quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

NOSSA SENHORA NO PLANO DE DEUS

 

Nossa Senhora esteve no plano de Deus desde o início da criação. Por causa da desobediência Eva pecou. 

O pecado de Eva não foi o pecado sexual como muitos pensam. Na Sagrada Escritura está escrito que Deus criou tudo que existe, (Gên1, 1-30), mas no início ainda não existia plantas, pois ainda não havia chuva. Então Deus criou o homem e a mulher. O pecado dos nossos primeiros pais foi a desobediência.

No início, Deus criou um jardim, um lugar especial separado de tudo para que ali Adão e Eva pudessem viver. Esse lugar é o Paraíso ou “Éden”, em hebraico significa prazer ou delícia. No jardim havia árvores frutíferas, animais e a função do homem naquele lugar era ser o guardião do jardim. (Gên2, 4-25) – Não havia pecado naquele lugar. Adão e Eva andavam nus e não se envergonhavam porque não existia maldade neles.       

No jardim havia a árvore da ciência do bem e do mal, (*podemos entender como uma metáfora para de que nossos primeiros pais não precisavam não conheciam a maldade que é obra do pecado.)

Deus havia proibido ao homem de comer o fruto da árvore do bem e do mal. Significa que Árvore do Bem e do Mal um simbolismo colocado sob a forma física a Adão e Eva, onde a aceitação desta (isto é, o comer do seu fruto) seria o "assinar embaixo" da humanidade em aceitar o pecado, enquanto que o não fazê-lo seria o aceitar estar com Deus.

No capítulo III de Gênese conhecemos a história. A serpente então tenta Eva a comer do fruto proibido por Deus. E tendo desobedecido fez com que Adão também comesse do fruto de desobedecesse a Deus. O mal não foi comer o fruto. O mal foi desobedecer a Deus e assim experimentar pela primeira vez o pecado.

Entende-se que a serpente seja na verdade a ação de satanás que instigou o pensamento de Eva para que desobedecesse a Deus. Comer do fruto significava abrir a mente para o bem e o mal. Deus tinha dito para não comer do fruto da Árvore do bem e do mal. Porque no dia em que comessem se tornariam mortais.  

Disse a serpente: “É verdade que Deus lhes proibiu de comer da árvore do jardim?” Disse a mulher: “Sim, podemos comer das árvores do jardim, mas, a árvore que está no meio, Deus disse não a tocareis para que não morrais”. Então a serpente disse: “Oh não!”

“Vós não morrereis. Deus sabe que no dia em que comerdes, vossos olhos se abrirão, (isto é, lhes abrirão a consciência e a razão), e sereis como deuses também, conhecedores do bem e do mal”.

A serpente convenceu a mulher, ela comeu e deu ao seu marido e o resto da história já sabe o que aconteceu. Seus olhos, isto é a consciência para o bem e para o mal. A partir de então tudo mudou por causa da desobediência.  

Vamos ater aqui às palavras de Deus quando Adão e Eva então se encheram de vergonha ao perceberem que estavam nus esconderam da face de Deus. Pronto o pecado entrou na vida daquele casal. (Gên3, 6-12).

Então, Deus amaldiçoou a serpente. Aqui temos que tomar muito cuidado, para não achar que todas as serpentes são malditas porque a serpente de que refere Gênese é o diabo. A linguagem de Gênese é figurada. Significa que diabo é astuto e age como uma serpente.

O diabo tendo se rebelado contra Deus, por inveja quis interferir nesse mundo a fim de perverter a maior obra de Deus que é o ser humano.

“Porque fizeste isto, serás maldita entre todos os animais da terra; andarás de rastos sobre o teu ventre, comerás o pó todos os dias de tua vida.”

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a descendência dela; esta lhe ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar”.  

Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e colocou anjos vigiando com espadas flamejantes para que não retornassem. O pecado trouxe consequências. O homem agora seria dono de seu próprio destino, comeria se trabalhasse e voltaria um dia ao pó de onde foi criado.

Nosso livre arbítrio não dá direito de desobedecer a Deus.

Embora Deus tenha-os criado com livre arbítrio eles tinham a proibição de Deus para não comer o fruto. Era uma prova de obediência que nossos primeiros pais não passaram. E tal desobediência fez com que o pecado e a morte entrassem no mundo.

(Rm 5,12). E todos pecaram, pois, como diz o Catecismo: “O gênero humano inteiro é Adão - como um só corpo de um só homem”. Portanto esta condição do pecado acabou sendo transmitida à toda a criação.

Ora, a alma do homem se tornou suja pelo pecado. Quem poderia salvá-lo ou redimir sua culpa? Toda a humanidade então estava arruinada e condenada, pois o salário do pecado é a morte.

Mas, Deus amando sua obra e tendo compaixão da humanidade já elaborou seu plano de amor. Satanás não teria domínio total, não venceria. O Plano era substituir o pecado pela graça. E desde aquele momento é que Ele lança o castigo sobre a serpente também escolhe uma mulher para que lhe fosse obediente e colaborasse com o plano de salvação para humanidade.

Primeiro Deus escolhe um homem justo, Abraão, e dele fez surgir povo justo para que o servisse. Esse povo chamado primeiramente de Hebreus e posteriormente Israelita foi povo eleito para dele nascer o Salvador. O Messias. Com esse povo Deus fez uma Aliança. Deu-lhes uma Lei. Mas, embora tendo feito tudo por eles por causa do pecado continuaram a pecar.

Mas, a promessa de salvação de Deus estava de pé. E chegando o dia certo Deus envia seu filho.  

Da descendência de Abraão nasceu Maria. Filha de Ana e Joaquim, de Nazaré na Galiléia.   

Deus enviaria seu Filho Unigênito. Para salvar a humanidade do pecado. 

Essa jovem não poderia ser maculada de pecado como Eva. Pois, se Deus que é perfeitíssimo não poderia deixar seu Filho que também é Deus nascer num ventre maculado de pecado. Afinal aquela criança não era filho de um pecador, mas era o Filho de Deus.

Para isso, Deus limpou o ventre de Ana do pecado e ela concebeu a menina imune do pecado e por isso, ela nasceu cheia da graça de Deus e é por isso que chegando a hora marcada por Deus para o momento da encarnação o Anjo aparece a ela e a saúda “Ave, cheia de graça o Senhor é contigo”!

O Anjo reconhece àquela moça a graça existente nela desde o início porque ela foi escolhida para conceber o Filho de Deus. Nela não existia o pecado original. Ela era santa desde o ventre de sua mãe. E mais, ela era coberta pelo Espírito Santo. Toda repleta de graça. (Lc1, 28). Ela, ao contrário de Eva,  obediente a Deus e com seu livre arbítrio disse: “Eis aqui a escrava do Senhor, seja  feita a vossa palavra”.

E assim Deus fez morada em seu ventre imaculado.

Vejam que ao contrário de Eva, Maria se utilizou de seu livre arbítrio para obedecer à vontade de Deus. Foi a primeira pisada que a mulher deu na cabeça da “serpente”. Naquele momento satanás começava a ser derrotado pelo SIM de Maria. 

Satanás nada podia contra aquela mulher porque ela era assistida pelo Espírito Santo. Diante dela o inferno todo estremece porque ela feriu satanás com sua obediência ao Pai e sua graça. Maria não estava apenas aceitando ser a Mãe do Salvador, mas, junto com o “SIM” da Encarnação do Verbo estava também o “SIM” do Calvário onde ela se tornaria nossa Mãe e Mãe da Igreja. 

Assim através de Maria a humanidade seria redimida. Maria se torna Coredentora junto ao seu filho no Plano de Deus. Ela geraria não só Jesus Cristo, mas, se tornaria mãe de um novo povo conquistado por Cristo.

MARIA, A  “NOVA EVA”, – se por uma mulher entrou o pecado no mundo, também por uma mulher, Maria de Nazaré entrou a Salvação.

São Paulo na Carta aos Romanos faz a feliz comparação entre Adão e Jesus Cristo: “Pois como o pecado entrou no mundo por um só homem e, por meio do pecado, a morte; (...) No entanto, a morte reinou no período de Adão até Moisés, mesmo sobre os que não pecaram à maneira da transgressão de Adão, o qual era figura daquele que devia vir. Entretanto, o dom da graça foi sem proporção com o pecado. Pois, se o pecado de um só toda a multidão humana foi ferida de morte, muito mais copiosamente se derramou, sobre a mesma multidão, a graça de um só homem, Jesus Cristo. (...) Com efeito, como pela desobediência de um só homem, a humanidade toda tornou-se pecadora, assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão justos” (Rm 5, 12. 14-15.19). O apóstolo das gentes deixa clara a relação entre Adão e Jesus: de Adão, desobediente, recebemos a condenação (“(...) este o pecado de um só, provocou um julgamento de condenação, (...)” Rm 5, 16), por Cristo, obediente, recebemos a justificação diante do Pai

 “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. (Lc1, 48) – disse Maria. E por quê? Porque O Senhor fez nela grandes coisas e porque seu nome é Santo. (Lc1, 49)

Por Eva recebemos a condenação, por Maria recebemos o Salvador. Alguns santos fizeram reflexões que reconheciam na Virgem Maria a “Eva” do Novo Testamento. Justino Mártir: “Entendemos que [Jesus] se Fez homem, por meio da Virgem, a fim de que o caminho que deu origem à desobediência. Eva era virgem e  incorrupta; concebendo a palavra da serpente, gerou a desobediência e a morte. A Virgem Maria, porém, concebeu fé e alegria quando o anjo Gabriel lhe anunciou a boa nova de que o Espírito do Senhor viria sobre ela; (...) Da Virgem, portanto, nasceu Jesus, de quem falam as Escrituras (...) aquele por quem Deus destrói a serpente”. Irineu de Lião: “Por Conseguinte (...) encontra-se Maria, Virgem obediente (...) Eva, ainda virgem, fez-se desobediente e tornou-se para si e para todo o gênero causa de morte. Maria, Virgem obediente, tornou-se para si e para todo gênero humano causa de salvação (...)”.

 

JESUS, O “NOVO ADÃO” – se por um homem, Adão, entrou o pecado e a morte. Por um homem Jesus Cristo entrou a Salvação.

Com a Encarnação de Jesus a história da humanidade ganha um novo rumo. A entrega de Cristo na Cruz nos salva: “Onde abundou o pecado, superabundou a Graça” (Rm 5,20) e nos reconcilia com Deus, pela Misericórdia de Deus tornamo-nos seus filhos adotivos.

 

A Igreja reconhece na pessoa de Jesus um novo Adão, que, ao invés de desobedecer, obedeceu, ao invés de atender à tentação, resistiu a ela, se mostrando fiel e nos restaurando a vida. São Paulo nos mostra esta oposição entre morte e vida, pecado e salvação: “Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificação que traz a vida” (Rm 5,18).

A mancha pecado original, que é a privação da santidade e da justiça originais, é apagada por Deus no momento do Batismo “O último Adão tornou-se espírito, que dá a vida” (1 Cor 15,45b). Porém a inclinação para o mal permanece, necessitando o homem de estar ligado a Deus neste combate para vencer o mal.

Jesus, o novo e verdadeiro Adão, nos convida a receber esta Salvação e, na nossa liberdade, obedecermos ao chamado de Deus, que nos convida para uma vida nova e verdadeira.

Disse São Pedro Crisólogo: “Primeiro Adão, segundo Adão: o primeiro começou, o segundo não acabará. Pois o segundo é verdadeiramente o primeiro, como ele mesmo disse: ‘Eu sou o Primeiro e o Último’” (Serm. 117).       

DA GRUTA DE BELÉM AOS PÉS DO CALVÁRIO

Nossa Senhora realizou em sua vida todo o projeto de Deus.

Em Belém ela deu a luz ao Redentor da humanidade, na Cruz ela deu a luz à Igreja, pois ali nascia um novo povo conquistado pela Nova Aliança.

Essa Mulher de quem os profetas falaram. Pensada e amada por Deus desde o princípio da criação não é uma mulher qualquer, pois, foi o próprio Deus que a fez perfeita para gerar o seu Filho Unigênito. E a constituiu de glória para com Ele redimir o seu povo.

É por isso que a Sagrada Escritura a chama de “Mulher” é pó isso que Jesus a chama de “Mulher” ao invés de mãe porque ela Mulher é a mulher do plano de Deus.

Assim como Jesus, ela foi obediente ao Plano de Deus. Sendo a mais perfeita criatura depois de Jesus. O DNA do Filho é o DNA da Mãe. Jesus, o filho de Deus não tem o DNA de São José, mas tem o DNA de Nossa Senhora. E, portanto, o Sangue de Jesus derramado na Cruz pela nossa Salvação é o sangue de sua Mãe também. Logo, Nossa Senhora, jamais poderia ser uma mulher qualquer como queiram pensar alguns. Pelo contrário, se negarmos a coredenção de Maria, estamos negando a Redenção de Jesus.

AOS PÉS CRUZ – enquanto Nosso Senhor Jesus Cristo sofria no corpo, chagado, corado de espinhos e crucificado. Nossa Senhora estava também sendo crucificada na alma.

Ela como em dores de parto aos pés da cruz se tornou Nossa Mãe.

Deus tanto nos ama que deu-nos a Mãe do seu Filho por nossa Mãe.

“Mulher, eis aí o teu filho” ... “Filho, eis aí a tua mãe!” – João recebe em nosso nome Maria por mãe e Ela na pessoa de João, no silêncio do seu coração nos recebe por filhos.

Nos planos de Deus Maria é nossa Mãe. Mãe da humanidade. Ela é mãe dos santos e dos pecadores, é mãe da Igreja. É mãe dos que creem e mãe dos que não creem.   

Por vezes encontramos na Sagrada Escritura a “Mulher” – Quem é esta mulher? Esta mulher é Maria a imagem da perfeita Mulher porque seu Filho é o perfeito Homem.

Não é desmerecimento chamá-la de “Mulher” porque este é o sentido forte dado àquela que se fez submissa à vontade de Deus.

Maria colaborou no gênero humano a realização do divino. Seu ventre imaculado trouxe o filho de Deus.

A missão de Nossa Senhora acabou?

Não acabou. Aos pés da cruz foi gerado um novo povo. Jesus a deu-nos por Mãe. Mãe não só de todos os cristãos, mas, de toda a humanidade.

MARIA, A MULHER FORTE DO APOCALIPSE.

E apareceu um grande sinal no céu, uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar a luz.

Depois apareceu outro sinal. Um grande dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças dez coroas. Varria com a cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse dragão deteve-se diante da mulher que estava para dar à luz, afim de que quando ela desse a luz, lhe devorasse seu filho.

Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas, seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A mulher então se dirigiu para o deserto, onde Deus tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos sessenta dias.

Quem é a Mulher do Apocalipse?

Existem várias interpretações:

A mulher é Maria: essa é a interpretação defendida pela Igreja Católica, que entende que a mulher é um símbolo de Maria. Essa é uma das passagens mais utilizadas pelo catolicismo para defender uma ascensão de Maria ao céu.

A mulher é a Nação de Israel: essa é a interpretação preferida por quem defende o Pré-Milenismo Dispensacionalista, mas também existem estudiosos de outras linhas escatológicas que defendem essa posição. Nessa interpretação, os 1260 dias em que a mulher foge para o deserto, representam o período de Grande Tribulação.

A mulher é a Igreja: essa interpretação entende que tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, a Igreja é uma só, logo, a mulher é um símbolo da Igreja.

Todas elas são aceitas, mas, uma se sobressai; a primeira. A de que o texto também se refere à Maria. A Mulher em dores de parto coroada de 12 estrelas.

Recordemos, pois, quando escrevi que Nossa Senhora pelos méritos de seu Filho foi coroada desde o início dos tempos, assistida do Alto tornou-se a Mãe de Jesus e também nossa Mãe aos pés da Cruz.

Ela é a Rainha dos Céus e da Terra, é a Rainha de todos os santos; ela é a Mãe da Igreja e cuja coroa representa os 12 Apóstolos que são as colunas da Igreja sendo seu Filho Jesus o Cabeça desta mesma Igreja.

João viu que o mal representado pelo dragão queria devorar seu Filho, mas, ele foi arrebatado. Esse dragão que é o diabo trava uma luta contra a Mulher, a “Cheia de Graça” a fim de impedir os planos de Deus, mas, ela que foi pensada por Deus desde o Gênese haveria de vencer o dragão.

Maria, trava a batalha com o Dragão e com seu Filho vence. Porque ao contrário de Eva que se sujeitou à tentação, ela a NOVA EVA não se sujeita.

O diabo tenta, mas, a mão de Deus sobre Maria protege-a. Maria está continuamente assistida pelo Espírito Santo.

E vendo que não podia vencê-la o dragão se irritou com ela e sua descendência (Apoc1, 18), declarou guerra não só contra ela, mas, contra todos aqueles que seguem a Jesus e guardam os Mandamentos.

Vamos recordar o que Deus disse à serpente em Gênese: “Porei inimizade entre ti e a Mulher entre a tua descendência e a descendência dela...” Em Apocalipse mostra-nos que essa Mulher é Nossa Senhora e os inimigos do dragão somos nós os descendentes dela pela Cruz.

“Porque a todos que o receberam e creram no seu nome deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus.” – Jo1, 12-13 – “Aos quais não nasceram da vontade da carne, nem da vontade humana, mas, da vontade de Deus”. 

Logo, Deus é nosso Pai, Jesus é nosso irmão e Maria é nossa Mãe. Por isso, satanás está neste mundo e trava uma guerra sem cessar contra todos os seus Filhos. Ela como Mãe se dispõe continuamente a lutar contra as forças infernais.

Forças estas que movem os príncipes, reis e governantes desse mundo para tentar destruir a Igreja e a nossa Fé.

Os Céus devem se alegrar, mas, nós que estamos nessa batalha não devemos descuidar porque o demônio está aqui neste mundo e sabendo que pouco tempo lhe resta faz de tudo para destruir a Igreja. (Apoc12, 12)

É por isso que Nossa Senhora é constantemente atacada em sua honra.

Com as ofensas e mentiras, e falsas acusações o diabo usa os inimigos da Santa Igreja para “vomitar” contra ela toda sorte de blasfêmias porque sabe que seu final está chegando.

Maria luta conosco. Ela não nos desampara. Ela está sempre presente de olho protegendo seus filhos e como nossa mãe assiste do Alto e nos socorre sempre que necessário.

Portanto, cada palavra de carinho, cada Ave Maria que rezamos é uma chicotada nas costas do demônio, pois, ele sabe que quando ela disse SIM tudo estava perdido para ele.

Hoje, cumpre-se mais do que nunca as palavras do Apocalipse. De onde vem tanto ódio e desprezo por Nossa Senhora? Vem daqueles que se juntam à antiga serpente para tentar desmerecer a pessoa de Maria Santíssima. Porque a ela desde o início foi dado o poder de pisar sua cabeça.

Com base nisso tudo, fica claro qual é a posição mais coerente sobre a identidade da mulher, não é mesmo? O tema principal do livro do Apocalipse é a vitória de Cristo e de sua Igreja.

Nossa Senhora faz parte dessa vitória desde os primórdios da humanidade. Ela sempre esteve no coração de Deus-Pai.   

MARIA, MÃE DE DEUS?    

Um dos títulos que Nossa Senhora recebe é de Nossa Senhora Mãe de Deus.

Se Deus é eterno, pode Maria ser a Mãe de Deus?

Ela é a Theotókos = Mãe de Deus; ela é a Mãe de Deus Filho, Jesus Cristo. Logo, Jesus sendo o filho de Deus e portanto, é Deus consubstancial ao Pai, então ela se torna Mãe de Deus, do mesmo Deus que é Jesus.

Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus desde a concepção no ventre da Virgem Maria, portanto, ela se torna Mãe de Deus Filho. Ou seja, a Virgem Maria não é apenas Mãe de um ser humano, mas, ela é Mãe do Cristo, Deus encarnado. Ela deu a luz segundo a carne aquele que é o verbo de Deus.

E porque nós dizemos que ela é, e não dizemos que ela foi mãe de Deus?

Dizemos que ela é Mãe de Deus no tempo presente porque Deus é eterno. Seu Filho Jesus que com o Pai e o Espírito Santo é eterno.

Ela não é mãe apenas do Cristo em sua humanidade. Ela é Mãe do Cristo em tua totalidade em sua natureza humana e divina. Jesus é plenamente homem e plenamente Deus. E por isso ela é Mãe de Deus feito homem.

“Quando chegou a plenitude dos tempos Deus enviou seu Filho nascido de mulher”.  – Gálatas 4, 4 – é por isso que podemos chamá-la de Mãe de Deus. Porque o próprio Deus Filho quis nascer de seu  ventre.

O dogma da maternidade divina de Maria nos leva a rezar o papel importante no projeto de Salvação e aquela que se torna a Mãe de Deus, torna-se também Mãe da humanidade.

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