terça-feira, 20 de junho de 2023

AS RAZÕES PELAS QUAIS CONSTANTINO NÃO FUNDOU A IGREJA CATÓLICA (Refutando o Dr. Rodrigo Silva)

 



Um vídeo que tem sido divulgado nas redes sociais de uma entrevista com o adventista e Dr. Rodrigo Silva, professor, teólogo protestante e arqueólogo, tem provocado polêmicas sobre suas afirmações mentirosas contra Igreja Católica. 
   O Dr. Rodrigo Silva, sendo um homem inteligente que é não deveria fazer tais afirmações porque é dotado de formação acadêmica. Porém, seus ataques e suas atribuições o fazem dentro do parâmetro protestante.
      O protestante olha a história da igreja a partir do século XVI, época em que Martinho Lutero se revelou contra a igreja. Também é característico de todo protestante acreditar que a Igreja Católica, o papado se iniciou no século IV a partir de Constantino, desprezando assim três séculos anteriores da história da Igreja. 
        O Dr. Rodrigo Silva nada mais é do que um simples repetidor, nada mais, de antigas acusações sem fundamento e bases históricas que trataremos de explicar a fim de desmascarar este senhor que como disse, é apenas mais um daqueles que usam de má fé e de argumentos falsos, sobre o pretexto de convencer as pessoas que o que ele fala está certo. Mas, não é assim. Para quem estuda e conhece os fatos históricos verá que não é verdade e que o único objetivo dessa pessoa é denegrir a Igreja Católica da mesma maneira como fez seus predecessores.           Dr. Rodrigo Silva é um adventista e como tal vende sua sardinha estragada em embalagem nova. Como sabemos a igreja adventista é uma das principais que inventaram muitas mentiras contra a Igreja Católica. E é dela que este senhor faz parte. 

Parece que este senhor ou não sabe ou não conhece a História da Igreja sobre o que está dizendo ou age por maldade tentando denegrir a imagem da Igreja Católica.

 Em entrevista o mesmo usa de frases mentirosas e totalmente desprovidas de qualquer fundamento histórico e aqui vamos esclarecer que a Igreja Católica foi sempre a primeira e, portanto, a mais antiga Igreja criada pelos Apóstolos Pedro e Paulo, seguida pelas demais Igrejas Orientais que seguem a mesma sucessão apostólica desde os primeiros séculos do cristianismo.

Para um católico bem preparado estas acusações são antigas e não há o que espantar vindo de um protestante; e partem daqueles que acusam a Igreja Católica de muitas coisas e não é nenhuma novidade, mas, para aqueles que estão chegando agora ou ainda não estão acostumados a ir atrás da verdade sob fontes seguras e verdadeiras é bom esclarecer e provar com bases sólidas que as acusações são falsas e de cunho maldoso com o fim de fazerem as pessoas desacreditarem na Igreja e se debandar para o lado deles.

A entrevistadora pergunta:

“A questão de Roma também é algo que ficou na minha cabeça; a gente vê na história como que os cristãos foram perseguidos, queimados, aquela loucura em Roma; como que Roma de repente se tornou a base do cristianismo? Porque foi escolhido lá onde o povo foi caçado, queimado...”

A resposta maldosa de Rodrigo Silva:

“Tudo isso aconteceu pela suposta conversão de um homem chamado Constantino. No ano 313 (Séc. IV) depois de Cristo, Constantino; ele estava lutando pelo poder em Roma. Roma tinha ficado muito grande e tinha perdido um pouco da força ali. Aí tinha um imperador que chamava Diocleciano que acabou se aposentando, o único que se aposentou  e na briga pelo poder Constantino foi eleito imperador e ele sabia que os cristãos na época era uma força muito grande ...” 

Em resposta à pergunta foi que Roma vai se tornar o centro do cristianismo ocidental, (o catolicismo), por causa de Constantino. Uma resposta totalmente desprovida de verdade histórica. Eu me pergunto: aonde foi que este senhor estudou e tirou seu diploma de doutor? Certamente se ele aprendeu isso em alguma faculdade devemos passar bem longe dela. Porque nem mesmo a história dele por si só não se sustenta. 

A pergunta da entrevistadora foi razoável para quem sabe que os cristãos foram perseguidos quer entender como Roma se tornou a base ocidental da Fé cristã. Mas, vale lembrar que os cristãos não só foram perseguidos em Roma. Eles foram perseguidos em todo o Império Romano no Oriente e no Ocidente por imperadores romanos diferentes, não só Constantino, porém, no Ocidente a perseguição foi mais intensa.  

Ora, Constantino nasceu no final do Século III e se tornou imperador por volta de 305; é graças a ele segundo Rodrigo Silva que a cidade de Roma terá uma importância tão grande para o cristianismo. Então, vejam só! Se é colocada uma questão para ele porque a cidade Roma se tornou tão importante, a resposta dele sempre será Constantino. Mas, quando faz uma afirmação deste tipo é de se esperar que antes de Constantino essa importância da cidade de Roma não existisse. Porque se foi feita essa pergunta para ele e ele responde “com Constantino” significa que antes de Constantino não há indícios de que Roma tivesse importância especial para o cristianismo.

Cem anos antes de Constantino nascer nós encontramos várias provas de que Roma já era uma cidade dotada de uma particular importância para o cristianismo no meio das perseguições. É o que lemos no Livro III – Contra as Heresias, de Santo Irineu de Lion, bispo de Lion na Gália, atual França. Ele foi discípulo de São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de São João Evangelista apóstolo de Cristo. 

Assim disse S. Irineu disse a respeito de Roma:

“Mateus publicou na língua dele os escritos do Evangelho enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja”. (...) “A Igreja de Roma é a maior e a mais antiga fundada e constituída pelos dois gloriosíssimos Apóstolos Pedro e Paulo, com efeito deve necessariamente estar de acordo com ela, por causa de sua origem mais excelente toda Igreja”.

Ou seja, todas demais Igrejas devem estar de acordo (em comunhão) com a Igreja de Roma. Isto é, os fiéis de todos os lugares porque nela sempre foi conservada de maneira especial tradição que deriva dos Apóstolos. 

Mais adiante ele diz: “Os Bem-Aventurados Apóstolos que edificaram a Igreja transmitiram ao governo episcopal a Lino, (o Lino que Paulo lembra na Carta a Timóteo), Lino teve como sucessor Anacleto, depois dele em terceiro lugar, Clemente, Clemente, a este sucedeu Evaristo, depois Alexandre, depois Sixto, Telésforo, depois Iginio, depois Pio, depois Aniceto, Aniceto sucedeu Sotero e presentemente Eleutério em 12º lugar detém o pontificado e hoje, o pontificado está com o Papa Francisco. Com essa sucessão chegou até nós a tradição apostólica e pregação da verdade. Essa é a demonstração mais bela de que uma só é a fé vivificante que foi conservada transmitida na Igreja desde Pedro e Paulo até agora.

O que Constantino tem a ver com isso? Isso foi escrito um século antes de Constantino. Constantino não teve e não tem nada a ver com a solidificação da Igreja em Roma porque como provado em documentos da Patrística, a Igreja Católica já existia muito antes em Roma, desde o princípio. Tanto é que Santo Irineu listou com clareza a sucessão dos primeiros Papas que sucederam S. Pedro. E nós podemos procurar várias outras fontes e citações que mostram a Igreja de Roma é especial porque aquela Igreja foi fundada por Pedro e Paulo.

Dionísio de Corinto no Séc. II disse: “Tendo ambos vindo a Corinto os dois Apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na Doutrina do Evangelho a seguir indo para a Itália nos transmitiram os mesmos ensina mentos e por fim sofreram o martírio simultaneamente”.

Tertuliano na virada do Século II para o Séc. III escreve: “A Igreja foi construída Sobre Pedro. A Igreja dos Romanos demonstra instrumentos públicos e provas que Clemente (IV Papa) foi Ordenado por S. Pedro. Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram o seu sangue por sua doutrina integral, onde a paixão de Pedro se fez com a Paixão do Senhor. Nero foi o primeiro a banhar no sangue do *berço da Fé*. Pedro então segundo a promessa de Cristo foi por outrem cingido quando o suspenderam na cruz”. (É aquela profecia que Cristo faz e que está no final no final do Evangelho de São João – Jo21, 15-19. Quem é o berço da fé segundo Tertuliano? É Roma.

São Cipriano de Cartago (Séc. III) escreveu: “Sobre um só foi construída a Igreja. Pedro, a cátedra de Roma é a cátedra de Pedro. A Igreja principal de onde se origina a unidade do sacerdócio”.

Poderíamos procurar várias citações, várias provas, não apenas que a Igreja de Roma era conhecida como especial, mas, também que o bispo de Roma, o Papa. Título esse que era dado aos demais bispos, mas, que depois passou a ser aplicado somente ao bispo de Roma. Provas desde o século I com S. Clemente I do reconhecimento da importância especial da Igreja de Roma, do bispo de Roma.

Então como vemos, Rodrigo Silva começa a responder de maneira totalmente equivocada e sem nenhum fundamento a pergunta que lhe foi colocada. Não é por causa de Constantino que a Igreja de Roma é a mais importante, mas é por causa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo que lá estiveram e lá fundaram desde o primeiro século a Igreja Católica.

Outra falácia de Rodrigo Silva é dizer que Constantino se beneficiou com a Igreja de Roma. Disse ele: “Há uma frase de Tertuliano de que o sangue dos cristãos é como semente, quanto mais mata, mais cristãos surgem”. “Então Constantino no ano 313, ele teve uma estratégia política; ele estava passando a ponte do rio Nívea com os soldados que veio para lutar contra Maxcentius ou Maxcêncio pelo poder, aí Constantino caiu do cavalo e disse estou tento uma visão”. “Nesta época o império romano adorava o deus Mitras, principalmente os soldados, que é o deus sol e todo o exército ficou sim, que ele teve a visão do deus Mitras, o sol apareceu para ele falou para os soldados Mitras vai nos dar o poder, o deus sol. Só que de maneira muito engenhosa Constantino disse que Jesus apareceu para ele no sol e que Jesus é o próprio Mitras e que ele viu no sol uma frase em latim a frase “in hoc signo vinces”. – Que quer dizer, “sobre esse símbolo vencerás!” Ele viu uma cruz (que não é verdade) no sol. Então ele fez uma simbiose, uma mistura, um sincretismo entre cristianismo e Mitraismo. Ele deu liberdade de culto aos cristãos...”  Disse bem, deu liberdade de culto, mas, não criou nem estabeleceu o catolicismo como religião do Império.

E o exército era em sua maioria da religião de Mitras. Fica a pergunta. Porque afirmar que se converteu ao cristianismo e que Jesus é Mitras? Não faz sentido o que ele está afirmando. Na verdade, são uma série de colocações de orações tão desprovidas de sentido como que jogadas sem encadeamento lógico que fica até difícil de responder. Em primeiro lugar é isso. Se o exército no qual ele se apoiava era seguidor de Mitras porque ele dizer que Jesus no sol (o que é mentira porque a visão de Constantino não foi isso) e dizer que Jesus era o deus sol, Mitras; mas, porque ele não disse logo que viu Mitras?

Afinal, que sinal Constantino viu no céu?

Constantino vê no céu, ao pôr-do-sol de 27 de outubro, as letras X (chi) e P (ro) do alfabeto grego (pronunciadas respectivamente “Ch” e “R”; trata-se das iniciais do nome de Cristo, “Christós“). 

Foi esse o verdadeiro sinal e não uma cruz como disse Rodrigo Silva ou como afirmam alguns. Junto com elas, a seguinte inscrição em latim: “In hoc signo vinces” (“Com este sinal vencerás!”). Constantino mandou gravar o símbolo nos escudos dos soldados e, ao dia seguinte, dia da batalha, derrotou Maxêncio e se tornou o único imperador no Ocidente

O símbolo, de caractere , é formado pela sobreposição das duas primeiras letras (iniciais) chi e rho (ΧΡ) da palavra grega "ΧΡΙΣΤΟΣ" (que quer dizer Cristo) de tal modo a produzir o monograma

 A questão toda que ele coloca aí é: A ideia que converter ao cristianismo era favorável e traria um favorecimento político a Constantino. Isso é tão absurdo e tão desenraizado da realidade histórica que existe um historiador Ferdinand Lot, escritor Medievalista, em seu livro a ‘O Fim do mundo Antigo e o início da Idade Média’. Ele faz uma reflexão a respeito disso, porque essa questão de que Constantino teria se convertido por razões políticas e que é uma das principais alegações protestantes e de historiadores modernos que não tem religião, para negar a conversão de Constantino é justamente dizer que ele teria sido movido por um interesse político, tornando-o um político do renascimento, uma espécie de “Napoleão” que finge ser católico para agradar ao Papa, enfim, algo que não tem nada a ver com o tempo de Constantino e com a pessoa de Constantino. Que todos os historiadores sérios dizem que era um homem extremamente atento à realidades espirituais com todos seus problemas, com o que ele julgava ser a verdade, (há de se lembrar que a mãe de Constantino Helena a muito tempo  já era cristã, e isso também contribuiu para a sua conversão), e que não ia adotar uma atitude religiosa por interesses políticos. 

Mas, vamos supor que ele tenha tomado essa decisão conforme diz Rodrigo Silva por razões políticas. Haveria razões políticas para ele se tornar cristão? Ferdinand Lot diz em seu livro: “Pretender que Constantino aderiu ao cristianismo por questões políticas equivale a crer que teria interesse em fazê-lo”, mas, qual interesse? Ou seja, o quê? Tornando-se cristão traria o quê para Constantino? 

Um soberano como Henrique IV (1589-1610), que era herdeiro do trono francês e era Calvinista totalmente incapaz de levar os seus súditos a aderirem sua fé, pois, este na sua grande maioria professava uma doutrina diferente da dele, no caso, ele era protestante, mas, a maioria dos seus súditos era católica, pôde julgar necessário abandonar seus sentimentos pessoais realizar a unidade da crença considerada como indispensável ao bom funcionamento da sociedade. No caso o Henrique IV se converteu ao catolicismo para se tornar rei da França em 1589. Nesse caso, se fosse para adquirir o poder Constantino mesmo se tivesse sido um cristão convicto deveria ter-se feito pagão e não cristão já que a maioria de seu povo era pagão.

A respeito de sua prodigiosa força de propagação durante os três primeiros séculos o cristianismo estava longe de conquistar a maioria dos habitantes do mundo romano. As únicas regiões do início do século IV poderia englobar cerca de metade da população são: a Ásia Menor, atual Turquia, uma parte da Trácia, Chipre e Edessa. Exercia ainda uma notável influência nas classes dirigentes em Antioquia, na Selecíria, em Alexandria, incluindo o Egito e Atebaida, em Roma onde havia cerca de 30.000 cristãos, ou seja, um décimo da população, na Baixa Itália, algumas partes da Alta Itália, na África Proconsular e na Numídia, e ainda algumas parcelas da Tessália, em partes da Macedônia e algumas na costa meridional da Gália. Ou seja, essa era algumas regiões que o cristianismo tinha alguma força. Mas, estava muito pouco espalhado na Palestina onde o judaísmo voltara a impor-se, na Fenícia, na Arábia Romana, interior da Acaia, da Macedônia, da Tessalia, da Eber, da Dardânia, da Dalmácia, da Mésia, da Panônia, na Itália do Norte, na Mauritânia e Tripolitania. E era quase inexistente nas costas do Mar Negro, na parte Ocidental da Alta Itália, na Gália Central e Setentrional, na Bélgica, na Germânia, na Rétia e na Bretanha. 

Ou seja, apesar do cristianismo já ter alcançado no começo do século IV todo o Império Romano, na maior parte dele era extremamente minoritário. Assim, os países onde nasceu Constantino e onde seu próprio pai reinou até 312, no caso parte Ocidental do Império Romano, inclui-se os menos cristãos do Império. É paradoxal que o Imperador Constantino, um Ocidental tenha imposto uma que só viera difundir-se na parte oriental do Império. Se houve um Imperador que tivesse algum interesse em abraçar o cristianismo tal foi o caso de Galerius (Galério), e Maximinius Daia que era, no tempo de Constantino Imperadores do Oriente. Os quais foram seus piores inimigos e os maiores perseguidores do cristianismo. Mas, para o soberano reinante no Ocidente, Constantino aliar-se ao cristianismo representava um perfeito absurdo político, mas, era mesmo perigoso, já que o exército, a única força real do Estado Romano era todo ele pagão. Sendo principalmente dedicado ao culto do sol e seria por muito tempo.

Visto que temos constatado que Constantino tinha tudo a perder e aparentemente nada a ganhar ao abraçar o cristianismo, só nos resta uma conclusão possível a que cedeu a um impulso súbito de ordem patológica divina à escolha, jogou a sua sorte ao apostar no Deus dos cristãos. Os espíritos sentiam perturbados pelo trágico destino de todo aqueles que tinham perseguido os cristãos. 

O próprio Galério seu mais feroz adversário acabava de reconhecer-se culpado e implorava as suas vítimas para que rezasse por ele, no caso, Galério antes de morrer editou um Édito de tolerância e colocava fim à perseguição. 

Em Roma Maxcêncio que dispunha de um exército bem mais numeroso fizera encantações a todas as potências divinas e infernais do mundo pagão conhecidas e desconhecidas inflamando a imaginação com suas práticas mágicas. A Constantino só lhes restava tentar a sorte apelando para o novo Deus, o Deus dos cristãos.  

Aí ele pergunta: “Mas, ter-se-á realmente convertido?” Se entender por conversão uma reformulação moral e interna a resposta será sem dúvida negativa. Mas, não se trata disso, trata-se de saber se o imperador após sua vitória sobre Maxcêncio deu mostras oficiais de sua adesão a nova Fé. Tais mostras são inegáveis aí ele (Ferdinando Lot) lista em seguida as provas de que ele teria mesmo aderido ao cristianismo.

Então, equivocadamente afirma Rodrigo Silva e todos os historiadores modernos. Não havia para Constantino interesses políticos em converter ao cristianismo, interesses militares muito menos. Ele tinha tudo a perder, foi uma grande aposta política que deu certo, mas, não, Constantino não foi movido por interesses políticos ao abraçar o cristianismo.

Diz Rodrigo Silva que “Constantino deu liberdade de culto aos cristãos, proibiu as perseguições aos cristãos, e elevou o cristianismo a religião estatal” – sobre isso já foi respondido mas, reforçando que Constantino deu sim liberdade de culto aos cristãos e proibiu a perseguição dentro do Império Romano Ocidental, mas, não foi ele que estabeleceu o cristianismo como religião oficial do Império, mas, o Imperador Teodósio 43 anos depois da morte de Constantino com o Edito de Milão em 06/313; - O Acordo de Milão garantiu a liberdade religiosa aos cristãos do Império Romano. 

Os governantes romanos Constantino I, imperador do Ocidente, e Licínio, imperador do Oriente concordaram com a liberdade de crença para toda população do império, incluindo os cristãos. Devolvendo, inclusive os locais de culto aos cristãos, incluindo até os que já haviam sido vendidos. Porém como já vimos antes da emissão do Édito de Milão, Galério ou Galério, em 30 de abril de 311, promulgou o Édito de Tolerância, também chamado de "Decreto da Indulgência", no qual, buscando harmonia política, reconhece o cristianismo e dá fim à perseguição anticristã. Mas, somente em 380 com o Edito de Tessalônica tornou-se então o Catolicismo a religião oficial do Império Romano,  também conhecido como Cunctos Populos ou De Fide Catolica foi decretado pelo imperador romano Teodósio I (a 27 de fevereiro de 380 d.C), elo qual estabeleceu que o cristianismo tornar-se-ia, exclusivamente, a religião de estado, no Império Romano abolindo todas as práticas politeístas dentro do império e fechando templos pagãos.

Portanto, é um absurdo a afirmação de Rodrigo Silva que busca senão desvirtuar o contexto histórico sem fundamento algum, (e ele como doutor sabe que mente descaradamente), ao afirmar tais coisas que não condiz com a realidade e com os documentos históricos. 

É de uma irresponsabilidade sem tamanho. Uma pessoa, por mais que tenha todos os títulos de doutorado que se propõe a isso em dizer que Constantino tornou o cristianismo religião oficial do Império Romano, essa pessoa é desprovida de qualquer credibilidade.

Segundo Rodrigo Silva, Constantino pegou as basílicas, que eram templos pagãos de Roma e transformou essas basílicas em templos cristãos.

Um grande absurdo para uma pessoa que se diz doutor, e arqueólogo. As basílicas romanas, antes, eram locais de reunião pública. Utilizadas para o comércio, para os julgamentos, para as grandes assembleias e discussões públicas não eram templos.

Continua Rodrigo Silva... “Quem já foi para a Itália já deve ter visto muito dessas basílicas lá, tem um panteão lá dessa época que você vê que é uma coisa estrondosa. Nos nichos que tinham os deuses pagãos ele tirou e colocou imagens de santos”. “Constantino começo a mudança e a Igreja cristã que até então era Apostólica, agora se tornou Apostólica Romana.”

Talvez ele não sabe que o Panteão se tornou igreja somente em 609; (Em 609, o imperador bizantino Focas ( r. 602–610) deu o edifício ao papa Bonifácio IV ( r. 608–615), que a converteu em uma igreja cristã e consagrou-a a "Santa Maria e os Mártires" em 13 de maio de 609.) 

E não há mal nenhum em reutilizar algo que antes era do mal em favor do bem. Pois, se fosse assim os cultos evangélicos também não poderiam acontecer em salões de festa, em clubes e estádios de futebol. Ou mesmo em locais onde antes eram usados com outros fins. No entanto, os evangélicos alugam prédios que já foram até bares e boates e transforma-os em igrejas.

Também é mentirosa essa afirmação de que foi a partir de Constantino que a Igreja se tornou Apostólica e Romana. Quando nós sabemos pelos escritos dos documentos  que muito antes de Constantino nascer ela já existia em Roma, e o nome Romana só veio a ser acrescido depois para distinguir a Igreja cristã de Roma das demais. Porque a Igreja de Roma é a mais antiga e uma das várias Igrejas Católicas que existem até hoje. 

Não tem nada a ver com Constantino. Igreja, porque é fundada por Jesus Cristo, Católica, porque é uma só em todo mundo. Uma só fé, uma só Igreja, um só batismo. Apostólica porque descende dos Apóstolos Pedro e Paulo, e Romana porque sua Sede oficial está em Roma.  A Igreja de Roma é a mãe de todas as outras Igrejas. Tendo à sua frente o bispo de Roma que também é o Papa.

Um outro ponto que é preciso considerar é que a conversão de Constantino não favoreceu a importância, a cristalização da primazia da Sé Romana, mas, conspirava contra. Não é preciso ser um grande conhecedor de história para entender. Para isso, basta conhecer os fatos. Alguns dos fatos mais fundamentais e fazer breves raciocínios.

Constantino tirou a capital do Império Romano de Roma. Ele não gostava de Roma que trazia para ele lembranças negativas. Roma lembrava crimes que ele lá cometera. Em 324 Constantino resolveu construir uma nova capital que é Constantinopla que foi inaugurada em 330. Levando para lá todos os órgãos de estado tornando aquela capital a capital do Império Romano. Abandonou Roma e nunca mais voltou. Quando ele morreu o império foi dividido entre seus 3 filhos, mas depois foi reunificado pelo seu segundo filho e sucessor Constâncio II, que foi a Roma uma vez por volta de 356. 

Roma foi abandonada pelos imperadores. Se Constantino tivesse interesse em tornar alguma cidade como a capital da Igreja não Roma, mas, Constantinopla. E mesmo quando o Império Romano foi dividido em dois e o Império Romano Oriental seguiu seu caminho e o Império Romano Ocidental voltou a ter um imperador no Ocidente, os imperadores não viveriam em Roma, mas, no norte da Itália, em Milão, em Pávia, em Ravena.

Ainda, segundo Rodrigo Silva, uma das mudanças de Constantino foi o calendário romano. Diz ele: “O calendário foi mudado na época de Júlio Cesar, depois na época do Papa Gregório, a gente fala do calendário juliano e do calendário gregoriano e nessas mudanças que Roma fez tanto na fase imperial como na fase cristã, a gente percebe uma coisa: Nós estamos em que ano agora? (resposta) novembro... mas, é o mês 11. Outubro lembra que número? (resposta) Oito, mas é o mês 10. Dezembro lembra que número? (resposta) 10. Mas é o mês 12. Quem mudou tudo isso? Diz ele, Roma."

Em relação a mudança do calendário, ele fala que Roma modificou o calendário. O que ele não sabe é que Roma fez o calendário, os meses que ele fala em seguida, Roma fez. Mas, aí a gente entende porque ele faz tal afirmação. Porque ele quer justificar (sem nenhum fundamento) uma profecia do Antigo Testamento correspondente a modificação de calendário. Aí, ele pega o calendário juliano que é um calendário pré-cristão, coloca no bojo dessas mudanças do calendário feitas por Roma para justificar uma suposta mudança de calendário que seria a realização da profecia do Antigo Testamento. 

Ele menciona até mesmo a modificação do calendário feito pelo Papa Gregório XIII (denominado de “calendário gregoriano” por causa desse Papa) em 1582 doze séculos depois de Constantino, ou seja, esse argumento dele é chamado de “falácia de conclusão irrelevante”. 

A mudança de calendário do século XVI como uma decorrência imediata do que aconteceu no século IV, para ele demonstrar que o que foi feito a partir de Constantino era uma realização de uma profecia do Antigo Testamento.

 Roma não mudou o calendário Roma fez esses calendários antes de Cristo. E depois o Papa Gregório XIII para fazer uma correção porque se concluiu de acordo com os cálculos astronômicos que estava equivocado, mas essa mudança foi feita na correção dos dias do ano e não nos meses. Os meses sempre foram romanos e continuam assim.

Rodrigo Silva continua seus ataques dizendo que Constantino mudou também as leis de Deus. Diz ele: “Eu convido todo mundo que está em casa a fazer um exercício, no Google você acha isso. Procure em qualquer Bíblia seja de editora católica, ortodoxa ou protestante Êxodo capítulo 20, os dez Mandamentos. E leia como os dez Mandamentos estão em qualquer Bíblia. Depois que você ler os dez Mandamentos como estão na Bíblia, procure o catecismo da Igreja Católica e veja como os dez Mandamentos estão no catecismo. No Catecismo está assim: Amar a Deus sobre todas as coisas, não tomar o seu santo nome em vão, guardar domingos e festas , honrar pai e mãe, não pecar contra a castidade. Mudaram os Mandamentos.” Para ele quem mudou os Mandamentos? ... Roma. Porque tudo se deu a partir de Constantino uma deformação, etc. porque estava profetizado no Antigo Testamento.

Falta de conhecimento deste senhor que não sabe que as primeiras modificações da estrutura dos Mandamentos já remontavam aos Rabinos. Nós encontramos Filon de Alexandria que foi um grande pensador judeu do século I, fazendo uma simplificação da ordem dos Mandamentos, diferente do que está estruturado no Antigo Testamento. A Igreja católica se quisesse mexer na estruturação dos 10 Mandamentos teria o feito na própria Bíblia. Mas, não. A Bíblia católica está do mesmo jeito que uma bíblia protestante ou na Torah judaica. Os 10 Mandamentos tal como estão no Catecismo não altera a fórmula original como está no Antigo Testamento, apenas o simplifica e reformula à linguagem da Igreja. 

A estrutura atual apresentada pelo Catecismo da Igreja Católica dos 10 Mandamentos remete à Santo Agostinho. Ela é obra principalmente de Santo Agostinho. Mas, nós precisamos considerar três coisas: 

1) Santo Agostinho, não foi Roma. Ele era um bispo de fato da civilização romana pós Constantino, mas, cuja autoridade era reconhecida universalmente pela Igreja por causa da sua grande sabedoria e seu vasto conhecimento e que fez esta estruturação que nós conhecemos. Mas, no final das contas, nem foi Santo Agostinho. A divisão que nós encontramos dos Mandamentos nós já encontramos na Igreja no século II e III na obra de Teófilo de Antioquia (Séc. II) e na de Clemente de Alexandria (Séc. III) e na virada do século IV para o Século V na África com Santo Agostinho. Ou seja, nós encontramos fontes pré- Constantino que servem de base para futura estruturação de Santo Agostinho.

Ou seja, é sempre isso. Eles vão apontar alguma coisa que teria sido uma inovação pós-Constantino e nós encontramos um paralelo, um prelúdio pré-Constantino. 

Qual que é a única tentativa coerente dessas pessoas a final das contas? É retornar ao infinito até Cristo e dos Apóstolos para frente é tudo corrupção. Porque tudo que eles atribuem de essencial, claro, após Constantino as raízes já estão lá na igreja pré-constantiniana. 

2) Lutero e Calvino também fizeram as suas subdivisões próprias dos Mandamentos. 

3) Ele falou "vá em qualquer bíblia, procure na internet...", o que este senhor não sabe, ou se esqueceu que ele nasceu já no tempo da imprensa. Hoje, a Bíblia é acessível a todo mundo. No entanto, na época de Santo Agostinho não era assim. O livro não era acessível a qualquer um. Além de caro, eram rolos e mais rolos de pergaminhos. 

A Escritura era copilada à mão e foi graças aos monges copistas católicos que a Bíblia se espalhou. A simplificação que Santo Agostinho faz baseado na tradição da Igreja pré-Constantino visava facilitar às pessoas que não tinham acesso ao texto bíblico por questões práticas a decorarem, e mais, os Mandamentos tais como estão no Catecismo da Igreja que se alicerça nessa divisão feita por Santo Agostinho, ela visa atender às correções que Jesus fez no Novo Testamento. Por exemplo: “Está escrito não cometerás adultério! Eu, porém, vos digo: Quem olhar para uma mulher e a cobiçar já terá cometido adultério em seu coração”. Não cometerás adultério é o mesmo que não pecar contra a castidade que é o pecado de adultério.

“Não matarás!,  Não adulterarás!,  Não darás falso testemunho!, Honra teu pai e tua mãe!,  Ame ao próximo como a si mesmo!”. (Mt19, 16-19) Veja aqui um clássico exemplo que nem Jesus usa citar os 10 mandamentos como está em Êxodo20. 

 “Eu vos dou um novo Mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos tenho amado!” (Jo13, 34) - o Novo Mandamento de Jesus. Ele não acrescentou mais um nos 10 e fez 11 Mandamentos. Ele deu um Novo Mandamento, o Mandamento da Nova Aliança é o "Amor". Parece simples, mas, ele pede que amemos uns aos outros como o mesmo amor que ele amou e nos ama. AMAR COM O AMOR DE DEUS.

 E aí, tem sentido o que Rodrigo Silva afirma? Claro que não.

 "O amor não faz o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei." Rm13, 10 então, não importa se observamos os Mandamentos tal como está no AT. em Êx.20 ou como está no Catecismo importa que cumpramos o Mandamento de Jesus. AMAR COMO JESUS AMOU! Se conseguirmos isso estamos cumprindo toda a Lei. 

Jesus Cristo, segundo os evangelhos, também não mencionou os 10 Mandamentos da mesma forma que está em Êxodo 20. Pelo contrário, Jesus até os simplificou em dois, amar a Deus e ao próximo. Visto que os nove Mandamentos da Lei de Deus se resumem nestes dois. Quanto à substituição da guarda do sábado pelo domingo e festas de guarda como está estabelecido no Catecismo da Igreja Católica se deve ao fato de que os cristãos desde o início não guardavam mais o sábado como dia do Senhor, mas, o domingo. A guarda do sábado está ligada ao dia da criação e à Páscoa judaica na Antiga Aliança. A guarda do domingo está ligada à Páscoa de Jesus, à sua ressurreição conforme está descrito nos Atos dos Apóstolos. Jesus ressuscitou no domingo, apareceu ressuscitado no domingo, a Eucaristia, também chamada de “fração do pão” e as orações era feita pelos primeiros cristãos no domingo. E aí Rodrigo Silva diz que foi Constantino, que mudou o calendário e a guarda do sábado e a parte que fala não terás outros deuses diante de mim.

Santo Inácio de Antioquia que foi discípulo de São João em sua carta a Magnesius (107 d.C), portanto, bem antes de Constantino, ele combatendo as heresias judaizantes disse: “Nós que antes guardávamos o sábado agora não mais o guardamos, mas, guardamos o dia em que o Senhor ressuscitou, o domingo”. Isso não é no tempo de Constantino. Duzentos anos antes já fora dito sobre a guarda do domingo. Isso só demonstra que não há que se levar em conta por questões históricas de Rodrigo Silva a sério.

Os adventistas (que é o caso de Rodrigo Silva) e as outras denominações sabatistas que atacam a Igreja Católica o fazem ou por falta de conhecimento por maldade. Das duas uma ou ele mente, ou ele sabe e age com desonestidade, ou ele não sabe e vende-se como alguém que sabe.

O que este senhor diz em suas entrevistas muitas vezes de forma maldosa e inescrupulosa, visto que se trata de um doutor em arqueologia, teologia protestante e em patrística não poderia agir senão, com segundos interesses pelos quais é denegrir a Igreja Católica com suas falsas afirmações. O cristão que busca na arqueologia razões para provar sua fé, age como fez o apóstolo Tomé que não acreditou na ressurreição de Jesus e precisou por a mão nas feridas do Ressuscitado para crer.

É lamentável quando vemos pessoas desse naipe mentindo com falsas afirmações a respeito das verdades históricas, não por falta de conhecimento, mas por querer dar crédito à sua denominação.

A Igreja Católica, porém, ao longo de mais de 2000 anos sempre manteve a mesma fé e a mesma doutrina dos Apóstolos. Mesmo nos tempos mais sombrios em que a Igreja passou e mesmo agora com tantas pessoas de dentro ou de fora tentando derrubá-la ela está confiante na promessa de Cristo “as portas do inferno não prevalecerão contra ela!”


Fonte:

Das explicações do Prof.  Lucas Lancaster, História da Igreja. 

  

     

 

 

 

 

 

    

 

 

  

 

 

O QUE É A SANTA MISSA SANTA MISSA? O significado dos Vasos Sagrados e objetos litúrgicos

 



A Santa Missa, também chamada de Eucaristia, é o memorial perpétuo da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Ela é composta de duas partes essenciais, que são a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, e essas são inseparáveis! Para que seus efeitos sejam aproveitados, é necessário que haja uma preparação prévia tanto por parte daqueles que organizam suas devidas partes litúrgicas, quanto dos demais que participam como fiéis. Ela é composta de duas partes essenciais, que são a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, e essas são inseparáveis!

Após a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, ele por amor quis estar presente na sua Igreja, em nosso meio na Eucaristia. Por isso, a Eucaristia também é chamada de "Sacramento do amor".  E o alimento do corpo e da alma. É dentro da Santa Missa que Jesus se dá em alimento. Disse o Senhor: "Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos!" (Mt28, 20) - "Pois a minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida" (Jo6, 55).  

Entendendo que a Missa é essa celebração do Mistério Pascal de Cristo, é o próprio Jesus quem nos convida a vivenciarmos tão grande mistério: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho de homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).

 Sabendo o quão importante é a Eucaristia, o apóstolo Paulo nos orienta a não participarmos da Santa Missa de qualquer forma, mas antes nos prepararmos bem. O apóstolo nos diz: “Examine-se cada um a si mesmo e, assim, coma o pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem distinguir devidamente o corpo, come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,28-29). 

Ainda entendendo um pouco mais sobre o Sacramento da Eucaristia, vejamos o que diz São Leonardo de Porto-Maurício: o sacrifício oferecido em cada Santa Missa é o mesmo oferecido na Cruz, a única diferença é o modo. Na Cruz o sacrifício foi com o derramamento de sangue, ou seja, de forma cruenta; já na Eucaristia, não há derramamento de sangue, ou seja, ele é incruento. A vivência da Santa Missa nos proporciona as graças da nossa redenção.

 

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A Santa Missa, também chamada de Eucaristia, é o memorial perpétuo da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Ela é composta de duas partes essenciais, que são a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, e essas são inseparáveis! Para que seus efeitos sejam aproveitados, é necessário que haja uma preparação prévia tanto por parte daqueles que organizam suas devidas partes litúrgicas, quanto dos demais que participam como fiéis.

Entendendo que a Missa é essa celebração do Mistério Pascal de Cristo, é o próprio Jesus quem nos convida a vivenciarmos tão grande mistério: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho de homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53). Sabendo o quão importante é a Eucaristia, o apóstolo Paulo nos orienta a não participarmos da Santa Missa de qualquer forma, mas antes nos prepararmos bem. O apóstolo nos diz: “Examine-se cada um a si mesmo e, assim, coma o pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem distinguir devidamente o corpo, come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,28-29).

Ainda entendendo um pouco mais sobre o Sacramento da Eucaristia, vejamos o que diz São Leonardo de Porto-Maurício: o sacrifício oferecido em cada Santa Missa é o mesmo oferecido na Cruz, a única diferença é o modo. Na Cruz o sacrifício foi com o derramamento de sangue, ou seja, de forma cruenta; já na Eucaristia, não há derramamento de sangue, ou seja, ele é incruento. A vivência da Santa Missa nos proporciona as graças da nossa redenção.

A Missa e suas partes

Como foi visto acima, de maneira geral a Eucaristia pode ser dividida em duas partes essenciais, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Poderíamos ainda fazer uma subdivisão em: ritos iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística, rito da Comunhão e ritos finais. Porém, ficaremos, neste momento, com a divisão em duas partes.

Na Liturgia da Palavra, Deus fala ao Seu povo. Essa parte inicia-se com a proclamação da primeira leitura e vai até a oração dos fiéis. Quando a Palavra é proclamada, ela se torna viva e eficaz, gerando naqueles que bem recebem seus devidos frutos. Abro, aqui, um parênteses para salientar que a Palavra de Deus merece o máximo respeito, assim, aquele que irá anunciar a Palavra não poderá fazer de qualquer forma. É necessário estar com vestes apropriadas, com boa postura, realizar solenemente, com voz clara, pausada e com boa pronúncia. O convite que a proclamação da Palavra nos faz é de colocarmos em prática aquilo que foi anunciado.

Com a apresentação dos dons que serão consagrados, inicia-se a Liturgia Eucarística. Neste momento, todo o povo de Deus vive ativamente, presidido por um sacerdote. Dessa forma, todos os gestos, palavras e preces levam a assembleia a participar da Ceia que Jesus desejou celebrar ardentemente com seus discípulos. A oferenda do pão e do vinho recebidos pelo sacerdote é o próprio ato de Cristo na última ceia. Com a invocação do Espírito Santo sobre as ofertas, elas se tornam o Corpo e o Sangue de Jesus.

Após entendermos um pouco sobre as partes da Santa Missa, vivamos cada vez melhor esse encontro entre nós e Deus. 


A Missa e suas partes

Como foi visto acima, de maneira geral a Eucaristia pode ser dividida em duas partes essenciais, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Poderíamos ainda fazer uma subdivisão em: ritos iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística, rito da Comunhão e ritos finais. Porém, ficaremos, neste momento, com a divisão em duas partes.

 

Na Liturgia da Palavra, Deus fala ao Seu povo. Essa parte inicia-se com a proclamação da primeira leitura e vai até a oração dos fiéis. Quando a Palavra é proclamada, ela se torna viva e eficaz, gerando naqueles que bem recebem seus devidos frutos. Abro, aqui, um parênteses para salientar que a Palavra de Deus merece o máximo respeito, assim, aquele que irá anunciar a Palavra não poderá fazer de qualquer forma. É necessário estar com vestes apropriadas, com boa postura, realizar solenemente, com voz clara, pausada e com boa pronúncia. O convite que a proclamação da Palavra nos faz é de colocarmos em prática aquilo que foi anunciado.

Com a apresentação dos dons que serão consagrados, inicia-se a Liturgia Eucarística. Neste momento, todo o povo de Deus vive ativamente, presidido por um sacerdote. Dessa forma, todos os gestos, palavras e preces levam a assembleia a participar da Ceia que Jesus desejou celebrar ardentemente com seus discípulos. A oferenda do pão e do vinho recebidos pelo sacerdote é o próprio ato de Cristo na última ceia. Com a invocação do Espírito Santo sobre as ofertas, elas se tornam o Corpo e o Sangue de Jesus.

Após entendermos um pouco sobre as partes da Santa Missa, vivamos cada vez melhor esse encontro entre nós e Deus.

O sentido de cada parte da Santa Missa

Para que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecânico, onde as pessoas só “copiam” o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender exatamente o que está acontecendo, é bom que cada fiel católico entenda melhor a Santa Missa, pois só amamos aquilo que conhecemos. 

A missa é igual para toda a Assembleia mas a maneira de cada um participar pode ser diferente pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião. As vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê.

 

Para participar da missa com fé e alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel deve conhecer todas as etapas da liturgia da missa pois ninguém ama o que não conhece.

 

 

A palavra MISSA vem do latim missio, que significa despedida ou envio. E, quando os catecúmenos saíam antes do início da Liturgia Eucarística o celebrante os despedia. Desta forma, toda a Celebração Eucarística acabou por ser denominada missa. 

A missa é dividida em quatro partes principais: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais. 

 

I RITOS INICIAIS

 

 

1. Monição Ambiental

 

 

Ao entrar e sair de uma igreja com um sacrário, procedemos à genuflexão um gesto de adoração a Jesus Eucarístico. 

Feita pelo comentarista, ao lado do altar. Um convite à Assembleia para participar da Celebração, criando um clima de oração e fé. Solicita que todos, de pé, recebam o celebrante. 

2. Canto de Entrada e Sinal da Cruz

 Durante o canto, o padre, os ministros e/ou acólitos dirigem-se ao altar. O padre faz uma inclinação profunda e deposita o beijo no altar, endereçado a Cristo. 

Em seguida, o padre faz o sinal da cruz e o povo faz com ele (não precisa beijar a mão após o sinal), mas sem dizer nada. Ao final, todos respondem o “Amém”.

 A expressão “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” quer dizer a pessoa, não apenas o “nome”. Iniciamos a Missa colocando nossa vida e toda a nossa ação invocando a Santíssima Trindade.

 

3. Acolhida e Saudação 

É o “bom dia” de inspiração divina dado pelo Presidente à Assembléia. Em uma das formas litúrgicas, o padre saúda o povo com as palavras de São Paulo aos Coríntios (2Cor 13,11-13): 

– A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!

 Independente da forma utilizada, todos respondem: 

– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

 

4. Ato Penitencial

 

“Se estás diante do altar para apresentar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta lá diante do altar. Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, depois volta para apresentares tua oferta.” (Mt 5,23-24)

 

Convite para cada um olhar para si (reconhecer os próprios pecados e não os dos outros), buscando um arrependimento sincero. 

Precisamos pedir que Jesus purifique nosso coração para termos parte com ele. 

A absolvição geral que o padre dá no Ato Penitencial é uma purificação das faltas leves, e realmente nos purificam para participarmos da Ceia do Senhor. Os pecados graves necessitam de uma confissão sacramental. 

5. Hino de Louvor (Glória)

 

É um cântico solene, uma das mais perfeitas formas de louvor à Santíssima Trindade, porque se dirige ao Pai e a Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Vem logo após o Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos. 

Inspirado no canto dos anjos que louvaram a Deus no nascimento de Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14)

O Glória não é cantado (nem recitado) na Quaresma e no Advento, tempos que não são próprios para se expressar alegria.

 

6. Coleta - Do latim “collígere”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. Tem o sentido de reunir, numa só oração, todas as orações da Assembleia. 

Por isso, começa com o “Oremos um convite aos presentes para que se ponham em oração seguida de uma pausa, para que cada um faça mentalmente a sua oração pessoal.

A seguir, o padre eleva as mãos assumindo as intenções dos fiéis e elevando-as a Deus e profere a oração em nome de toda a Igreja. 

Por fim, todos dizem “Amém” para dizer que a oração do padre também é sua.

 

É uma oração presidencial, feita apenas pelo padre, como representante de Cristo. Todas as orações presidenciais são compostas por: invocação, pedido e conclusão. As orações são dirigidas ao Pai, em nome de Jesus nosso mediador , na unidade do Espírito Santo.

 

II LITURGIA DA PALAVRA

 

Após o “Amém” da Coleta, a comunidade senta-se, aguardando, antes, o Presidente dirigir-se à sua cadeira.

A Eucaristia é o “mistério de nossa fé” e a fé vem pela Palavra de Deus (cf. Rm 10,14). Daí a importância da pregação, abrangida pela Liturgia da Palavra. “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,4)

 

 

A Palavra de Deus não é para ser apenas “lida”, mas “proclamada” solenemente. “A fé entra pelo ouvido.”

 As leituras das missas dominicais variam a cada ano, repetindo-se a cada três anos. São os chamados ANOS A, B e C. Em cada ano meditamos o Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lucas respectivamente. O Evangelho segundo João intercala-se durante o ano em momentos fortes. 

Os 3 primeiros Evangelhos fazem como que uma sinopse dos fatos acerca da vida de Jesus são, por isso, chamados de “sinóticos”. O Evangelho escrito por São João focaliza outros fatos e palavras de Jesus, destacando Sua divindade e penetrando mais o Mistério do Filho de Deus. 

A Liturgia da Palavra é tão importante quanto a Liturgia Eucarística e deve ter um lugar reservado para a proclamação a MESA DA PALAVRA. 

1. Primeira Leitura 

A Primeira Leitura, em geral, é tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da História da Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros do Novo Testamento que não sejam os Evangelhos.

 2. Salmo Responsorial 

É uma resposta cantada ou recitada à mensagem proclamada. Ou ainda, uma “oração” da Leitura, ajudando o povo a rezar e a meditar na Palavra de Deus que acabou de ser proclamada. Não pode ser substituída por outros cânticos que não sejam inspirados no salmo previsto. 

3. Segunda Leitura 

Em geral, é uma carta, retirada do Novo Testamento. Só é proclamada em missas dominicais ou de dias festivos, não nas missas feriais (no meio da semana).

 Assim, a Liturgia da Palavra, no decorrer das missas do ano, nos dá uma visão de toda a História da Salvação, recordando quase toda a Bíblia. 

 

4. Canto de Aclamação ao Evangelho 

Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Ele se torna presente na proclamação do Evangelho. Aclamar é aplaudir com alegria, então o canto de Aclamação ao Evangelho é uma espécie de “aplausos” para o Senhor que vai nos falar.

 

Pode ser antecedido por um breve comentário (não é uma homilia, que não deve antecipar o que vai ser dito no Evangelho), convidando e motivando a Assembleia para ouvir o Evangelho. Na Quaresma e no Advento, o canto não tem “Aleluia”. 

 

5. Proclamação do Evangelho

 

Antes da proclamação do Evangelho, pode-se fazer uma procissão com a Bíblia ou Lecionário e as velas. Para se dar mais destaque ao anúncio da Palavra de Jesus, dois ministros ou acólitos podem segurar uma vela em cada lado do Ambão. 

 

O diácono, e na falta deste o padre, proclama em um lugar mais elevado, para ser visto e ouvido por toda a Assembleia, que deve estar em pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. É como se o próprio Jesus se colocasse diante de nós para nos falar do que mais nos interessa.

 

 

O diácono/padre saúda a Assembleia:

– O Senhor esteja convosco!

– Todos: Ele está no meio de nós!

– Diácono/Padre: Evangelho de Jesus Cristo, escrito por …

– Todos: Glória a vós, Senhor!

 

 

E, ao final do Evangelho:

– Diácono/Padre: Palavra da Salvação! (E beija a Bíblia)

– Todos: Glória a vós, Senhor!

 

“Bem-aventurado os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 11,28)

 

6. Homilia (Pregação)

 

É a interpretação de uma profecia ou a explicação dos textos bíblicos das leituras proclamadas.

 Os próprios Apóstolos, depois de ouvirem as parábolas, pediam a Jesus que lhes explicasse o que elas queriam dizer. Assim também é o Povo de Deus, que precisa de alguém que lhes explique as Escrituras, do mesmo modo que Filipe explicou ao ministro da Rainha Candace, da Etiópia, uma passagem do AT: 

“Ouvindo que lia o profeta Isaías, disse-lhe: “Porventura entendes o que lês?” Ele respondeu: “Como é que vou entender se ninguém me explicar?”.” (At 8,30b-31a)

 

As Escrituras não são de simples compreensão e não estão sujeitas a interpretações particulares, mas tão somente da Igreja que Cristo fundou, sob o Primado de Pedro:

 

“Pois, antes de tudo, deveis saber que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal, porque jamais uma profecia se proferiu por vontade humana, mas foi pelo impulso do Espírito Santo que homens falaram da parte de Deus.” (2Pd 1,20-21)

 

“É o que ele faz em todas as epístolas em que vem a tratar do assunto. Nelas há alguns pontos de difícil inteligência, que homens ignorantes e sem firmeza deturpam, não menos que as demais Escrituras, para sua própria perdição.” (2Pd 3,16)

 

Além do que, a Bíblia não é a única fonte de doutrina para o cristão, mas, inclusive, a Tradição (Oral e Escrita) e o Magistério da Igreja fundada por Jesus:

 

“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” (Jo 21,25)

 

“Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras seja por carta.” (2Ts 2,15)

 

7. Creio (Profissão de Fé)

 

 

Crer em Deus é confiar nele! Com o Creio, a comunidade afirma que crê na Palavra de Deus que foi proclamada e está pronta para pô-la em prática. É como um juramento público. 

 

Há dois textos diferentes para a Profissão de Fé: o Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno- Constantinopolitano.

 

O primeiro vem do tempo dos Apóstolos. É um resumo das verdades de fé professada pelos primeiros cristãos. É também mais curto e mais recitado nas missas no Brasil. 

O Símbolo Niceno-Constantinopolitano surgiu no séc. IV, a partir da heresia de Ário, que, em sua heresia (negação de verdades de fé), disse que Jesus era apenas homem, não Deus (como hoje o fazem os espíritas e os “Testemunhas de Jeová”). Então a Igreja, no Concílio de Nicéia (ano 325), colocou no “Creio” algumas palavras a mais, acentuando a divindade de Jesus:

 

“Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro…”

Alguns anos depois, Macedônio, outro herege, negou a divindade do Espírito Santo. A Igreja reafirmou essa divindade, a partir do

 

Concílio de Constantinopla (ano 381):

 

“Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; ele que falou pelos profetas.”

 

Assim se formou esse Símbolo, surgido após os Concílios de Nicéia e Constantinopla. É uma síntese das verdades fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, à medida que iam se espalhando pelo mundo.

 

No Brasil, o Símbolo Niceno-Constantinopolitano é recitado apenas em alguns domingos, geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus. Eis o símbolo completo:

 

“Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém!”.

 

8. Oração dos Fiéis (Oração Universal)

 

 

No início da missa existe a Oração Coleta uma oração presidencial breve, a fim de colocar a Assembleia em clima de fé para ouvir a Palavra de Deus. A Oração dos Fiéis é um espaço mais abrangente para que os fiéis coloquem publicamente suas intenções.

 

Após ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé nessa Palavra, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de modo oficial e coletivo.

 

Nessa oração, o povo exerce sua função sacerdotal, suplicando por todos os homens, incluindo as seguintes intenções:

 

– pelas necessidades da Igreja e do papa;

– pelos governantes, legisladores e magistrados; (pois eles têm um poder temporal, e devem servir ao povo)

– pelos que sofrem qualquer necessidade, especialmente pelos doentes; e

– pelas necessidades da comunidade local.

 

A Equipe de Liturgia deve tomar a iniciativa de ver as intenções da comunidade incluídas na oração, possibilitando que a fé expresse algo mais concreto e vivencial.

 

O que não se pode fazer na missa são as orações particulares, como leitura de livros piedosos, novenas e o terço.

 

Na Oração dos Fiéis, a introdução e a conclusão são feitas pelo Presidente. As outras preces são feitas pelos fiéis, em voz alta, expressando a fé viva e alegria de toda a comunidade, unidade num só coração e numa só alma.

 

Durante a Oração dos Fiéis, todos ficam de pé a posição própria do orante e como rezavam os primeiros cristãos.

 

 

III LITURGIA EUCARÍSTICA

 

 

Onde o mesmo pão é repartido entre muitos… O Sacrifício redentor de Cristo é universal. Destina-se a toda a humanidade. Seu valor é espiritual, infinito para todos.

 

A Eucaristia, como Sacramento, renova a Ceia Pascal; como Sacrifício, renova a ato redentor de Cristo na Cruz. 

Todos os gestos, palavras, preces e cantos da Liturgia da Palavra devem levar a Assembleia a participar da Ceia que o Senhor desejou “ardentemente” celebrar com seus discípulos. 

1. Preparação das Oferendas (Ofertório)

 

1) Canto e Procissão das Oferendas

 

Durante e preparação das oferendas, canta-se o Canto do Ofertório. As principais ofertas são o pão e o vinho. Podem-se trazer outras coisas, como ramos de trigo, cachos de uva, água, flores.

 

O ato de levar ao altar as ofertas significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As outras oferendas representam também a vida do povo: a flor, símbolo de amor e gratidão; a coleta em dinheiro, fruto do trabalho e da generosidade dos fiéis. 

O dinheiro para o ofertório é a nossa oferta para a conservação e manutenção da casa de Deus. Não é uma “esmola”, pois Deus não é mendigo, mas o Senhor de nossa vida. Outra condição para Deus aceitar a nossa oferta é que estejamos em paz como nossos irmãos. A fé pede nossa comunhão com Deus e com os irmãos (cf. Mt 5,23-24).

 A procissão é opcional. Quando houver, deve haver alguma colocação do comentarista, explicando o sentido das ofertas, sobretudo quando se leva algo que não seja o pão e o vinho. As ofertas devem ter um significado e ajudar a participação da comunidade na Liturgia.

 As pessoas que trazem as oferendas em procissão não as trazem apenas em seu nome, mas representando toda a comunidade.

No início da Missa, o Presidente e seus Ministros ficam nas cadeiras em frente ao altar. Eles não vão para o altar, porque este representa a mesa da Ceia, que começa na Liturgia Eucarística. 

Ao fim da Oração dos Fiéis, o Presidente e os Ministros vão para o altar para preparar as oferendas: corporal estendido no centro (como uma toalha), missal aberto, o cálice e a patena com a hóstia grande do sacerdote (que pode vir junto com as hóstias dos fiéis, na âmbula sentido de unidade do Presidente com a Assembleia).

 

2) Apresentação do Pão e do Vinho

 

 

Na Missa, oferecemos a Deus o pão e vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e no Sangue do Senhor. Deus aceita nossa oferta e a transforma numa dádiva de valor infinito a própria Divindade!

 

 

O Presidente recebe as ofertas da comunidade e, por sua vez, oferece o pão a Deus, dizendo:

 

“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida!”

 

E a Assembléia responde:

 

“Bendito seja Deus para sempre!”

 

Então o padre coloca a hóstia (de trigo puro, não fermentado) sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Antes, ele põe um pouco de água no vinho e diz: “Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.”

 

A mistura da água no vinho (puro, de uva) simboliza a união da natureza humana com a divina. Nós (água), na Missa, nos unimos a Cristo (vinho) para formar um só Corpo com Ele. Em seguida, o Presidente eleva o cálice e diz:

 

“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação!”

 

E a Assembleia bendiz a Deus: “Bendito seja Deus para sempre!” 

Abençoar é bendizer! Bendizemos a Deus nessa hora porque o pão comum que oferecemos vai se tornar para nós o “Pão da Vida” e o vinho, o “Vinho da Salvação”. E porque recebemos muito mais do que oferecemos. 

O cálice com o vinho e a âmbula com as hóstias para a comunidade ficam sobre o corporal, no centro do altar, junto da hóstia grande do Presidente, que é colocada sobre a patena. 

3) Presidente lava as mãos 

A oração seguinte fala que nosso sacrifício é aceito por Deus quando temos um coração purificado e humilde. 

Após colocar o cálice sobre o corporal, o padre inclina-se diante do altar e reza em voz baixa: 

“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus!” 

Essa oração é tirada do Livro de Daniel. Deportado para a Babilônia, o Povo de Israel estava longe do Templo e não podia oferecer a Deus os sacrifícios de cordeiros e bois. Então Azarias fez essa bela oração, oferecendo a Deus o seu sacrifício espiritual. 

Quando a missa é festiva, costuma-se incensar o altar, o Presidente da Celebração e a Assembleia. O incenso significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça.

 Antigamente a comunidade levava para o altar ofertas como alimentos e outros objetos que poderiam sujar as mãos do padre, que, por isso, lavava as mãos. Hoje, além da purificação das mãos, há também o sentido da purificação espiritual. Ao lavar as mãos, o padre reza em voz baixa: 

“Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.” (Sl 50,4)

 Essa oração lembra Davi pedindo perdão de seu pecado. 


4) Orai, irmãos! 

O sacerdote intercede por toda a Assembleia, que deve responder ativamente.

Assim, o padre se volta ao povo e pede: 

“Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso!”

 

Ao que a Assembleia responde: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.” 

Em primeiro lugar, a glória de Deus!

  

5) Oração sobre as Oferendas

 

Tem por fim colocar nas mãos de Deus os dons que trouxemos para o sacrifício.

 

É um modo de insistir a mesma coisa diante de Deus, como nas parábola que Jesus contou (cf. Lc 11,5-8 e 18,1-8). 

 

2. Oração Eucarística ou Anáfora

 

Inicia o centro, o “coração” da Celebração o Mistério da presença real de Jesus no pão e vinho consagrados. Não é “mais uma oração” da missa é a própria Missa.

 

Para os judeus, santo era todo o lugar onde Deus se manifestava. De modo especial, o Templo era santo. Dentro do Templo, havia uma parte santíssima o “santo dos santos”, uma sala que continha a Arca da Aliança ou Tabernáculo. Lá só o sumo sacerdote entrava, e uma vez por ano apenas, para o sacrifício expiatório. Só depois de se purificar é que o sacerdote podia entrar ali.

 Hoje, em termos de presença de Deus, o mais simples templo católico é mais importante que o Templo de Jerusalém, porque tem dentro de si mais que a Arca da Aliança: o próprio Cristo, Deus Vivo, no sacrário, com a luz acesa ao lado. Ele é o verdadeiro “Santo dos Santos”.

 

 

Antes do Concílio Vaticano II, havia uma só forma de Oração Eucarística. Atualmente, para que cada povo possa participar mais e utilizarem sua própria cultura existem várias fórmulas que são aprovadas pela Igreja. No Brasil existem 14 formas.

 

 

1) Prefácio e “Santo”

 

O Prefácio é um hino de “abertura”, que nos introduz no Mistério Eucarístico. Nele, o padre convida o povo a elevar seus corações a Deus e proclamar a santidade de Deus, dando-lhe graças.

 

No Prefácio, o Presidente sempre reza de braços abertos. Ele inicia com o diálogo:

 

Padre: O Senhor esteja convosco!

Povo: Ele está no meio de nós.

Padre: Corações ao alto!

Povo: O nosso coração está em Deus.

Padre: Demos graças ao Senhor nosso Deus!

Povo: É nosso dever e nossa salvação.

 

O trecho seguinte do Prefácio compreende algumas palavras próprias, dependendo do Tempo Litúrgico ou da festa que se celebra.

 

O final do Prefácio é sempre igual. Termina com o cântico:

 

“Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”

 

O “Santo” é tirado de Is 6,3. A repetição, dizendo 3 vezes “Santo” significa o máximo de santidade, “Santíssimo”.

 

Às vezes, quando o “Santo” é cantado, mudam-se algumas palavras, mas o sentido deve ser o mesmo. O Santo deveria ser sempre cantado.

2) Invocação do Espírito Santo

 

Momentos antes da Consagração, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Pai que os santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Toda invocação do Espírito Santo é feita de pé.

 

3) Narrativa da Ceia e Consagração do Pão e do Vinho

 

Neste momento a Assembleia se ajoelha, ou mesmo de pé (normalmente aqueles que por algum problema não podem ajoelhar-se) porém em posição de adoração (cabeça baixa, em posição de reverência). A Ceia Eucarística celebrada por Jesus com os Apóstolos teve origem na Ceia Pascal Hebraica, que também não é celebrada como uma simples recordação, mas como um acontecimento que se faz presente.

Dentro da missa, esta é a hora da transformação do pão e do vinho, que se tornam o Corpo e o Sangue do Senhor.

Por ordem de Cristo, o Presidente recorda o que Jesus fez na Última Ceia. Ele pega o pão, o apresenta ao povo e pronuncia as palavras de Consagração:

“Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós.” (Lc 22,17ss)

Após a consagração do pão, o padre levanta a hóstia à vista da Assembleia. A seguir, genuflecte para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento.

A mesma coisa faz o padre com o cálice de vinho. Ele recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:

“Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.”

Novamente, o padre genuflecte para adorar o Cristo presente após a consagração do vinho.

Na Consagração do pão e do vinho o povo deve ajoelhar-se ou ainda fazer uma profunda inclinação de cabeça no momento em que o padre eleva a hóstia e o cálice.

Durante as palavras de Consagração é que há a transubstanciação a transformação das espécies no Corpo Eucarístico. Nessa hora, o silêncio deve ser total não deve haver nem mesmo fundo musical.

Lembremos que na missa o padre age “in persona Christi”, ou seja, em lugar da pessoa de Cristo. É como se Jesus estivesse pessoalmente presidindo a Celebração.

A Igreja celebra a Missa para cumprir a vontade de Jesus, que mandou celebrar a Ceia: “Fazei isto em memória de mim!”

No início das comunidades cristãs, eles não falavam “missa”, mas “fração do pão” (cf. At 2,42). São Paulo também fala de missas celebradas em algumas comunidades (cf 1Cor 11,17-34), inclusive celebradas por ele (cf. At 20,7-11).

 

 

A Eucaristia não é simplesmente uma das coisas que Jesus fez por nós: é a grande surpresa que Ele nos preparou durante toda a sua vida. Ele já havia prometido nos dar “pão vivo descido do céu” e que esse pão seria a sua carne “para a nossa salvação” (cf. Jo 6,35-69).

 

 

4) “Eis o Mistério da Fé!”

 

Terminada a Consagração, o Presidente proclama solenemente, mostrando o Sacramento:

 

“Eis o Mistério de nossa fé!”

 

5) Lembrança da Morte e Ressurreição de Jesus

 

A Assembléia, levanta-se no mesmo momento em que o padre (logo depois da consagração do vinho ele genuflectiu e se levantou) e responde:

 

“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!” 

Há outras formas de resposta. O que é importante é que todos respondam com fé! O Mistério só é aceito por quem crê! Assim, as palavras do celebrante soam como que um “desafio à fé”: “Eis o Mistério da fé!” No Emaús temos o costume de cantar o Maranatha que é perfeitamente litúrgico para o momento, é um clamor ao Jesus que vem! 

 

6) Orações pela Igreja

 

A Igreja é o “Corpo Místico de Cristo”. Nela circula a vida da Graça. É o que chamamos de Comunhão dos Santos, dita no “Creio”. Entre todos os membros da Igreja, no céu ou na terra, existe a intercomunicação da Graça. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.

 

Assim, na Missa, dentre as orações pela Igreja, a primeira é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano, pelas suas grandes responsabilidades. Pedimos também pelos evangelizadores e evangelizados, pela conversão dos pagãos e pela perseverança dos cristãos.

 

 

Oramos também pelos falecidos um ato de caridade. Na Bíblia há um elogio a Judas Macabeu pela sua intercessão e oferecimento de um “sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mac 12,45-46).

 

Finalmente pedimos por nós como “povo santo e pecador”, para que estejamos um dia reunidos com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem- aventurados no céu, para louvarmos e bendizermos a Deus. A oração termina “por Jesus Cristo nosso Senhor”, que nos disse:

 

“Em verdade, em verdade, vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, ele vos dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis.” (Jo 16,23-24)

 

 7) Louvor Final (“Por Cristo…”)

 

É dito pelo sacerdote e somente por ele. Esse é o verdadeiro ofertório, pois é o próprio Cristo que oferece e é oferecido. É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai. Ele é o nosso Pontífice, isto é, a nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele disse:

 

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jo 14,6)

 

Por isso, encerra-se a Oração Eucarística proclamando:

 

Padre: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre!”

 

Depois disso a Assembleia responde o chamado GRANDE AMÉM, que é o principal de toda a missa! Devia ser festivamente dito ou cantado com uma profunda devoção pois é o Amém Síntese da Missa.

 

Esse até de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente levanta a hóstia e o cálice.

 

3. Rito da Comunhão

 

1) Pai-Nosso e Oração Seguinte 

Começa a preparação para a Comunhão Eucarística. É a síntese do Evangelho. Para bem rezá-lo, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. É uma oração de sentido comunitário que, mesmo rezada só, deve-se proferi-la em intenção de todos. 

Para comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em comunhão com meus irmãos membros do Corpo Místico de Cristo.

 

A oração do Pai Nosso é rezada da seguinte forma:

 

“Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”

 

O primeiro, céus aparece no plural na versão em português do Pai-Nosso por significar TODO LUGAR e um estado de espírito, de alegria de VIDA. O segundo céu aparece no singular em oposição a terra, significando realmente o céu no sentido da Vida Eterna.

 

Dizemos perdoai-nos com a partícula NOS pois pedimos que Deus perdoe a NÓS e não as nossas ofensas, assim como perdoamos AQUELES que nos ofenderam e não os pecados deles.

 

Dentro da missa, o Pai Nosso não tem o AMÉM final. A oração do Pai Nosso se estende até o final da oração que o sacerdote reza a seguir, pedindo a Deus que nos livre de todos os males. Porque só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.

 

 

Sac.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.

O “Amém” do Pai Nosso, dentro da missa é substituído pela oração: “Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!”, que é dito logo após a oração anterior.

 

 

2) Saudação da Paz

 

A paz é um dom de Deus, que só ele pode dar: “Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz. Não a dou como o mundo a dá.” (Jo 14,27)

 

Antes de o Presidente convidar a Assembleia para que se saúdem mutuamente no amor de Cristo, ele recorda as palavras de Jesus, fazendo este diálogo com o povo:

 

Padre: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.

Povo: Amém!

 

Padre: A paz do Senhor esteja sempre convosco!

Povo: O amor de Cristo nos uniu.

 

3) Fração do Pão

 

Ao fim da saudação entre os fiéis, o celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho dela dentro do cálice com vinho consagrado. Esse ato tem o sinal da fraternidade, da repartição do pão, como Jesus o fez para seus discípulos na Ceia, além do reconhecimento de Cristo, por parte dos discípulos de Emaús, ao partir o pão em sua casa.

 

4) Cordeiro de Deus

 

Logo após, o Presidente põe um pedaço da Hóstia no cálice e reza em voz baixa:

“Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna!”

Ao mesmo tempo, a Assembleia canta o “Cordeiro de Deus”.

Embora no Ato Penitencial todos já se tenham purificado, ao aproximar-se do momento da Comunhão os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, dizendo:

 

“Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!”

 

Enquanto isso, o padre se inclina diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a sua salvação.

 Ninguém se atreva a receber o Corpo do Senhor indignamente! Isto é deve-se se estar limpo sem pecado grave, isto implica que o cristão deve se confessar antes. Casais que estão em segunda união (situação de adultério), sem a nulidade não podem comungar. 

No AT e no NT Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”. Sete séculos antes de Cristo, o profeta Isaías predisse que o Messias seria levado à morte, “sem abrir a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro” (cf. Is 53,7). João Batista, ao ver Jesus passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). São Paulo disse: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7b). 

E, de fato, na hora em que Jesus morria na cruz, era imolado no Templo o cordeiro pascal para os judeus comemorarem a Páscoa. São Pedro também disse que não fomos resgatados pelo preço vil de ouro ou de prata, mas “pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro sem mancha” (cf. 1Pd 1,18-19). 

5) Felizes os Convidados!

Terminado o “Cordeiro de Deus”, o Presidente levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à Assembleia, dizendo:

“Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

 “Pelo sangue de Cristo fomos salvos. Jesus é o nosso Libertador. Dele nos aproximamos com alegria. Daí o Presidente nos convidar à comunhão, dizendo “Felizes os convidados”. 

Ao que o povo responde: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.” 

Essa resposta é tirada da resposta do oficial romano, o centurião, dada a Jesus (cf. Mt 8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar. É por bondade de Jesus que Ele vem a nós. Por isso, nos aproximamos da Comunhão com fé e humildade. 

A comunhão eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de todos os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na sua caminhada em busca da libertação de todo o mal. 

 

6) Distribuição da Comunhão

 

Comungar é receber Jesus Cristo, Rei dos reis, para alimento de vida eterna. Quem comunga deve meditar um pouco nesse Mistério da presença real do Senhor em sua vida. E não comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo. Não convém nem mesmo ir rezar diante de alguma imagem, pois Jesus deve ser o centro da atenção e piedade nessa hora. Ele é o Hóspede divino que acaba de ser recebido.

 

Após dizer “Felizes os convidados…”, com a resposta da comunidade, o padre reza em voz baixa: 

“Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.”

Em seguida, comunga o Corpo e o Sangue do Senhor. Depois o padre e os ministros dão a comunhão para os fiéis. Mostrando a Hóstia a cada um, diz:

 

“O Corpo de Cristo!”

E quem comunga responde: “Amém!”

Quanto ao modo de receber a comunhão, na boca ou na mão, é de competência do Bispo. Quem comunga, recebendo a Hóstia na mão, deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungante, imediatamente, pega a Hóstia com a mão direita e comunga ali mesmo, na frente do padre. Não pode sair com a Hóstia na mão e comungar andando.

 

Para comungar é preciso estar na Graça de Deus (sem pecado grave) e em jejum (uma hora antes da comunhão).

 

Por uma questão prática, normalmente se dá apenas a Hóstia e não o Vinho Consagrado. Porém, na Hóstia está o Cristo inteiro e vivo, com seu corpo, sangue, alma e divindade.

 

 

7) Ação de Graças

 

Após a Comunhão do povo, convém haver alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças. Pode-se também recitar algum salmo ou cantar algum canto de ação de graças. Não é o momento de dar avisos ou prestar homenagens a alguém.

 

A Ação de Graças é de toda a Assembleia e não apenas dos cantores ou de algum solista. Ação de graças não é o nome mais apropriado, pois toda a missa é Ação de graças.

 

8) Oração após a Comunhão

 

Apenas após terminada a oração, que é presidencial, podem-se dar avisos e fazer convites. Se for algo breve, a Assembleia pode ouvir de pé, caso contrário, pode sentar-se.

 

IV RITOS FINAIS

 

1. Comunicados e Convites

 

 

2. Bênção Final

 

Solene, dada pelo Presidente. Antes da bênção, o Presidente da Celebração saúda a Assembleia, dizendo: “O Senhor esteja convosco!” E todos respondem: “Ele está no meio de nós.”

 

Nesta hora, se a comunidade estiver sentada, deve levantar-se. Aí vem a bênção, que pode ser com uma fórmula simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula é: “Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo!” E todos respondem “Amém!”

 

Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a Assembléia e todos devem inclinar a cabeça.

 

É muito importante a bênção de Deus dada solenemente na Missa! Essa bênção é para cada pessoa presente! É preciso valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no final da Missa.

 

A Missa termina com a bênção! Em seguida, vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter participado da Missa.

 

3. Despedida

 

Todos devem esperar o sacerdote sair do altar para depois se retirarem.

Fonte:  https://pt.aleteia.org/2018/07/02/o-sentido-de-cada-parte-da-santa-missa/

 

QUAL A DIFERENÇA DA SANTA MISSA E DA CEIA PROTESTANTE?

 

A Santa Missa é a Oração mais completa da Igreja porque envolve dois momentos importantes que é: a) A Celebração da Palavra com o anúncio do Evangelho. 2) A celebração da Eucaristia onde Jesus se faz presente no Sacramento da Eucaristia. O momento da Comunhão onde os fiéis comungam o Corpo e Sangue do Senhor.

A missa não é um teatro, portanto, não deve ser assistida e sim, participada. Por isso, o Mandamento da Igreja diz que devemos participar da Santa missa aos domingos e dias santos de guarda ne que constitui pecado mortal a falta sem necessidade. É dever de todo católico participar da Santa Missa ou em alguns casos em que não for possível por falta de sacerdote ao menos da Celebração da Palavra. A celebração da Palavra não substitui a Missa e a diferença entre uma e outra é que na Missa se faz a consagração e na celebração da Palavra a comunidade se reúne com um ministro extraordinário da Eucaristia para meditar a Palavra de Deus e depois é dada a comunhão onde a Eucaristia (Jesus) já está consagrada e guardada no Sacrário é dada aos fiéis. Por isso, omite-se a liturgia eucarística que é a parte onde o sacerdote consagra as espécies do pão e do vinho para se transformar no Corpo e Sangue do Senhor, a Eucaristia.

A Eucaristia é a atualização do Sacrifício de Cristo na Cruz de forma incruenta. Isto é, Jesus morreu uma vez só de forma cruenta, foi na cruz que ele nos salvou, mas, ele quis perpetuar esse sacrifício de modo a ser o sacrifício da nova aliança e na noite às vésperas de sua paixão ceando com seus apóstolos instituiu a Eucaristia. Celebrando antecipadamente a Páscoa judaica, dela conservou alguns elementos o pão e o vinho que a partir de então em cada celebração pelas mãos do sacerdote se transforma pelo milagre da transubstanciação no seu Corpo e no seu Sangue. Isso só acontece na Igreja Católica, por causa da sucessão Apostólica porque somente a ela, com a autoridade recebida de Cristo pelos Apóstolos pode consagrar. Na Eucaristia nós não vamos comer a carne de Cristo e beber o Sangue de Cristo fisicamente porque isso seria canibalismo. As espécies do pão e do vinho continuarão como estão, mas, ali pela ação do Espírito Santo está a presença real de Jesus (Corpo, Sangue, alma e divindade) e quando comungamos Jesus entra dentro de nós pela Eucaristia substituindo assim o sacrifício da Antiga aliança que envolvia a matança de animais e não podia apagar nossos pecados. Jesus que única vez se sacrificou por nós na cruz, na Eucaristia renova este sacrifício de modo que por ele e nele nos tornamos unidos. Assim como no AT era o Sacerdote que oferecia a Javé o Sacrifício do cordeiro, na Nova Aliança Jesus se torna o Sacrifício, O Sacerdote, o Altar e o Cordeiro imolado por nós. Por isso João Batista ao vê-lo anuncia: “Eis o Cordeiro de Deus!”. O Padre que é o sacerdote na pessoa de Cristo (“In persona Chiristi”) oferece ao Pai o Santo Sacrifício e no momento da Consagração o Calvário se faz presente. Por isso, a Santa  Missa não é um teatro ou um show.  

JESUS DISSE:

“Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida.

Aquele que come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim e eu nele.

Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa.” (Jo6, 55-57)

 

1 Coríntios 11:17-34

 Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.

Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.

E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.

De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor.

Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se.

Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.

Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;

E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é para vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é Nova Aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim.

Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.

Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.

Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.

Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.

Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.

Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.

Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.

Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação. Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for.

A CEIA PROTESTANTE

A ceia protestante não é a Eucaristia. Quando Lutero e os reformadores se separaram foram excomungados, e pela Autoridade da Igreja dada por Cristo ao Santo Padre o Papa (Mt16) esses homens perderam o direito de administrar os sacramentos e celebrar a missa. Isso engloba também as igrejas católicas brasileiras, cujos padres não tem autoridade para consagrar.

Portanto, a Ceia protestante é apenas um memorial. Uma lembrança da última Ceia. Não há presença real de Cristo. Não há Eucaristia. Ali por mais respeitável que seja, é uma simples representação. Por isso, substituem as vezes o vinho pelo suco de uva e a Hóstia (que quer dizer vítima em grego) que é o pão sem fermento, (conforme o costume judaico Êxodo12, 1-20 e que Jesus conservou), pelo pão simples fermentado. Pastor nenhum pode consagrar a Eucaristia. Isso só acontece na Igreja Católica sendo ela a Católica Romana ou a Católica Orientais cujas mantém a sucessão apostólica e estão em comunhão com o Papa.

OS VASOS SAGRADOS DA MISSA E OBJETOS LITÚRGICOS

Hoje em dia, os vasos sagrados são chamados os utensílios do culto litúrgico que se encontram no contato direto com a Eucaristia. Como são sagradas, são usadas apenas para esse fim e devem ser abençoadas pelo bispo ou por um sacerdote. Além disso, eles devem ter a dignidade necessária para realizar a Santa Missa.

Chamam-se «vasos sagrados» aos diversos recipientes utilizados na celebração litúrgica: cálice, patena, cibório, píxide, ostensório, custódia, galhetas, âmbulas… Alguns deles são particularmente importantes como o cálice e a patena «que servem para oferecer, consagrar e comungar o Pão e o vinho»


O Cálice – é uma taça especial onde se coloca o vinho para depois de consagrado se tornar o Sangue de Cristo.



A Patena – é um pequeno prato onde se coloca a Hóstia grande que vai ser consagrada para junto se tornar o Corpo de Cristo.


A Âmbula – é um recipiente semelhante ou não ao cálice, porém, possui uma tampa, onde guardará o Corpo de Cristo, a Eucaristia que será dado aos fiéis na comunhão e depois é guardado no Sacrário.  

O cibório significa «caixa». Vem do grego, pyxis (caixa de madeira de buxo). Nos livros litúrgicos, é mais ou menos sinónimo de patena, o vaso sagrado coberto com uma tampa, para conservar o Sagrada Reserva (Pão eucarístico).


Galhetas – são 2 recipientes onde se coloca a água e o vinho.




 O ostensório é uma peça utilizada no rito católico cujo nome deriva da função de exibir a hóstia sagrada (em latim, ostendere). Para quem não conhece, Ostensório é uma peça usada para apresentar Jesus Cristo no altar ou durante as procissões. Nele, é depositado a Hóstia Consagrada – o Santíssimo Sacramento.


Sanguíneo – é um pequeno pano de linho onde o padre utiliza para limpar os resquícios do Corpo e Sangue de Cristo, por isso, o nome sanguíneo.

Corporal – O corporal, assim chamado por ter de envolver o Corpo do Senhor, era bastante grande, para poder receber as oblações dos fiéis. Por documentos do século XI se vê que a parte posterior do corporal era levantada e dobrada sobre o cálice, e nalguns lugares era utilizado um outro pano dobrado para cobrir o cálice.

Pala - é um objeto parecido com uma carteira onde se guarda o corporal e serve também para ser colocado sobre o cálice para impedir que impurezas caiam sobre as espécies. 


Viático - é um pequeno objeto (bolsa) onde se coloca a Eucaristia para ser transportada. Por exemplo quando se leva a Eucaristia a um doente. 


O Sacrário - lugar onde é colocado ou guardado Jesus Eucarístico. Geralmente pode ser de madeira nobre ou metal. Fica no Altar mor da igreja ou em uma capela à parte iluminado por uma luz contínua que significa que Jesus está ali presente.

Missal - livro onde contém as orações da Missa usado pelo padre.  A função do Missal é dar um ordenamento à Liturgia praticada pela Igreja em todo mundo. Desta maneira, os fiéis entram em comunhão e união, e vivem o mistério de Cristo celebrado na liturgia da Igreja.


Incenso - O incenso é um lembrete da presença odorífera de Nosso Senhor, e seu uso acrescenta à liturgia uma aura de solenidade. A imagem e o odor da fumaça reforçam a transcendência da Missa, que liga o Céu à terra e permite que entremos na presença de Deus. Utilizado desde o AT pelos sumos sacerdotes foi introduzido nas Missas em dias solenes como Páscoa, Natal, Corpus Christi, e solenidades próprias dos santos padroeiros. O incenso produz uma fumaça perfumada que simboliza também as orações do povo que sobe até Deus.

Turíbulo ou Incensório - Recipiente usado para queimar o incenso, se usa no momento do incensório o turíbulo que é um vaso com três correntes, que significa a Santíssima Trindade Pai, Filho e Espírito Santo.  Um turíbulo, ou incensório, é um objeto litúrgico utilizado para queimar incenso em cerimónias religiosas de igrejas cristãs.




Os turíbulos mais antigos conhecidos em Portugal, foram construídos em cobre e datam do século XIII.

São compostos por duas partes: o vaso, com um pé alto, onde são colocados as brasas e o incenso, e o opérculo, tampa com orifícios através da qual se escoam os fumos do incenso.

  

 

 

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