Estamos celebrando o Tempo do Advento. É um tempo muito propício para refletirmos quanto a chegada do Natal de Jesus. A Igreja propõe que haja uma preparação muito especial dentro da liturgia da Igreja para que nos preparemos para viver a celebração do Natal do Senhor.
Mas se o Advento ficasse só nessa preparação seria muito pouco, pois a celebração no Natal é apenas reviver o nascimento do Salvador que já conteceu a mais de dois mil anos. O que este momento, estas semanas de preparação nos quer ensinar então? ...
Quer nos ensinar que devemos estar prontos, vigilantes, não para o nascimento de Jesus, porque Ele não nascerá (fisicamente) outra vez. Mas que preparemos o nosso coração para a chegada, para a segunda vinda de Nosso Senhor, ou seja a Igreja vive a expectativa da Parusia. Cristo virá glorioso.
Pode-se achar uma ilusão afinal, o tempo de Deus não é o tempo dos humanos, mas Jesus nos ensinou que nossa vida deve ser de preparação e vigilância. Pode ser que essa realidade não aconteça em nosso meio hoje, mas o encontro com Jesus se faz no dia a dia, na caminhada em definitivo para os braços do Pai. "Não sabeis o dia nem a hora"... Na verdade vivemos esse constante Advento, isto é, esperamos aquele que há de vir a qualquer momento seja na Parusia, seja na hora de nossa saída deste mundo de ilusões, Jesus virá ao nosso encontro.
Por isso podemos dizer que esse tempo nunca passa, deve ser constante em nossa vida, apenas ganha um reforço especial nesses dias em que esperamos celebrar o aniversário de Jesus Cristo nosso salvador.
O mundo, o comércio, a correria do dia a dia nos aponta um natal frio e uma festa apenas de lembranças e trocas de presentes. Caímos muitas vezes nas tentações das guloseimas, das festas e celebramos o Natal do egoísmo, da falta de fé e solidariedade, da falta do princial Jesus Cristo que quer nascer, morar em nossa vida, em nossa família.
Enfeitamos nossas casas com árvores, com faixas, flores, luzes etc. Mas e o nosso coração? quanta escuridão, imundície, podridão espiritual e pecado está dentro dele, travando as portas para quem deveria realmente tomar conta dele que é Jesus. Nossa externação, nossa falta de fé e amor são travas que precisam ser retiradas para Jesus poder entrar.
O Advento nos quer dar esta oportunidade, de pensarmos... como é que eu estou me preparando para a chegada de Jesus?
Que lugar Jesus assume em minha vida? Mesmo que haja solideriedade, espírito de confraternização, de nada resolverá se Jesus não ocupar o centro de nossa vida, se ele não for o nosso Deus e Senhor.
Pereparar para a chegada de Deus... você já pensou nisso? Sabe o que isto significa?
Seria vago celebrar um Natal todo ano, cuja festa não implica mudar em nossa vida para melhor e não nos levar a busca de uma sociedade mais humana e fraterna.
Ficamos muitas vezes presos nos simbolismos do comércio, do pai-Noel e sei lá das quantas, mas esquecemos do Pai do céu, e nem somos agradecidos pela grandeza da salvação, que aquele Menino nascido na pobreza de Belém, um dia, veio nos trazer um presente muito maior: a salvação. Que seria de nós sem ela?...
No Evangelho de São Mateus encontramos referências da realidade da Parusia, isto é, da segunda vinda de Jesus. Vamos ler: Mt24, 37-44. - Em cada domingo, os Evangelhos proclamados na Santa Missa, se referem a uma passagem onde Jesus fala da sua segunda volta. E a orientação é a mesma, para que estejamos atentos, vigiando, por que não sabemos nem o dia, nem a hora.
Como este Evangelho, tão meditado e rezado no Ano A da Liturgia do Advento nos ensina a respeito da vinda Jesus:
Jesus explica que no tempo de Noé o povo tão apressado com as coisas do mundo, não perceberam que seriam devastados pelo dilúvio, embora Noé os tivesse avisado, eles continaram nas ocupações do mundo, se preocuparam com tudo, vivendo em pecado, não atenderam aos apelos do Senhor. Isso não acontece ainda hoje? Quantas pessoas que vivem uma vida como se Deus não existisse, como se Ele não fosse Juiz desta terra e não se importasse com os homens.
Noé ao contrário, vivia o Advento deste acontecimento e se preparava confiante na proteção de Deus, era um homem de Deus. E você é uma pessoa de Deus?...
Faz uma comparação que Jesus virá dentro das realidades desse mundo.
Noé ao contrário, vivia o Advento deste acontecimento e se preparava confiante na proteção de Deus, era um homem de Deus. E você é uma pessoa de Deus?...
Faz uma comparação que Jesus virá dentro das realidades desse mundo.
Jesus não usa meio termo, ele diz que a sua chegada acontecerá em nossa vida da maneira que estivermos.
Claro que isto implica nossa situação espiritual, ou seja nosso bom relacionamento com Deus. O Senhor virá dentro de nosso tempo, não importa a situação. A oportunidade de Deus é única... aqui pode se dizer: você sabe o dia que vai passar desta vida? Qual a situação de sua vida diante de Deus hoje?
Mas se estiver preparado seu encontro com Deus não será surpresa e sim um feliz abraço entre pai e filho.
Claro que isto implica nossa situação espiritual, ou seja nosso bom relacionamento com Deus. O Senhor virá dentro de nosso tempo, não importa a situação. A oportunidade de Deus é única... aqui pode se dizer: você sabe o dia que vai passar desta vida? Qual a situação de sua vida diante de Deus hoje?
Mas se estiver preparado seu encontro com Deus não será surpresa e sim um feliz abraço entre pai e filho.
O Evangelho nos propõe e ensina que: devemos estar vigilantes, atentos em nossa fé, deixar de lado as preocupações, pensar melhor em nossa vida espiritual. Jesus compara sua vida com a chegada inesperada de um ladrão, "se soubesses a hora que viria o ladrão, não seixaria que sua casa fosse arrombada"... Jesus virá insperadamente por isso devemos estar alerta.
Por isso nossa vida deve ser um completo Advento, Jesus virá um dia quer de maneira gloriosa como Juiz, quer para nos levar à sua presença pela morte e esse momento não sabemos, por isso nossa vida deve ser de preparação.
Como outrora esse dia nos pegará de surpresa. Onde quer que estejamos.
A celebração do Natal deve ser a oportunidade de ao invés de ficarmos só no cosumismo, também deve nos ajudar a ver que Jesus quer ser presença em nossa vida.
Jesus quer nos salvar, quer que sejamos construtores de um reino de paz, amor e justiça.
A majestede do presépio deve ser impregnada em nossos corações para que Jesus sempre possa repousar nele e fazer dele a sua manjedoura.
Pense nisso... celebrar o natal sem convidá-Lo para fazer morada em nossa vida e em nossa família não é Natal e sim um festa fútil como outra qualquer.
Pense que o Advento que celebramos não é apenas para celebrar um simples nascimeto que já aconteceu, mas um novo nascimento o de nossos corações para abrigar Deus.
O profeta Isaías no Cap.2, 1-5; fala de de um tempo de paz, poremos imaginar o que seria estas palavras para aquele povo, já sem esperanças, oprimido pelas diversas formas de exclusão. Quem entendeu essa mensagem sabia o que significava essa esperança da vinda do Salvador.
Nesse tempo segundo o profeta aconteceria na realidade da vinda do salvador. Mas o povo não podia estar despreparado, precisava aplainar os caminhos. João Batista vem dizer: "Sou a voz que clama no deserto, aplainai os caminhos do Senhor!"
Para nós hoje, que caminhos estamos preparando? Da justiça, do amor, da solidariedade, da compreensão, do respeito mútuo, do companheirismo, do nosso coração limpo de qualquer vício e maldade, etc. Ou vice versa?
O que o Natal deve significar para nós cristãos?
O povo de Israel sofria muitos conflitos, várias opressões, e por isso até hoje é um povo revoltado, mas esperançoso por libertação.
O profeta anuncia um novo tempo, um tempo de amor, onde não será preciso guerrear contra nações, pois o Senhor, sua casa e sua Lei será tudo, ele quem governará. Mas há um convite... qual é esse convite que o profeta nos faz? Mas esse tempo começa pela nossa participação, pelo nosso compromisso em fazer o bem e a paz acontecer. Começa primeiro em nós mesmos, depois na família e na sociedade. Às vezes nós cristãos agimos como se fôssemos simples animais irracionais vivendo sobre a terra, sem darmos conta de que existe um Deus, que nos guia e nos cobrará depois.
Isso implica o nosso compromisso de cuidar deste mundo, administrar o que Deus nos entregou e não o destruir com nosso egoísmo e nossa falta de amor.
Ele nos convida para que deixemos nos guiar pela luz do Senhor. Se queremos um tempo de paz, sem violência, sem fome, sem miséria, sem mortes de vários aspéctos, se queremos uma nação liberta dos vícios das drogas devemos começar a fazer com que o reino de Deus se torne realidade, começando por deixar entrar em nossos lares e em nossas vidas a Luz do Senhor. Isso implica que sigamos suas leis e as cumpramo-nas. Que ensinemos nossos filhos a segui-las. Se o mal está tomando conta do mundo é porque não estamos deixando a luz de Deus entrar em nossos corações e em nossos lares. O profeta já dizia que isto é possível, mas é preciso que Deus passe a morar em nossos corações. Esta é a chave, a proposta de Deus. Ele quer morar em nós quer fazer parte de nossa família. E, sobretudo, quer que o escutemos através de sua palavra.
São Paulo chama-nos atenção em Rm13, 11-14ss; para que despertemos, pois, a salvação está perto, é preciso crer e tomar posse desta salvação. São Paulo nos exorta a deixarmos nossas ações de trevas. Que ações são essas? São, nosso egoísmo, nossa ganância por poder a qualquer custo, as diversas formas de exclusão social, as drogas, o desejo de vingança, a inveja, a falta de diálogo em família, a falta de moral, etc.
São Paulo deixa uma chave muito impostante para que vivamos esta salvação dada por Jesus: "a honestidade" sem a honestidade não é possível cumprir as outras coisas. Honestidade em vários sentidos, principalmente quando abrimos nosso coração para Deus. Será que pedimos de coração que seu reino aconteça? Será que somos capazes de perdoar nossos irmãos?
Para São Paulo é preciso revestir do Senhor Jesus, em outras palavras, diria o Pe. Zezinho, é: amar como Jesus amou, viver como Jesus viveu, sentir o que Jesus sentiu, sorrir como Jesus sorriu. E acrescento outra: "abraçar a cruz como Jesus abraçou!"
Este é o convite do Advento, preparar-nos para conquistar essa salvação e consequentemente participar do Reino de Deus. Se não fizermos com que o Reino de Deus aconteça já aqui na Terra, dificilmente vamos conquistá-lo no Céu. E esse Reino implica que sejamos portadores da Boa-Nova de Jesus. E que O levemos aos quantos precisarem do seu amor.
O Natal só terá sentido para nós, de verdade, se como cristãos tomarmos a consciência de que Jesus precisa nascer todos os dias dentro de nós. Para isso nossa vida deve ser um constante advento. Não estar preso à picuinhas e falsidades. Nem estar fechado aos problemas do mundo. É preciso romper as barreiras do nosso egoísmo, da nossa falta de fé e da nossa prepotência mesmos.
Como resposta a esse convite vamos orar meditando o Salmo 121:
Que alegria quando me disseram: "Vamos à casa do Senhor!" - abra sua Bíblia e leia, orando e meditando este Salmo.
Outro exemplo que nos diz respeito ao Advento da vinda de Jesus, encontramos no Evangelho de São Mateus, Mt 25, 1-13; quando Jesus conta a parábola das "dez virgens". Para entender melhor o sentido desta parábola vamos ler o trecho e depois, fazermos a reflexão para entendimento do texto:
1 - "Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que sairá com suas lâmpadas ao encontro do esposo.*2-Cinco entre elas eram prudentes, e cinco eram imprudentes. *3-Tomando suas lâmpadas, as imprudentes não levaram óleo consigo. *4- As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com suas lâmpadas.*5-Tardando vir o esposo, cochilaram todas e adormeceram.*6-E no meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: eis o esposo, vinde ao seu encontro! *E as virgens levantaram todas e prepararam suas lâmpadas. *8- As imprudentes porém, disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo porque nossas lâmpadas estão se apagando. *9- Mas as prudentes responderam: não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível que vades aos vendedores, a fim de comprar para vós. *10-Ora, enquanto foram comprar o óleo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele na sala das bodas e foi fechada a porta.*11-Mais tarde, chegaram as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos a porta!*12-Mas ele respondeu: em verdade, em verdade vos digo: Não vos conheço!*13-Vigiai, pois, não sabeis nem o dia e nem a hora.
Para o enriquecimento da liturgia a Igreja utiliza nas suas celebrações de diversos símbolos que nos ajuda na compreensão de cada festa litúrgica. Essa riqueza de símbolos nos remete à reflexão de cada Tempo Litúrgico: Advento, Natal, Quaresma, Tempo comum, etc. Utiliza de cores, que chamamos "cores litúrgicas" para ajudar e chamar atenção no diferenciamento dos Tempos Litúrgicos: verde para o Tempo Comum, roxa-clara para o Advento, para a Quaresma e finados roxo-escuro, vermelha, para a festa dos Santos mártires, Pentecostes, Branca, para as solenidades dos Santos não mártires, Nossa Senhora, Natal, Corpus Christi. Essas cores tanto se usa nos paramentos litúrgicos dos sacerdotes, como também na ornamentação da toalha do Altar da Eucaristia, do Altar da Palavra (o ambão), e outros lugares dentro da Igreja. Dentro do Tempo Advento, celebramos 04 semanas de preparação para a solenidade do Natal, Tempo de reflexão e espera, essa espera que parte da esperança que Jesus Cristo renasça nos corações dos homens. Nos traz a esperança da espera e vigilância da segunda vinda de Jesus. (Cf. Mc13, 33-37); A Coroa do Advento possui um simbolismo muito grande que explicaremos a seguir:
AS QUATRO VELAS - as velas são acesas cada uma durante os 4 domingos que antecedem o Natal, as quatro semanas do Advento. As cores são: roxa, vermelha, rosa e verde escura, roxa-clara, rosa e branco.
No início a coroa está escura e sem brilho, o que representa a escuridão do pecado. Muitas vezes nossas vidas são enfeitadas de muitas coisas, mas, mesmo assim, sua bela e seu brilho está ofuscada pelo pecado. O pecado nos deixa escuros e tira de nós o brilho da santidade.
A primeira vela acesa, significa a chegada do Senhor Jesus, luz para nossa vida, ele o Cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo. Aquele que dissipa a escuridão, trazendo a reconciliação dos corações.
A segunda vela acesa, simboliza nossa fé, todos aqueles que aceitam a proposta de Jesus, querem viver sua fé, como uma chama viva que não se apaga, somos chamados por Cristo a ser luz para o mundo em trevas. E também a iluminar a nossa vida, abandonar o pecado e ser luz para os outros.
A terceira vela acesa, significa a alegria do rei Davi, que recebeu a promessa da Eterna Aliança. Jesus é descendente de Davi, e como tal também lhe deram o nome de "Filho de Davi". É em Jesus que se cumpre todas as promessas do Antigo Testamento. Jesus Cristo assumindo nascer de Maria, nasceu no seio do povo de Deus, o povo Judeu, da descendência de Davi.
A quarta vela acesa, simboliza todos os profetas do Antigo Testamento que anunciaram a chegada do Messias. Os profetas ou por inspiração ou por apelação direta de Deus contribuíram, deram suas vidas ao anúncio da promessa da chegada do Salvador. Eles anunciaram com firmeza esta verdade e testemunharam com alegria e esperança.
O TEMPO DO ADVENTO - nos propõe a que estejamos alertas, vigilantes, não pelo nascimento de Jesus, pois Jesus já nasceu. Mas ele quer que estejamos prontos para a segunda vinda. Vigiai e Orai! Pois não sabeis nem o dia e nem a hora em que voltará o seu Senhor. Disse Jesus. Não sabemos qual será o dia em Jesus virá em glória, nem o dia em que nos apresentaremos a Ele. Por isso nossa vida deve ser um constante Advento. Pois quem está preparado não será pego de surpresa. Jesus quer deixemos nossa vida de pecado e passamos a dar mais valor na vida de santidade, a qual somos criados e chamados a viver.
O profeta Isaías no Cap.2, 1-5; fala de de um tempo de paz, poremos imaginar o que seria estas palavras para aquele povo, já sem esperanças, oprimido pelas diversas formas de exclusão. Quem entendeu essa mensagem sabia o que significava essa esperança da vinda do Salvador.
Nesse tempo segundo o profeta aconteceria na realidade da vinda do salvador. Mas o povo não podia estar despreparado, precisava aplainar os caminhos. João Batista vem dizer: "Sou a voz que clama no deserto, aplainai os caminhos do Senhor!"
Para nós hoje, que caminhos estamos preparando? Da justiça, do amor, da solidariedade, da compreensão, do respeito mútuo, do companheirismo, do nosso coração limpo de qualquer vício e maldade, etc. Ou vice versa?
O que o Natal deve significar para nós cristãos?
O povo de Israel sofria muitos conflitos, várias opressões, e por isso até hoje é um povo revoltado, mas esperançoso por libertação.
O profeta anuncia um novo tempo, um tempo de amor, onde não será preciso guerrear contra nações, pois o Senhor, sua casa e sua Lei será tudo, ele quem governará. Mas há um convite... qual é esse convite que o profeta nos faz? Mas esse tempo começa pela nossa participação, pelo nosso compromisso em fazer o bem e a paz acontecer. Começa primeiro em nós mesmos, depois na família e na sociedade. Às vezes nós cristãos agimos como se fôssemos simples animais irracionais vivendo sobre a terra, sem darmos conta de que existe um Deus, que nos guia e nos cobrará depois.
Isso implica o nosso compromisso de cuidar deste mundo, administrar o que Deus nos entregou e não o destruir com nosso egoísmo e nossa falta de amor.
Ele nos convida para que deixemos nos guiar pela luz do Senhor. Se queremos um tempo de paz, sem violência, sem fome, sem miséria, sem mortes de vários aspéctos, se queremos uma nação liberta dos vícios das drogas devemos começar a fazer com que o reino de Deus se torne realidade, começando por deixar entrar em nossos lares e em nossas vidas a Luz do Senhor. Isso implica que sigamos suas leis e as cumpramo-nas. Que ensinemos nossos filhos a segui-las. Se o mal está tomando conta do mundo é porque não estamos deixando a luz de Deus entrar em nossos corações e em nossos lares. O profeta já dizia que isto é possível, mas é preciso que Deus passe a morar em nossos corações. Esta é a chave, a proposta de Deus. Ele quer morar em nós quer fazer parte de nossa família. E, sobretudo, quer que o escutemos através de sua palavra.
São Paulo chama-nos atenção em Rm13, 11-14ss; para que despertemos, pois, a salvação está perto, é preciso crer e tomar posse desta salvação. São Paulo nos exorta a deixarmos nossas ações de trevas. Que ações são essas? São, nosso egoísmo, nossa ganância por poder a qualquer custo, as diversas formas de exclusão social, as drogas, o desejo de vingança, a inveja, a falta de diálogo em família, a falta de moral, etc.
São Paulo deixa uma chave muito impostante para que vivamos esta salvação dada por Jesus: "a honestidade" sem a honestidade não é possível cumprir as outras coisas. Honestidade em vários sentidos, principalmente quando abrimos nosso coração para Deus. Será que pedimos de coração que seu reino aconteça? Será que somos capazes de perdoar nossos irmãos?
Para São Paulo é preciso revestir do Senhor Jesus, em outras palavras, diria o Pe. Zezinho, é: amar como Jesus amou, viver como Jesus viveu, sentir o que Jesus sentiu, sorrir como Jesus sorriu. E acrescento outra: "abraçar a cruz como Jesus abraçou!"
Este é o convite do Advento, preparar-nos para conquistar essa salvação e consequentemente participar do Reino de Deus. Se não fizermos com que o Reino de Deus aconteça já aqui na Terra, dificilmente vamos conquistá-lo no Céu. E esse Reino implica que sejamos portadores da Boa-Nova de Jesus. E que O levemos aos quantos precisarem do seu amor.
O Natal só terá sentido para nós, de verdade, se como cristãos tomarmos a consciência de que Jesus precisa nascer todos os dias dentro de nós. Para isso nossa vida deve ser um constante advento. Não estar preso à picuinhas e falsidades. Nem estar fechado aos problemas do mundo. É preciso romper as barreiras do nosso egoísmo, da nossa falta de fé e da nossa prepotência mesmos.
Como resposta a esse convite vamos orar meditando o Salmo 121:
Que alegria quando me disseram: "Vamos à casa do Senhor!" - abra sua Bíblia e leia, orando e meditando este Salmo.
Outro exemplo que nos diz respeito ao Advento da vinda de Jesus, encontramos no Evangelho de São Mateus, Mt 25, 1-13; quando Jesus conta a parábola das "dez virgens". Para entender melhor o sentido desta parábola vamos ler o trecho e depois, fazermos a reflexão para entendimento do texto:
1 - "Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que sairá com suas lâmpadas ao encontro do esposo.*2-Cinco entre elas eram prudentes, e cinco eram imprudentes. *3-Tomando suas lâmpadas, as imprudentes não levaram óleo consigo. *4- As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com suas lâmpadas.*5-Tardando vir o esposo, cochilaram todas e adormeceram.*6-E no meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: eis o esposo, vinde ao seu encontro! *E as virgens levantaram todas e prepararam suas lâmpadas. *8- As imprudentes porém, disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo porque nossas lâmpadas estão se apagando. *9- Mas as prudentes responderam: não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível que vades aos vendedores, a fim de comprar para vós. *10-Ora, enquanto foram comprar o óleo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele na sala das bodas e foi fechada a porta.*11-Mais tarde, chegaram as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos a porta!*12-Mas ele respondeu: em verdade, em verdade vos digo: Não vos conheço!*13-Vigiai, pois, não sabeis nem o dia e nem a hora.
- O casamento judaico, não é como o nosso, como uma cerimônia curta de apenas 1 ou dois dias. Mas, exige até hoje muitos rituais e festas que duram semanas, desde a preparação dos nubentes até o dia do casamento e o depois do casamento. Tudo era feito com muita preparação, alegria e grande comemoração. Os noivos eram recebidos e tratados como reis. O casamento judaico era composto de 4 partes: o noivado, a mudança da noiva para a casa do noivo, a festa do casamento e a consumação do casamento. Na parábola que Jesus contou está a referência dos momentos antes da noiva ser levada para a casa do noivo. Isso significa que já houve um noivado, ou seja, os noivos já estão comprometidos. O noivo já pagou seu dote à noiva e tudo está pronto. A noiva está posta, preparada para a chegada do noivo. Uma coisa a ser lembrada é que: a noiva judia se casava virgem. Tudo pronto para a cerimônia só falta o noivo. Até que se consuma o casamento a noiva fica na casa dos seus pais.O noivo tem um ano para construir a sua casa. Na noite combinada, o noivo vai buscar a noiva e os pais dela juntamente com o noivo a leva em procissão até sua nova casa. Ninguém sabe a hora em que o noivo vai chegar. Por isso todos tem que estar preparados. E como naquele tempo não havia energia elétrica as moças, as criadas da noiva, aguardavam a chegada do noivo iluminando com suas lamparinas, faziam estoque de óleo para iniciar uma vigília até a chegada do noivo. Pois o noivo chegava em procissão com seus parentes e amigos, em silêncio, após ser avisado que a noiva já tinha se preparado, e todos os preparativos externos concluídos. Ela se apresentava com sua veste nupcial, um vestido branco todo enfeitado e com um véu que cobria todo o rosto até os pés. O elemento surpresa da chegada do noivo é o melhor momento da festa. Neste sentido alguém do lado da noiva fica em frente da casa vigiando com suas tochas e lamparinas até que quando vêem o noivo gritam: "O noivo vem aí!" - "Saiam para recebê-lo!" - depois entram na festa, mas somente os convidados e os que estiverem com suas lâmpadas acesas, depois disso é fechada a porta e ninguém mais entra para festa.
- Jesus usa essa comparação para dizer que Ele é o noivo, a a Igreja, ou seja, nós somos a noiva. Portanto já existe um compromisso de casamento entre nós e Jesus. A festa deste casamento Jesus faz conosco já aqui e no seu reino.
- Como o noivo deve preparar a casa, a morada da noiva, Jesus na última ceia nos disse que subiria para nos preparar um lugar, pois na casa do Pai existe muitas moradas. Depois voltará e nops levará com Ele, [cf. Jo 14, 2-3]. E como parte deste "casamento", o reino de Deus terá uma grande festa. Jesus quer que estejamos preparados vigilantes quando ele chegar para buscar sua noiva. Quem não estiver preparado não vai entrar para festa em seu reino. Jesus usa esse exemplo porque é uma realidade dentro do povo judeu. Ele mesmo participou com sua mãe, seus apóstolos e discípulos de uma festa de casamento, onde realizou seu primeiro milagre. {Cf. Jo 2, 1-11}
- Vivemos este advento como que um grande casamento, onde Jesus é o noivo que não terá hora para chegar. Por isso devemos nos preparar para a sua chegada, e como num casamento a Noiva, ou seja a Igreja, está em uma constante festa até o dia de sua chegada.
- Sabemos que o dia de sua chegada é a parusia, ou seja, quando ele viver arrebatar sua Igreja, mas o dia certo é uma surpresa do Noivo que é Jesus. Nesse dia seremos tirados da casa de nossos pais, a Terra, e subiremos para a nossa nova casa, o Céu, onde Jesus, o Noivo foi prepara-nos um lugar. Por isso Jesus quer que nos preparemos, que estejamos a alerta para esse dia, deixando de lado tudo o quando nos faz afastar deste "casamento". E como as virgens, quer que estejamos com nossas lâmpadas acesas, isto é bem vigilantes, e usando nossa inteligência para não deixar que a lâmpada (a luz fé) se apague, ou do contrário encontraremos as portas casa, (as portas do Céu), fechadas e perderemos a grande festa.
- O óleo que temos que abastecer nossas lâmpadas é a escuta e a vivência da Palavra de Deus. A chama da nossa fé deve ser abastecida através da prática da Oração, da vivência dos Sacramentos e da nosso interesse em sempre estar atentos para não sermos pegos de surpresa. Jesus nos ensina que não podemos achar como tolos, imprudentes, sem preocupar com o dia em que nos apresentaremos ao Senhor Deus. Se formos tolos, imprudentes na fé, corremos o risco de encontrarmos as portas fechadas. Não podemos negar Jesus, e seu Evangelho; Ele mesmo nos disse que: se o negarmos, Ele mesmo nos negará diante do Pai. Ao contrário, devemos se,pre ser como as virgens prudentes. Levar sempre consigo nosso óleo, do amor, do respeito à Palavra de Deus, do cumprimento dessa Palavra, e estar abastecidos com a Eucaristia que alimenta nossa vida, nossa alma, e nos faz cada vez mais fortes na perseverança. o óleo da nossa fé não podemos pedir emprestado aos outros. Temos que sempre nos abastecermos e estarmos prontos para merecer o acolhimento de Jesus na sua Casa.
O SIMBOLISMO DA COROA DO ADVENTO
Para o enriquecimento da liturgia a Igreja utiliza nas suas celebrações de diversos símbolos que nos ajuda na compreensão de cada festa litúrgica. Essa riqueza de símbolos nos remete à reflexão de cada Tempo Litúrgico: Advento, Natal, Quaresma, Tempo comum, etc. Utiliza de cores, que chamamos "cores litúrgicas" para ajudar e chamar atenção no diferenciamento dos Tempos Litúrgicos: verde para o Tempo Comum, roxa-clara para o Advento, para a Quaresma e finados roxo-escuro, vermelha, para a festa dos Santos mártires, Pentecostes, Branca, para as solenidades dos Santos não mártires, Nossa Senhora, Natal, Corpus Christi. Essas cores tanto se usa nos paramentos litúrgicos dos sacerdotes, como também na ornamentação da toalha do Altar da Eucaristia, do Altar da Palavra (o ambão), e outros lugares dentro da Igreja. Dentro do Tempo Advento, celebramos 04 semanas de preparação para a solenidade do Natal, Tempo de reflexão e espera, essa espera que parte da esperança que Jesus Cristo renasça nos corações dos homens. Nos traz a esperança da espera e vigilância da segunda vinda de Jesus. (Cf. Mc13, 33-37); A Coroa do Advento possui um simbolismo muito grande que explicaremos a seguir:
AS QUATRO VELAS - as velas são acesas cada uma durante os 4 domingos que antecedem o Natal, as quatro semanas do Advento. As cores são: roxa, vermelha, rosa e verde escura, roxa-clara, rosa e branco.
No início a coroa está escura e sem brilho, o que representa a escuridão do pecado. Muitas vezes nossas vidas são enfeitadas de muitas coisas, mas, mesmo assim, sua bela e seu brilho está ofuscada pelo pecado. O pecado nos deixa escuros e tira de nós o brilho da santidade.
A primeira vela acesa, significa a chegada do Senhor Jesus, luz para nossa vida, ele o Cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo. Aquele que dissipa a escuridão, trazendo a reconciliação dos corações.
A segunda vela acesa, simboliza nossa fé, todos aqueles que aceitam a proposta de Jesus, querem viver sua fé, como uma chama viva que não se apaga, somos chamados por Cristo a ser luz para o mundo em trevas. E também a iluminar a nossa vida, abandonar o pecado e ser luz para os outros.
A terceira vela acesa, significa a alegria do rei Davi, que recebeu a promessa da Eterna Aliança. Jesus é descendente de Davi, e como tal também lhe deram o nome de "Filho de Davi". É em Jesus que se cumpre todas as promessas do Antigo Testamento. Jesus Cristo assumindo nascer de Maria, nasceu no seio do povo de Deus, o povo Judeu, da descendência de Davi.
A quarta vela acesa, simboliza todos os profetas do Antigo Testamento que anunciaram a chegada do Messias. Os profetas ou por inspiração ou por apelação direta de Deus contribuíram, deram suas vidas ao anúncio da promessa da chegada do Salvador. Eles anunciaram com firmeza esta verdade e testemunharam com alegria e esperança.
O TEMPO DO ADVENTO - nos propõe a que estejamos alertas, vigilantes, não pelo nascimento de Jesus, pois Jesus já nasceu. Mas ele quer que estejamos prontos para a segunda vinda. Vigiai e Orai! Pois não sabeis nem o dia e nem a hora em que voltará o seu Senhor. Disse Jesus. Não sabemos qual será o dia em Jesus virá em glória, nem o dia em que nos apresentaremos a Ele. Por isso nossa vida deve ser um constante Advento. Pois quem está preparado não será pego de surpresa. Jesus quer deixemos nossa vida de pecado e passamos a dar mais valor na vida de santidade, a qual somos criados e chamados a viver.