sábado, 22 de abril de 2023

CATEQUESE SOBRBE O BATISMO

 

A acusação de que a Igreja Católica é errada, porque batiza crianças é antigo. Mas, a Igreja tem sua posição baseada não em achismos, mas está na Sagrada Tradição, na Escritura e na sua Doutrina  solidificada ao longo de séculos. Não há o que se temer quanto a isso, pois, a Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade. 
Vamos ler e aprender sobre o Batismo. Porque ele é importante. Para que aprendendo possamos ajudar as pessoas a entender que ele é necessário para a vida cristã e da Igreja, é necessário para a salvação. Por isso, a Igreja cuida para que todas as crianças recebam o Batismo não como um dever apenas, mas como um direito dado por Deus a nós por meio de Jesus Cristo.
     
Com as redes sociais tem se espalhado, hoje muitas pessoas sem o devido conhecimento, se achando "sabichões da teologia" estão espalhando mentiras e calúnias sobre a Igreja Católica e colocando dúvidas nas pessoas, inclusive nos católicos que não tiveram uma boa formação catequética. Por esse motivo é  nosso dever,  padres, dos catequistas e evangelizadores ensinar a verdade da Igreja e esclarecer,  para que à luz do Evangelho e da Sã Doutrina possam aprender e juntos ensinar a outras pessoas. 
Vamos aprender sobre o que é o Batismo, o que ele representa e o que a Igreja nos ensina e a verdade sobre ele.

Sabemos que ele é em primeiro um sacramento. Mas, o que é Sacramento?

Sacramento é o sinal visível da graça de Deus, que opera por meio da Igreja de modo visível, isto é, por meio dos sinais visíveis, pelos quais nos é dispensado a graça divina opera: a água do Batismo, óleo dos catecúmenos e o óleo do Crisma; óleo da Unção dos enfermos... são os sacramentais.

A função de cada sacramento, como o próprio nome diz é nos fazer sagrados, nos tornar santos pela ação do Espírito Santo durante esta vida e na vida eterna.

Jesus instituiu 7 Sacramentos: Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão ou Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio.

Em especial vamos aprender mais sobre a verdade do Batismo. O Batismo possui uma característica especial e veio substituir um a circuncisão.

No Antigo Testamento Deus instituiu como sinal de sua Aliança entre Ele e o povo de Israel a circuncisão, desde Abraão que todo bebê do sexo masculino devia ser circuncidado. Consistia em que todo bebê judeu deveria ser circuncidado, tirava a parte do prepúcio do pênis. Este era o sinal de consagração, era o sinal visível do contrato, (ou Aliança) que Deus fez com Abraão, Isaac e Jacó. Portanto, Nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto homem era judeu e para cumprir a Lei foi circuncidado.

Mas, além deste, Deus ainda pedia outro tipo de circuncisão, que é a circuncisão do coração. Isto é o povo de Israel deveria servir somente a Deus amando-o de todo coração, pondo em prática seus Mandamentos de romper com todo tipo de escravidão e de idolatria. Os homens ao ver este sinal em seus corpos e no coração entenderiam que ele e não só Javé é Deus e Senhor, como posteriormente toda sua família deveriam ser consagrados a Deus.

Deut10, 14-16 - Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão-somente o Senhor tomou prazer em teus pais para os amar; e a vós, semente deles, escolheu depois deles, de todos os povos, como neste dia se vê. Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.

Jer4,4 - “Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras.”

A palavra circuncidar literalmente significa "cortar ao redor". Como um rito religioso, a circuncisão era exigida de todos os descendentes de Abraão como um sinal da aliança que Deus fez com ele (Gênesis 17, 9-14; Atos 7, 8). A Lei mosaica repetiu a exigência (Levítico 12, 2-3), e os judeus ao longo dos séculos têm continuado a praticar a circuncisão (Josué 5:2–3; Lucas 1:59; Atos 16, 3; Filipenses 3, 5).

A visão cristã da circuncisão é provavelmente mais bem descrita como uma combinação das duas.

No decorrer da história do povo de Deus, mesmo com este sinal, a circuncisão que Deus exigia, a do coração não era cumprida. Aquele povo estava de coração duro e vazio. A Lei era cumprida somente no exterior e não dentro de cada um. Tanto que Jesus os chamou de hipócritas e de sepulcros caiados pois, eles (os fariseus) que deviam cumprir a Lei com o coração, isto é, por amor a Deus, faziam apenas para se promoverem e para aparecerem perante a sociedade. (Mt23, 23-39)

Logo, a circuncisão perdeu seu efeito principal que era fazer aquele povo recordar que era uma nação consagrada e que por isso devia servir e amar a Deus de todo coração, com amor e com toda alma e cumprir os seus Mandamentos. “Esse povo me hora com os lábios, mas, seu coração está longe de mim.  Is 29,13-Mt15, 8-9.

Nosso Senhor Jesus Cristo veio para dar o exemplo, mas, eles, incircuncisos de coração rejeitaram a Boa Nova da Salvação. "Veio para os seus, mas, os seus não o acolheram". Jo1, 11-13

O BATISMO

A primeira vez que aparece a palavra batismo é no Novo Testamento, quando o profeta João o Batista, (que era filho de Isabel e do Sacerdote Zacarias, primos de Nosso Senhor), apareceu como o “Precursor do Messias”, isto é, o preparador para a chegada de Jesus Cristo, o Messias.

João Batizava as pessoas imergindo-as na água como sinal de conversão. As pessoas acorriam a João após ouvir sua pregação de que a salvação está a caminho. O Messias está às portas. João fez muitos discípulos e estes também batizavam as pessoas. E depois, João entende que sua missão havia terminado, e manda que estes mesmos discípulos seguissem Jesus. 

Batismo vem da palavra grega “baptizem”. Significa mergulhar, imergir. É O FUNDAMENTO DE TODA VIDA CRISTÃ. (Vitae Spritualis janua”), a porta que dá acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus em Cristo; somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: “Baptimus est cracamentuum regenerationis per aquan in verbo” – “O Batismo é o sacramento de regeneração mediante a água e a palavra.” (Art. I – CIC, n. 1213)

Pelo Batismo de João as pessoas eram lavadas ou purificadas. E estas arrependidas voltavam a prática dos Mandamentos, traziam consigo a renovação da promessa de Deus pela vida do Messias.

Mas, o próprio João disse que Ele apenas batizava com água, e que seu batismo era como sinal de um batismo maior que aconteceria no futuro com Aquele (Jesus Cristo) que batizaria com Espírito Santo e com fogo. João falava do Batismo não só de água, mas o Batismo no Espírito Santo, e como sacramento, aos quais nós todos desde Pentecostes recebemos da Santa Igreja.

“Eu batizo com água, mas virá alguém, após mim e este é mais forte do que eu. Eu não sou digno nem de desatar o nó de suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Jo3, 16. 

Nosso Senhor, que como todo judeu havia sido circuncidado, também se apresentou no templo, foi até João Batista e por ele foi batizado. Mt3, 13-17

Nosso Senhor Jesus Cristo, não precisava ser batizado porque era perfeito em tudo e não tinha pecado nem necessidade de conversão. Mas, para dar exemplo e para cumprir a Lei foi batizado.

O “batismo” de João não é a mesma coisa que batismo da Igreja. Ele prefigura o verdadeiro Batismo instituído por Jesus. Enquanto que o batismo de João era para a conversão, o batismo da Igreja é para a iniciação da vida cristã. É o primeiro Sacramento que o cristão deve receber.

O PENSAMENTO ERRADO DOS PROTESTANTES – os protestantes confundem o batismo de João com o Batismo cristão. A forma é igual, mas, o sentido, o rito é diferente. E por isso, acham que o batismo cristão é para só apagar os pecados e por isso, dizem, é errado batizar criança porque criança não tem pecado e quando alguém se torna protestante tem que se rebatizar. Aí começa toda a confusão na cabeça das pessoas porque o Batismo cristão não é somente para apagar pecados. Ele apaga o pecado pecado original os demais pecados, e os futuros são perdoados pelo Sacramento da Confissão

Acontece que o protestantismo não crê nos demais Sacramentos e por isso não os tem. Levando o protestante mais uma vez ao erro. O pensamento protestante é egoísta porque não aceita a graça de Deus nos outros 06 Sacramentos dentre eles a Eucaristia e Confissão. Para eles basta crer e aceitar Jesus e está salvo e, se pecar basta confessar diretamente com Deus. Porque tais ainda que pudessem ou acreditassem não o pode fazer já que não existe no protestantismo o sacerdócio devidamente ordenado. Isso faz com que protestantismo manque por falta de pilares. 

O mais importante do Batismo é a Fé que o catecúmeno recebe. Fé que os pais e padrinhos pedem a Igreja para seu filho(o) que crescerá já, dentro da Comunidade. Fé que a pessoa levará até o dia do juízo. Fé que os tornará santos diante de Deus. Fé que os fará participantes do real sacerdócio de Cristo. Fé que garantirá a Salvação. Essa mesma Fé que unida a Jesus Cristo deverá ser nos demais Sacramentos.

O QUE É O BATISMO CRISTÃO?

O BATISMO cristão, diferente do batismo de João, em primeiro lugar é um Sacramento. Isto é, sinal da graça de Deus em nossa vida. Assim como a circuncisão na Antiga Aliança era o sinal que marcava o homem e o consagrava a Deus, Nosso Senhor instituiu o batismo como Sacramento, como sinal da sua graça santificante  pelo qual nós que fazemos parte da Nova Aliança nos tornamos: “filhos(as) de Deus”, herdeiros do céu e membros da Igreja. No batismo cristão nós recebemos uma identidade nova, um nome novo, uma roupa nova, uma vida nova e nos é restaurada a dignidade de filhos de Deus e a força do Espírito Santo. O Batismo é para homens e mulheres, adultos, jovens e crianças

Não se batiza por superstição. Tem gente que acha que uma criança deve ser batizada porque é pagã. Quantas vezes ouvimos: "Olha, fulano, você deve batizar seu filho, senão ele vai morrer pagão!" - Isto é superstição. 
Não é verdade, o que é uma pessoa pagã? Os pagãos são pessoas que não são cristãs. São pessoas as quais ainda não conhecem a Jesus. Como por exemplo, pessoas de outros credos que a bíblia chama de gentios. As crianças destes povos e destas religiões são pagãs porque seus pais são pagãos. A criança, cuja é filha de pais cristãos não é pagã, porque os pais são cristãos batizados. Deve-se deve batizar para que a criança receba a adoção filial de Deus, se torne filho(a) de Deus e membro da Igreja. 
Não se pode negar o batismo a ninguém. Qual o pai e mãe que não desejaria o melhor para o seu filho? Negar o batismo, seria deixar a criança sem a graça da Salvação. É por isso que a Igreja recomenda que tão logo a criança nasça deve-se fazer o Batismo. 
Jesus disse: "Qual pai que o filho pedirá um ovo e o pai lhe dará um escorpião?" "Pois se um pai deseja dar o melhor para seu filho, quanto o Pai do céu mais anseia em  dar a vocês o Espírito Santo?." (Lc 11, 13) - Assim, podemos perguntar: Qual pai não desejaria dar o melhor a seu filho, que não seja a graça de Deus em fazê-lo filho de Deus pelo Batismo? Se o Pai do céu anseia em dar-nos o Espírito Santo, podemos negá-lo às nossas crianças?

👉Identidade e vida nova -  pelo Batismo nos tornamos cristãos. Recebemos um nome que nos acompanhará para sempre. Pelo Batismo recebemos a marca de Cristo e participamos com Ele igualmente da sua Ressurreição. Pelo Batismo, morremos para o mundo e nascemos para Deus. Somos sepultados com Cristo e renascidos por Ele. Pelo Batismo recebemos vida nova em Cristo, a vida dos filhos de Deus.  

👉Somos Lavados - lavados da culpa do pecado original, recebemos a veste branca para entrar no banquete do Cordeiro. Vestes que foram lavadas por Jesus no Calvário entregue aos seus eleitos.

👉Dignidade restaurada. Pelo batismo nos tornamos filhos de Deus e herdeiros do Céu. A dignidade perdida por Adão pelo pecado, pela graça do Batismo nos é devolvida.

👉Tornamos membros da Igreja – na antiga aliança os homens depois da circuncisão, ao completarem 12 anos eram apresentados no Templo e, depois de oferecidos os sacrifícios, ganhavam o direito de ler as Escrituras, comentá-las e podiam participar da Comunidade. Pelo Batismo nos tornamos Igreja e membros da “igreja” a Comunidade de Cristo. Ganhamos o direito de nela estar e dela participar e nela santificar nossa vida servindo-a com amor, pois, é nela que Jesus quis que vivêssemos como verdadeiros filhos de Deus.

👉Recebemos o Selo - pelo batismo somos marcados com o selo de Cristo, marca indelével que nos faz participantes de seu sacerdócio. 

 

É verdade que a Igreja batiza apenas crianças? 

Não é verdade. A Igreja batiza crianças, jovens e adultos.

O batismo apaga pecados? Porque se apaga pecados as crianças não podem ser batizadas, pois, elas não têm pecado. 

Esta é uma acusação que os protestantes fazem e que põem em dúvida muitos católicos.

O batismo apaga os pecados atuais e os futuros pecados? Sim. Mas existe outras funções do Batismo:

Como aprendemos ele inicia a pessoa na vida cristã, e apaga os pecados original que herdamos de nossos primeiros pais Adão e Eva. O pecado original é uma marca que carregamos desde somos concebidos, o batismo restaura em nós a graça divina. 

O que ensina o Catecismo da Igreja?

O efeito principal do Batismo é a purificação dos pecados e um novo nascimento no Espírito Santo – CIC 1262.

Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados, o pecado original e os pessoais. Com efeito naqueles que foram regenerados não há nada que impeça de entrar no Reino de Deus. (CIC 1263)

No cristão, mesmo depois do batismo, porém, certas consequências temporais do pecado permanecem, o sofrimento, a doença e a morte... a "propensão" do pecado ou concupiscência ou, metaforicamente o “Incentivo ao pecado”.  Devemos combatê-la embora ela não seja capaz de prejudicar aqueles que com coragem resistem pela graça de Cristo. “O Atleta só recebe a coroa se lutar segundo as regras” (2Tm2,5) 

Ou seja, mesmo batizados ainda existe em nós a inclinação para o pecado. Embora seus efeitos não são mais devastadores porque pela graça divina agora somos capazes de lutar e vencer se seguirmos as regras. E quais são as regras? a) Ter consciência que errou, b) fazer uma análise de vida e buscar consertar o erro, c) arrepender-se e buscar o perdão, d) mudança de vida e propósito. O Batismo garante esta força para vencer todas as tentações do pecado. 

Porque todos pecaram e estão privados da graça de Deus.” -  Rm3, 23  – “Isto é, a justiça de Deus, por intermédio da fé em Jesus Cristo para todas as pessoas que creem. Porquanto não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus…”

 

“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo”. (CIC – 1250)

 

Sabendo, pois, que o Batismo é necessário para a Salvação, e que somente este é o meio pelo qual se pode garantir a entrada na eternidade e não reconhece outro, a Igreja não negligencia o Batismo e cuida para que todos possam ser batizados. (CIC-1257) Portanto, as crianças têm o direito de receber o batismo e os pais cristãos tem o dever de levar seus filhos para serem batizados. 

 

E os pecados futuros?

 

Pelo batismo nos é restituída a graça da Redenção.  Deus sabe que somos pecadores, ele nos ama, mas, ele detesta o pecado. Ama o pecador em sua infinita misericórdia; por meio de Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Confissão, para que através dele todos os batizados possam ser perdoados se de coração buscarem o arrependimento. 

Batismo e Circuncisão 

No Antigo Testamento os judeus eram circuncidados quando eram ainda bebês, mas, também havia circuncisão de adultos. Por exemplo, quando uma judia se casava com uma pessoa de outra nação, mandava a Lei de Moisés que este antes de se casar devia se converter ao judaísmo e ser circuncidado.

A criança depois da circuncisão era levada ao Templo e apresentada a toda comunidade. 

A Igreja conservou esta tradição. A criança é batizada e, depois que se torna jovem ou mesmo adulta é dado a ela o Sacramento da Confirmação (o Crisma) é confirmada na fé da Igreja.  

No rito do batismo os pais e os padrinhos respondem a Profissão de Fé da Igreja pela criança. Esta profissão de fé é renovada no dia da Crisma pelo próprio crismando.

No Novo Testamento Jesus mandou batizar. Não existe idade máxima e mínima para o batismo.

Objeção dos protestantes: “as crianças de colo não podem ser batizadas porque elas não podem ainda aprender sobre a palavra, não têm consciência do que estão recebendo”.

Pelo contrário! Em Mt28, 19-20, Jesus manda primeiro batizar, depois ensinar a sua Doutrina. “Ide, pois, (...) batizai, (...) Ensinando a observar tudo o que vos tenho ordenado!” – como podemos observar que Jesus não ordena pregar a palavra primeiro ao catecúmeno; manda batizar primeiro logo, podemos crer que isso se deve porque as crianças também devem ser batizadas. Quem pedirá a fé para seus filhos são os pais, quem os educará na fé serão os pais, quem dará e confirmará esta mesma fé é a Igreja. 

Os pais e padrinhos são responsáveis por catequisar a criança

👉O primeiro contato com a Fé, com a Palavra e a Doutrina se dá através dos pais e dos Padrinhos. Por isso, é necessário que antes pedir o batismo para os filhos, os pais sejam pessoas de fé, católicos assíduos, devem ter uma vida cristã reta e os padrinhos também devem ser pessoas de fé capazes de ajudar seus afilhados a crescer na fé da Igreja.

O Batismo e todos os Sacramentos não são acontecimentos sociais, portanto, não se escolhe um padrinho ou madrinha pelo status social, por interesse, mas, por causa da sua boa formação de moral cristã, porque em falta dos pais os padrinhos assumem o dever de cuidar dos afilhados físico e espiritualmente.  

Porque os protestantes dizem que não se pode batizar crianças?

O erro protestante é achar que o Batismo cristão é o mesmo batismo de João. Não! O Batismo de João é prefiguração do Batismo cristão.

O batismo cristão é para tornar a pessoa filho de Deus, restituir a graça perdida pelo pecado original e tornar a pessoa membro da Igreja. Não tem nada a ver com o batismo de João Batista. Se uma família é cristã, se o casal é batizado os pais podem batizar os filhos grandes ou pequenos. Se for adulto deverá passar por uma preparação para receber o batismo. “Quem crer e for batizado será salvo!” (Mc16, 15-18) Crer é a primeira condição para que possamos aderir ao projeto de salvação de Deus. Por isso, o Evangelho de hoje nos propõe assumir a vida nova que Jesus Cristo veio nos trazer pela fé e conversão. Uma criança ainda não pode crer, mas, se é filho(a) de pais cristãos, os pais respondem pela fé da criança. Em Atos diz que quando os Apóstolos batizavam costumavam batizar a famílias inteiras, pois, era costume que se o Patriarca da família tomasse uma atitude, todo o restante da família aderia a ele. Portanto, é de supor que se o pai fosse batizado toda sua família seria, incluindo a esposa os outros adultos e também as crianças.

Quem afirmar que a Igreja só batiza crianças ou que só se deve batizar só adultos é mentiroso. Jesus não deixou um manual ou nenhuma orientação dizendo tal coisa. Apenas que anunciasse o evangelho e batizasse. Ora, se o batismo de crianças acontece, em primeiro lugar é porque de alguma forma o evangelho já chegou àquelas famílias e, por conseguinte, os pais são cristãos. Agora, se um adulto que se converteu desejar o batismo a este sim, o catecúmeno deverá passar por um processo que preparação antes de receber o sacramento. A Pastoral do Batismo cuidará de sua acolhida e da preparação necessária.

No caso das crianças, a Igreja prepara os pais para o Batismo. Quem cuida  é a Pastoral do Batismo. Depois, no futuro, a criança, o jovem e o adulto deverá será encaminhado para a Catequese na Paróquia ou na Comunidade em que pertence e com a ajuda dos catequistas darão continuidade à sua formação cristã para receber os demais Sacramentos. 

👇O que o Catecismo nos ensina sobre o Batismo? 👇

CIC  = Catecismo da Igreja Católica

O Batismo de crianças: (CIC - 1250,1251, 1252) – Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça  da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais assim privaram a criança da graça inestimável de se tornar filha de Deus, se não lhe conferirem o Batismo pouco depois do nascimento.

Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também a sua função de alimentar a vida que Deus lhes confiou.

A prática de batizar crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. É bem possível, porém, que, desde o início da pregação apostólica, quando “casas” (famílias) inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado crianças.   

O batismo pode ser apenas em nome de Jesus?

Não. O Batismo é feito em nome da Santíssima Trindade. O Pai, Filho e Espírito Santo.

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!” (Mt28, 19).

Está no Evangelho e se o batismo não for dado em nome das três pessoas da Santíssima Trindade não é válido. É por isso que a Igreja Católica não reconhece o batismo de algumas denominações. Porque não se pode batizar em nome de Deus, de Jesus ou do Espírito Santo. Simplesmente porque se fizer isso é idolatria, pois, Deus é um só em três pessoas e não três deuses. O Pai é Deus, Jesus é Deus, com o Espírito Santo é um só Deus. 

Antigamente o batismo era feito somente no dia da Vigília Pascal, isto é, no sábado santo após a sexta-feira da paixão. Depois passou a ser dado em outras épocas do ano.  

Imersão, aspersão ou derramamento de água?

Eis a dúvida... Os protestantes dizem que o batismo só pode ser por imersão baseado no batismo de João. E porque Baptizem significa mergulhar.  

Mas, o Batismo cristão não deixa claro uma maneira apenas de se batizar. Então a Igreja Católica aceita os três desde que seja obedecido o rito próprio.

 

CIC – 1214: Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: Batizar, baptizem em grego quer dizer “mergulhar”, “imergir”. O mergulho na água significa sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual Ele ressuscita como “nova criatura” (1Cor5, 17; Gl6, 15)

CIC – 1215: Este Sacramento também é chamado de “o banho da regeneração e renovação no Espírito Santo” (Tito 3, 15), pois ele significa e realiza este nascimento, a partir do Espírito, sem o qual

Ninguém “poderá entrar no reino de Deus” (Jo3,5).

CIC – 1216: “Este banho é denominado iluminação. Porque aqueles que recebem este ensinamento (catequético) têm o espírito iluminado... Depois de, no Batismo, receber o Verbo, “a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina” (Jo1,9), o batizado, “após ter sido iluminado”  se converte em “luz do Senhor” e em luz ele mesmo (Ef5,8)

O Batismo “é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus [...] Chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo e de tudo que existe de ais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que trazem; graça, porque é dado até aos culpados; batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é o sinal do senhorio de Deus.

CIC - 1253 / Fé e Batismo – O Batismo é sacramento de fé – a fé, no entanto, tem a necessidade da comunidade dos crentes. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas, um começo que deve se desenvolver. Ao catecúmeno ou ao seu padrinho é feita a pergunta: “Que pedes a Igreja de Deus?” E ele responde: “A fé!”

Em todos os batizados, crianças e adultos a fé deve crescer - (1254) após o Batismo. Por isso, a Igreja celebra a cada ano, na noite Pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.

CIC - 1255 – Para que a graça batismal possa se desenvolver, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira ação eclesial (“officium”). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.    

 

Na liturgia da Vigília Pascal, quando é benzida a água do batismo, a igreja recorda os acontecimentos da história da salvação que prefiguravam o Batismo.: “Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer conhecer a graça do Batismo”.

 

Desde a origem do mundo, a água, criatura humilde e admirável, é fonte de vida e fecundidade. A Sagrada Escritura a vê como “incubada” pelo Espírito de Deus.: “Já na origem do mundo, vosso Espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar”.

CIC - 1219 – A Igreja viu na Arca de Noé, uma prefiguração da salvação e do Batismo. Por ela, com efeito, “poucas pessoas, (08), foram salvas por meio da água – 1Pd3, 20: “Nas próprias águas do dilúvio, prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade”.

CIC - 1220 – Se a água de fonte simboliza a vida, a água do mar é um símbolo da morte, razão pelo qual o mar poderia prefigurar o mistério da Cruz. Por este simbolismo, o Batismo significa a comunhão com a morte de Cristo.

CIC - 221 – É sobretudo a travessia do mar vermelho, verdadeira libertação de Israel da escravidão do Egito, que anuncia a libertação operada pelo Batismo.: “Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo”.

CIC - 1222 – Por fim, o Batismo é prefigurado na travessia do rio Jordão, pela qual o povo de Deus recebe o dom da terra prometida à descendência de a Abraão, imagem da vida eterna. A promessa desta herança bem-aventurada realiza-se na Nova Aliança.

 

O Batismo de Jesus

 

CIC - 1223 – Todas as prefigurações da Antiga Aliança encontram sua realização em Jesus Cristo. ele começa sua vida pública depois de ter feito batizar por São João Batista, no rio Jordão. Após sua ressurreição, ele confere a missão aos Apóstolos: “Ide, pois, fazer discípulos em todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo que vos tenho ordenado!” (Mt28, 19-20).

 

CIC – 1224 – Nosso Senhor submeteu-se voluntariamente ao batismo de São João, destinado aos pecadores, para cumprir toda a justiça. Este gesto de Jesus é uma manifestação do seu “aniquilamento”. O Espírito que pairava sobre as águas da primeira criação desce então sobre Cristo, como prelúdio da nova criação e ao Pai manifesta Jesus como seu “filho amado”. – 1225, Com sua Páscoa, Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. Com efeito, já havia falado da paixão que ia sofrer em Jerusalém como de um “batismo”, com o qual deveria ser batizado. O Sangue e a água que escorreram do seu lado traspassado são sinais do Batismo e da Eucaristia, Sacramentos da vida nova. Desde então é possível “nascer da água e do espírito” para entrar no reino de Deus (Jo3,5).

“Vê quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da cruz Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. É nele que és redimido, é nele que és salvo e, por tua vez, te tornas salvador”.

 

O Batismo na Igreja 

CIC-1226 – A partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o Batismo. Com efeito, São Pedro declara à multidão impressionada com sua pregação: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo!” (At2, 38). Os apóstolos e seus colaboradores oferecem o Batismo a todos aquele que crê em Jesus: judeus, tementes a Deus, pagãos. O Batismo aparece sempre ligado à Fé. “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, como também todos de sua casa”. Declara São Paulo ao carcereiro de Filipos. O relato prossegue: “E, imediatamente foi batizado com ele todos os seus familiares” (At16,31-33).

 

CIC-1127 – Segundo São Paulo, o crente comunga, pelo Batismo, na morte de Cristo, é sepultado e ressuscita com ele:

“Batizados no Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados. Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que como Cristo foi ressuscitado dos mortos pela ação gloriosa do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova.” (Rm6, 3-4) 

 

Os batizados “vestiram-se de Cristo”. Pelo Espírito Santo o batismo é um banho que purifica, santifica, justifica.  1228 – O  Batismo é, pois, um banho de água no qual “a semente incorruptível” da Palavra de Deus produz seu efeito vivificante. Santo Agostinho diz do Batismo: “Accedit verbumad elementum, et fit Sacramentum” – Une-se a palavra ao elemento, e acontece o Sacramento.  

Pelo Batismo nos tornamos novas criaturas, filhos adotivos do Pai, participantes da sua natureza divina. Nos tornamos templos do Espírito Santo. Nos dá a graça santificante e a justificação que:

a)    Nos torna capaz de crer em Deus, de amá-lo por meio das virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade).

b)   Concede o poder de viver e agir movidos pelo Espírito Santo e por seus dons.

c)    Permite crescer no bem pelas virtudes moais, (sabedoria; prudência; justiça; fortaleza; coragem; liberalidade; magnificência; magnanimidade; temperança.)

Assim toda raiz sobrenatural do cristão está no Batismo. (CIC / 1265-1266).

 

Pelo Batismo Somos Incorporados ao Corpo de Cristo, Isto é na Igreja.

 

O batismo nos faz membros do Corpo de Cristo, isto é a Igreja. Cristo é o cabeça da Igreja e juntamente com todos os batizados formamos um só corpo. Das fontes batismais nasce um único povo, povo de Jesus Cristo. O povo da nova Aliança supera todos os limites naturais humanos. Portanto não há distinção de raça, cor e sexo, “fomos batizados num só Espírito e formamos um só corpo”. (1Cr12, 13) – tornamo-nos pedras vivas para a construção do reino de Deus participando com Cristo em seu sacerdócio real, somos o povo escolhido a nação régia  que ele a adquiriu por meio da sua morte na Cruz para nós proclamemos seus grandes feitos ele nos chamou das trevas para a luz. (1Pd2, 19) O batismo nos faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.

A partir do batismo o batizado não pertence a si mesmo mas a Jesus e, portanto, é chamado a submeter-se a Ele e servi-lo em comunhão com a Igreja sendo-lhe obediente e aos seus legítimos representantes com amor cumprir seus deveres de cristão e gozar também dos seus direitos como filhos de Deus e da Igreja de ser sustentado pela Palavra e pelos Sacramentos.

Todos têm o dever, pelo Batismo de professar a Fé que recebeu da Igreja e diante dos homens ser testemunhas vivas de Cristo e seu Evangelho e de participar da atividade missionária do povo de Deus. (CIC – 1270/1271/1272)

 

CIC - 1271 – O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos. Também com os que não estão em comunhão com a Igreja Católica.

“Com efeito , aqueles que creem no Cristo e foram validamente batizados acham-se em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja Católica [...]  Justificados pela fé no Batismo, são incorporados a Cristo e, por isso, com razão são honrados com o nome de cristãos e, merecidamente, reconhecidos pelos filhos da Igreja como irmãos no Senhor. “O Batismo constitui, pois, o vínculo sacramental da unidade que liga todos os que foram regenerados por ele.

CIC-1272 – Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado a Cristo. O Batismo sela o cristão com o sinal indelével (“charatcter’) de sua pertença a Cristo. Pecado algum apaga esta marca ainda que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação. Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado.

 

👉Ou seja, pelo Batismo todos somos irmãos independente de qual denominação religiosa pertençamos. O Batismo é conferido uma só vez e, por isso, não existe rebatismo. Se a pessoa foi batizada, ela está selada para sempre pelo Espírito Santo não há necessidade de batizar novamente.

1273 – Incorporados à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão. O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus, em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.

CIC-1274 – O “selo do Senhor” (“Dominicus charatcter”) é o selo pelo qual o Espírito Santo nos marcou “para o dia da redenção” Ef, 4, 30.

O Batismo é o selo da vida eterna. O fiel que tiver guardado esse selo até o fim, fiel às exigências do seu Batismo, poderá caminhar “marcado com o sinal da fé” e com a fé do seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus – consumação da Fé – e na esperança da ressurreição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 14 de abril de 2023

A RESSURREIÇÃO DE JESUS.ELE VENCEU A MORTE POR MIM E POR VOCÊ

 


A mais de 2000 anos nós recordamos este amor incondicional de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele veio para os seus, porém, os seus não o receberam.

Na História da Salvação desde o início Deus Pai planejou seu plano de amor pela humanidade e na plenitude do tempo enviou seu Filho Unigênito para nos salvar – Jo1,11.

Nascido de uma Virgem veio a esse mundo para cumprir a sua missão redentora e salvadora para que com ele e por suas chagas fôssemos curados.

A Redenção não depende do homem porque ela é pura graça. Deus Pai sabendo de nossa fraqueza sem que pudéssemos merecê-la nos oferece gratuitamente de forma que todos possam por ela um dia serem salvos. A Salvação, porém, exige de nós algumas condições: a) Crer em Jesus como Senhor e Salvador, crer na sua palavra, crer na sua Igreja e nela estar inserido pelo batismo. b) A partir daí dentro do mistério salvífico de Jesus viver segundo o que ele ensinou, participando da vida da Igreja e, sendo Igreja praticar aquilo que Nosso Senhor nos propõe e junto dele também vencer o pecado pela vida nova dada pelo Espírito Santo. c) A salvação é individual, ela é para cada um de nós e para merecê-la é preciso ter na carne e no espírito os mesmos sentimentos de Cristo. d) Afastar do pecado deixando o homem velho, para revestir-se do homem novo. Vivendo segundo a proposta do Evangelho para que sofrendo com Ele um dia possamos ressuscitar com ele.

Jesus não nos deixou só. Antes mesmo de sofrer na cruz deixou como sinal do seu amor sua presença na Eucaristia. Ele está ressuscitado e presente na Eucaristia (1Cor11,23-26) e se torna o sustento do corpo e da alma.

Embora Jesus tenha se entregado na Cruz por nós, embora redimidos pelo seu sangue não basta apenas crer para ser salvo como dizem alguns. Quem diz isso é mentiroso. Jesus deixou bem claro que para ser salvo é necessário pôr em prática tudo aquilo que ele ensinou. As boas obras consistem na prática do amor a Deus e ao próximo, pois, esse foi o Mandamento deixado por Nosso Senhor no qual estão inseridos todos os outros Mandamentos. É preciso praticar as virtudes: A Fé, a Esperança e a Caridade. 

É preciso amar, é preciso viver a vida de verdadeiros discípulos. Como nos diz São Paulo: “Já não sou eu quem vivo, é Cristo que vive em mim!” Gl2, 20-21 – De fato, se o cristão não viver a vida de Cristo em seu corpo, ou seja, se não experimentar esse amor de Cristo, se tornar um novo Cristo jamais poderá ser salvo. É o que Nosso Senhor disse a Nicodemos: “É preciso renascer da água e do espírito!” - Jo3, 3

Isso significa que devemos crer que Jesus é o filho de Deus. Só através dele que chegamos ao Céu. Tornar-se homem novo é mudar de vida. Trocar a nossa vida pela vida dos filhos de Deus abandonando o pecado e a morte para viver a vida nova que ele nos trouxe.

A Quaresma e a Semana Santa nos trazem uma mensagem e um convite à conversão, isto é, de mudança de vida. Ficamos fascinados e estupefatos com os episódios da Paixão de Nosso Senhor. Mas, não podemos ficar presos a esta cena e nem à cena do Calvário. Devemos lembrar que Jesus não permaneceu na Cruz e nem no túmulo e que sua vitória é a nossa vitória.       

Por isso, Ele deixou sua Igreja para nos ajudar a chegar até lá. Ela é a coluna e o sustentáculo da verdade que levará adiante a proposta do Evangelho e Salvação para nós. Quem acha que não precisa da Igreja para ser salvo está totalmente enganado, a Igreja existe e foi fundada por Jesus como sustentáculo para nossa Fé. É ela pelos sacramentos que nos ajuda a chegar a Salvação. Nosso Senhor pensou em tudo e antes de subir aos Céus quis nos deixar como presente a sua Igreja. Sabendo que somos pecadores e que necessitamos sempre da sua ajuda quis fundar sua Igreja para que através dela fôssemos ligados ao seu Mistério Pascal e assim, possamos participar da sua Ressurreição. Por isso, São Paulo vai dizer que Cristo amou sua Igreja e por ela se entregou e que sem ela não há Salvação. Como disse, Redenção de Nosso Senhor é para todos aqueles que abraçarem a fé da Igreja e nela viver fiel até a morte.

A Igreja Católica surgiu do lado aberto de Nosso Senhor. Na ferida do soldado sangue e água, Batismo e Eucaristia.

Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida ninguém pode salvar-se se não for por ele. A Igreja não é uma invenção humana. Ela foi criada por Jesus e sob o governo de Pedro e dos Apóstolos e seus sucessores os bispos, ela continua a sua missão de levar a Salvação a todos.

Durante 40 dias nos preparamos para celebrar a grande festa cristã, o ápice de todo ano litúrgico que é a Páscoa. Celebramos nesses últimos dias a Semana Santa recordando os fatos da Paixão e os últimos momentos e Nosso Senhor e por fim, a festa maior da Igreja que é Ressurreição de Cristo. Nosso Senhor venceu a morte.

Recordamos os passos de Jesus e da sua Paixão, mas, nada disso adianta se não tiramos a lição de tudo aquilo que Ele nos ensinou. Todos anos repetimos a mesma cena, lembramos o mesmo Calvário, mas, esquecemos de carregar nossas cruzes. E mais, esquecemos do amor de Deus por nós e na tempestade acovardamos como Pedro e abandonamos o barco. Não somos capazes de recordar o Mandamento do amor dado na última Ceia, e pior, não encontramos foças para levantar de nossas quedas porque estamos no ócio, trocamos muitas vezes a luz pelas trevas do pecado. Lembramos do calvário, mas esquecemos da Ressurreição.

Os verdadeiros discípulos de Jesus enfrentaram tudo por seu Nome. Diante das perseguições uniam suas dores as dores de Cristo e mesmo diante da perseguição e morte tinham a convicção de que há algo muito maior esperando. Existe Senhor e Salvador que tudo pode, que é Deus e que está conosco ressuscitado por todo sempre.

Quando acreditamos e temos a certeza da ressurreição nossa fé se torna indissolúvel capaz de enfrentar qualquer situação mesmo que essa situação ocorra em perigo de morte. Foi essa fé no Senhor Ressuscitado que fez com que tantos homens e mulheres santos doassem suas vidas em testemunho do Evangelho.

Homens e mulheres que preferiam morrer do que negar a Fé. Amor, partilha, acolhida, oração e Eucaristia sempre estiveram presente na vida das comunidades. Não havia nem ricos, nem pobres, mas, a Comunidade de Jesus que se reunia para a vivência da sua Palavra, da Oração e do serviço.

Ao celebrar a festa da Ressurreição de Cristo mais uma vez não podemos deixar passar em branco e durante ao ano procurar pôr em prática a proposta do Evangelho.

Quantas quaresmas você já passou? Quantas semanas santas já passou? (...) Pode ser que seja a sua última, portanto não deixe para amanhã, mude de vida. Jesus está a lhe fazer o convite para que possamos um dia estar definitivamente com Ele. Não faça desta Semana Santa e desta Páscoa apenas mais um acontecimento. Mas torne-as vivas no seu coração.

Jesus se entregou por mim e por você. Tal foi o amor de Deus por nós que permitiu que seu Filho se entregasse na Cruz para que por suas chagas fôssemos curados. Esse preço foi alto demais. Cada alma desde o princípio do mundo custou caro para Jesus. Mas, ele por amor veio até nós, assumiu a nossa natureza (exceto no pecado) para nossa Salvação.

Devemos carregar nossas cruzes com amor, reclamar assim como ele levou a sua até o calvário. E como não ficou nela, também nós não ficaremos. É preciso passar pela cruz com paciência e mansidão. 

“Aquele que me quiser seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me!” Lc9, 23-26

 “Pois, quem querer salvar sua vida neste mundo vai perdê-la-á”. Mt16, 25

E ainda, (...)“Que adianta ao homem querer ganhar o mundo inteiro se viver perder a sua alma?”. Mc8, 36


A HISTÓRIA DA CRUZ SERRADA


“Aquele que quiser me seguir, renuncie-se a si mesmo tome sua cruz e siga-me!”


Conta-se que certa vez Jesus disse a um jovem:

“-Você quer chegar ao Paraíso?”

“-Sim, Senhor!”, respondeu o jovem. Disse Jesus: “-Pegue essa cruz e caminhe por esta estrada, no final você chegará no paraíso”.

No início a cruz parecia leve, mas, com o passar do tempo e o longo caminho a cruz foi ficando pesada e o jovem começou a sentir dores ao leva-la nos ombros ia trocando de lado até não suportar mais. Foi então que teve uma ideia. Disse ele: “-Vou serrar um pedaço da cruz quem sabe fica mais leve.”

E assim fez. Serrou um pedaço da ponta da cruz e achando-a mais leve continuou a caminhada. Tempo depois a cruz ficou pesada de novo, serrou mais um pedaço. E assim o fez até que sobrou poucos metros da cruz.

A jovem via pelo caminho as pessoas carregarem suas cruzes também em direção ao paraíso sem cortarem iam devagar suportando o peso e as chagas que elas produziam.

Dentro de si o jovem sorria dizendo para si mesmo: “-Com certeza eu chegarei mais rápido e vou ser o primeiro a chegar no paraíso porque tive a brilhante ideia de serrar a cruz e torna-la leve para mim!”

Um pouco mais adiante chegou próximo ao paraíso, mas, notou que para chegar lá havia precipício e o tamanho da cruz que ele recebeu era o tamanho exato para colocá-la sobre o precipício para servir de ponte para atravessar. Então as demais pessoas passavam adiante fazendo suas cruzes de ponte enquanto que o jovem nada podia fazer.

Com o pedaço que sobrou ele tentou improvisar colocando a cruz serrada, mas, estava muito à beira do precipício em quando ele tentou atravessar o barranco cedeu e ele veio a cair.

 

Essa história ilustra bem o que Jesus quer de cada um de nós. Não importa o tamanho da cruz que Deus nos deu para carregar. Deus nunca nos dá algo que não podemos suportar. A cruz é sinal de vitória. Cada um de nós tem uma cruz que é feita sob medida. Se serrarmos ela, se fazermos igual o jovem tentando achar um jeito mais fácil de carregar, no final vamos ficar de fora porque com nosso “jeitinho” serramos demais a cruz e ela não servirá para passar pelo caminho. Basta seguir os passos de Jesus. Observando o modo com que ele carregou sua cruz. Carregou-a até o calvário com paciência. Embora aparecera Simão o Cireneu para ajudar carregar a cruz por um trecho do caminho, Nosso Senhor não a recusou.

As vezes aparecerá alguém que também nos ajudará, mas, a tarefa de carregar a cruz é de cada um. Isto é enfrentar os problemas, suportar o peso e as dores que ela provoca, mas, no final contar com a vitória. Jesus foi paciente, se tornou obediente e humilde venceu a morte. A morte não é o fim, nem dá a última palavra. Porque Deus é o senhor da morte.

 


A ressurreição de Jesus nos mostra se ele venceu a cruz e a morte nós também venceremos. São Paulo nos ensina: “Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria nossa fé”. (1Cor15,14)

 

Os Apóstolos e os primeiros cristãos tudo suportaram porque experimentaram essa certeza da ressurreição. Depois do encontro com o Senhor Ressuscitado, depois de Pentecostes, nem mesmo diante dos castigos, da perseguição e da morte, nada temiam; e não era preciso mais nada porque tinham a certeza da vitória, pois, Cristo caminhava com eles. Porque eles finalmente entenderam o que foi o ato de entrega do Rei Jesus. Foi por amor que ele deu a vida por cada um de nós!

“Quem nos separará desse amor?” nos diz São Paulo.

Nada nem ninguém nos separará deste amor.

 

Romanos 8:35-39 - Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

 

Adão e Jesus Cristo Como por meio de um homem (Adão), entrou o pecado e a morte no mundo porque todos pecaram, por meio de um só homem (Jesus Cristo), veio a salvação.

“Pois, até a lei havia pecado no mundo; o pecado, porém, não é levado em conta quando não existe lei. Todavia, a morte imperou de Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram de modo semelhante a transgressão de Adão, que é figura daquele que devia vir...

Entretanto, não acontece com o dom mesmo que com a falta. Se pela falta de um só a multidão morreu, com quanto maior a profusão a graça de Deus e o dom gratuito de um só homem, Jesus Cristo, se derramaram sobre a multidão. Também não acontece com o dom como aconteceu com o pecado de um só que pecou, porque o julgamento de um resultou em condenação, ao passo que a graça, a partir de numerosas faltas, resultou em justificação. Se com efeito pela falta de um só a morte imperou através deste único homem, muito mais os que receberam a abundância da graça  e o dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo.

Por conseguinte, assim como pela falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra da justiça de um só, resultou para todos os homens a justificação que traz a vida. De modo que, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só todos se tornarão justos.

Ora, a Lei interveio para que avultasse a falta, mas onde avultou o pecado, a graça superabundou. Para que como imperou o pecado na morte, assim também imperasse a graça por meio da justiça, para a vida eterna, através de Jesus Cristo, Nosso Senhor. (Rom5,12-21)

 

A VIDA EM CRISTO Que diremos então? Que devemos permanecer no pecado a fim de que a graça multiplique? De modo algum! Nós, que morremos para o pecado, como poderíamos viver ainda nele? Ou não sabeis que todos os batizados em Cristo Jesus, é na morte que fomos batizados?

Portanto, pelo batismo fomos sepultados com ele na morte para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também vivamos vida nova.

Porque se nos tronamos uma coisa só com ele por morte semelhante à sua, sabendo que nosso velho homem foi crucificado com ele para que fosse destruído este corpo de pecado, e assim não sirvamos mais ao pecado. Com efeito quem morreu, ficou livre do pecado.

Mas, se morremos com Cristo, temos fé que também viveremos com ele. Sabendo que Cristo uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre, morte não tem mais domínio sobre ele. Porque, morrendo ele morreu para o pecado uma vez por todas; vivendo, ele vive para Deus. Assim vós, também vos considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, que o pecado não impere mais em vosso corpo mortal, sujeitando-vos em suas paixões; nem entregueis vossos membros como armas da injustiça, ao pecado. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como vivos provindo dos mortos e oferecei vossos membros como armas da justiça a serviço de Deus. E o pecado não vos dominará, porque não estás debaixo da lei, mas sob a graça. (Rom6, 1-14)

 

Pois bem meus irmãos. São Paulo nos explica que através de Cristo Ressuscitado a graça superabundou tudo. Não é mais necessário a Lei (antiga) para nos justificarmos. Porque Cristo, o Novo Adão pela sua morte e ressurreição trouxe-nos vida nova. O que vale agora é a graça da salvação. Deus através de Jesus nos fez novas criaturas. 

A Lei serviu até Moisés, de agora em diante não é preciso mais nos preocupar com luas novas e sábados porque por Jesus Cristo, pela sua ressureição somos novas criaturas. Por isso, a circuncisão deu lugar ao batismo. O que vele agora é através da graça, pelo Espírito Santo, não caiamos mais no pecado. Nosso Senhor deu-nos vida nova pela sua morte e ressurreição.

Jesus veio cumprir toda a Lei é o que São Paulo está nos dizendo. Por isso Jesus ressuscitou no domingo porque ele estava guardando a lei do sábado e não só a lei do sábado como toda a lei.

Por isso que a Igreja coloca como primeiro mandamento “Amar a Deus acima de tudo e ao próximo!” Porque Jesus instituiu uma nova aliança, um novo mandamento: “Um novo Mandamento vos dou, amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado!” (Jo13,34) – é por isso que na Nova Aliança a Igreja substitui o primeiro Mandamento da Lei de Moisés pelo mandamento do amor. Porque se amarmos a Deus e ao próximo estamos cumprindo todos os demais Mandamentos.

 

São Paulo nos diz que a ressurreição de Jesus é a nossa ressurreição somos por meio dela mortos para o pecado e renascidos para a vida eterna.

Quando cremos nisso, quando aceitamos a salvação de Cristo, não há espaço para acreditar na reencarnação porque a reencarnação nega totalmente a graça da Redenção porque uma vez sepultados com Cristo, ressurgiremos como ele um dia. A reencarnação considera Deus um reciclador de corpos, quanto que a ressurreição nos traz a certeza de que é pela ressurreição de Cristo e nada mais que morrendo com ele, com ele ressuscitaremos.

Jesus Cristo trouxe-nos vida nova. Em Cristo tudo basta, portanto, nossa fé não está nas coisas deste mundo, mas, em Cristo.

O cristão de verdade sabe que somente Jesus Cristo é a Verdade. Somente ele é a luz e o Caminho. Somente ele é a vida. Não há razões para crer em outras coisas que não no Evangelho e na sua Igreja.

Na vida do cristão não há espaço para crer em magias, superstições, mau agouro, horóscopos, adivinhações, cartomancia, patuás, curandeirismo, esoterismo, reencarnação, etc... Pois, quem acredita em Jesus sabe que só ele é Deus, só ele é o Senhor e único Salvador.

 

Nos primeiros séculos os cristãos eram perseguidos, torturados e até mortos por não se curvarem aos deuses pagãos. Não adoravam o deus do imperador e nem ao próprio imperador romano que muitas vezes os mandavam os piores castigos. Os cristãos por amor e Jesus e pelo fiel testemunho preferiam a morte que adorar os falsos deuses. Nem Nero, Nem Diocleciano, nem Trajano, nem Calígula, nem qualquer outro imperador foi capaz de derrotar aqueles homens e mulheres que tinham no Cristo Ressuscitado sua fortaleza.

 

O Modo da Ressurreição - 1 Coríntios 15:35-40

 

Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?

Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.

E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente.

Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.

Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.

E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.

Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.

Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.

Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.

Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.

Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.

O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.

Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais.

E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.

E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.

E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.

Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?

Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

 

CONSELHO DE SÃO PAULO  - Efésios 4,17-32

Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas ideias frívolas.

Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus.

Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza.

Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus. Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras. Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros.

Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao demônio.

Quem era ladrão não torne a roubar, antes trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados.

Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem.

Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção.

Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia.

Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo.

 

 

UMA FALSA IGREJA CATÓLICA DENTRO DA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA - A CRISE NA IGREJA CATÓLICA

  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...