HISTÓRIA
DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Mt16
1. A Igreja na
história A Igreja continua a manter a presença de Cristo na história humana;
obedece ao mandato apostólico pronunciado por Jesus antes de subir ao Céu: «Ide
e ensinai todas as gentes, batizando em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo, ensinando-as a cumprir todas as coisas que vos mandei”. "Eu estarei
convosco todos os dias até ao fim do mundo" (Mt 28,19-20).
É importante você saber que quando se fala em "Igreja Católica" estamos nos referindo a todas as Igrejas de modo geral, pois, o termo católico significa Universalidade. Assim, faz parte da Igreja Católica várias outras comunidades que professam a mesma fé e nesse grupo estão as Igrejas Orientais e Ocidentais:
Igreja Católica Apostólica Romana
Igreja Católica Latina (de rito Romano)
Igreja Católica Grega
Igreja Católica Armênia
Igreja Católica Melquita
Igreja Católica Síria
Igreja Católica Copta
Igreja Católica Ortodoxa
Todas essas Igrejas possui sucessão apostólica e, portanto, quando falamos em "Igreja Católica" estamos falando de todas as Igrejas que desde os primeiros séculos possui à sua frente um bispo com sucessão apostólica.
Quando falamos em "Igreja Católica Apostólica Romana" estamos nos referindo apenas a uma Igreja específica que é a Igreja Católica de Roma.
Porque as Igrejas evangélicas ou protestantes não são consideradas católicas?
- Falta de comunhão com a Santa Sé (com o Papa).
- Não possui sucessão apostólica (não veio dos apóstolos) seus pastores e demais dirigentes não tem, autoridade apostólica.
- Não possuem culto único.
- Não tem Tradição Apostólica.
- Não tem universalidade de doutrina.
Na história da
Igreja verifica-se, portanto, um entrecruzar entre o divino e o humano, por
vezes, dificilmente diferençável. Com efeito, lançando um olhar à história da
Igreja, há aspectos que surpreendem o observador, inclusive o não crente:
a) a
unidade no tempo e no espaço (catolicidade): [a palavra "católica" quer dizer universal, ou seja, uma só em todo mundo. Um só Senhor, Jesus Cristo, um só batismo, uma só fé, uma só doutrina e um só culto. Não existe sobre a face da terra outra Instituição fundada por Jesus Cristo além da Igreja Católica.].
A Igreja Católica, ao longo de
dois milênios, permaneceu a mesma entidade, com a mesma doutrina e os mesmos
elementos fundamentais: unidade de fé, de sacramentos, de hierarquia (pela
sucessão apostólica); além disso, em todas as gerações reuniu homens e mulheres
dos povos e culturas mais diversos e de zonas geográficas de todos os cantos da
terra.
b) a ação missionária: a Igreja aproveitou todos os acontecimentos e fenômenos
históricos, em todo o tempo e lugar, para pregar o Evangelho, também nas
situações mais adversas.
c) a capacidade, em cada geração, de produzir frutos
de santidade em pessoas de todos os povos e condições; d) um forte poder de
recuperação perante crises, às vezes muito graves.
2. A Antiguidade Cristã (até 476, ano da queda
do Império Romano do Ocidente) A partir do séc. I, o cristianismo iniciou a sua
expansão, sob a orientação de São Pedro e dos apóstolos e, depois, dos seus
sucessores. Assiste-se, portanto, a um progressivo aumento dos seguidores de
Cristo, sobretudo no interior do Império Romano; nos primeiros tempos do séc. IV
constituíam, aproximadamente, 15% da população do Império, e estavam
concentrados nas cidades e na parte oriental do império romano. A nova religião
difundiu-se, de todos os modos, também para além dessas fronteiras: na Armênia,
Arábia, Etiópia, Pérsia, Índia. O poder político romano viu no cristianismo um
perigo, pelo fato de reclamar um âmbito de liberdade na consciência das pessoas
a respeito da autoridade estatal; os seguidores de Cristo tiveram que suportar
numerosas perseguições, que conduziram muitos ao martírio; a última e a mais cruel
teve lugar no início do séc. IV devida aos imperadores Diocleciano e Galério.
No ano 313 o imperador Constantino I, favorável à nova religião, concedeu aos
cristãos a liberdade de professarem a fé, e iniciou uma política muito benévola
para com eles.
Com o imperador
Teodósio I (379-395) 2 o cristianismo converteu-se na religião oficial do
Império Romano. Entretanto, nos finais do séc. IV, os cristãos eram já a
maioria da população do império romano. No séc. IV, a Igreja teve que enfrentar
uma forte crise interna: a questão ariana. Ário, presbítero de Alexandria, no Egito,
defendia teorias heterodoxas, pelas quais negava a divindade do Filho, que
seria, assim, a primeira das criaturas, embora superior às outras. A divindade
do Espírito Santo era também negada pelos arianos. A crise doutrinal, com que
se encruzilharam frequentemente intervenções políticas dos imperadores,
perturbou a Igreja durante mais de 60 anos; foi resolvida graças aos dois
primeiros concílios ecumênicos, o primeiro de Niceia (325) e o primeiro de
Constantinopla (381), em que se condenou o arianismo, se proclamou solenemente
a divindade do Filho (consubstantialis Patri, em grego homoousios) e do
Espírito Santo, e se compôs o Símbolo Niceno-Constantinopolitano (o Credo). O
arianismo sobreviveu até ao séc. VII, porque os missionários arianos
conseguiram converter à sua crença muitos povos germânicos, que só pouco a
pouco passaram ao catolicismo.
No séc. V houve, pelo contrário, duas heresias
cristológicas, que tiveram o efeito positivo de obrigar a Igreja a aprofundar
no dogma, para o formular de modo mais preciso. A primeira heresia é o
nestorianismo, doutrina que, na prática, afirma a existência em Cristo de duas
pessoas, além de duas naturezas. Foi condenada pelo Concílio de Éfeso (431),
que reafirmou a unicidade da pessoa de Cristo. Dos nestorianos derivam as
Igrejas siro-orientais e malabares, ainda separadas de Roma. A outra heresia
foi o monofisismo, que defendia, na prática, a existência em Cristo de uma só
natureza, a divina; o Concílio de Calcedônia (451) condenou o monofisismo e
afirmou que em Cristo há duas naturezas, a divina e a humana, unidas na pessoa
do Verbo, sem confusão nem mutação (contra o nestorianismo), sem divisão nem
separação (contra o monofisismo); são os quatro advérbios de Calcedônia:
inconfuse, immutabiliter, indivise, inseparabiliter.
Dos monofisitas derivam as
Igrejas coptas, siro-ocidentais, armênias e da Etiópia, separadas da Igreja
Católica. Nos primeiros séculos da história do cristianismo assiste-se a um
grande florescimento da literatura cristã, homilética, teológica e espiritual:
são as obras dos Padres da Igreja, de grande importância na reconstrução da
Tradição; os mais relevantes foram Santo Irineu de Leão, Santo Hilário de
Poitiers, Santo Ambrósio de Milão, São Jerônimo e Santo Agostinho, no Ocidente;
Santo Atanásio, São Basílio, São Gregório Nacianceno, São Gregório de Nissa,
São João Crisóstomo, São Cirilo de Alexandria e São Cirilo de Jerusalém, no
Oriente. 3. A Idade Média (até 1492, ano da chegada de Cristóvão Colombo à
América) Em 476 caiu o Império Romano do Ocidente, que foi invadido por uma
série de povos germânicos, alguns deles arianos, outros pagãos. O trabalho da
Igreja nos séculos seguintes foi o de evangelizar e contribuir para civilizar
estes povos, e mais adiante os povos eslavos, escandinavos e magiares.
A alta
Idade Média (até ao ano 1000) foi, sem dúvida, um período difícil para o
continente europeu, pela situação de violência política e social, empobrecimento
cultural e regressão econômica, devidos às contínuas invasões (que duraram até
ao séc. X). A Igreja com a sua ação conseguiu, pouco a pouco, conduzir estes
jovens povos para uma nova civilização, que alcançará o seu esplendor nos
séculos XII-XIV. No séc. VI nasceu o monaquismo beneditino, que garantiu o
aparecimento de ilhas de paz, tranquilidade, cultura e prosperidade, à volta
dos mosteiros. No séc. VII foi de grande importância à ação missionária, em
todo o continente, dos monges irlandeses e escoceses; no séc. VIII a dos
beneditinos ingleses. Neste último século terminou a etapa da Patrística, com
os últimos dois Padres da Igreja, São João Damasceno, no oriente, São Beda o
Venerável, no ocidente. Nos séculos VII-VIII, nasceu a religião islâmica na
Arábia; após a morte de Maomé os árabes lançaram-se numa série de guerras de
conquista que os conduziram à constituição de um vastíssimo império; entre
outros, subjugaram os povos cristãos da África do Norte e da Península Ibérica
e separaram o mundo bizantino do 3 latino-germânico.
Um período, de
aproximadamente 300 anos, que constituiu um flagelo para os povos da Europa
mediterrânica, por causa das incursões, emboscadas, saques e deportações
realizados de modo, praticamente, sistemático e contínuo. Nos finais do séc.
VIII institucionalizou-se o poder temporal do papado (Estados Pontifícios), que
já existia de fato desde finais do séc. VI; tinha surgido para suprir o vazio
de poder criado na Itália central pelo desinteresse do poder imperial
bizantino, nominalmente soberano na região, mas incapaz de prover à
administração e defesa da população.
Com o tempo, os Papas verificaram que um
limitado poder temporal era uma eficaz garantia de independência em relação aos
diversos poderes políticos (imperadores, reis, senhores feudais). Na noite de
Natal do ano 800 restaurou-se o império no Ocidente (Sacro-Império Romano): o
Papa coroou Carlos Magno na basílica de São Pedro; nasceu, assim, um estado
católico com aspirações universais, caracterizado por uma forte sacralização do
poder político, e um complexo entrecruzar de política com religião, que durará
até 1806.
No séc. X o papado sofreu uma grave crise por causa das
interferências das famílias nobres da Itália central na eleição do Papa (Século
de Ferro); e mais em geral, devido aos reis e senhores feudais se terem
assenhoreado da nomeação de muitos cargos eclesiásticos. A reação papal a tão
pouco edificante situação ocorreu no séc. XI, através da reforma gregoriana e a
chamada “questão das investiduras”, em que a hierarquia eclesiástica conseguiu
recuperar amplos espaços de liberdade em relação ao poder político. No ano
1054, o patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, fez a separação
definitiva dos gregos da Igreja Católica (Cisma do Oriente); foi o último
episódio de uma história de faturas e disputas iniciada já no séc. V, e devida,
em boa medida, às graves interferências dos imperadores romanos do oriente na
vida da Igreja (césaro-papismo).
Este cisma afetou todos os povos dependentes
do patriarcado e afeta ainda agora búlgaros, romenos, ucranianos, russos e
sérvios. No início do séc. XI, as repúblicas marítimas italianas tinham
arrebatado o controlo do Mediterrâneo aos muçulmanos, pondo um limite às
agressões islâmicas; no final do século, o crescimento do poder militar dos
países cristãos teve como expressão o fenômeno das cruzadas à Terra Santa
(1096-1291), expedições bélicas de caráter religioso cujo fim era a conquista
ou defesa de Jerusalém. Nos séculos XIII e XIV assiste-se ao apogeu da
civilização medieval, com grandes realizações teológicas e filosóficas (a Alta
Escolástica: Santo Alberto Magno, São Tomás de Aquino, São Boaventura, o Beato
Duns Scoto), literárias e artísticas. No que se refere à vida religiosa é de
grande importância a aparição, no início do séc. XIII, das ordens mendicantes
(franciscanos, dominicanos, etc.).
O afrontamento entre o papado e o império,
já iniciado com a “questão das investiduras”, continuou com diversos episódios
nos séculos XII e XIII, terminando com o enfraquecimento das duas instituições;
o império reduziu-se na prática a um estado alemão, e o papado sofreu uma
notável crise; de 1305 até 1377 o local de residência do Papa transferiu-se de
Roma para Avinhão, no sul de França, e pouco depois do regresso a Roma, em 1378
iniciou-se o Grande Cisma do Ocidente; uma situação muito difícil, em que se verificou
no início o aparecimento de dois papas e, depois, três (as obediências a Roma,
a Avinhão e a Pisa), enquanto o mundo católico da época permanecia perplexo sem
saber quem era o pontífice legítimo.
A Igreja pôde superar também esta
duríssima prova e a unidade foi restabelecida com o Concílio de Constança
(1415-1418). Em 1453 os turcos otomanos, muçulmanos, conquistaram
Constantinopla, pondo, assim, termo à milenária história do Império Romano do
Oriente (395-1453), e conquistaram os Bálcãs, que permaneceram quatro séculos
sob o seu domínio. 4 4. A Idade Moderna (até 1789, ano do início da Revolução
Francesa) A Idade Moderna inicia-se com a descoberta da América, evento que,
juntamente com as explorações em África e na Ásia, originou a colonização
europeia de outras partes do mundo. A Igreja aproveitou este fenômeno histórico
para difundir o Evangelho nos continentes fora da Europa; assiste-se ao
aparecimento de missões no Canadá e Louisiana, colônias francesas, na América
espanhola, no Brasil português, no reino do Congo, na Índia, Indochina, China,
Japão, Filipinas.
Para coordenar estes esforços na propagação da fé, a Santa Sé
instituiu em 1622 a Sacra Congregatio de Propaganda Fide. Entretanto, ao mesmo
tempo em que o catolicismo se expandia para áreas geográficas onde o Evangelho
nunca tinha sido pregado, a Igreja sofria uma grave crise no velho continente:
a “Reforma” religiosa propugnada por Martinho Lutero, Ulrico Zwinglio, João
Calvino (fundadores das diferentes denominações do protestantismo), juntamente
com o cisma provocado pelo rei de Inglaterra, Henrique VIII (anglicanismo),
conduziu à separação da Igreja de amplas regiões, Escandinávia, Estônia e
Letônia, boa parte da Alemanha, Holanda, metade da Suíça, Escócia, Inglaterra,
para além dos respectivos territórios coloniais já na sua posse ou conquistados
posteriormente (Canadá, América do Norte, Antilhas, África do Sul, Austrália,
Nova Zelândia).
A Reforma Protestante tem a grave responsabilidade de ter
quebrado a milenária unidade religiosa no mundo cristão ocidental, provocando o
fenômeno do confessionalização, ou seja, a separação social, política e
cultural da Europa e de algumas das suas regiões em dois campos: o católico e o
protestante. Este sistema cristalizou na fórmula cuius régio, eius et religio,
pelo qual os súbditos estavam obrigados a seguir a religião do príncipe. O
afrontamento, entre os dois campos, conduziu ao fenômeno das guerras de
religião, que afetou, sobretudo a França, os territórios germânicos,
Inglaterra, Escócia e Irlanda, e que se pode considerar terminado apenas com a
Paz de Westfalia (1648) no continente, e com a capitulação de Limerick (1692)
nas Ilhas Britânicas.
A Igreja Católica, embora assolada pela crise e pela
defecção de tantos povos em poucos decênios, soube encontrar energias
insuspeitas para reagir e começar a realizar uma verdadeira reforma; este
processo histórico tomou o nome de Contra Reforma, cujo clímax é a celebração
do Concílio de Trento (1545-1563), no qual se proclamaram, com clareza, algumas
verdades dogmáticas postas em dúvida pelos protestantes (cânon das Escrituras,
sacramentos, justificação, pecado original, etc.), e se tomaram também decisões
disciplinares que robusteceram e tornaram mais compacta a Igreja (por exemplo,
a instituição dos seminários e a obrigação de residência dos bispos nas
respectivas dioceses). O movimento da Contra Reforma Católica pôde também
valer-se da atividade de muitas ordens religiosas fundadas no séc. XVI;
trata-se de iniciativas de reforma no âmbito das ordens mendicantes
(capuchinhos, carmelitas descalços), ou institutos de clérigos regulares
(jesuítas, teatinos, barnabitas, etc.).
Assim, a Igreja saiu da crise
profundamente renovada e reforçada, e pôde compensar a perda de algumas regiões
europeias com uma difusão verdadeiramente universal, graças à obra missionária.
No séc. XVIII a Igreja teve que combater dois inimigos, o Regalismo e a
Ilustração. O primeiro coincidiu com o desenvolvimento da monarquia absoluta;
apoiados na organização de uma moderna burocracia, os soberanos dos estados
europeus conseguiram instaurar um sistema de poder autocrático e total,
eliminando as barreiras que se interpunham (instituições de origem medieval como
o sistema feudal, os privilégios eclesiásticos, os direitos das cidades, etc.).
Neste processo de centralização do poder, os monarcas católicos tenderam a
invadir o âmbito de jurisdição eclesiástica, na tentativa de criar uma Igreja
submetida e dócil em relação ao poder do rei; é um fenômeno que assume nomes
diversos, dependendo dos estados, realismo em Portugal e Espanha, galicanismo
em França, josefismo nos territórios dos Habsburgo (Áustria, Boemia,
Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Croácia, Lombardia, Toscana, Bélgica),
jurisdiccionalismo em Nápoles e Parma. Este fenômeno teve o seu ponto mais
acalorado na expulsão dos jesuítas por parte de muitos governos e na ameaçadora
pressão sobre o papado para que suprimisse a ordem (como sucedeu em 1773). 5 O
outro inimigo com que se enfrentou a Igreja no séc. XVIII foi o Iluminismo, um
movimento, em primeiro lugar filosófico, que teve grande êxito entre as classes
dirigentes; tem como pano de fundo uma corrente cultural que exalta a razão e a
natureza e, ao mesmo tempo, faz uma crítica indiscriminada à tradição; é um fenômeno
muito complexo, que apresenta, em todo o caso, fortes tendências materialistas,
uma ingênua exaltação das ciências, a recusa da religião revelada em nome do
deísmo ou da incredulidade, um irreal otimismo a respeito da bondade natural do
homem, um excessivo antropocentrismo, uma confiança utópica no progresso da
humanidade, uma difundida hostilidade contra a Igreja Católica, uma atitude de
suficiência e desprezo pelo passado, e uma arreigada tendência para realizar
reducionismos simplistas na busca de modelos explicativos da realidade.
Trata-se, em resumo e em boa medida, da origem de muitas das ideologias
modernas, que reduzem a visão da realidade eliminando da sua compreensão a
revelação sobrenatural, a espiritualidade do homem e, finalmente, o anelo pela
procura das verdades últimas da pessoa e de Deus. No século XVIII foram
fundadas as primeiras lojas maçônicas; uma boa parte delas assumiu tonalidades
e atividades claramente anticatólicas. 5. A Idade Contemporânea (a partir de
1789) A Revolução Francesa, que começou com o decisivo contributo do baixo
clero, derivou rapidamente para atitudes de galicanismo extremo, chegando a
produzir o cisma da Igreja Constitucional, e assumindo a seguir, tonalidades
claramente anticristãs (instauração do culto ao Ente Supremo, abolição do
calendário cristão, etc.), até chegar a uma cruenta perseguição da Igreja
(1791-1801): o papa Pio VI morreu em 1799 prisioneiro dos revolucionários franceses.
A subida ao poder de Napoleão Bonaparte, homem pragmático, trouxe a paz
religiosa com a Concordata de 1801; mais adiante, no entanto, surgiram
desavenças com Pio VII pelas intromissões contínuas do governo francês na vida
da Igreja; como resultado disso, o Papa foi feito prisioneiro por Bonaparte,
aproximadamente, durante cinco anos. Com a restauração das monarquias
pré-revolucionárias (1815), regressou para a Igreja um período de paz e
tranquilidade, favorecido também pelo romanticismo, corrente de pensamento
predominante na primeira metade do séc. XIX.
No entanto, depressa se delineou
uma nova ideologia profundamente oposta ao catolicismo: o liberalismo, herdeiro
dos ideais da Revolução Francesa que, pouco a pouco, conseguiu afirmasse
politicamente, promovendo a instauração de legislações discriminatórias ou
persecutórias contra a Igreja. O liberalismo uniu-se em muitos países ao
nacionalismo e, mais tarde, na segunda metade do século, aliou-se ao
imperialismo e ao positivismo, que contribuíram ulteriormente para a
descristianização da sociedade. Simultaneamente, como reação às injustiças
sociais provocadas pelas legislações liberais, nasciam e difundiam-se várias
ideologias com o objetivo de se fazerem porta-vozes das aspirações das classes
oprimidas pelo novo sistema econômico: o socialismo utópico, o socialismo
“científico”, o comunismo, o anarquismo, todas elas unidas por projetos de
revolução social e uma filosofia subjacente de tipo materialista. O catolicismo
no séc. XIX perdeu, em quase todas as nações, a proteção do Estado que, pelo
contrário, passou a ter uma atitude adversa; e em 1870 terminou o poder
temporal dos papas, com a conquista italiana dos Estados Pontifícios e a
unificação da península. No entanto, ao mesmo tempo, a Igreja soube retirar
vantagens desta crise para fortalecer a união de todos os católicos à volta da
Santa Sé, e para se libertar das intromissões dos estados no governo interno da
Igreja, atuação diferente da que sucedeu no período das monarquias
confessionais da Idade Moderna. O clímax deste fenômeno foi a solene
declaração, em 1870, do dogma da infalibilidade do Papa pelo Concílio Vaticano
I, celebrado durante o pontificado de Pio IX (1846- 1878).
Além disso, neste
século a vida da Igreja caracterizou-se por uma grande expansão missionária (em
África, Ásia e Oceania), por um grande florescimento de fundações
de congregações religiosas femininas de vida ativa e pela organização de um
vasto apostolado laical. 6 No séc. XX, a Igreja enfrentou numerosos desafios,
Pio X teve que reprimir as tendências teológicas modernistas dentro do próprio
corpo eclesiástico. Estas correntes caracterizavam-se, nas suas manifestações
mais radicais, por um imanentismo religioso que, embora mantivesse as
formulações tradicionais da fé, na realidade as esvaziava de conteúdo. Bento XV
enfrentou a tempestade da Primeira Guerra Mundial, conseguindo manter uma
política de imparcialidade entre os contendores e desenvolvendo uma atividade
humanitária a favor dos prisioneiros de guerra e da população afetada pela
catástrofe bélica. Pio XI opôs-se aos totalitarismos de diverso tipo, que
perseguiram, de um modo mais ou menos aberto, a Igreja durante o seu
pontificado, o comunista na União Soviética e em Espanha, o nacional-socialista
na Alemanha, o fascista em Itália, o de inspiração maçônica no México; além
disso, este Papa desenvolveu uma grande promoção do clero e do episcopado local
nas terras de missão africanas e asiáticas que, continuada depois pelo seu
sucessor, Pio XII, permitiu à Igreja apresentar-se diante do fenômeno da
descolonização como elemento autóctone e não estrangeiro.
Pio XII teve que
enfrentar a terrível prova da Segunda Guerra Mundial, durante a qual atuou de
diversos modos para salvar da perseguição nacional-socialista o maior número possível
de judeus (calcula-se que a Igreja Católica tenha salvado aproximadamente
800.000); com um procedimento realista, não considerou oportuno fazer uma
denúncia pública, visto que esta teria piorado a grave situação dos católicos
também perseguidos em vários dos territórios ocupados pelos alemães, e teria
anulado a sua possibilidade de intervir em favor dos judeus. Muitas altas
personalidades do mundo israelita reconheceram publicamente, depois da guerra,
os grandes méritos deste Papa em relação ao seu povo.
João XXIII convocou o
Concílio Vaticano II (1962-1965), que foi concluído por Paulo VI, e que abriu
uma época pastoral diversa na Igreja, salientando o chamamento universal à
santidade, a importância do esforço ecumênico, os aspectos positivos da modernidade,
a ampliação do diálogo com outras religiões e com a cultura. Nos anos a seguir
ao Concílio, a Igreja sofreu uma profunda crise interna de caráter doutrinal e
disciplinar, que conseguiu superar, em boa medida, durante o longo pontificado
de João Paulo II (1978-2005), papa de extraordinária personalidade, que fez com
que a Santa Sé tivesse níveis de popularidade e prestígio nunca antes
conhecidos, dentro e fora da Igreja Católica. Carlo Pioppi Bibliografia básica
J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993. M. Clemente,
A Igreja no tempo, Grifo, 2000. A. Torresani, Breve storia della Chiesa, Ares,
Milano 1989.
O sagrado
Magistério da Igreja é dirigido pelo Papa, sucessor de Pedro, Cabeça visível do
Corpo de Cristo. A história dos papas é, de certo modo, a história da própria
Igreja. Apresentamos em seguida a relação dos Papas, desde Pedro até João Paulo
II, conforme publicação oficial do Vaticano. Apresentamos também a relação dos
37 antipapas; foram eleitos sem legitimidade. Esta longa cadeia de 265 Papas da
Igreja católica é uma prova inequívoca da Instituição divina do papado, por
Cristo, a fim de manter a unidade da Igreja e da sua doutrina. Somente a graça
de Deus poderia manter esta sucessão ininterrupta de papas, apesar de toda a
miséria humana, da qual eles não foram isentos.
Nenhum instituição humana teve
tão longa vida e estabilidade. 1. 42´67 ´ S. PEDRO, de Batsaida (Galiléia),
morou na cidade de Antioquia e depois foi a Roma (42), onde morreu mártir no
ano 67. 2. 67´76 ´ S. LINO, de Volterra, Toscana 3. 77´88 ´ S. CLETO ou
ANACLETO, romano 4. 89´98 ´ S. CLEMENTE I, romano 5. 98´105 ´ S. EVARISTO,
grego 6. 105´115 ´ S. ALEXANDRE I, romano 7. 115´125 ´ S. SISTO I, romano 8.
125´136 ´ S. TELÉSFORO, grego 9. 137´140 ´ S. HIGINO, grego 10. 140´155 ´ S.
PIO I, de Aquiléia, Itália 11. 155´166 ´ S. ANICETO, Sírio 12. 166´175 ´ S.
SOTERO, de Fondi 13. 175´189 ´ S. ELEUTÉRIO, de Nicópolis, Grécia 14. 189´199 ´
S. VÍTOR I, africano 1 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por 15.
199´217 ´ S. ZEFERINO, romano 16. 217´222 ´ S. CALISTO I, romano Antipapa:
Hipólito (217´ 235) 17. 222´230 ´ S. URBANO I, romano 18. 230´235 ´ S.
PONCIANO, romano 19. 235´236 ´ S. ANTERO, grego 20. 236´250 ´ S. FABIANO,
romano 21. 251´253 ´ S. CORNÉLIO, romano Antipapa Novaciano (251) 22. 253´254 ´
S. LÚCIO I, romano 23. 254´257 ´ S. ESTÊVÃO I, romano 24. 257´258 ´ S. SISTO
II, grego 25. 259´268 ´ S. DIONÍSIO, grego 26. 269´274 ´ S. FÉLIX, romano 27.
275´283 ´ S. EUTIQUIANO, de Luni, Toscana 28. 283´296 ´ S. CAIO Dalmácia (hoje,
Iugoslávia) 29. 296´304 ´ S.MARCELINO, romano 30. 307´309 ´ S. MARCELO I,
romano 31. 309´310 ´ S. EUSÉBIO, grego 32. 311´314 ´ S. MELQUÍADES, africano 2
/ 20 Lista contendo todos os papas Escrito por 33. 314´335 ´ S. SILVESTRE I, romano
34. 336 ´ S. MARCOS, romano 35. 337´352 ´ S. JÚLIO I, romano 36. 352´366 ´ S.
LIBÉRIO, romano Antipapa: Félix II (355´ 365) 37. 366´384 ´ S. DÂMASO I,
espanhol Antipapa: Ursino (366´367) 38. 385´398 ´ S. SIRÍCIO, romano 39.
399´401 ´ S. ANASTÁCIO I, romano 40. 401´417 ´ S. INOCÊNCIO I, de Albano (Roma)
41. 417´418 ´ S. ZÓSIMO, grego 42. 418´422 ´ S. BONIFÁCIO I, romano Antipapa:
Eulálio (418´419) 43. 422´432 ´ S. CELESTINO I, (sul da Itália) 44. 432´440 ´
S. SISTO III, romano 45. 440´461 ´ S. LEÃO I, (Magno), da Túscia (perto de
Roma) 46. 461´468 ´ S. HILÁRIO, Sardenha 47. 468´483 ´ S. SIMPLÍCIO, de Tívoli
(Roma) 48. 483´492 ´ S. FÉLIX III, romano 49. 492´496 ´ S. GELÁSIO I, africano
50. 496´498 ´ S. ANASTÁCIO II, romano 3 / 20 Lista contendo todos os papas
Escrito por 51. 498´514 ´ S. SÍMACO, da Sardenha Antipapa: Lourenço (498´505)
52. 514´523 ´ S. HORMISDAS, de Frosinone 53. 523´526 ´ S. JOÃO I, da Túscia 54.
526´530 ´ S. FÉLIX IV, do Sannio (perto de Roma) 55. 530´532 ´ BONIFÁCIO II,
romano Antipapa: Dióscoro (530) 56. 533´535 ´ JOÃO II, romano 57. 535´536 ´
S.AGAPITO I, romano 58. 535´540 ´ S. SILVÉRIO, de Frosinone 59. 540´555 ´
VIRGÍLIO, romano 60. 556´561 ´ PELÁGIO I, romano 61. 561´573 ´ JOÃO III, romano
62. 574´578 ´ BENTO I, romano 63. 578´590 ´ PELÁGIO II, romano 64. 590´604 ´ S.
GREGÓRIO I, Gregório Magno, romano 65. 605´606 ´ SABINIANO, de Túsculo (Roma)
66. 607 ´ BONIFÁCIO III, romano 67. 608´615 ´ S. BONIFÁCIO IV, de Valéria dei
Marzi 68. 615´618 ´ S. ADEODATO I, romano 4 / 20 Lista contendo todos os papas
Escrito por 69. 619´625 ´ BONIFÁCIO V, Nápoles 70. 625´638 ´ HONÓRIO I,
Campânia 71. 640 ´ SEVERINO, romano 72. 640´642 ´ JOÃO IV, dálmata 73. 642´649
´ TEODORO I, grego 74. 649´655 ´ S. MARTINHO I, de Todi 75. 655´657 ´ S.
EUGÊNIO I, romano 76. 657´672 ´ S. VITALIANO, de Segni 77. 672´676 ´ ADEODATO
II, romano 78. 676´678 ´ DONO, romano 79. 678´681 ´ S. AGATÃO, siciliano 80.
682´683 ´ S. LEÃO II, siciliano 81. 684´685 ´ S. BENTO II, romano 82. 685´686 ´
JOÃO V, da Síria 83. 686´687 ´ CÓNON, grego Antipapas: Teododoro (687), Pascoal
(687´692) 84. 687´701 ´ S. SÉRGIO I, da Síria 85. 701´705 ´ JOÃO VI, grego 86.
705´707 ´ JOÃO VII, grego 87. 708 ´ SISÍNIO, da Síria 5 / 20 Lista contendo
todos os papas Escrito por 88. 708´715 ´ CONSTANTINO, da Síria 89. 715´731 ´ S.
GREGÓRIO II, romano 90. 731´741 ´ S. GREGÓRIO III, Síria 91. 741´752 ´ S.
ZACARIAS, grego 92. 752 ´ ESTÊVÃO, romano 93. 752´757 ´ S. ESTÊVÃO II (III),
romano 94. 757´767 ´ S. PAULO I, romano Antipapas: Constantino II (767´768) ´
Filipe (768) 95. 768´772 ´ S. ESTÊVÃO III (IV), siciliano 96. 772´795 ´ ADRIANO
I, romano 97. 795´816 ´ S. LEÃO III, romano 98. 816´817 ´ S. ESTÊVÃO IV, (V),
romano 99. 917´824 ´ S. PASCOAL I, romano 100. 824´827 ´ EUGÊNIO II, romano
101. 827 ´ VALENTIM, romano 102. 827´844 ´ GREGÓRIO IV, romano Antipapa: João
(844) 103. 844´847 ´ SÉRGIO II, romano 104. 847´855 ´ S. LEÃO IV, romano
Antipapa: Anastácio (855) 6 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por 105.
855´858 ´ BENTO III, romano 106. 858´867 ´ S. NICOLAU I, romano 107. 867´872 ´
ADRIANO III, romano 108. 872´882 ´ JOÃO VIII, romano 109. 882´884 ´ MARINO I,
de Gallese 110. 884´885 ´ ADRIANO III, romano 111. 885´891 ´ ESTÊVÃO V (VI),
romano 112. 891´896 ´ FORMOSO, romano 113. 896 ´ BONIFÁCIO VI, de Gallese 114.
896´897 ´ ESTÊVÃO VI (VII), romano 115. 897 ´ ROMANO, de Gallese 116. 897 ´
TEODORO II, romano 117. 898´900 ´ JOÃO IX, de Tívoli 118. 900´903 ´ BENTO IV,
romano 119. 903 ´ LEÃO V, de Árdea Antipapa: Cristóvão (903´904) 120. 904´911 ´
SÉRGIO III, romano 121. 911´913 ´ ANASTÁCIO III, romano 122. 913´914 ´ LÂNDON,
de Sabina (Lácio) 123. 914´928 ´ JOÃO X, de Ravena 7 / 20 Lista contendo todos
os papas Escrito por 124. 928´929 ´ LEÃO VI, romano 125. 929´931 ´ ESTÊVÃO VII
(VIII), romano 126. 931´935 ´ JOÃO XI, romano 127. 936´939 ´ LEÃO VII, romano
128. 939´942 ´ ESTÊVÃO VIII (IX), romano 129. 942´946 ´ MARINO II, romano 130.
946´955 ´ AGAPITO II, romano 131. 955´963 ´ JOÃO XII, romano 132. 963´964 ´
LEÃO VIII, romano 133. 964´965 ´ BENTO V, romano 134. 965´972 ´ JOÃO XIII,
romano 135. 973´974 ´ BENTO VI romano Antipapa: Bonifácio VII (974) 136.
975´983 ´ BENTO VII, romano 137. 983´984 ´ JOÃO XIV, de Pavia 138. 985´996 ´
JOÃO XV, romano 139. 996´999 ´ GREGÓRIO V, de Caríntia, Alemanha Antipapa: João
XVI (997´ 998) 140. 999´1003 ´ SILVESTRE II, francês 141. 1003 ´ JOÃO XVII,
romano 8 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por 142. 1003´1009 ´ JOÃO
XVIII, de Áscoli Piceno 143. 1009´1012 ´ SÉRGIO IV, romano 144. 1012´1024 ´
BENTO VIII, romano Antipapa: Gregório (1012) 145. 1024´1032 ´ JOÃO XIX, romano
146. 1033´1044 ´ BENTO IX, romano (primeiro pontificado) 147. 1045 ´ SILVESTRE
III, romano 148. 1045 ´ BENTO IX, romano (segundo pontificado) 149. 1045´1046 ´
GREGÓRIO VI, romano 150. 1046´1047 ´ CLEMENTE II, alemão 151. 1047´1048 ´ BENTO
IX (terceiro pontificado) 152. 1048 ´ DÂMASO II, alemão 153. 1049´1054 ´ S.
LEÃO IX, de Egisheim, Alemanha 154. 1054´1057 ´ VÍTOR II, de Dollestein,
Alemanha 155. 1057´1058 ´ ESTÊVÃO IX (X), de Lorena, Alemanha Antipapa: Bento X
(1058) 156. 1059´1061 ´ NICOLAU II, de Borgonha, França 157. 1061´1073 ´
ALEXANDRE II, Milão Antipapa: Honório II (1061´1072) 158. 1073´1085 ´ S.
GREGÓRIO VII, de Soana, perto de Sena 9 / 20 Lista contendo todos os papas
Escrito por Antipapa: CLEMENTE III (1080 e 1084´1100) 159. 1086´1087 ´ B. VÍTOR
III, de Benevento 160. 1088´1099 ´ B. URBANO II, francês 161. 1099´1118 ´
PASCOAL II, de Viterbo Antipapa: Teodorico (1100´1102), Alberto (1102),
Silvestre IV (1105´1111) 162. 1118´1119 ´ GELÁSIO II, de Gaeta Antipapa:
Gregório VIII (1118´1121) 163. 1119´1124 ´ CALISTO II, de Borganha, França 164.
1124´1130 ´ HONÓRIO II, de Ímola Antipapa: Celestino II, (1124) 165. 1130´1143
´ INOCÊNCIO II, romano Antipapas: Anacleto II (1130´1138), Vítor IV (1138) 166.
1143´1144 ´ CELESTINO II, de Cittá di Castello 167. 1144´1145 ´ LÚCIO II, de
Bolonha 168. 1145´1153 ´ B. EUGÊNIO III, de Pisa 169. 1153´1154 ´ ANASTÁCIO IV,
romano 170. 1154´1159 ´ ADRIANO IV, inglês 171. 1159´1181 ´ ALEXANDRE III, Sena
Antipapas: Vítor IV (1159´1164); Pascoal III (1164´1168); 10 / 20 Lista
contendo todos os papas Escrito por Calisto III (1168´1178); Inocêncio III
(1179´1180) 172. 1181´1185 ´ LÚCIO III, de Lucca 173. 1185´1187 ´ URBANO III,
de Milão 174. 1187 ´ GREGÓRIO VIII, de Benevento 175. 1187´1191 ´ CLEMENTE III,
romano 176. 1191´1198 ´ CELESTINO III, romano 177. 1198´1216 ´ INOCÊNCIO III,
Anagni 178. 1216´1227 ´ HONÓRIO III, romano 179. 1227´1241 ´ GREGÓRIO IX,
Anagni 180. 1241 ´ CELESTINO IV, Milão 181. 1243´1254 ´ INOCÊNCIO IV, de Gênova
182. 1254´1261 ´ ALEXANDRE IV, de Anagni 183. 1261´1264 ´ URBANO IV, francês
184. 1265´1268 ´ CLEMENTE IV, francês 185. 1271´1276 ´ B. GREGÓRIO X, de
Piacenza 186. 1276 ´ B. INOCÊNCIO V, de Savóia, França 187. 1276 ´ ADRIANO V,
de Gênova 188. 1276´1277 ´ JOÃO XXI, português 189. 1277´1280 ´ NICOLAU III,
romano 190. 1281´1285 ´ MARTINHO IV, francês 11 / 20 Lista contendo todos os
papas Escrito por 191. 1285´1287 ´ HONÓRIO IV, romano 192. 1288´1292 ´ NICOLAU
IV, de Áscoli Piceno 193. 1294 ´ S. CELESTINO V, de Isérnia 194. 1294´1303 ´
BONIFÁCIO VIII, de Anagni 195. 1303´1304 ´ B. BENTO XI, de Treviso 196.
1305´1314 ´ CLEMENTE V, francês 197. 1316´1334 ´ JOÃO XXII, francês Antipapa:
Nicolau V (1328´1330) 198. 1334´1342 ´ BENTO XII, francês 199. 1343´1352 ´
CLEMENTE VI, francês 200. 1352´1362 ´ INOCÊNCIO VI, francês 201. 1362´1370 ´ B.
URBANO V, francês 202. 1370´1378 ´ GREGÓRIO XI, francês 203. 1378´1389 ´ URBANO
VI, de Nápoles 204. 1389´1404 ´ BONIFÁCIO IX, Nápoles 205. 1404´1406 ´
INOCÊNCIO VII, de Sulmona 206. 1406´1417 ´ GREGÓRIO XII, veneziano Antipapas:
Clemente VII (1378´1394); Bento XIII (1394´1423); Alexandre V (1409´1410); João
XXIII (1410´1415) 12 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por 207.
1417´1431 ´ MARTINHO V, de Genazzano (Roma) 208. 1431´1447 ´ EUGÊNIO IV, de
Veneza Antipapa: Félix V (1439´1449) 209. 1447´1455 ´ NICOLAU V, de Sarzana,
Gênova 210. 1455´1458 ´ CALISTO III, espanhol 211. 1458´1464 ´ PIO II, de
Pienza, Sena 212. 1464´1471 ´ PAULO II, de Veneza 213. 1471´1484 ´ SISTO IV, de
Celle Lígure (Savona) 214. 1484´1492 ´ INOCÊNCIO VIII, de Gênova 215. 1492´1503
´ ALEXANDRE VI, espanhol 216. 1503 ´ PIO III, de Sena 217. 1503´1513 ´ JÚLIO
II, de Savona 218. 1513´1521 ´ LEÃO X, de Florença 219. 1521´1523 ´ ADRIANO VI,
holandês 220. 1523´1534 ´ CLEMENTE VII, de Florença 221. 1534´1549 ´ PAULO III,
de Viterbo 222. 1550´1555 ´ JÚLIO III, romano 223. 1555 ´ MARCELO II, de
Montepulciano (Sena) 224. 1555´1559 ´ PAULO IV, de Nápoles 225. 1559´1565 ´ PIO
IV, de Milão 13 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por 226. 1566´1572 ´
S. PIO V, de Bosco Marengo, perto de Alexandria, Itália 227. 1572´1585 ´
GREGÓRIO XII, de Bolonha 228. 1585´1590 ´ SISTO V, de Grottammare 229. 1590 ´
URBANO VII, romano 230. 1590´1591 ´ GREGÓRIO XIV, de Cremona 231. 1591 ´
INOCÊNCIO IX, de Bolonha 232. 1592´1605 ´ CLEMENTE VIII, de Florença 233. 1605
´ LEÃO XI, de Florença 234. 1605´1621 ´ PAULO V, romano 235. 1621´1623 ´
GREGÓRIO XV, de Bolonha 236. 1623´1644 ´ URBANO VIII, de Florença 237.
1644´1655 ´ INOCÊNCIO X, romano 238. 1655´1667 ´ ALEXANDRE VII, de Sena 239.
1667´1669 ´ CLEMENTE IX, de Pistóia 240. 1670´1676 ´ CLEMENTE X, romano 241.
1676´1689 ´ INOCÊNCIO XI, de Como 242. 1689´1691 ´ ALEXANDRE VIII, de Veneza
243. 1691´1700 ´ INOCÊNCIO XII, de Nápoles 245. 1700´1721 ´ CLEMENTE XI, de
Urbino 245. 1721´1724 ´ INOCÊNCIO XIII, romano 14 / 20 Lista contendo todos os
papas Escrito por 246. 1724´1730 ´ BENTO XIII, de Bari 247. 1730´1740 ´
CLEMENTE XII, de Florença 248. 1740´1758 ´ BENTO XIV, de Bolonha 249. 1758´1769
´ CLEMENTE XIII, e Veneza 250. 1769´1774 ´ CLEMENTE XIV, de Forli, Rímini 251.
1775´1799 ´ PIO VI, de Cesena 252. 1800´1823 ´ PIO VII, de Cesena 253.
1823´1829 ´ LEÃO XII, de Genga, Ancona 254. 1829´1830 ´ PIO VIII, de Cíngoli,
Macerata 255. 1831´1846 ´ GREGÓRIO XVI, de Belluno 256. 1846´1878 ´ PIO IX, de
Senigallia, Ancona 257. 1878´1903 ´ LEÃO XIII, de Carpineto 258. 1903´1914 ´ S.
PIO X, de Riese, Treviso 259. 1914´1922 ´ BENTO XV, de Pegli, Gênova 260.
1922´1939 ´ PIO XI, de Désio, Milão 261. 1939´1958 ´ PIO XII, romano 262.
1958´1963 ´ JOÃO XXIII, de Sotto il Monte, Bérgamo 263. 1963´1978 ´ PAULO VI,
de Concésio, Bréscia 264. 1978 ´ JOÃO PAULO I, de Canale D’Agordo*, Belluno
265. 1978 ´ JOÃO PAULO II, de Cracóvia, Polônia. 266. 2005 ´ Bento XVI, 15 / 20
Lista contendo todos os papas Escrito por Bavária, Alemanha. * Canale d´Agordo
chamava-se, até 1964, Forno de Canale. NACIONALIDADE DOS PAPAS Sírios 6 Alemães
7 Africanos, 3 Espanhóis, 3 Dálmatas, 2 (iuguslavos), Português 1, Palestino 1,
Inglês 1, Holandês 1, Polonês 1 Total 266 2. Duração dos Pontificados Os mais
longos Pio IX 32 anos Leão XIII 25 anos João Paulo II 25 anos Pio VI 24 ´
Adriano I 23 ´ Pio VII 23 ´ 16 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por
Alexandre II 22 ´ Clemente IX 21 ´ Urbano VIII 21 ´ S. Silvestre 21 ´ S. Leão I
(Magno) 21 ´ S. Leão III 21 ´ Pascoal II 19 ´ Pio XII 19 ´ Inocêncio II 18 ´
João XXII 18 ´ Bento XIV 18 ´ Pio XI 17 ´ Os mais curtos Estevão 3 dias
Bonifácio VI 10 ´ Urbano VII 15 ´ Marcelo II 20 ´ Teodoro II 20 ´ Celestino IV
20 ´ Dâmaso II 20 dias 17 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por Pio
XIII 26 ´ Leão XI 26 ´ Adriano V 28 ´ João Paulo I 33 ´ Gregório VIII 57 ´
Inocêncio IX 62 ´ Vitor III 113 ´ 3. Número de papas por século Século / Número
de papas I 5 II 10 III 14 IV 10 V 12 VI 13 VII 20 VIII 13 IX 20 X 23 XI 21 18 /
20 Lista contendo todos os papas Escrito por XII 16, XIII 17, XIV 10, XV 11,
XVI 17, XVII 11, XVIII 8, XIX 6 XX 8 XXI 14. Papas que renunciaram.
Ponciano, em 235. Celestino V, em 1294. Gregório XII, 1415 (havia sido deposto
pelo Concílio de Pisa, depois renunciou espontaneamente). 5. Papas que foram depostos.
Silvério, em 537. João X, em 928. João XI, em 935. João XII, em 963. Bento V,
em 964 19 / 20 Lista contendo todos os papas Escrito por. Leão VIII, em 964. Gregório
XII, deposto ilegalmente pelo Concílio de Pisa em 1409, abdicou em 1415. .
Bento IX, deposto três vezes, em 1044, 1045 e em 1047. 6. Papas irmãos S. Paulo
I, sucedeu em 757 ao seu irmão S. Estevão II (III). João XIX sucedeu em 1024 ao
seu irmão Bento VIII. 7. Papas que reinaram várias vezes. Bonifácio VII
(antipapa) foi eleito a primeira vez em 974 e novamente eleito em 978. . Bento
IX (1032 ´ 1044), foi reeleito depois de ter sido deposto (1045), mais tarde
foi novamente deposto e novamente reeleito (1047 ´ 1048).