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quinta-feira, 22 de maio de 2025

A FÉ DO CRISTIANISMO DE ONTEM E A FÉ RELATIVISTA EVANGÉLICA DE HOJE

       


 

          É com estas palavras de Jesus que vamos iniciar nossa reflexão.

 

O MERCADO DA FÉ

 

Uma reportagem da Folha de São Paulo, edição de 29.11.2009, apenas com os registros da assembleia de fundação e de um estatuto maroto, comprovou-se que bastaram dois dias e R$ 218,42 para uma equipe do jornal fundar uma igreja. Com mais três dias e R$ 200,00, a fictícia “Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangelho” já tinha CNPJ, conta bancária aberta e toda imunidade fiscal. Seus ministros, uma vez escolhidos, também gozam de vários privilégios. Se a “Lei Geral das Religiões”, já aprovada na Câmara, se materializar, novas vantagens serão incorporadas. Com tantas facilidades e concessões, fundar uma igreja virou um bom negócio. Tanto assim, que hoje existe uma explosão de igrejas e de seitas religiosas, principalmente nos bairros periféricos. Como óbvio, mais pregadores impostores e bispos espertalhões no mercado.

 

O propósito básico da vida é a felicidade. Nesse sentido, como ponte de interação com a espiritualidade e o divino, através do evangelho, o cultivo de uma religião sadia e confiável é fundamental na vida do ser humano. Ela também é altamente benéfica como instrumento agregador da família e disseminador dos valores éticos e morais. Em difundir a verdade e a virtude. No estímulo da solidariedade, compaixão e amor. A própria ciência já admite o aspecto positivo da oração e da meditação, bem como da salutar prática da fé sem intolerância ou radicalismo.

 

Obviamente, que existem, tanto do lado católico, como do evangélico, eminentes pontífices religiosos, pastores sérios e de elevado grau espiritual, homens sábios e iluminados e legítimos representantes de Deus. Portanto, cuidado para não confundir uma verdadeira igreja com um templo suntuoso religioso, bonito de fachada, que abusa da credulidade dos fiéis para subtrair-lhes o suado dinheirinho e o sacrificado patrimônio. Ao invés do tão ansiado paraíso celestial, você corre o risco de embarcar num indesejável inferno.

 

          O Evangelho é uma proposta de amor e deve ser vivido de forma simples. Jesus ao visitar esta terra, ou seja, ao ter se encarnado e se tornado humano vem trazer um novo jeito e uma nova realidade de vida contrapondo até mesmo aqueles que julgavam melhor do que os outros para impor uma lei que oprimia os necessitados.

 

Jesus mostrou em suas ações que Javé não é um Deus que só juiz, mas, Ele é nosso Pai, ensinou-nos a chama-lo de Pai. Ele, como Pai quer nos abraçar como amor e perdão. Somos seus filhos pródigos. Para aqueles que o buscam de coração sincero Jesus insiste nos seus ensinamentos e mostra-nos nas suas atitudes que Deus ama cada um de nós não importa se é pobre ou rico, se é preto ou branco, se deste ou daquele partido.

 

Jesus sempre esteve do lado dos doentes, dos pobres pecadores, dos coxos, dos cegos, das prostitutas e dos publicanos. Ele esteve rodeado de gente simples que necessitavam de um conforto não só material, mas espiritual. Ele mesmo disse “não vim para os sãos, mas, para os doentes” – é o doente, ou seja, o pecador que precisa do remédio e esse remédio é a salvação. Se queremos prosperidade devemos busca-la na salvação.

Ele veio para dar vista aos cegos, curar os doentes, ressuscitar os mortos e anunciar o tempo da graça do Senhor. (Lucas4, 14-21)

Em toda sua vida Jesus insistia que é preciso amar sem querer algo em troca. Jesus não curava por dinheiro, mas ele o fazia de graça mediante a fé de cada um. Também não disse e nem prometeu à sua Igreja que aqueles que se tornassem seus discípulos iria ter prosperidade, como os falsos pastores prometem por aí: emprego, o carro do ano, a casa sonhada, etc. Tudo isso Deus dá segundo sua vontade, mas, pelo nosso esforço e nosso trabalho. Deus não é um comerciante. O que Deus nos exige? Apenas a Fé. E a fé não é para conseguir bens materiais. A Fé é a condição para quem deseja ser salvo. No dia do Juízo seremos jugados: a) Pela Fé que tivemos, b) Pelo bem que praticamos. Ou seja, pelas boas obras. Lembre-se: “Tive fome e me deste de comer, tive sede e me destes de beber; estava nu e me vestistes, na prisão e fostes me visitar”.    

Todas as vezes que os evangelistas narram Jesus fazendo um milagre, em muitos casos encontramos Jesus dizer: “Vai! seja feito conforme tua fé.”; “Vai! Tua fé te curou!”; “Credes no Filho do Homem para que ele possa te curar?”.

O Centurião Romano soube expressar muito bem sua fé diante de Jesus ao pedir pela cura de seu criado. Jesus elogiou a fé daquele homem, sua confiança no poder de Jesus era maior do que qualquer israelita. Ele sendo estrangeiro, um pagão tinha mais fé do que os judeus que viam os milagres, estavam com ele e o conheciam de perto, mas, não tinham fé. Jesus disse: "Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém em Israel". (Mateus8, 5-10)

 

   A humildade e a fé do centurião são destacadas nos relatos bíblicos. Ele reconheceu a autoridade de Jesus e acreditou que uma palavra seria suficiente para curar o servo, mesmo sem que Jesus entrasse na sua casa.

A lição da fé:

A história da cura do servo do centurião é um exemplo da fé que agrada a Deus e do poder que a fé pode trazer. A humildade, a reconhecimento da autoridade de Jesus e a fé inabalável do centurião são elementos que nos ensinam sobre a importância de crer em Jesus e confiar na Sua promessa. A fé parte da confiança.

Maria Madalena, após ser liberta de sete demônios abraçou sua fé e não mais se separou do Mestre tornou-se discípula. E ao longo dos séculos quantos santos quiseram e fizeram de tudo para jamais abandonar a sua Fé.

O milagre só acontece na vida de alguém se este lhe servir para aumentar a fé. A bênção, a cura, o perdão que Deus nos concede não é objeto de troca e nem é por nosso merecimento, mas, é por amor. É porque ele nos ama.

Ao mesmo tempo Jesus que liberta e cura, encontramos o Mestre exigir para que cumpramos os Mandamentos, mas, não de qualquer forma, mas, da forma como deve ser. Pelo amor de uns para com os outros.

Para isso Ele veio. Por isso que: “Ninguém poderá segui-lo se não renunciar e tomar a sua própria cruz”. Ou ainda: “Aquele põe a mão no arado e olha para trás, esse não é digno de mim!”

 

Ele amou-nos até o fim e se entregou no madeiro por nós.

E aqui nós temos que nos perguntar: O que significa ser salvo nos nossos tempos? Qual é a importância da salvação dada por Jesus para cada um de nós?

Não há outra lei a ser seguida senão a do amor. Esta é a chave para quem deseja ser salvo. Enganam aqueles que ficam presos em seus mundinhos, em suas confissões denominacionais achando que basta apenas crer e aceitar Jesus. Não! Esse é o pensamento mais egoísta que um crente pode ter diante da proposta do Evangelho. Porque Jesus só pode nos salvar se vivermos segundo o Evangelho. Encarnando tudo aquilo que ele viveu e deixou como meios para nossa salvação. É por isso que Jesus muitas vezes vai contradizer os fariseus quando esses por exemplo usavam da Lei para oprimir os mais pobres e não agiam como verdadeiros servos de Deus.

Pobres homens que influenciados pelo poder e pelo dinheiro deixavam se corromper naquilo que era de mais puro e sagrado. Estavam podres por dentro, “sepulcros caiados”.

Quantos ‘sepulcros’ caiados nós podemos encontrar hoje também se passando por servos de Deus insuspeitos, bem vestidos, mas cheios de carniça por dentro.

 

Jesus veio nos ensinar que se somos filhos da luz (de Deus) temos que agir como filhos de Deus temos que ser luz também. Nossa vida deve ser direcionada para Cristo. Andar na luz é seguir os passos do Mestre: “Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” – João 8, 12.

 

Nós vamos encontrar a ressonância deste amor de Cristo nos primeiros cristãos, na vida dos Apóstolos e dos santos. Eles negaram o mundo para ter em troca o Reino de Deus. Não exigiam nada em troca. Não cobravam altos dízimos. Não precisavam dar shows.

 

Não cobravam pelas curas e milagres porque sabiam que apenas eram instrumentos de Deus. Não adoravam falsos deuses, não se sujeitavam ao poder dos imperadores. Tinham tudo em comum e viviam felizes por serem perseguidos por cauda de Cristo. Basta ler o Livro dos Atos dos Apóstolos para entender que a Comunidade de Jesus é a “comunidade do amor”.

Os mais abastados vendiam o que tinham e repartiam com os necessitados. As ofertas não eram para enriquecer as igrejas, (até porque não havia templos ainda), mas, as ofertas eram recolhidas para as obras de caridade. Para a assistência aos órfãos e às viúvas que eram as pessoas mais marginalizadas daquele tempo. Cada um vivia de seu próprio trabalho e não do dinheiro das ofertas. Perseveravam na doutrina, guarde isso!

Isto significa que eles viviam cotidianamente aquilo que Jesus ensinou e que no início não estava ainda escrito em pergaminhos, mas, a Palavra de Jesus já estava encarnada em seus corações. (Atos 2, 43-47).

São Paulo, também chamado de “Apóstolo da caridade” nos ensina que nada podemos ser sem o amor. Ele nos ensina que a Fé é sim uma condição para ser salvo. Não basta apenas aceitar Jesus e já está salvo como pensam muitos crentes de hoje. Não! A Fé é algo racional. Porque a maioria lê a primeira parte de Romanos 10, 9: “Portanto se com tua boca professares que Jesus é o senhor e em teu coração crerdes, (e, crer aqui, não é aceitar, mas, confiança na salvação), que Jesus ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

 

A SALVAÇÃO

 

Ah! Mas, então basta eu crer que Jesus ressuscitou e pronto estou salvo? Aí não lê a segunda parte: Romanos 10, 10: “E crendo de coração, isto é, aceitando a salvação que obtém através da Justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação”; e ela é para todos sem distinção para os que invocam o nome do Senhor. O problema é a interpretação que os protestantes dão a esse versículo. "Credes no senhor Jesus e sê batizado e serás salvo". Nesses dois casos, para quem lê vai achar que já está salvo só por crer e aceitar Jesus, mas, o verbo será no texto não está no presente, está no futuro.

Muitos interpretam esse texto colocando um "já" está salvo antes do verbo "será". Interpretando dessa forma dá mesmo a ideia de que basta que crer, aceitar e ser batizado e está salvo.

Essa foi a interpretação que Martinho Lutero fez para se justificar os pecados por ser incapaz de emendar-se não conseguia buscar o perdão pelo sacramento da Confissão. E os protestantes insistem nessa falsa interpretação até hoje.

 Aquele que interpreta dessa forma mente a si mesmo porque se fosse assim não era necessário nem mesmo a morte de Cristo na Cruz e tampouco sua ressurreição. E São Paulo nos ensina que: “é porque Cristo ressuscitou que nossa fé se justifica” e que um dia seremos ressurretos como Ele. E que se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé.

 Por outro lado, se somente basta crer, ser batizado e já está salvo não é necessário praticar o Evangelho e nem mesmo a ação de Jesus na sua Igreja. Essa falsa autoconfiança além de egoísta joga fora todo o ensinamento de Jesus a respeito da salvação.

Porque para ser salvo não basta só crer, não basta só aceitar, não basta ser batizado. Essas são as três condições para ser salvo, mas, há outras. A salvação passa por diversas etapas. Uma delas é a Igreja, fora da Igreja não há salvação porque é nela que estão todos os meios para o crente ser salvo.

A salvação ainda exige do crente: Vida de intimidade com Deus pela oração, prática da caridade, vivência dos sacramentos, vida Eucarística, vivência e prática do Evangelho. Só assim a salvação se concretiza. Não é assim que São Paulo se expressou no final de sua vida? "Combati um bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora só né resta esperar a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz me dará naquele dia".

Do que São Paulo estava se referindo quando disse “agora estou a esperar pela coroa da justiça?” Ele falava da sua salvação. Se ele cresse do modo como interpretam os protestantes às suas palavras de que só basta crer, aceitar Jesus e ser batizado e já está salvo porque ele disse que aguardava pela salvação simbolizada pela coroa da justiça?

 

E veja que: Esse mesmo Paulo que disse “que se crerdes e com a boca confessar que Jesus é o senhor e for batizado será salvo”. É o mesmo que disse em outras palavras: 'fiz tudo que era pra ser feito. Cumpri todas as etapas: Preguei o Evangelho e o pratiquei, fui caridoso, combati contra as forças do mal, [...] Agora só me resta aguardar pela minha salvação'. É isso. Veja que o "será salvo" de Paulo se conclui quando ele disse "terminei a minha carreira, [...] Estou só no aguardo do prêmio eterno, isto é, a Salvação que o senhor me dará naquele dia.

São Paulo com isso deixa claro, ele não estava salvo já, mas, ele tinha certeza da salvação porque fez de tudo para alcançá-la num tempo vindouro. Portanto, é mentiroso e egoísta aquele que pregar ou afirmar que basta só crer e aceitar Jesus, ser batizado e está salvo. Somente Lutero com sua insensatez e egoísmo pode afirmar tal coisa.

 

Ah! Mas a Bíblia diz “quem crer está salvo e quem não crer está condenado”. Sim, a Bíblia diz isso, mas, não em um contexto isolado. Ela diz assim porque uma das condições da salvação é crer. Quem não crê não pode ser salvo. Crer desse modo até o diabo crê. Para ser salvo é necessário passar pelos meios, elas são etapas, são as setas que Jesus deixou estabelecidas para que dentro da vivência da fé verdadeira, dentro da sua Igreja possamos alcançá-la um dia.

 

Então vejam! O que Paulo está a confirmar? A fé comodista não salva ninguém ela vem acompanhada de uma ação: a decisão incondicional e pessoal de crer, de confiar e de depender de um Salvador que é Jesus Cristo.

 Logo, a ação é uma obra primeiramente de Cristo e depois uma atitude em buscar para si e aceita-la provém da razão, ou seja, com inteligência por palavras confessar no que crê. Se eu creio que Jesus é meu salvador então eu vou seguir todos os meios para merecer esta salvação.

A fé só de crer e crer, a fé fideísta é aquela pregada por Lutero. Para o ‘crente’ só é necessário crer para ser salvo. Mas, o que é crer? Crer é dar crédito, dar confiança. Crer também é aceitação da Palavra. Crer também é ser fiel, é ser obediente, é ter submissão amorosa e adesão total da natureza humana ao divino.

 

Vejamos alguns exemplos:

 

A fé vem através da Palavra, da pregação, do ensinamento. Jesus explica na parábola do semeador:

 

        Certo homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu à beira do caminho e os pássaros vieram e as comeram.  Outra parte caiu no meio de pedras, onde havia pouca terra. Essas sementes brotaram depressa pois a terra não era funda, mas, quando o sol apareceu, elas secaram, pois não tinham raízes.  Outra parte das sementes caiu no meio de espinhos, os quais cresceram e as sufocaram. Uma outra parte ainda caiu em terra boa e deu frutos, produzindo trinta, sessenta e até mesmo cem vezes mais do que tinha sido plantado. (Mateus 13, 18)

– O semeador é Cristo, a semente é a Palavra, o solo aonde é lançada a semente é o nosso coração. Nosso coração pode ser terra boa ou ruim; E essa semente pode crescer e dar frutos ou pode ser terreno pedregoso, espinhoso e a semente ou ficará sufocada por causa dos espinhos ou não crescerá ou então morrerá. Ou seja, os frutos dessa semente são muitos e o principal deles é a Fé.

        A fé é como aquele fruto se torna maduro e saudável. Esta Fé leva à salvação. Mas, uma fé, cuja é fruto de uma semente que nasceu sufocada e jogada em terreno pedregoso não produzirá frutos levará à perdição. Jesus ensina que é preciso ter Fé, ainda que pequenina como uma semente, (Mateus 17, 20), mas, ela poderá se tornar grande como uma árvore se praticarmos o bem, se vivermos aquilo que o Evangelho propõe. É por isso que as boas obras ajudam aumentar a fé. Os milagres que acontecem também são incentivos par aumentar a Fé.

 

Outro exemplo: Mateus14, 22-32. Os discípulos estavam na barca, Jesus veio até eles caminhando sobre as águas [...] e, quando viram achando que era um fantasma ficaram com medo, mas Jesus os tranquilizou dizendo quem era. Pedro ainda sem acreditar pediu para ir ao encontro dele. Jesus permitiu. Enquanto Pedro confiava tudo ia bem e ele caminhava sobre as águas, mas, quando por medo da violência das águas e do vento forte duvidou e começou a afundar. [...] Jesus segurando-o pela mão disse: “Homem de pouca fé, porque duvidaste?” Se cremos em Cristo como nosso Senhor, nosso Deus e salvador não temos o direito de duvidar. Quem duvida é porque tem pouca ou nada de Fé.  Uma das facetas da Fé é a confiança em Deus.

Assim é a Fé. Ela é o que nos aproxima do poder de Deus. Ela move nosso consciente e nosso inconsciente. Ela é a força motriz que nos coloca na direção certa. Ela não se vende e nem se compra. A Fé é um dom de Deus. A Fé e a Palavra estão ligadas intimamente de modo que depois do oxigênio ela é a mais importante porque se o oxigênio mantém vivo o corpo a fé mantém viva a alma. Por isso, Jesus insiste que devemos ter Fé e aumentá-la a cada dia. Quem tem Fé não precisa ver para crer como fez Tomé. Quem tem fé confia, espera e ama.

 

O que fazem os mercenários do Evangelho hoje? Vendem uma fé que não existe. Uma fé que leva as pessoas a desejar coisas materiais. Dinheiro, casa, carro, emprego bom. Tudo isso é necessário, mas, essa não é a proposta de Jesus.

  A fé protestante é uma fé egoísta, como a de Lutero que na sua prepotência e arrogância achava-se desnecessário as praticar as virtudes e as boas obras, mais orgulhosamente sentia-se autossuficiente desprezando a caridade, a justiça, a santidade, a vida regrada do ambiente religioso, os sacramentos pelos quais a graça de Deus vem até nós.

Por outro lado, aquele crê não crê porque já está salvo, mas crê porque confia, espera e ama. A exemplo disso temos como exemplo os santos que dentro de espiritualidades específicas, cada um ao seu modo viveram a sua Fé.

Desde os mártires que tinham uma fé inabalável até os demais que de forma mais íntima viveram uma comunhão direta com Cristo na vivência do Evangelho e deram suas vidas pelo testemunho de Cristo até os outros que viveram na vida contemplativa ou nos serviços de caridade. Porque quem tem fé é chamado a dar testemunho com a vida seja por palavras, seja pelas obras através dos exemplos ser evangelhos vivos para os outros. A ordem de pregar o Evangelho que Jesus deu, não foi para sair com a Bíblia debaixo do braço gritando e berrando aos quatro ventos somente. Mas, pregar o Evangelho implica dar exemplo com o próprio corpo. São Paulo disse: “Sede meus imitadores como seu sou de Cristo!” (1Coríntios 11,1).  

A Fé deve ser exercitada. Você pode ter fé a vida inteira, mas, se no final da vida por um instante duvidar perderá a salvação. Como Pedro que começou a afundar quando duvidou. A Fé não é importante só para realizar milagres, ela é importante porque ela é o combustível da alma. A fé é um tesouro. Quem perde a fé perde a chance de ser feliz.                  

 

O que os pastores ensinam a fé fideísta e fiduciária que é crer, crer, crer, basta crer e que a fé não necessita das obras como se crer não fosse uma obra de Deus em nós e de nós para Deus. Então a salvação verdadeira é a fé pela ação das obras, pois crer implica fazer a vontade de Deus e o primeiro que fez a obra de Deus foi Jesus Cristo o filho de Deus.

 

Nesse sentido que São Tiago vai dizer “a fé sem obras é morta”. “Mas, alguém dirá: “Tu tens fé e eu tenho as obras”. Mostra-me atua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas obras. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Mas, também os demônios creem e tremem”. (Tiago2, 18-19)

 

Vejam! São Tiago é claro ao falar desta fé fiduciária e fideísta. Porque se fosse assim para que Jesus e os Apóstolos, os santos e doutores da Igreja iria insistir tanto nas boas obras. Porque Jesus iria dizer que no Juízo Final seremos julgados por ela. Mateus 25, 31-45.

 

Se crer somente bastaria então o demônio seria salvo e ele não é.

 

O problema de hoje é o relativismo com a Fé, descompromissada com a verdadeira raiz do Evangelho. A fé é vendida em cada esquina como se fosse um produto que se pegas na prateleira do supermercado quando na verdade ela é uma conquista, ela passa muitas vezes pelos sofrimentos, pelas cruzes, pelos encontros e desencontros.

 

O que importa para Deus não é o que você tem, ou as quantias exorbitantes dadas nos falsos templos. O que importa para Deus é um coração contrito e humilde. (Salmo 51, 17) Lembremos da história do fariseu e do publicano em Lucas128, 9-14. Ou ainda do óbolo da viúva - Marcos12, 41-44 - A viúva pobre que doou duas pequenas moedas no Templo de Jerusalém, enquanto os ricos doam grandes quantias. Jesus observa a cena e destaca que a oferta da viúva, embora pequena em valor, foi mais significativa do que as dos ricos.

Aqui não podemos achar como alguns pensam que é preciso contribuir com tudo que tem para a Igreja ou para certos pastores gananciosos. Mas, Jesus está ensinando que o que importa não é a quantidade, mas, a qualidade, o despojamento de si mesmo. A nossa disposição em doar-nos ao serviço do Evangelho. A viúva representa o bom cristão e as duas moedas o nosso coração. Deus valoriza os humildes e os faz grandes. Observemos também que aquele jovem rico, que era um judeu cumpridor das Leis de Moisés e dos Mandamentos, foi interrogar Jesus sobre como ter a vida eterna.

Jesus impôs três condições:

 A primeira cumprir os mandamentos.

A segunda é a caridade "vai venda tudo que tens e dê aos pobres!"

A terceira é: "depois vem e segue-me!". Jesus esperava uma resposta positiva, mas ficou triste porque o jovem preferiu as riquezas que seguir o Mestre. (Mateus 16, 16-30).

 

    Aqui poderá haver falsa interpretação do que Jesus está a dizer. Jesus estava falando do chamado, do seguimento a Ele, ou seja, do discipulado. Ele está pedindo desapego dos bens materiais, pois, o poder do dinheiro impede muitas vezes que o cristão cumpra seu papel de ser discípulo de Jesus.

 Por outro lado, Jesus está pedindo um gesto de amor, de caridade. Podemos encarar isso como uma prova. "Vai vende tudo que tens e dê aos pobres!" - ele não diz para vender e dar tudo aos pastores ou às igrejas, mas, aos pobres.

Engana-se aqueles que pensam que podem comprar a salvação com a paga do dízimo e a doação de ofertas. Se entenderes isso deixarás de cair na armadilha dos falsos pastores. Devemos contribuir? Sim. Mas, para fazer a obra de Deus e manter o templo. Nunca ponha a salvação em segundo lugar, ou acredite que ser fiel na contribuição lhe dará o primeiro lugar no céu. Jesus disse aos fariseus que guardavam a Lei, que cumpria um a um dos preceitos da Lei: "Até as meretrizes vos precederão n reino de Deus". (Mateus21, 31-32) 

Lembram-se das palavras de Jesus o sermão da montanha? “Bem-aventurados os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos, os que choram, os perseguidos por causa do meu nome, os caluniados” [...] estes terão seu galardão. Quem tem Fé sólida, bem enraizada tem o maior tesouro que se pode encontrar. A Fé os permite questionar, mas também nos dá respostas. A fé verdadeira permite que confiemos unicamente no poder de Deus. Ela permite acharmos soluções para os conflitos, mas, nunca que apontemos o dedo para o outro; a Fé é individual.  

 

A Palavra diz: "Crê no Senhor Jesus, sê batizado e será salvo". Essa é a condição. Mas, tem que tomar cuidado e se perguntar: Como eu creio? Em quem eu creio? DE que maneira creio?

Porque acreditar, por acreditar em Jesus sem a Fé tem várias maneiras. Por exemplo:

 Os muçulmanos, acreditam em Jesus como um profeta, mas, não como Filho de Deus. Os espíritas creem em Jesus, mas não como Filho de Deus, mas, como um ser iluminado. As Testemunhas de Jeová não creem em Jesus como segunda pessoa da Santíssima Trindade. Os adventistas negam a divindade de Jesus porque acreditam que ele é o anjo Miguel.

O Cristão de verdade crê em Jesus porque ele é o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, consubstancial ao Pai, segunda pessoa da Santíssima Trindade e que desceu dos céus para nossa salvação, para nos salvar morreu na cruz e ao terceiro dia ressuscitou e de novo virá para julgar os vivos e os mortos. O cristão de verdade crê a Igreja Católica e na comunhão dos santos. Conforme professada no Credo.

 O cristão acredita que pertencendo à Igreja participa da comunhão dos batizados e de um novo povo, o povo da Nova Aliança. Esse povo inserido na verdadeira Videira que é Cristo recebe pelo batismo a adoção filial e fazendo parte da comunidade dos eleitos em direção à eternidade. E tudo isso é uma meta, uma luta e corrida como diz São Paulo em 2Timóteo 4, 7-8; e a meta é o prêmio terno, isto é, a santidade. Tudo começa aqui com sua Fé. Então, primeiramente eu creio, aceito Jesus, sou batizado, recebo a salvação, mas devo ao logo da vida trabalhar, polir e seguir a corrida par se chegar ao objetivo.

São Paulo se compara a um maratonista olímpico que depois de vencer a corrida recebe um coroa de flores. No caso ele diz: "Completei a corrida" [...] "Guardei a fé" [...] "Agora só me resta esperar a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz me dará naquele dia" [...] então não é só crer e ser batizado, mas, é depois de crido e batizado seguir a carreira, isto é andar pelo caminho que o próprio Senhor Jesus traçou para que passássemos. Que caminho é este? Vida de santidade. Vida espelhada nos valores do Evangelho. E quem é que nos auxilia nesse caminho? Quem é a ponte? O caminho é Cristo e a ponte que nos liga a Deus é a Igreja. Na Igreja deus usa sua graça para podermos sempre buscar andar na direção certa. Quais são os canais que a Igreja usa? São os Sacramentos. Nesse caminho precisamos reabastecer não só o corpo, mas, também a alma. Sabendo disso, de nossas fraquezas, Ele mesmo, Jesus quis se tornar alimento e nos deixou a Eucaristia.

Pronto! tudo que precisamos para chegar ao Céu está na verdadeira Igreja. Não é necessário que eu caia na lábia dos falsos pastores se eu agora sei que acreditar por acreditar não é o suficiente para a salvação. Sei que ao aceitar Jesus e ser batizado me envolve em um compromisso e que minha fé é como a chama de uma lamparina que precisa ser reabastecida pela Eucaristia, pela Palavra e pela Oração. Então não é só crer, é crer e viver o que creio, isto é viver a Fé que recebi dentro e fora da Igreja. A Fé vai acompanha o batizado a vida toda.

 

Para ajudar a nossa Fé é que a Igreja conserva a biografia e os ensinamentos dos santos, isto é, daqueles que viveram de forma mais íntima a Palavra de Deus. Os santos, cada um de maneira muito particular, viveram sua Fé com laços muito estreito e deram suas vidas em favor de Cristo. Cada um viveu sua espiritualidade, mas sempre irrigaram sua Fé ao longo do cainho sem trocá-la por nenhuma condição. Uns deram seu sangue em testemunho de Cristo, outros dera testemunho pelas obras de caridade, outros pela pregação, outros pela vida de oração intensa.                     

 

O cristianismo de hoje pouco segue ou dá importância às palavras de Cristo e aqui vou te ensinar a discernir o cristianismo falso do verdadeiro. E quando falamos de cristianismo estamos falando das protestantes e subjacentes.

 

Embora sabemos que ainda existem algumas poucas igrejas sérias nós sabemos que tudo começou com Lutero, seguido por Calvino, Zuíglio e outros. Mas foi Lutero que desenvolveu a falsa doutrina da salvação sem as obras. E assim os demais ramos do protestantismo seguiram esse falso ensinamento e hoje o que mais se vê são pessoas que carregam no peito o mesmo sentimento orgulhoso de Lutero. Lutero desenvolveu esta doutrina não é porque ele não conhecia as Escrituras, mas, era para satisfazer o seu ego e porque ele era pecador contumaz da fornicação e não se achava capaz de emendar-se mesmo indo em confissão. E com isso os protestantes em sua maioria acham que basta crer, crer e crer para estarem salvos. São Tiago mostra que esse pensamento de que basta crer e estar salvo é falso porque nisso até o diabo crê.  

 

São Paulo nos ensina que amor, a caridade deve estar acima de tudo na vida do cristão, pois, é dela que depende a verdadeira fé. É ela que produz em nós os frutos necessários para chegar à salvação e ela passa por três pilares: A Fé, a Esperança e a Caridade que na teologia chamamos de “virtudes teologais”. Ou seja, não basta crer e crer, mas a Fé possui três facetas: Crer, confiar e depender de Deus, pois, a fé é um dom de Deus. Os apóstolos pediram: “Senhor aumenta-nos a fé!” – Lucas 17, 5, mas, esta fé vem acompanhada de compromissos: a esperança e a caridade.

 

Em 1Coríntios13, 1-13, São Paulo vai nos dizer que “ainda que falasse a língua dos homens e dos anjos sem amor, ou sem a caridade ele nada seria. E no final, ele diz que é preciso usar da razão ter uma fé madura e parar de agir como criança e se quisermos ver Deus face a face um dia é preciso ter amor. “Por ora subsiste a fé, a esperança e a caridade – as três, porém, a maior é a caridade”. 1Coríntios 13, 13.

 

Logo, eu não devo ser cristão porque apenas creio, mas, eu sou cristão porque a minha fé leva a amar a Deus e ao próximo e ter a esperança da salvação com a ajuda das boas obras. Nisso se cumprirá o 1º Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

 

 

O CRISTIANISMO DE HOJE OPOSTO AO EVANGELHO

 

"Assim como houve entre o povo falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. Eles, renegando assim o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si uma ruína repentina. Muitos os seguirão nas suas desordens e serão deste modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado. Movidos por cobiça, eles vos hão de explorar por palavras cheias de astúcia. Há muito tempo a condenação os ameaça, e a sua ruína não dorme". 2Pedro1, 1-3.

 

É aqui que devemos perceber que o cristianismo, sobretudo no meio evangélico se distanciou daquilo que é a verdadeira essência do cristianismo. Porque o que se vê hoje é um evangelho pura e simplesmente superficial desfocado daquilo que Jesus deixou como ensinamento e que foi transmitido até nós pelos apóstolos. Falsas doutrinas, falso evangelismo, doutrinas estranhas, espírito de cobiça. São Pedro já estava advertindo que isso ia acontecer e que devemos ficar atentos.

 

O cristianismo contemporâneo perdeu a essência do verdadeiro evangelho a partir do momento em que não se fala mais em caridade, em uma fé pura e o amor ao próximo que deveria ser a maior prioridade da comunidade foi trocada por promessas de cura e prosperidade vendidas pelos falsos pastores.

 

Nas igrejas, se fala mais em dízimo do que no amor ao próximo. Os líderes enriquecem e os fiéis empobrecem físico e espiritualmente.

 

Os pastores estão mais preocupados em julgar as outras denominações e esquecem que nenhum cristão tem o direito julgar o outro.

 

Em outros casos estão preocupados somente com a arrecadação e usam de metodologias psicológicas para por medo nas pessoas. Outros amaldiçoam aqueles que não pertencem ao seu grupo. Outros ainda recorrem às falsas promessas e falsos milagres para enganar os fiéis.

 

      São poucos aqueles que se envolve com as causas sociais. Outros se metem na política incitando o povo contra as autoridades constituídas colocando os irmãos uns contra os outros.

 

     As Igrejas viraram mercados onde se vende e se compra os “favores de Deus”. Desde que seja fiel nos dízimos e nas ofertas está tudo certo.

 

Mas onde fica a Fé, a Esperança e a caridade então? Não fica. Porque perder tempo com isso se eu posso empregar melhor a teologia para arrecadar mais e mais?

 

          Assim os cristãos dessas denominações são levados por promessas de prosperidade e embora os templos estejam cheios há uma multidão de corações vazios.

 

          Jesus disse não ajunteis tesouros nesse mundo. (Mateus6, 19) Os pastores querem altos salários e muito dinheiro em caixa. Usam de várias estratégias para enganar as pessoas. Pregar sobre a caridade, sobre o amor não enche os cofres da Igreja. O ideal é vender salvação, cura e prosperidade e fazer uma bela propaganda nas mídias sociais. “Amanhã vai acontecer uma grande concentração de milagres!” – Quem já não ouviu esse jargão?

 

E quando a pessoa chega lá a decepção: Deus cura somente aquele que der mais, que contribui mais e que é fiel na paga do dízimo e das ofertas. 

 

          Os pastores transformaram a salvação em um negócio lucrativo. “Basta ser fiel”. Mas, fiel aqui é no sentido de ser leal às contribuições e não no sentido bíblico porque ser fiel biblicamente falando é praticar o Evangelho. “Se queres entrar na vida eterna obedeça aos mandamentos!” disse Jesus. [Mateus 19, 16-20]; e ainda: “Se me amas obedeça aos meus mandamentos” [João 14, 15].

 

    Jesus veio mostrar a face do Pai. Veio mostrar o perdão e a misericórdia e pediu que sejamos misericordiosos como Pai do Céu. (Lucas 6, 36-38). E não pede para vendermos ou comprarmos sabão ungido, lenço ungido, sal ungido, tijolo, feijão ungido, etc. Para o quem tem fé basta pedir (Mateus 7, 7-8). 

 

          Há uma inversão dos valores cristãos na maioria dos seguimentos evangélicos que levam o fiel ao desespero por achar que aquilo que o pastor pregou no púlpito é verdade. O Costume de amedrontar as pessoas como frases intimidatórias tais como: “Se não for fiel no dízimo o espírito devorador virá”. Ou ainda, “as maldições, falta de prosperidade, certos tipos de doença são causados pela falta de fidelidade do crente”, etc. Tudo isso não passa de uma estratégia bem articulada e combinada para arrecadar dinheiro.

 

Aliás, essa ideia de que se alguém tiver uma doença sem explicação, ou uma deficiência era maldição de antepassados ou causada pelos pecados cometidos; é coisa da crendice herdada dos judeus. Jesus várias vezes combateu esse pensamento mostrando que Deus é amor. Ele não amaldiçoa ninguém e que Ele estava ali para mostrar isso. Por esse motivo curava muitos doentes, expulsava os demônios, ressuscitava os mortos e a única coisa que ele exigia era o abandono ao pecado e a Fé. Vejamos no episódio da cura do cego Bartimeu:

 

 Cegueira e mendicância: Bartimeu era um cego que vivia como mendigo, sentado na beira do caminho em Jericó.

 

O clamor: Bartimeu ouviu a multidão e percebeu que Jesus de Nazaré passava. Ele sabia quem era Jesus. Embora não o visse, confiou, teve Fé gritou, clamando por Jesus como "Filho de Davi", pedindo para que tivesse misericórdia.

 

Repreensão e insistência: Apesar da multidão o repreender para que se calasse, Bartimeu gritou ainda mais, mostrando a sua perseverança na sua Fé.

 

A resposta de Jesus: Jesus, movido pela fé de Bartimeu, parou e mandou que ele fosse chamado.

 

A cura: Jesus perguntou a Bartimeu o que ele queria que lhe fosse feito. Bartimeu pediu para que Jesus lhe restaurasse a visão, e Jesus disse que a sua fé o curou, e ele imediatamente viu.

 

O seguimento: Após a cura, Bartimeu começou a seguir Jesus pelo caminho.

 

Moral da história: Se a Fé nos acomoda ela não é verdadeira, se é superficial não é verdadeira. A Fé não é não é para trazer comodismo e tranquilidade, mas, compromisso. Qual é o compromisso? É o seguimento de Jesus. Por isso que não basta crer por crer, mas crer e se compromissar com Cristo no seguimento do Evangelho; com exemplos e atitudes. Conhecereis os frutos pela árvore [Mateus7, 16-20] - É segui-lo e andar lado a lado com Ele. É carregar a cruz.  A Fé é compromisso e não é comodista. A Fé não salva, não liberta, não cura.

 

Bartimeu se tornou um exemplo de fé, perseverança e esperança. A sua história nos ensina que devemos ter fé em Jesus, mesmo quando enfrentamos dificuldades, e que devemos perseverar na nossa busca por Deus.

 

          O que temos que aprender com a Palavra de Deus é:

 

          Todos nós somos cegos e diante de certas situações não sabemos como agir. Não é preciso nenhuma promessa para Deus agir em nossa vida. A busca pelo bem pelo amor é uma decisão de parte de cada um. Jesus faz o convite. Jesus nunca pediu para seus discípulos cobrarem o que quer que seja. As igrejas estão cheias de falsos pastores ensinando que Deus só faz milagre e dará prosperidade para quem contribuir ou ser leal na paga do dízimo.

 

Mas, isso é verdade

 

          Veja o que Jesus disse em Mateus10, 7-13:

 

Jesus instruiu seus discípulos sobre como agir. Enviados para anunciar o Reino dos Céus eles deveriam curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demónios, pois "de graça receberam, de graça devem dar". Além disso, devem anunciar que o Reino dos Céus está próximo e procurar alguém que os receba em casa, onde devem abençoar a casa e, se for digna, a paz de Deus permanecerá sobre ela.

 

Jesus não dá outra ordem senão essa e isso vale também para as igrejas, mas o que se vê hoje é um Evangelho morto onde o fiel é convidado a dar mais e mais para a igreja e para o pastor a fim de receber a graça. Ora, a graça é dom de Deus e não é merecimento humano. Outro exemplo que temos é a cura do coxo. Atos 3, 1-8; Pedro e João iam rezar no Templo quando lhe trouxeram um coxo. Este era um pedinte que ficava na porta do Templo. Quando Pedro e João aproxima para curá-lo ele diz “não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!” e tomando-o pela mão direita o levantou [...] todo povo que viu pôs-se a louvar a Deus.  Veja! Pedro não exigiu nada pela cura, nem mesmo um agradecimento. Porque sabia que foi jesus que curou aquele homem e não ele.

Outro fato é que: Aquela cura não serviu apenas para o coxo, mas para a conversão de muita gente. O milagre aconteceu não só com o coxo. É isso. É assim que Deus age quando ele precisa fazer sua obra. Os milagres, as curas, a pregação só têm um sentido aumentar a fé das pessoas, converter corações. O cristianismo de hoje ensina o quê? Ensina que só será contemplado aquele que pagar. Esse é o evangelho falso do demônio usado pelos falsos pastores diferente do verdadeiro Evangelho.      

 

Jesus não cobrou nada pela nossa salvação, mas deixou-se entregar por amor e ainda nos deu de presente a Eucaristia e os sacramentos que são canais de sua graça. Deu-nos o Espírito santo para auxiliar e nos santificar. Deu-nos Maria por Mãe como modelo de santidade, obediência e fidelidade.

 

 

Atos3,42-47 nos ensina que na Comunidade cristã não pode haver necessitados, não pode haver fome, nem falta de caridade, não pode haver preconceitos. Se há é porque essa comunidade há muito tempo deixou de ser cristã e passou a ser a sinagoga de satanás.

 

Jesus veio acolher a todos e chamar todos a salvação. Nem todos os caminhos levam a Deus, mas o único que leva a Deus é Jesus. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida." (João14, 6) No entanto, o caminho que Jesus trilhou é o mesmo que devemos trilhar. Jesus não promete prosperidade para quem o seguir, pelo contrário, Jesus promete a cruz. A cruz que ele carregou também nós vamos carregar. Sofrimento e perseguição fazem parte deste combo.

Nesse caminho teremos as cruzes: perseguição, doenças, injúrias, seremos interrogados, falsas acusações. É preciso carregar a cruz até o fim. Mas, com a certeza de que a ressurreição virá.

 

Não podemos esquecer que o verdadeiro cristão e o verdadeiro cristianismo estão no amor, na caridade fraterna e não na luta de classes.

 

E para aqueles que seguem o cristianismo moderno onde tudo é felicidade onde se compra até terreno no céu. Onde estar na igreja é sinônimo de prosperidade é melhor começar a pensar no que disse São Paulo na carta aos Romanos nos capítulos 12 ao 15. Onde São Paulo vai ensinar sobre a verdadeira religião, como deve ser a maneira de proceder do cristão. É uma cartilha.

 

Se quiseres a partir daí poderá discernir se você e sua comunidade, também seus líderes estão sendo fiéis a esse ensinamento de Cristo através de São Paulo.

 

Discernir os falsos pastores é necessário porque muitos estão desviando as ovelhas do verdadeiro aprisco de Jesus. Eles vêm com falsas promessas, iludem as pessoas, mas não passam de ‘lobos em pele de ovelha’, são ladrões e salteadores.

 

Aprendam a discernir os falsos pastores:

 

 

 

a)   Prometem milagres com dia e hora marcada. As seitas vendem objetos e amuletos tais como: rosas, sal, sabão, chave, água, tijolo, feijão, lenços dizendo serem ungidos. Tudo isso é falso.

 

b)   Promete prosperidade: casa, carro, emprego, curas desde que seja fiel nos dízimos e nas ofertas.

 

c)    Cobram para fazer evangelismos e altos cachês de shows.

 

d)   Nas pregações usam maior parte do tempo para acusar outras denominações e pedir contribuições.

 

e)   Ameaçam e põem medo nas pessoas usando a palavra de Deus aos que não podem ou não pagam os dízimos e as ofertas.

 

f)      Utilizam da Bíblia em proveito próprio.

 

g)   Usam do dinheiro que recebem para enriquecimento ilícito.

 

h)   Não aceitem que seus fiéis busquem conhecimento em outros movimentos como forma de mordaça. Esses são os mais perigosos porque eles usam de artifícios e até da Bíblia para fazer lavagem cerebral nas pessoas a fim de criar grupos de fanáticos.

 

i)      Exigem tudo de seus fiéis como forma de contribuição: dinheiro, casa, carro, herança, etc.

 

j)      Agem de má fé quando rotula o poder de Cristo em si mesmo para convencer as pessoas que se deve determinar certas curas, milagres, etc. Isso não é bíblico porque faz de Deus um negociante.

 

 

Guarde esse ensinamento:

 

 

·       Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro.

 

·       A Fé consiste de três coisas: Crer, confiar e depender de Deus. Não basta crer, porque isto até o diabo crê. “Bem aventurado não é o que me diz ‘Senhor, Senhor, mas, o que ouve as minhas palavras e as pratica’ - (Mateus 7:21), significa que não é suficiente apenas professar fé em Jesus para entrar no Reino dos Céus. É necessário também colocar em prática a vontade de Deus, que está nos céus. A expressão "Senhor, Senhor" pode ser interpretada como uma forma de reconhecimento de Jesus, mas é a obediência e a vida em conformidade com seus ensinamentos que realmente contam. Mas, é preciso aceitar com amor salvação e os meios pelos quais ela chega até nós.

 

·       A Salvação é gratuita, mas ela depende da fé mediante as obras. Somente pela Fé obediente mediante as obras poderemos ser salvos. “A fé sem obras é morta”.

 

·       O maior tesouro que podemos ajuntar não é neste mundo, mas no Céu. O tesouro é a Fé é ela que nos levará até Cristo. Disse Jesus onde estiver seu tesouro aí está teu coração.

 

·       O reino de Deus é para os pecadores, Jesus veio chamar a todos à salvação, portanto nada de apontar o dedo como fazem a maioria hoje. Jesus não veio para os sãos, mas, para os doentes. “Os são não precisam de remédio, as, sim os doentes” (Marcos 2, 17). Se na sua igreja os pecadores são vistos com maus olhos, sem há preconceitos então esse não é o verdadeiro cristianismo.

 

·       Seremos julgados pelas boas ou más obras. (Mateus25, 31-46) – quando alguém disser a você que as obras não são importantes para a salvação, (falsa doutrina de Lutero), lembre-se desse ensinamento de Jesus. Se a sua igreja através de seus líderes prega isso ela está contradizendo Jesus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

                  

 

 

 

       

 

 

 

A FÉ DO CRISTIANISMO DE ONTEM E A FÉ RELATIVISTA EVANGÉLICA DE HOJE

           “Eu vos dou um novo mandamento: Que vos ameis uns aos outros assim como eu vos tenho amado!” – João 13, 34.             É com...