A VIRGEM MARIA TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
CAPÍTULO II
Nossa Senhora, possuiu em plenitude todos os dons do Espírito Santo, por seua Mãe de Jesus de quem procede o Espírito Santo. "E o Espírito Santo descerá sobre ti e te envolverá..." Lc 1, 35.
Também no livro da Sabedoria , Sb 7; percebemos estes dons em Maria Santíssima. O Espírito Santo mora definitivamente em Nossa Senhora. Na Oração da Ave-Maria, a chamamos de "Santa Maria", isto significa que ela foi assumida, cheia de Deus. O Senhor Jesus é chamado de "Santo". (Mc1, 24 - Ap3, 7 - Lc1, 35 - At3, 14; 4, 27.30 - Hb7, 26).
A Santidade de Nossa Senhora abrange vários aspéctos. É o que se compreende na leitura de Lucas 1, 35. Nesse momento o Espírito Santo estabelece morada definitiva em Nossa Senhora. Ela possuía o mais alto grau de santidade e todos os frutos do Espírito Santo. Gl 5, 22.
Tudo é pura graça, é uma eleição, pois nela a Trindade se revela em sua Glória. Ela é o instrumento, o canal da Trindade para a Salvação dos homens. Desde toda a eternidade a Virgem foi pensada, amada e portanto predestinada para ser esposa e templo do Espírito Santo e Mãe de Deus encarnado. Essa escolha de Deus não se encerrou com o cumprimento da missão de Jesus na Terra. Mas continua com Maria no Céu. Ela nada perdeu em sua pureza e santidade. Tão perfeita e pura de corpo e alma está na Glória de Deus e intercede por nós. Essa é a razão da Imaculada conceição e de sua Assunção ao Céu. A Virgem Maria difere pois de Eva, não porque é aquela cheia de fé (Lc1, 45), mas porque associada ao seu Filho na Obra da Salvação, tornou-se Mãe das Dores, nossas dores, tendo em vista levar e sofrer com Jesus os sofrimentos humanos inclusive a Cruz. Se Cristo sofreu as dores físicas, o sofrimento no Corpo, Nossa Senhora sofreu estas mesmas dores na alma. O Velho profeta Simeão disse: "Uma espada há de transpassar a sua alma!" (Lc2, 35).
Nossa Senhora é no entanto, "Co-Redentora" da humanidade. Ela participou em tudo no Plano de Salvação de Deus, caminhou com seu Filho até o Calvário. Ela é medianeira de todas as graças e rainha da criação. Ela é fonte das virtudes e a porta do Céu como rezamos na ladainha. Tudo em razão de sua maternidade divina. Nossa Senhora é obra do Espírito Santo. Ela é o maior tabernáculo, mais do que o Santo dos Santos, pois é um tbenáculo vivo.
O momento da anunciação faz de Nossa Senhora o centro do plano de Deus. (compare: Lc1, 35 e Êx40, 34-35 ); Implícita aqui também a virgindade da Mãe do Céu. O papel de Mãe que ela exerceu com Jesus, também exerce conosco, desde o Pentecostes. Onde está a Virgem Maria está o Espírito Santo com toda sua força. Pois ela é plena do Espírito Santo, pois ela desde a concepção, foi preparada para estabelecer este Matrimônio Mistico com o Espírito Santo. Então o Espírito Santo passou a morar definitivamente nela.
Quando Maria visitou Isabel e a saudou com seu Shalon aleichem, ( a paz esteja convosco), Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (Lc1, 41); Quando Nossa Senhora vai levar o Menino Jesus ao Templo, o Espírito Santo desce com poder sobre Simeão. Em Pentecostes, Maria estava no Cenáculo, reunida com seus filhos, os Apóstolos e discípulos, cerca de 120, rezando a primeira Novena da Igreja, sob o pedido de Jesus: "Não se afastem de Jerusalém, fiquem lá até que seja enviado o Paráclito!" (At1, 4-5)
Pediam ao Espírito Santo e o Espírito Santo desceu sobre eles e Também sobre Maria Santíssima em forma de vento, tremor da terra e Líguas de fogo. (At1, 14). Por isso a Virgem Maria tembém é chamada de "Mãe da Igreja", a maternidade divina de Maria Santíssima está revelada em Lc1, 26 e em Jo19, 27. São Paulo Bem mostra esta verdade, como afirmamos.
Em Pentecostes a manifestação do fogo edo vento revela o ato de Deus no processo de santificação e purificação do homem. (conforme: Êx19, 18; 24, 17; 2Sm22, 9-13 e Is6, 6-7); o Espírito provoca uma mudança radical nos Apóstolos. Uma transformação interior, (At2, 14ss); começa uma nova humanidade. Uma humanidade unida e restaurada pelo Espírito perdido em Babel. Agora essa nova humanidade não mais gerada por Eva simplesmente, mas Por Maria Santíssima. Foi o que Maria Santíssima recebeu esta missão aos pés da Cruz. "Mulher eis o teu filho... Filho eis tua Mãe!" (Jo19, 26-27); A agora falam uma língua que todos entendem; Um sinal de Unidade com a presença do Espírito Santo. A Igreja guiada pelo Espírito é unida. Unica. Santa e Católica, isto é em todo lugar a mesma fé e a mesma doutrina. E Nossa Senhora faz parte desta Igreja desde PENTECOSTES.
No cenáculo a Virgem está santificando a todos os presentes como fez com Isabel eJoão Batista numa visita e numa e numa saudação. O que é novidade para os Apóstolos é uma permanente realidade para Nossa Senhora. Para entender isso é só ler em Lucas cap. 1, 35; recordando as palavras do Anjo Gabriel. Agora é só você comparar com: Êx40, 35 - Sl 90, 4; 139, 8 - 1Rs8, 10 - Is6, 4.
O Espírto Santo deseceu sobre Noss Senhora imediatamente após seu SIM. Desceu não como fazia na antiga aliança com os Patriarcas, os profetas e os juízes. Desceu de forma única, singular e superior ao que aconteceu em Pentecostes na santificação dos Apóstolos e discíplulos. Ela é a verdadeira ARCA DA ALIANÇA.
Aliás, o Livro do Apocalípse revela:
"Abriu-se o Templo de Deus no Céu, e apareceu no seu Templo, a Arca do seu Testamento". "O Templo de Deus no Céu", mas o mesmo livro nos revela que no Céu não existe Templo (Ap 21, 22); e a Palavra de Deus nos ensina que Jesus Cristo é o verdadeiro Templo, (Jo2, 19); compare com Jo1, 14. E que foi aberto pela Lança do soldado... O Sacratíssimo Coração de Jesus que pode ser vista a "Arca da Aliança", que é a Virgem Maria, no Misitério de sua Imaculada Conceição. (Compare: Jo19, 34 com Gên2, 21-24 e Cân4, 7). "És toda bela, oh minha amiga, e não há em ti mancha qualquer!" - aqui está a verdade da Imaculada Conceição. (E também Gên3, 15 e Lc1, 28); Após a assunção de Nossa Senhora, o Espírito Santo a chama para coroá-la: "Vem do Líbano, esposa minha, vem para seres coroada" e a seguir essas palavras cheias de mistério: "feriste meu coração, minha esposa e irmã, feriste meu coração!" (Cân4, 8.9 - Versão Vulgata); por obra do Espírito Santo a Virgem Maria se tornou a "Arca da Aliança".
O QUE ERA A ARCA DA ALIANÇA? - a Arca da Aliança, no Antigo Testamento, era uma urna onde se guardava os Dez Mandamentos, feita de Madeira e Ouro por meio dela e nela Deus sempre estava presente no meio do povo. O Tabernáculo, era o local sagrado, (uma tenda), onde abrigava a Arca da Aliança quando o povo estava acampado no deserto. Dentro da tenda, ou tabernáculo, havia um local que somente os sacerdotes podia entrar, era o SANTO DOS SANTOS, neste local ficava exposto a Arca da Aliança. Deus ali morava (seu Espírito), e por meio dela realizava os prodígios no meio do seu povo.(Ler: Êx36, 8-38; 37, 1-9ss). Quando o povo de Deus foi definitivamente estabelecido, o Rei Salomão mandou que fizesse um Templo ddicado ao Senhor. E no Templo que não era mais uma tenda, foi construído o local do "Santo dos Santos", onde a Arca da Aliança permanecia guardada. Com a invasão de Jerusalém pelo rei Nabucondonosor, o templo foi destruído e todos os objetos do Templo foram saqueados e levados para a Babilônia e a Arca da Aliança desapareceu.
No Novo Testamento essa Arca da Aliança (de Deus com os homens por Moisés), reaparece (simbolicamente), quando Jesus estabelece uma Nova Lei. Ele próprio se faz presente, na Eucaristia, e esta Arca é substituída pelo Sacrário onde está Jesus presente no Sacramento da Eucaristia. Ele Deus presente, ressuscitado em Corpo, Sangue, Alma e Divindade está guardado no Sacrário de todas as igrejas. Eis a nova Arca da Aliança (de Deus com os homens através de Jesus), agora não mais com os dez Mandamentos, mas com o próprio autor da Lei, Jesus Cristo, vivo e Ressuscitado no nosso meio. Que por amor a nós homens quis se entregar e se tornar vivo ressuscitado nas espécies de pão e vinho, Corpo de Sangue.
Nossa Senhora, então, é chamada "Arca da Aliança", porque ela abrigou em seu ventre o Autor das Leis divinas, o próprio Cristo. DE seu ventre materno nasceu o MESSIAS, DEUS CONOSCO, O EMANUEL.
E não podemos esquecer que o mesmo sangue que corrido nas veias de Nossa Senhora, foi o mesmo Sangue do Filho de Deus feito homem.
De Maria nasce uma NOVA ALIANÇA, estabelecida por Deus através de Jesus. No seio de Maria, que recebeu o Espírito Santo, abrigou o SANTO DOS SANTOS, o Filho de Deus!
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Nossa Senhora esteve associada ao Espírito Santo desde a concepção. A encarnação do Verbo de Deus é obra do Espírito Santo e da Virgem Maria e desde aquele momento continua o Espírito a formar o Corpo Místico de Cristo e o faz por meio de Maria.
A nossa santificação é obra do Espírito Santo. Depende única e exclusivamente dEle e por isso, quem ofende Maria Santíssima, ofende seu esposo, o Espírito Santo, pois ela é a "esposa do Espírito Santo!".
Toda e qualquer graça que nos é concedida é realizada pela mediação de Maria Santíssima a quem o Espírito Santo revela as necessidades da Igreja. Nossa Senhora nos deseja a paz ecom esse desejo somos cheios do Espírito Santo, enquanto Igreja, Corpo Místico de Cristo. A exemplo do que ocorreu com Isabel e João Batista. Todo verdadeiro devoto de Nossa Senhora é guiado pelo Espírito Santo.
"O veradeiro devoto de Maria Santíssima, não se condena mas se salva!" (disse Sto. Afonso Maria de Liguori).
Ela nos atrai o Espírito. Pelo Espírito não só reconhecemos Deus como Pai, mas também Nossa Senhora como nossa Mãe.
Cristo é o "segundo Adão" e Nossa Senhora a "segunda Eva", como já vimos. E o que Deus uniu no seu plano de salvação não procure o homem separar com "vãs teologias" como querem os "crentes".
À Santa Brígida foi revelado que: "concorreu com a Mãe com o sangue mais puro do seu coração para gerar um filho; e este, com seu sangue puríssimo de seu Coração, concorreu para unir e preservar a Mãe!" - Deus edificou (criou) uma casa (a Virgem Maria); para si; (Prov9, 1). A Virgem Maria é o Templo do Espírito Santo e foi por ela ronada com os sete dons, os doze frutos, os nove carismas e as oitos beatitudes.
À luz de Lucas 1, 35 e Êx 40, 35 o Verbo pode ser traduzido por habitar e morar e no mesmo princípio aparece em Rt3, 9 3 Eze16, 8. Revela que o Espírito desdosou a Virgem Maria pois nela habitou o Espírito a Glória de Deus.
O nome santíssmo de Deus nela se fez morada revelando a altíssima santidade da Virgem Maria pois ela é a Shechina El Shadai, o Todo-Poderoso. O Anjo Gabriel anuncia a Virgem que em seu seio será o Santo dos Santos, isto é o lugar santíssimo onde Deus fará morada, se encarnará.
O seio de Maria Santíssima nesse momento se torna um lugar onde o Espírito Santo é adorado. É bom lembrar que o lugar Santíssimo era o local onde o sumo sacerdote e somente ele entrava uma vez por ano n o grande dia da expiação, (Yom Kippur). O seio da Virgem Maria torna-se o vivo "Santo dos Santos". Onde o nosso Sumo e Eterno Sacerode, nosso Senhor Jesus Cristo, entrou uma única vez para nos salvar, pis era o grande dia da salvação. Só Ele, só o Sumo Sacerdote, único e verdadeiro pôde entrar e nada mais.
Daí a Virgindade perpétua de Maria, a quem os crentes firmam e não acreditar, porque não querem e não estudam a Sagrada Escritura.
Isso nos diz claramente o Anjo Gabriel que em nome de Deus saudou a Virgem Maria, "Ave Cheia de Graça!"(Lc1, 1ss), dizendo que ela econtrou "graça diante de Deus". E que o fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus. E santíssima é a sua essência, a sua natureza, daí a necessidade da maternidade virginal de Nossa Senhora. Com seu Sim, concebe Jesus, que recapitula em si toda a natureza humana e o Universo.
A mediação da Virgem Maria é evidente. Ela deu ao mundo o que é de mais precioso, o Filho de Deus, com plena consciência e por sua própria vontade. Esclarecida pelo Anjo Gabriel sobre a pessoa do Filho e sobre a sua missão. (assim exigia Deus que ela fosse livre de qualquer mancha de pecado, fosse pura e santa), como a "Arca da Aliança". Desse modo, por Maria e pelo SIM de Maria e pela sua Maternidade divina ela continua a trazer para a humanidade as inúmeras graças por meio de seu Filho.
Mediador é aquela pessoa que interpõe entre duas pessoas a fim de fazer um acordo ou uma reconciliação. Para isso o mediador deve ser aceito por ambas as pessoas, para se tornar fácil. Espiritualmente falando, na ordem sobrenatural das coisas existem dois mediadores importantes entre essas duas pessoas: Deus e o homem.
A primeira mediação é a de Jesus Cristo. A Bíblia destaca que Jesus é o único mediador entre Deus e o homem, mas a mediação de Jesus está diretamente ligada aos frutos da Redenção. Isto é, pela sua paixão, morte e ressurreição, Ele conseguiu reatar os laços que o pecado havia desfeito entré nós e Deus e conseguiu também nos trazer a salvação. Essa mediação pois é única e meritamente de Jesus Cristo e de ninguém mais. Chamamos de "mediação primária".
Jesus enquanto homem é mediador entre Deus e os homens. Estando não somente próximo de Deus e dos homens mas estando hipostaticamente unido a Deus e constituído por Ele chefe espiritual do gênero humano. Por isso Ele mesmo é o mediador perfeito, pois só a Ele podia merecer a Justiça, nossa salvação, graças a Jesus que se faz nosso reconciliador. Essa graça é primordial e exclusiva de Cristo.
A segunda é secundária, é a mediação dos santos. Isto é, os santos são responsáveis pela Oração Universal pela intercessão em favor dos homens e como tais buscam para nós as graças que precisamos alcançar. A primeira mediação é única e exclusiva de Jesus Cristo. A segunda é de todos nós quer seja no Céu, quer seja na Terra como intercessores. Jesus mesmo disse: "Pedi e recebereis..." "O que pedires em meu nome ao Pai, vos será concededido..." ; então a mediação secundária passa por Jesus que é o único mediador "da salvação".
Nesse rol está a mediação da Mãe de Jesus, mas de um modo especial porque ela mesma está junto e diretamente unida a seu Filho Jesus. Nossa Senhora é mãe de Deus e mãe dos homens ao mesmo tempo. Ela também é indicada para servir de elo entre nós e seu Filho. Mas a sua mediação está londe de tirar os méritos de Cristo. Ela exerce pois uma união com o Cristo na obra da redenção do qual ela tira toda eficácia a nosso favor. A mediação de maria se faz:
a) Com Cristo, Maria contribui para nos resgatar: donde seu título de Co-Redentora.
b) E com Ele , obtém todas as graças aos homens, ela distrubui universalmente todas as graças.
São Tomás de Aquino, ao falar da mediação de Jesus disse: "Corresponde ao ofício de mediador entre Deus e aos homens, o o uní-los". Isto significa que o mediador é aquele que oferece as orações dos homens principalmente o sacrifício, ato principal da virtude da religião, e deve também, distribuir aos homens os dons de Deus que santificam: a luz da divina graça".
Existe, pois uma dupla mediação, uma ascendente em forma de oração e de sacrifício, outra descendente pela distrubuição dos dons divinos aos homens. Este ofício de mediador não aparece com inteira perfeição, senão a Jesus Cristo. Único que nos pode reconciliar com Deus, oferecendo-lhe toda humanidade, uma sacrifício de valor infinito, o da Cruz que se perpetua no Santo Sacrifício da Missa e culmina com a Eucaristia.
"Mas independe-nos que existem entre Deus e os homens abaixo de Cristo, outros mediadores, os mediadores secundários que cooperam em união com Ele de uma maneira dispositiva ou ministerial. Significa que disponham aos homens em receber a influência do mediador principal, ou que transmitam, mas sempre em virtude e sob a dependência dos méritos de Cristo". Diz S. Tomás de Aquino.
Maria, em forma subordinada, (assim como todos os demais santos), e dependendo dos méritos de Cristo, se faz medianeira universal para todos os homens desde a vinda de Nosso Senhor. Lembremos-nos que o primeiro milagre de Jesus foi feito com a intercessão de Maria em Caná da Galiléia. Embora não tivesse chegado a hora Jesus antendeu o pedido de sua Mãe.
"Então Nossa Senhora possui os méritos particular de seu Filho para a obtenção e distribuição de todas as graças quer seja geral, ou particular. Não o é em qualidade de ministro, senão por associação a Obra redentora de seu Filho", explica Santo Alberto Magno.
Desde que Nossa Senhora entrou na glória do Céu, está cooperando em que sejam aplicadas ao homem as graças da Redenção. Ela participa na difusão das graças por meio de sua intercessão maternal. Todas absolutamente, todas as graças que recebemos é pela mediação da Mãe, mesmo aquelas que não são pedidas através dela. Esse é o ensinamento da Igreja.
Ela é nossa Mãe (Jo19, 26); e a Igreja Antiga já ensinava isso. Orígenes diz que o cristão perfeito tem a Virgem Maria como Mãe. A mediação universal de Nossa Senhora está em que ela cooperou Deus na obra da encarnação e da redenção. (Jo19, 25ss copare com Lc2, 35); e também por sua relação com a Igreja da qual ela é o modelo perfeito.
A prova de que ela é nossa medianeira, nossa intercessora, está nos ensinos da Igreja que é corrobada pelas milhões de garças alcançadas pelos fiéis que a recorrem diariamente.
Chamando Nossa Senhora de "nossa Co-Redentora", entendemos que ela é Co-Operadora na Redenção . Não quremos evidentemente dizer que Maria nos tenha resgatado por uma ação própria independente, mas somente por sua união com a ação de Jesus.
Na obra de nosso resgate, Cristo não fez uma parte e Maria outra, não; os dois reunidos desempenharam a obra. Conforme a frase do Papa Pio X, "o que Cristo mereceu como justiça, isto também Maria mereceu, mnas com título inferior".
Leão XIII resume quando diz que "Maria esteve associada na obra dolorosa da redenção do gênro humano".
Pio X, já cima citado diz que Maria é "Reparadora do Mundo".
Os Padres e Doutores da Igreja, chamam muitas vezes Maria de "Nova Eva", como São Paulo Apóstolo diz que Cristo é o "Novo Adão". Não que sejam uma rencarnação de Adão e Eva, nada disso, mas simbolicamente para explicar que sua fução salvadora foi análoga aquela da perdão por nossos primeiros pais. Por uma espécie de compensação. Deus quis modelar nossa salvação sobre nossa ruina. Se a escritura pode dizer que pela "mulher, o pecado e morte", entraram no mundo, pode-se dizer que por "Jesus e Maria a entrou a salvação". Tríplice é o aspécto da função de Maria como Co-Redentora. 1) no consentimento da Virgem, seu SIM, à proposta divina no momento da anunciação. 2) Na união das suas pisposições com as disposições do Redentor. 3) Na união de seus sofrimentos com os sofrimentos do Redentor.
Desde o nascimento de Cristo, toda a vida de Nossa Senhora foi uma oblação de todos seus atos foram atos redentores; toda sua existência foi não só uma cooperação espiritual mas uma coopreção física e real, cooperação moral, consciente e livre.
Ela desde o momento da anunciação foi colaboraddora de Cristo nesta obra, e Ela mereceria o título de Co-Redentora mesmo que tivesse morrido após o nmascimento de Jesus.
A ação do Cristo é independente; ela não tem necessidade duma outra ação basta a si mesma plenamente. Aação de Maria é dependente, é eficaz somente pelas relações com a eficacidade de Cristo. Não há um Redentor e uma Redentora. Há um redentor e uma Co-Redentora. A ação Co-redentora é uma como o Redentor. A ação de Cristo alcança seu objetivo por um mérito de justiça; a de maria, por um mérito inferior logicamente.
A ação do Redentor tem um valor infinito, sendode um Deus. Ela bastaria para expiar nossos crimes infinitamente mais numerosos e mais abomináveis para santificar mundos inumeráveis. A ação Co-Redentora é superrogatória: Nada pode-se acrescentar ao infinito.
O QUE ERA A ARCA DA ALIANÇA? - a Arca da Aliança, no Antigo Testamento, era uma urna onde se guardava os Dez Mandamentos, feita de Madeira e Ouro por meio dela e nela Deus sempre estava presente no meio do povo. O Tabernáculo, era o local sagrado, (uma tenda), onde abrigava a Arca da Aliança quando o povo estava acampado no deserto. Dentro da tenda, ou tabernáculo, havia um local que somente os sacerdotes podia entrar, era o SANTO DOS SANTOS, neste local ficava exposto a Arca da Aliança. Deus ali morava (seu Espírito), e por meio dela realizava os prodígios no meio do seu povo.(Ler: Êx36, 8-38; 37, 1-9ss). Quando o povo de Deus foi definitivamente estabelecido, o Rei Salomão mandou que fizesse um Templo ddicado ao Senhor. E no Templo que não era mais uma tenda, foi construído o local do "Santo dos Santos", onde a Arca da Aliança permanecia guardada. Com a invasão de Jerusalém pelo rei Nabucondonosor, o templo foi destruído e todos os objetos do Templo foram saqueados e levados para a Babilônia e a Arca da Aliança desapareceu.
No Novo Testamento essa Arca da Aliança (de Deus com os homens por Moisés), reaparece (simbolicamente), quando Jesus estabelece uma Nova Lei. Ele próprio se faz presente, na Eucaristia, e esta Arca é substituída pelo Sacrário onde está Jesus presente no Sacramento da Eucaristia. Ele Deus presente, ressuscitado em Corpo, Sangue, Alma e Divindade está guardado no Sacrário de todas as igrejas. Eis a nova Arca da Aliança (de Deus com os homens através de Jesus), agora não mais com os dez Mandamentos, mas com o próprio autor da Lei, Jesus Cristo, vivo e Ressuscitado no nosso meio. Que por amor a nós homens quis se entregar e se tornar vivo ressuscitado nas espécies de pão e vinho, Corpo de Sangue.
Nossa Senhora, então, é chamada "Arca da Aliança", porque ela abrigou em seu ventre o Autor das Leis divinas, o próprio Cristo. DE seu ventre materno nasceu o MESSIAS, DEUS CONOSCO, O EMANUEL.
E não podemos esquecer que o mesmo sangue que corrido nas veias de Nossa Senhora, foi o mesmo Sangue do Filho de Deus feito homem.
De Maria nasce uma NOVA ALIANÇA, estabelecida por Deus através de Jesus. No seio de Maria, que recebeu o Espírito Santo, abrigou o SANTO DOS SANTOS, o Filho de Deus!
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Nossa Senhora esteve associada ao Espírito Santo desde a concepção. A encarnação do Verbo de Deus é obra do Espírito Santo e da Virgem Maria e desde aquele momento continua o Espírito a formar o Corpo Místico de Cristo e o faz por meio de Maria.
A nossa santificação é obra do Espírito Santo. Depende única e exclusivamente dEle e por isso, quem ofende Maria Santíssima, ofende seu esposo, o Espírito Santo, pois ela é a "esposa do Espírito Santo!".
Toda e qualquer graça que nos é concedida é realizada pela mediação de Maria Santíssima a quem o Espírito Santo revela as necessidades da Igreja. Nossa Senhora nos deseja a paz ecom esse desejo somos cheios do Espírito Santo, enquanto Igreja, Corpo Místico de Cristo. A exemplo do que ocorreu com Isabel e João Batista. Todo verdadeiro devoto de Nossa Senhora é guiado pelo Espírito Santo.
"O veradeiro devoto de Maria Santíssima, não se condena mas se salva!" (disse Sto. Afonso Maria de Liguori).
Ela nos atrai o Espírito. Pelo Espírito não só reconhecemos Deus como Pai, mas também Nossa Senhora como nossa Mãe.
Cristo é o "segundo Adão" e Nossa Senhora a "segunda Eva", como já vimos. E o que Deus uniu no seu plano de salvação não procure o homem separar com "vãs teologias" como querem os "crentes".
À Santa Brígida foi revelado que: "concorreu com a Mãe com o sangue mais puro do seu coração para gerar um filho; e este, com seu sangue puríssimo de seu Coração, concorreu para unir e preservar a Mãe!" - Deus edificou (criou) uma casa (a Virgem Maria); para si; (Prov9, 1). A Virgem Maria é o Templo do Espírito Santo e foi por ela ronada com os sete dons, os doze frutos, os nove carismas e as oitos beatitudes.
À luz de Lucas 1, 35 e Êx 40, 35 o Verbo pode ser traduzido por habitar e morar e no mesmo princípio aparece em Rt3, 9 3 Eze16, 8. Revela que o Espírito desdosou a Virgem Maria pois nela habitou o Espírito a Glória de Deus.
O nome santíssmo de Deus nela se fez morada revelando a altíssima santidade da Virgem Maria pois ela é a Shechina El Shadai, o Todo-Poderoso. O Anjo Gabriel anuncia a Virgem que em seu seio será o Santo dos Santos, isto é o lugar santíssimo onde Deus fará morada, se encarnará.
O seio de Maria Santíssima nesse momento se torna um lugar onde o Espírito Santo é adorado. É bom lembrar que o lugar Santíssimo era o local onde o sumo sacerdote e somente ele entrava uma vez por ano n o grande dia da expiação, (Yom Kippur). O seio da Virgem Maria torna-se o vivo "Santo dos Santos". Onde o nosso Sumo e Eterno Sacerode, nosso Senhor Jesus Cristo, entrou uma única vez para nos salvar, pis era o grande dia da salvação. Só Ele, só o Sumo Sacerdote, único e verdadeiro pôde entrar e nada mais.
Daí a Virgindade perpétua de Maria, a quem os crentes firmam e não acreditar, porque não querem e não estudam a Sagrada Escritura.
Isso nos diz claramente o Anjo Gabriel que em nome de Deus saudou a Virgem Maria, "Ave Cheia de Graça!"(Lc1, 1ss), dizendo que ela econtrou "graça diante de Deus". E que o fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus. E santíssima é a sua essência, a sua natureza, daí a necessidade da maternidade virginal de Nossa Senhora. Com seu Sim, concebe Jesus, que recapitula em si toda a natureza humana e o Universo.
A mediação da Virgem Maria é evidente. Ela deu ao mundo o que é de mais precioso, o Filho de Deus, com plena consciência e por sua própria vontade. Esclarecida pelo Anjo Gabriel sobre a pessoa do Filho e sobre a sua missão. (assim exigia Deus que ela fosse livre de qualquer mancha de pecado, fosse pura e santa), como a "Arca da Aliança". Desse modo, por Maria e pelo SIM de Maria e pela sua Maternidade divina ela continua a trazer para a humanidade as inúmeras graças por meio de seu Filho.
Lembremos o não de Eva a Deus e agradeçamos o SIM de Maria Santíssima.
CAPÍTULO III
NOSSA SENHORA COMO MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS
Mediador é aquela pessoa que interpõe entre duas pessoas a fim de fazer um acordo ou uma reconciliação. Para isso o mediador deve ser aceito por ambas as pessoas, para se tornar fácil. Espiritualmente falando, na ordem sobrenatural das coisas existem dois mediadores importantes entre essas duas pessoas: Deus e o homem.
A primeira mediação é a de Jesus Cristo. A Bíblia destaca que Jesus é o único mediador entre Deus e o homem, mas a mediação de Jesus está diretamente ligada aos frutos da Redenção. Isto é, pela sua paixão, morte e ressurreição, Ele conseguiu reatar os laços que o pecado havia desfeito entré nós e Deus e conseguiu também nos trazer a salvação. Essa mediação pois é única e meritamente de Jesus Cristo e de ninguém mais. Chamamos de "mediação primária".
Jesus enquanto homem é mediador entre Deus e os homens. Estando não somente próximo de Deus e dos homens mas estando hipostaticamente unido a Deus e constituído por Ele chefe espiritual do gênero humano. Por isso Ele mesmo é o mediador perfeito, pois só a Ele podia merecer a Justiça, nossa salvação, graças a Jesus que se faz nosso reconciliador. Essa graça é primordial e exclusiva de Cristo.
A segunda é secundária, é a mediação dos santos. Isto é, os santos são responsáveis pela Oração Universal pela intercessão em favor dos homens e como tais buscam para nós as graças que precisamos alcançar. A primeira mediação é única e exclusiva de Jesus Cristo. A segunda é de todos nós quer seja no Céu, quer seja na Terra como intercessores. Jesus mesmo disse: "Pedi e recebereis..." "O que pedires em meu nome ao Pai, vos será concededido..." ; então a mediação secundária passa por Jesus que é o único mediador "da salvação".
Nesse rol está a mediação da Mãe de Jesus, mas de um modo especial porque ela mesma está junto e diretamente unida a seu Filho Jesus. Nossa Senhora é mãe de Deus e mãe dos homens ao mesmo tempo. Ela também é indicada para servir de elo entre nós e seu Filho. Mas a sua mediação está londe de tirar os méritos de Cristo. Ela exerce pois uma união com o Cristo na obra da redenção do qual ela tira toda eficácia a nosso favor. A mediação de maria se faz:
a) Com Cristo, Maria contribui para nos resgatar: donde seu título de Co-Redentora.
b) E com Ele , obtém todas as graças aos homens, ela distrubui universalmente todas as graças.
São Tomás de Aquino, ao falar da mediação de Jesus disse: "Corresponde ao ofício de mediador entre Deus e aos homens, o o uní-los". Isto significa que o mediador é aquele que oferece as orações dos homens principalmente o sacrifício, ato principal da virtude da religião, e deve também, distribuir aos homens os dons de Deus que santificam: a luz da divina graça".
Existe, pois uma dupla mediação, uma ascendente em forma de oração e de sacrifício, outra descendente pela distrubuição dos dons divinos aos homens. Este ofício de mediador não aparece com inteira perfeição, senão a Jesus Cristo. Único que nos pode reconciliar com Deus, oferecendo-lhe toda humanidade, uma sacrifício de valor infinito, o da Cruz que se perpetua no Santo Sacrifício da Missa e culmina com a Eucaristia.
"Mas independe-nos que existem entre Deus e os homens abaixo de Cristo, outros mediadores, os mediadores secundários que cooperam em união com Ele de uma maneira dispositiva ou ministerial. Significa que disponham aos homens em receber a influência do mediador principal, ou que transmitam, mas sempre em virtude e sob a dependência dos méritos de Cristo". Diz S. Tomás de Aquino.
Maria, em forma subordinada, (assim como todos os demais santos), e dependendo dos méritos de Cristo, se faz medianeira universal para todos os homens desde a vinda de Nosso Senhor. Lembremos-nos que o primeiro milagre de Jesus foi feito com a intercessão de Maria em Caná da Galiléia. Embora não tivesse chegado a hora Jesus antendeu o pedido de sua Mãe.
"Então Nossa Senhora possui os méritos particular de seu Filho para a obtenção e distribuição de todas as graças quer seja geral, ou particular. Não o é em qualidade de ministro, senão por associação a Obra redentora de seu Filho", explica Santo Alberto Magno.
Desde que Nossa Senhora entrou na glória do Céu, está cooperando em que sejam aplicadas ao homem as graças da Redenção. Ela participa na difusão das graças por meio de sua intercessão maternal. Todas absolutamente, todas as graças que recebemos é pela mediação da Mãe, mesmo aquelas que não são pedidas através dela. Esse é o ensinamento da Igreja.
Ela é nossa Mãe (Jo19, 26); e a Igreja Antiga já ensinava isso. Orígenes diz que o cristão perfeito tem a Virgem Maria como Mãe. A mediação universal de Nossa Senhora está em que ela cooperou Deus na obra da encarnação e da redenção. (Jo19, 25ss copare com Lc2, 35); e também por sua relação com a Igreja da qual ela é o modelo perfeito.
A prova de que ela é nossa medianeira, nossa intercessora, está nos ensinos da Igreja que é corrobada pelas milhões de garças alcançadas pelos fiéis que a recorrem diariamente.
MARIA CO-REDENTORA
Chamando Nossa Senhora de "nossa Co-Redentora", entendemos que ela é Co-Operadora na Redenção . Não quremos evidentemente dizer que Maria nos tenha resgatado por uma ação própria independente, mas somente por sua união com a ação de Jesus.
Na obra de nosso resgate, Cristo não fez uma parte e Maria outra, não; os dois reunidos desempenharam a obra. Conforme a frase do Papa Pio X, "o que Cristo mereceu como justiça, isto também Maria mereceu, mnas com título inferior".
Leão XIII resume quando diz que "Maria esteve associada na obra dolorosa da redenção do gênro humano".
Pio X, já cima citado diz que Maria é "Reparadora do Mundo".
Os Padres e Doutores da Igreja, chamam muitas vezes Maria de "Nova Eva", como São Paulo Apóstolo diz que Cristo é o "Novo Adão". Não que sejam uma rencarnação de Adão e Eva, nada disso, mas simbolicamente para explicar que sua fução salvadora foi análoga aquela da perdão por nossos primeiros pais. Por uma espécie de compensação. Deus quis modelar nossa salvação sobre nossa ruina. Se a escritura pode dizer que pela "mulher, o pecado e morte", entraram no mundo, pode-se dizer que por "Jesus e Maria a entrou a salvação". Tríplice é o aspécto da função de Maria como Co-Redentora. 1) no consentimento da Virgem, seu SIM, à proposta divina no momento da anunciação. 2) Na união das suas pisposições com as disposições do Redentor. 3) Na união de seus sofrimentos com os sofrimentos do Redentor.
Desde o nascimento de Cristo, toda a vida de Nossa Senhora foi uma oblação de todos seus atos foram atos redentores; toda sua existência foi não só uma cooperação espiritual mas uma coopreção física e real, cooperação moral, consciente e livre.
Ela desde o momento da anunciação foi colaboraddora de Cristo nesta obra, e Ela mereceria o título de Co-Redentora mesmo que tivesse morrido após o nmascimento de Jesus.
A ação do Cristo é independente; ela não tem necessidade duma outra ação basta a si mesma plenamente. Aação de Maria é dependente, é eficaz somente pelas relações com a eficacidade de Cristo. Não há um Redentor e uma Redentora. Há um redentor e uma Co-Redentora. A ação Co-redentora é uma como o Redentor. A ação de Cristo alcança seu objetivo por um mérito de justiça; a de maria, por um mérito inferior logicamente.
A ação do Redentor tem um valor infinito, sendode um Deus. Ela bastaria para expiar nossos crimes infinitamente mais numerosos e mais abomináveis para santificar mundos inumeráveis. A ação Co-Redentora é superrogatória: Nada pode-se acrescentar ao infinito.