domingo, 1 de maio de 2022

A SALVAÇÃO É PARA TODOS? Céu, a realidade do Inferno e a existência do Purgatório – O destino das Almas.

 

“Deus não nos quer no Inferno, somente vai para lá quem escolhe o mau caminho”. Deus é amor, mas é Juiz. Sua justiça não é igual a nossa. O Senhor é justo e Santo. Ele julga segundo sua Aliança.

“O Senhor reina para sempre; estabeleceu o seu trono para julgar.” ( Salmo 9:7)

Quando lemos a Sagrada Escritura, podemos perceber que Deus em diversas ocasiões punia o povo de Israe todas as vezes que o povo descumpria a Aliança.

O Senhor Deus nos criou e só ele pode julgar. Ele é o dono da vida e da morte. É o Onipotente criador do Céu te ecda terra. Portanto, a justiça de Deus é perfeita. 

Mas, ... será que Deus é injusto ou mau?

A resposta para o que vem a seguir é que se lermos as passagens bíblicas sem entender o contexto histórico vamos achar que Deus é alguém que é mau e vingativo. Quanto que na verdade o contexto nos diz o contrário.

 

Deus age com justiça, perfeita e indelével. Ele é benevolente e bom com todos os seres humanos. A sua Justiça não é igual à justiça dos homens que é falha. Deus não privilegia ninguém e seu julgamento é correto.     

 

Deus não pune as pessoas por vingança ou porque é mau, Ele pune como um Pai que ama o filho para que possamos trilhar o caminho da verdade. Deus é nosso o as Pai e não deseja o nosso mal, mas, antes quer que vivamos felizes tenhamos vida e vida em abundância.

Afinal, não somos apenas meras criaturas, somos seus filhos amados.

 

No Antigo Testamento nós lemos vários casos em que Deus intervém punindo Israel pelos seus pecados. E muitas vezes por causa do arrependimento Deus não cumpre sua punição. Por exemplo, Êxodo32, 1-14; quando o povo adorou o bezerro de ouro, Deus ameaçou puni-los, porém, Moisés intercedeu em favor deles recordando a aliança entre Abrão e Jacó e Deus reconsiderou.

 

E no caminhar da história do povo de Deus, muitas vezes o povo recaía no pecado, na desobediência. Deus nunca os puniu diretamente, mas, enviou os profetas para orientar, para denunciar seus erros.

No Novo Testamento Deus nos revela através de seu filho Jesus que nos mostra o rosto do Pai amoroso, que sai à procura da ovelha perdida. Ele nos mostra que Deus nosso pai não quer que passemos dificuldades, porém, se elas vem Ele sempre está presente para nos ajudar. Mas, muitas vezes nós trocamos o amor de Deus pelo amor do mundo. Não vivemos para Deus e viramos as costas para Ele. Somos filhos ingratos, rebeldes.

E o filho rebelde precisa as vezes ser punido, não um por vingança, mas por amor para que possa trilhar um bom caminho e ser feliz. E se no final o filho rebelde não obedece e continua no mau caminho a consequênci será do próprio filho e não do pai. A consequência da desobediência a Deus é o pecado e a morte. Só vai para o inferno quem quer. 

 E quando a punição chega?

Quando a punição chega, na verdade, não é por causa de Deus, mas, ela é consequência da desobediência à sua Lei. Os castigos impostos são consequência do abandono da Fé, do verdadeiro caminho. Mesmo assim, Deus não age em desfavorecimento do homem, mas, em seu favor faz de tudo para salvá-lo. Jesus é o Bom Pastor, ele é a Porta das ovelhas as quais desejas e quer protegê-las do perigo do ataque inimigo.   

É o próprio ser humano que pelo pecado atrai para si as desgraças. 

Deus nos ama, Ele nos quer felizes. E às vezes os castigos físicos que recebemos é para evitar o castigo da alma, ou seja,  a morte eterna. Pois, o salário do pecado é a morte. Como nosso Pastor Cristo nos guia com seu cajado (Sl22/23) para fontes saudáveis, para a vida.   

No passado houve quem achava que o Deus de Israel não era o mesmo Deus dos cristãos, havia uma diferença? 

Essa diferença está na conjectura da imagem que os autores judeus davam  Deus  no Antigo Testamento. Como aquele Deus punitivo, ciumento e guerreiro. E no Novo Testamento Jesus nos apresenta que Deus não é apenas punitivo, mas ele é nosso Pai,  nos ama e nos quer felizes. Os judeus não chamavam a Deus de Pai, mas, de Senhor. Jesus nos ensina a chamá-lo de Nosso Pai e nos mostrou que Deus é antes de tudo Amor e por amor deseja que sejamos libertos do pecado. Por isso, em Cristo fez conosco uma Nova Aliança pelo Sangue de Jesus. Jesus nos ensinou que Deus não pune por vingança, mas por amor, porque ele é nosso Pai e como nosso Pai deseja que busquemos a sua misericórdia e ele nos perdoa. Como um Pai que ama não passa mão na cabeça do filho rebelde mas, corrige e pune. E quando entendemos isso vamos perceber que ao praticar da Lei fazemos por amor e não por obrigação. Pois, a Lei não é para prender mas para libertar-nos do pecado e nos  dar a salvação. Jesus nos mostra que o Deus de Israel revelado no Antigo Testamento é o mesmo Deus revelado pela Nova Aliança, é o Deus Amor revelado na pessoa de seu Filho Unigênito Jesus Cristo. Não há dois dueses mas um só Deus nas Escrituras. Deus é bom, é amor.       

Não. O que acontece é que Deus ao se revelar na pessoa de seu filho Jesus Cristo veio nos mostrar que Ele é Amor e por amor ama sua criação. Jesus veio nos mostrar o rosto do Pai, o lado amoroso de Deus que ama o pecador, mas, detesta o pecado.

Por outro lado, Jesus é aquele Mediador que veio para nos dar a Salvação, libertar-nos do pecado e da morte. 

No passado, os judeus seguiam a lei por obrigação, mas, faltava-lhes o amor. Jesus veio nos ensinar que Deus não quer que sigamos sua lei por seguir. Mas, quer que hajamos de tal forma que essa lei faça de nós verdadeiros filhos(as) de Deus. Nós obedecemos a Deus porque é bom porque o amamos e não apenas para cumprir uma obrigação.

Para isso que Jesus veio, mostrar que a justiça de Deus nos conduz à perfeição, mas, ela deve ser cumprida com obediência e amor. Ao lermos os evangelhos encontramos várias passagens em que Jesus conta em parábolas como é a justiça divina.

A mais conhecida delas, a parábola do filho pródigo, nos ensina que Deus é nosso Pai misericordioso e mesmo quando erramos se voltarmos a ele se arrependidos e de coração sincero Ele nos perdoa sem questionar o por que. 

É para evitar um mal maior que Deus nos pune. Deus é amor, mas é Juiz. Antes de nos punir ele nos oferece uma chance, essa chance só acaba no fim de nossa existência. Depois da morte não há mais apelação. Deus espera até o último suspiro que nos arrependemos de nossos pecados. Mas, para que esperar a hora da morte para ficar de bem com Deus? Talvez nem dê tempo. 

O inferno é o destino dos infiéis.

Castigo para os infiéis, salvação para os fiéis. Deus é nosso Pai e nosso amigo, também é nosso confidente. Quando oramo-lo nos escuta. Quando buscamos o perdão ele nos perdoa. Basta que o busquemos de coração sincero.

 

“Pois, quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. Pois aquele que disse: "Não adulterarás" também disse: "Não matarás". Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se transgressor da Lei. Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade; (Tiago 2:10-12)”

 

E quando buscamos o perdão divino, temos também que buscar o perdão dos que ofendemos. Deus nos pede que ao buscarmos sua justiça e seu amor, procuremos também ser justos com nossos irmãos. Dessa forma a justiça de Deus é aplica em nós não por castigo, mas, por amor.

 

As pessoas no tempo de Jesus podiam ter essa experiência, porque de fato, Jesus mesmo deu maior exemplo perdoando seus algozes.

 

Deus não é rancoroso, ele nos perdoa segundo nossos propósitos. E quando vem o castigo não é por culpa dEle, mas, por nós mesmos e por nossos pecados que atraímos a justiça divina.

 

Aprendemos na Sagrada escritura que Deus nunca fica irado com seus eleitos, mas ele se encoleriza com aqueles que adoram falsos deuses, que não seguem suas leis, os que se afastam dEle para praticar a iniquidade. Para esses, Deus não volta sua face porque abandonaram suas leis.

É o caso do rei Saul e do rei Acaz. Por outro lado, quando se arrepende e o busca Deus dá a vitória como o rei Davi.

Deus ouve e age segundo sua vontade. 

“Naquela ocasião ordenei aos seus juízes: Atendam as demandas de seus irmãos e julguem com justiça, não só as questões entre os seus compatriotas, mas também entre um israelita e um estrangeiro”. “Não sejam parciais no julgamento! Atendam tanto o pequeno como o grande. Não se deixem intimidar por ninguém, pois o veredicto pertence a Deus. Tragam-me os casos mais difíceis e eu os ouvirei.” (Dt1, 16-17) Veja o texto em que Deus pede aos juízes de Israel um julgamento justo e nos casos em que não aparecer solução os juízes devem apresentá-lo ao Senhor.

 

Jesus nos diz que o caminho do pecado passa por uma a porta larga onde entra todo tipo de gente e com muita facilidade. Mas, quem busca salvação passa pela porta estreita que é Jesus aonde só ele conduz para dentro. Para passar pela porta estreita é preciso abraçar muitas coisas inclusive o sofrimento porque seguir a Cristo implica sofrer por ele,  carregar e ir até o fim como Ele fez.

 

👉Lc13, 22-30

Naquele tempo, Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.

 

Deus não nos condena, mas, é a nossa injustiça, nossa atitude perante as coisas de Deus que darão o destino definitivo.

Mesmo que tenhamos pregado em Nome de Jesus, mesmo que nos achemos servos e servas fiéis, se não praticarmos a justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus. A justiça que precisamos praticar requer uma vida de renúncia de nós mesmos (as), de humildade e serviço, de abstinência da nossa vontade própria, de domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta ao Espírito Santo de Deus que nos conduz. Mesmo que estejamos pregando em Nome de Deus, ou que estejamos servindo no Seu Santuário, nós poderemos estar equivocados (as) e corrermos o risco de não ser reconhecidos pelo “dono da casa”. – Como está a sua justiça? – Você tem procurado o caminho mais fácil, que exige menos esforço ou você tem sido fiel à Palavra e aos ensinamentos de Jesus que nos manda amar ao próximo como a nós mesmos (as)?

 

Deus não quer que ninguém seja punido sem necessidade ou injustamente.

Muitas vezes assistimos certos julgamentos em que os tribunais terrenos fazem verdadeiras injustiças. Mas, o julgamento de Deus é diferente, não pode haver injustiça.

 

 “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”. (João 7:24) 

 

Deus é o grande Juiz, que traz julgamento. Ele nunca erra em seus julgamentos, porque ele sabe tudo e nada pode ser escondido dele. Os julgamentos de Deus são perfeitamente justos.

 

Não devemos julgar uns aos outros. Nós podemos errar em nossos julgamentos. Quando julgamos alguém, julgamos a nós mesmos. Mas, por outro lado, devemos julgar ações para fazer distinção entre o certo e o errado. Devemos sempre pedir a ajuda de Deus para fazer julgamentos justos e com amor.

 

E quando vem o castigo?

Quando vem o castigo, não vem por causa de Deus, mas, por nossa própria causa. Somos nós que erramos e não Deus.

Diante de várias situações vemos pessoas se queixarem porque a situação de doença e de morte chegou na vida de certas pessoas sem levar em conta que muitas vezes no passado daquelas pessoas não tiveram a presença de Deus, não viveram segundo sua vontade. Daí os questionamentos e as lamentações.

 

A justiça divina e o Inferno

O castigo para os ímpios

“Se alguém soubesse ou tivesse consciência dos tormentos infernais não praticaria a iniquidade”.

 

O que é o inferno?  

O inferno é um lugar destinado às almas que cometeram pecados graves e se separaram definitivamente de Deus. Para lá vão todos os que nessa vida não viveram segundo a Lei de Deus. Não basta dizer “Senhor, Senhor” nos templos e instituições se não colocar a Palavra de Deus em prática (Mt7,21)   

 

O inferno é um lugar real – Jesus diz que as pessoas “vão para o inferno”. O verbo (eiseltein) usado implica em “deslocar-se” ou “separar-se”. No nosso texto usa-se com a preposição (eis) e o substantivo ten geennan. Essa construção gramatical dá a noção espacial . Desse modo, o que Jesus quer dizer é que alguém é “separado para dentro da Geena”. Mas, o que era a Geena?

 

Jesus ao explicar sobre o inferno o chamou de Geena. O Geena era um lugar no “Vale de Hinom” (Cf. Js 15.  8; 16.18; 2 Rs 23. 10; 2 Cr 33.6). Era localizado ao sul de Jerusalém e lá, os antigos judeus apóstatas, sacrificaram seus filhos ao deus pagão Moloque (Cf. 2 Cr 16.3; 21.6; Jr 7. 31; 19.5,6; 32.35) daí surgiu a palavra moleque já que moleque eram o nome dado às crianças que eram sacrificadas à Moloque. O Rei Josias pôs fim a essa prática e o transformou no lixão da cidade. Ali eram jogadas as carcaças de animais que eram queimadas dia e noite. Havia um fogo por baixo do monturo e, por não faltar carniças, nunca deixava de haver vermes.

 

Depois de algum tempo passou a ser (em linguagem figurada) o designativo do lugar do juízo de Deus e se passaria a chamar “Vale da Matança” (Cf. Jr 7. 32; 19. 6, 7). Ao dizer, então, que os ímpios “vão para a Geena [inferno]” Jesus nos dá o exemplo da imagem acerca do horrível lugar (o inferno). Para o inferno vão toda espécie de almas que não aceitaram Jesus e vivem segundo a carne.

Jesus usou essa figura do Geena para demonstrar quão terrível e miserável é o inferno. A descrição para nos mostrar o quão terrível é o sofrimento e tormento. O inferno é um lugar real e de sofrimento. E o maior e o mais terrível castigo das almas que estão lá é a eterna desolação, o eterno abandono porque estão ausentes de Deus.

Jesus ainda usou outro comparativo quando contou a palavra do rico avarento e do pobre Lázaro. Lc 16. 19-31:    

Lázaro era um pobre mendigo que todo dia batia à porta do rico pedindo comida; o rico sentado em sua mesa vivia de banquetes e se negava a ajudar o pobre Lázaro, tinha dó até das migalhas que os cães comiam. Morreu Lázaro e Deus o acolheu em sua glória dando a ele toda consolação que em vida o pobre não recebeu. Depois morreu o rico e este foi jogado no inferno e lá recebia os tormentos a ponto de pedir a Deus (na figura de Abraão) que lhe desse água para refrescar sua língua e foi lhe negado, pediu permissão para alguém ir avisar seus parentes para que não viesse parar ali. A resposta de Deus foi: “eles tem Moisés e os profetas”; não adianta nada se não viver segundo a Lei de Deus vão vir para cá também.           

 

Lugar de consciência – ora, diante desta parábola Jesus nos mostra que aqueles que vão para o inferno estão conscientes de suas escolhas. E lá se lembram dia e noite de tudo que fizeram de ruim aqui. Há uma profunda e eterna sede de Deus.

Jesus adverte-nos: Mt 18, 9 Se um dos teus olhos te faz pecar, arranca-o, e lança-o fora de ti, pois melhor é entrares na vida com um olho só, do que, tendo os dois, seres lançado no fogo do inferno.

 

Quando Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma realidade permanente. O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão o pecado e as almas dos pecadores.

O inferno é o lugar da Ira de Deus – quando Jesus diz “fogo que nunca se apaga”, nos fala também que é o lugar da ira de Deus. Bíblia tem mais de seiscentas referências sobre a ira de Deus. No caso específico do inferno, o fogo não é purificador, mas o “fogo da ira de Deus”.

 

A justiça de Deus, bem como seu amor e soberania, exigem a existência do inferno. Porque Deus é justo, ele não pode contemplar os pecados (Hb 1.13). Porque Deus é amor e amou ao mundo, aqueles que rejeitam esse grande amor rejeitam tão grande salvação (Hb 2.3).  Porque Deus é soberano, o mal precisa ser derrotado. Deus vencerá no final (Ap 20). O inferno, portanto, é o efeito da Ira de Deus.

 

O inferno foi criado por Deus, Satanás é o príncipe do inferno, mas Deus Reina também no inferno. Disse William Hendriksen: “o inferno é inferno porque Deus está lá, Deus em toda a sua ira (Hb 12.29; Ap 6.16). O céu é céu porque Deus está lá, Deus em todo o seu amor. É desta presença de amor que o ímpio é banido para sempre.”

 

HÁ UMA SOLUÇÃO👇

Sim, há uma solução que só cabe a mim a e a você. 

É possível livrar-se de ir para o inferno? Sim é. Jesus apresenta uma maneira de ser lançado no inferno ao dizer “melhor é isso do que aquilo”. Diante do contexto maior (8.34ss), fica claro que os “seguidores de Jesus Cristo”, devem fazer suas escolhas. Deus nos deixa livre para escolher entre o bem e o mal. Só vai para o inferno quem realmente quer.

Ao fazer a comparação entre o que é “melhor”, estamos diante do teste do Senhor para saber quem é seu discípulo ou não. Aqueles que não abandonam seus pecados aqui terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento. Este é o peço, mas, podemos evitar.

Outra coisa, por duas vezes Jesus diz “entrares na vida” (v. 43, 45) e uma vez diz “entrares o reino de Deus”. Ficamos sabendo pelo interlocutor João que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.7). Por “novo nascimento” o cristianismo ensina ser “a alegria sincera em Deus, por Cristo (1) , e o forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras (2). (Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20)” (Catecismo de Heidelberg, p. 90).


O INFERNO É REAL - os pregadores modernos não falam, ou falam pouco do inferno. E dizem que Deus é misericordioso, mas, se esquecem de dizer que Deus é também juiz e como juiz age com justiça e aplica essa justiça a todos. As vezes nos pune (por amor) nesta  vida com castigos temporais e físicos para evitar o mal maior que é o castigo eterno o inferno. Jesus nos oferece  todos os meios pelos quais podemos viver uma vida santa: Sua Palavra, sua Igreja, os Sacramentos. Somente no final de tudo, depois de esgotadas todas as tentativas é que Deus condena a alma ao inferno, não por sua vontade, mas porque a pessoa assim o quis. Jesus veio nos salvar e pagou um alto preço por nós. A maior das injustiças cometidas pelo pecador é quando ele rejeita a Salvação isso fere diretamente o coração de Jesus. 

Deus respeita nossa liberdade por isso ir para o céu ou inferno depende da nossa escolha.      

O inferno não foi preparado primeiramente para o homem, mas para o “Diabo e seus Anjos” (Mt 25.41). Para livrar o homem de ir para o inferno, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3.16). Porém, porque o homem permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho, então “Não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).

 

A doutrina sobre o inferno faz parte da Teologia Bíblica, e como prova  o Senhor Jesus e seus apóstolos a ensinaram repetidamente.  O apóstolo João, no livro de Apocalipse, com frequência o descreveu. Os servos de Deus, hoje, não devem sentir-se envergonhados de confessar a sua crença nesse assunto. “Se não houvesse ilimitada misericórdia em Cristo, para todos aqueles que nele creem bem poderíamos nos esquivar desse temível tópico”.

 

Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus sem seus pecados serem perdoados. Qual não será a surpresa de muitos ao perceberem que estão debaixo da Ira de Deus, simplesmente porque relutam em amar a Deus.

 

O inferno é para todos que não estão em Cristo. Hão de suportar o peso da ira de Deus. Foi João quem disse que Deus mesmo pelejará contra os que não se converteram ou que pensam que são convertidos. O Senhor Disse: “Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura” (Is 63.3). Outra vez João, o Discípulo do Amor, viu a cena terrível: “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”(Ap 19.15).

Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus sem seus pecados serem perdoados.

 

Portanto, Deus está exortando-lhes, em nome de Cristo, por essa palavra rogando-lhes que se reconciliem com Deus (2Co 5.11-20).

 

As opções são: É estar em Cristo ou longe dele. O machado já está posto à raiz e “toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.19), disse o Senhor Jesus. Onde estão os frutos? O Senhor ainda disse: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo 15. 6).

 

👉O PURGATÓRIO – a existência do purgatório é um dogma da Igreja (dogma é uma verdade proclamada pela Igreja), porque ele não está citado diretamente nas Escrituras, mas está citado de forma indireta. 

Assim diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC):

O Catecismo da Igreja Católica esclarece sobre o purgatório: 

§1031 – A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença (DS 1304) e de Trento (DS 1820;1580). Fazendo referência a certos textos da Escritura (1Cor 3, 15; 1Pe1,7; Mt 12,31; Mt 5,26; ), a tradição da Igreja fala de um fogo purificador: o que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador.

 

§1030 – “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu.” 

S. Gregório Magno (540-604), Papa e doutor da Igreja:

👉“No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver cometido uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.” (Dial. 41,3).

 

👉§1032 – Este ensinamento apóia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: “Eis porque ele [Judas Macabeu] mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado” (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico (DS 856), a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos. 

O PURGATÓRIO é o nome dado para aqueles que morreram na graça de Deus, mas, por causa do pecado aguardam a ressurreição definitiva para entrarem na Glória de Deus.

Seria orgulho e prepotência nosso dizermos que morreremos todos limpos e sem pecado, por mais que quiséssemos não conseguiríamos, pois, ainda que crendo e aceitando Jesus e procurando viver uma vida de santidade ainda sim, durante a vida cometemos pecados que não reconhecemos ou julgamos não conhecer, mas, Deus que conhece e sonda nossos pensamentos os conhece bem.

Em sua misericórdia e pelos méritos da Salvação de Cristo todos nós já estamos salvos se nessa vida procuramos corresponder ao plano de Deus. Porém, é necessário dizer que todos nós mesmos diante da graça salvífica de Cristo não morremos completamente limpos. Somos pecadores e Deus sabe disso. São pouquíssimos os que morrem em estado completo de graça. Sabendo disso Deus preparou um lugar que chamamos lugar de purificação ou purgatório. Purgatório vem de purgar.

Na fabricação do açúcar o melaço é deixado para purgar em um lugar onde ele forma gotículas de cristais que depois é moído e se torna o branco o açúcar. Assim a igreja usou esse termo comparativo para nos mostrar como é o processo de purificação da alma.

Outro exemplo pode tirar da própria Sagrada Escritura. No Antigo Testamento quando os judeus entravam no Templo era preciso se lavar e nos rituais os sacerdotes purificavam-se e também os utensílios do Templo eram purificados. Pois, Deus assim o exigia. O processo de purificação passava desde à limpeza do corpo, como da alma porque nenhuma pessoa deveria participar das cerimônias e entrar na presença do Altíssimo sem estar devidamente purificado. 

Pois bem, a Igreja é a ponte entre nós (batizados) e Cristo e quem assiste a Igreja é o Espírito Santo. Formada de homens e mulheres neste mundo ela é santa (porque Jesus é Santo) e pecadora ao mesmo tempo, porque é composta por nós, os pecadores. A Igreja só existe porque ela foi criada por Jesus para conduzir os pecadores para o céu.

É nesse ponto que quero tocar. Pois, os protestantes por orgulho e prepotência não aceitam o fato de que o pecador ainda que se esforce para ficar longe do pecado por muitas vezes não consegue. E mesmo confessando seus pecados e sendo perdoados não pode se livrar de cumprir a pena. 

Veja uma pessoa que comete um crime e mesmo que e o tribunal o declara culpado, deve procurar cumprir a pena determinada que é uma pena socioeducativa ou pagará certo tempo na prisão. Quem decide é o juiz, segundo a lei de cada País. O tribunal através do corpo de jurados apenas aponta se o réu é ou não inocente.

Se for culpado pagará a pena. Se for declarado inocente deverá rever suas atitudes para evitar ir de novo à julgamento. A pena aplicada ao réu não é um castigo apenas, mas, ela deve fazer com que o réu reflita sobre seus erros e pague pelo que fez e não volte mais a praticar o crime. 

A Igreja chama o Purgatório de “fogo purificador”  que é diferente do fogo do inferno – No inferno as almas estão em estado de tormento é o “fogo atormentador” aquele que nunca apaga. No purgatório há consolação e no inferno desolação total. 

Assim é o purgatório. É um lugar que Deus destina as almas (já salvas) as quais passarão por um processo de purificação. O Purgatório está descrito na Bíblia não de forma direta, mas, indireta. E é por isso que muitos dizem que ele não existe. 

Não basta apenas crer em Jesus para ser salvo, crer e aceitar Jesus faz parte do processo, mas, para merecer a salvação é preciso merecer a salvação praticando o evangelho. Quem de nós pratica a palavra de Deus por inteiro? Pouquíssimos não? 

Deus sabe disso e por amor não deseja o inferno aos seus filhos ainda que morram em pecado. Os requisitos para a salvação foram cumpridos: crer em Jesus, aceitá-lo como Senhor e Salvador. Somente aqueles que cometeram pecados graves ou que negaram a Jesus vão para o inferno. Deus  não dá segunda chance a quem o rejeita e rejeita a Salvação, isso é certo. 

Porém a justiça divina, o amor de Deus é suficientemente grande e Deus sabe que seus filhos ainda que crendo podem morrer com algum pecado e que mesmo tendo se esforçado neste mundo chega no outro com as manchas desses pecados e por isso, Deus não condenará diretamente ao inferno a alma mas, oferece-lhe a oportunidade de se purificar, de se limpar para se encontrar definitivamente com Ele. Devemos esforçar para alcançar a perfeição porque está escrito: "Sede Santos porque eu sou Santo!" (Lev 20, 7 - 1Pd15, 16) - foi para isso que Cristo veio para nos mostrar o caminho da Santidade. Mas somente Deus é perfeito e por mais que nos esforçamos para morrer em pleno estado de graça muitos não conseguem. 

Se fosse da maneira que muitos pensam que a alma só tem um caminho céu e inferno poderíamos imaginar o Céu vazio e sem os santos (porque os santos também pecaram) e o inferno cheio porque todos somos pecadores. A lógica de Deus não é essa, Deus não condena ninguém diretamente ao inferno; para lá vão aqueles que optam por não crer em Deus, e por não crer a sua Igreja, ou não creem no Cristo. 

O Purgatório é um pedacinho do Céu, aonde os eleitos estão aguardando a hora de entrar para a festa do Cordeiro. É um estágio espiritual de preparação, de limpeza e purificação total. Depois do Purgatório as almas livram de toda mancha do pecado, estão alvas de vestes brancas conforme nos descreve o Livro do Apocalipse.           

Diferente do inferno em que há total ausência de Deus (um abismo intransponível, lembre da parábola do rico avarento e do pobre Lázaro) - os que estão lá estão condenados definitivamente. No purgatório existe a presença "parcial" de Deus na qual consola as almas que lá estão até o dia em que de lá sairão para se encontrar com Cristo. E no Céu as almas gozam da presença total de Deus. É lá que os santos estão juntamente com os Anjos.  

E porque no purgatório há consolação Deus permite que nossas orações chegue até as almas que lá estão; a Igreja peregrina pede  em sufrágio dessas almas  para que sejam-lhes abreviados os dias até o encontro definitivo com Deus.              

Ora, Deus nos ama e sabe que todo nosso esforço muitas vezes não podemos de forma completa viver essa santidade aqui. 

👉O Céu é o lugar de perfeição e para estar lá devemos estar limpos sem pecado algum.

👉O Céu é a festa (eterna) do Cordeiro.

Como entender o Purgatório?

Usamos outro exemplo:

Ninguém vai a uma festa sem tomar banho, sem se perfumar e de roupas sujas. Quem vai a uma festa se lava, se perfuma e põe a melhor roupa. Podemos dizer, embora a comparação seja fraca que o Purgatório é uma “sala de espera” o nosso “camarim” onde seremos preparados para a grande festa do Pai.

É nesse sentido que nós rezamos para as almas dos que estão no Purgatório, para que mediante a consolação divina sejam-lhes abreviados os tempos e possam definitivamente estar com Deus.

Uma coisa é certa: Podemos rezar por elas. (IIMc12, 46); Elas podem interceder por nós, mas não podem nada fazer por si mesmas. Mas, como somos Igreja e a Igreja é uma só aqui na terra (peregrina) lá no Céu (triunfante) e porque cremos na comunhão dos santos e na vida eterna, conforme professamos no Creio é que confiantes na misericórdia de Deus é que rezarmos pelas almas do purgatório.     

O purgatório é esse lugar, onde as almas entram para se purificar. Quem está no purgatório são as almas dos justos. Lá estão sendo preparadas para entrar na glória de Deus, ou seja, na festa eterna. 

E como sabemos disso?

A Bíblia nos ensina?

O Purgatório não está descrito diretamente na Bíblia, mas, indiretamente assim como a Santíssima Trindade. A Bíblia não chama Deus de Trindade, mas, diz que Deus é um só em três pessoas Pai, Filho e Espírito Santo. Que mais tarde a Igreja vai adotar o nome de "Santíssima Trindade" ao se referir a revelação de Deus Um só Deus em três pessoas. Assim, também  o Purgatório aparece descrito na  Bíblia de forma indireta, mas, claramente fácil de entender.     

Sim, Jesus nos mostra na Parábola do rico e do Lázaro que o rico foi para o inferno – Lc16, 23; e o pobre Lázaro foi para o céu. Mas, aqui há uma distinção. Jesus não diz que Lázaro entrou definitivamente na Glória, mas antes estava num lugar que Jesus o chama de "Seio de Abraão" – Lc16, 22. Lázaro já estava salvo, estava no Céu, mas, não diretamente na presença de Deus como os santos – Os santos (já purificados) estão presença de Jesus – Apoc5, 8.11-12; 7,9-10. Lázaro ainda iria passar pela purificação antes de entrar na presença definitiva de Deus, mas já no "Seio de Abraão era consolado". A bíblia diz que os eleitos serão lavados (purificados) receberão a *veste branca ( que significa *estado puro d alma), a veste solene para entrar na glória de Deus – Apoc7, 13. Claro aqui, o texto se refere aos mártires, mas, se Deus usa de um lugar para purificar os que morreram em testemunho de Cristo, também usa esse lugar para aqueles não mártires para a purificação de seus resquícios de pecados antes dessas almas entrarem definitivamente no Céu. Esse lugar não é chamado na Escritura de Purgatório (em sentido figurado) porque a Igreja usou esse nome de acordo com a cultura da época, mas, Jesus se referindo-se ao purgatório o chama de  “O seio de Abraão” – Então, o purgatório ao contrário do Inferno não é um lugar de tormento é um lugar de preparação em que as almas salvas aguardam o momento de purificação para a Festa do Cordeiro. 

O que é preciso fazer para se salvar? Basta apenas ter fé? Crer em Jesus e aceitá-lo como salvador pessoal é o suficiente?

A Bíblia diz que não. Achar que crer em Jesus já está salvo é prepotência, é orgulho protestante. Quem pensa assim está a um passo do inferno. O diabo crê em Jesus, mas, no entanto não o segue. Ele sabe e crê que Jesus é salvador, porém ele é contra os planos de Deus.

Quem crê em Jesus, quem o tem como Salvador deve fazer sua obra; São Tiago diz - Tg2, 14-20 - e qual é a obra de que Jesus ensina a fazer para ser salvo?  A obra é obedecer os mandamentos e praticar o amor. Deus nos amou primeiro em seu Filho Jesus Cristo para que possamos  também nós amarmos uns aos outros.

 

14 Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. 15 Se um irmão ou irmã sofrer por falta de vestuário, ou por passar fome, 16 e lhe disserem: “Procura viver pacificamente e vai-te aquecendo e comendo como puderes”, e não lhe derem aquilo de que precisa para viver, uma tal resposta fará algum bem? 17 Assim também a fé, se não se traduzir em obras, é morta em si mesma.

 

18 Poderão até dizer: “Tu tens a fé, mas eu tenho as obras. Mostra-me então a tua fé sem as obras. Porque eu dou-te a prova da minha fé através das minhas boas obras!”

 

19 Crês que há um só Deus? Estás muito certo. Mas lembra-te que os demônios também creem e tremem!

20 És uma pessoa bem insensata se não conseguires compreender que a fé sem obras não vale de nada. 

Note que a Fé que Salva Passa pelas boas obras porque esse é o mandamento “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Há sofrimento no Purgatório?

Nossa Senhora quando apareceu em Fátima (Portugal) no ano de 1917 – em uma das aparições pediu aos pastorzinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco se eles queriam orar e oferecer sacrifícios pelo alívio das almas do Purgatório e pela conversão dos pecadores.

 E também ensinou uma oração cuja rezamos na Oração do Rosário: “Meu Jesus, perdoai-nos livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem”.

Disse Nossa Senhora:

Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.

“Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar fogo. Mergulhados em esse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes (incêndios), sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor (deveu ser ao deparar-me com esta vista que dei esse ai! que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa.”

 

Assustados e como que a pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora que nos disse, com bondade e tristeza:

 

– “Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração...”

 

Nossa Senhora mostrou aquelas crianças o quão terrível é o inferno. Existe uma foto muito famosa tirada no dia da aparição em que mostra claramente as feições das crianças ao ver o inferno e os tormentos pelas quais as almas que lá estão sofrendo.

Mediante a isso segundo Nossa Senhora há sofrimento tanto no purgatório quanto no inferno. A diferença é que as almas do purgatório podem ser consoladas porque elas passarão pela purificação e irão para o Céu, quanto que no inferno não há consolação, existe um grande abismo e as almas condenadas ao inferno estão na desolação total e jamais sairão de lá. Chamamos essa condição de morte eterna ou suplício eterno.

Nossa Senhora nos mostra que é possível através de nossas orações e sacrifícios aliviar o tempo das almas no Purgatório. Por isso que ela nos pede que ofereçamos Orações e sacrifícios em favor delas, pois, elas nada podem fazer para si, mas, a Igreja pode interceder por elas. E uma dessas orações que Nossa Senhora pede é a Oração do Rosário.

Também as indulgências dadas pelo Santo Padre o Papa em ocasiões especiais são destinadas às almas do Purgatório. Nós temos a obrigação de rezar pelas almas do Purgatório.

Devemos rezar para quem está no inferno?

Não devemos rezar pelas almas que estão no inferno porque quem vai para o inferno está definitivamente condenado a ficar lá toda eternidade, não há volta. Como não sabemos quem está lá rezamos pelas almas de modo geral às almas do Purgatório. Uma coisa é certa, quem está no inferno ou no purgatório tem consciência do lugar e do estado de sua alma. Também devemos rezar para que as pessoas se convertam e não vá para lá. 


Fora da Igreja há salvação?

Não. A Igreja foi fundada por Jesus para que durante nossa vida terrena possamos ser salvos. Foi para a Igreja que Jesus derramou seu sangue. A Igreja é a "barca de Pedro" nela somos abrigados e recebemos os meios aos quais seremos confirmados na graça de Deus os Sacramentos. Nela está Jesus vivo e ressuscitado na Eucaristia e somente pela Igreja a alma pode chegar ao estado pleno de graça. Jesus quando fundou Igreja, fundou um novo povo, o povo da Nova Aliança. E é passando pela Igreja que o cristão é salvo. A Igreja é o corpo místico de Cristo e nós seus membros somos ligados a cabeça que é Jesus. E é porque Jesus é o cabeça que nós somos salvos.

Nosso Jesus Cristo trouxe a salvação para todos. Todos tem o direito de serem salvos, porém, ...

Para que a pessoa possa ser salva, é preciso: a) Se converter, mudar de vida, mudar de atitudes e buscar viver uma vida reta e justa; b) crer no Senhor Jesus, no Evangelho e na sua verdadeira Igreja; c) Ser batizado e pertencer a essa mesma Igreja, sendo-lhe fiel como ao próprio Jesus. Quem crê será salvo, quem não crê será condenado – Mc16, 16.

A Salvação é para todos, todos os Filhos da Igreja, pois é nela que estão todos os meios pelos quais Nosso Senhor Jesus deixou para que possamos ser salvos. É pelo batismo que nos tornamos verdadeiros filhos e quem dá o batismo é a Igreja e a Igreja é a família de Deus conquistada pelo Sangue de Nosso Senhor.

Assim, podemos comparar a Igreja como a “Arca de Noé” que protegeu e salvou Noé, sua família e os animais do dilúvio. A Igreja é como a Arca que nos protege do pecado e nos impede do desastre infernal.

Ela também é a “barca de Pedro” porque nela Jesus está nos protegendo das ondas bravias e das tempestades. É nela que Nosso Senhor nos recebe, nos alimenta com seu Corpo e Sangue e com sua Palavra. E foi a ela que Nosso Senhor prometeu que o inferno não poderá vencê-la – (Cf. Mt16, 18).

 Fora da verdadeira Igreja ninguém não há salvação. Foi para ela que Jesus derramou seu sangue – (Cf. Efésios5, 25).  

Atos 20, 28 - Concluindo, tende cuidado de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como epíscopos para pastoreardes a Igreja de Deus, que Ele comprou com o sangue do seu Filho Unigênito.   


👉Na declaração Dominus Iesus, da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé:

"Antes de mais, deve crer-se firmemente que a 'Igreja, peregrina na terra, é necessária para a salvação. Só Cristo é mediador e caminho de salvação; ora, Ele torna-se-nos presente no seu Corpo que é a Igreja; e, ao inculcar por palavras explícitas a necessidade da fé e do Batismo (cf. Mc 16, 16; Jo 3, 5), corroborou ao mesmo tempo a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo tal como por uma porta'. Esta doutrina não se contrapõe à vontade salvífica universal de Deus (cf. 1 Tim 2, 4); daí 'a necessidade de manter unidas estas duas verdades: a real possibilidade de salvação em Cristo para todos os homens, e a necessidade da Igreja para essa salvação. 

O que fazer para ser salvo? Jesus ensina:

 👉Lc18, 18-30

18 E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?

19 Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.

 20 Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.

21 E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade.

 22 E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.

 23 Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico.

24 E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!

25 Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus. 

Deus nos cobrará pelas boas obras, a Salvação da alma depende delas. 

👉Mateus25, 31-46 -

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

31 “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32 Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33 E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34 Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35 Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36 eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37 Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38 Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39 Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40 Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41 Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42 Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43 eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44 E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45 Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46 Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.”

 

CONTINUANDO...

Pois bem, no texto acima em Lc25 , 45-46 - nos mostra que não basta apenas a fé. É preciso amar e praticar esse amor através das obras. Ou seja, não se pode amar a Deus sem amar ao próximo porque é no próximo que está a pessoa de Deus. Nosso Senhor Jesus disse que todas as vezes que fazemos o bem aos nossos irmãos estamos fazendo bem a Ele e se fizermos mal o próximo estamos fazendo mal a ele. Se cremos somente para não praticamos o amor não vamos para o céu. Jesus é direto em dizer que o que leva uma alma para inferno é a falta de amor a ele e ao próximo. 

Os principais motivos que levam a alma para o inferno:

  • O primeiro é negar a Jesus, não crer em seu nome. A falta de fé o abandono da Igreja a não vivência do Evangelho. Negar os sacramentos. Lembre-se! Quem está fora da barca (a Igreja) está sujeito ao naufrágio. E você pode estar em qualquer Igreja para ser salvo? Não. Somente na verdadeira Igreja de Cristo a Igreja Católica  isso é possível porque foi a ela que Jesus deu a promessa e é ela que nos oferece o verdadeiro batismo e os sacramentos pelos quais o Espírito Santo nos fortalece e nos santifica. Sem a igreja há 99,99999%  de certeza que alma não poderá ser salva.      
  • O segundo é a falta de caridade não amar o próximo como a ti mesmo. (Não cumprir os Mandamentos)
  • O terceiro é  blasfemar contra o Espírito Santo. Não aceitar a Salvação e o batismo que recebeu é negar ação do Espírito Santo. Negando a ação do Espírito Santo do qual é o autor e santificador da alma, nada mais resta senão a perdição eterna. A Salvação é individual e pessoal e cada um deve se esforçar para merecê-la. Ela é gratuita mas, somente quem segue os passos de Jesus pode alcançá-la. Quem deseja ser salvo deve se preocupar com a própria Salvação. Por outro lado, quem nega recebê-la ou quem a rejeita Deus nada pode fazer.  

👉Somente Jesus pode nos levar para o Céu. Somente Jesus morreu pela nossa Salvação. Somente Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém vai ao Pai senão por Ele - (Cf. Jo14, 6) . Ele é a Porta pela qual devemos passar se quisermos ser salvos - (Cf. Lc13, 24-25).       

 


sábado, 9 de abril de 2022

A FÉ NÃO TÃO BÍBLICA DOS PROTESTANTES

 

📢 Nem tudo o que creem e professam os filhos de Lutero encontram um fundamento bíblico sólido e explícito nas Sagradas Escrituras.

Quando os católicos e protestantes discutem sobre aquilo que os divide, os segundos viram e mexem lançam aos primeiros a seguinte pergunta: “Onde a bíblia diz isso?” No entanto, pouquíssimas vezes os protestantes aplicam esse mesmo critério, o da “sola Scriptura”, às suas próprias crenças. Se o fizessem, perceberiam que muitas delas vêm, não da Bíblia, mas de alguma tradição teológica recebida seja dos pais, seja de um pastor.

Vejamos cinco exemplos de tradições protestantes que não se baseiam na Sagrada Escritura:

1.   Em que trecho a Bíblia afirma que nós não somos purificados de nossos pecados após a morte?

    A pergunta mais frequente que nos costuma ser feita é esta: “Onde a Bíblia fala do purgatório?”

   Os protestantes partem do princípio de que a doutrina  católica sobre a vida eterna deveria estar explicitamente fundamentada nas Escrituras raramente aplicam esse mesmo critério às suas próprias crenças sobre a vida após a morte. O autor protestante Willian Edward Fudge escreve a esse propósito:

   Ao falarem dos Novíssimos, os reformadores nunca constroem sua escatologia sobre os fundamentos da Escritura [...]. Lutero e Calvino rejeitaram a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana referente ao Purgatório, por exemplo, não porque não tenham estudado a Bíblia a fundo e descoberto que o Purgatório é estranho à escatologia bíblica, mas, porque se tratava de uma doutrina claramente incompatível com a ideia de justificação que eles acharam na Bíblia. (The Fire Consumes: A Biblical and Historical Study of the Doctrine of Final Puinishment, p.13).

      Os protestantes costumam acreditar que todo cristão, imediatamente depois da morte, se une a Cristo, razão porque não é necessário nenhum tipo de purificação. No entanto, os trechos que eles citam a favor dessa doutrina, como por exemplo, Fl, 1, 23 (“Desejaria desprender-me para estar com Cristo, o que seria imensamente melhor”) e 2Cor5, 8 (“Estamos, repito, cheio de confiança preferindo ausentar-nos  deste corpo para ir habitar junto do Senhor”) não sobrevivem a um exame mais atento.

       Dizer, por exemplo, “Quando estou trabalhando no meu escritório, estou longe de minha família” não significa que eu estarei em casa com minha família no exato momento em que for embora do escritório (eu poderia muito bem ter de passar horas no trânsito).

         Do mesmo modo, o desejo de estar com Cristo não é prova de que não haverá um processo de purificação antes de realizarmos este desejo. De fato a passagem de 2Cor5, 10 nos ensina que podemos, sim, estar separados de nossos corpos e, ao mesmo tempo, não Ok em casa com o Senhor: “Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem e o mal que tiver praticado enquanto estava no corpo”.

2.    Onde a Bíblia diz que devemos aceitar Jesus como nosso Senhor e Salvador pessoal?

  Os protestantes se opõem à Missa e aos Sacramentos, por não terem fundamento bíblico nem serem necessários, costumam afirmar que tudo o que precisamos fazer, no final das contas, é aceitar Jesus como nosso Senhor e Salvador e confessar nossos pecados diretamente a Deus, em vez de confessá-los a um sacerdote.

  Sem levar em consideração o fato de que a Missa e os Sacramentos  estão, sim, presentes na Bíblia, é importante notar que a ideia segundo a qual a fé deve estar baseada unicamente numa relação pessoal e de tipo afetivo com Jesus não tem, na verdade, nenhuma base bíblica. (Relação pessoal com Jesus, afinal de costumes, até os fariseus tiveram; o importante é estar unido espiritualmente a Ele pela graça (Nota da Equipe CNP.)

   Isso não significa que seja errado pedir a Jesus que tenha conosco uma relação pessoal; significa tão somente que esta crença protestante, uma das mais importantes, não se encontra, ao fim e ao cabo, nas Escrituras. A Bíblia, além disso, nunca nos manda confessar os nossos pecados a Jesus Ressuscitado, ainda que quase todos os cristãos não vejam problema nenhum em fazê-lo. É por isso que os partidários da “Sola Scriptura” deveriam, pelo menos, repensar a própria fé com respeito a esses pontos – ou talvez repensar a própria fé na “Sola Scriptura”. 

  Os protestantes costumam ainda citar 1Jo1, 9 para defender a ideia de que só devemos confessar os nossos pecados a Deus (e não a um sacerdote),   já que ali se diz: “Se reconhecermos [em grego homolomen ( ομόλογος )  de homologeo]  os nossos pecados”, (Deus aí está)  fiel e justo para nos purificar  de toda a iniquidade. Acontece, porém, que este trecho não diz que só devemos confessar os nossos pecados a Deus. O contexto desta passagem diz respeito mais ao que confessamos ou dizemos aos outros homens do que às coisas que confessamos a Deus.

  O versículo anterior: “Se dizemos não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós” e o versículo seguinte: “Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e sua palavra não está em nós” retratam os fiéis falando entre si. De fato, com exceção de (Hb13, 15), o termo Homologeo nunca é empregado para descrever o ato de confessar algo a Deus; nos escritos de São João, é utilizado sempre com o sentido de “confessar uma crença a outro homem”. Ora, nunca é demais lembrar que, tanto no sacramento da Confissão, quanto no sacramento da Unção dos enfermos, o sacerdote não perdoa e cura por si próprio, mas ele é o meio através do qual Deus nos comunica o perdão e a cura.

Muitos protestantes estariam de acordo com isto no caso, por exemplo, do Batismo, uma vez que, tal como os católicos, eles negam de costume a validade do “auto-batismo”. Ora, quem crê na regeneração batismal sabe muito bem que, embora Deus seja o único que pode apagar os pecados, Ele não age sozinho n a hora de fazê-lo no Batismo. Com efeito, Deus atua por meio de outros fiéis, que batizam em nome dEle. Este mesmo princípio se aplica ao caso de que Deus se serve de um ministro para perdoar os pecados na Confissão.

 

3.    Em que lugar a Bíblia diz que a revelação se encerrou com o fim da era Apostólica?

      Os protestantes afirmam também que a Palavra de Deus se reduz ao que está registrado nas Escrituras, de maneira que não houve nenhuma nova revelação depois de ter sido escrito o último livro da Bíblia. Os católicos aceitam  que a revelação pública, ou seja, o depósito da fé, terminou com a morte do último Apóstolo [São João] (isto inclui os companheiros, como São Marcos e  São Lucas). Nós, porém não concordamos com a ideia de que esta verdade só pode ser conhecida unicamente pelas Escrituras.

    Aqui vale lembrar as palavras de Jesus quando em seu momento final antes da Paixão, nos deixou bem claro que enviaria o Espírito Santo, o Paráclito que nos ajudaria a compreender muitas coisas. Que coisas são essas? O Espírito Santo abriria as mentes para entender tudo o que ele ensinou e mais ainda ele assistiria a sua Igreja derramando seus dons para que ela pudesse levar a sua Palavra a todos e também através dessa assistência porvir seria revelado. Jo16, 13 – “No entanto, quando o Espírito da verdade vier, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos revelará tudo o que está por vir.”

       Por isso nós cremos na Palavra de Deus a Tradição Oral e na Escritura porque foi da transmissão Oral dos profetas e dos Apóstolos que nasceu a Sagrada Escritura. A Bíblia se originou dentro da Igreja Católica e não fora dela. Além do mais, a Palavra de Deus é uma pessoa e não um livro como pensam os protestantes, ela é uma pessoa, Jesus Cristo.

    Em 1Cor2, 10 está escrito: “Deus, todavia, o revelou a nós por intermédio do Espírito! Porquanto o Espírito a tudo investiga, até mesmo as profundezas de Deus.”Ou seja, Deus se revelou a nós por meio de seu Espírito e não por meio de um livro. O livro é o registro daquilo que Oralmente nos foi passado e nem tudo que foi revelado aos Apóstolos caberia num livro, muitas coisas os Apóstolos continuaram ensinando sem fazer esses registros é o que chamamos de Tradição Apostólica Oral, Jo21, 25 – “Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez. Se fossem escritas uma por uma creio que o mundo não poderia conter os escritos que se escreveriam”. Assim, nós concluímos que muitos ensinamentos de Jesus os Apóstolos escreveram apenas o mais “significativo” e outros eles foram ensinando oralmente.

    Os protestantes que têm uma atitude cética com respeito à Sagrada Tradição deveriam perguntar-se a si mesmos porque motivos acreditam que a revelação pública acabou, já que as Escrituras pó si sós não o garantem. Porque se assim creem como pode crer na assistência do Espírito Santo?

    Há, no entanto quem diga que essa passagem se baseia em (Judas3), onde se fala da “fé, confiada de uma vez para sempre aos santos” – o que por si mesmo não prova que a revelação pública tenha terminado de vez. O apologista protestante John MacArthur defende que a palavra grega traduzida aqui por “confiada” designa “uma ação completa no passado e sem continuidade”. Ele afirma ainda a expressão “de uma vez para sempre” (em grego, hapax) equivale a “nada mais precisa ser acrescentado à fé que já foi transmitida de uma vez para sempre”.  

     Ora, isso implicaria que a “fé” já fora definitivamente transmitida antes mesmo de Judas escrever sua carta, o que, noutras palavras, significa que o ensinamento de Judas a respeito da conclusão da revelação pública não faz parte, ele mesmo, da revelação pública contida nas Escrituras.   

     Aí também se confunde a expressão “confiar na fé” com o conceito de revelação pública. Jesus confiou “a fé” de uma vez para sempre aos Apóstolos, mas a revelação pública da fé continuou durante décadas, enquanto eram escritos os livros do Novo Testamento. Ora, não há nenhuma evidência  bíblica explícita de que a revelação tenha acabado depois da morte do último Apóstolo (e nem que tenha continuado, não já por décadas, mas por séculos).

    Católicos e protestantes estão de acordo quanto ao fato de a revelação pública ter-se concluído, sim, na era apostólica da Igreja. O Catecismo da Igreja Católica ensina que “já não se há de esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo” (n.66).

     Os católicos, não obstante, creem nesta verdade baseados na autoridade do Magistério, que preserva o conteúdo da Palavra de Deus em suas duas formas: escrita (Bíblia) e Oral (Tradição) – e não, como fariam os protestantes, baseados no ensinamento das Escrituras.

      Por isso quando um protestante perguntar: “Onde a Bíblia diz isso?” você deve, com toda caridade perguntar de volta: “Onde a Bíblia diz que tudo que nós, cristãos, devemos crer precisa estar escrito na Bíblia?” Assim, você poderá mostrar como outras crenças protestantes estão enraizadas, não nas Escrituras, mas em tradições humanas ou divinas.    

4. Os protestantes dizem que Pedro não é a rocha, mas, Jesus. Ora, Jesus estava invertendo os papéis? 

Jesus disse a Pedro: "...Tu és pedra (Cefas) e sobre esta pedra edificarei a minha igreja"... Mt16. 

       Eles pegam essa passagem do evangelho e dizem que não, que Jesus não estava falando de Pedro. Com o argumento de que a rocha que Jesus falava era ele mesmo. Isso é absurdamente falso, porque se fosse da maneira como eles interpretam o texto Jesus não precisava dizer isso a Pedro, bastava dizer, "eu sou a rocha e sobre mim fundarei a minha igreja", não de seria mais fácil? No entanto, o texto é bem claro Jesus disse: "edificarei a minha igreja sobre Pedro ou Cefas, a pedra".

 

 Pedro é a pedra base, os apóstolos as 12 Coluna que com Jesus que é a Pedra Angular forma a Igreja e cada um de nós somos os tijolos dela. 


      Nas construções, sobretudo as antigas existia dois tipos de rocha uma que segurava a estrutura do prédio que são as colunas e outra é a pedra angular, o que é a pedra angular? 

     A pedra angular é o primeiro conjunto de pedras na construção de uma fundação de alvenaria. Todas as outras pedras são definidas em referência a essa pedra, determinando assim a posição de toda a estrutura. Então, quando Jesus chamou Pedro de a “pedra” e diz:  "sobre esta pedra edificarei a minha Igreja", ele estava dizendo que Pedro seria a base (alicerce) que deveria sustentar essa igreja de pé, ou seja, Pedro teria a missão de sustento de toda a estrutura dessa igreja, sendo aquele que teria o poder (as chaves) de decisão (ligar e desligar), na terra e no céu ao mesmo tempo. Jesus entregou o governo da Igreja terrena e em seu nome pudesse governá-la com toda autoridade. 

   Pedro é a base e Jesus é a "Pedra Angular" - Sl117, 22. Jesus é a pedra angular, ou seja, é Jesus Cristo a base de toda a igreja e, é ele que sustenta e garante que essa igreja nunca irá ruir, 'e as portas do inferno nunca poderão rompê-la'. Pedro por outro lado é a "Coluna" que mantém a igreja de pé, unida pela doutrina, é o guardião da verdade que é Cristo, é aquele que irá sustentar manter essa unidade, é o guardião da Sã Doutrina. Uma só fé, uma só doutrina, um só culto e um só batismo. Esses são os "tijolos" que une a Igreja de Cristo e os tijolos estão ligados à coluna que é Pedro, e ambos estão sustentados pela Pedra Angular que é Jesus.

   Então quando um protestante disser a você ou questionar a autoridade de Pedro, você pode dizer a ele a igreja de Jesus possui duas pedras na qual se fundamenta Pedro a coluna e Jesus Cristo a pedra angular.

   Porque Pedro é o Papa? A palavra Papa é uma palavra italiana que quer dizer pai. O Papa é o pai espiritual da Igreja, é aquele pastor que vai apascentar as ovelhas de acordo com o que Jesus pediu: “Apascenta minhas ovelhas”. Ele também é o Bispo da Igreja (sede) de Roma. Ele também é chamado de “pontífice”; a palavra pontífice vem de ponte e é ele que sob o poder dado por Jesus “eu te darei as chaves do céu” terá o poder de ligar e desligar, abrir e fechar, isto é, o poder de decisão final sobre tudo que se refere à Igreja em questão de Fé.

O Papa ou Santo Padre é aquele que vai fazer a ponte, vai ligar as ovelhas a Cristo e zelar por elas constantemente. O Papa também é chamado de “Vigário do Filho de Deus” ou “Vicarius Filii Dei”, ou seja, é aquele que é o vigário (ou representante) de Cristo na terra. Daí o seu governo é também espiritual. Por isso, crendo no Santo Evangelho e na autoridade dada por Jesus ao Papa que nós católicos somos obedientes a ele porque sendo obedientes a ele somos obedientes a Jesus.  O Papa é aquele chefe humilde, que deve ser obediente ao seu ministério,  portanto seu último título é "servo dos servos de Deus". E quando nos dirigimos ao Papa o chamamos de Sua Santidade porque reconhecemos na sua pessoa, na sua autoridade a autoridade e a pessoa de Cristo Sumo e eterno Pastor.            

Por que Jesus assim o quis?

    Na véspera de sua Paixão, na última ceia, Jesus dando as últimas instruções antes de se entregar, confirmou mais uma vez a Pedro que ele estaria a frente da sua Igreja para apascentar seus cordeiros.

     Disse Jesus: "Simão, Simão. Eis que satanás pediu para vos peneirar como o trigo; eu porém roguei por ti para que tua fé não desfaleça e quando te converterdes confirmes também os meus irmãos". (Lc22, 31-32) - De fato ele o negou, mas, tendo se arrependido (talvez recordando dessas palavras) nunca mais duvidou ou voltou atrás em sua decisão. No versículo 33 Pedro diz que ele o seguirá até a prisão e a morte, mas Jesus, disse que não, havia ainda um último teste pelo qual Pedro deveria passar; a negação de Pedro o fez mais forte porque ele se tornou fraco e porque Jesus pediu para que fosse poupado, o Espírito Santo reconstituiu forte para levar adiante a missão que Jesus lhe tinha confiado, ser o apascentador, o reconciliador e o representante visível de Cristo na terra. Somente depois ele daria seu testemunho morrendo crucificado de cabeça para baixo por não achar digno de morrer da mesma maneira como Jesus. Pedro era humilde. Sabia que diante de Cristo não era o mais importante. Ele provou do fogo e saiu vitorioso porque Jesus disse que a ele seria dado as chaves do reino dos céus, sob Pedro a Igreja se une, sob Jesus é Pedro quem decide. E com Pedro que nós confiamos e cremos nas palavras de Jesus "as portas do inferno nunca poderão rompê-la".       

  E todos seus sucessores legitimamente escolhidos são sucessores de Pedro. A missão do Papa é de apascentar, de levar a paz. Depois de Jesus que é o Cabeça da Igreja, o Papa é a segunda pessoa mais importante e quem não aceita a autoridade do Papa não aceita a autoridade de Jesus e não é cristão.

    Portanto, o protestantismo está na contramão do Evangelho. Pois, somente um outrora ousou se rebelar contra a autoridade de Deus e esse alguém é o diabo.        

   Porque ele era o mais velho a ele foi confiado o poder da Igreja. Ele foi escolhido para ser o príncipe entre os Apóstolos.

   Não tem nada a ver com aquela história de que Pedro não podia ser o Papa porque esteve em Roma somente nos dias finais de sua vida.    Isso é mentira por que: a) Jesus ressuscitado chamou Pedro e disse: "Pedro tu me amas mais do que estes?" Perguntou 3 vezes,  depois disse: "apascenta minhas ovelhas!", (Jo21, 15-17). É aqui que Jesus torna Pedro o chefe, o governante da sua igreja. Pedro agora é o pastor da Igreja e deve mantê-la na unidade. 

b) A partir daí ninguém tomava a última decisão, essa caberia a Pedro porque foi o próprio Senhor Jesus que o quis assim. Como os protestantes bom podem recusar a autoridade do Papa? Recusando o papa recusam o próprio Senhor Jesus. 

      Se lermos o livro dos Atos dos Apóstolos vamos encontrar várias situações em que a figura de Pedro era a vc quem dava a decisão e todo povo  acatava respeitando o  que Jesus ordenou antes de subir aos céus. Ninguém ousava questionar a autoridade do chefe da igreja. Até que chegou Lutero que se achava mais que os apóstolos e com insubordinação, orgulho e prepotência quis por esta autoridade abaixo. Quem segue o protestantismo, quem segue em Lutero e até hoje seus ensinamentos pífios, segue o próprio diabo, autor de toda confusão. Pois, a Igreja de Cristo é Una, Santa, Católica e Apostólica.   

Já dizia São Jerônimo, (que traduziu a Bíblia para o latim-a Vulgata) em sua carta ao Papa Dâmaso I (420 d.C):

 "Não sigo nenhum primado a não ser o de Cristo; por isso ponho-me em comunhão com a Sua Santidade, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja. Quem se alimenta do Cordeiro fora dessa casa é um ímpio. Quem não está na arca de Noé perecerá no dia do dilúvio". 


 5. Os protestantes dizem que somente pela fé em Jesus o cristão pode ser salvo;  basta aceitá-lo como salvador pessoal basta sem precisar das boas obras. 

     Ora, quem crer assim está indo contra o próprio evangelho, porque Jesus deixa claro que se nós não praticarmos as boas obras não vamos ser salvos. Nós já lemos acima que no item 2 que não existe tal afirmação nas Escrituras e que isso parte da "Sola Scriptura". Pelo contrário, a Bíblia nos ensina que a salvação dada por Jesus depende do esforço humano para obtê-la; ela é graça de Deus. ninguém salva a si próprio, é Jesus que Salva, mas, como essa salvação vem até nós? Ela vem até nós: a) Crendo na sua Palavra; b)e aceitando essa palavra ser batizado; 3) Vivendo aquilo que Jesus ensinou amando a todos e praticando as boas obras. A Fé consiste em crer (FÉ) (no Senhor Jesus), Confiar (Esperança da ressurreição); Depender (de Deus)- (CARIDADE) ninguém salva a si mesmo. Aceitar a salvação é aceitar viver de acordo com a Palavra de Deus; fazer as boas obras sobretudo amor para com o próximo. Jesus nos deu exemplo o tempo todo e disse: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!" (Jo13, 34-35) - Jesus amou-nos até o fim. E sua prova maior foi a cruz. Quem deseja ser salvo mas não aceita carregar a sus cruz e nem ajuda o irmão carregar a dele não pode ser digno de salvação (Mc8, 34-35). A Salvação é algo individual e consiste em que cada um faça o esforço para merecê-la. 

   Dirá os protestantes: "Aceitei Jesus agora estou salvo!" - Mentira, prepotência. Porque se não praticar o evangelho, se não vivê-lo com o coração se não fizer as boas obras, isto é, por em prática o amor e o serviço pelos irmãos de nada vale crer em Jesus, aceitar Jesus da boca pra fora. São Paulo afirma "sem amor eu nada seria".          

      As boas obras consiste em  quê? Consiste em amar a Deus e o próximo. Consiste em fazer tudo que agrada a Deus. Jesus nos deu a salvação, mas, para ser merecedor da salvação e assim poder alcançá-la temos que praticar a caridade. É pela Fé, Esperança e a Caridade que nós chegamos à verdadeira felicidade. São Paulo nos diz que ainda que ele tivesse tudo, que falasse a língua dos anjos sem amor nada seria.(...) Ainda que tivesse toda fé, sem amor nada seria (1Cor13, 1-2). Jesus deixa claro que o que nos salvará no último dia não é a fé, não é crer somente, mas, é o amor,  é o que fizermos pelo próximo que vai nos colocar ou no Céu ou no inferno. Mt25, 31-46. 

São Tiago nos lembra que a fé sem obras de é morta. (Tg2, 14-26). 

E o mais importante  é colocar a palavra de Deus em prática. 

Não é só porque eu creio e vou a igreja todos os dias, não se é carregando uma bíblia em baixo do braço. Não é gritando o nome de Jesus, mas, é colocando a Palavra de Deus em prática que irei chegar à salvação. 

Pois assim disse Jesus: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (Mt7, 21).

   É impossível salvar -se sem fazer uso das boas obras. Quem acha o contrário está enganando a si mesmo. 

   

       

    

 

                            

       

                        

     

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