quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

NOSSA SENHORA NO PLANO DE DEUS

 

Nossa Senhora esteve no plano de Deus desde o início da criação. Por causa da desobediência Eva pecou. 

O pecado de Eva não foi o pecado sexual como muitos pensam. Na Sagrada Escritura está escrito que Deus criou tudo que existe, (Gên1, 1-30), mas no início ainda não existia plantas, pois ainda não havia chuva. Então Deus criou o homem e a mulher. O pecado dos nossos primeiros pais foi a desobediência.

No início, Deus criou um jardim, um lugar especial separado de tudo para que ali Adão e Eva pudessem viver. Esse lugar é o Paraíso ou “Éden”, em hebraico significa prazer ou delícia. No jardim havia árvores frutíferas, animais e a função do homem naquele lugar era ser o guardião do jardim. (Gên2, 4-25) – Não havia pecado naquele lugar. Adão e Eva andavam nus e não se envergonhavam porque não existia maldade neles.       

No jardim havia a árvore da ciência do bem e do mal, (*podemos entender como uma metáfora para de que nossos primeiros pais não precisavam não conheciam a maldade que é obra do pecado.)

Deus havia proibido ao homem de comer o fruto da árvore do bem e do mal. Significa que Árvore do Bem e do Mal um simbolismo colocado sob a forma física a Adão e Eva, onde a aceitação desta (isto é, o comer do seu fruto) seria o "assinar embaixo" da humanidade em aceitar o pecado, enquanto que o não fazê-lo seria o aceitar estar com Deus.

No capítulo III de Gênese conhecemos a história. A serpente então tenta Eva a comer do fruto proibido por Deus. E tendo desobedecido fez com que Adão também comesse do fruto de desobedecesse a Deus. O mal não foi comer o fruto. O mal foi desobedecer a Deus e assim experimentar pela primeira vez o pecado.

Entende-se que a serpente seja na verdade a ação de satanás que instigou o pensamento de Eva para que desobedecesse a Deus. Comer do fruto significava abrir a mente para o bem e o mal. Deus tinha dito para não comer do fruto da Árvore do bem e do mal. Porque no dia em que comessem se tornariam mortais.  

Disse a serpente: “É verdade que Deus lhes proibiu de comer da árvore do jardim?” Disse a mulher: “Sim, podemos comer das árvores do jardim, mas, a árvore que está no meio, Deus disse não a tocareis para que não morrais”. Então a serpente disse: “Oh não!”

“Vós não morrereis. Deus sabe que no dia em que comerdes, vossos olhos se abrirão, (isto é, lhes abrirão a consciência e a razão), e sereis como deuses também, conhecedores do bem e do mal”.

A serpente convenceu a mulher, ela comeu e deu ao seu marido e o resto da história já sabe o que aconteceu. Seus olhos, isto é a consciência para o bem e para o mal. A partir de então tudo mudou por causa da desobediência.  

Vamos ater aqui às palavras de Deus quando Adão e Eva então se encheram de vergonha ao perceberem que estavam nus esconderam da face de Deus. Pronto o pecado entrou na vida daquele casal. (Gên3, 6-12).

Então, Deus amaldiçoou a serpente. Aqui temos que tomar muito cuidado, para não achar que todas as serpentes são malditas porque a serpente de que refere Gênese é o diabo. A linguagem de Gênese é figurada. Significa que diabo é astuto e age como uma serpente.

O diabo tendo se rebelado contra Deus, por inveja quis interferir nesse mundo a fim de perverter a maior obra de Deus que é o ser humano.

“Porque fizeste isto, serás maldita entre todos os animais da terra; andarás de rastos sobre o teu ventre, comerás o pó todos os dias de tua vida.”

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a descendência dela; esta lhe ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar”.  

Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e colocou anjos vigiando com espadas flamejantes para que não retornassem. O pecado trouxe consequências. O homem agora seria dono de seu próprio destino, comeria se trabalhasse e voltaria um dia ao pó de onde foi criado.

Nosso livre arbítrio não dá direito de desobedecer a Deus.

Embora Deus tenha-os criado com livre arbítrio eles tinham a proibição de Deus para não comer o fruto. Era uma prova de obediência que nossos primeiros pais não passaram. E tal desobediência fez com que o pecado e a morte entrassem no mundo.

(Rm 5,12). E todos pecaram, pois, como diz o Catecismo: “O gênero humano inteiro é Adão - como um só corpo de um só homem”. Portanto esta condição do pecado acabou sendo transmitida à toda a criação.

Ora, a alma do homem se tornou suja pelo pecado. Quem poderia salvá-lo ou redimir sua culpa? Toda a humanidade então estava arruinada e condenada, pois o salário do pecado é a morte.

Mas, Deus amando sua obra e tendo compaixão da humanidade já elaborou seu plano de amor. Satanás não teria domínio total, não venceria. O Plano era substituir o pecado pela graça. E desde aquele momento é que Ele lança o castigo sobre a serpente também escolhe uma mulher para que lhe fosse obediente e colaborasse com o plano de salvação para humanidade.

Primeiro Deus escolhe um homem justo, Abraão, e dele fez surgir povo justo para que o servisse. Esse povo chamado primeiramente de Hebreus e posteriormente Israelita foi povo eleito para dele nascer o Salvador. O Messias. Com esse povo Deus fez uma Aliança. Deu-lhes uma Lei. Mas, embora tendo feito tudo por eles por causa do pecado continuaram a pecar.

Mas, a promessa de salvação de Deus estava de pé. E chegando o dia certo Deus envia seu filho.  

Da descendência de Abraão nasceu Maria. Filha de Ana e Joaquim, de Nazaré na Galiléia.   

Deus enviaria seu Filho Unigênito. Para salvar a humanidade do pecado. 

Essa jovem não poderia ser maculada de pecado como Eva. Pois, se Deus que é perfeitíssimo não poderia deixar seu Filho que também é Deus nascer num ventre maculado de pecado. Afinal aquela criança não era filho de um pecador, mas era o Filho de Deus.

Para isso, Deus limpou o ventre de Ana do pecado e ela concebeu a menina imune do pecado e por isso, ela nasceu cheia da graça de Deus e é por isso que chegando a hora marcada por Deus para o momento da encarnação o Anjo aparece a ela e a saúda “Ave, cheia de graça o Senhor é contigo”!

O Anjo reconhece àquela moça a graça existente nela desde o início porque ela foi escolhida para conceber o Filho de Deus. Nela não existia o pecado original. Ela era santa desde o ventre de sua mãe. E mais, ela era coberta pelo Espírito Santo. Toda repleta de graça. (Lc1, 28). Ela, ao contrário de Eva,  obediente a Deus e com seu livre arbítrio disse: “Eis aqui a escrava do Senhor, seja  feita a vossa palavra”.

E assim Deus fez morada em seu ventre imaculado.

Vejam que ao contrário de Eva, Maria se utilizou de seu livre arbítrio para obedecer à vontade de Deus. Foi a primeira pisada que a mulher deu na cabeça da “serpente”. Naquele momento satanás começava a ser derrotado pelo SIM de Maria. 

Satanás nada podia contra aquela mulher porque ela era assistida pelo Espírito Santo. Diante dela o inferno todo estremece porque ela feriu satanás com sua obediência ao Pai e sua graça. Maria não estava apenas aceitando ser a Mãe do Salvador, mas, junto com o “SIM” da Encarnação do Verbo estava também o “SIM” do Calvário onde ela se tornaria nossa Mãe e Mãe da Igreja. 

Assim através de Maria a humanidade seria redimida. Maria se torna Coredentora junto ao seu filho no Plano de Deus. Ela geraria não só Jesus Cristo, mas, se tornaria mãe de um novo povo conquistado por Cristo.

MARIA, A  “NOVA EVA”, – se por uma mulher entrou o pecado no mundo, também por uma mulher, Maria de Nazaré entrou a Salvação.

São Paulo na Carta aos Romanos faz a feliz comparação entre Adão e Jesus Cristo: “Pois como o pecado entrou no mundo por um só homem e, por meio do pecado, a morte; (...) No entanto, a morte reinou no período de Adão até Moisés, mesmo sobre os que não pecaram à maneira da transgressão de Adão, o qual era figura daquele que devia vir. Entretanto, o dom da graça foi sem proporção com o pecado. Pois, se o pecado de um só toda a multidão humana foi ferida de morte, muito mais copiosamente se derramou, sobre a mesma multidão, a graça de um só homem, Jesus Cristo. (...) Com efeito, como pela desobediência de um só homem, a humanidade toda tornou-se pecadora, assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão justos” (Rm 5, 12. 14-15.19). O apóstolo das gentes deixa clara a relação entre Adão e Jesus: de Adão, desobediente, recebemos a condenação (“(...) este o pecado de um só, provocou um julgamento de condenação, (...)” Rm 5, 16), por Cristo, obediente, recebemos a justificação diante do Pai

 “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. (Lc1, 48) – disse Maria. E por quê? Porque O Senhor fez nela grandes coisas e porque seu nome é Santo. (Lc1, 49)

Por Eva recebemos a condenação, por Maria recebemos o Salvador. Alguns santos fizeram reflexões que reconheciam na Virgem Maria a “Eva” do Novo Testamento. Justino Mártir: “Entendemos que [Jesus] se Fez homem, por meio da Virgem, a fim de que o caminho que deu origem à desobediência. Eva era virgem e  incorrupta; concebendo a palavra da serpente, gerou a desobediência e a morte. A Virgem Maria, porém, concebeu fé e alegria quando o anjo Gabriel lhe anunciou a boa nova de que o Espírito do Senhor viria sobre ela; (...) Da Virgem, portanto, nasceu Jesus, de quem falam as Escrituras (...) aquele por quem Deus destrói a serpente”. Irineu de Lião: “Por Conseguinte (...) encontra-se Maria, Virgem obediente (...) Eva, ainda virgem, fez-se desobediente e tornou-se para si e para todo o gênero causa de morte. Maria, Virgem obediente, tornou-se para si e para todo gênero humano causa de salvação (...)”.

 

JESUS, O “NOVO ADÃO” – se por um homem, Adão, entrou o pecado e a morte. Por um homem Jesus Cristo entrou a Salvação.

Com a Encarnação de Jesus a história da humanidade ganha um novo rumo. A entrega de Cristo na Cruz nos salva: “Onde abundou o pecado, superabundou a Graça” (Rm 5,20) e nos reconcilia com Deus, pela Misericórdia de Deus tornamo-nos seus filhos adotivos.

 

A Igreja reconhece na pessoa de Jesus um novo Adão, que, ao invés de desobedecer, obedeceu, ao invés de atender à tentação, resistiu a ela, se mostrando fiel e nos restaurando a vida. São Paulo nos mostra esta oposição entre morte e vida, pecado e salvação: “Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificação que traz a vida” (Rm 5,18).

A mancha pecado original, que é a privação da santidade e da justiça originais, é apagada por Deus no momento do Batismo “O último Adão tornou-se espírito, que dá a vida” (1 Cor 15,45b). Porém a inclinação para o mal permanece, necessitando o homem de estar ligado a Deus neste combate para vencer o mal.

Jesus, o novo e verdadeiro Adão, nos convida a receber esta Salvação e, na nossa liberdade, obedecermos ao chamado de Deus, que nos convida para uma vida nova e verdadeira.

Disse São Pedro Crisólogo: “Primeiro Adão, segundo Adão: o primeiro começou, o segundo não acabará. Pois o segundo é verdadeiramente o primeiro, como ele mesmo disse: ‘Eu sou o Primeiro e o Último’” (Serm. 117).       

DA GRUTA DE BELÉM AOS PÉS DO CALVÁRIO

Nossa Senhora realizou em sua vida todo o projeto de Deus.

Em Belém ela deu a luz ao Redentor da humanidade, na Cruz ela deu a luz à Igreja, pois ali nascia um novo povo conquistado pela Nova Aliança.

Essa Mulher de quem os profetas falaram. Pensada e amada por Deus desde o princípio da criação não é uma mulher qualquer, pois, foi o próprio Deus que a fez perfeita para gerar o seu Filho Unigênito. E a constituiu de glória para com Ele redimir o seu povo.

É por isso que a Sagrada Escritura a chama de “Mulher” é pó isso que Jesus a chama de “Mulher” ao invés de mãe porque ela Mulher é a mulher do plano de Deus.

Assim como Jesus, ela foi obediente ao Plano de Deus. Sendo a mais perfeita criatura depois de Jesus. O DNA do Filho é o DNA da Mãe. Jesus, o filho de Deus não tem o DNA de São José, mas tem o DNA de Nossa Senhora. E, portanto, o Sangue de Jesus derramado na Cruz pela nossa Salvação é o sangue de sua Mãe também. Logo, Nossa Senhora, jamais poderia ser uma mulher qualquer como queiram pensar alguns. Pelo contrário, se negarmos a coredenção de Maria, estamos negando a Redenção de Jesus.

AOS PÉS CRUZ – enquanto Nosso Senhor Jesus Cristo sofria no corpo, chagado, corado de espinhos e crucificado. Nossa Senhora estava também sendo crucificada na alma.

Ela como em dores de parto aos pés da cruz se tornou Nossa Mãe.

Deus tanto nos ama que deu-nos a Mãe do seu Filho por nossa Mãe.

“Mulher, eis aí o teu filho” ... “Filho, eis aí a tua mãe!” – João recebe em nosso nome Maria por mãe e Ela na pessoa de João, no silêncio do seu coração nos recebe por filhos.

Nos planos de Deus Maria é nossa Mãe. Mãe da humanidade. Ela é mãe dos santos e dos pecadores, é mãe da Igreja. É mãe dos que creem e mãe dos que não creem.   

Por vezes encontramos na Sagrada Escritura a “Mulher” – Quem é esta mulher? Esta mulher é Maria a imagem da perfeita Mulher porque seu Filho é o perfeito Homem.

Não é desmerecimento chamá-la de “Mulher” porque este é o sentido forte dado àquela que se fez submissa à vontade de Deus.

Maria colaborou no gênero humano a realização do divino. Seu ventre imaculado trouxe o filho de Deus.

A missão de Nossa Senhora acabou?

Não acabou. Aos pés da cruz foi gerado um novo povo. Jesus a deu-nos por Mãe. Mãe não só de todos os cristãos, mas, de toda a humanidade.

MARIA, A MULHER FORTE DO APOCALIPSE.

E apareceu um grande sinal no céu, uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar a luz.

Depois apareceu outro sinal. Um grande dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças dez coroas. Varria com a cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse dragão deteve-se diante da mulher que estava para dar à luz, afim de que quando ela desse a luz, lhe devorasse seu filho.

Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas, seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A mulher então se dirigiu para o deserto, onde Deus tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos sessenta dias.

Quem é a Mulher do Apocalipse?

Existem várias interpretações:

A mulher é Maria: essa é a interpretação defendida pela Igreja Católica, que entende que a mulher é um símbolo de Maria. Essa é uma das passagens mais utilizadas pelo catolicismo para defender uma ascensão de Maria ao céu.

A mulher é a Nação de Israel: essa é a interpretação preferida por quem defende o Pré-Milenismo Dispensacionalista, mas também existem estudiosos de outras linhas escatológicas que defendem essa posição. Nessa interpretação, os 1260 dias em que a mulher foge para o deserto, representam o período de Grande Tribulação.

A mulher é a Igreja: essa interpretação entende que tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, a Igreja é uma só, logo, a mulher é um símbolo da Igreja.

Todas elas são aceitas, mas, uma se sobressai; a primeira. A de que o texto também se refere à Maria. A Mulher em dores de parto coroada de 12 estrelas.

Recordemos, pois, quando escrevi que Nossa Senhora pelos méritos de seu Filho foi coroada desde o início dos tempos, assistida do Alto tornou-se a Mãe de Jesus e também nossa Mãe aos pés da Cruz.

Ela é a Rainha dos Céus e da Terra, é a Rainha de todos os santos; ela é a Mãe da Igreja e cuja coroa representa os 12 Apóstolos que são as colunas da Igreja sendo seu Filho Jesus o Cabeça desta mesma Igreja.

João viu que o mal representado pelo dragão queria devorar seu Filho, mas, ele foi arrebatado. Esse dragão que é o diabo trava uma luta contra a Mulher, a “Cheia de Graça” a fim de impedir os planos de Deus, mas, ela que foi pensada por Deus desde o Gênese haveria de vencer o dragão.

Maria, trava a batalha com o Dragão e com seu Filho vence. Porque ao contrário de Eva que se sujeitou à tentação, ela a NOVA EVA não se sujeita.

O diabo tenta, mas, a mão de Deus sobre Maria protege-a. Maria está continuamente assistida pelo Espírito Santo.

E vendo que não podia vencê-la o dragão se irritou com ela e sua descendência (Apoc1, 18), declarou guerra não só contra ela, mas, contra todos aqueles que seguem a Jesus e guardam os Mandamentos.

Vamos recordar o que Deus disse à serpente em Gênese: “Porei inimizade entre ti e a Mulher entre a tua descendência e a descendência dela...” Em Apocalipse mostra-nos que essa Mulher é Nossa Senhora e os inimigos do dragão somos nós os descendentes dela pela Cruz.

“Porque a todos que o receberam e creram no seu nome deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus.” – Jo1, 12-13 – “Aos quais não nasceram da vontade da carne, nem da vontade humana, mas, da vontade de Deus”. 

Logo, Deus é nosso Pai, Jesus é nosso irmão e Maria é nossa Mãe. Por isso, satanás está neste mundo e trava uma guerra sem cessar contra todos os seus Filhos. Ela como Mãe se dispõe continuamente a lutar contra as forças infernais.

Forças estas que movem os príncipes, reis e governantes desse mundo para tentar destruir a Igreja e a nossa Fé.

Os Céus devem se alegrar, mas, nós que estamos nessa batalha não devemos descuidar porque o demônio está aqui neste mundo e sabendo que pouco tempo lhe resta faz de tudo para destruir a Igreja. (Apoc12, 12)

É por isso que Nossa Senhora é constantemente atacada em sua honra.

Com as ofensas e mentiras, e falsas acusações o diabo usa os inimigos da Santa Igreja para “vomitar” contra ela toda sorte de blasfêmias porque sabe que seu final está chegando.

Maria luta conosco. Ela não nos desampara. Ela está sempre presente de olho protegendo seus filhos e como nossa mãe assiste do Alto e nos socorre sempre que necessário.

Portanto, cada palavra de carinho, cada Ave Maria que rezamos é uma chicotada nas costas do demônio, pois, ele sabe que quando ela disse SIM tudo estava perdido para ele.

Hoje, cumpre-se mais do que nunca as palavras do Apocalipse. De onde vem tanto ódio e desprezo por Nossa Senhora? Vem daqueles que se juntam à antiga serpente para tentar desmerecer a pessoa de Maria Santíssima. Porque a ela desde o início foi dado o poder de pisar sua cabeça.

Com base nisso tudo, fica claro qual é a posição mais coerente sobre a identidade da mulher, não é mesmo? O tema principal do livro do Apocalipse é a vitória de Cristo e de sua Igreja.

Nossa Senhora faz parte dessa vitória desde os primórdios da humanidade. Ela sempre esteve no coração de Deus-Pai.   

MARIA, MÃE DE DEUS?    

Um dos títulos que Nossa Senhora recebe é de Nossa Senhora Mãe de Deus.

Se Deus é eterno, pode Maria ser a Mãe de Deus?

Ela é a Theotókos = Mãe de Deus; ela é a Mãe de Deus Filho, Jesus Cristo. Logo, Jesus sendo o filho de Deus e portanto, é Deus consubstancial ao Pai, então ela se torna Mãe de Deus, do mesmo Deus que é Jesus.

Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus desde a concepção no ventre da Virgem Maria, portanto, ela se torna Mãe de Deus Filho. Ou seja, a Virgem Maria não é apenas Mãe de um ser humano, mas, ela é Mãe do Cristo, Deus encarnado. Ela deu a luz segundo a carne aquele que é o verbo de Deus.

E porque nós dizemos que ela é, e não dizemos que ela foi mãe de Deus?

Dizemos que ela é Mãe de Deus no tempo presente porque Deus é eterno. Seu Filho Jesus que com o Pai e o Espírito Santo é eterno.

Ela não é mãe apenas do Cristo em sua humanidade. Ela é Mãe do Cristo em tua totalidade em sua natureza humana e divina. Jesus é plenamente homem e plenamente Deus. E por isso ela é Mãe de Deus feito homem.

“Quando chegou a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho nascido de mulher”.  – Gálatas 4, 4 – é por isso que podemos chamá-la de Mãe de Deus. Porque o próprio Deus Filho quis nascer de seu  ventre.

O dogma da maternidade divina de Maria nos leva a rezar o papel importante no projeto de Salvação e aquela que se torna a Mãe de Deus, torna-se também Mãe da humanidade.

sábado, 12 de dezembro de 2020

A HISTÓRIA DA ÁRVORE DE NATAL E O SIGNIFICADO DA TROCA DE PRESENTES

 

A Árvore de Natal é um dos símbolos natalinos. Muitas vezes nós utilizamos os símbolos religiosos festivos do Natal, mas, não entendemos a origem e o significado deles.

A Árvore de Natal não foi um símbolo criado diretamente pela Igreja. Ela foi criada como símbolo natalino por um bispo e a história é muito bonita e interessante e cuja vou contar aqui:

Ela começa com um santo muito conhecido, São Bonifácio. Ele nasceu na Inglaterra por volta de 675-680.

Ingressou no monastério beneditino antes de ser enviado em missão pelo Papa para a Alemanha. Seu nome de batismo era Winfrido.


Viajou por toda a Alemanha pregando a Palavra de Deus e fortalecendo as regiões que já eram cristãs. Levou aos que não conheciam a Fé aos pagãos.

No ano de 723 aproximadamente ele viajou junto com um grupo de pessoas para a região da Baixa Saxônia. Região ainda pagã que cultuava vários deuses. Ali, perto de Geismar, no inverno, realizavam sacrifícios humanos e as vítimas normalmente eram criancinhas que eram sacrificadas ao deus Thor, o deus do trovão.

Esses sacrifícios eram oferecidos na base de uma árvore de carvalho. Chamavam-no de o “carvalho do trovão”.

Bonifácio e seus companheiros missionários chegaram a este lugar na véspera do Natal. Logo, apressou-se para interromper um sacrifício que ia ser realizado ali.

Com seu báculo, (báculo é o cajado do bispo), aproximou-se do carvalho e disse: “Aqui está o carvalho do trovão e aqui está a Cruz de Cristo que romperá o martelo de Thor, o deus falso”.

O verdugo, (nome dado ao indivíduo responsável pela execução da pena de morte ou de outros castigos corporais; carrasco, algoz), levantou seu martelo para matar a criança. O bispo então, estendeu o seu báculo de pastor para impedir o golpe e milagrosamente quebrou o grande martelo de pedra e salvou a criança.

Bonifácio disse aos presentes: “Escutai ó filhos do bosque!”

 “O sangue não derramará mais esta noite, a não ser que a piedade se derrame do peito de uma mãe porque nesta noite em que nasceu Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade”. 

“Ele é mais justo que Baldur, maior que Odim, o sábio, mais gentil que Freya, o bom”.

“Desde sua vinda, o sacrifício terminou”.

“A escuridão, Thor, a quem chamaram em vão é a morte.” “No fundo  das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre e a partir de agora vocês começarão a viver”.

“Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá sua terra e em nome de Deus vou destruí-la”.

Bonifácio pegando um machado que ali estava perto dele golpeou  o carvalho e naquele instante um forte vento derrubou a árvore com suas raízes. A árvore tombou ao chão quebrando-se em quatro pedaços.

Naquele lugar, posteriormente foi erguida uma capela com a madeira do carvalho para lembrar à posteridade de que Jesus Cristo é o vencedor do mal e nosso Salvador.

Bonifácio continuou a pregar àquele povo que estava assombrado e não podia acreditar que o poder de Cristo era maior que o de seus deuses.

Bonifácio viu mais à frente onde jazia um carvalho um pequeno arbusto de Abeto.

(Ramo de abeto)

(Abeto é o nome popular das diversas espécies do gênero Abies. São árvores coníferas da família das Pináceas, nativas de florestas temperadas da Europa, Ásia, Norte da África e Américas Central e do Norte.)

E disse:

“Esta pequena árvore, este pequeno filho do bosque, será sua árvore santa esta noite”.

“Esta é a madeira da paz... É o sinal de uma vida sem fim, porque suas folhas são sempre verdes. Olhem como as suas pontas estão dirigidas para o céu.”

“Terão que chamá-la a "Árvore do Menino Jesus". Reúnam em torno dela, não no bosque selvagem, mas, em seus lares; ali haverá refúgio e não haverá ações sangrentas, mas presentes amorosos e gestos de bondade”. 

Então os alemães iniciaram uma nova tradição nessa noite, a qual foi estendida até nossos dias. Ao trazer o abeto em seus lares decoram-no com velas para celebrar o nascimento de Jesus. 

A Árvore de Natal representa nossa esperança e nossa fé no Deus que se encarnou para nossa salvação.

Também representa o fim das trevas, a esperança na Salvação onde Cristo é o nosso Deus Senhor vencedor nos dá a luz da vida. 

E a troca dos presentes são símbolos da bondade a troca do mal pelo bem. Onde Cristo deve ser sempre o maior presente que devemos dar uns aos outros.

Ele se encarnou no seio da Virgem Maria e a noite de Natal deve ser o dia em que celebramos o fim das trevas e o nascimento da Luz. Cristo é a verdadeira luz.  E assim como aqueles pastores em Belém possamos sempre acorrer ao Rei dos reis e com os anjos cantar:

“Glória a Deus nas Alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”.

É importante conhecermos a história dos símbolos religiosos. Já ouvi de pessoas que não fazem parte da Igreja ou algumas até mal intencionadas que se utilizam de falsas acusações para dizer que a árvore de Natal é um símbolo pagão. Não só ela mas outros símbolos também e muitos católicos acreditam nessas pessoas porque não se interessam em pesquisar a origem dos símbolos que temos em nossa igreja. 

Eles foram criados para embelezar a Liturgia, e ajudar-nos a compreender a manifestação do amor de Deus por cada um de nós. Nas coisas simples podemos sentir a bondade e a presença do amor de Deus. Jesus várias vezes se utilizou da natureza para nos ensinar sobre o reino de Deus. Por exemplo quando ele fala que devemos que ter fé ainda como um grão de mostarda, pois, embora ela seja uma semente minúscula cresce e torna-se uma hortaliça.(Mt17, 20) - Nossa fé deve começar pequena e ir crescendo até se tornar uma árvore que dê frutos. 

Depois, Ele se compara à videira sendo Ele é a Verdadeira Videira, o Pai é o Agricultor, (Jo15, 1-11), e nós os ramos que devemos sempre estar ligados à ela para com sua seiva possamos dar frutos. Se não estivermos ligados a verdadeira videira que é Jesus, o Pai que é o agricultor nos cortará e nos lançará fora. Jesus utiliza do símbolo da Videira também como expressão da sua Igreja cujos membros que estiverem fora dela não poderão salvar-se. 

Jesus se utilizou do símbolo do "Bom Pastor" - o pastor cuidadoso que ama e cuida das sua ovelhas. Ele é nosso pastor. (Sl22/23; Jo10, 11-16) que dá a vida pelas suas ovelhas.

A cruz que antes era símbolo de maldição e escândalo tornou-se agora o símbolo de nossa Salvação. Porque nela morreu nosso Senhor e Salvador e é nela que devemos nos gloriar. (1Cor1, 23)    

Assim, durante a caminhada da Igreja através do Magistério da Igreja foram criados vários símbolos para que possamos enriquecer nossa vida cristã.

Mas, satanás tendo ódio profundo pela verdadeira Igreja e pelo povo católico coloca o ódio no coração das pessoas para que invertam seus significados a fim de acusar-nos de sermos contra a Palavra de Deus. Muitos roubam os símbolos cristãos e os utilizam se forma sacrílega justamente para confundir a fé das pessoas. É por isso que devemos entender sobre a origem e o significado dos símbolos religiosos. Pois, a Igreja jamais se utilizaria de tais coisas se estes não elevassem nossa espiritualidade. Ao contrário do que pensamos os símbolos religiosos deve sempre nos ligar à Palavra de Deus e à Oração. Juntamente com elas nos elevar até Deus. A principal função dos símbolos religiosos é trazer uma mensagem de amor, paz, fraternidade e fé para que tenhamos maior espiritualidade. 

Não é só na religião cristã que os símbolos existem. As outras religiões como por exemplo o budismo possuem vários símbolos. De maneira especial a Igreja criou tais símbolos para nos enriquecer espiritualmente.            

No caso da árvore de Natal, ela seria um símbolo anticristão se São Bonifácio utilizasse a mesma árvore do sacrifício pagão, o carvalho de Thor para tal. Mesmo assim, ainda que ele a tivesse utilizado, mas, a tivesse abençoado  ela poderia ser utilizada. Deixaria de ser o símbolo do sacrifício pagão. Pois, aquela árvore em si nada tem a ver com a insanidade dos que praticavam aquele ritual sangrento. Ela estava ali apenas para enfeitar a natureza é uma criação de Deus como todas as outras criatura. O diabo não criou nada, e portanto, ele não é dono de nada.

Mas, São Bonifácio utilizou-se de outra planta para criar um novo símbolo para o Natal. Um pequeno arbusto de Abeto cujo deu o nome de a "Árvore do Menino Jesus" que daquele dia em diante marcaria o fim do paganismo naquela região e o início de uma nova vida para aquele povo. Naquela noite comemorava-se o nascimento do Filho de Deus e o nascimento de um novo povo. Que linda história, não?

Nos dá o exemplo de que a bem sempre vence o mal. E nos ensina que devemos sempre estudar fundo nossa a fé que professamos. Precisamos entender bem o Catecismo, a Liturgia, os símbolos, os Sacramentos e os sacramentais, ler mais a Sagrada Escritura  para não cair nas falsas acusações das pessoas que são contra nossa fé.                

São Bonifácio transformou aquela noite sangrenta em uma noite de Paz e deu àquelas pessoas  amor e mostrou-lhes que a Luz que é Cristo é única capaz de vencer as trevas e acabar com o mal.

 

São Bonifácio, rogai por nós!           

 

                            

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

COMO ENTENDER O DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

Em primeiro lugar temos que entender: O que é dogma?   

Dogma é uma verdade de fé proclamado pela Igreja a respeito de uma verdade. É o ponto fundamental de uma doutrina, é certo e indiscutível.

Para que a Igreja proclame um dogma é necessário um concílio onde defina se aquilo é ou não verdade de fé.

É feito debates onde cada qual expõe suas alegações (as teses) e estes são submetidos aos votos dos bispos que em nome da Igreja. Dessa forma pode aceitar ou rejeitar segundo o julgamento dos que representam Magistério (autoridade) da Igreja.

Quem faz a proclamação do dogma é o Sumo Pontífice, ou seja, o Papa. O Papa que em nome da Igreja o diz a todo mundo e a partir de então toda a Igreja no mundo passa a aceitá-lo como verdade de fé.

É importante sabermos que os dogmas não podem entrar em contradição com a Sagrada Escritura. Eles tem que ter fundamentação bíblica direta ou indiretamente. Portanto se a Igreja estabelece um dogma é porque tal assunto foi minunciosamente pesquisado, estudado e amplamente debatido entre os bispos antes de ser aprovado.               

O Dogma da Imaculada Conceição, o que significa? 

A palavra conceição ou concepção vem do o Latim CONCIPERE, significa “engravidar”, formado por COM, intensificativo, mais CAPERE, “tomar, pegar”. A ideia básica é a de receber sêmen no útero. Concepção tem a mesma origem.


E imaculada
significa sem mácula ou mancha. Então, agora fica fácil entender o significado, logo, quer dizer concepção sem mácula.

Muitos católicos confundem sobre a Imaculada Conceição de Maria e de forma equivocada entendem que é a concepção de Jesus no ventre de Maria. Mas, na verdade, a Imaculada Conceição é a concepção de Maria no ventre de sua Mãe, Ana.

É um dogma que nos revela que Maria foi preservada da mancha do pecado original no momento de sua concepção, e permaneceu livre do pecado por toda a sua vida.

Esse dogma aplica-se a Virgem Maria. A Igreja acredita que a Virgem Maria foi concebida, sem a mancha do pecado original.

No plano de Deus, Jesus o Filho Unigênito de Deus assumiu a natureza humana a fim de realizar a sua missão Salvadora. Mas, como Deus é puro e santo não poderia unir-se à natureza humana se esta jê estava contraída pelo pecado.

Para isso Deus quis preservar aquela que foi escolhida para gerá-lo, Maria. Foi escolhida e nela foi infundida todas as graças necessárias inclusive a graça de ser concebida sem a mancha do pecado para que seu ventre se tornasse o Tabernáculo vivo do Filho de Deus que dela nasceria.

Isso podemos confirmar nas palavras do Anjo Gabriel – Lc1, 28:30 – “Ave cheia de graça, o Senhor é contigo”(...) “Não temas Maria, eis que encontraste graça diante de Deus”.

Podemos perceber que o Anjo ao saudar Maria, a chama de “agraciada” – na tradução Latina da Vulgata “gratia plena” que significa “plena ou cheia de graça” traduzida do grego (“κεχαριτωμένη”)  Kekariotomene.

Quando o Anjo visita Maria ele encontra a Cheia de Graça. Trata-lhe com todo carinho e respeito, pois, ela foi aquela que o Pai coroou com sua glória para ser a Mãe de seu Filho.

Então aquela jovem santa e imaculada recebeu o Verbo Divino em seu ventre imaculado.

Não poderia ser de outra forma. Maria pura, perfeita e santa no qual Jesus o filho de Deus receberia seu DNA e seu sangue é também o sangue de sua Mãe. Por isso, era necessário que Maria fosse preservada de todo pecado.  

Maria é o vaso puro e inoxidável através do qual Jesus recebe uma natureza humana imaculada e sem pecado. Na ladainha a invocamos com o título de “Vaso de ouro” e a “Arca da Aliança”. Porque ela abrigou primeiro o Santo dos Santos e tornou-se o primeiro Sacrário para o Filho de Deus.  

“Desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado”.

Maria nasceu livre da mancha do pecado original porque foi a escolhida de Deus para ser a Mãe de seu Filho. Por isso ela foi concebida santa e pura tornando-se nova arca da aliança onde o autor e princípio de todas as leis moraria em primeiro lugar. Ela concebeu Jesus; abrigou o Santo dos Santos e o seu ventre imaculado tornou-se o novo tabernáculo na Nova Aliança.

No livro do Gênesis, Deus anunciou pela primeira vez o seu plano de salvação realizado por meio de Cristo, ao afirmar à serpente: “Colocarei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3, 15). Deus dirige-se à serpente para dizer que os filhos da mulher atingirão sua cabeça. Quem é que atacará a cabeça da serpente? Jesus é quem veio para atacar a cabeça de Satanás e destruir seu poder. Portanto, se o filho da mulher é Jesus, a mulher obviamente é Maria.

Deus fala de inimizade entre a serpente e a mulher, e entre os descendentes da serpente e os descendentes da mulher. A descendência de Satanás é, na verdade, o pecado, com o qual ele deseja se multiplicar e encher a terra. Portanto, existe inimizade entre Maria, Jesus e Satanás autor do pecado.

Essa inimizade significa uma oposição total e completa. Assim, quando duas coisas estão em inimizade, elas não têm nada a ver uma com a outra; não há absolutamente nenhuma cooperação ou comunhão entre ambas. Isso significa que Jesus e Maria se opõem completamente a Satanás e ao pecado, não possuindo nenhuma cooperação ou comunhão com eles.

Era necessário que Maria não tivesse uma natureza decaída, pois qualquer participação no pecado original, ou mesmo no pecado pessoal, destruiria sua inimizade com Satanás e o pecado.

Por conseguinte, nesse primeiro anúncio do plano salvífico de Deus, vemos sua intenção de manter Maria totalmente livre do pecado, a fim de que Jesus pudesse assumir uma natureza humana incorruptível.

Outra referência à Imaculada Conceição de Maria está no Evangelho de Lucas, na Anunciação do anjo a Nossa Senhora (cf. Lc 1, 26-38). Conforme lemos acima.

A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV.

A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como “cheia de graça”), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.

Em sua Constituição Apostólica Ineffabilis Deus (8 de dezembro de 1854), que definiu oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3:15, onde Deus disse: “Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela”, assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar à luz o Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso “Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti” (na Vulgata: “Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te”), no Cântico dos Cânticos (4,7) é usado para defender a Imaculada Conceição, outros versos incluem:

“Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura.” (Êxodo 25:10-11)

“Pode o puro [Jesus] Vir dum ser impuro? Jamais!”(Jó 14:4)

“Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão.” (Deuteronômio 10:3)

Outras traduções para a palavras incorruptível (“Setim” em hebraico) incluem “acácia”, “indestrutível” e “duro” para descrever a madeira utilizada. Noé usou essa madeira porque era considerada muito durável e “incorruptível”. Maria é considerada a Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11:19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente “incorruptível” ou “imaculada”.

Desde o cristianismo primitivo diversos Padres da Igreja defenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente. No século IV, Efrém da Síria (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria são limpos e puros de toda a mancha do pecado.

Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro.

No século X, a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria[carece de fontes].

A festa da Imaculada Conceição de 8 de dezembro foi definida em 28 de Fevereiro 1476 pelo Papa Sisto IV. A Imaculada Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha (em latim, macula ) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.

A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV.

A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como “cheia de graça”), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.

Em sua Constituição Apostólica Ineffabilis Deus (8 de dezembro de 1854), que definiu oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3:15, onde Deus disse: “Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela”, assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar à luz o Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso “Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti” (na Vulgata: “Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te”), no Cântico dos Cânticos (4,7) é usado para defender a Imaculada Conceição, outros versos incluem:

“Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura.” (Êxodo 25:10-11)

“Pode o puro [Jesus] Vir dum ser impuro? Jamais!”(Jó 14:4)

“Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão.” (Deuteronômio 10:3)

Outras traduções para a palavras incorruptível (“Setim” em hebraico) incluem “acácia”, “indestrutível” e “duro” para descrever a madeira utilizada. Noé usou essa madeira porque era considerada muito durável e “incorruptível”. Maria é considerada a Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11:19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente “incorruptível” ou “imaculada”.

O DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO ERA CRIDO DESDE A PRIMAVERA DO CRISTIANISMO 

Desde o cristianismo primitivo diversos Padres da Igreja defenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente. No século IV, Efrém da Síria (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria são limpos e puros de toda a mancha do pecado.

Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro.

No século X, a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria [carece de fontes].

A festa da Imaculada Conceição de 8 de dezembro foi definida em 28 de Fevereiro 1476 pelo Papa Sisto IV. A existência da festa é um forte indício da crença da Igreja sobre a Imaculada Conceição mesmo antes da sua definição do século XIX como um dogma.

Em 1497, a Universidade de Paris decretou que ninguém poderia ser admitido na instituição se não defendesse a Imaculada Concepção de Maria, exemplo que foi seguido por outras universidades como a de Coimbra e de Évora. Em 1617, o Papa Paulo V proibiu que se afirmasse que Maria tivesse nascido com o pecado original, e em 1622 Gregório V impôs silêncio absoluto aos que se opunham à doutrina. Foi em 8 de Dezembro de 1661 que Alexandre VII promulgou a Constituição apostólica Sollicitudo omnium Ecclesiarum em que definia o sentido da palavra conceptio, proibindo qualquer discussão sobre o assunto.

Na Itália do século XV, o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.

 

Em 1497, a Universidade de Paris decretou que ninguém poderia ser admitido na instituição se não defendesse a Imaculada Concepção de Maria, exemplo que foi seguido por outras universidades como a de Coimbra e de Évora. Em 1617, o Papa Paulo V proibiu que se afirmasse que Maria tivesse nascido com o pecado original, e em 1622 Gregório V impôs silêncio absoluto aos que se opunham à doutrina. Foi em 8 de Dezembro de 1661 que Alexandre VII promulgou a Constituição apostólica Sollicitudo omnium Ecclesiarum em que definia o sentido da palavra conceptio, proibindo qualquer discussão sobre o assunto.

Na Itália do século XV, o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.

Maria precisava, tanto quanto todos nós, que Cristo a redimisse. E ela foi, como todos nós, redimida por sua morte na Cruz. Mas, como ela pode ter sido redimida pela morte de Jesus na Cruz antes mesmo de Jesus ter nascido?

Deus é eterno e transcendente e, portanto, não está submetido às limitações de espaço e tempo. Ele vê todo o tempo — passado, presente e futuro — de uma só vez. É como se olhasse para um trem muito longo do alto de um helicóptero. Os motores são o momento da Criação e o último vagão é o fim do mundo, e nós estamos em algum lugar entre os dois. Deus opera fora do tempo. Portanto, Ele tomou as graças e os méritos da morte de Jesus na Cruz e os aplicou de volta no tempo ao momento da concepção de Maria.

Ou seja, Maria foi a única pessoa que recebeu antecipadamente desde o ventre de sua mãe a graça salvífica da Cruz de Cristo para que se cumprisse o Plano de Salvação de Deus Pai.


Desse modo, Maria Santíssima, como todos nós, foi redimida por Cristo, embora, “por singular graça e privilégio do Deus onipotente”, ela também tenha sido completamente preservada do pecado original. Nesse sentido, Maria não foi apenas redimida, mas também preservada do pecado. Ela nunca teve pecado, nem por um segundo. Desde o primeiro momento de sua existência, Maria foi completamente preservada do pecado, sem nunca conhecer ou cooperar com ele em toda sua vida.

Embora fosse a escolhida de Deus-Pai, Maria tinha livre-arbítrio. Poderia ter rejeitado a graça de Deus e o seu plano, e caído no pecado como fez Eva um dia.

Ela poderia ter rejeitado no momento da Anunciação do anjo Gabriel.

Ela poderia ter dito “não” ao Pai, aos pés da Cruz, onde entregou seu Filho. No entanto, Maria cooperou e se rendeu ao grande dom da graça que Deus. Sua vida foi santa até sua partida deste mundo.

Maria é nosso grande modelo de fé a ser vivido pela Igreja. Somos chamados a cooperar com todas as graças que Deus escolhe nos dar, a fim de que, com humildade e amor, andemos pelo caminho que Ele quer para nós.

Rezemos: 

Ave Maria cheia de graça, o senhor é contigo. Bendita sois, entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus.

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

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Salve Maria, Mãe de misericórdia. Vida doçura, esperança nossa salve!

A vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gememos e choramos nesse vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro mostrai-nos Jesus, Bendito fruto do vosso ventre.

Ó clemente, ó piedosa, o doce Virgem Maria.

Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.  


Ó Maria concebida sem pecado!

Rogai por nós que recorremos a vós!


NO CALVÁRIO ELE ENTREGOU MARIA COMO NOSSA MÃE! (Jo19, 26-27) E DESDE ENTÃO NÃO SOMOS  MAIS ÓRFÃOS.

 

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  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...