Mostrando postagens com marcador Não vim trazer a paz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Não vim trazer a paz. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Não vim trazer paz à terra, mas a espada! – O que significa estas palavras de Jesus?


 Disse Jesus: 

"Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim."

"Aquele que tentar salvar a sua vida perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á." - Mateus 10,34-11,1

Parece soar estranhas essas palavras de Jesus. Mas, temos que entender o contexto para entender o que Jesus estava tentando dizer. Jesus estava querendo provocar uma guerra?

Se lermos esta passagem do Evangelho sem entendermos vamos imaginar que Jesus está caído em contradição, pois, no Sermão da Montanha, (Mt5, 9) ele diz que são Bem-aventurados os pacificadores; E o profeta Isaías o chama de Príncipe da paz (Is 9, 6); Sl 72, 3-7 anuncia o Messias como Portador da Paz. Estaria a Sagrada Escritura em contradição?

A resposta é não. Jesus é realmente o portador e príncipe da paz. Então o que ele estava querendo dizer?

É por isso que ao ler a Sagrada Escritura não podemos interpretá-la ao pé da letra. OU fazer como muitos fazem tirar versículos sem contexto e procurar interpretá-los de qualquer forma. Eis aí um exemplo. Jesus não estava querendo incitar a guerra e a violência. Na passagem que narra o momento que Jesus foi preso no Monte das Oliveiras, Pedro tirou a espada e feriu o soldado Malco e Jesus o repreendeu dizendo: "Pedro, guarda tua espada na bainha, pois, quem fere com a espada será ferido por ela" (...) -  (Jo18, 10)   

Jesus ao dizer "eu não vim trazer a paz, mas, vim trazer a espada", ao dizer tais palavras estava doutrinando seus discípulos. 

Ele estava passando uma dura lição em seus discípulos para fazê-los entender que a missão deles poria contradição entre as coisas do Reino e as coisas do mundo. O Evangelho para aqueles que o aceitassem seria algo de divisão porque neste mundo nem todos iriam aceitar de bom grado os seus ensinamentos.

Essa divisão poderia vir de muitos modos, de pais contra filhos, de irmãos contra irmãos, entre autoridades e até entre amigos. Uns iriam acolher com amor o Evangelho, outros não.

Até hoje as pessoas pensam que a Igreja, a religião Católica deve se modernizar, deve abandonar suas raízes, esquecer a Sagrada Tradição. Outros acham que as palavras de Jesus são duras demais então, deve-se procurar um meio que se adapte aos novos tempos.

Mas Jesus é claro ao dizer “aquele que buscar as coisas deste mundo e rejeitar o Evangelho vai perder a salvação”.  Aquele que rejeita Jesus no seu todo, a sua palavra e sua Igreja, rejeita o próprio Deus Pai que enviou seu Filho a este mundo para dar a salvação. Rejeitar a salvação é negar Jesus, o Evangelho, a Igreja e sua autoridade.  

Num tempo não muito distante temos exemplos que pais que deserdavam seus filhos quando estes entravam para a vida consagrada ou para o sacerdócio.

O homem e a mulher que vivesse uma vida religiosa, e, portanto, mais rígida era criticado nos ambientes de trabalho, lazer e escola. Algumas pessoas as chamavam de beatos, ratazana de sacristia, mulher do padre, papa-hóstias. Quem já não ouviu esta expressão?

É a “espada” a que Jesus veio trazer é essa porque o mundo estará sempre em contradição com as coisas de Deus. Nem todos vão aceitar as palavras de Jesus.

Por isso Jesus disse que “bem-aventurados são os pacificadores”. O mundo está em guerra conosco porque não aceita a verdade do Evangelho. E para vencer esta guerra não precisamos matar ninguém, mas, promover a paz. E quando somos humilhados, perseguidos, caluniados nos tornamos mais fortes ao revidar o mal com o bem. De fato é dar a outra face para ser batida.

Os cristãos dos primeiros séculos enfrentaram o martírio, as perseguições, as contradições do mundo. Morriam em diversos suplícios, mas eram guerreiros na promoção da paz e no testemunho fiel a Jesus. Não O desprezavam para servir os ídolos.  

Então eles assim como Jesus trouxeram a espada, não para matar, mas a espada da Justiça, do amor, da lealdade, da fraternidade, do serviço ao Evangelho. Essa foi a espada que fez cair o Império Romano perseguidor.

Os cristãos primitivos entenderam bem esta mensagem de Jesus. Foi a revolução da cruz. Os cristãos com seus exemplos, muitos deram a vida e o seu testemunho levou a revolução da cruz vencer e triunfar. O triunfo dos santos é o triunfo do Evangelho e da Igreja.

Evangelho incomodava e incomoda os poderosos de hoje.

Não é a toa que Jesus já disse que os enviaria como cordeiros no meio de lobos.

Não é diferente nos tempos atuais aonde a mensagem de Cristo chega. Ela traz a salvação para quem a abraça e quem decide por Jesus muitas vezes encontra contradições na família, no trabalho, na escola da parte daqueles que ainda não são capazes de assimilar e entender que o cristão é alguém diferente, está no mundo, mas, como Jesus não é do mundo. Por isso, ele traz consigo a insígnia da Cruz de Cristo.

A mensagem de Jesus, a proposta do Evangelho provoca, mexe com a cabeça de quem se faz contrário ao plano de Deus.

A “espada” de amor fere os corações daqueles que abraçam a fé, mas incomoda aqueles que ainda não são capazes de amar.  

A proposta de Jesus é radical “quem me rejeita, rejeita o Pai” porque Ele veio do Pai.

De fato Jesus não veio trazer a paz do mundo. Ele veio dar a paz de Deus que o mundo não dá. Essa paz não é sossego, é luta, é a busca da verdade é o espalhar do amor e da justiça.   

Por outro lado, podemos entender a ideia que os judeus tinham do Messias no tempo de Jesus era de alguém que enviado por Deus viria restaurar o reimo de Israel e libertá-los da opressão estrangeira. O Messias teria a missão de pacificar Israel e que construísse um reino terrestre de prosperidade e justiça. E a missão de Jesus não era essa. Jesus não era mais um revolucionário. Chegaria o tempo em que ele vai dizer: “O meu reino não é desse mundo, se fosse meus guardas lutariam por mim” (...) Jo18, 36.

Agora podemos entender  a expressão “não vim trazer paz”. Ao fazer essa declaração, Jesus estava alertando que Ele não havia vindo trazer o tipo de paz que os judeus esperavam. Tendo se encarnado não veio resolver os problemas deste mundo, mas veio por em prática o plano de Salvação de Deus, isto é, a salvação dos homens do pecado.

Não veio trazer paz à terra, mas veio trazer ao coração do pecador redimido a paz com Deus (cf. Mateus 11:29). Por isso Ele diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como o mundo a dá”. “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27). São Paulo escreveu que tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1).

Esta espada da qual Jesus disse que veio trazer significa que sua mensagem causariam divisões, discussões, discórdias, reações contrárias, ódio e perseguições. Jesus traz paz ao coração daquele que abraça o Evangelho, ao mesmo tempo incomoda aqueles que não aceitam sua palavra.

Após dizer que não veio trazer paz à terra, Jesus diz claramente que a consequência de sua vinda é exatamente oposta à ideia de paz terrena. Ele veio trazer espada! Significa que para aqueles que ao longo da história não aceitasse o Evangelho entrariam sempre em conflito e por diversos meios  com aqueles que procuram anunciar o reino de Deus. Não significa que Ele veio armar seus discípulos para promover uma guerra religiosa.  

Significa que ser cristão não significa ter uma vida de paz, tranquilidade e prosperidade terrena como os falsos profetas ensinam. Muitas vezes, em alguns aspectos, é exatamente o contrário disso. Os seguidores de Jesus devem esperar a espada. Isso porque a pessoa de Cristo, ao expor o pecado do mundo, causa uma divisão irreparável que resulta em perseguição.

 A vinda de Cristo a este mundo o divide em dois, e coloca uma pessoa contra a outra. Essa divisão é tão profunda que muitas vezes à espada trazida por Cristo rompe até mesmo os laços pessoais mais íntimos. Jesus aplica uma profecia do profeta Miqueias e indica que por amor a Ele pessoas seriam perseguidas e desprezadas pelos membros de sua própria casa (Mateus 10:35-37; cf. Miqueias 7:6).

Por fim, a declaração “eu não vim trazer paz, mas espada” está diretamente ligada ao importante aviso de Jesus. Ele diz: “E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim” (Mateus 10:38). Cristo exige de seus seguidores fidelidade absoluta; Ele exige ser prioridade na vida de seus discípulos que devem estar dispostos a obedecê-lo e identificar-se com Ele até as últimas consequências, se for preciso.  

UMA FALSA IGREJA CATÓLICA DENTRO DA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA - A CRISE NA IGREJA CATÓLICA

  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...