quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

A QUARTA-FEIRA DE CINZAS E A QUARESMA

 


A Cinza não apaga pecados. A cinza é um sacramental, um rito penitencial, é sinal de conversão; para nos lembrar que somos pó e ao pó voltaremos, (Cf. Gn 3,19). O homem não é nada sem Deus.

O rito foi oficializado na liturgia pelo para Gregório Magno (540-604), na virada do Séc . VII. Foi chamada por ele de 'capite ieiunii', ou seja, o dia em que se começava o jejum.

Quaresma vem de XL. Faz alusão aos XL anos em que o povo de Deus passou peregrinando pelo deserto até chegar à terra prometida. Também aos XL dias em que Jesus passou no deserto e lá venceu às tentações do diabo (Mt4, 1-2). 

Ela marca o início do Tempo da Quaresma. Tempo em que a Igreja nos propõe 40 dias (de "deserto" espiritual) como preparação para a celebração da Páscoa do Senhor. É um convite a reflexão e mudança de vida. Tempo de penitência, de mudança de vida, de repensar e ver o que estamos fazendo de errado diante de Deus. A quaresma é um estímulo, mas, a mudança de vida é para o todo. Arrependei-vos disse o Senhor, At3, 19:

 "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor". 

 A cinza não é pra quem participa do carnaval, é para o cristão que deseja se converter e viver esse tempo quaresmal e mudar de vida. Ao receber as cinzas é traçado o sinal da Cruz sobre a cabeça ou na fronte da pessoa que a recebe com estas palavras: "Convertei-vos e crede no Evangelho!"  - Antes era dita estas palavras: "Lembra-se que tu és pó, e ao pó voltarás!" - Ou seja, devemos voltar para Deus de coração sincero, deixando para trás o pecado reconhecendo que nada somos. Deus nos criou do pó da terra e um dia nos tornaremos pó e nossa alma voltará para Deus. 

Se receber a cinza e continuar no pecado de nada valerá. Pois, é preciso um coração sincero e a busca sincera de arrependimento.

Por isso é mais intenso neste período a busca pela Confissão, Oração e a prática do Jejum e abstinência de carne. Lembre-se peixe também é carne.

Também as obras de misericórdia devem ser mais intensas. Mas, veja bem! O propósito da Quaresma implica em mudança de vida. Pôr em prática os Mandamentos. Não adianta se esforçar na quaresma e voltar ao pecado.

Jesus nos perdoa, mas, é preciso não voltar ao pecado. A quaresma é o tempo em que nos despimos de nossa arrogância para enxergar as nossas fraquezas e o quanto miseráveis somos e, por isso, necessitamos da misericórdia de Deus.  Nesse tempo buscamos com profundidade meditar o amor que Deus tem por cada um de nós. Amor esse que se entregou na Cruz.

Na quaresma meditamos o sofrimento do Senhor Jesus e sua entrega na Cruz. E ao mesmo tempo nos prepara para celebrar a sua Ressurreição. Não foi por nossos méritos que Ele nos salvou, mas, pela sua graça. Ainda miseráveis Ele nos ama e nos quer para si. Na quaresma possamos olhar mais de perto para a Cruz e buscarmos sermos melhores afastando todo o pecado. Inclusive o pecado de não amar a Deus e ao próximo.

A Quaresma é tempo de buscar a reconciliação com Deus. Como aquele “filho pródigo” da parábola que depois de arrependido reconhece o amor pai e volta pra casa. Não é tempo de superstições e crendices populares, mas, é tempo de Oração e de busca sincera de conversão. E neste sentido a Igreja nos propõe os exercícios de piedade: as caminhadas penitenciais, a Via Sacra, a meditação das dores de Nossa Senhora, o Jejum e a esmola. Dentro deste contexto quaresmal está o Salmo 50:

3.Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade.

4.Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.

5.Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.

6.Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.

7. Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado. 8.Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim. 9.Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.

10.Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes. 11.Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.

 12.Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.

13.De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.

14.Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.

 15.Então, aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.

16.Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.

17.Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.

18.Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.

 19.Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.

 20.Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.

 21.Então, aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.

Como a mulher pecadora do Evangelho ouçamos as palavras de Jesus "vai e não peques mais!"

Arrependei-vos! Disse o Senhor.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

OS CRISTÃOS PODEM COMER CARNE DE PORCO?


Certamente você já deparou com a pergunta: É lícito aos cristãos comerem carne de porco já que o Antigo Testamento proíbe?

No Livro de Levítico 11, 7-8 está escrito: “E o porco, embora tenha casco fendido e dividido em duas unhas, não rumina; considerem-no impuro. Vocês não comerão a carne desses animais nem tocarão em seus cadáveres; considerem-nos impuros”. E em Deuteronômio 14, 8 diz: “O porco também é impuro; embora tenha casco fendido, não rumina. Portanto, não podereis comer a carne desses animais, tampouco tocar em seus cadáveres”.

Esses versículos fazem parte da lei de Moisés, que estabelecia as regras de alimentação e de pureza para o povo de Israel. Os israelitas obedecem a esta lei até os dias de hoje. Mas, tais leis no AT eram um fardo muito pesado. Os fariseus sobrecarregavam o povo com leis absurdas e eles mesmos não as cumpriam como deveria ser. Quanto a isso advertia Nosso Senhor:

Mt 23, 25 "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo". 

Havia muitas leis e preceitos que o povo israelita deveria serem cumpridas desde os rituais de purificação à maneira como se devia lar as mãos e os utensílios. É entendido que por motivos de higiene e para evitar certos tipos de doença é natural que essa proibição fizesse algum sentido.

Ou ainda, a proibição de comer carne de porco pode ter surgido em um período de escassez de comida, pois os porcos precisam de capim e podem destruir a pastagem de terras consideradas preciosas. Além disso, os porcos não são animais rentáveis, pois não fornecem leite, lã ou couro.

Também pode ser uma forma de demonstrar amor e obediência a Deus, pois não há uma razão aparente para esse mandamento. Também pode ser uma forma de preservar a identidade judaica, pois em alguns momentos da história, os judeus foram forçados a comer carne de porco para renunciar à sua fé.

Os fariseus criticaram Jesus porque seus discípulos não estavam cumprindo a Lei de Moisés sobre a purificação. Mc 7, 1-23.

É lícito ao cristão comer carne de porco?

Os cristãos desde o início não cumpriam os cerimoniais judaicos. Podemos observar, por exemplo em Atos dos Apóstolos quando houve a discussão sobre a circuncisão, no qual alguns judeus queriam que os cristãos cumprissem a lei de Moisés, no entanto a Igreja não aprovou tal prática. (At15, 1-21)

Em Col2, 16-17 São Paulo assim nos diz: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.

Jesus que veio cumprir toda Lei ensinou-nos que o que torna o homem impuro não é o que entra no ser humano, mas, o que sai do coração. Vamos ao texto para entender:

Mc7, 1-23

Os fariseus e alguns dos mestres da lei, vindos de Jerusalém, reuniram-se a Jesus e viram alguns dos seus discípulos comerem com as mãos “impuras”, isto é, por lavar. (Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos cerimonialmente, apegando-se, assim, à tradição dos líderes religiosos. Quando chegam da rua, não comem sem antes se lavarem. E observam muitas outras tradições, tais como o lavar de copos, jarros e vasilhas de metal.) Então os fariseus e os mestres da lei perguntaram a Jesus: “Por que os seus discípulos não vivem de acordo com a tradição dos líderes religiosos, em vez de comerem o alimento com as mãos ‘impuras’?” Ele respondeu: “Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’. Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens”. E disse-lhes: “Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira para pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecer às suas tradições! Pois Moisés disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’, e ‘quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é Corbã’, isto é, uma oferta dedicada a Deus, vocês o desobrigam de qualquer dever para com seu pai ou sua mãe. Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa”. Jesus chamou novamente a multidão para junto de si e disse: “Ouçam-me todos e entendam isto: não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo ‘impuro’. Pelo contrário, o que sai do homem é que o torna ‘impuro’. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!” Depois de deixar a multidão e entrar em casa, os discípulos lhe pediram explicação da parábola. “Será que vocês também não conseguem entender?”, perguntou-lhes Jesus. “Não percebem que nada que entre no homem pode torná-lo ‘impuro’? Porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, sendo depois eliminado”. Ao dizer isto, Jesus declarou “puros” todos os alimentos. E continuou: “O que sai do homem é que o torna ‘impuro’. Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’”.

Esses versículos fazem parte do ensinamento de Jesus sobre a pureza e a impureza. Ele explicou aos seus discípulos que o que torna uma pessoa impura não é o que ela come, mas o que sai do seu coração, como os maus pensamentos, as palavras e as ações. Com isso, ele declarou que todos os alimentos são puros, pois não afetam a relação com Deus.

Essa lei foi cumprida por Jesus Cristo, que declarou todos os alimentos puros e ensinou que o que contamina o homem é o que sai do seu coração, e não o que entra na sua boca. Por isso, os cristãos não precisam seguir essas restrições alimentares.

A Igreja Católica e boa parte das outras denominações protestantes não fazem objeção ao consumo de qualquer alimento. Porém algumas seitas judaizantes como os Testemunhas de Jeová, os adventistas e outras seitas sabatistas preferem desprezar o que diz o Evangelho.

Mas, devemos respeitar aqueles que se acham no direito de não comer carne de porco ou qualquer outro animal. Assim nos ensina a Carta aos Romanos:

Rm14, 1-4 – “Acolhei aquele que é fraco na fé, com bondade, sem discutir as suas opiniões. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; porque Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas ele estará firme, porque poderoso é Deus para o sustentar”.

Cristo está acima das leis antigas porque Nele tudo se cumpriu. Nossa lei é Cristo. As leis estão "sob" Jesus e não "sobre" Jesus. Ninguém é maior que Jesus. E a Palavra é uma pessoa, Jesus nosso Salvador, (Jo1, 14) ela se fez carne e veio habitar em nosso meio.    

Col2, 20-23: “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; 23 as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne”.

2Cr5, 17 "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". 

Se em Cristo tudo se faz novo, se somos parte da nova criação pelo Sacrifício redentor de Jesus, e conforme nos ensina São Paulo na 2ª Carta aos Coríntios não podemos ficar atrelados às leis cerimoniais do Antigo Testamento. A nossa Lei é Cristo! E todo o fardo da Lei o Senhor Jesus suportou por nós para que livres possamos viver na dignidade de filhos de Deus. "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos..." Mt 11, 28. 

Não se pode interpretar o Antigo Testamento sem a luz do Novo e vice versa porque é em Jesus que toda a Escritura se cumpre. O Antigo Testamento aponta para o Novo que assim cedeu lugar tendo conforme anunciado pelos profetas se cumprido em Jesus. Não é o sangue e a carne mas, o Espírito que nos faz novas criaturas - Jo3, 5 - o cristão não pode viver senão segundo à Ação do Espírito Santo que lhe santifica e lhe capacita para uma nova vida; por Cristo, com Cristo em Cristo. 

Não vai ser a carne de porco ou qualquer outro animal que vai te deixar impuro, mas, como o próprio Senhor Jesus disse é aquilo que sai do coração, o pecado a maldade e tudo que afasta o homem de Deus.

Se uma pessoa disser "sou cristão" mas, está apegado às Leis antigas não está agindo como tal. Pois nossa razão de ser e nossa Lei é Cristo. Fl1, 21 "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro"...         

No entanto, devemos observar que se existe alguma proibição é para aqueles alimentos que são oferecidos a ídolos pagãos – At15, 20 – “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar”. Nós devemos evitar o pecado. Aqui vê-se claramente que a orientação é para que abstenhamos de comer coisas oferecidas aos ídolos, isto é, à divindades pagãs.  

E quando alguém disser a você que não é lícito comer carne de porco ou outra comida qualquer porque a Bíblia ou a Lei de Moisés proíbe, podemos sem dúvida, esclarecer ao irmão desinformado que a Lei que seguimos é a de Cristo que a cumpriu de uma vez por todas na Cruz por nós. Não é o alimento que comemos que contamina, mas, é o pecado. É o que sai do homem que causa o mal e desagrada a Deus.  

  

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O SANTO SUDÁRIO - FÉ E CIÊNCIA




Afinal, o Santo Sudário é realmente autêntico?
O que a ciência tem a nos revelar sobre ele?


"Se ele não for o lençol fúnebre de Jesus, os cristãos terão que admitir a possibilidade de outra pessoa ter ressuscitado dos mortos". 
(1983, Kenneth Stenvenson e Gary Habermas)

Introdução:

Não cabe à Igreja provar a autenticidade do Sudário; esse trabalho é da Ciência que ao longo dos tempos vem pesquisando o pano e cada dia mais se surpreendendo com as novas descobertas. O trabalho de estudar o Sudário é chamado de Sindonologia. Para esse trabalho foram escolhidos pesquisadores renomados tanto cristãos, quanto céticos e ateus. De modo que assim os trabalhos não sofressem alterações ou tivessem alterações nos resultados.   
A Igreja Católica  afirma que a Imagem homem do sudário é mesmo de Jesus? Não.  Isso cabe a cada um responder à luz da Fé. Mas, creio que diante dos estudos já realizados podemos concluir que se trata da verdadeira mortalha de Jesus. 
E se algum dia provar que ele é falso falso?
A Igreja não terá nenhum
problema quanto a isso, já que ele não é fonte de fé. Acreditar no Sudário é problema de cada um. Então, ... no meio científico existem posições favoráveis e contrárias a respeito da mortalha, mas, todas elas convergem para o respeito.  A Igreja aceita as duas opiniões.  
Os estudos já realizados na mortalha,  alguns atestam que a relíquia é falsa,mas, esse grupo é menos de 2%. 
98% dos estudos são favoráveis à sua autenticidade.  
A Igreja Católica não depende da mortalha como fonte de fé, pois, a fonte de fé é a Sagrada Escritura. Também não é necessária para atestar a ressurreição de Jesus. Porém, ela nos ajuda a compreender como foi o seu sofrimento na Cruz e detalhes do seu funeral até então desconhecidos. E também atesta a sua Ressurreição.    
   




Na verdade, o nome correto para o Sudário de Turim é Síndone, pois,  o nome "Sudário" se refere à suor, logo, é um  pequeno pano ou lenço, (que serve para enxugar suor); esse pano menor cobriu a cabeça de Nosso Senhor Jesus Cristo conforme testifica o Apóstolo João em seu evangelho:

"...inclinou-se e viu ali os panos, mas  não entrou. Chegou Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos no chão. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não estava com os panos mas, enrolados em um lugar à parte. Então, entrou também o outro discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro, Viu e creu..." (Jo20, 5-8)

O pano, "menor", chamado é  o Sudário, conhecido como "Sudário de Oviedo", por que está guardado na Igreja de Oviedo, Itália. 
Os evangelhos falam destes dois panos e, cujos, vamos conhecer a seguir no decorrer deste estudo.
A sua chegada à Europa é anterior ao Sudário.

Assim como o Sudário de  Turim,  o Sudário de Oviedo passou por muitos lugares sendo protegido pelos discípulos, desde o Norte da África, até chegar em Cartagena (Espanha).
Com a invasão muçulmana da França, a peça foi levada para Oviedo; que naquela época era um povoado pouco distante de São Tiago de Compostela.

O Sudário de Oviedo é o pano (ou lenço) que cobriu o rosto de Jesus após a morte ainda na cruz. Esse lenço fará toda diferença como vamos ver mais à  frente porque foi através dele que puderam chegar a um denominador comum sobre o Sudário de Turim.

Alguns estudiosos dizem que esse pequeno pano foi colocado na cabeça de Jesus no pós crucificação enquanto providenciavam o Lençol mortuário para o enterro. Outros porém, acreditam que ele foi enrolado na cabeça do condenado e com ele permaneceu até o momento do sepultamento e que existia até  mais de um.  São João atesta pelo menos a existência desses panos em seu Evangelho; se referindo aos "panos", diz que eles estavam lá na sepultura, um dobrado era a peça grande, o Lençol mortuário e o outro estava enrolado era o lenço ou Sudário. 

De uma forma ou de outra, este pano foi posto sobre o rosto de Jesus. Como fazemos hoje nos casos de acidente ou quando encontramos um cadáver que tenha morrido de morte acidental, natural ou violenta cobrimos o cadáver em sinal de respeito.

Os judeus tinham o costume nos casos de morte violenta tampar a cabeça do defunto. Nós herdamos deles este bonito costume.
Jesus também recebeu este tratamento, foi-lhe posto um pano em volta de sua cabeça. Esse pano absorveu as secreções, suor e o sangue de Jesus. Por isso, está tal como vemos as manchas de sangue no pano.  

O que dizem os cientistas sobre o "Sudário de Oviedo?

Os cientistas analisaram o Sudário de Oviedo e constataram a presença de sangue humano e líquido pulmonar. 
Também analisaram o sangue do tecido e se trata de sangue humano do tipo AB.  Esse  tipo sanguíneo é o mesmo encontrado no Sudário de Turim.

Descobriram ainda que nele havia os mesmos pólens das plantas encontradas na Síndone de Turim. 

Ele é autêntico tecido do século I.  Ou seja, o Sudário de Oviedo é o pano que cobriu a face do Salvador.

A Síndone de Turim é uma peça muito maior, que envolveu o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo após a sua morte. O Apóstolo João assim escreveu:

"Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com aromas, como é de costume os judeus sepultar" (Jo19, 40)

O Sudário de Oviedo estava na Palestina até 614 d.C, quando Jerusalém foi invadida pelo Rei Chosroes II, rei da Pérsia.

Para evitar a sua destruição foi levado para Alexandria; de lá viajou pelo norte da África até chegar em Cartagena, na Espanha.

Os refugiados levaram uma arca com o Sudário e também várias relíquias dos santos. Com a invasão muçulmana ele foi levado para Oviedo.

No ano 113 d.C a arca que continha o Sudário foi encoberta com placas de prata com uma inscrição chamando os cristãos a venerar a relíquia que continha o verdadeiro sangue de Cristo.

Santo Isidoro, bispo de Cevilla, quando assumiu o bispado de Toledo, levou consigo a arca com as relíquias no ano de 718 d.C, para que não caísse nas mãos dos muçulmanos que invadiram a Península Ibérica, a arca foi escondida em uma caverna em Monsancro, a 10 Km de Oviedo.

Mais tarde, o Sudário foi novamente trazido e o Rei Afonso II mandou construir uma capela para abrigar a arca com o sudário chamada de "Câmara Santa" que depois foi incorporada à Catedral.

No dia 14 de março de 1075 d.C, a arca foi aberta oficialmente na presença do Rei Afonso VI e feito o inventário das relíquias, dentre elas o Sudário.    
     
Existe também outro pano, que é o "Véu da Verônica", o nome Verônica, significa imagem gravada, imagem que se revela...  

Segundo a Tradição, conta-se que essa mulher (que não sabemos o nome original), era uma mulher do povo, que comovida com o sofrimento do Salvador teria-lhe enxugado o rosto com seu véu durante o caminho para o Calvário e Jesus por gratidão a ela deixou seu retrato estampado no pano. 

Então, a tradição chamou esta mulher de Verônica. O  uso do véu é um costume das mulheres judias e árabes e foi assim que conta a tradição esta mulher tirou o seu véu e enxugou o rosto do Cristo e como recompensa Jesus teria deixado nele a imprenso seu rosto.

Não existe nenhum registro nos evangelhos canônicos sobre esta mulher. Também não sabemos o nome real dela, pois, o nome Verônica foi dado a ela por causa do Véu que segundo, continha a imagem de Jesus.

Outros detalhes: 

Um Apócrifo  narra a seguinte história sobre esta mulher:

Após a morte de Jesus o Imperador Romano Tibério César estava com uma grave doença e pediu para Jesus fosse até Roma para curá-lo. Então, mandou um oficial à Jerusalém ter com Pôncio Pilatos para que fosse ter com Jesus e pedir-lhe que fosse a Roma curá-lo pois, devido a sua fama o tinha como um médico poderoso.
Pilatos não pode atender ao Imperador, pois, ele mesmo já tinha condenado Jesus à morte.

Foi então que o oficial ficou sabendo da mulher que tinha o Véu com o rosto de Cristo, a "Verônica", e o oficial tendo com ela,  levou-a até Roma onde apresentou-lhe a Sagrada Face ao Imperador Tibério que ficou curado com a face Jesus.

O Imperador Tibério então, furioso mandou prender Pilatos e o trazer a ferros até Roma e o sentenciou a morte, mas, isso não chegou acontecer pois, Pilatos teria sofrido um acidente.  Mas, essa é apenas uma história. 

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A Igreja conservou essa tradição para nos mostrar que quando agimos com misericórdia com próximo, Deus  não deixa de ser generoso conosco, pois, Jesus está presente na pessoa do próximo. Segundo, aquela mulher rompeu todas as barreiras para enxugar o rosto ensanguentado de Jesus. Verdade ou não o fato não deixa de uma bela lição.

Não dá para saber se o Véu é verdadeiro ou não. Faltam estudos para comprovar se é uma pintura ou não. Já que existem dois Véus, um que está na Espanha e outro que está em Roma.

Pode-se considerá-los uma pintura dos primeiros séculos ou da Idade média? Sim. O fato é que ele também ajudou a esclarecer e serviu para ajudar provar a autenticidade da Síndone de Turim e do Sudário de Oviedo, pois, as feições de Jesus nestes "Véus" tem todos os traços do homem da Síndone de Turim possuem as mesmas simetrias.

Mas, é impossível saber como foi possível e qual técnica o pintor usou para fazer algo assim, a menos que já conhecesse o Santo Sudário, mas, isso dá uma diferença de séculos. 

O Véu da França mentém-se preservado até hoje. O do Vaticano não dá mais para identificar o rosto. 

Podemos dizer então que um deles ou que os dois são pinturas?

O que temos que observar nesse caso é a durabilidade do tecido, a qualidade e o material com que foi pintado e até agora não existe um estudo para estudar estes véus. 

A feição de Jesus no Véu da França apresenta os mesmos traços do Sudário de Turim e também se encaixa no Sudário de Oviedo. 

Aparenta um jovem de 33-35 anos com expressão e marcas de sofrimento. O nariz apresenta distorcido (quebrado) causado pela pancada que Jesus levou no rosto ainda no Pretório; tal como está no Sudário de Turim e no pano de Oviedo.

Mas, o véu da Verônica apresenta Jesus com um pouco de barba e no Sudário ele está barbudo, como pode ser?; bem há  pelo menos duas  hipóteses  que pode nos esclarecer:

A imagem do pano ou véu da Verônica Jesus está vivo; no Sudário de Turim ele está morto.

Se o Véu for mesmo fruto de um milagre a imagem do véu diferente da imagem do Sudário foi um presente dado à mulher pela compaixão que ela sentiu pelo Salvador. 
Diante disso Jesus deixou sua feição no pano, embora de sofrimento pelo momento de sua humanidade mostrando seu semblante de sofrimento que ele passava, mas, com o rosto natural.

Quando damos uma fotografia de presente temos o costume de escolher a melhor; ou quando guardamos por lembrança uma foto de uma pessoa ou ente querido escolhemos a melhor fotografia. 

É explicável que Jesus teria deixado sua feição no pano, não de um cadáver, como está no sudário, mas de alguém vivo.

Mas,  como disse é uma hipótese já que não sabemos ainda se o Véu da frança é mesmo fruto de milagre ou foi pintado.    

O fato é que: sobrepondo as feições desse Véu e o sudário de Oviedo elas se encaixaram milimetricamente sobre as manchas de sangue. Talvez por um milagre o Salvador queria provar que aquele pequeno pano foi mesmo o que cobriu seu rosto após sua morte na Cruz. Ou então ao menos um destes panos (Véu) existiu na realidade e é verdadeiro.   

O teste foi feito:

Os cientistas sobrepuseram os panos o Sudário de Oviedo  e o "Véu da Verônica" (da Espanha) e as manchas de sangue do pano se encaixaram perfeitamente na face do "Véu". O mesmo foi feito com a mortalha de Turim e as imagens se encaixaram.

Podemos concluir que a pessoa que pintou o "Véu" conhecia o rosto do homem da Síndone de Turim bem antes de 1353.

Diferente do Sudário de Turim, que mostra o rosto e o corpo de Jesus por inteiro, o Sudário de Oviedo não mostra nenhum rosto, apenas as manchas de sangue.

O que contém no Sudário de Oviedo?

Ele contém as marcas dos hematomas. Sangue, líquido pulmonar e suor, poeira, pólens de plantas, etc. 

Mostra uma pessoa que estava sob grande estresse. Provando a agonia do Salvador enquanto preso ao madeiro. 
Ao contrário do Sudário de Turim, o sudário de Oviedo não se vê o rosto, mas, apenas, as marcas dos hematomas. 


Outra descoberta:

Nas análises feitas no Sudário de Turim é que: os cientistas também sobrepuseram-no ao Sudário de Oviedo, as manchas de sangue também se encaixaram milimetricamente no rosto da Síndone de Turim.

Conclusão: os cientistas afirmam que os dois panos envolveram a mesma pessoa e são da mesma época. 

O FATOR RH DOS DOIS TECIDOS

   O EXAME DE RH determina o tipo sanguíneo de um indivíduo; foram feitos exames no sangue dos dois tecidos e os  dos dois tecidos continha sangue humano do tipo AB - que é o tipo de sangue mais comum entre os judeus. 

Pólen de flores do Norte da África e da Palestina foram encontrados nas duas peças.

Você Sabia  CURIOSIDADE  

O tipo AB - também é o mesmo tipo sanguíneo do Sangue do Milagre Eucarístico de Lanciano-Itália, no século XII, onde a Hóstia consagrada se transformou em carne viva e o sangue. Foram feitos testes nas amostras e um dos resultados confirmou teste RH deu AB - sangue humano o mesmo tipo tipo sanguíneo do Santo Sudário de Turim.

Confira Milagre Lanciano https://cleofas.com.br/omilagredelanciano/     


Fraude, relíquia ou artefato histórico? 

É isso que vamos mostrar baseado nos vários estudos científicos ao longo dos anos. 

VEJA AS SOBREPOSIÇÕES:








   
As marcas de sangue no Sudário de Oviedo e na Síndone de Turim referem-se a uma pessoa que sofreu um terrível castigo. 

A pergunta  é: Se o Véu da Verônica pano é uma pintura como foi que o pintor do Véu sabia exatamente a simetria do rosto do Sudário de Oviedo e do Sudário de Turim? 

Há uma diferença muito grande entre o tempo do Sudário de Oviedo o Sudário do Turim foram para a Europa, os panos foram levados para em épocas diferentes.

Quanto ao "Véu" da Verônica ou "Véu da Espanha", quem sabe seja mesmo autêntico? ... E para não cair em mãos erradas foi pintado uma cópia para confundir aqueles que desejavam furtá-lo? 
Do contrário como explicar tamanha coincidência da sobreposição perfeita no Sudário de Oviedo e o Véu da França como é assim chamado? ... 

Aliás, a história que a tradição conta sobre a mulher que enxugou o rosto de Jesus (posteriormente chamada de Verônica), não é nenhuma história absurda que não possa ter acontecido de verdade. Porque e por qual razão os primeiros cristãos inventariam uma história dessas? 

Sabemos que Jesus "morreu" com 33-35 anos, jovem. O rosto da suposta "pintura" é de um rapaz aparentando ter entre 32-35 anos. Faltou investigação para determinar qual o tipo é, e a idade do tecido do Véu, ou de qual  material foi feito.  

Na Síndone de Turim aparece a face de um homem morto que passou por um terrível sofrimento. 
No Véu da Verônica ou "Véu da França" aparece esse mesmo homem com as mesmas marcas de sofrimento; inclusive, os hematomas causados pela pancada que causou a lesão do nariz e os ferimentos da coroa de espinhos, mas, com exceção do sudário no Véu da Verônica o homem está vivo; com um semblante sereno e com expressão de sofrimento.  

Como a imagem se encaixou sem nenhuma discrepância aos dois panos não sabemos, pois, é um mistério. 

Quanto ao Sudário de Oviedo e o Sudário de Turim  não pode haver coincidência, estiveram juntos e serviram a mesma pessoa durante a crucificação.        

Isso prova o que descreveu o Apóstolo João, e já descrevia a existência desses dois panos: O Lençol e o Sudário. (Cf. Jo20, 5-8)

Esse lençol conhecido como Sudário de Turim é na verdade, uma peça de linho  que segundo a tradição foi a mortalha que enrolou todo o corpo de Jesus no sepultamento. E o Sudário de Oviedo é o lenço ou pequeno pano posto sobre o rosto do condenado na cruz.

O Sudário de Turim consiste de uma grande peça que envolvesse todo o corpo do defunto. Depois era amarrado com tiras e levado para o sepulcro. O pano por si só atesta a veracidade do Evangelho que já falava que Jesus havia sido envolvido nele.

O Funeral de Jesus - embora feito às pressas por causa do Shabat, ele foi feito segundo às crenças judias com alguma cerimônia. 

Os cientistas também concluíram que mesmo para um condenado e, mesmo feito às pressas Jesus teve um funeral de alguém muito importante. Seu corpo foi ungido, foi-lhe posto flores sobre seu rosto. Jo19, 40 

1 - A Síndone de Turim possui uma cor amarelada, mas é de ótimo material.
O mais caro linho da época. Podemos ver a comprovação do Evangelho no qual está escrito que quem doou o lençol para Jesus foi alguém muito rico, e São João fala que Jesus tinha esse amigo rico, José de Arimatéia.

Segundo os registros históricos, José de Arimatéia era membro do Sinédrio e tinha grande influência entre as autoridades, tanto que conseguiu de Pôncio Pilatos autorização para que o corpo de Jesus fosse retirado da cruz e sepultado com "certa dignidade".
José então doou não só o lençol, como também um túmulo para por o corpo de Jesus. (Cf. Jo19, 38-40)

                        (Foto do Sudário)
 Clique sobre a imagem para ampliá-la





Algumas explicações:





2 - O Lençol é de linho puro porque segundo a Lei de Moisés não se podia conter misturas de outros fios, além do mais, o algodão naquele tempo não era conhecido na Palestina.

3-O pano foi feito em um tear manual, porque análises microscópicas mostraram que existem alguns traçados dos fios de forma irregular, ( o tear não era dos bons); mas é um tipo de tear próprio da Palestina, cujo entrelaçamento dos fios era conhecido como "espinha de peixe". O Sudário é de origem Palestina.

4 - A peça mede 4, 42m de comprimento por 1, 13m de largura. Envolveu todo o corpo de Jesus. 
Os Evangelhos, como lemos, narram os dois panos. O lençol mortuário estava dobrado e o Sudário (o que está em Oviedo) estava enrolado à parte. 

O Evangelho diz que foi Maria Madalena primeira a chegar e viu o túmulo vazio. E, não vendo o corpo de Jesus pensou que tinham levado, correu e foi contar aos outros Apóstolos; eles não acreditaram e correram ao túmulo e chegando lá viram o túmulo vazio,  viram os panos e creram. (Cf. Jo20, 1-3; Lc24, 9-12)

Pensemos... o que será que João, Simão Pedro e os outros viram para acreditar?

Certamente é o sinal que Jesus deixou para eles; sua imagem no lençol.

Lembremos que, a princípio, Maria Madalena pensou que o corpo de Jesus foi levado por alguém, tirado dali e posto em outro lugar, e viu um homem parecido com um Jardineiro, (mas era Jesus), perguntou: "Senhor onde o puseste?"

A pergunta é:

Quem roubaria um corpo e se preocuparia em arrumar as mortalhas?  

E quem se atreveria roubar ou levar um corpo guardado por uma escolta de soldados e com uma enorme pedra selada como selo romano?

Quem o violaria? Pois, Pilatos temendo que  os discípulos levassem o corpo de Jesus e depois dissessem que ele tinha ressuscitado  mandou seus guardas selarem a pedra e guardarem o sepulcro.

No entanto, a  pedra foi retirada pelo anjo do Senhor e uma luz imensa como um relâmpago, mais brilhante que o sol emergiu do túmulo; (Mt28, 204).

Essa luz séculos depois os cientistas comprovaram que foi a causa (como uma espécie de radiação) fez a imagem aparecer no pano, é a prova da Ressurreição. A Imagem no Lençol não foi feita com sangue, mas, foi feita pela luz e está sobre ele, como que pairando sobre o pano. 

Os cientistas já atestaram que o Santo Sudário de Turim não é uma pintura e nem tampouco é falsificação. Além  do mais, um pintor do século I ou da Idade média não poderia ater a tantos detalhes como vemos no Santo Sudário, também não teria técnicas para fazer uma imagem em 3D (dimensões); algo que só se pode conseguir com ajuda da tecnologia moderna.

O curioso é que um fenômeno parecido aconteceu no ícone da Virgem de Guadalupe que apareceu milagrosamente no Manto do índio Juan Diego - no México (1531 d.C). Onde a imagem da Virgem Maria também está pairando sobre o pano rústico do índio como se tivesse vida própria; e lá os cientistas também comprovaram que aquela imagem não se trata de nenhuma obra feita por mãos humanas.     

Esse foi o sinal de Jesus, saiu do lençol de forma gloriosa e deixou impresso nele sua imagem. Isto é,  ele não foi tirado, seu corpo passou em uma grande luz por ele. Pois, se o pano fosse retirado de forma natural as marcas de sangue causados pelos inúmeros hematomas deformariam a imagem. 
No entanto, ela é perfeita como podemos ver. Jesus teve esse cuidado de se mostrar para as futuras gerações que ele morreu na Cruz, mas, está Ressuscitado.

Hoje a ciência através dos estudos da NASA, comprovaram que o Sudário de Turim, como assim é chamado, é a testemunha da Ressurreição.




A TRAJETÓRIA DA MORTALHA 

Bem, podemos crer que não havia outra pessoa mais interessada em guardar esses panos como lembrança do que Maria, a mãe de Jesus e seus Apóstolos. Os judeus não tinham costume de guardar nortalhas, pelo menos não se tem registros. Mas estamos falando não de um judeu qualquer, mas, da pessoa  de Jesus. Como afirmou Pedro, "és o Cristo, filho do Deus Vivo". Mt16 - Logo, não seria difícil  entender, mesmo se tratando de uma mortalha que os mesmos guardassem com  carinho e respeito aqueles panos. Inclusive, Maria  sua mãe ou Madalena, bem como os demais Apóstolos.

Enquanto estavam na Palestina essas peças por segurança ficaram em segredo, pois, a Lei de Moisés proibia o uso de imagens, além disso, era proibido guardar qualquer coisa que tivesse tocado em um cadáver, sobretudo, de um condenado. 
Isso era considerado impuro. Com a perseguição dos judeus aos cristãos Maria foi morar em Éfeso em companhia de João. Daí ele foi levado para Éfeso e de Éfeso para Edessa, (Turquia).

Mais tarde com as perseguições romana e muçulmana ele ficou guardado em segredo. Da Palestina foi finalmente levado para a Europa pelos Cavaleiros Templários, passando pelo Norte da África. 

Até que em 1354 d.C foi entregue a uma Igreja na cidade de Lirey, (França), pelo conde Goldofredo de Charny. Esse fato foi comprovado 
quando fizeram análises no Sudário e descobriram pólens de flores do norte da África e Palestina; Esses pólens também foram  encontrados no Sudário de Oviedo.  

O Sudário de Turim é chamado pelos estudiosos como "o segundo Evangelho", porque narra com muitos detalhes, em figura, como foi uma crucificação romana, sobretudo, a de Jesus e está fiel aos evangelhos.

Os detalhes são tão precisos  que segundo os especialistas em anatomia é difícil dizer que há qualquer possibilidade de fraude, pois, alguns detalhes só foram descobertos séculos mais tarde com  tecnologia moderna e aparelhagem científica moderna, sendo impossível a um falsificador enxergar tais detalhes naquela época.

O Incêndio:

No ano de 1535 d.C, a relíquia escapou de um incêndio que quase o destruiu. As irmãs Clarissas na tentativa de preservar o pano fizeram remendos nos locais onde ocorreram as queimaduras.

O santo Sudário foi e é objeto de muitos estudos; uns conclusivos outros ainda desafiam os pesquisadores. O que se sabe é que ele não é uma pintura, nem pigmentos, pois, se fosse a tinta passaria para o outro lado do pano e no Sudário isso está descartado. As manchas de sangue são reais e é sangue humano.


O sangue não é o responsável pela formação  da imagem no pano. Se assim fosse, a imagem apareceria borrada pelos diversos hematomas, mas, o que se vê no Sudário é uma imagem perfeita e com a tecnologia moderna já se sabe que ela é uma imagem em três dimensões (ao lado, rosto de Jesus em 3D), algo impossível de se fazer naquela época.

É importante observar que: os cientistas que analisaram o Sudário não estavam preocupados em mostrar quem era o homem do Sudário, tampouco se a imagem dele era verdadeira ou falsa. Se era Jesus ou não. O principal motivo das investigações era provar a autenticidade do tecido se ele era verdadeiro ou se era obra da idade média. As surpreendentes  descobertas vieram depois.      


Em 1974, usando um microdesímetro a Hipótese de Vignon foi confirmada, revelando o outro segredo do Sudário e causou espanto em toda comunidade científica; vale lembrar que pouquíssimos foram os cientistas católicos que estudaram o Sudário, a grande maioria era de céticos e ateus confessos. Esses ateus e céticos não conseguiram explicar como surgiu aquela imagem no sudário a não ser aceitar que ela só poderia ser feita pelo sobrenatural. 

Em 1976 d.C, usando um VP-8 Image Analyser os cientistas pudera,m confirmar a imagem do lençol está projetada ortogonalmente sobre o tecido por um processo desconhecido, mas, semelhante a um fenômeno foto-radiante, codificou em, si a informação tridimensional, o processo de confecção da imagem por chamuscamento é semelhante com as imagens provocadas pela reação termo-nuclear da bomba atômica. (Prova de que aquele cadáver envolto pelo pano ressuscitou). Ele é uma prova de que não é uma falsificação, não foi feita por nenhum artista.

Experiências demonstram que o sistema de coordenação olho-cérebro é incapaz de reconhecer e criar simultaneamente a intensa correlação no grau encontrado no Sudário, dentro das variações de contrastes da imagem.

Foram testadas no analisador VP-8 várias amostras do Sudário reproduzidas ao longo dos séculos e, sem exceção o relevo das imagens apresentam inúmeras distorções e somente a do Sudário de Turim é perfeita. Além disso, não se conhece nenhum artista que tenha codificado seu trabalho com informações tridimensionais.

A imagem do homem do Sudário mostra que foi barbaramente torturado, coroado de espinhos, crucificado, açoitado, transpassado por lança. Nota-se contudo um semblante sereno embora tenha sofrido toda tortura e agudas dores, câimbras e asfixia, mantém o semblante suave.

Muitos céticos dizem que o Sudário de Turim é uma falsificação da Idade Média. Porém, muitas descobertas cientificam e provam o contrário, que está longe de ser uma falsificação. 

Com exceção do teste de datação do Carbono-14 - todos os outros exames e pesquisas foram favoráveis à sua autenticidade. O teste de carbono 14 é utilizado para datar objetos antigos, mas, se o material for recolhido e sofrer contaminação os resultados dele não mostra a data correta. No caso do Sudário de Turim as amostras recolhidas não foram as originais mas, as do remendo feito na Idade Média pelas irmãs clarissas.   

Hoje se sabe que o teste carbono 14 C-14 foi inconclusivo porque não levou em consideração uma série de fatores existentes no Sudário que levaria ao erro de datação. O teste de C-14 foi falho.  O material que usaram para fazer a datação não era o tecido original mas, um pedaço do remendo feito pelas irmãs clarissas por ocasião do incêndio.

Os novos testes realizados comprovaram que o tecido do Santo Sudário é autêntico e anterior ao século I, de uma região da Palestina que continha o pólen da mesma planta usada para fabricar o linho.  

Em 1898 em virtude da comemoração dos 400 anos da Catedral de Turim, foi organizada uma exposição do Sudário. Era o auge da invenção da fotografia. O fotógrafo Segundo Pia foi quem tirou as primeiras fotografias do Sudário.

A imagem no Sudário não é perceptível a não ser à certa distância. Mas, quando o fotógrafo viu o negativo fotográfico a imagem aparecer em positivo e podia nitidamente ver a pessoa do Sudário.
(Acima a foto em negativo, abaixo a foto original, ambas com realce)












O negativo mostrou o corpo de um homem de aproximadamente 1, 83m, que pesava em torno de 70Kg; de porte atlético, acostumado a longas caminhadas e que foi barbaramente torturado e por fim, crucificado. 
Sabemos que Jesus era jovem, da região de Nazaré na Galileia. Andou por vários lugares a pé. A única vez que o Evangelho narra que Jesus tenha utilizado algum transporte para se locomover foi na sua entrada triunfal em Jerusalém. Portanto, ele estava acostumado a caminhar longas distâncias conferindo com a descrição da imagem do homem do Sudário.  

O cadáver está com as mãos sobrepostas e com perfurações de cravos nos pulsos. Mostra os sinais de sangue causado pelos flagelos romanos. No negativo é possível ver a figura de frente e de costas, a parte dianteira e traseira da imagem tem as mesmas proporções.

As imagens de torturas, bem como a ferida do peito e da coroa são pontos essenciais que destacam a tortura que Jesus sofreu de outras daquela época. Tais sinais aparecem na pessoa do Sudário. Todos os sinais de tortura coincidem com os relatos apresentados pelos Evangelistas.       

 Imagem  da Síndone de Turim em 3D.




À direita vemos a imagem da Síndone em 3D, perfil de frente e costas.      


O especialista norteamericano John Jackson do Turin Shroud Center de Colorado observou: “as propriedades tridimensionais da imagem (…) a presença de sangue humano com índices altíssimos de bilirrubina, o pólen de mais de 77 plantas que marcam o percurso histórico do Sudário até quase o século I de nossa era e, entre outros, o mecanismo de transferência da imagem de um crucificado com todas as feridas descritas nos Evangelhos a um pano”.                        

A imagem da Síndone apresenta altíssimo nível de detalhes anatômicos, superando normalmente o que se espera e que se vê nas reproduções de um corpo humano feitas por mãos humanas, só podendo ser comparada a uma fotografia.

Quanto mais se estuda a sua autenticidade, menos os cientistas conseguem chegar a uma conclusão definitiva sobre a origem da imagem ou o que formou aquela figura no pano, nem com os melhores instrumentos científicos de nosso século pode ser descoberta a origem da imagem. Pois já se sabe que ela não foi feita por mãos humanas.

A Igreja sempre teve interesse em que a ciência provasse a autenticidade da mortalha.
Com a chegada da tecnologia e em 1973, o Vaticano liberou as pesquisas e tiveram as seguintes conclusões:

Max Frei, um suíço criminologista renomado da época afirmou que o tecido apresenta vestígios de pólen de plantas que são da época de Cristo e muitas delas raras que já não existem mais.  
      
Ele encontrou 58 espécies de pólens, 75% dos quais são plantas do Oriente Médio e 25% de plantas europeias; 16 espécies de plantas do deserto, que crescem apenas na Palestina na região de Neguev e do Mar Morto. 

Alguns desses pólens são transportados por insetos e não por vento. Os pólens palestinos, mesmos carregados pelo  vento, não chegariam à Europa e nem ao Sudoeste da Turquia ou ao Norte da Síria, regiões das quais foram encontrados pólens.

O estudo dos pólens do Sudário de Turim nos ajuda a traçar o percurso por onde ele passou desde Jerusalém, até Chambèry (França) e Turim (Itália).

Max Frei ainda concluiu que em algum momento da história o Sudário foi exposto ao ar livre, ou em Jerusalém ou perto dela. O único lugar onde ele realmente deveria ter estado se ele é a autêntica mortalha de Cristo.

No final dos anos 90, Alan e Mary Whagen descobriam imagens de 28 espécies de flores no Sudário. Todas crescem em Jerusalém e nos seus arredores; 27 florescem entre os meses de março-abril, primavera e época da Páscoa judaica. 25 espécies confirmam a descoberta de Max Frei (pólens).

As imagens dessas flores são muito tênues e só puderam ser observadas graças às técnicas avançadas e reprodução e edição de imagens.
No ano de 1997, o perito e Prof. Avionam Danim, perito da Hebrew Universit (Universidade Hebraica), confirmou a presença do pólen das flores da Palestina mo Sudário.

No ano de 1998 três laboratórios concluíram através do método de datação do Carbono-14  que o tecido teria sido fabricado entre os anos 1260-1390 d.C durante a Idade Média. 

Mas, contudo foi descobertas houve controvérsias já que as amostras recolhidas para os exames na época não era do Sudário e sim, do tecido do remendo feito pelas Irmãs Clarissas após o incêndio e também as bactérias no tecido alteraram o resultado dos testes.

Além disso, os limites do teste C-14 para um objeto como o Sudário, passou por tantas vicissitudes e a grande quantidade de dados adquiridos, graças as tantas outras pesquisas científicas multidisciplinares o tornam razoável não excluir a autenticidade do Sudário.

Novos estudos foram realizados e até então, os cientistas não tem mais dúvida da sua autenticidade.

Em 1994, os químicos russos Dimitri Kouznetsov e Andrei Ivanov mostraram o forte calor noa qual a peça foi submetida durante o incêndio de 1532 pôde ter alterado os testes de datação por C-14, pois, o Carbono gerado pelas queimas incorporado ao tecido, teria contribuído e alterado os resultados.

No ano de 1995, os cientistas microbiologistas Leôncio Garza-Valdés e Stephen Mattingly descobriram uma espécie de verniz produzido pelos fungos e bactérias do Sudário e de acordo com ele essas bactérias e fungos também contribuíram para os erros de datação pelo C-14.

O Químico Alan Alder na década de 90 demonstrou que, além dois vestígios de sangue, o tecido estava cheio de substâncias liberadas pelo organismo quando a pessoa está em situação de grande estresse, fortalecendo ainda mais sua autenticidade de que ele é a verdadeira mortalha de Cristo.

O Químico Raymond Rogers da Universidade da Califórnia afirmou que os testes de 1998 usaram amostras inadequadas e que o método de confecção do Sudário indica que ele foi feito muito antes do século XIII.


Qual é o aspecto do homem no Sudário?
Jesus Crucificado segundo o Santo Sudário:

Estreita concordância com as imagens tradicionais
O autor não visava provar a existência de Jesus de Nazaré, mas destacar os impressionantes acertos anatômicos constatados no estudo científico do Santo Sudário.

O professor Miñarro disse à BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão matemática”, “essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.

“A princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com fidelidade a cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois anos para concluir sua obra.

O escultor não trabalhou só. Ele presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram adiante uma investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.

O crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo Sudário.


A imagem representa um corpo de 1,80 metros de altura, de acordo com os estudos no Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e Pavia. Os braços e a Cruz formam um ângulo de 65 graus.






(Representação acima do crucificado, tal como está na Síndone de Turim)


Na face havia sinais de contusões, o nariz estava fraturado e a cartilagem descolada do osso. No corpo foram encontrados 120 sinais de golpes de açoite romano e é visível as marcas das feridas causada pelo flagelo. Mas marcas produzidas por dois flageladores, um de cada lado da cabeça da vítima.




O flagelo que foi utilizado era um tipo  de açoite composto de três correias de couro, terminando em pequenos ossos de pontas agudas e pequenas travas de chumbo com duas bolas nas extremidades que ao bater dilacerava a carne em alguns casos deixava os ossos da costela à amostra.

Duas chagas marcavam o ombro direito e o omoplata esquerdo; o peito muito saliente denotava a terrível asfixia suportada durante a agonia.
Os pulsos aparecem perfurados tendo o prego perfurante secionado em parte o nervo mediano fazendo contrair os polegares;  é por isso que a imagem apresenta apenas os quatro dedos da mão e não os cinco conforme podemos observar.
Pela curvatura das pernas e as perfurações dos pés, tem-se a impressão que o esquerdo foi sobreposto ao direito e presos ao madeiro por um único prego.
Os dois joelhos estavam chagados fruto das quedas que sofreu.

Coroa de espinhos segundo o Santo Sudário:

Também é possível ver 50 perfurações na fronte, cabeça e nuca, compatíveis com a coroação de espinhos... Segundo as imagens, ao contrário do que vemos nas representações nas imagens do Crucificado  a "coroa" é na verdade uma espécie de capacete de espinhos que foi colocado na cabeça de Jesus.

Uma outra descoberta obtida com a colaboração do Dr. Soons, foi da presença de literalmente um elmo (capacete) de espinhas, e não apenas de uma coroa circular, que foi empregada para torturar a Nosso Senhor.


Soons explicou que “quando criou hologramas em tamanho natural e os expos no Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, em Roma, alguns pegaram uma escada para observar a parte superior da cabeça. Esta parte do corpo do Homem do Sudário jamais tinha sido vista por ninguém”.


A Coroa de Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com jujuba “ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.

A pele apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre aparece inchado por causa da crucifixão.



(Veja modelo real da "coroa"  capacete de espinhos que puseram na cabeça de  Jesus)

Santo Sudário, hologramas

  

A Dra. Marinelli, do Centro Romano di Sindonologia, acaba de publicar, juntamente com Marco Fasol, o livro Luce dal Sepolcro.
Indagine sull'autenticità della Sindone e dei Vangelli. (Luz do sepulcro. Inquérito sobre a autenticidade do Santo Sudário e dos Evangelhos, editora Fede& Cultura) 

"Foi uma flagelação extremamente longa, infligida como punição suficiente em si mesma".
"Logo depois veio a dolorosa coroação com um capacete de espinheiros, fato único na História, e que foi inventado pelos soldados para escarnecer o Rei dos Judeus", prosseguiu.  
"Depois ainda veio o carregamento do patibulum (a trave horizontal da cruz), as trágicas quedas ao longo do percurso, a perfuração dos pregos da crucificação enfiados nos pulsos e nos pés sem apoio algum. A perfuração da lancetada post-mortem".

"Tudo (no Sudário) coincide com a narração evangélica, inclusive o envolvimento durante algumas horas numa mortalha preciosa em lugar de enterrar numa fossa comum, que era o destino dos crucificados" Jesus foi levado para um sepulcro, o sepulcro de José de Arimatéia, ao lado do Gólgota. 

O Sudário também foi analisado pela NASA - onde introduziram uma câmera sob o tecido, entre o forro feito para preservar o tecido e a mortalha e descobriram que a imagem não foi feita por mãos humanas; foi feita pela reação de forte intensidade da luz, uma espécie de chamuscamento; como aquelas provocadas pelas reações das explosões termonucleares da bomba atômica. Uma forte luz, mais forte que a luz do sol passou pelo pano em milionésimos de segundos.

O corpo saiu de dentro para fora por essa luz. A luz tocou o pano, mas, o corpo não.
Atestando mais uma vez o fato narrado pelo Evangelho que na hora que Jesus saiu do sepulcro brilhou uma grande luz e caíram desmaiados.

A  MOEDA DE PILATOS

Recentemente também foram descobertos no Sudário vestígios de duas moedas de Pôncio Pilatos, cunhadas naquela época e quem estavam sobre as pálpebras do morto. Sabe-se que era costume dos judeus colocarem moedas nos olhos dos mortos para que os mesmos ficassem fechados e em sinal de boa sorte no outro mundo. A moeda seria a Lepton (Dilepton Lituus) cunhada sob Pôncio Pilatos entre 29-32 data em que Jesus teria morrido entre os anos 33-34.




Os judeus não tinham o costume de colocar moedas nos olhos dos mortos. Esse era um costume pagão dos gregos; que assim acreditavam que pagariam a Caronte o barqueiro da morte para que o morto tivesse uma passagem feliz para o outro mundo.
Embora alguns acham estranho, ou tentam desqualificar a relíquia por este achado não podemos dizer que entre as pessoas que estavam ali no momento da morte de Jesus ou que ajudaram nos preparativos de seu funeral fossem somente judeus.
Jesus tinha uma afinidade de amigos e discípulos, simpatizantes e com certeza até entre os guardas alguém o admirava. 
Seria ingênuo demais pensar que alguém, ou algum amigo, ou admirador não judeu não estaria ali prestasse sua última homenagem ao "defunto" e não apenas um judeu. Pois, é sabido que em Jerusalém havia pessoas de vários lugares para a celebração da Páscoa. Jesus não discriminava pessoas e, que naquele tempo os  judeus, romanos e gregos conviviam em Jerusalém.            

Com a técnica de sobreposição à Luz polarizada, foram contados 74 pontos de congruência entre a moeda de Pilatos e a imagem do olho direito. Com comparação pode-se considerar que, para a identidade das impressões digitais são suficientes 14 pontos coincidentes em sobreposição.

Tanto o pano, quanto a imagem do Sudário, contém numerosas evidências de um funeral judaico do Século I.

O homem do Sudário tem aparência típica de um judeu, que foi submetido a um funeral tipicamente judaico. Em particular o homem  do Sudário não foi limpo conforme determinava a Lei de Moisés para aqueles que sofressem morte violenta. Pois assim está de acordo com o Evangelho que disse que o sepultamento de Jesus foi feito às pressas porque já se aproximava o Sábado (Páscoa).

Tudo isso nos fala o Sudário e prova sua autenticidade. Nele contém coisas que jamais um falsificador poderia saber naquela época e nem se atentaria a descrever tantos detalhes.

Os legistas da Polícia acostumados a fazer perícias em cadáveres e restos mortais dizem que o cadáver mesmo depois de morto fala, bem como as vestes e o ambiente em que ele esteve envolvido fala e deixam resquícios e indícios de como foi o tipo de morte que uma pessoa sofreu, bem como pode até determinar a hora em que aquela vítima morreu. No tecido de Turim os cientistas puderam afirmar que aquele corpo foi sepultado entre 1-2 horas. 
          
No tecido da mortalha não existe tinta apenas sangue.
Outra característica é que o homem no Sudário continha uma espécie de rabo-de-cavalo, que era muito comum aos homens judeus, principalmente os jovens nazarenos daquela época.

Também descobriram na região dos pés, traços de uma composição mineral rara, a aragonita, que é encontrada nos arredores de Jerusalém. Nos pés é possível ver as impressões digitais daqueles que ajudaram descer o corpo de Jesus do madeiro.
O homem também levou golpes violentos, pois, tem um inchaço do pômulo direito. 

A cartilagem do Nariz foi quebrada por golpe de vara. Um espinho pontiagudo atravessou a sobrancelha ferindo a pálpebra.
É possível ver as marcas de espancamento e sangue por todo corpo (lembremo-nos da exsudação no Monte das Oliveiras)
Nos ombros é possível ver os sinais de que ele carregou um objeto pesado e duro, o patibulum.   

Há também sulcos de sangue no rosto, que correspondem às veias furadas pelos espinhos.





Pela ferida do constado dá pra definir até a trajetória da lança do soldado: Inclinação de 29º - entre a 5ª e 6ª costela.

E por falar em sangue, os testes realizados constataram que o sangue da mortalha é da espécie humana tipo AB, muito comum da raça judia.

O fato mais interessante é que esse é o mesmo tipo do sangue do Milagre Eucarístico de Lanciano 12 séculos depois, quando o a Hóstia se transformou em carne pingando gotas de sangue sobre o corporal durante o momento da Consagração. No qual os testes também deram positivo para sangue humano tipo AB.

O Suplício da Cruz é de origem Oriental, mas foi adotado pelos Romanos e modificado ao longo dos tempos. Sabe-se que à princípio era só um poste e o sujeito era amarrado lá e ficava preso até morrer. Depois foi fixado a furca ou forca na qual  réu era preso pelo pescoço. Mais tarde o patíbulo, um pau transversal posto na estaca que ficava no local tomando um aspecto de um T. Outras em forma de X.  

Jesus foi obrigado a carregar a cruz desde o lugar da flagelação até o lugar da crucificação o Gólgotha ou Calvário. Cerca de 650 metros.

A Cruz pesava mais de 300 libras (136 Kg), somente o patíbulo pesava entre 75 e 125; Alguns defendem que Jesus teria carregado as duas partes da Cruz; segundo os cientistas isso é humanamente impossível, (as duas partes = 261 Kg), ainda mais no estado em que encontrava Jesus duramente flagelado, mais morto que vivo. Já o Evangelho narra que Jesus carregou a Cruz, isto é, as partes horizontal e vertical, mas, em e determinado momento teve que ser ajudado por Simão o cireneu pai de Alexandre e de Rufo. Mc 15, 21- pode ser (embora não se prove) que daí tenha separado as partes da cruz; Jesus ficou com o patíbulo (parte horizontal) e Simão Cireneu ficou a outra (vertical).

Mas, também não podemos descartar que se de fato aconteceu foi como narra os evangelhos em que diz: Jesus não aguentando carregar a cruz (por causa das várias quedas em que sofreu), os soldados obrigaram um homem,  Simão o cirineu pai de Alexandre e Rufo a ajudá-lo a carregar a cruz. Pode ser que neste momento a cruz teve que ser desfeita Simão carregou uma parte e Jesus carregou a outra. Pois, os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas atestam a veracidade deste episódio Mt 27, 32, Lc23, 26,  Mc15, 21. 

Os evangelistas atestam carregou a "cruz" e não faz referência apenas só ao patíbulo. Dando a entender que tanto a parte horizontal como a vertical foram carregadas, de certa forma até o Gólgota.       

Ao contrário das demais condenações romanas onde os condenados só carregavam a parte transversal da cruz. Quiseram fazer com Jesus um espetáculo a parte.... 
 
A crucificação de Jesus foi atípica das outras crucificações, pois, não havia o costume, por exemplo, de colocar sobre o condenado uma coroa de espinhos, nem todos os condenados eram pregados com pregos (pregos eram muito caros naquela época); e nem era costume dos solados ferir um condenado com lança.

O condenado era amarrado no patibulum, e suspenso no madeiro e lá ficava agonizando por dias até morrer. Havia duas argolas para amarrar as cordas. A parte vertical ficava fixa no local, então, amarravam o condenado no patíbulo e as cordas eram enfiadas nas argolas e suspensa até se encaixar na parte vertical na forma de um T. 

Quando os condenados demoravam para morrer, os soldados lhes quebravam as pernas, porque assim o corpo cedia e, assim, morriam asfixiados. Os cadáveres eram jogados em uma vala comum.
Jesus morreu bem antes do tempo esperado, e por isso o soldado quis certificar enfiando-lhe a lança no peito.

Esse fato é atestado por São João que assim escreveu:

"Os judeus temendo que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era preparação para a Páscoa, e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, porém, a Jesus como vissem já morto não lhe quebraram as pernas, mas, um dos soldados abriu-lhe um lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água". (Jo19, 31-34)           

Eram muitos os que os romanos crucificavam, e, estes não tinham um funeral adequado, pois, jogados em uma vala comum não tinham identificação. 

Não se tem nenhum registro histórico que um outro condenado à morte de cruz que teve um sepultamento assim.

Quem eram os condenados à morte de cruz?
Geralmente, ladrões, assassinos,, traidores da pátria, criminosos políticos, escravos rebeldes. Os corpos eram jogados em uma vala comum.escravos e toda espécie de gente que para eles eram impuros.

Os judeus nem se aproximavam dos cadáveres dos crucificados, 
Outro fato bastante interessante é que nenhum condenado à morte de cruz tinha funeral. 


A Jesus foi dado o direito a um funeral mais ou menos digno dado ao grau de importância que Jesus tinha para com os discípulos.
É bom lembrar que, nem todos os judeus eram contra Jesus; ele tinha muitos amigos e seguidores

Jesus foi condenado pelos sumos-sacerdotes. Eles eram a elite religiosa  e poderosa da época, a autoridade máxima. Os próprios Apóstolos eram judeus. Dizer que "os judeus  de modo geral mataram Jesus" é injusto. 

Talvez Jesus seja o único crucificado que teve um funeral importância que tinha para seus discípulos, e, só não pode ser completo com todos preparativos porque foi sepultado às pressas porque aproximava a Páscoa.
Quando Jesus morreu tinha entre 33-45 anos às 03 horas da tarde de uma sexta-feira à hora 9ª;  entre 04-07 horas foi feito o seu sepultamento.   

O nome Gólghota é aramaico, em hebreu se escreve Gulgolet, que significa lugar da caveira.

O Calvário é um lugar rochoso, parecido com uma caveira humana.

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A autopsia do Santo Sudário concorda com os Evangelhos?

Sim concorda. O resultado do trabalho foi publicado num livro rico e intrigante: “Autopsia do Homem do Sudário”, editado por Elledici (Leumann [Turim] 2015), apresentado na igreja de San Gottardo em Corte, no evento “Escola Catedral” promovido pela confraria-empresa responsável há séculos pela manutenção da catedral de Milão.

O Prof. Farronato, em entrevista concedida ao jornalista Marco Respinti, declarou que “a medicina forense ainda não havia dito tudo sobre o caso. Então nós decidimos agir”.

A medicina forense analisa os sinais que podem ser encontrados no corpo ou no cadáver, para que depois a polícia e o juiz ajam com base no laudo médico legal.

O Professor prossegue: “A ideia de realizarmos um estudo anatômico profundo do Sudário remonta a uns três anos, a partir de fotografias tomadas por Secondo Pia em 1898 e os resultados dos estudiosos que vieram antes de nós”.

Indagado sobre a ideia que ele e sua equipe fizeram do crime, o Prof. Farronato respondeu:

“Obviamente o cenário do assassinato não existe mais. Nós investigamos o crime apenas através das marcas deixadas no cadáver. O que hoje é muito.

O Dr Giampietro Farronato respondeu pela equipe de médicos legistas que fez a autopsia.
O Dr Giampietro Farronato respondeu
pela equipe de médicos legistas que fez a autopsia.
“A anatomia do corpo foi reconstruída por nós com dados morfológicos registrados no linho. Fizemos uma reconstituição total e completa da face”.

E assim, o professor foi descrevendo o seu fascinante trabalho:

“Praticamente tratamos a imagem do Sudário como a ‘máscara’ forense que habitualmente se monta para descrever os ferimentos no corpo, vivo ou morto.

“Eu e Alessandra Majorana exploramos as pegadas tornando-as mais legíveis para examiná-las melhor medicamente. Com o software de gestão de imagens mais inovador disponível, nós mudamos a orientação direita-esquerda, o claro e o escuro”.

Depois, ele aplicou os métodos utilizados para tornar legível a tomografia computadorizada Cone Beam, a ressonância magnética e outros exames tridimensionais para a obtenção de um diagnóstico odontológico legal completo, campo em que a sofisticação e a precisão atingem os detalhes mais diminutos.

Aquilo que poderia parecer science fiction, na verdade, para Farronato trata-se de um método científico, não de um filme, capaz de realçar detalhes que conduziram a sua equipe a medições muito precisas.

Perguntado pelo jornalista se ao estudar uma imagem num desgastado pano, velho de séculos, se se podia analisar o rosto como se fosse um cadáver de carne, o professor respondeu:

“Foi como se estivéssemos diante de um paciente que vai ser submetido a uma correção terapêutica de tipo ortodôntico ou cirúrgico, como pontes, implantes dentários, operações maxilofaciais, coisas assim.

“Para o rosto estudado por meio da aplicação, pela primeira vez, de métodos científicos, como cefalometria craniana, que destaca as alterações estruturais presentes no Homem do Sudário, os dados obtidos foram: assimetria nos seios frontais, no osso zigomático; desvio do septo nasal; e assimetria da mandíbula com um deslocamento atribuível a traumas ocorridos num período próximo ao decesso”.


Autopsia dell'Uomo della Sindone o livro com os resultados da autopsia.
Autopsia dell’Uomo della Sindone: o livro com os resultados da autopsia.
À pergunta sobre o que diz a ciência do Homem do Sudário que é objeto de uma disputa antiga, às vezes até veemente, o Prof. Farronato responde:

“A ciência diz que se trata de uma impressão deixada pelo cadáver de um homem verdadeiramente submetido antes de morrer a torturas, flagelações e espancamentos, coroado de espinhos e, finalmente crucificado.

“Isso determinou a morte daquele homem com uma correspondência total às narrações dos Evangelhos, até na sucessão do tempo em que foram infligidas as torturas, inclusive a natureza da lança post-mortem cravada em seu lado (cf. Jo. 19:33-34)”.

O professor informou ainda que estudos científicos realizados em março de 2015, coordenados pelo Prof. Giulio Fanti e processados pela Universidade de Pádua, acompanhado de três métodos de datação químicos e mecânicos, levaram a uma nova datação do linho: entre 283 a. C. e 217 d. C. período compatível com a vida de Jesus na Palestina.

Mas o modo de formação da imagem permanece um mistério indissolúvel.

Inquirido se se tratava de Jesus, ele respondeu com espírito:

“O homem de fé não pode dirigir à ciência perguntas para as quais a ciência não pode dar respostas”.

Por sua vez, Alessandra Majorana, professora da Universidade de Brescia, em declarações para o site especializado Ortodontia33, explicou que foi a primeira análise do Santo Sudário do ponto de vista morfológico e traumatológico utilizando software de última geração2.


A professora Alessandra Majorana participou na autopsia.
“De nossa pesquisa – disse a professora – resultaram parâmetros e dados novos, únicos e inesperados sobre o tipo de trauma. Os exames odontológicos visaram os tecidos moles e a estrutura esquelética do rosto.

“Do ponto de vista odontológico, o homem jovem impresso no Sudário apresentava uma dentição completa. Do ponto de vista ósseo as medições cefalométricas revelaram uma mandíbula fortemente desviada para a esquerda muito provavelmente como resultado dos espancamentos antes da crucificação”.

Para a Profa. Majorana, o trabalho não levou em consideração a narração religiosa, mas numa passagem do Evangelho de S. João, relatando as horas que precederam a crucificação, o evangelista descreve os golpes no rosto de Jesus dados com uma vara:

“Na realidade, no Evangelho fala-se de uma bofetada, mas o original em aramaico fala-se de uma varada, corpo contundente compatível com o pesado trauma constatado por nossa análise”.

Ela constatou ainda outras consequências dos golpes, como a fratura da cartilagem nasal, trauma também confirmado pela análise da imagem elaborada graficamente para isolar as marcas de líquidos orgânicos como o sangue e o suor impressos no tecido.

“Da imagem processada resulta que não há sinais de sangramento nasal, pelo que se pode supor que a fratura da cartilagem aconteceu pelo menos um par de horas antes da morte”, concluiu a especialista.

Cientistas desmontam artifício para “provar” que o Santo Sudário não é autêntico.
  
Luigi Garlaschelli numa burlesca apresentação.
Membros de um inidôneo Comitê Italiano para Verificação de Alegações Paranormaisgarantiram ter provado que o Santo Sudário de Turim é um falso medieval.

Eles foram financiados pela União de Ateus Agnósticos Racionalistas, da Itália.

Luigi Garlaschelli, professor de Química da Universidade de Pavia, descreveu ao jornal “La Repubblica” como conseguiu fazer um sudário “idêntico” ao de Turim com materiais baratos e métodos disponíveis no século XIV.

David Rolfe, produtor de longos documentários sobre a relíquia, apontou que a simples descrição do método usado depõe contra Garlaschelli e mostra que ele nem conhece o Sudário.

Diversos cientistas altamente qualificados desmontaram com um peteleco a burlesca obra.

Por exemplo, o presidente do Centro Mexicano de Sindonologia, Adolfo Orozco, especializado no Santo Sudário, qualificou a ação de “truque para atacar o Sudário” e mostrou furos técnicos que desqualificam o experimento, informou a Agencia Católica Internacional.

O Dr. Orozco explicou que no Sudário “o sangue ficou impresso no pano em primeiro lugar, e só depois ficou gravada a imagem e não o contrario como fez o suposto ‘reprodutor’”.

Outra demonstração de Garlaschelli:

Além do mais, acrescentou o Dr. Orozco, como foi largamente comprovado pela comunidade científica, “a imagem do Sudário não se formou por contacto. Há partes do tecido que tem imagem e nunca estiveram em contato com o corpo”. Entretanto, a primitiva tentativa trabalhou esfregando um pano sobre um corpo.

Acresce que as análises médicas, segundo o Dr. Orozco, “demonstraram que os coágulos não foram semeados, mas são clinica e patologicamente corretos com detalhes desconhecidos no século XIII”.

O especialista sublinhou o lado ridículo dos imitadores pretendendo reproduzir as queimaduras do incêndio de 1532 e as marcas deixadas pela água que nada têm a ver com a imagem original.

Ainda constata-se que as “imagens” agora fabricadas “não têm as propriedades tridimensionais” típicas do Sudário” que como já vimos é tridimensional. Esta ausência desqualifica a tentativa de qualquer  reprodução.

Por sua vez, o especialista peruano Rafael de la Piedra, sublinhou que as manobras frustradas dos italianos reforçam ainda mais a ideia de que a relíquia “continua sendo um objeto único, irreproduzível e inimitável”, noticiou ACIPrensa.

Para o Dr. de la Piedra, a recente imitação “visualmente é muito parecida com o original. Digamos que é melhor que a cópia que fez McCrone ou que a horrorosa tentativa de Joe Nickell; ou a de Picknett-Prince e sua suposta fotografia medieval de Leonardo Da Vinci; ou que a fantasiosa foto-experimental do sul-africano Nicholas Allen”.

Para o especialista, “uma amostra parecida com a de Garlaschelli não resiste às conclusões multidisciplinares tiradas ao longo de mais de 100 anos por cientistas de todos os credos e especialidades”.

À luz desta tentativa falha, de la Piedra conclui que “podemos afirmar com alto grau de certeza, que o Santo Sudário de Turim continua sendo um objeto único, irreproduzível e inimitável. Esta é a verdade interna do Santo Sudário”.

O especialista norte-americano John Jackson do Turin Shroud Center de Colorado observou: “as propriedades tridimensionais da imagem (…) a presença de sangue humano com índices altíssimos de bilirrubina, o pólen de mais de 77 plantas que marcam o percurso histórico do Sudário até quase o século I de nossa era e, entre outros, o mecanismo de transferência da imagem de um crucificado com todas as feridas descritas nos Evangelhos a um pano”.


John e Rebecca Jackson com um modelo tridimensional do Sudário
O Dr. Jackson criticou a falta de técnica de Garlaschelli e explicou que o sangue do Sudário não é sangue inteiro, mas já separado do soro, proveniente de verdadeiras feridas.

Além do mais, o sangue que há neles é próprio “de um fluxo post mortem”.

Jackson observou que do ponto de vista da tridimensionalidade a imagem agora feita “aparece bastante grotesca. As mãos estão incrustadas no corpo e as pernas estão em posição pouco natural”.

Jackson também observou que segundo a prática científica séria os resultados de Garlaschelli deveriam ter sido compulsados por outros cientistas antes da publicação.

É o que se chama “peer-review” ou “revisão do trabalho por pares”.

Porém, Garlaschelli parece ter temido a crítica e fugiu dela. O autor recebeu 2.500 euros da União de Ateus Agnósticos Racionalistas para semelhante serviço. A cifra fala contra a hipótese de um trabalho científico de vulto e mais parece uma gorjeta em pago de uma zombaria anticatólica.

Entretanto, alguns jornais eivados de decadente anticlericalismo espalharam a grosseira manobra.

No episódio não houve conflito entre a ciência e a religião. Antes bem, uma resposta digna da ciência a uma tentativa burlesca anticlerical.
No resgate do Santo Sudário, um milagre em meio às chamas

A capela em chamas

Na noite de 11 para 12 de abril de 1997, pavoroso incêndio ameaçou destruir para sempre uma das mais preciosas relíquias do mundo católico: o Santo Sudário de Turim, mortalha que envolveu por três dias o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, após sua Crucifixão até sua Ressurreição.

Só depois de longo e extenuante combate do corpo de bombeiros, o sacrossanto Linho pôde ser salvo das chamas. Além do Palácio Real, o incêndio destruiu quase completamente a capela de Guarino Guarini — contígua à Catedral de Turim — onde se encontrava a relíquia.

Alguns órgãos da imprensa italiana levantaram suspeitas de o incêndio ter sido criminoso.

Naquele momento dramático, em que tudo parecia perdido, assistimos a uma das mais belas cenas de heroísmo: o bombeiro Mario Trematore lançou-se destemidamente entre as chamas, e com uma grossa barra de ferro golpeou repetidas vezes o vidro à prova de bala que protegia a relíquia, recuperando-a em seguida. Instantes depois, a cúpula inteira da capela desabou.

Com o recuo de uma década, e tendo presente a comoção do mundo católico em vista daquela tragédia que quase se consumou, Catolicismo pediu a seu correspondente em Milão, Sr. Roberto Bertogna, que entrevistasse o Sr. Mario Trematore, a fim de que este narrasse a nossos leitores o emocionante resgate, bem como as lembranças mais significativas que tal acontecimento deixou vincadas em sua alma.




A crucificação




Os soldados estenderam os braços do condenado, pregaram pelos pulsos no patíbulo.

Os pregos tinham mais ou menos um centímetro de diâmetro em dua cabeça, entre 13 a 18 centímetros de comprimento, postos entre o rádio e os metacarpianos, ou seja, eram pregados pelos pulsos entre as duas fileiras de ossos carpianos. Nestes lugares seguravam o corpo. 

O Sudário mostra os sinais dos pregos nos pulsos e não nas palmas das mãos como apresentam as figuras clássicas. Colocar pregos na palma das mãos seria inviável, o peso do corpo não sustentaria rasgando facilmente.

A ferida perióssea foi grande, bem como a lesão dos vasos arteriais tributários da artéria radial cubital. O cravo penetrado destruiu o nervo sensorial motor, e comprometeu o nervo médio, radial ou nervo cubital. A afecção de qualquer destes nervos produziu tremendas descargas de dor em ambos os braços.

Um fato interessante é que a posição dos braços da cruz era um menor que o outro, de modo que os soldados  tiveram que puxar um dos braços de Jesus fazendo com que o ombro se deslocasse, isso provocou muita dor e intenso sofrimento em Jesus.

A perfuração de vários ligamentos provocou fortes contrações nas mãos. No Sudário vê-se perfeitamente o homem com quatro dedos ao invés de cinco, sem os polegares que estavam retraídos para dentro.

Os pés são fixados um em cima do outro por meio de um só prego cravado através do primeiro ou segundo espaço intermetatarsiano. O nervo profundo perônio e ramificações dos nervos médios e laterais da planta dos pés foram feridos.



HOLOGRAFIA

Entretanto, a técnica tridimensional mais avançada aplicada no Santo Sudário é a reprodução holográfica.
Ela projeta sobre duas placas de vidro paralelas uma reconstituição do corpo de Nosso Senhor em tamanho natural como estava na sepultura.
A imagem pode ser vista de pé, pela frente e pelas costas. Tem-se a impressão de estar em presença do próprio Corpo Sagrado de Nosso Senhor.
Um exemplo disso foi exibido na extraordinária exposição sobre o Santo Sudário de Turim que sob o título “Homem do Sudário”, realizou-se em Curitiba e em outras cidades brasileiras.
Para a ciência de ponta é impossível reproduzir o Santo Sudário.
Os estudos mais exigentes sobre o Santo Sudário de Turim não têm respiro. Técnicas das mais avançadas aplicam-se continuadamente sobre ele ou sobre suas amostras.
E quanto mais sofisticadas, tanto mais surpreendentes são os resultados.
É o caso dos estudos concluídos pelo ENEA italiano, Agência Nacional para as Novas Tecnologias, a Energia e o Desenvolvimento Econômico sustentável, noticiados pelo blog “The Vatican Insider” do jornal “La Stampa” de Turim.

O ENEA publicou um relatório com os resultados de cinco anos de experimentos. Estes aconteceram no centro do instituto em Frascati.
O objetivo foi analisar os “tingimentos semelhantes aos do Sudário em tecidos de linho por meio de radiação no extremo ultrarroxo”.
Em termos mais simples, procurou-se entender como é que ficou impressa a imagem de Cristo no pano de linho do Sudário de Turim.
Quer dizer, “identificar os processos físicos e químicos que podem gerar uma coloração semelhante à da imagem do Sudário”. O resumo de relatório técnico em PDF pode ser baixado AQUI.
Os responsáveis do trabalho foram os cientistas Paolo Di Lazzaro, Daniele Murra, Antonino Santoni, Enrico Nichelatti e Giuseppe Baldacchini. Eles tomaram como ponto de partida o único exame interdisciplinar completo realizado pela equipe de 31 cientistas americanos do STURP (Shroud of Turin Reasearch Project) em 1978, um dos mais importantes e respeitados jamais feitos.

ENEA: equipamentos da unidade de Frascati

O relatório do ENEA desmente com muita superioridade e clareza a hipótese desprestigiada de que o Sudário seja produto de um falsário medieval.

E chega a taxativa conclusão: “A dupla imagem (frontal e dorsal) de um homem flagelado e crucificado, visível com dificuldade no lençol de linho do Sudário, apresenta numerosas caraterísticas físicas e químicas de tal maneira peculiares que tornam impossível no dia de hoje obter em laboratório uma coloração idêntica em todos os seus matizes, como foi mostrado em numerosos artigos citados na bibliografia. Esta incapacidade de reproduzir (e portanto de falsificar) a imagem do Sudário impede formular uma hipótese digna de crédito a respeito do mecanismo de formação da imagem”.

Resumindo com nossas palavras:

1) É impossível, mesmo em laboratório, produzir uma imagem como a do Santo Sudário.

2) Não somente é impossível copiá-lo, mas não dá para saber como é que foi feito.


Dr. Paolo di Lazzaro explica a inexplicabilidade do Sudário
Os 31 cientistas do STURP não tinham achado em 1978 quantidades significativas de pigmentos (corantes, tintas), e nem mesmo marcas de algum desenho.
Por isso concluíram que não foi pintada, nem impressa, nem obtida por aquecimento. Além do mais, a coloração da parte mais externa e superficial das fibras que constituem os fios do tecido é irreproduzível.
As medidas mais recentes apontam que a parte colorida mede um quinto de milésimo de milímetro.
O STURP também verificou que o sangue é humano, mas que debaixo das marcas de sangue não há imagem;
– que a difusão da cor contém informações tridimensionais do corpo;

– que as fibras coloridas são mais frágeis que aquelas não coloridas;
– que o tingimento superficial das fibras da imagem deriva de um processo desconhecido que provocou a oxidação, desidratação e conjugação da estrutura da celulose do linho.
Ninguém jamais conseguiu reproduzir simultaneamente todas as características microscópicas e macroscópicas da relíquia.

“Neste sentido, diz o relatório do ENEA, a origem da imagem ainda é desconhecida. A ‘pregunta das perguntas’ continua de pé: como é que foi gerada a imagem corpórea do Sudário?”.
Um dos aspectos que intrigou os cientistas italianos é que há “uma relação exata entre a difusão dos matizes da imagem e a distância que vai do corpo ao pano”.
“O homem do Sudário”, curitiba 2011. Clique para agrandar.
Acresce que a imagem foi gerada até em partes em que o corpo não esteve em contato com o pano. Por exemplo, na parte de cima e de baixo das mãos ou em volta da ponta do nariz.

“Em consequência, podemos deduzir que a imagem não se formou pelo contato do linho com o corpo”.
Outra consequência dessas sábias minucias é que as manchas de sangue passaram ao pano antes mesmo que se formasse a imagem.
Portanto, a imagem se formou em algum momento posterior à deposição do cadáver no túmulo.
Mais ainda, todas as manchas de sangue têm contornos bem definidos, pelo que se pode supor que o cadáver não foi carregado com o lençol.
“Faltam sinais de putrefação que correspondam aos orifícios das feridas, sinais esses que se manifestam por volta de 40 horas após a morte. Por conseguinte, a imagem não depende dos gases da putrefação e o cadáver não ficou dentro do Sudário durante mais de dois dias”.

Uma das hipóteses mais aceitas para tentar explicar a imagem era a de uma forma de energia eletromagnética que pudesse produzir as características do Sudário: a superficialidade da coloração, a difusão das cores, a imagem das partes do corpo que não estiveram em contato com o pano e a ausência de pigmentos.
“O homem do Sudário”, curitiba 2011. Clique para agrandar.
Por isso, foram feitos testes que tentaram reproduzir o rosto do Homem do Sudário por meio de radiação. Utilizaram um laser CO2 e obtiveram uma imagem num tecido de linho passável em nível macroscópico.

Porém, o teste fracassou quando analisado no microscópio. A coloração era profunda demais e muitos fios estavam carbonizados. Todas essas características são incompatíveis com a imagem de Turim.

Os cientistas do ENEA aplicaram ainda uma radiação brevíssima e intensa de VUV direcional e puderam reproduzir muitas das características do Sudário.

Porém eles constataram que “a potencia total da radiação VUV requerida para corar instantaneamente a superfície de um lençol de linho correspondente a um corpo humano de estatura média [deveria ser] de 34 bilhões de Watt, fato que torna até hoje impraticável a reprodução de toda imagem do Sudário”, uma vez que até agora não foi construído um equipamento de tal maneira potente.

E concluem: “Estamos compondo as peças de um puzzle científico fascinante e complexo”.

O enigma da origem do Santo Sudário continua ainda para a ciência como “uma provocação à inteligência”.

E, para as almas de Fé, um poderoso estímulo à adoração entusiasmada e racional, bem como uma confiança sem limites em Deus Nosso Senhor.
A ciência impotente para explicar a imagem do Santo Sudário
O Dr Paolo di Lazzaro ao trabalho no ENEA.
O Dr Paolo di Lazzaro ao trabalho no ENEA.
A Agência Nacional da Itália para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável – ENEA, após cinco anos de experimentos em seu Centro de Frascati, não conseguiu imitar “a cor que se encontra no tecido de linho do Santo Sudário”.

Os cientistas tentaram produzi-la sem sucesso, apelando para raios ultravioletas.

Em palavras simples, escreveu o “Vatican Insider”, não foi possível “identificar os processos físicos e químicos capazes de produzir cores semelhantes às que formam a imagem do Sudário”.

Os cientistas Di Lazzaro, Murra, Santoni, Nichelatti e Baldacchini partiram do último e único exame completo interdisciplinar do sagrado lençol, efetivado em 1978 pela equipe de cientistas americanos do STURP (Shroud of Turin Reasearch Project.

O novo relatório do ENEA desmente, quase sem esforço e com muita clareza, a hipótese de que o Santo Sudário possa ser uma falsificação medieval.

Hipótese que já se tentou veicular com insucesso explorando uma análise com Carbono 14 marcada por erros de procedimento e cálculo.

O documento do ENEA aponta outras circunstâncias que constituem um quebra-cabeça até hoje insolúvel:

“A dupla imagem (frontal e dorsal) de um homem flagelado e crucificado, fracamente visível no tecido de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas de tal maneira peculiares, que tornam impossível obter em laboratório uma cor idêntica em todos os seus matizes, como já foi discutido em vários artigos e está listado nas referências bibliográficas.

“Esta incapacidade de replicar (e, por conseguinte, de falsificar) a imagem impede que se possa formular uma hipótese crível sobre o seu mecanismo de formação.
“De fato, até hoje a ciência ainda não é capaz de explicar como se originou a imagem do corpo no Sudário”.
Os especialistas Daniele Murra, Paolo Di Lazzaro e Giuseppe Baldacchini que participaram nos trabalhos
Os especialistas Daniele Murra, Paolo Di Lazzaro e  Giuseppe Baldacchini que participaram nos trabalhos.

As primeiras análises experimentais das propriedades físicas e químicas da imagem do Santo Sudário foram realizadas em 1978 por 31 cientistas do projeto STURP.
Eles trouxeram dos EUA instrumentos de vanguarda de valor milionário no campo da espectroscopia de infravermelho, ultravioleta e visível, fluorescência de raios X, termografia e pirólise, espectrometria de massa, análise de micro-Raman, transmissão de fotografia, microscopia, remoção de fibrilas e teste microquímico.
Essas análises não encontraram quantidades significativas de pigmentos, como corantes ou vernizes, nem restos de desenhos. Por isso concluíram que a imagem não está pintada, nem impressa, nem foi obtida por aquecimento.

Acresce que a coloração da imagem reside apenas na parte mais externa e superficial das fibras constitutivas dos fios do tecido de linho. Medições recentes demonstram que a espessura da parte com cor é extremamente sutil.

Quer dizer, por volta de 200 micrômetros (= 200 milionésimos de metro), ou um quinto de milésimo de milímetro. Isto equivale à parede celular primária de cada fibra de linho. Cerca de 200 dessas fibras constituem um fio do tecido.

Trata-se de uma espessura quase impalpável, embora perceptível ao olho humano e captada tecnicamente com segurança.

Mais outros dados constatados pela equipe do STURP:

1) Há sangue humano no Santo Sudário, mas onde ele está presente não há imagem; portanto, não há imagem sob as manchas de sangue;

2) As nuances da cor contêm informações tridimensionais do corpo;

3) As fibras coloridas da imagem são mais frágeis que as coloridas;

4) A coloração superficial das fibras da imagem provém de um processo desconhecido que causou oxidação, desidratação e conjugação da estrutura da celulose do linho.

Santo Sudário: montagem tridimensional por Thierry Castex
Santo Sudário: montagem tridimensional por Thierry Castex
“Em outras palavras, a coloração é consequência de um processo de envelhecimento acelerado do linho”, escreve o ENEA.

Até hoje fracassaram todas as tentativas de reproduzir uma imagem com as mesmas características sobre um pano de linho.

Alguns cientistas conseguiram reproduzir alguns efeitos, mas ninguém logrou obter o conjunto de características do original.

“Neste sentido, a origem da imagem do Sudário hoje é desconhecida.

“Esse é o ponto central do chamado ‘mistério do Sudário’: independente de sua data ou dos documentos históricos (…)

“a ‘pergunta das perguntas’ continua sendo a mesma: como foi gerada a imagem do corpo do Sudário?”.

E há ainda mais.

1) Há uma relação precisa entre a intensidade das nuances da imagem e a distância entre as partes do corpo e o tecido que o cobriu.

Porém, há partes do corpo retratadas na imagem que não podiam estar em contato com o tecido como se verifica acima e abaixo das mãos.

2) não estão presentes as deformações geométricas típicas de um corpo de três dimensões posto em contato com um lençol de duas dimensões. “Portanto, podemos deduzir que a imagem não se formou por contato do linho com o corpo”.

Estas características somadas à “extrema superficialidade da cor e a ausência de pigmentos (…) torna extremamente improvável obter uma imagem semelhante por meio de métodos químicos de contato, seja num laboratório moderno, ou com maior razão por obra de um hipotético falsificador medieval”.

O fato de não haver imagem sob as manchas de sangue significa que as manchas se formaram antes da imagem.

Portanto, a imagem do Santo Sudário se formou após a deposição do cadáver no Sepulcro.

Acresce que as manchas de sangue possuem contornos bem definidos, pelo que se pode pensar que o cadáver não foi carregado com o lençol.

“Faltam sinais de putrefação perto dos orifícios corpóreos. Esses sinais aparecem por volta de 40 horas depois da morte. Em consequência, a imagem não ser atribuída aos gases da putrefação, pois o cadáver não permaneceu no tecido durante mais de dois dias”.

Uma hipótese aventa a possibilidade de uma forma de energia eletromagnética (como seria um relâmpago de luz de onda curta), que poderia reproduzir as características do Sudário.

Porém, as tentativas de reproduzir uma imagem como a do Sudário usando raios laser foram frustras.

Santo Sudário: montagem tridimensional por Thierry Castex
Santo Sudário: montagem tridimensional por Thierry Castex

O ENEA tentou outra via, usando um flash de radiação direcional ultravioleta, obtendo resultados em algo comparáveis ao Santo Sudário.

Porém, advertem os cientistas do ENEA, “deve-se sublinhar que a potência total de radiação ultravioleta necessária para colorir instantaneamente a superfície de um tecido com o tamanho de um corpo humano de estatura média equivale a 34 trilhões de watts.

“Essa potência torna impraticável a reprodução da imagem por inteiro, porque ela não pode ser produzida por fonte alguma construída até os dias de hoje. As mais potentes que se podem encontrar alcançam alguns bilhões de watts”.

34 trilhões de watts equivalem à produção total da hidrelétrica de Itaipu durante 20 minutos no ápice de seu funcionamento (103.098.355 Megawatts por hora em 2016).

O trabalho do ENEA encerra dizendo que “não chegamos a uma conclusão, estamos compondo as pecinhas de um quebra-cabeça científico fascinante e complexo”.

Enquanto os cientistas continuam debatendo, nós, pobres homens, com toda a nossa ciência e tecnologia, ficamos maravilhosamente postos na nossa dimensão de criaturas diante da infinitude de poder de Deus e da imensidade do milagre espiritual e material da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Físicos do ENEA na TV Raitre: “a imagem do Sudário hoje não é reproduzível”
  
O especialista norteamericano John Jackson do Turin Shroud Center de Colorado observou: “as propriedades tridimensionais da imagem (…) a presença de sangue humano com índices altíssimos de bilirrubina, o pólen de mais de 77 plantas que marcam o percurso histórico do Sudário até quase o século I de nossa era e, entre outros, o mecanismo de transferência da imagem de um crucificado com todas as feridas descritas nos Evangelhos a um pano”.

  
No episódio não houve conflito entre a ciência e a religião. Antes bem, uma resposta digna da ciência a uma tentativa burlesca anticlerical.
No resgate do Santo Sudário, um milagre em meio às chamas

As ciências diante do humanamente inexplicável


John e Rebecca Jackson com modelo tridimensional do Homem do Sudário.

A Santa Igreja não teme a ciência. Pelo contrário, abre possibilidades para que ela, usando seus métodos de pesquisa e análise, diga o que lhe compete para comprovar a veracidade de um fato ou a autenticidade de um objeto.

Assim como São Tomé só acreditou na Ressurreição de Nosso Senhor quando meteu o dedo no lugar dos cravos e a mão na chaga aberta pela lança, o mesmo aconteceu com a ciência a propósito do Santo Sudário.

Partindo da hipótese de que poderia ser uma falsidade, os cientistas ocuparam-se em estudá-lo.

E a cada progresso nas pesquisas, novas maravilhas foram sendo descobertas.

Nos Estados Unidos, formou-se um grupo de investigação denominado Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim (STURP).

Santo Sudário, exames laboratoriaisEm 1978 uma equipe de cientistas desse grupo efetuou uma série de exames num total de 120 horas.

Dentre os vários testes aplicados, cumpre destacar fotos e microscopia eletrônica, raio-X, espectroscopia, fluorescência ultravioleta, termografia e análises químicas.

Os resultados dos exames laboratoriais demonstraram que o desenho que aparecia no pano não poderia ter sido feito por mãos humanas e que não se tratava de uma pintura.

As manchas de sangue marcaram o tecido de modo diverso do que seriam as produzidas por um cadáver comum.

Quando a impressão se produziu, tudo leva a crer que o tecido não estava comprimido pela pressão do corpo.

Tratava-se realmente de sangue humano, de tipo sangüíneo AB.

Um criminologista e botânico suíço, Max Frei, identificou células de pólen de quarenta e nove plantas diferentes presentes no tecido, sendo algumas delas européias e trinta e três originárias da Palestina e da Turquia.

Este fato confirma o percurso do Santo Sudário de Jerusalém a Turim nos seus vinte séculos de existência.

Santo Sudário, análises:

Dois físicos da Força Aérea norte-americana notaram a presença de objetos circulares colocados sobre os olhos e levantaram a hipótese de que fossem moedas.

Francis Filas, professor da Universidade Loyola, de Chicago, comprovou por análise de computador que se tratavam realmente de moedas de Pôncio Pilatos, cunhadas entre os anos 29 e 32 de nossa era.

Estudos arqueológicos em cemitérios judaicos confirmam que os judeus no primeiro século costumavam colocar moedas sobre os olhos dos mortos para manter as pálpebras cerradas.

Diogo Waki, médico espanhol: não acredita no Santo Sudário
quem não quer mudar de vida.

Schwortz participou do projeto STURP (1978) fala sobre a análise do Sudário: 

"Nós chegamos uma semana antes com 80 caixas de equipamentos, que foram seguradas durante cinco dias pela alfândega italiana. Inicialmente pedimos 96 horas para estudá-lo, mas fomos autorizados a vê-lo por volta de 120 horas".

"A equipe do STRUP trabalhando: "No final, só podíamos dizer como é que [o Sudário] não foi feito"
Estávamos lá para coletar dados, não para tirar conclusões. Estávamos lá para responder a uma pergunta simples: como é que se formou a imagem?"

"Nos três anos seguintes produzimos trabalhos que foram submetidos a revistas conferidas por cientistas de igual qualificação".

"No final, só podíamos dizer como é que [o Sudário] não foi feito. Não foi uma pintura, não foi uma queimadura, e não era uma fotografia".

"Nossa equipe era composta por peritos de uma variedade de crenças, desde católicos até totalmente céticos".

"Havia mórmons, cristãos evangélicos e judeus. Nossa crença religiosa não foi critério para integrar a equipe".

"!Na verdade, como judeu eu não me senti confortável na equipe e tentei sair duas vezes. Um dos meus amigos na equipe do STURP era Don Lynn, que trabalhou para o Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA e era um bom católico. Quando eu lhe disse que queria sair porque era judeu, ele me perguntou: “Você se esqueceu que Jesus era judeu?”

"Eu lhe disse que não sabia muito sobre Jesus, mas sabia que ele era um judeu. Então me perguntou: “Você acha que ele não iria querer alguém do povo eleito em nossa equipe?”

"Ele me falou para ir a Turim e fazer o melhor trabalho que pudesse, e não me preocupasse porque sou judeu".


"Não há nada como ele. Eu observei um vasto leque de reações. Alguns não reagem, mas em muitos outros o Sudário reacende a fé desfalecida".

"Porém, afinal de contas, a fé não se baseia num pedaço de pano, mas é um dom de Deus que reanima os corações daqueles que olham para Ele".

O que é o Santo Sudário?

Dr. Juan Francisco Sánchez Espinosa: É um lençol funerário. Alguns afirmam que a sua origem remonta ao século I antes ou depois de Cristo, pelo tipo de estrutura que ele tem.

O vocábulo grego “síndon”, que significa tecido, originou a palavra atual com que chamamos o Santo Sudário, a “Síndone” de Turim. E a sindonologia é o estudo desse tecido tão singular para toda a cristandade.
Dr. Sánchez Espinosa, presidente da Comissão de Sanidade do Legislativo regional de Castela-La Mancha, Espanha, membro da Sociedade Espanhola de Sindonologia.

O que podemos ver na Síndone?

Dr. Sánchez Espinosa: Vemos uma imagem dorsal e frontal de um homem que foi morto mediante a crucificação.
Vemos múltiplas feridas disseminadas por todo o tórax, pelo abdome, pelos membros superiores e inferiores, do que parecem açoites; lesões na cabeça, mais de 600 feridas. E também feridas de transfixação nos pulsos e nos pés.

Como o senhor descreveria a imagem que podemos ver na Síndone?

Dr. Sánchez Espinosa: Você precisa estar a mais de um metro e meio de distância para conseguir visualizá-la. Não se sabe onde começa e onde acaba.
É uma imagem que se formou na superfície do linho de 4 ou 5 micras de profundidade por uma desidratação da celulose do linho.
Não existe nenhum resto de pigmento, como foi demonstrado em um dos exames feitos em 1978.

É algo extraordinário, porque, com toda a tecnologia do século XXI, não somos capazes de saber realmente como a imagem se formou.
Alguns falam dela como a imagem impossível, porque não tem explicação científica.

Também aparecem restos de sangue no Santo Sudário, não é?

Dr. Sánchez Espinosa: É curioso que o sangue seja prévio à formação da imagem. E é curiosíssimo porque algumas partes do tecido foram raspadas e ficou comprovado que não há imagem.

Então podemos concluir que a imagem se formaria depois do sangue incrustado no tecido. O que sabemos é que se trata desangue do grupo AB.

Mais ou menos 16% da população semítica ou hebraica tem esse tipo de sangue. E, curiosamente, o sangue detectado no Santo Sudário de Oviedo também é do grupo AB.

Um detalhe importante é que, no sangue, aparece uma grande quantidade de bilirrubina; e isso acontece quando a morte é causada por muito estresse.

Por que o Santo Sudário é um “negativo fotográfico”?

Dr. Sánchez Espinosa: O primeiro que notou foi o fotógrafo italiano Secondo Pia, em 1898.

Alguns estudos dizem que essa imagem pôde surgir por causa de uma radiação ortogonal; ou seja, que sai verticalmente do corpo e produz a imagem. É como se o corpo tivesse emitido uma radiação; mas, realmente, não se sabe exatamente como aconteceu.

Em 1988, foi feito o exame de carbono 14 e alguns opinam que o resultado não é determinante para precisar a idade do tecido. Por quê?

Dr. Sánchez Espinosa: Essa prova tem uma confiabilidade de 67% e a única coisa que ela faz é medir o número de átomos de carbono 14 que existem nesse organismo. O carbono é gerado pelos raios cósmicos que formam o nitrogênio.

Deram quatro mostras do Sudário, mas todas cortadas do mesmo pedaço. E era o pedaço que foi chamado de “remendo fantasma”, porque nele existem misturas.

Isso é um erro de metodologia, porque o lógico teria sido pegar vários pedaços de diferentes partes do Santo Sudário.

Quando se diz que a Síndone é da Idade Média, é porque nas mostras que foram dadas às universidades que a estudaram havia tecido medieval mesclado com o tecido original. É o que acabou sendo chamado de “entretecido francês”, que é algodão tingido.

Que aspectos da imagem o senhor ressaltaria do ponto de vista médico?

Dr. Sánchez Espinosa: É uma imagem que me diz o tipo de morte que aquele homem sofreu; que ele teve um sofrimento brutal, que sofreu perfuração nos pulsos e nos pés.

Isso tem que ter causado uma dor horrorosa, porque, provavelmente, atingiu o nervo mediano; por isso o dedo polegar ficou puxado para dentro.


As costas de Jesus Cristo após a Flagelação, segundo o Santo Sudário.
Trabalho do professor Juan Manuel Miñarro.

Veja: Professor faz Crucificado segundo os dados do Santo Sudário
Também há mais de 600 lesões que devem ter causado no homem do Santo Sudário um sangramento descomunal, com uma perda de sangue muito grande.

Há lesões de chicotadas compatíveis com o “flagrum taxilatum”,que era uma espécie de chicote formado por tiras de couro terminadas nos chamados “taxil”, formados por pedaços de ossos ou de chumbo que se cravavam na carne.

De fato, há pedaços de músculo que foram recolhidos do Sudário, na altura das costas da imagem. Deve ter sido um espancamento selvagem.Esse tipo de tortura podia destroçar a musculatura intercostal, lesionar órgãos internos, etc.

Alguns estudiosos falam do pólen como prova de que o Sudário veio de Jerusalém, não é?

Dr. Sánchez Espinosa: Sim, porque, nos estudos, foi descoberto que muitas mostras de pólen que ficaram no tecido vêm da área de Jerusalém.
Concretamente, quatro ou cinco espécies que são próprias da região do Mar Morto e de Jerusalém.
Alguns pesquisadores judeus da Universidade Hebraica de Jerusalém, como Uri Baruh, concluíram que o Santo Sudário esteve em Jerusalém: na primavera e aproximadamente 2000 anos atrás.

O Santo Sudário é um milagre?

Dr. Sánchez Espinosa: Para mim, sim, é um milagre. Eu acredito que Deus deixa rastros neste mundo e um deles é o Santo Sudário, porque não há explicação científica.

O Santo Sudário interpela você porque, se é verdade que ele fala de Jesus Cristo morto e ressuscitado, o que a Igreja Católica diz também é verdade e, portanto, você precisa mudar de vida.
E se para você não interessa mudar de vida, então não interessa ouvir isto.

A Santa túnica de Argenteuil - a túnica que Jesus Usava analisada por um cientista

Argenteuil, ostensao solene, 1984 está numa igreja de Argenteuil, cidade hoje absorvida pela grande Paris, venera-se uma túnica que, segundo tradição milenar da Igreja, foi tecida por Nossa Senhora para o Menino Jesus.
Seria a mesma que Nosso Senhor usou na sua Paixão. A mesma, portanto, que os algozes romanos, vendo que era inconsútil – isto é, formando uma só peça, sem costuras – lançaram à sorte, para não ter que dividi-la entre eles.
Utilizando equipamentos os mais avançados, a ciência moderna foi analisar a relíquia.

O professor André Marion, pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique – CNRS (Paris) é especialista no processamento numérico de imagens, leciona na Universidade de Paris-Orsay e é autor de numerosas publicações científicas e técnicas.
Ele já fez descobertas surpreendentes a respeito do Santo Sudário de Turim, com base em métodos ótico-digitais. Ele publicou suas conclusões sobre a túnica de Argenteuil no livro “Jesus e a ciência – A verdade sobre as relíquias de Cristo” (foto embaixo).
Para o trabalho, o Prof. Marion localizou nos arquivos da Diocese de Versailles chapas tiradas em 1934. Estavam bem conservadas.
Sobre elas aplicou as técnicas de digitalização de imagens, baseadas em scanners e computadores poderosos. É de se salientar a precisão do método, que chega a ser de 10 a 20 milésimos de milímetro.
Jesus et la scienceAssim ele pôde mapear as manchas de sangue, que não são facilmente perceptíveis num primeiro olhar.


Por fim, comparou o mapa obtido com as manchas de sangue – aliás, minuciosamente estudadas – do Santo Sudário de Turim.
Porém, desde logo surgia uma dificuldade. O Santo Sudário envolveu o Corpo de Nosso Senhor esticado e imóvel no Santo Sepulcro, enquanto a Santa Túnica de Argenteuil fora portada por Ele vergado sob a Cruz, caminhando com passo cambaleante, desequilibrando-se e caindo na ruela pedregosa, imensamente enfraquecido por desapiedadas torturas.
Se ainda imaginarmos Nosso Senhor segurando com suas mãos a extremidade da Cruz na altura do ombro, é fácil supormos que a Túnica deve ter formado pregas.
Essas pregas raspavam nas chagas abertas nas divinas costas, enquanto a parte da frente da Túnica ficava solta por efeito da curvatura geral do corpo. Todos esses fatores faziam com que o sangue se espalhasse no pano de um modo irregular.

O Prof. Marion solicitou então a ajuda de um voluntário com as proporções anatômicas do Santo Sudário. Ele simulou os movimentos da Via Crucis, utilizando uma túnica do mesmo tamanho da de Argenteuil. Os movimentos foram repetidos várias vezes e em várias formas, tendo sido sistematicamente fotografados.
A seguir, com base nessas fotos e por métodos computacionais, o Prof. Marion criou um primeiro modelo virtual do corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo carregando a Cruz. No monitor do computador esse modelo aparece como o desenho de um manequim.

Sobre ele aplicou então as imagens da Túnica de Argenteuil. Dessa maneira reproduziu as pregas, que naturalmente se formam pelo ajuste ao corpo, e a difusão das manchas de sangue provocada pelos movimentos dolorosíssimos sob a Cruz.


Manchas de sangue nas costas, Santo Sudario de Turim. Manchas de sangue nas costas, tunica de Argenteuil da mesma maneira, aplicou a imagem da Santa Túnica a um segundo modelo virtual feito com base no Santo Sudário de Turim.

E eis a admirável surpresa!
Na primeira experiência, a distribuição das manchas sanguíneas na Túnica correspondeu perfeitamente aos ferimentos e às posturas próprias ao carregamento da Cruz.
Na segunda, as manchas ficaram posicionadas de modo a se superporem exatamente com as chagas do Santo Sudário.

Em ambas as experiências, na tela do computador aparecem as feridas – as mais sangrentas de todas – provocadas pelo madeiro, bem diferenciadas das horríveis dilacerações dos açoites da flagelação, indicando com precisão a posição da Cruz.

Até pormenores históricos que intrigavam os cientistas ficaram esclarecidos. Um deles é que os romanos – executores materiais da Crucifixão, sob a pressão do ódio judeu – não costumavam obrigar o condenado a carregar a Cruz inteira. Eles já deixavam o tronco principal encravado no local do suplício – no caso, o Calvário –, mas forçavam o sentenciado a levar a trave da Cruz, chamada patibulum.

Manchas de sangue, posição do cingulo e cruz em sentido contrário, os quatro Evangelhos não falam do patibulum, mas só da Cruz: “Et baiulans sibi crucem exivit in eum” (Jo 19, 17).

São Mateus, São Marcos e São Lucas mencionam o cruzeiro no episódio em que o Cireneu foi obrigado a ajudar Nosso Senhor Jesus Cristo a carregá-lo.

Ora, na análise computadorizada das fotografias da Túnica aparecem com toda clareza possível as chagas e tumefações provocadas por uma cruz, e não por um mero patibulum.

As manchas de sangue indicam que na Via Sacra os dois madeiros cruzaram-se na altura da omoplata esquerdo de Nosso Senhor.
Na iconografia tradicional, na Via Sacra Nosso Senhor aparece habitualmente com um cíngulo, ou cordão cingindo os rins.

Tal cordão não deixara nenhum vestígio conhecido. Mas, no ensaio digital, a presença do cordão, de que nos fala a tradição aparece perfeitamente identificada!


A conclusão do Prof. Marion é a seguinte:
Ostensao 1984

“O procedimento praticado foi, de longe, muito mais preciso que os que tiveram lugar no passado. Segundo nossos antepassados, era necessário acreditar que um só e mesmo supliciado tinha manchado com seu sangue a túnica [de Argenteuil] e o Sudário [de Turim].

“Estas repetidas afirmações requeriam um estudo aprofundado: desejamos então verificar, por nós mesmos, se tal comparação pode se justificar. Os resultados aparecem entretanto perfeitamente conclusivos.

“A correspondência das feridas é um argumento a favor da autenticidade das duas relíquias, que devem se referir bem ao mesmo supliciado.
“É muito difícil imaginar que falsários tenham tentado correlacionar de modo tão perfeito os dois objetos…”

Ou seja, pelos estudos, podemos afirmar que o Sudário de Oviedo, o Sudário de Turim e a Santa túnica são mesmos peças autênticas e foram usadas por Jesus. Também podemos afirmar com clareza que excepcionalmente conforme atestado pelos evangelistas que Jesus carregou mesmo as duas partes da cruz, isto é, não só o patíbulo, mas, também  a haste e não se tratam de falsificações como queriam acusar alguns.  

Diz Bossuet:

"Como descrever os padecimentos morais que Nosso Senhor Jesus Cristo suportou durante sua honrosa agonia, quando uma multidão saciava seus olhos com o espetáculo daquela agonia, acompanhando-o com todo tipo de ultrajes que lhes encheram até o último momento? Além disso, sofria ao ver o olhar abnegado de sua mãe e de seus amigos, a quem sua dores tinham prostrado  em profunda tristeza. Todo Ele era, digamos assim, um tormento em seus membros, em espírito, em seu coração e sua alma".
"De todas as mortes de cruz era a mais desumana, suplício infame, que o império romano reservava aos escravos (servile suplicium)".

"Depois das palavras no Getsêmani vêm as pronunciadas no Gólghota, que testemunham esta profundidade, única na história da humanidade: "Eloi, Eloi, lama sabactani?"  que quer dizer: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?"

"Suas palavras não são só expressão de abandono, são palavras que se repetia no Salmo 22".

O Homem do Sudário é Jesus?
O que diz a Igreja e a ciência?

Essa pergunta foi feita a D. Jeovanne Saldarini - cardeal arcebispo de Turim, Itália, em uma entrevista assim respondeu:

"Ninguém jamais tentou servir-se do Sudário de Turim para provar a fé cristã. A fé não se funda sobre imagens ou relíquias, nem sobre as descobertas científicas. De outro lado, se pode demonstrar que o Sudário reproduz a imagem de Jesus Cristo. Os não crentes terão dificuldade para sustentar a incredulidade"

"A imagem nos apresenta o seguinte problema: Estamos nós contemplando mera criação artística, ou, ao contrário, contemplando a figura de Jesus como era antes de sua paixão e morte? Esta não é uma questão de fé. Os fiéis gozam de absoluta liberdade para crer ou não nos dados fornecidos."    

Se for Jesus ou não cabe à ciência responder, isso não é questão de fé. Somos livres para aceitar ou não.

O Cardeal Anastácio Balestero, ex-arcebispo de Turim também disse:

"A Igreja nunca julgou a questão da autenticidade do Sudário. Embora saiba que se encontra diante da imagem significativa e expressiva, que recorda a paixão e morte de Nosso Senhor. E por essa razão, permite e favorece seu culto, sem contudo pronunciar-se sobre sua autenticidade histórica. Tanto é verdade que os últimos documentos pontifícios relacionados à Síndone de Turim ressalta que não se trata de questão de fé. A fé cristã está sedimentada em pela atividade, em todos os corações que colocam em prática a palavra de Deus. O Sudário é uma relíquia, e como tal, deve ser submetida a uma intensa pesquisa científica com a finalidade de ser definida sua autenticidade, seja através de fatos históricos, seja pela tecnologia moderna".

O pesquisador científico, Luigi Gonella também afirmou sobre o Sudário:

"A ciência jamais poderá comprovar que o homem do Sudário é Jesus Cristo, uma vez que não existe arquivo ou registro algum que possa comprovar sua identidade. A ciência diz apenas que é extremamente provável que se trate de Jesus, dado ao número impressionante de coincidências dos relatos de sua paixão no Novo Testamento".

Aliás, o Sudário trás até detalhes que eram desconhecidas, pois, os Evangelhos não as  mencionam, como por exemplo, as feridas dos joelhos causadas pelas quedas. Jesus caiu sobre as pedras à caminho do Calvário. Não contrariam o Sudário, mas, não está escrito nos Evangelhos. Embora a Tradição já mencionava essas quedas (descreve 03), como meditamos na Via Sacra. E o Sudário testemunha que essas quedas existiram. O Sudário trás marcas nos pés e nos joelhos resultantes destas quedas.

Don Lyn - Cientista disse:

"O Sudário é anatomicamente exato; está de acordo, historicamente, com os Evangelhos; tudo está de acordo com o que sabemos. É um retrato da paixão e morte de Cristo. Torna-se real que este homem foi espancado, açoitado,  e crucificado. Assim a história está toda ali. Se o Sudário autêntico ou não, não tem importância. O que você vê é o Evangelho, a história de Cristo crucificado, posta diante de você, em detalhes, para ver, apreciar e refletir. Quem o fez é irrelevante. Portanto, a resposta final não é crucial é desfiador".

O mais interessante são os depoimentos dos cientistas do projeto STURP-1983, Kenneth Stenvenson e Gary Habermas (cientistas da NASA) que afirmam o seguinte:

"Não temos dúvidas que se trata da mortalha de Jesus. Achamos apenas que aquela impressão foi feita por um fenômeno fora do alcance da Ciência".

"Se ele não for o lençol fúnebre de Jesus, os cristãos terão que admitir a possibilidade de outra pessoa ter ressuscitado dos mortos".

Essas palavras tem um peso muito grande provando que a imagem reproduzida no Sudário não foi feita por mãos humanas. E se alguém não crer que esse pano é a autêntica mortalha de Jesus, então, deve também admitir que outra pessoa ressuscitou além dele. É muito sério as colocações pois, a Ciência não pode comprovar como foi que surgiu aquela imagem no pano.

O Papa João Paulo II em visita ao Sudário disse: 

"Uma relíquia extraordinária e misteriosa e, se aceitarmos os argumentos de muitos cientistas, uma testemunha singularíssima da Páscoa, a paixão, morte e ressurreição. Testemunha muda e ao mesmo tempo eloquente" .

O Papa Bento XVI também disse:

"Como fala o Sudário?” “Fala com sangue, sangue que é vida!” “O Sudário é um ícone escrito com sangue de um homem açoitado, coroado de espinhos, crucificado e ferido do lado direito. cada traço de sangue fala de amor e de vida. Especialmente aquela mancha abundante próximo às costelas, feitas de sangue e água copiosamente de uma profunda ferida feita por uma lança romana. Aquele sangue e aquela água plenos de vida. É como uma fonte que murmura em meio ao silêncio, e nós podemos senti-la e ouví-la”.

Ou seja, o sofrimento de Jesus foi tão real e maior que aquele retratado pelo filme "A paixão de Cristo" do cineasta Mel Gbson.

O Papa Francisco também disse:

"Este rosto que tem os olhos fechados é um rosto de um defunto, mas que, misteriosamente olha por nós, fala em silêncio. Como é possível? Esta cruz imagem fala ao nosso coração, nos leva a escalar o Monte Calvário, a olhar a madeira da cruz e imergir no silêncio eloquente do amor".
"Escutemos o que este rosto tem a dizer a nós, no silêncio, ultrapassando a própria morte. Através do Santo Sudário recebemos a palavra única de Deus que pegou para si todo mal do mundo".

A Igreja não se pronuncia, mas, ao mesmo tempo também não nega a veracidade e a autenticidade do Santo Sudário.

O que é o Sudário? Uma relíquia ou um artefato histórico?
Ícone ou falsificação?


Cientistas desmontam artifício para “provar” que o Santo Sudário não é autêntico

Luigi Garlaschelli numa burlesca apresentação; membros de um inidôneo Comitê Italiano para Verificação de Alegações Paranormaisgarantiram ter provado que o Santo Sudário de Turim é um falso medieval.

Eles foram financiados pela União de Ateus Agnósticos Racionalistas, da Itália.

Luigi Garlaschelli, professor de Química da Universidade de Pavia, descreveu ao jornal “La Repubblica” como conseguiu fazer um sudário “idêntico” ao de Turim com materiais baratos e métodos disponíveis no século XIV.

David Rolfe, produtor de longos documentários sobre a relíquia, apontou que a simples descrição do método usado depõe contra Garlaschelli e mostra que ele nem conhece o Sudário.

Diversos cientistas altamente qualificados desmontaram com um peteleco a burlesca obra.

Por exemplo, o presidente do Centro Mexicano de Sindonologia, Adolfo Orozco, especializado no Santo Sudário, qualificou a ação de “truque para atacar o Sudário” e mostrou furos técnicos que desqualificam o experimento, informou a Agencia Católica Internacional.

O Dr. Orozco explicou que no Sudário “o sangue ficou impresso no pano em primeiro lugar, e só depois ficou gravada a imagem e não o contrario como fez o suposto ‘reprodutor’”.

Para muitos cientistas especialistas em Sindonologia, o Santo Sudário não é falso, não é pintura. Também não pode ser tratado como um ícone. A imagem do Sudário é um mistério que não se pode explicar, mas, o fato é que não é obra humana.

Outra demonstração de Garlaschelli

Além do mais, acrescentou o Dr. Orozco, como foi largamente comprovado pela comunidade científica, “a imagem do Sudário não se formou por contacto. Há partes do tecido que tem imagem e nunca estiveram em contato com o corpo”. Entretanto, a primitiva tentativa trabalhou esfregando um pano sobre um corpo.

Acresce que as análises médicas, segundo o Dr. Orozco, “demonstraram que os coágulos não foram semeados, mas são clinica e patologicamente corretos com detalhes desconhecidos no século XIII”.

O especialista sublinhou o lado ridículo dos imitadores pretendendo reproduzir as queimaduras do incêndio de 1532 e as marcas deixadas pela água que nada têm a ver com a imagem original.

Ainda constata-se que as “imagens” agora fabricadas “não têm as propriedades tridimensionais” típicas do Sudário”. Esta ausência desqualifica a tentativa de reprodução.


Por sua vez, o especialista peruano Rafael de la Piedra, sublinhou que as manobras frustradas dos italianos reforçam ainda mais a idéia de que a relíquia “continua sendo um objeto único, irreproduzível e inimitável”, noticiou ACIPrensa.

Para o Dr. de la Piedra, a recente imitação “visualmente é muito parecida com o original. Digamos que é melhor que a cópia que fez McCrone ou que a horrorosa tentativa de Joe Nickell; ou a de Picknett-Prince e sua suposta fotografia medieval de Leonardo Da Vinci; ou que a fantasiosa foto-experimental do sul-africano Nicholas Allen”.

Para o especialista, “uma amostra parecida com a de Garlaschelli não resiste às conclusões multidisciplinares tiradas ao longo de mais de 100 anos por cientistas de todos os credos e especialidades”.


À luz desta tentativa falha, de la Piedra conclui que “podemos afirmar com alto grau de certeza, que o Santo Sudário de Turim continua sendo um objeto único, irreproduzível e inimitável. Esta é a verdade interna do Santo Sudário”.

Se for Jesus o corpo envolvido pelo Sudário é questão, que, por enquanto só poderá ser respondida individualmente à luz do que diz a história, a Ciência, os Evangelhos, a nossa fé e a revelação divina.

Embora esses três Papas que lemos acima em seus dizeres, afirmam que o Sudário tem algo de revelação divina. Para eles o Sudário é uma mensagem de Jesus para todos os tempos. Por isso, ele é chamado de "o quinto evangelho" da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Como podemos afirmar que o Santo Sudário é mesmo a mortalha de Jesus? 
Como podemos crer que a imagem do Sudário é mesmo a de Jesus?

Depois dos estudos realizados, pelas imagens encontradas no Sudário.
As imagens provam que o homem do Sudário sofreu morte de cruz, como era costume daquela época, mas, a diferença está no tipo de castigo que Jesus sofreu. Puseram-lhe uma coroa de espinhos e abrira-lhe o lado com uma lança. Esses são os sinais que diferem a morte de Jesus das outras mortes e o Lençol ou Sudário mostra que o homem que nele  foi perfurando com uma lança e lhe puseram uma coroa de espinhos sobre a cabeça.

Segundo é: a imagem do pano não foi feita por nenhum artista, não é pintura, não é fruto das marcas de sangue mas, de uma luz  que dele saiu. A imagem vista pelo negativo é perfeita e mostra embora alguém morto, um homem de semblante humilde e sereno. E sabemos que Jesus tudo suportou por amor a nós pecadores. Tudo que está descrito no sudário em imagem está em palavras nos evangelhos. 
Mediante a tudo isso podemos sim, crer que a imagem do Sudário é de Jesus e que o Santo Sudário é autêntico.     
 


NOVOS ESTUDOS NO SUDÁRIO PROVAM SUA AUTENTICIDADE

 "O Santo Sudário de Turim (Itália) mostra sinais de segunda de uma vítima de tortura e desmente os argumentos de que o manto que envolveu o corpo de Jesus Cristo foi pintado."

    Um estudo publicado por uma equipe liderada por Elvio Carlino, do Instituto de Cristalografia, em Bari, Itália, revelou ter encontrado vestígios de sangue no Santo Sudário venerado em Turim.

Os dados divulgados na revista científica PlosOne sublinham que o sangue presente no tecido comporta indícios de creatinina e ferritina.

“A presença destes dois elementos ocorre em casos de poli-traumatismo grave”, refere o estudo.

A análise aponta para uma “morte violenta”, indo ao encontro de investigações anteriores.

O estudo foi publicado com o nome ‘Estudos de resolução atômica detecta novas evidências biológicas no Sudário de Turim’.

“As partículas muito pequenas aderidas às fibras do linho do sudário registaram um cenário de grande sofrimento da vítima que estava envolvida no pano funerário”, observa Elvio Carlino, líder da pesquisa e especialista do Instituto de Cristalografia.

As “nanopartículas” tinham uma “estrutura, tamanho e distribuição peculiares”, segundo Giuliu Fanti, professor da Universidade de Pádua, apontando para “uma morte violenta do homem envolvido no Sudário”.

A agência católica de notícias ACI, que dá conta desta investigação, sublinha que se tratou do primeiro estudo das “propriedades em nanoescala de uma fibra não poluída extraída do Santo Sudário de Turim”.

“Estas descobertas só poderiam ser reveladas pelos métodos recentemente desenvolvidos no campo da microscopia eletrônica”, sustenta Elvio Carlino.

O estudo foi feito na nanoescala, que vai de 1 a 100 nanômetros. Um nanômetro é a bilionésima parte de um metro. 

“Essas descobertas só poderiam ser reveladas pelos métodos recentemente desenvolvidos no campo da microscopia eletrônica”, disse Carlino e acrescentou que a pesquisa marcou o primeiro estudo das “propriedades a nanoescala de uma fibra não poluída extraída do Santo Sudário de Turim”.

O pano de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do Carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390.

Em 2011, no entanto, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) anunciou as conclusões de um trabalho de cinco anos sobre a formação da imagem que se vê no Sudário, tentando a sua reprodução.

“A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no pano de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas (…) é impossível de obter em laboratório “, afirmaram os especialistas da ENEA.



A HISTÓRIA
A caminhada do Santo Sudário de Turim



(representação  do Mandyllion)

O lençol mortuário de Jesus que está na Catedral de Turim desde 1353 tem uma história documentada. A questão é outra documentação anterior a esta data, de 525, que é relacionado a um outro ícone cristão chamado Mandyllion (mortalha) que representa apenas o rosto de Jesus que alguns conhecem como Sagrada Face e esse pano passou por várias peripécies. Por causa das várias perseguições aos cristãos, diversas relíquias foram espalhadas por diversos lugares, o Mandyllion foi uma delas que saiu de Jerusalém,  ficando escondido muito tempo até chegar em Constantinopla, (cidade de Constantino). O Imperador Constantino anistiou os cristãos, e tiveram um período de paz, até que em 1214, Constantinopla foi invadida e saqueada pelos Cavaleiros Templários e esse pano que estava lá desapareceu. Tudo leva a crer que se trata da mesma peça que hoje está em Turim.
Então... se conseguirmos provar que o Mandyllion e o Sudário de Turim tem histórias próximas, ou seja, que são a mesma peça, nós estamos retroagindo esta história do Sudário do ano 1353 ao ano 525, e, depois, comprovando que estes dois panos era um só estamos retroagindo ao ano 30-33, data em que Jesus Cristo morreu.
No ano de 525, havia um pano que era venerado várias vezes pela Igreja Católica e que foi representado em várias pinturas ao longo dos anos.

Possui citações sobre esse pano em vários livros e os cientistas tem fortes argumentos para afirmar que esse pano é o mesmo Sudário de Turim.
Como naquela época era muito venerado, e por ser uma peça muito grande, ele foi dobrado em quatro partes deixando-se ver apenas a face do rosto.
Provando mais uma vez que os testes de datação do C-14 contém erros e não foi eficaz para determinar a idade do pano.
A primeira vez que Síndone ou Sudário de Turim apareceu foi no ano de 1353, pelas mãos de Geoffrey de Charny, descendente do conde Godofredo de Charney  numa igreja em Lirey, na França, que foi construída especialmente para fazer essa exposição. E se juntarmos a história do Geoffrey de Charny com o do pano do Sudário de Godofredo de Charney que estava no saque à Constantinopla em 1214. Criamos uma ligação entre os dois panos.

Até aí são 139 anos da viagem do Mandyllion para Lirey.
As primeiras polêmicas sobre a autenticidade da mortalha começaram em 1389, quando um bispo Pierre  d'Arcis enciumado porque estava perdendo muitos fiéis que, atraídos pela história do Sudário migravam para Lirey, escreveu um texto dizendo que o Sudário era falso e que conhecia o pintor. Pediu a intervenção do Papa Clemente II pediu as provas que comprovasse as acusações, mas, estas não foram apresentadas. O Papa Clemente II então, se pronunciou dizendo que a peça podia ser exibida, mas, que se frisasse ser ela uma representação.

A Igreja Católica desde o início não tinha interesse de enganar os fiéis. Verdadeiro ou falso, era difícil chegar a uma conclusão pois, naquela época não dava para saber pois, não provinham de instrumentos de pesquisa modernos como temos hoje. O Papa Clemente II só fez bem em tomar uma decisão sensata para aquele tempo.
Parece que Nosso Senhor quis se revelar séculos mais tarde aos que precisariam de uma prova que Ele veio ao mundo e se encarnou. O Sudário é um artefato mais estudado pelos cientistas ao longo dos anos e a cada dia surge mais novidades, o que continua desafiando os estudiosos. Criaram a Sindologia ou Sudariologia.

Como podemos ver, prova de que as acusações de certas pessoas e até de historiadores de que a Igreja produzia relíquias falsas. Nunca foi e nem é de interesse da Igreja falsificar relíquias pois, se assim fosse a Papa Clemente mandaria venerar o Sudário como relíquia autêntica, pois, bastava uma palavra dele como autoridade da Igreja para que o povo seguisse. No entanto, não foi assim que aconteceu. Acontece que sem o uso da ciência e de aparelhos que permitem datar, e autenticar as relíquias como temos hoje com técnicas avançadas, a Igreja em alguns casos também foi vítima de fraudadores. Mas, como as relíquias não servem de base para a fé e sim, o cumprimento da palavra de Deus,  cada um é livre para crer ou não nelas.
Pois bem... pulando um pouco para o ano de 1516 - o pintor Albrecht Durer (1471-1528) - um dos maiores pintores do Século XV - tentou reproduzir o Sudário mas, a pintura é muito mais grotesca e pobre de detalhes que o Sudário, devido que muitos  desses detalhes só vieram a ser descobertos com as pesquisas científicas no Séc. XX. Tais detalhes não são vistos a olho nu.
Existem várias outras representações do Sudário, mas nenhuma é idêntica ao Sudário de Turim.


Era comum naquele tempo encostar réplicas das relíquias nas originais, pois, com isso acreditavam que elas obtinham o mesmo poder das originais. O Sudário de Turim em si não apresenta nenhuma tinta, mas, contém alguns resquícios de tinta devido a essa tática dos artistas. Mas, isso não interfere na autenticidade do pano.
Em 13 de dezembro de 1532 houve um incêndio na igreja de Lirey e o pano que estava dobrado dentro de uma caixa de prata sofreu queimaduras por causa dos respingos de prata derretida que caiu nele, fazendo aqueles buracos que dois anos depois em 1534 foram remendados pelas Irmãs Clarissas.

Como o Sudário foi parar em Turim?

Em 14 de setembro de 1578, São Carlos Borromeu que era bispo de Milão, fez uma oração para que a praga que assolava Milão acabasse e ele fez a promessa de ir até Chambèry. Ele começou a caminhada mas, para poupá-lo chegar até Chambèry que era muito longe, trouxeram o Sudário até Turim e lá ele permaneceu até os nossos dias. Ele era propriedade dos Charny e foi doado para a Igreja Católica. Então ficou conhecido como Santo Sudário de Turim.
Em 1898, foi feita uma exposição do Sudário, (entre 25 de março e 2 de junho). Era o auge da invenção da fotografia. O Sudário foi fotografado pelo advogado e fotógrafo Segundo Pia no dia  28/05/1898. E a fotografia revelou outro mistério do Sudário. Quando foi revelar a foto, a figura do Sudário apareceu muito mais nítida. O Sudário é um negativo revelado.

(foto de Segundo Pia e sua câmera)



Em 1931 - houve uma nova exposição e novas fotos foram tiradas, desta vez por Gioseppe Enrie; novamente os resultados confirmaram a validade do trabalho de Segundo Pia.
Em 1933 a pedido do Papa Pio XI, foi feita uma nova exposição por ocasião do XIX centenário da Redenção.
Durante a 2ª guerra mundial, o Sudário foi levado para Monte Vergine, em Avelino, na Itália. E permaneceu lá entre os anos de 1939-1946.
Após 36 anos fechado em uma urna, em 1969 foi feita outra exposição, dessa vez secreta para fins científicos mas, que não obteve bons resultados.

Em 1973, foi feita a primeira transmissão do Sudário pela TV. E neste mesmo ano o cientista Ian Wilson descobre que o homem do sudário tinha nos cabelos um rabicho (espécie de rabo-de-cavalo), costume dos homens judeus do Século I. Mostrando que o Sudário não é uma falsificação, pois, um falsificador não teria como ater a esse detalhe.
Também nesta mesma época foram retirados fios do tecido com fita durex. Descobre-se a natureza superficial do tecido. A datação do tecido por meio da tecnologia têxtil e a análise do percurso pelo estudo dos pólens encontrados no tecido, vestígios de terra e outros materiais.

Em 28 de agosto de 1978 houve a exposição do Sudário sendo visitado por mais de 3.000.000 de pessoas.


Santo Sudário, imagens tridimensionais (3D)

Rerpodução do STURP


Em 1977 foi descoberta a tridimensionalidade do Santo Sudário pelo grupo de cientistas do Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim (STURP).

Os cientistas da STURP - realizaram 120 horas de estudo do Sudário e gastaram mais de 2,5 milhões em equipamentos modernos. Realizaram testes de Raios-X, análises químicas, microscopia eletrônica, espectroscopia, fluorescência ultravioleta, termografia... tudo isso para descobrir como foi que a imagem se formou. Dentre os cientistas que lá estiveram, em grande maioria, eram ateus. Poucos eram os católicos e, no final, muitos se converteram ao catolicismo em função do que eles descobriram. Os resultados nós lemos acima: "se não é o Cristo que está ali, então os cristãos tem que admitir que outro homem ressuscitou".




Em 1983 - o ex-Rei da Itália, Humberto doou de forma oficial o Sudário para a Igreja Católica.

Em 07 de setembro de 1992 - foi feita nova exposição para discutir a melhor forma de conservação do Sudário. Foi feita uma limpeza e ele foi colocado em uma câmara hiperbárica que não tem ar nem pressão.
Em 12 de abril de 1997, um incêndio criminoso atingiu a Capela do Sudário e o coro da Catedral de Turim, e o sudário foi salvo graças a um bombeiro corajoso que por um milagre conseguiu quebrar o vidro blindado e o Sudário nada sofreu.
Esse bombeiro que não soube explicar o motivo de tamanha força para quebrar o vidro, atribuiu sua força ao poder de Deus, ele que era ateu se converteu e se tornou católico.
Em 1998 - mais uma exposição foi feita pelos 500 anos da consagração da Catedral de Turim e o centenário da primeira fotografia do Sudário.
Em 2000 - outra exposição pelos 2000 anos de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 2002 - feita uma nova restauração que substitui aquela feita em 1534 pelas Irmãs Clarissas. Efetuou-se uma nova e criticada limpeza do pano. Sendo a última exposição em 2010.

Em 30 de março de 2013, antes da renúncia do Papa Bento XVI, autorizou a exposição do Santo Sudário oficialmente pela Televisão.
Também em março de 2013, novos estudos descartaram a possibilidade de fraude e falsificação da relíquia, o Sudário é autêntico pano do Século I. E qualquer que se diga o contrário é mera especulação.

O Sudário antes de 1353.
A primeira coisa que precisamos entender é os seguinte:
Após Pentecostes os judeus moveram uma impiedosa perseguição contra os cristãos. Maria, mãe de Jesus foi morar na em Éfeso, na Turquia, em companhia do Apóstolo João, cujo, Jesus pediu que ele cuidasse dela.
Os panos da mortalha de Jesus ficaram aos cuidados dela e depois dos Apóstolos e dos discípulos fiéis que fizeram de tudo para não deixá-lo cair nas mãos de saqueadores.

Porque o Sudário ficou desaparecido?

a) Não havia interesse em mostrá-lo,(o sudário não era considerado uma obra de arte) ele foi guardado como uma lembrança. Não tinham interesse de mostrar. Guardar a mortalha de um defunto era proibido pela Lei de Moisés, ainda mais de uma pessoa condenada e que sofreu morte violenta.
b) O pano revelava castigo sofrido por um criminoso. Por isso, o desinteresse dos primeiros cristãos em mostrá-lo.
Depois da "morte" de Maria e João, os Apóstolos e os discípulos o guardaram em segredo.

A perseguição aos cristãos diminui com o Cerco de Jerusalém, mas intensifica com a perseguição de Nero (64-68 d.C).
Em 312 - o Imperador Constantino decretou o fim das perseguições aos cristãos, passando a favorecê-los. Os cristãos então, puderam professar sua fé, sem o risco de serem mortos.


Entre 33-525 - Onde estava a mortalha durante esse tempo?

Abgar V, ou Abgaro V, rei de Edessa converteu ao cristianismo após receber uma visita de Tadeu, que levou consigo o Mandyllion, com o rosto de Cristo. Um escrito dos primeiros séculos Abgar estava muito enfermo e então escreveu uma  carta a Jesus reconhecendo sua divindade e pedindo que ele fosse à Edessa curá-lo. Jesus então responde por escrito a Abgar e diz que não posia ir até Edessa, mas que após sua ascensão mandaria um de seus Apóstolos para o curar.
Essa história é verdadeira? Ao que parece sim. Pois, Edessa foi uma das primeiras regiões a ser evangelizada logo depois da partida de Jesus.
Abgar V  Reinou  Osroena, situando a capital Edessa, na Mesopotâmia, atual Síria.
O Historiador Eclesiástico Eusébio de Cesareia, registrou esta história, (325 d.C).
Eusébio afirma que no momento devido, Addai, conhecido como Tadeu de Edessa, que era um dos 72 discípulos que Jesus outrora tinha enviado para pregar o Evangelho, foi enviado pelo Apóstolo Tomé.
Havia uma tradição onde a figura da Sagrada Face de Cristo estaria ligada à evangelização de Edessa.

A história de Abgar V é anterior ao achado do Mandyllion.

No ano de 544, Edessa foi invadida pelos persas, o rei da Pérsia era Chosroes Nirhivan. Durante o cerco foi feita uma procissão com a imagem pelas amuradas e os atacantes se retiraram.
Um texto do Século VI, chamado Atos de Tadeu, refere-se à imagem como Tetradiplon, que em grego significa dobrado quatro vezes. Logo, esse texto faz referência ao lençol mortuário de Jesus, o Mandyllion, pois, só ele seria grande o suficiente para dar tamanhas dobras.
O último discípulo que foi fiel depositário da mortalha foi Tadeu de Edessa, que a protegeu inclusive das muitas ameaças que os cristãos sofriam. Também sobreviveu ao ataque dos *iconoclastas.
Os cristãos de maneira inteligente conseguiram ao longo dos séculos esconder a mortalha para que não fosse destruída.
A relíquia conseguiu sobreviver durante o período da controvérsia iconoclasta dos Séculos VIII e IX. Quando o imperador Leo III (714-741), decretou a destruição das imagens religiosas considerando-as idolatria e heresia.
(*Os iconoclastas eram um grupo de cristãos que eram contrários ao uso das imagens e com isso destruíram muitas delas, como fazem os protestantes e evangélicos nos dias de hoje.)

O Papa Estêvão III, falou do uso das imagens sacras no Sínodo Laterano, em 769 d.C e assim, disse em seu pronunciamento:

"Pois, o Mediador entre Deus e o homem... estendeu seu corpo inteiro num pano branco como a neve, no qual a gloriosa face do Senhor e do corpo inteiro dele forma divinamente impressas que era suficiente, para os que não puderam conhecer o Senhor na carne, conhecer a impressão no pano".

Ora, é certo que o Papa Estêvão III, já no Século VIII, tinha plena certeza que aquela imagem que vemos hoje no Sudário (de Turim) é a imagem de Jesus Cristo. Isso só vem confirmar que tanto o Mandyllion quanto a Síndone de Turim é a mesma coisa. Quando ele se refere ao "pano branco", está se referindo ao Lençol mortuário de Jesus, que era branco mas, com o passar do tempo ficou amarelado como acontece com qualquer tecido branco que não é lavado.
No ano de 787, o Concílio de Nicéia aprovou a veneração às imagens sacras (não a adoração); e uma menção particular foi feita à imagem de Edessa, o Mandyllion: "...não  feita por mãos humanas" - já, muito antes os bispos atestaram que a imagem do Mandyllion não foi pintada, assim como os cientistas atestaram a mesma coisa com a imagem do Sudário de Turim.

Essa referência atesta que o Sudário de Turim e o Mandyllion de Edessa são a mesma coisa. Apenas receberam nomes diferentes para épocas e lugares diferentes.
A imagem do Santo Sudário é referida pelos santos Padres da Igreja ao longo dos anos para defender a legitimidade do uso das imagens sacras.

No ano de 943, o Imperador bizantino Romanus Lecapenus, mandou trazer o pano para que protegesse Constantinopla dos ataques inimigos.
Por 12.000 moedas de prata a liberdade de 20 prisioneiros e a promessa de que Edessa não fosse atingida, Lecapenus comprou o Mandyllion do Emir que governava Edessa.
Fica a pergunta para aqueles que acham que o Sudário é uma falsificação:
Que importância teria essa mortalha para custar um valor tão alto, se Lecapenus  não tivesse a certeza de que se tratava da verdadeira mortalha de Jesus?
No ano de 944 - a imagem chegou à Constantinopla onde o pano foi desdobrado e se deixa ver por inteiro a figura de um corpo humano.
(Lembrando no início deste, quando os cientistas já no século XX descobriram que ele foi exposto ao ar livre pelo menos uma vez.)
Em 1214 - Constantinopla é invadida e saqueada pelos cruzados. Para protegê-las muitas relíquias foram dispersas.
Existem testemunhos a respeito da mortalha de Jesus e foi nessa época que ele desapareceu.

Entre as acusações dos Templários, cujo poder econômico e as riquezas desagradavam o Rei Filipe I, da França. Existem testemunhos de que os cruzados adoravam uma cabeça pálida e desbotada de um homem com barba. Outra acusação é que eles adoravam Baphomet ou demônio e falsos ícones no lugar de Cristo.
Na primeira hipótese é provável que esses testemunhos se referiam ao Mandyllion ou Sudário de Turim que devia já estar no poder da Ordem Francesa, ainda dobrado em sua moldura bizantina, matriz da qual  cada uma das casas templárias fez sua cópia para terem peça semelhante para serem usadas nos rituais de iniciação na Ordem.
Em 1207 há crônicas de que o Sudário teria sido visto em Atenas.
Um achado arqueológico interessante dos templários, é uma representação do Mandyllion numa edificação templária em Red Closs, Bretanha, França, que mostra um anjo segurando um pano com uma face de um homem com uma espécie 3 invertido na testa, o mesmo que aparece na Síndone de Turim e que os cientistas atestam ser de sangue consequente da ferida causada por um dos espinhos da coroa, certificando mais uma vez que o Mandyllion de Edessa e o Sudário são a mesma coisa.

Em 1314, o líder dos Templários Jacques de Molay junto com o conde Codofredo de Charney foram executados na fogueira. A relíquia ficou aos cuidados da família Charny, descendentes do templário Godofredo de Charney. Também ficou aos cuidados do Duque de Savoia ou Saboia antes de ser levado para Turim.  

O Codex Pray e o Codex Skylitès

No Século XI um historiador bizantino relatou a mudança do Mandyllion de Edessa para Constantinopla. Uma miniatura conservada na Biblioteca Nacional de Madri, explica, explicitadamente, à maneira do Códex Pray que o Mandyllion era a visão de Cristo sobre um grande lençol, do chamado Sudário de Turim.  



O Código de Pray ou Codex Pray é um livro de orações do ano 1182. Mostra o corpo de Jesus envolvido em um pano em posição idêntica ao Sudário de Turim, inclusive mostrando as mãos somente com os quatro dedos, cuja história, já aprendemos aqui porque isso ocorreu. Isso prova que muito antes do Sudário ir para Turim, ele esteve entre os cristãos já tinham conhecimento da sua existência inclusive da fisionomia representada no Sudário.





Cem anos antes do teste do Carbono-14 aparece esta referência ao Santo Sudário. Comparando principalmente a posição das mãos sobrepostas tal como apresenta o Santo Sudário de Turim. E com um detalhe, as mãos sem os polegares tal qual está no Sudário.

Porque o artista que o desenhou não fez o Cristo com 5 dedos? Porque  certamente ele tinha conhecimento do Sudário, já o tinha visto antes. 
Na mesma representação mostra os furos idênticos ao do Santo Sudário de uma antiga queimadura anterior a 1532.
Os furos representados no Codex estão em zigue-zague que é a mesma do Santo Sudário. Deixando sem sombras de dúvidas de que o artista conhecia intimamente a relíquia já desde os primeiros séculos.

O que dizem a História da arte moderna a respeito do Santo Sudário?
Sabemos que existem vários retratos de Cristo, várias pinturas e imagens de Jesus. Com barba, sem barba, com cabelos curtos, com cabelos compridos, etc.
Mas, nem sempre foi assim. Os cristãos dos séculos I e II, pitavam e esculpiam as figuras de Jesus romano de cabelo curto e sem barba.
É o caso das imagens do Bom Pastor - que aparece nos ícones das catacumbas, sempre mostrando um Jesus jovem e sem barbas. Em outras aparece um Jesus romanizado. Veja as imagens abaixo:   



As imagens acima foram feitas pelos cristãos dos primeiros séculos e mostram-nas em  diferentes épocas e diferentes estilos. 


Depois de certo tempo vamos observar que as imagens representando Jesus mudam e os artistas começam a pintar Jesus com cabelos compridos e barba e quase sempre adotando um padrão para todas as pinturas. O que será que mudou? O que aconteceu para que mudou o jeito das pinturas e esculturas de Jesus Cristo?

Há uma pista e uma resposta:

Em Ravenna, na Itália, na Igreja de Sant'Apollinare - Santo Apolinário existe muitos mosaicos representando as passagens da Bíblia. Jesus aparecendo sempre sem barba. Demorou muitos anos para que os mosaicos ficassem prontos.


O interesse é que a partir do Século VI d.C começaram a aparecer figuras de Jesus com barba. A partir daí nos anos seguintes: 550, 850, 886, 912, etc... As imagens de Jesus Cristo já são feitas com barba e cabelos longos.

(Chirist the Pantocrator)



No Monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai, existe um ícone de Jesus do ano 550 que foi presenteado. É o Christ the Pantocrator. Segundo a tradição ele foi pintado em Edessa. O que essa pintura tem a dizer?

Bem, se olharmos os traços da imagem vamos perceber que o rosto de Cristo se identifica muito com o rosto do Sudário. O que será que provocou essa mudança?

A resposta não deixa dúvidas que é por causa do Mandyllion (mortalha) de Edessa que mostra Jesus com cabelos compridos e barba. E a partir daí os artistas religiosos adotaram o mesmo padrão para as demais. Veja na imagem abaixo a comparação; a imagem de Jesus à direita é bem próxima da imagem de Jesus da Síndone de Turim à  esquerda. Desde o rosto, ao formato dos cabelos e barba, boca, olhos e nariz. Também o acentuado na testa onde está a marca do 3 invertido, marca da ferida da coroa de espinhos.



Os estudiosos fizeram a seguinte pergunta:
No nosso tempo, as imagens seguem algum modelo?

Estudando esses traços das imagens detalhadamente foi possível através da computação gráfica determinar vários pontos de congruência entre as imagens ao longo dos tempos. Não que elas sejam idênticas entre uma e outra existem traços de definição padrão para todas as imagens. E com as técnicas de computação gráfica sobrepuseram-nas sobre a imagem do Mandyllion ou Sudário de Turim e descobriram que elas são muitos congruentes principalmente as imagem do Chirist the Pantocrator.


Os estudiosos selecionaram nelas uma série de características com o Sudário. Para avaliar se o Sudário era mesmo o modelo usado pelos artistas na maioria das pinturas representando Jesus. Veja no esboço abaixo:

OS DETALHES:





  1. Rusga transversal sobre a fronte.
  2. Quadrado delimitado por três lados.
  3. Um V sobre a base do nariz.
  4. Outro V, dentro do quadrado.
  5. Sobrancelha esquerda mais elevada que a direita.
  6. Pômulo direito acentuado
  7. Maçã do rosto esquerdo mais acentuado
  8. Glóbulo direito do nariz mais acentuado.
  9. Linha acentuada entre o nariz e os lábios.
  10. Linha horizontal acentuada sob o lábio.
  11. Espaço sem pelos entre os lábios e a barba.
  12. Barba bilobulada. (não termina numa ponta só mas, nas duas pontas)
  13. Rusga transversal sobre o pescoço.
  14. Olhos acentuados esbugalhados.
  15. Duas mechas de cabelo sobre a testa. (que é aquele 3 invertido que aprece na face de Jesus no Sudário)  
  16. E começaram a ver se as outras imagens também possuíam os mesmos traços e descobriram que sim, todas elas seguiam o mesmo padrão. 

Geralmente:

a) Rusga transversal sobre a fronte.
b) Duas mechas no cabelo como no Sudário.
c) V na base do nariz.
d) Triângulo no nariz.
e) Sobrancelha esquerda levantada.
f) Olhos "de coruja".
g) Barba bilobulada.
h) Lacuna na barba abaixo do lábio inferior.
Prova que o Santo Sudário, mesmo oculto, acompanhou a vida de muita gente. E foi ele o responsável pelas mudanças na arte das pinturas e esculturas de Jesus.







Jesus era manco?...

Outro fato interessante é que algumas imagens mostram Jesus de corpo inteiro com uma perna mais curta que a outra. Daí a pergunta: Jesus era manco?
Claro que não. Isso aconteceu porque os artistas observando o sudário viram que uma perna de Jesus era mais curta que a outra. Mas, isso não quer dizer que Jesus era manco, mas, por causa da crucificação, pela rigidez cadavérica uma perna ficou mais encolhida dando a impressão que Jesus tinha uma perna menor que a outra.
Bem... terminamos nosso estudo. Provando que o Santo Sudário não é falso, nem é fraude. Ele é autêntico. É a verdadeira mortalha que José de Arimatéia envolveu o corpo de Jesus.

O Santo Sudário de Turim, mortalha ou Mandyllion é uma relíquia preciosíssima, pois, é um Evangelho mudo, que nos fala no silêncio das últimas horas que o Jesus humano esteve entre nós e nos revela como uma "testemunha ocular" a Ressurreição de um modo muito particular.
A ciência faz a parte dela, continua a investigar e a querer explicar o inexplicável. Esse pano que sobreviveu a vários atentados e a vários incêndios também foi testemunha das perseguições e sofrimentos dos primeiros cristãos. E é também um testamento e uma prova que Jesus nos deixou de que Ele está vivo na sua Igreja.

O Santo Sudário não é base de nossa fé. Mas ele é a maior representação do amor de Deus por nós, amor esse que levou seu Filho Jesus a se entregar por nós e a sofrer tudo que sofreu por nossa Redenção.    
Um estudioso conseguiu criar uma imagem tridimensional de como seria o corpo de Jesus a partir do Santo Sudário. “Consideramos que finalmente estamos diante de uma imagem precisa de como era Jesus nesta terra. A partir de agora não será mais possível retratá-lo sem levar em conta este trabalho”, explica Giulio Fanti, professor de medições mecânicas e térmicas na Universidade de Pádua, na Itália.





A partir de técnicas avançadas, ele fez a reconstituição em 3D a partir das marcas na peça de pano que para os católicos seria a mortalha usada para envolver Jesus depois de sua morte na cruz. Fanti revelou à imprensa sua obra esta semana, dizendo que trata-se de uma imagem “em tamanho natural, feita com base em medidas milimétricas tomadas do pano em que o corpo de Cristo foi envolvido após a crucificação”.

O professor diz que “Segundo os nossos estudos, Jesus era um homem longilíneo, mas muito robusto, tinha 1m80 de altura, quando a altura média naquele tempo era de cerca de 1m65. E tinha uma expressão real e majestosa”.


A QUARTA-FEIRA DE CINZAS E A QUARESMA

  A  Cinza não apaga pecados. A cinza é um sacramental, um rito penitencial, é sinal de conversão; para nos lembrar que somos pó e ao pó v...