Martinho Lutero e o livre-arbítrio.
Martinho
Lutero concluiu que o homem não goza de liberdade. Assim disse: “A vontade
humana é como um jumento. Se Deus o cavalga, quer e vai onde Deus quer, como
diz o Salmo: como um jumento diante de ti estarei sempre contigo (Salmo52, 23).
Se Satanás o cavalga, quer e vai para onde vai Satanás, nem está em seu poder
correr para outro cavalgador ou procura-lo, mas os cavalgadores é que lutam
entre si para alcançar o jumento e tomar conta dele”.
“Tudo
se realiza segundo os decretos imutáveis de Deus. Deus opera em nós o mal e o
bem. Tudo o que fazemos, fazemo-lo não livremente, mas por pura necessidade”.
“Foi o diabo que introduziu na Igreja o nome de livre-arbítrio”.
Qual
é o problema dessa falsa doutrina?
Essa
doutrina está em desacordo com a Sagrada Escritura que no Livro de Gênese nos
diz que Deus nos fez livres para escolher entre o bem e o mal. E se escolhemos
o mal ao invés do bem, escolhemos por vontade própria. No capítulo II,
versículos 16-17, Deus proíbe Adão de comer do fruto da árvore da ciência do
bem e do mal. E no capítulo 3, já tendo criado Eva, foram tentados
pela serpente a comer do fruto e desobedeceram. Ora, se não existisse o
livre-arbítrio entre eles jamais poderiam desobedecer. Deus disse “não comais”
e eles comeram.
Lutero
ainda afirma a respeito do pecado original que “o anjo também não é livre
porque o livre-arbítrio é o apanágio de Deus”. Mas com o homem aconteceu uma
grande desgraça. Foi o pecado original quer tornou a nossa vontade totalmente
corrompida, completamente dominada pelo mal. E isso para toda nossa vida.
Lutero ainda afirma: “Nossa pessoa, nossa natureza, todo nosso ser está
corrompido pela queda de Adão [...] Nosso pecado não é em nós uma obra ou uma
ação. É a nossa natureza e todo nosso ser”.
Lutero
ainda afirma em seu comentário “a Epístola aos Romanos”:
“Não
é somente a privação de qualidade na vontade, não somente a privação de luz na
inteligência e de poder e memória, mas a completa privação de toda retidão do
homem interior e exterior. É a própria tendência para o mal, náusea para o bem,
aversão à luz e à sabedoria, amor ao erro e às trevas, fuga, abominação das
boas obras corrida para o mal”.
A
consequência disto é que o homem só pode fazer o mal: “O homem não sendo senão
o tronco apodrecido, não pode produzir senão a corrupção, não pode querer e
fazer senão o mal”, dizia ele.
Ou
seja, para Lutero não importa a liberdade, pois, a consequência do pecado
original faz o homem sempre escolher o pecado ainda que lhe incorra escolher o
bem terá mais prazer em fazer o mal e ao bem e é o mal que prevalece.
Ele
continua: “Tudo que empreenderdes, por belo e brilhante que seja, é pecado.
Faze o que quiseres, não podes senão pecar”. E tudo que o homem faz é, por sua
natureza, pecado mortal: “Todo o pecado, no que diz respeito à substância do
fato, é mortal”.
Veja!, segundo o argumento de Lutero, não há solução, estamos perdidos. Não há liberdade
desde o nascimento até a morte, pois, segundo ele, a natureza está tão
corrompida pela queda de Adão que tudo que fazemos é pecado mortal. Nesse
sentido, como pode ao homem salvar-se?
Para
Lutero é simples. Basta crer em Jesus Cristo. Mas, que ele entende por crer?
Crer
em Cristo é aceitar toda sua doutrina. Lutero admite a fé este sentido, embora
isto para ele seja insignificante; não é propriamente neste sentido que a fé
salva.
Ele diz: “Cristo tem duas naturezas. Em que isto me interessa? Se ele traz o nome de Cristo, magnífico consolador, é por causa do mistério e da tarefa que Ele tomou sobre si. Crer em Cristo não quer dizer que é uma pessoa que é homem e Deus, o que não serve de nada a ninguém; significa que Cristo, isto é, aquele que para nós saiu de Deus e veio ao mundo [...] é desse ofício que ele tira seu nome” [Erlangen 25 – 207].
Para Lutero, crer em Cristo nada é do que crer que
ele é o salvador, nada mais. A fé que salva é a confiança cega do homem cheio de
temor, angústia, de horror diante de sua própria miséria, sabendo que não pode
fazer outra coisa senão pecar, se lança nos braços de Cristo, seu Salvador e
enche da convicção de que pelo Sangue de Cristo está salvo. "Crendo que somos
salvos por Cristo, estamos salvos”.
Aqui
está a base da doutrina Sola Fide (Somente a Fé) e a base do protestantismo. A Fé
fiduciária de crer e crer somente. Basta apenas crer que está salvo sem a
necessidade das obras.
Lutero tinha um grave problema de aceitar a doutrina da Salvação tal como ela é, ensinada pela Igreja Católica porque seus conflitos internos, a sua rebeldia e a sua inquietude espiritual o impedia de arrepender-se de seus pecados e, mesmo confessando seus pecados sua alma não achava repouso.
E por não ser capaz de emendar-se dos seus pecados achava o
sacramento da confissão e as boas obras insuficientes, e não podia ser salvo. Após fundar
o protestantismo ele procurou dar um jeitinho para justificar esse problema
criando a doutrina da Sola Fide (somente a fé), isto é, para Lutero bastava apenas crer para ser salvo. É a fé fiduciária, ou fé comodista. Ou seja, para Lutero basta apenas crer e ficar quieto no canto e já está tudo resolvido. Mas, será que é isso que Nosso Senhor ensinou?
O
grande problema disso é que Lutero, baseado nos conflitos internos que vivia
negava o livre-arbítrio e dizia que o homem embora se esforce para fazer o bem
sempre fará o mal. Mas, o conflito dessa afirmação é que se não existe o
livre-arbítrio também não seríamos impedidos de crer? No entanto a Fé é algo
livre. Podemos crer ou não e isso não impede ao homem de ser igual ao que
crê. Fé é algo livre podemos crer e
podemos não crer. Isso não me faz diferente do meu irmão.
A
fraude desta doutrina é o conflito com a própria Sagrada Escritura. Jesus
Cristo ao vir a este mundo tendo assumido a nossa natureza aceitou livremente a
sua missão salvadora e livremente se entregou por nós. Mostrando que o homem é
um ser livre criado por Deus e agrada a ele que façamos sua obra.
Os Evangelhos estão cheios de exemplos em que Jesus exige a fé, mas exige juntamente com ela fazer as boas obras. Veja, por exemplo o caso da conversão de Zaqueu. Ele não só acreditava em Jesus, mas, ao converter-se disse: "Senhor, estou doando metade dos meus bens aos pobres, e se extorqui alguém devolverei quatro vezes mais". Jesus disse: Hoje a salvação entrou na sua casa porque este homem também é filho de Abraão." (Lucas19, 8-9). A Salvação entrou na casa de Zaqueu por dois motivos: 1) Porque ele creu e aceitou Jesus. 2) Porque sua atitude após a conversão foi fazer justiça com aqueles que, segundo sua corrupção, tinha fraudado. Eis aí a caridade explícita na atitude de Zaqueu. Ele poderia fazer como Lutero. Apenas ter crido e já bastava, mas, se tal ato acontecesse, a sua salvação estaria incompleta. Muitos naquele meio acreditava em Jesus mas, nem todos tiveram essa atitude, como por exemplo, o jovem rico que recusou seguiu Jesus. Aquele jovem acreditava em Jesus, praticava, em parte a Lei de Moisés, mas, não era capaz de fazer caridade, isto é, de vender seus bens e dar aos pobres. (Mateus19, 16-23).
Ou seja, Jesus curava e libertava as pessoas e no final pedia que se
fizesse algo. Veja, por exemplo o caso da pecadora que Jesus perdoou. Ele
disse: “Vá e não peques mais!”(João 8, 3-11). A atitude de não voltar a pecar é uma condição para o pecador que arrependido de seus pecados receba a absolvição. Ele, deve se esforçar para não cair no mesmo erro. Esta condição dada por Jesus é a mesma que devemos ter e que o sacramento da confissão requer: Arrependimento e propósito de emendar-se. Lutero não conseguia emendar-se dos seus pecados e, por isso, julgava o sacramento da confissão insuficiente.
Crer
é ato livre da pessoa. Crer também é uma obra. Lutero buscava justificar seus
erros baseado em uma fé absolutista, cega. Achava-se incapaz de aceitar a
verdade de que a fé é dom de Deus colocada à nossa disposição para que nos
ajude a vencer o mal. Mas, Lutero achava-se incapaz de vencer o pecado por seus
problemas psicológicos, seu temperamento intempestivo e sua rebeldia e
transferiu isso em doutrina após separar-se da Igreja.
O
grande problema é que muitos evangélicos bebem desta doutrina sem mesmo se dar
conta de que isso que Lutero ensinava é uma falácia, é um veneno para a alma. Porque se nós recorremos a
própria Bíblia para buscar explicações veremos que a própria Bíblia é contrária
a essa doutrina luterana.
A Igreja Católica admite o livre-arbítrio e considera que a fé como uma convicção de inteligência, sob o império da vontade livre e sob o influxo da graça divina. A graça de Deus se antecipa à ação humana, mas a fé é obra de Deus e do homem.
Lutero só admite o arbítrio escravo, a fé é obra exclusiva de Deus.
Jesus Cristo é o único Salvador porque reconciliou-nos com Deus e ofereceu-lhe a reparação pelo pecado que só Ele justo e Santo pôde dar. Sua obra foi perfeita e cabe a nossa contribuição a qual realizamos mediante a graça que Ele mereceu por nós na Cruz.
O Senhor Jesus nos deixa livres para
aceitar o não a graça da Salvação. Porém, Lutero afirma que Cristo é salvador
no sentido único sem a nossa participação, o que é impossível porque é pela
vontade do homem que esta Salvação torna o homem livre do pecado e livre ao
arrependimento para viver uma vida nova a partir de Cristo. Ele fez a sua
parte, cabe fazermos a nossa parte. Lutero afirma que não. Se Ele nos salvou
não nos resta fazer mais nada.
O problema é que essa afirmação de Lutero de admitir o arbítrio escravo está em desacordo com as palavras de Jesus no Evangelho ao afirmar “se me amas guardareis os meus Mandamentos”. E ainda, Gálatas5, 1, "É para a liberdade que Cristo nos chamou. Portanto, permanecei firmes e não se deixem submeter novamente pelo jugo da escravidão". São Paulo nos ensina que é por causa de Cristo que somos livres e se somos livres não podemos ficar sob opressão do pecado que nos escraviza. Lutero é infeliz ao afirmar que não somos livres e, portanto, devemos pecar: "Sê pecador, e peca fortemente, mas confia e rejubila-te mais fortemente ainda no Cristo, vencedor do pecado, da morte e do mundo. Temos que pecar enquanto somos o que somos".
Por outro lado,
se levarmos em conta a doutrina luterana, se já estamos salvos e não nos resta
fazer mais nada, não importa se obedeçamos ou não aquilo que nos é proposto
pela Palavra de Deus e da Igreja, não importa mais as obras de misericórdia, se
pecamos ou não para Lutero Jesus já fez tudo, já estamos salvos. Isso é muito grave porque produz no cristão, que crente a essa certeza absolutista da salvação a exclusão da prática do Evangelho e, por outro lado, leva o comodismo e o esfriamento da própria fé. Não é por acaso que muitos pastores de hoje olham apenas para seus próprios umbigos buscando apenas realização pessoal e sucesso financeiro. As igrejas passaram a ser bancos arrecadadores. Esses falsos líderes carregam a herança de Lutero baseado no "achismo" da salvação apenas pelo fato de crer. Se já estou salvo, nada me resta a fazer. É o que pensa muitos protestantes portanto, comamos e bebamos. Mesmo Jesus dizendo que para ser salvo é necessário passar por muitas coisas. Embora o caminho seja um só, Jesus Cristo, é necessário viver segundo o que ele ensinou, inclusive a renúncia de si mesmo e o passar pela cruz (Cf. Marcos 8, 34).
Quando
Lutero ensinou essa falsa doutrina houve uma enorme crise. As pessoas deixaram
de fazer caridade porque baseado na autossuficiência da Salvação de pensar que
basta apenas crer e já está salvo e que as boas obras não eram necessárias para
a salvação, as pessoas não se importavam umas com as outras. Esse esfriamento
levou a uma crise em parte da Europa onde essa falsa doutrina era ensinada.
Conflitos
[...] Pecado venial e pecado mortal
Segundo
Lutero tudo que fazemos é pecado mortal. Mas, se tudo é pecado mortal, como
podemos entrar no céu?
Lutero diz que: “Aquele que crê tem grandes pecados como o incrédulo que lhe são perdoados e não mais imputados".
Ele não admite a justificação do pecador
conforme ensina a Igreja Católica que que o homem pode tornar-se justo,
transformado e regenerado interiormente pela graça de Deus, mas no sentido de
que Deus externamente o considera justo, embora seja pecador. O que crê tudo o
que faz é pecado mortal. O que crê pode fazer as mesmas coisas, (isto é, pode
continuar pecando gravemente), Deus por um decreto considera veniais esses
pecados. Veja o pensamento doentio do Pai do protestantismo. Lutero afirmava
basta crer e está salvo e a partir daí não importa mais, e que se o homem pecar
gravemente basta um decreto de Deus para esses pecados se tornarem leves. Não!
Pecado é pecado, seja ele qual for e o pecado traz consequências e não é Deus
quem vai pôr um decreto para diminuir ou aumentar a gravidade do pecado. Se
você matar ou roubar alguém o pecado é o mesmo, é a mesma culpa e transgressão aos Mandamentos do mesmo jeito. Se Deus nos perdoa não é pela qualidade do pecado,
mas é por sua misericórdia. Mas, há condições que o próprio Deus nos deixa para
sermos perdoados:
a) Reconhecer
de que é pecador e precisa da misericórdia de Deus.
b) Arrependimento
e pedido de perdão.
c) Propósito
de emendar-se. Ou seja, não voltar a pecar.
d) Perdoar
também os que lhe ofendem.
e) Confessar
os pecados para obter a absolvição.
Lutero não levou em conta ou ignorou essas condições deixadas por Nosso Senhor nos Evangelhos para satisfazer sua vontade de ser salvo sem passar pelo arrependimento e pela Confissão. Transformou isso em doutrina e muitos hoje ainda insistem nesse grave erro de achar que basta apenas crer e está salvo.
Ele ainda afirmava:
"Cristo observou toda a Lei por todos
os que creem, estes não têm mais obrigação de cumprir a lei, observância que
segundo ele, é impossível porque não há liberdade".
Veja!
Lutero era extremamente ocioso, no sentido de que não conseguia emendar-se se
seus pecados. Ele não tinha paz interior, era cheio de conflitos internos que o
perturbava. Talvez algum transtorno psicológico não diagnosticado pela época.
Tinha um temperamento difícil, era arrogante e insubordinado. Por causa disso
ele não acreditava na eficácia do Sacramento da Confissão. Lutero tinha muito
medo do inferno. Por não ser capaz de emendar-se procurou de certa forma algo
nas Escrituras que consolasse seu espírito. E foi a partir daí que ele
desenvolveu a doutra da Sola Fide. Ou seja, basta apenas crer e já está salvo,
só a Fé basta. Nem as obras, nem os mandamentos.
Assim, Lutero desenvolveu sua doutrina. Ele disse:
“A
palavra Evangelho significa boa nova, doutrina grata e consoladora para as
almas [..] ouvir que a Lei já foi observada por Cristo, que nós não temos que
observá-la, mas, só o de unir-nos pela fé àquele que por nós a observou”. “Esta
é a nossa doutrina que sabemos eficaz para consolar as consciências. Viveremos
sem a Lei e nos persuadiremos que os nossos pecados nos foram perdoados”. Veja,
Lutero admitiu que a sua doutrina nada mais é do que uma forma de persuasão; o
que ele está a ensinando serve para consolar dos seus erros.
Ele
continua:
“Com propriedade pode definir-se o cristão: o
homem livre de todas as leis no foro interno e externo. Assim vês quão rico é o
homem cristão ou batizado que, mesmo querendo, não pode perder a sua salvação,
por maiores que sejam seus pecados, a não ser que não queira crer. Nenhum
pecado pode condená-lo, a não ser somente a incredulidade. Todos os outros, se
houver fé na promessa divina feita ao batizado, são absorvidos pela mesma fé”.
Lutero
parte da ideia de que Cristo não é um legislador que nos veio ensinar apenas sua moral
sublime, promulgada no Evangelho. Diz ele:
“Erasmo
e os papistas cuidam de que Cristo é um novo legislador. Na sua demência nada
entendem do Evangelho, representam-no fantasticamente como um código de novas
leis, à semelhança do que sonham os turcos do Corão. O Evangelho não prega o
que devemos fazer, não exige nada de nós. Antes, como em vez de dizer-nos: faze
isto ou aquilo, manda-nos simplesmente estender as vestes e receber: toma meu
caro, o que Deus fez por ti; por teu amor Ele vestiu de carne humana o próprio
Filho [...] aceita este dom, crê e serás salvo”.
“Não
só com as palavras, mas também com as nossas ações e com nosso procedimento,
exercitemo-nos com diligência em separar Cristo de qualquer legislador, afim de
apresentando-se o demônio sob a figura de Cristo para molestar-nos, saibamos
que não é Cristo, mas, verdadeiramente o diabo.”
“A
isto reduz todo o cristianismo: a sentir que não tens pecado ainda quando
pecas, a sentir teus pecados aderem a Cristo, que é salvador do pecado”.
Qual
é o problema aqui? Podermos nos perguntar: Como seguir essa falsa doutrina?
Onde fica a minha consciência que me acusa quando cometo um pecado?
Primeiramente,
observe que Lutero negou as Leis de Cristo retirando-lhe o poder legislador e
com isso ele retira a autoridade da Igreja. Algo muito conveniente para quem é
insubordinado, rebelde, arrogante e orgulhoso. Segundo ele mente e contradiz
com a Bíblia quando afirma ao dizer que o homem não tem pecado embora peque,
pois, aquele que julga não ter pecado é mentiroso – 1João 1, 8-10 - “Quem nega
ter pecado se engana a si mesmo, tornando Deus um mentiroso e não tendo a
verdade em si”. Logo, poderá achar verdade nesta doutrina de Lutero se a
própria Bíblia o desmente?
Por
outro lado, Lutero retira a autoridade de Cristo ao afirmar que ele não é um
legislador. É evidente que ele tenta justificar o injustificável. Sabendo que
Cristo não veio abolir a Lei, mas, aperfeiçoá-la conforme Mateus 5, 17-18 –
Jesus disse: “Passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras não passarão”.
Com isso, podemos entender que Jesus deixa claro que sua Lei é para sempre. Em
outra ele disse: “Se me amas, guardareis os meus Mandamentos!” - João14, 15
Não é necessário pesquisar muito nos
Evangelhos para identificar o erro desta afirmação de Lutero. Se Cristo não é
legislador ele não poderia afirmar que "veio aperfeiçoar a Lei" porque para
alguém aperfeiçoar uma Lei deverá antes ter autoridade para tal. Essa
autoridade de Cristo vem do seu próprio poder e sua missão de Legislador
Universal. Tomamos como exemplo as nossas Leis, sempre haverá o poder legislador para aperfeiçoá-las para tornar mais justa ou mais compreensível sem precisar alterar a Constituição Federal. Assim, Jesus é o legislador. Jesus não alterou a Lei máxima que é os Mandamentos, mas, vai deu um novo sentido tornando-a mais compreensível. E foi assim que Ele fez ao dizer: "Eu vos dou um novo Mandamento, que vos ameis uns aos outros como eu vos amei!" (João13, 34) [...] porque todos os outros Mandamentos depende desses dois. Jesus resume os Mandamentos e dois. O que diz a Lei? Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Alterou a Constituição dos 10 Mandamentos? Não. Mas, ficou mais compreensível. Isso é o papel do legislador que Lutero rejeitou.
Sabendo
deste pensamento de Lutero, podemos entender a seguinte interpretação quando
ele afirma: “Se pregas a graça, pregas uma graça verdadeira e não falsa.; se a
graça é verdadeira, que o pecado seja verdadeiro e não falso. Deus não pretende
salvar os falsos pecadores. Sê pecador, e peca fortemente, mas confia e
rejubila-te mais fortemente ainda no Cristo, vencedor do pecado, da morte e do
mundo. Temos que pecar enquanto somos o que somos. Esta vida não é a estância
da justiça, mas esperamos, segundo a palavra de São Pedro, novos céus e uma
nova terra, nos quais habita a justiça. É o bastante, para nós, haver
conhecido, pelas riquezas da glória, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo. Ele nos tirará o pecado, ainda quando mil vezes por dia tornássemos
fornicários ou assassinos. Considera como nos sai barata a redenção de nossos
pecados em um tal e grande cordeiro!” (Carta
a Melanchthon / agosto de 1521)
Não podemos negar que Lutero não sabia disso. Ele sabia e tinha consciência de seus pecados. Mas, se a sua consciência lhe acusava, muito mais era seu espírito de rebeldia. Propôs como doutrina a si mesmo uma fé fideísta e fiduciária na qual, ele retira o peso do pecado e a culpa do pecador e dá um “jeitinho” malandro para escapar da culpa sem fugir do pecado, simplesmente achando que basta crer e isso lhe basta; e que se Cristo veio para vencer o pecado é o suficiente, já está perdoado ainda que continue pecando gravemente não terá importância. Basta a graça, basta apenas crer.
A
dificuldade de Lutero em vencer em si mesmo o pecado o levou a uma tática
‘quase perfeita’ – como aquele criminoso que procura o advogado para ajudá-lo a
se livrar da pena imposta achando uma brecha na Lei. Lutero buscou essa ‘brecha’
interpretando a seu bel prazer as palavras da Escritura e invertendo o papel de
Cristo que agora passa ser esse ‘advogado do jeitinho’ e não mais Juiz e
legislador.
Lutero não só retirou a autoridade de Cristo, que é Senhor e Juiz de todas as coisas, como também retirou a autoridade da sua Igreja. A revolta de Lutero com a Igreja não era por causa da crise moral e política que a Igreja Católica enfrentava naquele tempo. Porque para alguém, que depois a história o chamou de "reformador", ele em outro momento aplicou para si o que condenava. Se para ele era preciso reformar porque durante a sua vida não o fez pelo exemplo? Pelo contrário, casou-se com uma ex-freira, que ele mesmo persuadiu no convento; a sua biografia o aponta como alguém extremamente desequilibrado, beberrão, fornicador, perseguidor de judeus e anabatistas. Criou a inquisição protestante. Vivia na opulência e, segundo cometeu suicídio. Ora!, bem sabemos que não se reforma uma casa de fora para dentro, mas, de dentro para fora. Lutero quis reformar o exterior, mas, as suas divergências doutrinárias não o eximiu da sua culpa. Ele não aceitava a sã doutrina e criou uma para si como se o Evangelho fosse diferente para cada pessoa. E foi o que a Sola Scriptura fez, uma doutrina diferente, um evangelho diferente, uma interpretação diferente para cada denominação protestante. a doutrina dos Pentecostais não serve para os reformados. O batismo de uma, não serve para a outra. A mesma bíblia, mas, interpretada de várias maneiras. Lutero passou o final de sua vida arrependido da burrada que fez porque nem mesmo ele conseguiu unidade no protestantismo deixando, já no seu tempo, várias denominações que já não comungavam com suas ideias e se separaram.
Nessas filiais de Lutero Jesus deixa de ser único e se multiplica de acordo com cada interpretação e cada arrecadação. Jesus não é o mesmo para todos, mas ele é melhor ou pior de acordo com o dízimo que dou. Pode-se chamar isso de reforma?
O que pensava Lutero sobre o pecado?
Para Lutero quando mais pecar melhor é. Depois do seu rompimento com a Igreja não lhe restava mais nada e mais ainda piora seu drama interior. Não encontrava paz para seu espírito atribulado. Remorsos, inquietações, tentações e crises de consciência nunca lhe abandonaram.
A
sua doutrina é diabólica, no sentido em que ele forja para si uma consolação
diabólica apoiando-se cegamente na confiança em Cristo para ser tranquilamente
livre da Lei de Cristo. Lançando muitas almas ao desespero por dizer que é
preciso pecar com mais força ainda para vencer o pecado.
Essa
doutrina, além de estar em total desacordo com a Sagrada Escritura, é uma
consolação diabólica que se apoia na cega confiança em Cristo para viver
tranquilamente livre de todas as leis, todas as culpas e tem como consequência
lançar as almas à perdição.
Lutero ainda afirma que “Deus faz
muitas coisas que não nos mostra na sua palavra. Quer muitas coisas que pela
sua palavra não nos mostra querer. Assim não quer a morte, isto é, na palavra;
mas quer por aquela sua vontade imperscrutável. O que quer esta vontade, porque
quer, até onde quer, a nós não é lícito investigar, desejar, procurar ou tocar,
mas somente temer e adorar”.
Quer dizer que, segundo ele, Deus vai condenar as pessoas
sem culpa alguma uma vez que elas não são livres de suas ações. Estas palavras
atentam contra a misericórdia do Deus. Se pensarmos assim de nada serviu o
sacrifício de Cristo na cruz que nos remiu dos pecados e de nada vale o
arrependimento dos pecados uma vez que, segundo ele já estamos condenados e não
somos livres para pensar e agir. Tomar consciência e arrepender-se?
João Calvino, o pai dos reformados, toma a mesma linha (doutrina da predestinação) ao dizer que já nascemos predestinados, uns para a salvação eterna, outros para a condenação eterna por um decreto irrevogável que ele mesmo chama de ‘decreto horrível’. Lutero não usa essa expressão, mas, sua doutrina contém o mesmo elemento de Calvino ao afirmar na doutrina do ‘arbítrio escravo’ e diz que “Deus joga com as criaturas a seu bel prazer operando nelas o bem e o mal, encaminhando-as inelutavelmente para o céu ou o inferno”.
Mas, a Escritura diz que Deus quer a salvação de
todos, ou que ele não deseja morte do pecador, mas que ele se converta e viva,
Lutero, assim como Calvino distingue entre a vontade de Deus revelada e a
vontade de Deus oculta. A vontade de Deus revelada é aquela que Deus nos quer
fazer crer nas escrituras e a vontade oculta é que muitos se percam e que não
haja senão um certo número de eleitos no Céu. Veja o absurdo do que está a
afirmar esta falsa doutrina!
E quando nós deparamos como os protestantes em todas as
denominações que ainda persistem em concordar com isso [...] primeiramente o
negacionismo das boas obras como fator primordial que nos faz aproximar da
salvação, segundo a fé fideísta de crer e crer tão somente por si só é capaz de
salvar o pecador. E aqui vale ressaltar que se levarmos em conta essa doutrina
de Lutero nem mesmo resta crer, pois o homem se é escravo de Deus e não tem o
livre-arbítrio, se já está condenado, para que esforçar-se em buscar a
salvação? Se como ele mesmo afirma “que o homem é um jumento que Deus cavalga e
leva aonde quer’, parta quê crer? Par que buscar a Igreja? De que adianta os
sacramentos?
Podemos
agora entender a revolta de Lutero e a sua negação dos sacramentos. Podemos
entender o seu ódio à Santa Missa e ao Papa. Podemos entender que sua revolta
se dá mais no intelecto, por rebeldia espiritual do que a história afirma que
ele queria reformar a Igreja. Longe de ser um reformador Lutero lutava contra
si mesmo interiormente para se livrar da culpa de seus pecados. Sua doutrina
nada mais é do que a negação de si mesmo.
O
que a Igreja Católica ensina sobre a fé?
Ter
fé significa submeter-se livremente à palavra ouvida, visto que sua verdade é
garantida por Deus, a própria Verdade. O modelo desta obediência proposto pela
Sagrada Escritura é Abraão. A virgem Maria é sua mais perfeita realização.
A
Epístola aos Hebreus, no grande elogio à fé dos antepassados, insiste
particularmente na fé de Abraão. “Pela fé, ao ser chamado, Abraão obedeceu à
ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem
saber para onde iria” (Hebreus 11,8). Pela fé, Sara recebeu a graça de conceber
o filho da promessa. Pela fé, por fim Abraão ofereceu seu filho único em
sacrifício.
Abrão
realiza, assim, a definição da fé dada pela Epístola aos Hebreus. “A fé é a
certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se
veem” (Hebreus 11,1). “Abraão creu em Deus, e isto lhe foi levado em conta como
justiça” (Romanos4, 11-18).
O Antigo Testamento é rico em testemunhas desta fé. A Epístola aos Hebreus fez o elogio da fé exemplar dos antigos que deram “um bom testemunho” (Hebreus11,2.39). No entanto, “Deus previa para nós algo melhor”: a graça de crer em seu Filho Jesus, “que vai à frente da nossa fé e leva a perfeição” (Hebreus 11, 40; 12,2).
Maria
é bem-aventurada porque acreditou.
A
Virgem Maria realiza, da maneira mais perfeita, a obediência da fé. Maria
acolheu o anúncio e a promessa trazidos pelo anjo Gabriel, acreditando que
“para Deus nada é impossível” (Lucas 1, 37) e dando se assentimento: “Eis aqui
a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lucas1, 38). Isabel a
saudou: “Feliz aquela que acreditou, pois o que foi dito da parte do Senhor
será cumprido!” (Lucas 1, 45). Em virtude da fé, todas as gerações a
proclamarão bem-aventurada.
Durante
toda a sua vida e até sua última provação, quando Jesus, seu filho, morreu na
cruz, sua fé não vacilou. Maria não deixou de crer “no cumprimento” da Palavra
de Deus. Por isso, a Igreja venera, em Maria, a realização mais pura da
Fé.
(Artigo1, Catecismo da Igreja Católica 144 – 149).
Aqui
vemos no Catecismo, o ensinamento sobre a fé, que não para por aí, mas podemos
de maneira clara entender a contradição entre Lutero e o verdadeiro sentido da
fé, que não basta apenas crer. Crer faz parte da fé, mas não é o suficiente
para ser. Crer no sentido comum é dar credito a algo e nesse sentido todos os
personagens bíblicos creram.
E neste sentido Lutero é antagônico
porque dá um sentido oposto ao verdadeiro significado da fé segundo o que é
ensinado pela própria Sagrada Escritura.
Quem tem fé é obediente à Palavra de
Deus. Mas, ainda a fé é algo livre. Como o catecismo mesmo afirma “é
submeter-se livremente”. Logo, para ter fé é necessário o livre-arbítrio, algo
que Lutero não acreditava. Portanto, como poderá ao homem ter fé sem o
livre-arbítrio?
Os dois exemplos citados pelo texto: Abraão e
Maria vem contrapor toda doutrina luterana porque traz desses dois personagens
o exemplo de fé obediente, mas, ao mesmo tempo livre. Tanto Abraão como Maria
poderiam dizer não e, no entanto, aceitaram a missão que lhe foi imposta pelo
Senhor.
Ora, se hoje estamos discutindo sobre
a fé é porque herdamos deles esta mesma fé, não fideísta, não fiduciária, mas
de livre obediência.
Mas, entenda! Lutero não encarava a fé
como ato de obediência. Para ele a fé era simplesmente crer, crer e crer. E
crendo desta forma poderia ser salvo. O oposto disso é que a Sagrada Escritura
vai dizer que a Fé consiste e mais que que crer, mas em submissão à vontade de
Deus e à sua Lei. Para Lutero, o homem não é capaz de obedecer a Lei porque a
ele não lhe resta nada porque Deus age no ser humano como que um jumentinho, o
homem é o jumento e Deus o cavalgador.
Nota-se aqui o espírito rebelde de Lutero que muitos, infelizmente até os dias de hoje insistem em observar sem ao mesmo parar para pensar se isto é certo ou não.
Continua
o Catecismo:
A fé é primeiro uma adesão pessoal do
homem a Deus. Ao mesmo tempo e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda
verdade que Deus revelou. Como adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade
que ele revelou, a fé cristã é diferente da fé em uma pessoa humana. É justo e
bom entregar-se totalmente a Deus e crer incondicionalmente no que ele diz.
Seria vão e falso pôr tal fé em uma criatura. (Catecismo da Igreja Católica,
capítulo 2, - 150).
Ou seja, quando cremos, aderimos
livremente a Deus e entregamos totalmente a sua vontade. A partir daí é
entregar-se totalmente a Deus incondicionalmente. Crer é confiar e depender de
Deus. Nossos olhos, nossa vontade e todo nosso ser deve estar diretamente
ligado a Deus e a nenhum outro ser. A Fé é um dom de Deus, uma virtude
sobrenatural infundida por ele.
Quando
São Pedro confessou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, O Senhor Jesus lhe
declarou que esta revelação só foi possível porque veio da parte do Pai.
(Mateus16, 17). Para que alguém possa manifestar a sua fé, é necessária a graça
de Deus, que provê e socorre, e a ajuda interior do Espírito Santo, que move o
coração e o leva a Deus, abre os olhos da mente e confere a todos a docilidade
no consentimento e na crença da verdade.
(Cf. Catecismo da Igreja Católica, capítulo 3, - 153).
A
fé também é um ato humano. E é aqui que quero chamar atenção do leitor. Lutero
contrapôs toda a lógica do que é “crer”. A fé, que é dom, também é algo livre.
Podemos ter fé e mesmo assim viver sem fé. Isto é a fé deve ser algo trabalhado
em nós ao longo da nossa existência. A fé não é só para fazer milagres, mas, deve
ser trabalhada ao longo de nossa vida. Como é que podemos trabalhar a fé?
A
fé é trabalhada através da prática cristã, participação sacramental, observância
dos Mandamentos e do Evangelho, prática das boas obras, fuga do pecado, vida de
oração.
Dizem
os protestantes baseado naquilo que afirma o pai do protestantismo: “crê no
Senhor Jesus e será salvo!” – Para o cristão é muito claro que devemos crer,
mas, crer com fidelidade à Palavra de Deus; crer em Jesus significa crer em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Porque é
assim que Deus se apresenta Uno e Trino. E o “crê” está ligado à maneira como
vivemos a fé. De tal maneira que a fé é para aquele que tem intimidade
com Deus.
Onde
trabalhamos a fé?
Trabalhamos
a fé em todos os momentos e lugares, pois, a fé também está ligada ao
testemunho de vida. Assim, Nosso Senhor Jesus Cristo explicava quando falava
sobre os talentos. Todos nós recebemos a fé que deve ser aumentada ao durante
nossa caminhada e nunca diminuída. E será a fé o peso e a medida para nossa salvação.
Por isso é muito importante guardar a fé como um tesouro (2Timóteo4, 7-8). Por isso,
a liberdade que Deus nos dá é tão importante porque ela nos permite trabalhar a
Fé. Os apóstolos pediram “Senhor, aumenta-nos a fé!” (Lucas 17, 5-6)
Mas,
Lutero não via na fé algo a ser trabalhado, pois, para ele o valor da fé está
precisamente em achar Deus justo; ou Ele coroe os indignos ou condene os inocentes.
Diz ele: “Mas, quando condena os inocentes, porque isto não agrada, se
considera iníquo e intolerável, aqui se reclama, aqui se murmura, aqui se
blasfema [...] Ora, se te agrada Deus coroando os indignos, não deve desagradar
Deus condenando inocentes. Se Ele é justo de uma forma, porque não será de
outra? Aqui se espalha a graça e a misericórdia nos indignos, ali se espalha a
graça ira e severidade nos inocentes; em ambos os casos pode ser o iníquo
exagerado aos olhos dos homens, mas, é justo e veraz e si mesmo. Como é justo
que ele coroe os indignos é incompreensível agora; veremos, porém, quando
chegarmos ali onde já não crê, mas se vê face a face. Como é justo que Ele condene
os inocentes, é incompreensível agora; contudo se crê, até que seja revelado o
Filho do homem”.
Ou
seja, Lutero afirmava que “Deus é bom fazendo o mal”. "Assim o homem é mau
fazendo o bem".
Não
doutrina melhor que essa para lançar as almas à perdição. Além disso, Lutero é
egoísta porque procurou para si mesmo a certeza da salvação, mas, para os
outros pouco lhe interessa. O diabo que os carregue, e o pior ainda sem nenhuma
culpa, pois, não gozam de livre-arbítrio.
Podemos
perceber que “crer” não está em abraçar a fé livremente e fazer dela um
meio para ser salvo. Mas, o crer de Lutero é viver cegamente enganado de que Deus “pode te salvar ou te condenar” se assim o desejar porque ao homem não resta
mais nada senão crer já que Deus é bom fazendo o mal.
Portanto,
está bem claro que uma pessoa que desenvolve uma doutrina nefasta a respeito de
Deus nunca poderia concordar com a doutrina católica e com a própria Sagrada Escritura.
Porque mesmo se quisesse permanecer católico não poderia.
Depois de tanto tempo, as pessoas que vão para o protestantismo ainda não conhecem realmente qual era o pensamento de seu fundador. Está bem evidente que esses pensamentos não são de uma pessoa normal, mas, de alguém totalmente desequilibrado psicologicamente.
Podemos compreender que Lutero tentava de certa forma escapar do juízo
divino colocando “arranjos” na maneira de interpretar a Escritura. E como não
havia meios de fugir da verdade criou a “sola Scriptura” como meio de
desenvolver sua falsa doutrina e interpretar a seu bel prazer o que lhe
interessa e desprezou a doutrina da Igreja para criar a sua própria doutrina que justificasse seu erro sem que isso lhe incorresse em juízo de valor moral e espiritual.
Assim, os protestantes de hoje comungam do mesmo pensamento sem ao menos entender que
Lutero criou a Sola Scriptura e a Sola Fide por egoísmo, para satisfazer seu próprio ego e
escapar de seus erros. Lutero tentava vencer a sua guerra interior vomitando em
cima da própria Verdade.