igreja e busca a reconciliação com Deus. Jesus faz conosco a mesma coisa.
5)   O Banquete: O Pai manda preparar um banquete, manda matar um novilho cevado. Houve festa, muita alegria, muita dança em comemoração à volta do filho. Essa festa do pai, representa a festa no céu de todo pecador que se arrepende e se reconcilia com Deus. O banquete Jesus nos oferece a Eucaristia, quando buscamos o Sacramento da Confissão, recebemos também o direito de sentar à mesma do Banquete Eucarístico.
6)   O irmão mais velho: Seu irmão mais velho vendo aquele barulho de festa foi aproximar dos criados para perguntar que havia. Recebeu a informação de que havia uma festa em homenagem ao seu irmão mais novo que voltou. Então ele se dirige ao pai e questiona porque o pai faz uma festa para aquele que esbanjou tudo e saiu de casa. Enquanto ele que nunca tinha desobedecido o pai nunca lhe dera um novilho para ele comer com os amigos.
Meus caros, aqui está representado todos aqueles filhos de Deus que se acham os donos da verdade. Quantas crentes que apontam o dedo para o irmão que estava desviado e voltou. E ficam de fofoca entre si achando que por estarem mais tempo na comunidade  e por levarem uma vida mais “digna” se acham no direito de questionar o pecado do irmão. Se nem mesmo Deus age assim. Se ele acolhe cada um que o busca de coração sincero.
Essa atitude desse filho mais velho, é uma atitude do tentador. Quem de nós já não ouviu dentro da igreja certas pessoas que se julgam “piedosas” dizerem: “Está vendo fulano, aquele sicrano lá foi preso, cometeu isso aquilo, agora vem à Igreja e dá uma se santinho”. Essa atitude é muito comum nas Comunidades mas é obra do maligno.
7)   A resposta do pai. A resposta do pai é um “puxão de orelha” carinhoso: “Filho você sabe que tudo que eu tenho é teu. Mas era necessário se alegrar, porque este teu irmão estava morto e agora vive, estava perdido e foi encontrado!”
Ora, “este teu irmão estava morto”? Como assim ele chegou vivo na casa do Pai. Estranho o pai dizer que ele estava morto. Mas aqui Jesus se refere à condição espiritual do filho. Como disse esse filho rebelde representa todos nós pecadores. Quando nos afastamos de Deus e da Igreja, estamos  que “mortos” espiritualmente, ele estava ausente do amor do Pai. E se não tomarmos atitude como a desse jovem de buscar o perdão esta morte se tornará eterna.
Esse jovem é cada um de nós, perdido pelo pecado, estamos mortos em nossa dignidade de filhos de Deus. Não é Deus que nos exclui, somos nós mesmos que nos excluímos quando abandonamos a sua casa, a nossa família de cristãos, de filhos de Deus, quando abandonamos sua palavra. Gastamos toda nossa herança em futilidades desse mundo.
A palavra de Deus diz que sem a graça de Deus o que resta é a morte. Pois o salário do pecado é a morte. (Rm6, 23) Ou seja,  a morte eterna é o preço que pagamos quando vivemos no pecado.

Espero que essa reflexão tenha ajudado a entender melhor essa parábola. Não percamos mais tempo, saiamos do pecado e busquemos o amor de Deus. Ele é o pai que está de braços abertos à nossa espera.    

Resumindo:


Quem é o Pai representado na parábola?
O Pai é o próprio Deus Javé.

Quem é o filho pródigo?
Ele representa todos nós pecadores.

Quem se sacrificou por nós e foi imolado, e sempre prepara um banquete conosco?
É Jesus, que se tornou o "Cordeiro de Deus" imolado por nossos pecados. Na parábola fala-se de um novilho sacrificado, por quê? Porque no Antigo Testamento, sacrificavam um novilho ou um cordeiro sem defeito em expiação pelos pecados do povo. Jesus então se apresenta como o "Manso Cordeiro Imaculado" que foi sacrificado pela nossa salvação.

Qual é o significado do banquete festivo. É a Eucaristia, alimento e sustento da alma.

Qual a herança que não podemos desperdiçar?
A  herança é graça da salvação. Jesus tendo morrido na Cruz, restaurou-nos a condição de filhos de Deus. Jo1, 12.

Qual o significado da atitude do filho mais velho?
A atitude dos cristãos em censurar aqueles que se desviaram do caminho e agora voltam à reconciliação com Deus e à Igreja. Todo pecador tem o direito dado por Deus de buscar a reconciliação, não existe mais ou menos pecador somos todos pecadores de forma igual e merecedores do moar e do perdão de Deus.

Quais são os meios que Jesus nos oferece para conservarmos em nós a graça da Salvação?
Esses meios são os 07 Sacramentos. Eles são as chaves que Jesus entregou à Igreja para nos conduzir ao Céu. Os sacramentos são "Canais da graça de Deus" pela ação do Espírito Santo.

Qual é a lição?  a  lição dada por Jesus que é imprescindível e indispensável o Sacramento da Confissão assim como todos os outros. 
  
        

A SEMANA SANTA APLICADA AO NOSSO COTIDIANO

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