sexta-feira, 1 de abril de 2022

APRENDENDO SOBRE SAGRADA ESCRITURA -

INTRODUÇÃO

Caros amigos leitores. 

Neste artigo, tratarei de oferecer a você através de uma maneira simples como ler a Sagrada Escritura.

Muitas pessoas tem dificuldade em ler a Sagrada Escritura. Isso acontece porque a formação dos livros não foram compostos em ordem cronológica. O Cânon bíblico foi escrito por escritores diferentes em épocas e diferentes. 

Quem escreveu a Sagrada Escritura?

A Sagrada Escritura foi escrita pelos escribas judeus sob inspiração divina, no caso do Antigo Testamento e também por escritores cristão no caso do Novo Testamento.

Quantos livros tem a Bíblia?

A Igreja Católica Apostólica Romana considera como oficiais e devidamente inspirados 73 livros, sendo 46 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. A Igreja Católica Ortodoxa contém 78 livros 5 a mais que a católica e 12 a mais que a Bíblia Protestante.  

Porque há essa diferença?

A diferença está na aceitação dos livros. No início havia muito mais. Cada Igreja em particular tinha seu Cânon próprio. Isso dificultava a credibilidade da Sagrada  Escritura. O Concílio de Hipona em 393 - Séc. IV (no Norte da África) hoje Argélia. 

Havia muitas divergências sobre quais deveriam ser os livros verdadeiramente inspirados e quais eram os não inspirados. Havia por parte de alguns clérigos e bispos uma ameaça de cisma. E para reforçar a Unidade da Igreja o Papa Sirício convocou o Concílio, embora não tenha participado pessoalmente por cauda de sua saúde e idade avançada, mandou seus representantes. Depois desse houve também mais dois Concílios regionais em 394 e 397 e neles confirmaram quais livros entrariam na Bíblia e também reafirmou o Celibato Clerical.

O Concílio discutiu e reafirmou a origem apostólica do celibato clerical, definindo-o como um requisito para todos os ordenados. 

No entanto, os bispos foram convocados sobretudo a fim de discutir e deliberar sobre a lista oficial dos livros que deveriam ser considerados como de divina inspiração e que, portanto, deveriam compor a Bíblia e ser proclamados no culto nas comunidades. A motivação nascia das dúvidas geradas no Século III sobre o emprego, pelos cristãos, dos livros assim chamados Deuterocanônicos. As causas originavam-se das discussões com os judeus que, depois do Concílio de Jamnia – sínodo judaico realizado no início do Século II que, entre outras coisas, estabeleceu um cânon próprio – rejeitavam a canonicidade destes livros e de trechos de Ester, Cântico dos Cânticos e Daniel. 

Alguns Padres da Igreja, por sua vez, também relataram tais questionamentos em seus escritos, como, por exemplo, Atanásio de Alexandria (373), Cirilo de Jerusalém (386), e Gregório de Nazianzo (389); ao passo que outros mantiveram-nos como inspirados, como, por exemplo, Basílio de Cesareia (379), Agostinho de Hipona (430), Jerônimo de Estridão (420) e Leão I (461).

As discussões do Concílio se concentraram, todavia, sobre uma lista que já havia sido proposta no Sínodo de Laodiceia, em 363, e pelo Papa Dâmaso I, em 382. 

O Summarium do Concílio

Ainda que os originais do documento conciliar tenham se perdido, seu Summarium foi transcrito e devidamente aprovado no Concílio de Cartago, nestes termos:

 

Cânon XXXVI: Além das Escrituras Canônicas, nada deve ser lido sobre o título de Divinas Escrituras. E as Escrituras Canônicas são: 

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, os quatro Livros dos Reis [ I, II, III e IV ], os dois Livros do Paralipômenos [ I Crônicas e II Crônicas ], Jó, o Saltério de Davi, os cinco Livros de Salomão [ Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Sirácida ], os doze Livros dos Profetas [ Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias ], Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, os dois Livros de Esdras [ Esdras e Neemias ] e dois Livros dos Macabeus [ I e II ]. E do Novo Testamento: quatro Livros dos Evangelhos, um Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar. A leitura da Paixão dos Mártires será permitida na celebração de seus respectivos aniversários.


A Bíblia cristã, portanto, possuía 71 livros (ou 73, se, ao contrário da Septuaginta, contarmos Jeremias, Lamentações e Baruque distintamente): 44 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. O Cânon definido pelo Concílio de Hipona é adotado pela Igreja Católica também atualmente. A Igreja Ortodoxa o aceita, acrescentando-lhe outros textos, como III Macabeus, IV Macabeus, Odes de Salomão, Prece de Manassés, Saltério de Salomão, além do Salmo 151: prática também adotada pela Igreja Anglicana, não obstante rejeitar o Salmo 151.

 

Mesmo que Martim Lutero tenha traduzido e publicado na sua célebre versão alemã da Bíblia todos os livros cânon hipônico, os Protestantes adotam as decisões deste Concílio apenas no que tange à definição do Cânon para o Novo Testamento, excluindo os Deuterocanônicos, considerados por eles como apócrifos no Antigo Testamento, conforme os judeus a partir do Concílio de Jamnia.

Já nos primórdios do cristianismo houve uma necessidade por parte dos judeus em definir quais eram os livros do Antigo Testamento. Os Judeus para diferenciar o Cânon.   

A diferença entre a Bíblia Protestante e a Bíblia Católica se deve pelo fato de que existe uma diferença no Cânon do Antigo Testamento. 

Nós Católicos temos 46 livros no A.T e os Protestantes tem 39 livros. Ou seja, falta no Cânon protestante 7 livros: Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirac), I e II Macabeus e algumas partes do livro de Ester e Daniel.

No Século XVI houve uma separação com a “Reforma Protestante” encabeçada por Martinho Lutero e outros “reformadores”  se separaram do Magistério da Igreja. Lutero decidiu traduzir a Bíblia para o Alemão e decide por conta própria deixar a parte 7 livros do A.T, e mais, decide excluir uma carta do Novo Testamento, a carta de São Tiago Apóstolo porque tal carta dizia que a Salvação se complementa pelo uso das boas obras, ou seja, para alcançar a Salvação a Fé só não basta, é preciso que a Fé seja manifestada pelas boas obras. Lutero chamava a Carta de S. Tiago de “carta de palha” – e por não concordar com ela decidiu retirá-la, mas, depois decidiu incluí-la no seu “Cânon”, decidindo como apócrifos somente os 7 livros (os Deuterocanônicos), pois, Lutero queria diferenciar a Bíblia protestante da Bíblia Católica pelo fato de que não acreditava na oração pelos mortos e na existência do Purgatório, na intercessão dos santos e tais livros davam bases para a doutrina católica na intercessão dos santos, na oração pelos fiéis defuntos e na existência do Purgatório. Resolve-se seguir então o Cânon judaico (Tanakh) e não a Septuaginta (tradução dos 70) que é tradução que os Apóstolos usavam desde o Século I e que a Igreja Católica usa até hoje.  

Mas, a princípio Lutero não excluiu de vez esses livros. Eles continuaram na Bíblia protestante por um tempo à parte. Somente depois foram retirados definitivamente.         

Além do mais, Lutero estabeleceu que somente a Escritura basta, a “Sola Scriptura” para definir as questões de fé, excluindo o Magistério da Igreja e a Tradição Apostólica Oral. Tradição Apostólica é o Ensinamento dos Apóstolos transmitido de forma oral que a Igreja Católica conserva e considera que os dois formam a Palavra de Deus, composta pela Sagrada Escritura (a Bíblia) e a Tradição Oral. E que somente a Igreja pode e tem autoridade para interpretar a Sagrada Escritura e zelar pela Fé e pela Doutrina. O Magistério da Igreja Católica, pela sucessão apostólica, através dos bispos é que pode garantir que o Evangelho que nós lemos e a fé que professamos é o Evangelho de Cristo.

Lutero e outros reformadores, no entanto, não reconhecia o Magistério da Igreja e definiu que qualquer um pode interpretar a Sagrada Escritura e isso foi seguido pelas demais igrejas que se sucederam até hoje como as evangélicas e os pentecostais, etc.   

Os protestantes e evangélicos, no entanto, acham que a Igreja se corrompeu e nós teremos que voltar aos tempos da Igreja primitiva através de um esforço arqueológico, ou seja, o protestantismo nasce com essa ideia arqueológica de que nos últimos 1200 anos a Igreja traiu Jesus. Mas, não é verdade e as fontes nos mostram o contrário de como era a Igreja no princípio.

Os protestantes foram pesquisar quais são os livros do A.T; descobriram que os judeus tinham uma lista diferente da lista do Cânon Católico. Então, se os judeus tem 39 livros no seu Cânon e o Cânon católico  46 certamente foi a Igreja Católica que acrescentou esses livros?

Foram assim que alguns protestantes começaram a tirar tais livros. Interessante notar que isso foi um lento processo não foi Lutero quem tirou os 7 livros do A.T porque Lutero continuou publicando na sua Bíblia esses 7 livros quase como em separado. 

Ele sabia que os livros tinham sido acrescentados numa segunda fase, por isso, nós chamamos esses livros de Deuterocanônicos, ou seja, havia uma primeira lista e uma segunda lista. Esses livros entraram numa segunda lista. Lutero publicava mesmo assim e várias igrejas protestantes publicaram até que finalmente no Século XIX a maior parte das igrejas protestantes retiraram definitivamente os (7) livros Deuterocanônicos. 

Nem  mesmo no processo os protestantes não tiveram unanimidade, porque levou bastante tempo. A razão é que a igreja protestante padece de um problema: Ela crê mais na sua pesquisa histórica que na Fé que a Igreja  transmitiu ao longo dos séculos. E exatamente aí está a fragilidade da eclesiologia protestante, ou seja, o protestantismo nasceu na religião de um livro, a religião da Bíblia ou a “Sola Scriptura”. Enquanto que nós católicos cremos que somos a continuação do Corpo de Cristo ao longo da história. A Igreja é o Corpo de Cristo e nós somos Igreja, cremos na fé da Igreja e a fé da Igreja que nos dá a Bíblia de presente.

 

A ORIGEM HISTÓRICA DAS DUAS BÍBLIAS:

A TORÁ OU TANAKH  E A SEPTUAGINTA (Tradução dos LXX)

O Antigo Testamento que foi escrito em hebraico. Torá, Os Profetas e os Escritos, são as três partes da Bíblia hebraica, também chamada de Tanakh. Que teve um processo lento de canonização. 

A Torá, sendo os 5 primeiros livros do A.T foram os primeiros a serem fixados. 

Isso aconteceu de forma lenta. Depois foi fixado os Profetas, e somente num período posterior é que fechou o Cânon dos Escritos. A diferença que existe entre a Bíblia Católica e a Bíblia judaica ou protestante está nos escritos que são diferentes. Porque esta última fase da Bíblia não estava ainda definida, não estava fechada a lista na época de Jesus e dos Apóstolos. O que nós temos é o seguinte: Os judeus na época de Jesus tinham um grande debate à respeito de quais eram os livros sagrados. Os saduceus, por exemplo, só acreditavam na Torá. Os fariseus acreditavam nos profetas e nos escritos e tinham a convicção de que a inspiração dos escritos ainda não estava concluída. Ou seja, o processo da Sagrada Escritura não estava fechado. Foi assim então que Jesus veio ao mundo e os Apóstolos começaram a pregar o Evangelho. Quando os Apóstolos foram pregar o Evangelho eles  tiveram que pregar não somente ali na terra santa, eles tiveram que ir para toda parte, outras regiões fora da Palestina. Naquela época o idioma mais falado era o grego, o grego era a “linguagem do comércio”; então os Apóstolos começaram a pregar o Evangelho em grego. Mas, a Bíblia estava escrito em hebraico.

Os Apóstolos pegaram uma tradução grega da Bíblia que é a Septuaginta, a tradução que tinha sido feita em Alexandria ainda antes de Cristo. Acontece que essa tradução dos 70 possui nela esses 7 livros a mais que chamamos de Deuterocanônicos e nós vemos que os Apóstolos utilizavam esta tradução porque várias passagens do N.T, quando para referir-se ao A.T  cita-se muitos são da Septuaginta e não na tradução hebraica.

Existe coincidência, por exemplo, quando São Mateus  diz que  “eis que uma virgem conceberá  e dará a luz a um filho” , é um texto do Profeta Isaías, se lermos na tradução hebraica na Tanakh, não se fala de virgem, se fala de uma moça, donzela, ou jovem dará a luz a um filho. Essa palavra moça poderia ser interpretada como virgindade; até mesmo porque o tradutor sabia que era proibido pela Lei de Moisés que uma jovem pudesse engravidar sem se casar ou perder a virgindade antes do casamento era punição de morte. O tradutor da Septuaginta traduziu como uma virgem. E Mateus cita conforme a tradução dos 70. Assim a Igreja conserva até hoje a Septuaginta e não a Tanakh.                  

 

Seja como for, o Cânon estabelecido por este sínodo foi posteriormente confirmado pelo III Concílio de Cartago, em 397, e reafirmado em 1441 pela resolução Decretum pro Iacobitis do Concílio de Florença e, finalmente, em 1546, por meio do decreto De Canonicis Scripturis, do Concílio de Trento.

Aos livros que sobraram deram o nome de Apócrifos. Significa que foram colocados à parte. Cabe esclarecer os Apócrifos não tem o sentido ou significa “escondidos” ou “ocultos” como muitos “interpretes” da internet queiram atribuir somente para difamar a Igreja Católica Apostólica Romana. Pois, como vemos nem todas as Igrejas adotaram o cânon com os 73 livros como, por exemplo, a Igreja Católica Ortodoxa e a Igreja Católica Copta (no Egito), possuem mais livros em seus cânones. No entanto a Igreja reconhece tais Escrituras, sendo que nelas contém por exemplo o Livro de Enoc, cujo não faz parte do Cânon bíblico Católico Romano, mas aparece nas bíblias das Igrejas Ortodoxas.

A VULGATA LATINA

A palavra Vulgata deriva da palavra vulgar é usado para definir o termo tradução popular da Bíblia.

Ela é a tradução da Escritura Sagrada para o Latim de forma que as Igrejas tivessem uma tradução comum e simples.

Foi escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Cristã Católica e ainda é muito respeitada.

 

Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.

 

No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.

 

A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.

 

O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano.

A Vulgata constitui um marco para a Igreja de língua latina. Até então circulavam diversos textos e extratos latinos, todos eles baseados sobre a tradução grega e em estado precário. Quando o papa Dâmaso encarregou S. Jerônimo de estabelecer um texto digno de confiança para a Igreja Católica, em 384, não o encarregou de preparar uma nova tradução, mas apenas de rever e corrigir esses textos que circulavam em Roma, com a ajuda da tradução grega.

 

S. Jerônimo começou a fazer essa revisão, mas a partir de 391, já estabelecido na Palestina, resolveu retraduzir todo o Antigo Testamento com base nos textos em hebraico e aramaico, inclusive Tobias e Judite, que encontrou em aramaico (os demais deuterocanônicos, baseou-se no texto grego), concluindo tudo por volta do ano 406.

 

De início, sua tradução sofreu grande oposição, devido principalmente ao emprego de termos não-tradicionais ou certos afastamentos da tradução grega; no tempo de S. Gregório Magno, porém, passou a desfrutar de iguais direitos que as demais traduções, fixando-se como texto principal para a Igreja latina entre os séculos VIII e IX (a denominação “Vulgata”, contudo, só começou a ser usada a partir do séc. XIII).

 

O Papa Pio X mostrou a intenção de um projeto de revisão da Vulgata Latina para torná-la mais similar ao texto escrito por São Jerônimo. 

Pio XI instituiu um Mosteiro Beneditino em Roma – Mosteiro de São Jerônimo – para tal fim. Os monges trabalharam até depois do Concílio Vaticano II, quando ocorreu a dissolução do mosteiro, tendo concluído o Antigo Testamento.

 

Hoje, há uma versão não oficial chamada Vulgata Stuttgardencia que aproveita a edição dos monges do Mosteiro de São Jerônimo para o Antigo Testamento e uma edição crítica feita em Oxford para o Novo Testamento.

 

Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi criada uma nova comissão para a revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico. A nova revisão, diferentemente do método anterior utilizado pelo Mosteiro em Roma para verificar se a versão corrente da vulgata era igual a de São Jerônimo, utilizou o texto crítico de Oxford da Vulgata Stuttgardensia, fazendo o texto latino coincidir com o hebraico do texto massorético e o texto grego crítico. Foi utilizado o códex Leningradensis, do século XI, e a versão crítica de Nestle-Alland. 

Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a edição típica da Bíblia para a Igreja Católica.

 

Prólogos da Vulgata

Além do texto bíblico da Vulgata, ela contém prólogos dos quais a maioria foi escrita por Jerônimo. Esses prólogos são escritos críticos e não eram destinados ao público em geral.

 

O tema recorrente dos prólogos se refere à primazia do texto hebraico sobre os textos da Septuaginta (LXX), em grego koiné.

 

Entre os mais notáveis prólogos se destaca o Prologus Galeatus, de Jerônimo.

Jerônimo traduziu os deuterocanónicos, que traduziu do aramaico. Os deuterocanónicos foram incluídos na edição da Vulgata conforme estavam na Antiga Latina.

 

O prólogo Primum Quaeritur, de autoria desconhecida, defende a autoria paulina para a carta aos Hebreus.

Prólogos

Pentateuco

Josué

Reis - Prologus Galeatus

Crônicas

Esdras

Tobias

Judite

Ester

Salmos (LXX)

Livros de Salomão

Isaías

Jeremias

Ezequiel

Daniel

12 Profetas (menores)

Os evangelhos

Epístolas Paulinas - Primum Quaeritur

Notas

Salmos (Hebreus)

Adições de Ester 

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Os Apócrifos

A palavra apócrifa significa “o que está separado” ou “à parte”.

E se refere aos livros faziam parte dos livros da Bíblia antes do Concílio de Hipona (Séc III d.C). 

Cabe esclarecer que nos últimos tempos e sobretudo, com o uso da internet, pessoas de má fé ou que simplesmente não vão atrás para estudar a fundo e pesquisar sobre o assunto ou ainda, tentam denegrir a imagem da Igreja Católica divulgam a falsa afirmação de que a Igreja tirou esses livros porque queria esconder a verdade do povo ou ainda que a Igreja por interesse de dominação e político temendo enfraquecer seu poder preferiu tirar tais livros, etc... São acusações mentirosas, maldosas e totalmente sem nexo com o objetivo de difamar a Igreja Católica. Se a Igreja Católica tivesse ocultado ou proibido tais escritos ninguém teria acesso a eles, no entanto as obras dos apócrifos estão aí publicadas pelas editoras ou pela internet.

Aqui vamos esclarecer os principais motivos que levou a Igreja a definir o Cânon Bíblico como temos hoje.

Padre Paulo Ricardo explica muito bem em seu canal do Youtube a respeito de como foi feito todo o processo de montagem do Cânon. Quem quiser pode pesquisar. Aqui vou trazer resumidamente segundo o que Padre Paulo explica  mesmo explica porque é o mais fácil de entender.

 

1)   É falsa a acusação de que a Igreja por interesses próprios tentou esconder esses livros?

Sim, essa acusação essa acusação é falsa e não tem sentido, pois, os livros apócrifos estão aí para consulta pública a quem quiser.

Na antiguidade era quase impossível o acesso à Bíblia porque ela não era como conhecemos hoje encadernada, com zíper e tudo mais. A Bíblia como conhecemos hoje, só veio ser conhecida por muitos após a invenção da impressa e o uso do papel. Naquele tempo eram muitos rolos de pergaminhos que não caberiam em uma sala comum era preciso ter toda uma estrutura para guardar os rolos de pergaminhos. Ela era escrita à mão e reproduzida ou recopilada nos mosteiros. Então é por isso que a população em geral não tinha acesso à Sagrada Escritura escrita, mas, ela era passada oralmente. Naquele tempo grande parte da população era analfabeta e somente os nobres e os clérigos sabiam ler e por isso tinham facilidade de acesso aos textos sagrados. A Igreja ao longo dos anos tratou de criar escolas para o ensino das pessoas, mas, isso foi um longo processo. Até então o jeito mais fácil de explicar a Sagrada Escritura era a pregação e o uso dos ícones e das imagens sagradas. É por isso que a gente vê nas catedrais medievais grandes vitrais sobre a vida dos santos, grandes pinturas com passagens bíblicas.

 

2)   Porque os livros apócrifos não foram considerados?

Esses livros não entraram de certa forma no Cânon oficial por que: A) Foram escritos tardiamente alguns 100 anos depois. Não se equiparavam à verdade histórica e seus autores eram desconhecidos. Seus autores para darem credibilidade aos seus escritos atribuíam as suas obras aos Apóstolos, por exemplo, o Evangelho de Judas, Tomé e Maria Madalena. Mas, na verdade não foram os Apóstolos que escreveram. B) Nos primeiro século surgiu uma seita entre os cristãos que era o gnosticismo. A Igreja teve que lutar muito para combater esses hereges que ensinavam muitas coisas erradas, doutrinas falsas, o gnosticismo negava que Jesus tivesse encarnado de fato uma vez que considerava a matéria má. Desta forma anula-se a obra redentora de Cristo. E para se chegar ao estado de perfeição somente através do conhecimento. (História da Igreja, Vol. I, Prof. Felipe Aquimo, pág 151ss)

Pois bem. Muitos desses livros, nem todos, foram escritos por esses hereges contendo falsas doutrinas e por isso, foram excluídos do Cânon Bíblico.

C) Nem todos os Apócrifos são considerados livros heréticos, alguns datados do primeiro século contém verdades, ensinamentos que a igreja usa até hoje, como, por exemplo, a Didaqué, que é considerado por muitos estudiosos como sendo o primeiro catecismo dos Apóstolos. O Pastor de Ermas, A carta de São Policarpo, etc. Outros ainda contêm assuntos históricos e certas verdades históricas que servem para pesquisa e são deles que conhecemos os nomes de alguns santos, como, por exemplo, os dos avós de Jesus S. Joaquim e Santa Ana. A Igreja faz uma seleção do que pode ou não ser aproveitado e utiliza os livros que contém verdades ou fundamentos históricos.   

D) Os livros Apócrifos trazem em sua maioria contradições. Ensinamentos ou fatos que são meramente inventados para trazer à luz certas dúvidas ou lacunas que os Evangelhos canônicos não citam. Por exemplo: Surgiu nos primeiros séculos uma curiosidade em saber sobre a vida oculta de Jesus. A vida oculta de Jesus se refere do período em que era criança até a sua adolescência até a idade adulta. Nos evangelhos canônicos não encontramos nada à respeito disso porque a preocupação dos escritores era mostrar que Jesus era o Messias, o Cristo nos seus ensinamentos e não contar uma história sobre um personagem, ou uma biografia. Os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João estavam preocupados em transmitir um ensinamento e não uma biografia.

E foi nesse sentido que tentando explicar essa “lacuna” que faltava nos evangelhos é que alguns escribas escreveram alguns evangelhos  escrevendo sobre a infância de Jesus, mas, por conter muitas fantasias a respeito tornaram esses escritos sem credibilidade; basta ler essas obras para ver que elas contêm não verdades históricas, mas, fábulas, ideias fantasiosas sobre Jesus.

Outras ainda contam sobre o período em que Jesus foi preso e crucificado (Ex. a Sentença de Pilatos), ou ainda o livro de José de Arimatéia etc. Nada disso corresponde como a verdade histórica. Ou ainda o Evangelho de Judas que tenta passar a ideia de que Jesus aceitou a traição de Judas, fazendo-o passar como vítima da história.

Outros escritos do Antigo Testamento também ficaram de fora como, por exemplo, o Livro de Enoc. Embora Enoc seja citado no Novo Testamento, não existe nada que prove que ele tenha existido de fato, sendo mais uma fábula judaica. Que conta histórias absurdas sobre a criação.    

É por isso que a igreja teve o cuidado para selecionar e definir a lista do que era ou não inspirados. Outra seleção foi feita a partir da proximidade histórica com os Apóstolos; quanto mais perto dos primeiros séculos, mais, confiante era.

Sabemos que o primeiro Evangelho escrito é o de Marcos (+/- 60 d.C).

Outra maneira que selecionou as obras que hoje conhecemos como inspirados foi a comparativa histórica dos textos, ou a maneira que esses livros foram escritos, a grafia, a linguagem. Pois, a grafia e a linguagem muda variam de tempos em tempos. Basta observar as variações de linguagem e ortografia de tempos em tempos, por exemplo, a grafia do grego antigo é diferente do grego de hoje. Assim, acontece com todos os idiomas. Nesse sentido a Igreja pode fazer uma comparação histórica dos escritos para selecionar e dizer que tais foram ou não escritos pelos escritores oficiais. Mesmo assim tem alguns, biblistas e exegetas (uma pequena parte) que defendem que o Evangelho de João não foi escrito por ele. O que discorda a maioria dos estudiosos.

Mas, as Igrejas Ortodoxas ainda conservam alguns livros que na nossa Bíblia não são considerados inspirados. O que é apócrifo para nós, para eles não. Nem assim podemos criticar e dizer que eles estão errados como fazem nossos irmãos evangélicos ao dizer que a Igreja Católica é errada em conter na nossa Bíblia os 7 livros a mais que são os Deuterocanônicos que já explicamos aqui como e porque esses livros foram acrescentados posteriormente no Cânon oficial da Igreja.        

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PRIMEIRA PARTE

APRENDENDO SOBRE  A SAGRADA ESCRITURA

Prof. João Claudio Rufino - PUC/Professor de Teologia   

Como ler as profecias do Antigo Testamento?

A primeira coisa a entender é o que é a lei.

Quando nós olhamos para o texto bíblico temos aquilo que chamamos de Torá ou Pentateuco. Torá é um termo hebraico e Pentateuco é um termo grego. Penta significa 5 e Teuco significa rolo ou “Cinco Rolos”.

Refere-se aos cinco primeiro livros do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. A esse conteúdo chamamos de Lei Escrita.

Qual o significado da Torá?

A Torá deriva do verbo Yarah para “ensinar” ou “instruir”, então seria mais sábio traduzir a Torá como instrução.

O termo Torá pode ser traduzido por Lei, porém, é melhor que a traduza pela expressão instrução porque de fato o conteúdo desses cinco primeiros livros da Bíblia é um conteúdo mais amplo do que um conteúdo legislativo, nós temos narrativas também.

Por que chamamos o Pentateuco de Lei ou Instrução (ensinamento)?

Daí a gente olha esses livros como Gênesis está cheio de instruções sobre a a natureza de Deus, sobre a História da humanidade, sobre a História de Israel e sua família.

Mesmo nos textos narrativos o Livro de Gênesis tem muita instrução.

É muito interessante quando a gente olha para o Livro do Êxodo, na sua parte narrativa detém diversas instruções. Ele nos instrui sobre o perigo do poder nas mãos de um louco como o Faraó. Ele nos instrui como Deus pensa desse “poder” iníquo.

Deus destrona o Faraó, é uma instrução.

Quando a gente olha para a epopeia do povo durante a travessia do deserto também todo aquele conteúdo é uma instrução. Então, aquele conteúdo nos instrui sobre a misericórdia de Deus; sobre o Deus que cuida de seu povo durante a peregrinação pelo deserto.

O interessante é que o Livro do Deuteronômio é um conjunto de instruções. Claro, em forma de Leis; então, é muito interessante entendermos de modo mais amplo aquilo que é a Torá. Ele é um conjunto de instruções. Ora temos instruções em textos narrativos, ora em textos legislativos.

É preciso que nós entendamos que há uma relação entre as leis e as narrativas dentro do Pentateuco. Para entendermos as leis é preciso entender que há uma relação entre as Leis e as narrativas. A estimativa percentual é que há 50% textos legislativos e 50% textos narrativos dentro do Pentateuco. Essa é a estimativa.

Outro detalhe importante sobre essa relação Leis e narrativa é que justamente todas as leis do Pentateuco elas foram inseridas dentro de contextos narrativos. O que isso quer dizer? Quer dizer que conta-se uma narrativa e no meio dela tem conjunto de leis. Essas narrativas dão horizonte para a interpretação dessas leis. Portanto, para entendê-las é necessário observarmos o processo narrativo onde estas leis encaixam. Há um contexto e um cotexto.

Ainda nessa relação entre leis e narrativas quando a gente trata sobre a história da composição, a história escrita esse conjunto chamado Pentateuco é preciso que tenhamos a clareza de que muitas leis foram inseridas em edições mais tardias do Pentateuco. Há um longa história  redacional do Pentateuco. Passaram-se séculos até a conclusão final do Pentateuco como o temos hoje. De tal que muitas leis são leis tardias que foram inseridas posteriormente. O fato é que todo texto de Gênesis a Deuteronômio passou por um processo redacional longo e leis foram inseridas na edição final ou o longo do processo de edição.

Outro dado que a gente precisa ressaltar é justamente que quando nós olhamos para as Leis dentro das narrativas a gente precisa entender que essas leis e narrativas iluminam a interpretação dessas leis. Há uma relação profunda. Para entender uma lei precisa-se olhar onde ela se encontra dentro do processo narrativo do Pentateuco.

Como as Leis da Torá são compreendidas?

Uma das características que a gente ressalta das leis do Pentateuco é que essas leis são representadas como Leis que forma comunicadas  ao povo diretamente da parte de Deus. As Leis no seu contexto literário teológico devem ser compreendidas assim. E isso nos leva aquilo que´é a aliança entre Deus e o povo. Deus faz uma aliança com seu povo e essa aliança tem um contrato.

Esse contrato é justamente é esse conjunto de normas que o povo deveria seguir. As leis vão ser fundamentais dentro da relação  entre Deus e o povo que vão firmar uma aliança.

Importante! Na antiguidade era comum que os povos fizessem uma aliança com suas respectivas divindades e geralmente essas alianças eram feitas com um contrato. Como é que era esse contrato? Você tem as normas  deveriam ser seguidas pelo povo e em muitos casos acontecia que o rei seria o intermediário da aliança, do contrato. As leis dentro do A. T. têm essa característica que fazem parte da influência do mundo cultural antigo no qual o povo da Bíblia está inserido. As leis precisam ser entendidas assim.

Outro ponto é: A quebra da Lei vai gerar consequências ao povo, ao mesmo tempo a obediência à Lei traz consequências positivas para o povo.

Tendo então esse panorama de compreensão da Lei nós precisamos fazer a pergunta:

Como devemos agrupar essas leis?

As leis não podiam ficar soltas, então os redatores foram organizando essas leis em blocos, alguns maiores, outros menores.

A primeira forma de agrupar essas leis é em série de 10 preceitos. Os dez preceitos ou Dez Mandamentos na verdade é uma forma de organizar esse conjunto de leis. Aos 10 preceitos nós chamamos de Decálogo. Deca em grego significa 10, e Logus significa palavra = dez palavras, pois seu aprendizado era facilitado pelo recurso dos dedos das mãos. O povo usava os dedos das mãos para memorização dessas leis. Nós temos na Bíblia conjuntos de 10 mandamentos.

Os mais famosos são o “decálogo ético” – Os Dez Mandamentos  - Êxodo20, e ele vai se repetir com algumas variações em  Deuteronômio cap.5. É desse conjunto que temos a forma dos Dez Mandamentos que temos hoje.

 Existe outro conjunto que foi organizado em forma de Dez Leis, que é o “Decálogo do Culto” ( Cf. Êxodo 34). Então temos um conjunto de dez ordenanças que vão se referir ao culto. Organizar em dez as leis é algo realmente presente no modo de se agrupar o conteúdo legislativo.

Também parece provável que tenha havido um “decálogo” para a administração da justiça.      

 

E outro caso, temos uma série de 12 preceitos, promulgados em Siquém, e por isso é conhecido como “Decálogo Shequemita”. Na Bíblia além da fórmula dez temos a fórmula 12. Ou seja, com  doze instruções. 

 

Em Deuteronômio 27, 15ss, nós temos um Dodecálogo. Que são 12 preceitos ou doze Leis organizadas; e porque essas 12 Leis de acordo com o texto bíblico foram promulgadas em Siquém será chamado de “Dodecálogo Shequemita”.   É uma forma de organizar a Lei em 12 preceitos ao invés de 10.

Além disso, nós temos uma formulação muito parecida com essa formulação das 12 leis.  Em Êxodo21, 12-18 – temos algo parecido, embora nessa passagem seja referente ao conjunto de leis que está em referência do homicídio, golpes e ferimentos, etc.

Mas, é interessante aqui nós temos o mesmo tipo de formação numérica das Leis.

Outra forma que temos de classificar essas leis dentro do Antigo Testamento é o conteúdo delas. Não apenas os números, mas, o conteúdo. Então, nós temos por exemplo leis nas Escrituras no livro do Levítico 18, 6-23 que essas são leis agrupadas pelo tema de relações sexuais ilícitas; ao mesmo tempo que nós temos em Êxodo23, 14-19 leis cujo o tema trata justamente das peregrinações anuais. É muito importante percebermos esse processo colocado de agrupar as leis por conteúdo.

Agora, nós também temos na bíblia códigos mais extensos, temos conjuntos de leis que não seguem exatamente um tipo de lógica e, portanto as formas dessas leis são um pouco mais caóticas. Por essa razão é que muitas vezes quando lemos esses textos de lei a gente fica perdido porque vem uma lei que trata de um assunto, daqui a pouco outra lei que trata de outro assunto. Um grupo de Leis que apontam para um determinado tema. Daqui a pouco vem outro grupo de Leis que tratam de outro tema e a gente está lendo sem se dar conta.

Então, na Bíblia a gente vai ter essas formas de organizar essas leis. Isso é muito interessante e vale apena ler e compreender os textos.

 

Quais são os principais códigos de leis do Antigo Testamento?

Os principais códigos são:

 

CÓDIGO DA ALIANÇA (EX21, 23) -  esse código é o mais antigo, ele é colocado logo na narrativa da saída do povo da escravidão do Egito e ele vai, portanto, ser colocado quando o povo chaga ao Monte Sinai.

 

CÓDIGO DETERONÔMICO (Dt12, 26) – embora ele esteja no final do Pentateuco ele é um código mais recente que o Código de Santidade do ponto de vista da composição da escrita ao longo da história.

 

CÓDIGO DE SANTIDADE (Lev17,26) – esse Código é o mais recente, data do período do pós exílio, (400 a.C)

 

Agora que entendmos o que são essas leis, nós já entendemos como é que elas são classificadas e comoelas devem ser entendidas. Agora vamos ver justamente quais são os tipos de Lei. Como identificar ao ler o texto essas várias formas de escrita da Lei.

 

Quais são os tipos de Lei no Antigo Testamento?

 

Basicamente nós teremos as chamadas Leis causuísticas e as leis apodíticas.

 A Lei Casuística é a jurisprudência. Apresenta um caso particular e descreve as punições a ele associadas.  Ou seja, ela parte de um caso particular e depois ela traz as punições que estão associadas a esse caso. Ela vai ser montada justamente com esses dois elementos: O caso e a punição.

Por exemplo:

Ex22, 14-15 – “Se alguém pedir emprestado a seu próximo um animal, e este ficar aleijado ou morrer, não estando presente o dono, pagá-lo-á. Se o dono esteve presente, não pagará. Se foi alugado, o preço do aluguel será o pagamento”. 

Veja o detalhe, o caso “se alguém pedir emprestado ao seu próximo, e este ficar alijado ou morrer, não estando presente o dono pagá-lo-á”.

Observe até aqui temos o caso. A lei apresenta uma situação e depois uma legislação pertinente. Na segunda parte é a mesma coisa. Apresentou o caso “não pagarás” e no terceiro a  mesma coisa: a situação depois a legislação “o aluguel será o pagamento”.

Isso é aquilo que chamamos de Lei Casuística.

 

Geralmente essa Lei Casuística vai ter essa dinâmica, “se” e “então”, (...) geralmente vai aparecer em toda a Sagrada Escritura nesse  conjunto de Lei.

 

A Lei Apodítica é aquela lei que é afirmação ou negação categórica do comportamento certo e errado.  

Elma não apresenta um caso, ela já fala diretamente o conteúdo.

Por exemplo, os 10 Mandamentos. “Não Matarás”, “Não Cometerás adultério”, etc.

Quando quiser fazer uma interpretação de uma lei você deve usar esses dois parâmetros, ela é casuística ou apodítica?

 

Aí também vamos observar que as Leis também tem subformas de tipos.

 

As Leis segundo suas categorias tradicionais. 

 

Uma segunda maneira de se categorizar as leis é atribuí-las às categorias tradicionais de leis civis cerimoniais ou morais. No entanto, essas categorias não são particularmente úteis para interpretação.

Vamos dar uma olhada e aprofundar um pouco mais nas classificações das leis. Então, a gente tem também as leis segundo o seu tipo.

 

As leis segundo seu tipo.

Vamos perceber como isso é importante.

Uma terceira maneira de classificar as leis é de acordo com seu tipo. Na Torá, existem leis de muitos tipos diferentes. A melhor maneira é pegar essas leis e fazer a organização por tipo. Por exemplo, as leis criminais especificam delitos considerados contrários aos melhores interesses da comunidade. (Por exemplo, Ex21,16; 23,1; Dt 19, 14).

 

Quando estiver lendo a Bíblia é preciso compreender essas leis criminais.

Outro tipo é a jurisprudência são leis como as leis casuísticas. Você tem casos particulares e depois tem a legislação colocada. A jurisprudência descreve vasos particulares e como eles devem ser resolvidos (por exemplo, Ex22, 5-15).

 

Depois temos outros tipos de leis que são as leis de família. Regulam os relacionamentos dentro das famílias e as responsabilidades dos membros de uma família, incluindo o papel do patriarca (pai) (por exemplo, Ex20, 12; 21-17, Dt21, 15-17).

Quando a gente avança nós também encontraremos dentro das leis bíblicas as leis do sacrifício, elas vão trazer regulamentos quanto a prática do sacrifício , como por exemplo quando e como esses sacrifícios devem ser feitos. Como deve ser realizado. Por exemplo, Lev1-7; Dt17, 1.

 

Além das leis do sacrifício, temos algumas leis que são leis que chamamos de “leis simbólicas” que descrevem e estabelecem o sistema de limpo e impuro, que pode ser entendido como “lições objetivas” culturamente apropriadas destinadas a lembrar às pessoas de seu relacionamento com Deus e sua missão de ser uma testemunha paradigmática para os gentios. (Por exemplo, Lev11-15, Dt14, 1-21).

Elas vão justamente apontar para aquilo que era apropriado uma pessoa viver dentro da comunidade dos Israelitas. E porque essas leis eram colocadas? Justamente para distinguir os israelitas dos outros povos. Além disso, essas leis são leis que vão apontar para uma tentativa de salvaguardar a comunidade das enfermidades, das doenças porque elas vão prevenir, por exemplo, que alguém que tenha algum tipo de doença contagiosa essa pessoa não contamine os demais.

 

Existem as leis do Calendário Sagrado que vão regular as datas sagradas, por exemplo, os sábados, as festas, os festivais e elas vão organizar o modo como Israel vai se celebrar o seu Deus. A própria liturgia do povo.  As leis, da Páscoa, de Pentecostes, A festa dos Pães Ázimos, etc. 

Elas fornecem um ritmo para a vida de Israel em relação a Yhaweh (como por exemplo: Ex20, 8-11; 23-10-17; Lev251-22; Dt5, 12-15; 16-1-17).

 

Depois temos as leis compassivas. Elas vão regular exatamente a maneira como as pessoas devem tratar umas às outras. Como por exemplo, “amar o próximo como a ti mesmo” é uma lei compassiva; “não matarás é uma lei compassiva”. É muito interessante termos esse entendimento justamente para não ter uma leitura fundamentalista.    

  

 Passo a passo para interpretar as leis do Antigo Testamento.

 

1)   É preciso identificar o contexto da perícope. É preciso olhar o contexto. Entender que a identificação do contexto da passagem é vital na interpretação da Lei. Tanto o contexto sócio-histórico, quanto ao contexto literário (muitas vezes, referido como co-texto para distingui-lo do cenário sócio-histórico) devem ser identificados. Qual é o período sócio histórico? É o período em que o povo estava vivendo. É o período em que aquela determinada Lei foi redigida. É olhar para aquilo que está para além das informações dadas na linha do texto. Porque embaixo do texto existe um “chão”, ou uma base, existe uma história acontecendo. Esse é contexto sócio-histórico. Ao mesmo tempo a prória narrativa ela tem o co-texto, o co-texto é o contexto literário, o que vem antes e o que vem depois do texto que se está lendo. É preciso fazer esta identificação. Como exemplo desse processo podemos pegar o texto de  Dt17, 14-20.  Observe o fato que de acordo com o texto essa lei está sendo dada por Deus e Moisés é o intermediário, esse é o contexto literário. Onde é que o povo de Deus está quando ouve está lei? O povo estava em Moab. Moab é um local que faz fronteira com a terra prometida. Portanto, o povo ainda não estava na terra prometida d e acordo com o texto, mas essa lei é uma legislação sobre o rei de Israel. Mas como existe uma lei sobre o rei se ainda não existia rei em Israel? Quando nós observamos o contexto literário ele traz para nós à tona aquilo que são questão do texto como essa realidade, aí nós para o contexto sócio-histórico ou histórico social porque ai podemos entender que historicamente o povo de Israel terá um rei lá pelo ano 1000 a.C.  Nós vamos logo perceber portanto, que essa legislação possivelmente ela é uma inserção posterior no texto. Ela é colocada na boca de Moisés no ano 1220 a.C mas esse é um processo posterior. Aí a gente começa a entender que várias narrativas bíblicas sobre os reis vão se pautar nessa lei de Dt17, 14-20. E assim coseguimos melhorar a nossa interpretação.

 

Você identificou o contexto sócio-histórico e o contexto literário, o segundo passo é identificar o tipo da lei.

 

2)   Identificar o tipo da Lei (conforme a parte anterior). Vamos continuar no nosso exemplo que está colocado anteriormente em Dt17, 14-20. Se nós pegarmos essa lei vemos ver que ela começa: “Quando tiveres entrado na terra que o Senhor teu Deus te dará, tomado posse dela e nela habitareis e disseres e queres estabelecer nela um rei sobre todas as nações que me rodeiam, deverás estabelecer sobre ti um rei que tenha sido escolhido pelo Senhor teu Deus ...” o que está acontecendo aqui é uma lei casuística.

3)   Determinar a natureza do requisito legal.  O que é isso? É exatamente entender o que as pessoas estavam solicitadas a fazer ou não fazer. Deve-se fazer tal coisa ou não? Nesse caso o texto de Dt17. 14-20 vai trazer tanto coisas que se devem fazer  como coisas que não se deve fazer. Então, a gente está entendendo a natureza do requisito legal. O que está solicitando.

Então ela diz que o rei deve ser um dos seus irmãos, não pode ser um rei estrangeiro... aí entende-se o requisito da lei.

4)   É preciso descrever o propósito da lei no Antigo Israel.  Uma vez estabelecida a natureza do requisito agora o seguinte essa lei qual é o seu propósito? O propósito dela é que não podia ter qualquer rei em Israel e esse rei não podia agir de qualquer forma. Daí vamos entender que as narrativas  posteriores em I e II Samuel, I e II Reis; I e II Crônicas que contam a história de reis toda essa narrativa é pautada em cima dessa lei para mostrar que rei foi bom e que rei não foi bom.

Nós estamos  entendendo qual é o poder da lei em Israel. Cercear o poder do rei, o rei não pode tudo.

Tendo feito esse tipo de análise onde descrevemos o propósito dessa lei lá no Antigo Israel, podemos ir para a aplicabilidade dessa lei hoje. Para pensar a aplicabilidade dessa lei hoje a gente tem que perguntar afinal de contas o que há de propósito nesta lei que serve para iluminar nossa realidade hoje.  Existem muitos que pesquisam e pesquisaram as relações das leis bíblicas com as relações das leis atuais. Tanto no Direito Humano, quanto no Direito Internacional, de vários países. Várias leis de hoje provem dessas leis bíblicas, portanto, entender esse processo seria maravilhoso.

 

Qual é a relação das Leis e do Novo Testamento?

 

Aqui nós precisamos entender uma coisa: Na perspectiva teológica o que há é um Deus que firma uma aliança com seu povo. Dá as leis para que seu povo possa viver bem, viver na fidelidade à sua vontade. Porém é bom a gente perceber justamente que esse povo não foi fiel, que esse povo não respondeu à Aliança e ao longo do Antigo Testamento que olham para a Lei e para as atitudes do povo  eles vão começar a dizer que o povo não está vivendo de acordo com o Senhor . A esperança desses profetas é que chegasse um tempo em que ali fosse gravada nos corações. Que  a lei não fosse uma  experiência de fora para dentro mas que fosse uma experiência de dentro para fora no sentido de uma atuação de Deus no coração convertendo esse coração, daí entendemos teologicamente  a operação da graça na vida humana. Daí nós vamos entender muitas coisas no Novo Testamento e o que faz a pessoa ser fiel não é a obediência de fora para dentro, mas, é deixar se tocar e transformar pela graça de Deus. O sujeito não ama não por causa de uma lei mas porque se abre para a graça de Deus que ao operar nele, ele realiza o ato querido por Deus. |

Daí nos vamos entender o que Paulo nos fala mais à frente que a Lei foi boa para revelar o que certo e errado, mas a lei não torna justo o homem, a lei não transforma o coração do homem, o que transforma é a graça de Cristo. A atuação da graça é preponderante. Por isso na carta aos Gálatas  Paulo vai falar dos frutos do Espírito. Que é aquilo que nasce da operação do próprio Deus em nós. Não é uma imposição, mas é uma atuação da graça. Por isso nós temos nas Escrituras essa ideia de que é na operação do Espírito que há uma transformação do homem em relação a fidelidade Deus.

Também no Novo Testamento  há uma perspectiva de compreender que existiam alguns que usavam essas leis não em nome da vida mas, para praticar violência, exclusão, serem tão rígidos na sua interpretação que não acabam por fazer a vontade de Deus.   Esses são de acordo com o Novo Testamento, alguns deles fariseus e nesse sentido Jesus vai dizer que o principal é amar a Deus e ao próximo como ele ama. E nesse sentido toda vontade de e Deus está posta. É o Novo Mandamento e aí que está o mais interessante para o Novo Testamento muitos nós em nome da lei somos infiéis a Deus. Isso é um legalismo que acontece até hoje quando alei não é usada para a vida. Essa não é a vontade de Deus.  Aquilo que Paulo fala e que Jesus fala é dessa forma que a gente vai entender e parece tão obscuro. Agora quando agente lê de forma mais profunda o NT percebemos a direção que a gente deve ter diante da lei. A lei ela é boa, ela aponta e direciona mas não é ela que transforma o coração humano. E se eu faço uma coisa só porque a lei manda fazer isso não significa que eu  de fato sou uma pessoa  ética , porque uma pessoa ética  de acordo com o texto bíblico é aquele que faz o fruto do Espírito.                  

 

             

    

            

         

 

   

 

 

       

   


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

MARIA MADALENA FOI PROSTITUTA?

  

Das mulheres do Novo Testamento, depois de Maria de Nazaré, Mãe de Jesus uma das figuras que mais se destaca é Maria Madalena ou Maria de Magdala.

Do grego: Μαρία ἡ Μαγδαληνή

Ela se tornou fiel discípula de Jesus e o seguiu.

Mas, há uma contradição quanto à sua identidade. A ideia que ela foi uma prostituta surgiu pelas interpretações erradas dos textos bíblicos confundindo-a com outra mulher, “a pecadora” que Jesus perdoou e que foi livre de um linchamento público. Também a confundem com a mulher pecadora que entrou na casa de Simão o fariseu e foi perdoada por Jesus.

 

Quem foi Maria Madalena?

 

Não temos muitas referências sobre a vida dela no Novo Testamento. 

O nome Madalena se deve a cidade de Magdala (ou Magadã), onde ela viveu.

Antigamente era muito comum atribuir o sobrenome da pessoa ao seu lugar de origem ou onde vivia. Por exemplo: a Mãe de Jesus é chamada de Maria de Nazaré. Pois, Nazaré era seu lugar de origem. Lázaro, Marta e Maria de Betânia, eram amigos de Jesus. Betânia era o povoado onde eles moravam. Simão Cirineu, que ajudou Jesus a levar a Cruz, era do povoado de Cirene. José de Arimatéia, o que tirou o corpo de Jesus da Cruz era da cidade de Arimatéia, etc...

Sabe-se que ela era uma mulher muito rica e tinha uma casa grande em Magdala. 

Alguns pesquisadores dizem que Madalena era uma mulher muito bela e de alto poder aquisitivo que levava uma vida fútil antes de conhecer Jesus. E por isso os judeus tinham-na como pecadora ou impura. Mas, os Evangelhos nada dizem a respeito. Sua maneira de viver é desconhecida. 

Outros dizem que ela e Maria irmã de Lázaro foram a mesma pessoa. Porém, essa afirmação é disprovida de provas, porque Maria irmã Lázaro é chamada de Maria de Bethânia. 

Depois que Jesus expulsou sete demônios que a atormentava Maria Madalena se converteu e se tornou a primeira mulher a ser discípula fiel de Cristo e o seguiu até a Cruz. 

Usava seus recursos próprios para ajudar os pobres.

Ela o amava, Jesus era seu Mestre. 

Lc 8, 1-2:  E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele,

E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios.

Ela esteve presente em vários acontecimentos da vida de Jesus. Foi à ela em primeiro lugar que Jesus apareceu após a Ressurreição naquele domingo sendo primeira testemunha do fato.

 À ela foi dada a missão de levar aos outros discípulos e aos Apóstolos a notícia de que Jesus havia ressuscitado.

Diferente dos outros, ela esteve com Jesus aos pés da Cruz e depois continuou sendo-lhe fiel ajudando na propagação do cristianismo. 

Na narração da Paixão segundo João, estava junto à cruz de Jesus Maria mãe de Jesus, A tia de Jesus Maria Salomé e Maria Madalena.

Maria Madalena era prostituta? 

Não! A ideia de que Maria Madalena era prostituta surgiu muito tempo depois na Idade Média. Onde certas pessoas deram uma interpretação errada ao texto de Lucas 7, 36-50

Vamos ao texto:

Simão vendo aquilo disse consigo mesmo: “se esse homem fosse um verdadeiro profeta saberia quem é essa mulher e não permitiria tal coisa”.

Jesus (conhecendo seus pensamentos) disse:

Convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa.

Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’, trouxe um frasco de alabastro com perfume,

e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume.

Respondeu-lhe Jesus: "Simão, tenho algo a lhe dizer". "Dize, Mestre", disse ele.

“Dois homens deviam a certo credor”. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta.

Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o amará mais?"

Simão respondeu: "Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior". "Você julgou bem", disse Jesus.

Em seguida, virou-se para a mulher e disse a Simão: "Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me deu água para lavar os pés; ela, porém, molhou os meus pés com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.

Você não me saudou com um beijo, mas esta mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés.

Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés.

Portanto, eu lhe digo os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama".

Então Jesus disse a ela: "Seus pecados estão perdoados".

Os outros convidados começaram a perguntar: "Quem é este que até perdoa pecados?”

Jesus disse à mulher: "Sua fé a salvou; vá em paz".

 

Note que o texto em nenhum momento diz que aquela mulher era Maria Madalena. Maria Madalena pode ser considerada "pecadora" de modo geral como eu e você, mas, não podemos afirmar com base bíblica que ela foi pega em adultério. Apenas sabe-se que alguns estudiosos dizem que o fato de ela ser chamada de "pecadora" se deve ao fato de que antes da sua conversão Maria Madalena levava uma vida fútil e não seguia completamente a lei de Moisés, ainda pela sua condição financeira e por tinha influência e o convívio com pessoas que não eram judias dava a ela má reputação.

Por isso, era vista com preconceito para o pensamento daquela época. 

No tempo de Jesus e até hoje em alguns países do Oriente Médio as mulheres são pouco valorizadas e sofrem inúmeras violências e preconceitos. Jesus restaurou a dignidade dessas mulheres e  Igreja abriu novos horizontes para elas, de modo que cada qual pudessem viver com dignidade. 

E aí cabe lembrar que nem Jesus Cristo foi poupado de ser criticado e desprezado pelos fariseus. jesus também sofreu discriminação por parte de seus conterrâneos.    

As outras passagens não citam Maria Madalena como sendo uma prostituta. Apenas ao referir-se à sua pessoa dizem que ela era endemoniada e que Jesus expulsou dela sete demônios.

Também não é a pecadora que Jesus perdoou que aparece em Jo8, 1-11.

Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.

E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.

E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;

E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.

E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

Diziam isto, para tentá-lo, para que tivessem de que o acusar. Mas, Jesus, inclinou-se, escrevendo com o dedo na terra.

E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.

Quando ouviram isto, movidos pela consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitou-se Jesus, e não viu ninguém mais.

Nesse caso, assim como no primeiro, não é possível saber quem são essas duas mulheres.

Dizer que tais mulheres são as mesmas é impossível, como é impossível também que seja Maria Madalena.

Os evangelistas não iriam cometer um erro grave se tais pessoas fossem as mesmas. Logo, mencionariam que se tratava de Maria Madalena. Se não os citou é porque nenhuma delas é a mesma pessoa.

É bom lembrar que adultério na bíblia não significa só ato de traição conjugal, a palavra adultério na bíblia tem um sentido mais amplo, significa que quando uma pessoa não cumpre a Lei de Deus ela está adulterando. 

Bem... agora que você sabe que Maria Madalena não era prostituta coisa nenhuma resta a resposta de como foi que ela aparece na História como sendo uma prostituta.

O retrato de Maria Madalena pintado como prostituta começou após uma série de sermões pascais proferidos em 591, quando o Papa Gregório I associou Maria Madalena, que é apresentada em Lucas 8:2, com Maria de Betânia (Lucas 10:39) e a inominável "mulher pecadora" que unge os pés de Jesus em Lucas 7:36-50. Isto resultou numa crença generalizada de que ela era uma prostituta arrependida, ou uma mulher promíscua. 

Daí, então, foi espalhada a falsa interpretação de que Maria Madalena era prostituta. E as pessoas creem nisso até hoje, inclusive, vejo padres pregando essa mentira por aí em seus sermões.    

O livro "Aos Pés de Jesus", do escritor adventista Doug Batchelor levanta a hipótese sem fundamento algum de que Maria Madalena, Maria de Betânia (irmã de Marta e Lázaro), a pecadora de Lucas 7 e a adúltera de João 8 tenham todas sido a mesma pessoa.

a)  Maria e Marta irmãs de Lázaro eram amigos de Jesus moravam em Betânia e não em Magdala.

b) Não há nenhuma prova que as outras mulheres, a pecadora pega em adultério e a pecadora que lavou os pés de Jesus com as lágrimas sejam a mesma pessoa.             

Fora desse episódio os evangelhos não dizem mais nada sobre a pessoa de tais mulheres. Exceto uma tradição que diz que depois de certo tempo Maria Madalena foi evangelizar na Espanha e lá faleceu.   

Após a ressurreição de Jesus, Maria Madalena fica no anonimato. 

O livro dos Atos cita outras mulheres que também foram importantes na propagação do cristianismo, mas não cita Maria Madalena. O que aparece depois são lendas baseadas na  tradição e não pela Tradição Apostólica.

Onde dizem que após a morte e ressurreição de Jesus ela acompanhou São João e ficou em Éfeso junto com Maria mãe de Jesus.

Ela é considerada santa pela Igreja Católica. O dia dedicado à sua memória é 22 de julho. As igrejas Anglicana,  Luterana e Ortodoxa celebram sua memória tamo nesse dia 

 

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Católico pode ser adepto e frequentar a Seisho-no-Iê?


A Seicho-noi-e é uma “religião” trazida do Japão e foi criada em 1930 por Masaharu Taniguichi que diz ter a recebido por revelação. Seu emblema é um círculo da grande, que encerra o sol, a lua e uma estrela, além de uma cruz suástica.

Restaurada no Japão em 1946 por Tokuchika Miki, tem como o emblema o sol, donde emanam vinte e um raios, que são os vinte e um preceitos revelados. Os 21 Preceitos e a pessoa de Oshieoya-samá ['Pai dos Ensinamentos'] são os elementos essenciais da PL.



Os Preceitos são elaborações da revelação principal de que "Vida é Arte". Oshieoya-samá é, em cada período de tempo, o fundador da PL: em virtude de sua união singular com Deus, ele recebe a "iluminação" apropriada para cada época e é para ele que são transferidos os males do mundo, que ele transfere para Deus. "Segundo os Preceitos, os homens, iguais perante Deus, manifestam Deus através da auto-expressão, que realiza a união matéria/espírito e acompanha a primeira percepção; não se expressando, por exemplo ao deixar-se levar pela emoção, surge o sofrimento; as coisas existem em conexão recíproca (harmonia), em evolução e refletindo-se umas nas outras; a felicidade dos outros e a paz mundial são as metas de uma vida radiante; cada coisa tem sua função e existe um caminho para o homem e outro para a mulher" (Paiva, 1990b: 188). Uma prática sempre presente é a prece do oyashikiri, dotada de poder singular em virtude da união de Oshieoya-samá com quem a recita e da força espiritual dos fundadores nela infundida.

Ela prega doutrinas do xintonismo, do budismo e do cristianismo. Prega que existe apenas o Jissô (que não  é o Deus cristão), seus ensinamentos traduzem aproximadamente  como realidade, verdade, mente e Deus. Ou seja, ela prega que o homem é filho de Deus e, portanto é um deus também. Prega a corrente do pensamento positivo. Acreditam que a força do pensamento positivo e, crendo nisso é capaz romper com a matéria e alcançar o estado elevado da mente e nesse estado pode alcançar a cura dos males e das doenças.

Resumindo...

Distinguem-se em dois planos, o da realidade (Jissô) e o fenômeno. No Plano da realidade, o homem é filho perfeito de Deus, sem pecado e imortal. O homem é atingido pelo pecado, pelos males e pela doença, pela morte e pelos vários problemas. O fenômeno, porém, é ilusão (a matéria é ilusão) e efeito da causa mental. A cura dos males e da doença acontece quando se toma a consciência do eu verdadeiro ou seja, que o homem é filho perfeito de Deus.

Embora em seus cultos a seicho-noi-e elogie a bíblia cristã e a pessoa de Jesus Cristo, por outro lado ela é contrária ao cristianismo em vários aspectos. Um deles é que a Sagrada Escritura ensina que o pecado de nossos primeiros pais corrompeu a humanidade e que a partir do pecado deles o ser humano se tornou imperfeito. Pelo Pecado o homem é sim imperfeito. Para resgatar a humanidade Deus elaborou um plano de salvação no qual o Filho Unigênito de Deus veio nos salvar morrendo na cruz e ressuscitou. Jesus nosso único mediador que nos tornamos filhos de Deus.


 Quanto a saúde e a doença, elas fazem parte do processo biológico da vida. Nascer, crescer e morrer é um processo biológico  de toda criatura e não só do ser humano. O que difere entre a morte do homem e das outras criaturas é que o homem possui uma alma e está quando o corpo morre volta para Deus. O homem possui corpo, alma e espírito. Morrendo a pessoa não deixa de existir, apenas muda sua forma, como a lagarta deixa o casulo e vira uma borboleta a alma deixa o plano material para viver o plano espiritual junto de Deus ou não.

 A alma é  imortal. Porém, ela pode ser salva ou condenada de acordo com o que vivermos aqui neste mundo. Jesus veio trazer a salvação para todos aqueles que crendo tenham vida em seu nome. A condenação da alma acontece quando A pessoa conhecendo a verdade que Cristo e rejeitando essa verdade, rejeita a salvação buscando outros valores e vivendo no pecado, esse Jesus nada pode fazer por ele. O salário do pecado é a morte. Quem nega a existência do pecado corre o risco muito grande de ir para o inferno. 

A Seicho-noi-e prega o contrário, prega que o homem não tem pecado, o pecado não existe e por isso, nega a Salvação trazida por Jesus Cristo e não reconhece Jesus como Filho de Deus. 

Ela ensina que o pecado, o sofrimento, a doença, a morte (...) Não passam de ilusão da matéria, por isso não existem.  Sendo o no pecado e todas as outras coisas ilusões, logo, não existem. 

O de que difere de nossa fé. Porque nós sabemos e temos  consciência do pecado, e  que Jesus veio trazer a salvação. A Seicho-no-ie nega todas as verdades da nossa salvação. Pois, ela mesma na Sutra  diz que Jesus não nos salvou do pecado. 


Além do mais, ela traz elementos do paganismo como os rituais budistas e esotéricos, o culto dos antepassados. A Igreja ensina que devemos rezar pelos mortos, pelas almas do purgatório, mas nunca invocar os antepassados.

Uma coisa que a Secho-noi-e prega é a maldição passada de geração em geração e para isso o culto aos antepassados é necessário para quebrar essa maldição.

Ao longo da História da humanidade as falsas religiões sempre usam o argumento para poder fundar uma crença que um espírito, um anjo, ou um profeta lhes revelou essa ou tal doutrina. Na Seicho-noi-e não é diferente.

Essa “religião” é tão perigosa e cheia de erros quanto às heresias do passado como o arianismo, o pelagianismo, o catarismo e o montanismo.

Embora nas suas reuniões fale de um Deus ( que não é o nosso Deus, a Santíssima Trindade ) e, também fale até de frases de Jesus ou da bíblia, os seus pregadores que são chamados de Preleitores apenas o citam aceitando Jesus Cristo apenas como um sábio, um iluminado e nada mais.

Quem é o deus da Seicho-noi-e?

 O “deus” pregado pela Seicho-noi-e não é o mesmo Deus da Bíblia, o “deus” da Seicho-noi-e é o Buda e embora eles evitem dizer, mas, depois seus adeptos vão descobrindo que a filosofia deles bem como seu deus é o Buda. No Japão eles tem o Buda como Deus. O adoram, lhes fazem culto, fazem oferendas e lhes queimam incenso. 

O cristão que se adepta a ela aos poucos é doutrinado a negar as verdades do Evangelho e a própria Salvação. Porque segundo eles o pecado não existe e o homem é perfeito e sem pecado. Nega-se, portanto Jesus como Salvador.

Pontos ensinados contraditórios com a fé Católica:

 1 – A matéria não tem existência real. Só existe a realidade espiritual.

 

Essa parece constituir a posição fundamental da Seicho-No-Iê. As formas físicas, materiais, não passam de “sombras da luz celeste a se refletir sobre a terra”. Muitas vezes, o mundo material é comparado a um filme que vai passando diante dos olhos do espectador. Para Taniguchi, tudo o que acontece no mundo material é mero reflexo da mente. Tudo depende da mente do homem. Descobrir o verdadeiro mundo, que se esconde atrás da ilusória aparência material, é uma das principais tarefas da Seicho-No-Iê.

 

2- Consequência: o mal não existe; é pura ilusão, produto da mente humana.

 

Portanto, a doença não existe, é irreal “Doenças e desgraças aparecem porque a mente do indivíduo não está em sintonia com as ondas de pensamento do universo de Deus”. Afirma Taniguchi que de tanto pensar comer demais, o homem acaba tendo indigestão; que de tanto pensar que a umidade produz resfriado e que os bacilos atacam o homem, este acaba adoecendo. É, pois, o homem quem cria sua doença ou sua saúde, conforme os pensamentos que tiver. Para quem cultiva pensamentos positivos, todas doenças desaparecem, e a felicidade é possível.

 

3 – O pecado também não existe; é irreal, pura ilusão.

 

Taniguchi acha que um dos maiores males é o fato de os homens considerarem pecadores. É preciso apenas tirar da mente a ideia de pecado, produto falso da mente, para o homem perfeito e puro como Deus o criou. Dessa forma, a Seicho-No-Iê nega; existência real do mundo material e existência de qualquer mal. Nessa perspectiva de um idealismo absoluto, Taniguchi interpreta tudo, inclusive palavras de Cristo.

 

Os livros e revistas da Seicho-No-Iê estão repletos de- relatos de curas milagrosas. O fundador chegou a afirmar que a Seicho-No-Iê é superior ao cristianismo, pelo fato de produzir mais e maiores milagres que o próprio Cristo. Em outra ocasião, para mostrar a superioridade da Seicho-No-Iê, afirmou: “Nós vemos nas profundezas de Buda e nas profundezas do Deus cristão um Deus ilimitado, o Deus da Seicho-No-Iê, que até agora ainda não foi revelado”.

 

Refletindo…

 

Um bom número de católicos indecisos e de pouca formação religiosa frequentam a Seicho-No-Iê. Alguns chegam a afirmar que lá chegaram a compreender em profundidade a doutrina cristã! Tal testemunho revela incompreensão do que seja o cristianismo e a própria Seicho-No-Iê.

 

O cristianismo é, essencialmente a mensagem do Deus bom, criador de tudo o que existe, inclusive da matéria. Esta, inegavelmente, existe, e não é má em si mesma; ao contrário, é um reflexo da sabedoria e do poder de Deus A alma humana é espiritual e muito digna, porque sede da inteligência e da vontade. Mas nem por isso é lícito depreciar a matéria; o Criador quis unir no ser humano o corpo material e a alma espiritual, para que se complementem entre si e propiciem a formação da personalidade psicossomática, que é a de cada um de nós.

 

Quanto às doenças, é certo que muitas delas são funcionais, não orgânicas; isto é, muitas doenças dependem do nosso psiquismo. Uma pessoa atormentada em sua mente por infortúnios está mais sujeita a certas moléstias, como úlcera estomacal, asma, eczemas, verrugas, gagueira… Todavia, há doenças de origem genética, infecciosa ou contagiosa, que menos dependem do psiquismo do paciente. É certo também que a cura de uma doença muito depende do ânimo forte e otimista do paciente; a paz de espírito desbloqueia as funções do organismo e permite melhor metabolismo.

 

As curas anunciadas pela Seicho-No-Iê podem ser assemelhadas às de outras correntes religiosas, e podem ser interpretadas como fenômenos psicológicos ou para psicológicos. Atualmente, o progresso dos estudos psicológicos permite explicar, por vias naturais, certos fatos surpreendentes à primeira vista, que outrora eram tidos como milagrosos ou como sinais de Deus.

 

Isso não quer dizer que não haja milagres; a Igreja os admite, mas submete todo fato portentoso a sérios exames de índole histórica, médica, científica e religiosa para poder chegar à certeza de que nenhum fator meramente natural e explica e, consequentemente, é sinal de Deus, que se quer manifestar mais eloquentemente através de um milagre. Notemos que todo milagre é um sinal, como diz São João; é uma resposta de Deus mais significativa, resposta a uma prece humilde e confiante de suas criaturas.

 

Dizer que o pecado não existe ou é pura ilusão é remar contra toda evidência. Não se pode desconhecer o quanto os homens sempre contradisseram a Lei de Deus, que fala não somente pelo Decálogo, mas também pela própria natureza humana, preceituando: “Não matarás, não roubarás, respeitarás pai e mãe…” Muitas pessoas se consolam ao pensar que o conceito do pecado está ultrapassado; todavia, é nisso que há uma grande ilusão, ilusão esta doentia, pois a psicanálise ensina que é muito mais sadio fazer uma kathársis: ou reconhecer a verdade, do que a encobrir com máscaras. Deus é o Deus do perdão, que entregou o próprio Filho pregado à cruz para que tivéssemos confiança nele, que veio apagar o pecado do mundo.

 

Taniguchi cita, muitas vezes, as palavras de Cristo, e tem uma preferência pelos escritos do apóstolo São João. Contudo, além de selecionar apenas o que lhe é agradável e lhe convém, dá-se o direito de interpretar os ensinamentos de Cristo segundo as suas categorias de pensamento pré-concebidas. Coloca de lado as palavras do Evangelho mais duras e exigentes.

 

A propósito, escreve dom Lino Vonbommel, bispo franciscano que muito se dedicou à missão entre os japoneses do Brasil: “De tanto insistir pensamento positivo e em coisas agradáveis, tem-se a impressão de que os adeptos da Seicho-No-Iê ficarão fartos de tanto “açúcar”. Aliás, Cristo quer que sejamos o sal da terra e que anunciemos a Verdade nua e crua. Não foi apenas para agradar aos nossos ouvidos que o Filho de Deus se encarnou morreu numa cruz!”

 

Lembramos aos católicos que a lisonja e as meias-verdades podem ser mais perniciosas do que uma oposição frontal. Os católicos esclarecidos convictos não frequentam a Seicho-No-Iê, cujos ensinamentos, em boa parte, são contrários aos do Evangelho de Cristo; sabem que não basta citar o Evangelho para ser autêntico mensageiro de Cristo. Atualmente, muitas novas correntes religiosas utilizam o Evangelho para captar a simpatia da população de países cristãos.

 

Por último, notamos que muitas das novas religiões são ecléticas, ou seja, reproduzem elementos de diversos troncos religiosos (budismo, xintoísmo, gnosticismo, ocultismo, cristianismo ). Todas elas dão grande destaque teórico e prático às doenças e propõem métodos “simples e eficazes” para cura de moléstias físicas e mentais. Por isso, compreende-se a sua popularidade para o homem moderno, à procura de uma rápida receita para os males corpo e as aflições do espírito. 

Os fiéis católicos, porém, sabem que religião é, antes do mais, culto de adoração, louvor e gratidão ao Senhor Deus; somente em segunda instância é serviço à saúde do homem. (texto tirado do site cleofas.com.br)

O Perigo ao cristão  que se torna adepto da Secho-noi-e

Há uma diferença significativa entre o deus pregado pela Seicho-no-Iê e o Deus verdadeiro pregado pela Sagrada Escritura. O deus deles é o Jissô. O Deus cristão é a Santíssima Trindade Pai, Filho e Espírito Santo.

Jesus é Deus verdadeiro, segunda pessoa da Santíssima Trindade. O Deus  na Seicho-no-iê é Jissô. Não é a mesma coisa, tanto faz". No primeiro sutra há várias referências a Cristo, que a Seicho-no-Iê manda reverenciar. as as reverência não é porque acreditam que Jesus é Deus e sim porque ele é mais um dos seres iluminados. Por isso tomem cuidado!  Eles creem que Mestre Taniguchi "é a segunda pessoa de Deus" e não Jesusros e a Bíblia, os dois "são descoberta igual", e "entrando na Seicho-no-iê, entendo melhor a Bíblia, porque na Igreja Católica não há orientação, alguém que saiba explicar". O que é uma mentira e somente cai nessa o católico relaxado. Porque os maiores teólogos e formadores das universidades são cristãos, muitos são católicos. É claro se for para explicar a bíblia da maneira como eles querem negando o pecado e a salvação então a Igreja ensina mesmo “errado” pois, sabemos bem que o pecado existe e ele é tudo a quilo que ofende a Deus na sua magnitude e majestade.

Quando as pessoas passarem a creditar que o pecado não existe (o que o diabo deseja), a humanidade estará no caus. Porque tudo será permitido, aborto, adultério, homicídio, latrocínio, incesto, tudo, tudo, porque o homem deixará de crer que o mal existe e acreditando também que ele é perfeito não precisará obedecer mais às leis de Deus.     

O primeiro sutra afirma que "não existe pecado na Seicho-no-iê. No catolicismo existe. A Seicho-no-iê explica que não existe pecado, porque o homem é parte de Deus e, por isso, não adoece nem morre". Outra mentira porque por mais que se queria a morte está aí. Segundo as próprias leis biológicas a criatura nasce, cresce reproduz e morre, isso é ciência.    

"Hoje não existe mais pecado, porque a evolução modificou: antes tudo era pecado; hoje ninguém mais fala em pecado, já desapareceu”. Esse Pensamento não é senão coisa diabólica para enganar muitos cristãos.  “Não haver pecado é bom para a consciência: acabou o peso”. Então não se precisará mais de Jesus como Salvador. Bem sabemos que aquele que nega Jesus está condenado.

Como se não bastasse toda a salada de crenças pagãs que a Secho-no-Iê prega, ainda traz a crença espírita, o culto antepassados, não como o catecismo da Igreja nos ensina que devemos rezar pelos falecidos que estão no Purgatório, mas, o culto, a oração que eles fazem aos antepassados é para quebra de maldições. Pois, segundo a doutrina da Seicho-no-Iê alguns problemas, males e doenças são maldições herdadas de nossos antepassados precisam ser quebradas. Os judeus antigamente acreditavam nessa doutrina da maldição de pais para filhos. Encontramos essa crença judaica nos evangelhos quando, por exemplo, Jesus curava um doente, encontramos pessoas judias afirmando que aquilo era maldição de um pecado de seus pais. Essa crença também acontecia entre os egípcios.

Ainda em suas reuniões alguns preleitores pregam também a reencarnação que é uma doutrina difundida principalmente pelo espiritismo e pelo esoterismo; a doutrina a reencarnação é contrária à doutrina cristã e católica. É por isso que o cristão, o católico não pode frequentar e ser adepto da Seicho-noi-e.

O livro de orações da Seicho-noi-e é o Manual da Sutra Sagrada, um livrio de sutras, como no budismo que os adeptos devem rezar recitando-o como se fosse um mantra. Na Sutra Sagrada diz que o pecadop não existe Jesus não pode tirar os pecados de ninguém.

No Livro da Sutra Sagrada pág. 199- 28ª edição, de Masaharu Taniguchi, na “Oração para vivermos em conformidade com a infinita Sabedoria de Deus”, diz que Deus jamais orienta o homem por meio de sofrimentos, miséria e tragédias. Deus não tem chicotes para açoitar o homem. “Os sofrimentos e tragédias ocorrem quando o homem perturba o “ritmo” de sua própria mente e impede de estar em perfeita sintonia de sua sabedoria, a Sabedoria de Deus.” – Veja! Aqui por si só encontramos uma contradição entre a doutrina da Seicho-no-Iê e a doutrina da Sagra Escritura. Pois, a Sagrada escritura nos diz que as desgraças nem sempre são castigos, mas, quando Deus permite um sofrimento na nossa vida é para tirar algo maior para nós. Sendo assim, Ele não poupou nem seu próprio Filho que sofrendo na Cruz nos redimiu.

Por outro lado, na página 177, do mesmo livro contradiz o que na página 199 está escrito: “Deus nunca me dá problemas cuja solução esteja além do meu nível de desenvolvimento espiritual desse momento”(...) Ora, Taniguchi contradiz seu próprio ensinamento. Por um lado ele diz que Deus não permite o sofrimento, mas, antes ele diz que Deus o permite se esse servir para solução de problemas.

Na pág. 191, da Sutra Sagrada, Oração para desfazer maldições, no penúltimo parágrafo outra heresia, que diz: “Não existe mal de espécie alguma.” “Existem unicamente Deus e suas criações”. Ou seja, na Sagrada Escritura está escrito que o mal entrou no mundo por obra do diabo, para Taniguchi não existe o mal porque também o mal é criação de Deus. Logo, se o mal não existe para Taniguchi o pecado também não existe.

Ainda na Pág. 197 – confirma que eles não seguem ao Deus da Bíblia, mas, o seu deus é o Buda. Assim está escrito na Sutra:

 “Meu corpo, embora pareça simples como carnal, é a expressão do *Ser absoluto (*ser com S é designado à divindade), de Buda, posso dizer que sou a expressão do “Buda eterno”; meu corpo, tal como se apresenta é “Buda manifestado aqui e agora”.

Para Taniguchi o “Deus” dele, o Buda e o ser humano se fundem  em um só se tornando uma mesma divindade:

“Se chamo o Ser absoluto de “Deus”, posso dizer que, assim mesmo este corpo carnal, sou Deus manifestado” (...) (Sutra Sagrada, pág. 197)           

Os Apóstolos, os santos padres e os santos mártires lutaram muito e deram suas vidas combatendo as falsas doutrinas, as heresias e o paganismo.

Rejeitar a doutrina da Igreja, rejeitar a Palavra de Deus para seguir essas falsas doutrinas é rejeitar a Salvação trazida por Cristo. Quem o faz não é mais católico nem tampouco cristão, é um apóstata.

Essas seitas promovem o bem estar pessoal, uma falsa “paz de espírito” , mas, dentro dessa tranquilidade, das palavras bonitas estão as armadilhas contra a fé e contra Nosso Senhor Jesus Cristo. E nós cristãos devemos  combatê-las, primeiramente dentro de nós mesmos e depois ensinando às pessoas o verdadeiro caminho. Quem rejeita a Palavra de Deus, e a Igreja rejeita Jesus Cristo e consequentemente perde a Salvação.

Jesus Cristo disse que quem o rejeita, rejeita também o Pai. Ele não veio trazer facilidades. A vida cristã é cheia de desafios. É por isso que Jesus disse:

 “Entrai pela porta estreita” (...) Lc13, 22-25

“Aquele que quiser me seguir, tome sua cruz de cada dia e depois me siga!” Mt 16, 21-27

“De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se depois vier a perder a sua alma?” Mc8, 36

“Cuidai-vos dos falsos profetas, eles vem como lobos em pele ovelhas em pele de cordeiro!”Mt7, 15-29

O peso desse pensamento é atrair ainda mais a ira de Deus sobre o mundo e os homens que apesar de conhecerem a Verdade que é Cristo se prendem às mentiras e ao embuste de satanás. Sim, porque essa doutrina é satânica.  

Qual o propósito da Seicho-no-Iê?

Na verdade o propósito dela é acabar com o cristianismo é destruir a Igreja Católica. E infelizmente muitos cristãos católicos estão se aderindo a essa falsa religião sem ao menos se dar conta de que ao fazerem isso estão caindo na apostasia.

Como disse quem se adepta a Seicho-no-Iê aos poucos vão sendo enrustidos da falsa doutrina e deixa de ser cristão. Então cai na apostasia.

É bom lembrar que o Código de Direito Canônico para esse caso e de excomunhão da pessoa, ou seja, quem se trona apóstata se auto excomunga. Quando morre não tem direito a um funeral católico, em vida não tem direito de receber os sacramentos porque está fora do Corpo de Cisto, isto é a Igreja.

Jesus é claro ao dizer: “Eu sou a videira, vós sois os ramos (...), meu Pai é o agricultor, (“...)” - aquele ramo que estiver seco será cortado e lançado ao fogo”. Jo15, 1-11

1 Timóteo 6 – “Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com a teologia que é segundo a piedade, 4é arrogante e nada compreende; todavia, delira em questões e controvérsias acerca de palavras. Dessa atitude, brotam as invejas, brigas, difamações, suspeitas malignas, …”

 2 Timóteo 4:3 – “Porquanto, chegará o tempo em que não suportarão o santo ensino; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, reunirão mestres para si mesmos, de acordo com suas próprias vontades”.

 

Tito 1:9 “E apegue-se firmemente à fiel Palavra, da forma como foi ministrada, a fim de que seja capaz tanto de encorajar os crentes na sã doutrina quanto de convencer os que se opõem a ela.”

Por fim, a resposta à pergunta do título: Católico pode ser adepto e frequentar a Seicho-no-Iê?

 A resposta é, não! Não pode. Porque ela nega o principal ponto de nossa fé Jesus Cristo como Filho de Deus, portanto Deus, e nosso Salvador, nega a existência do pecado e o homem como pecador, nega a Salvação. Porque o “deus” pregado pela seita não é o Deus cristão.  

O que nos diz a Sagra Escritura? 

1Tessalonicenses 4:8 - “Portanto, aquele que rejeita estas orientações não está rejeitando o homem, mas a Deus, que vos outorga o seu Espírito Santo.”

João 12:44,48 – Então Jesus exclamou: “Quem acredita em mim, não crê somente em mim, mas naquele que me enviou. …”

João 12:48 “Aquele que me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue; a Palavra que proclamei, essa o julgará no último dia.”

Para seguir o Cristo é necessário começar um caminho, “tomar a cruz” e, então, “segui-lo”. Peçamos ao Senhor a graça de olharmos com gratidão para o seu sacrifício. Que da contemplação do seu sacrifício de amor nasça em nós o desejo de também renunciarmos ao que não é de Cristo em nossa vida, a fim de vivermos unicamente para Ele, que por nós morreu e ressuscitou.   

 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Não vim trazer paz à terra, mas a espada! – O que significa estas palavras de Jesus?


 Disse Jesus: 

"Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada. Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim."

"Aquele que tentar salvar a sua vida perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á." - Mateus 10,34-11,1

Parece soar estranhas essas palavras de Jesus. Mas, temos que entender o contexto para entender o que Jesus estava tentando dizer. Jesus estava querendo provocar uma guerra?

Se lermos esta passagem do Evangelho sem entendermos vamos imaginar que Jesus está caído em contradição, pois, no Sermão da Montanha, (Mt5, 9) ele diz que são Bem-aventurados os pacificadores; E o profeta Isaías o chama de Príncipe da paz (Is 9, 6); Sl 72, 3-7 anuncia o Messias como Portador da Paz. Estaria a Sagrada Escritura em contradição?

A resposta é não. Jesus é realmente o portador e príncipe da paz. Então o que ele estava querendo dizer?

É por isso que ao ler a Sagrada Escritura não podemos interpretá-la ao pé da letra. OU fazer como muitos fazem tirar versículos sem contexto e procurar interpretá-los de qualquer forma. Eis aí um exemplo. Jesus não estava querendo incitar a guerra e a violência. Na passagem que narra o momento que Jesus foi preso no Monte das Oliveiras, Pedro tirou a espada e feriu o soldado Malco e Jesus o repreendeu dizendo: "Pedro, guarda tua espada na bainha, pois, quem fere com a espada será ferido por ela" (...) -  (Jo18, 10)   

Jesus ao dizer "eu não vim trazer a paz, mas, vim trazer a espada", ao dizer tais palavras estava doutrinando seus discípulos. 

Ele estava passando uma dura lição em seus discípulos para fazê-los entender que a missão deles poria contradição entre as coisas do Reino e as coisas do mundo. O Evangelho para aqueles que o aceitassem seria algo de divisão porque neste mundo nem todos iriam aceitar de bom grado os seus ensinamentos.

Essa divisão poderia vir de muitos modos, de pais contra filhos, de irmãos contra irmãos, entre autoridades e até entre amigos. Uns iriam acolher com amor o Evangelho, outros não.

Até hoje as pessoas pensam que a Igreja, a religião Católica deve se modernizar, deve abandonar suas raízes, esquecer a Sagrada Tradição. Outros acham que as palavras de Jesus são duras demais então, deve-se procurar um meio que se adapte aos novos tempos.

Mas Jesus é claro ao dizer “aquele que buscar as coisas deste mundo e rejeitar o Evangelho vai perder a salvação”.  Aquele que rejeita Jesus no seu todo, a sua palavra e sua Igreja, rejeita o próprio Deus Pai que enviou seu Filho a este mundo para dar a salvação. Rejeitar a salvação é negar Jesus, o Evangelho, a Igreja e sua autoridade.  

Num tempo não muito distante temos exemplos que pais que deserdavam seus filhos quando estes entravam para a vida consagrada ou para o sacerdócio.

O homem e a mulher que vivesse uma vida religiosa, e, portanto, mais rígida era criticado nos ambientes de trabalho, lazer e escola. Algumas pessoas as chamavam de beatos, ratazana de sacristia, mulher do padre, papa-hóstias. Quem já não ouviu esta expressão?

É a “espada” a que Jesus veio trazer é essa porque o mundo estará sempre em contradição com as coisas de Deus. Nem todos vão aceitar as palavras de Jesus.

Por isso Jesus disse que “bem-aventurados são os pacificadores”. O mundo está em guerra conosco porque não aceita a verdade do Evangelho. E para vencer esta guerra não precisamos matar ninguém, mas, promover a paz. E quando somos humilhados, perseguidos, caluniados nos tornamos mais fortes ao revidar o mal com o bem. De fato é dar a outra face para ser batida.

Os cristãos dos primeiros séculos enfrentaram o martírio, as perseguições, as contradições do mundo. Morriam em diversos suplícios, mas eram guerreiros na promoção da paz e no testemunho fiel a Jesus. Não O desprezavam para servir os ídolos.  

Então eles assim como Jesus trouxeram a espada, não para matar, mas a espada da Justiça, do amor, da lealdade, da fraternidade, do serviço ao Evangelho. Essa foi a espada que fez cair o Império Romano perseguidor.

Os cristãos primitivos entenderam bem esta mensagem de Jesus. Foi a revolução da cruz. Os cristãos com seus exemplos, muitos deram a vida e o seu testemunho levou a revolução da cruz vencer e triunfar. O triunfo dos santos é o triunfo do Evangelho e da Igreja.

Evangelho incomodava e incomoda os poderosos de hoje.

Não é a toa que Jesus já disse que os enviaria como cordeiros no meio de lobos.

Não é diferente nos tempos atuais aonde a mensagem de Cristo chega. Ela traz a salvação para quem a abraça e quem decide por Jesus muitas vezes encontra contradições na família, no trabalho, na escola da parte daqueles que ainda não são capazes de assimilar e entender que o cristão é alguém diferente, está no mundo, mas, como Jesus não é do mundo. Por isso, ele traz consigo a insígnia da Cruz de Cristo.

A mensagem de Jesus, a proposta do Evangelho provoca, mexe com a cabeça de quem se faz contrário ao plano de Deus.

A “espada” de amor fere os corações daqueles que abraçam a fé, mas incomoda aqueles que ainda não são capazes de amar.  

A proposta de Jesus é radical “quem me rejeita, rejeita o Pai” porque Ele veio do Pai.

De fato Jesus não veio trazer a paz do mundo. Ele veio dar a paz de Deus que o mundo não dá. Essa paz não é sossego, é luta, é a busca da verdade é o espalhar do amor e da justiça.   

Por outro lado, podemos entender a ideia que os judeus tinham do Messias no tempo de Jesus era de alguém que enviado por Deus viria restaurar o reimo de Israel e libertá-los da opressão estrangeira. O Messias teria a missão de pacificar Israel e que construísse um reino terrestre de prosperidade e justiça. E a missão de Jesus não era essa. Jesus não era mais um revolucionário. Chegaria o tempo em que ele vai dizer: “O meu reino não é desse mundo, se fosse meus guardas lutariam por mim” (...) Jo18, 36.

Agora podemos entender  a expressão “não vim trazer paz”. Ao fazer essa declaração, Jesus estava alertando que Ele não havia vindo trazer o tipo de paz que os judeus esperavam. Tendo se encarnado não veio resolver os problemas deste mundo, mas veio por em prática o plano de Salvação de Deus, isto é, a salvação dos homens do pecado.

Não veio trazer paz à terra, mas veio trazer ao coração do pecador redimido a paz com Deus (cf. Mateus 11:29). Por isso Ele diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como o mundo a dá”. “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27). São Paulo escreveu que tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1).

Esta espada da qual Jesus disse que veio trazer significa que sua mensagem causariam divisões, discussões, discórdias, reações contrárias, ódio e perseguições. Jesus traz paz ao coração daquele que abraça o Evangelho, ao mesmo tempo incomoda aqueles que não aceitam sua palavra.

Após dizer que não veio trazer paz à terra, Jesus diz claramente que a consequência de sua vinda é exatamente oposta à ideia de paz terrena. Ele veio trazer espada! Significa que para aqueles que ao longo da história não aceitasse o Evangelho entrariam sempre em conflito e por diversos meios  com aqueles que procuram anunciar o reino de Deus. Não significa que Ele veio armar seus discípulos para promover uma guerra religiosa.  

Significa que ser cristão não significa ter uma vida de paz, tranquilidade e prosperidade terrena como os falsos profetas ensinam. Muitas vezes, em alguns aspectos, é exatamente o contrário disso. Os seguidores de Jesus devem esperar a espada. Isso porque a pessoa de Cristo, ao expor o pecado do mundo, causa uma divisão irreparável que resulta em perseguição.

 A vinda de Cristo a este mundo o divide em dois, e coloca uma pessoa contra a outra. Essa divisão é tão profunda que muitas vezes à espada trazida por Cristo rompe até mesmo os laços pessoais mais íntimos. Jesus aplica uma profecia do profeta Miqueias e indica que por amor a Ele pessoas seriam perseguidas e desprezadas pelos membros de sua própria casa (Mateus 10:35-37; cf. Miqueias 7:6).

Por fim, a declaração “eu não vim trazer paz, mas espada” está diretamente ligada ao importante aviso de Jesus. Ele diz: “E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim” (Mateus 10:38). Cristo exige de seus seguidores fidelidade absoluta; Ele exige ser prioridade na vida de seus discípulos que devem estar dispostos a obedecê-lo e identificar-se com Ele até as últimas consequências, se for preciso.  

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