quinta-feira, 1 de maio de 2014

BEATOS JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II - SÃO CANONIZADOS NO VATICANO PELO SANTO PADRE FRANCISCO I


BIOGRAFIA DO PAPA JOÃO XIII
(SÃO JOÃO XIII)



Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi baptizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual.
Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897.
De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar. Recebeu a Ordenação sacerdotal a 10 de Agosto de 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, acompanhando-o nas várias visitas pastorais e colaborando em múltiplas iniciativas apostólicas:  sínodo, redacção do boletim diocesano, peregrinações, obras sociais. Às vezes era também professor de história eclesiástica, patrologia e apologética. Foi também Assistente da Acção Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado, pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz.
Naqueles anos aprofundou-se no estudo de três grandes pastores:  São Carlos Borromeu (de quem publicou as Actas das visitas realizadas na diocese de Bérgamo em 1575), São Francisco de Sales e o então Beato Gregório Barbarigo. Após a morte de D. Giacomo Tedeschi, em 1914, o Pade Roncalli prosseguiu o seu ministério sacerdotal dedicado ao magistério no Seminário e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associações católicas.

Em 1915, quando a Itália entrou em guerra, foi chamado como sargento sanitário e nomeado capelão militar dos soldados feridos que regressavam da linha de combate. No fim da guerra abriu a "Casa do estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Em 1919 foi nomeado director espiritual do Seminário.

Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Tendo sido chamado a Roma por Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, percorreu muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários.

Em 1925, Pio XI nomeou-o Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou-o à dignidade episcopal da Sede titular de Areopolis.

Tendo recebido a Ordenação episcopal a 19 de Março de 1925, em Roma, iniciou o seu ministério na Bulgária, onde permaneceu até 1935. Visitou as comunidades católicas e cultivou relações respeitosas com as demais comunidades cristãs. Actuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. Suportou em silêncio as incompreensões e dificuldades de um ministério marcado pela táctica pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua confiança em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele.

Em 1935 foi nomeado Delegado Apostólico na Turquia e Grécia:  era um vasto campo de trabalho. A Igreja tinha uma presença activa em muitos âmbitos da jovem república, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra mundial ele encontrava-se na Grécia, que ficou devastada pelos combates. Procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a "permissão de trânsito" fornecida pela Delegação Apostólica. Em 1944 Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris.

Durante os últimos meses do conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França. Visitou os grandes santuários franceses e participou nas festas populares e nas manifestações religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente e repleto de confiança nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero na França. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evangélica, inclusive nos assuntos diplomáticos mais complexos. Procurou agir sempre como sacerdote em todas as situações, animado por uma piedade sincera, que se transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar.

Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sábio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores:  São Lourenço Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e São Pio X.

Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra".

Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963.

Fonte: (Site do Vaticano)



BIOGRAFIA DO PAPA JOÃO PAULO II
(SÂOJOÃO PAULO II)


Karol Józef Wojtyła , conhecido como João Paulo II desde sua eleição em outubro 1978 para o papado, nasceu na cidade polonesa de Wadowice, uma pequena cidade a 50 quilômetros de Cracóvia, em 18 de maio de 1920. Ele era o mais novo de três filhos de Karol Wojtyla e Emilia Kaczorowska. Sua mãe morreu em 1929. Seu irmão mais velho Edmund, um médico, morreu em 1932 e seu pai, um oficial do Exército não comissionado morreu em 1941. Uma irmã, Olga, tinha morrido antes de ele nascer. Ele foi batizado em 20 de
junho, 1920 na igreja paroquial de Wadowice pelo Padre. Franciszek Zak, fez sua Primeira Comunhão aos 9 anos e foi confirmada aos 18 anos. Após a formatura de Marcin Wadowita ensino médio em Wadowice, matriculou-se na Jagiellonian University de Cracóvia em 1938 e em uma escola de teatro. As forças de ocupação nazista fecharam a Universidade, em 1939, o jovem Karol teve que trabalhar em uma pedreira (1940-1944) e depois na fábrica química Solvay para ganhar a vida e evitar a deportação para a Alemanha. Em 1942, consciente de seu chamado ao sacerdócio, ele começou a cursos no seminário clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Cardeal Adam Stefan Sapieha, arcebispo de Cracóvia. Ao mesmo tempo, Karol Wojtyla foi um dos pioneiros da "Rapsódico Theatre", também clandestino. Após a Segunda Guerra Mundial, ele continuou seus estudos no Seminário Maior de Cracóvia, uma vez que tinha reaberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagiellonian. Ele foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Sapieha em Cracóvia no dia 1 de novembro de 1946. Pouco tempo depois, o Cardeal Sapieha lhe enviou a Roma, onde trabalhou sob a direção do dominicano francês Garrigou-Lagrange.Ele terminou seu doutorado em teologia em 1948 com uma tese sobre o tema da fé nas obras de São João da Cruz (Doctrina de fide apud Sanctum Ioannem um Cruce). Naquela época, durante as férias, ele exerceu seu ministério pastoral entre os imigrantes poloneses da França, Bélgica e Holanda. Em 1948, ele voltou à Polônia e foi vigário de diversas paróquias de Cracóvia, bem como capelão para estudantes universitários. Este período durou até 1951, quando ele retomou seus estudos em filosofia e teologia. Em 1953, ele defendeu uma tese sobre "Avaliação da possibilidade de fundar uma ética católica sobre o sistema ético de Max Scheler" Universidade Católica de Lublin. Mais tarde tornou-se professor de Teologia Moral e Ética Social no seminário maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin. Em 4 de julho de 1958, ele foi nomeado bispo titular de Ombi e auxiliar de Cracóvia pelo Papa Pio XII, e foi consagrado 28 de setembro de 1958, na Catedral de Wawel, Cracóvia, pelo Arcebispo Eugeniusz Baziak. Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o cardeal fez 26 de junho de 1967 com o título de S. Cesareo em Palatio da ordem dos diáconos, mais tarde elevada pro illa vice-à ordem dos padres. Além de participar do Concílio Vaticano II (1962-1965), onde fez uma importante contribuição para a elaboração da Constituição Gaudium et spes, o Cardeal Wojtyla participou de todo o assembléias do Sínodo dos Bispos. Os cardeais elegeram Papa no Conclave de 16 de outubro de 1978, e tomou o nome de João Paulo II. Em 22 de outubro, o Dia do Senhor, ele inaugurou solenemente o seu ministério petrino como o sucessor 263 ao Apóstolo. Seu pontificado, um dos mais longos na história da Igreja, durou quase 27 anos. Impulsionada por sua solicitude pastoral para todas as Igrejas e por um sentido de abertura e de caridade para toda a raça humana, João Paulo II exerceu o ministério petrino com um espírito missionário incansável, dedicando-o toda a sua energia. Ele fez 104 visitas pastorais fora da Itália e 146 no interior da Itália. Como Bispo de Roma, visitou 317 das 333 paróquias da cidade. Ele tinha mais reuniões do que qualquer um de seus antecessores com o Povo de Deus e os líderes das nações. Mais de 17.600.000 peregrinos participaram das audiências gerais realizadas às quartas-feiras (mais de 1160), sem contar outras audiências especiais e cerimônias religiosas [mais de 8 milhões de peregrinos durante o Grande Jubileu do Ano 2000 sozinho], e os milhões de fiéis que ele conheceu durante as visitas pastorais na Itália e em todo o mundo. Devemos lembrar também as inúmeras personalidades do governo que ele encontrou durante 38 visitas oficiais, 738 audiências e reuniões com chefes de Estado e 246 audiências e encontros com primeiros-ministros. Seu amor para os jovens levou-o a estabelecer as Jornadas Mundiais da Juventude. Os 19 JMJ celebrada durante o seu pontificado, reuniu milhões de jovens de todo o mundo. Ao mesmo tempo, seus cuidados para a família foi expressa nos Encontros Mundiais das Famílias, que se iniciou em 1994. João Paulo II incentivou com sucesso o diálogo com os judeus e com os representantes de outras religiões, a quem ele várias vezes convidados para as reuniões de oração para paz, especialmente em Assis. Sob sua direção a Igreja preparou-se para o terceiro milênio e celebrou o Grande Jubileu do ano 2000, em conformidade com as instruções contidas na Carta Apostólica Tertio adveniente Millennio. Então, a Igreja enfrentou a nova época, recebendo suas instruções na Carta Apostólica Novo millennio ineunte, na qual ele indicou aos fiéis o seu caminho futuro. Com o Ano da Redenção, o Ano Mariano eo Ano da Eucaristia, promoveu a renovação espiritual da Igreja. Ele deu um impulso extraordinário às canonizações e beatificações, com foco em inúmeros exemplos de santidade como um incentivo para que as pessoas do nosso tempo. Ele comemorou 147 cerimônias de beatificação, durante o qual ele proclamou 1338 beatos; e 51 canonizações para um total de 482 santos. Ele fez Teresa do Menino Jesus um doutor da Igreja. Ele expandiu consideravelmente o Colégio dos Cardeais, criando 231 Cardeais (mais um in pectore) em 9 consistórios. Ele também pediu seis reuniões plenárias do Colégio dos Cardeais. Ele organizou 15 Assembléias do Sínodo dos Bispos - seis Assembléias Gerais Ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994 e 2001), uma Assembléia Geral Extraordinária (1985) e oito Especial Assembléias (1980,1991, 1994, 1995, 1997, 1998 (2) e 1999). Seus documentos mais importantes incluem 14 encíclicas, 15 Exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas, 45 cartas apostólicas. Promulgou o Catecismo da Igreja Católica no luz da Tradição como autorizadamente interpretada pelo Concílio Vaticano II. Ele também reformou os códigos orientais e ocidentais de Direito Canônico, criou novas Instituições e reorganizou a Cúria Romana. como médico particular, ele também publicou cinco livros de sua autoria: "Cruzando o Limiar da Esperança" (Outubro de 1994), "Mystery Gift e , no quinquagésimo aniversário da minha ordenação como sacerdote "(Novembro de 1996)," Tríptico Romano "meditações poéticas (Março de 2003)," Levanta-te, vamo-nos "(Maio de 2004) e" Memória e Identidade "(fevereiro de 2005). À luz de Cristo ressuscitado dentre os mortos, em 2 de Abril dc 2005, às 09:37, enquanto que o sábado foi chegando ao fim e o Dia do Senhor já estava começando, a Oitava de Páscoa e Domingo da Divina Misericórdia, o amado Pastor da Igreja, John Paul II, partiu deste mundo para o Pai. Desde aquela noite até 8 de abril, data do funeral do saudoso Pontífice, mais de três milhões de peregrinos chegaram a Roma para prestar homenagem aos restos mortais do Papa. Alguns deles enfileirados até 24 horas para entrar Basílica de São Pedro. Em 28 de abril, o Santo Padre Bento XVI anunciou que o normal de cinco anos período de espera antes de começar a causa de beatificação e canonização seria dispensado para João Paulo II. A causa foi aberta oficialmente pelo Cardeal Camillo Ruini, vigário geral para a diocese de Roma, em 28 de junho de 2005.
(Fonte: Site do Vaticano)


SOBRE A CANONIZAÇÃO
  
Sua Santidade o Papa Francisco I, em cerimônia realizada na Praça São Pedro no Vaticano, no último dia 27 de abril, de 2014, proclamou santos o italiano Angelo Roncalli (Papa João XXIII) e o Polonês Karol Wojtyla ( Papa João Paulo II). 

Papa Francisco I, declarou:

"Em honra a Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e pelo incremento da vida cristã, com autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e nosso, após uma longa reflexão e invocações de ajuda divina, escutando o parecer de muitos de nossos irmãos do episcopado, declaramos  e definimos como santos os beatos: João XIII e João Paulo II, e estabelecemos a toda Igreja que sejam devotamente horando entre os santos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". 

A proclamação foi recebida por um longo aplauso pelos gritos exaltados por mais de 500.000 fiéis na Praça São Pedro. Logo após foram apresentado os relicários com as relíquias de S. João XIII e S. João Paulo II (uma ampola contendo um pedaço de pele e sangue), foram colocadas sobre o altar.

Em homilia o Papa Francisco fez questão de afirmar que os Santos: ."..João XIII e João Paulo II, foram homens corajosos que não tiveram "medo" de contemplar Jesus Cristo e viveram os desafios do século XX. Eles tiveram a coragem de olhar as feridas de Jesus e tocar suas mãos. Não tiveram vergonha da carne de Jesus, não se escandalizaram dele, da sua cruz, não tiveram vergonha da carne do irmão..." ..."Foram sacerdotes bispos e Papas do século XX, conheceram as tragédias desse século, mas, não foram sobrecarregados por elas. O mais forte neles era a fé em Jesus Cristo Redentor e Senhor da História".

O Santo padre o Papa Francisco disse que João XIII e João Paulo II colaboraram para a recuperação da Igreja em sua fisionomia original, principalmente João XIII através do Concílio Vaticano II. João XIII foi para a Igreja um pastor e guia. Guiado pelo Espírito Santo ficou conhecido como o"Papa da docilidade do Espírito Santo" e João Paulo II, o "Papa da Família". Uma vez ele disse que gostaria de ser lembrado como o "Papa das famílias", lembrou sua Santidade o PP. Francisco.
Esteve também presente na cerimônia o Papa emérito Bento XVI.

Tão logo o Papa Francisco terminou a Missa de canonização, o arcebispo de Salvador na Bahia, D. Murilo Krieger, assinou um decreto acrescentando à Paróquia N. Sra. dos Alagados-BA, para o nome de: Paróquia Nossa Senhora dos Alagados e São João Paulo II. Essa é a primeira igreja dedicada a ele, construída em 1980 por ocasião de sua visita ao Brasil. Uma celebração eucarística ocorreu na igreja para marcar a assinatura do decreto. Na época  da visita em 1980, o Bairro dos Alagados recebeu infraestrutura como asfalto e iluminação para receber o Pontífice. Na paróquia atualmente funciona uma creche onde atende crianças pobres da região.

      Paróquia N. Sra. dos Alagados e S. João Paulo II-BA-Brasil. 

  

domingo, 27 de abril de 2014

O QUE É A PÁSCOA CRISTÃ? Porque a celebramos?

Estamos mais uma vez celebrando a Páscoa cristã, a páscoa de Jesus. Ela acontece uma semana após a Páscoa judaica, na lua cheia.
São João descreve que Jesus antes de morrer quis instruir seus Apóstolos, o sacerdócio de Cristo, pelo qual eles iriam receber seria feito de amor e serviço. Jesus reúne os 12 apóstolos e dá-lhes uma lição: Como devia esse sacerdócio? Explica que a Igreja que ia nascer após a sua ressurreição seria assistida sempre pelo Espírito Santo. Jesus ora por eles e os confirma no seu Amor. (Cf. Jo12, 23-24.35-36; 13, 1.12-20; Jo16, 5-15) Dois capítulos inteiros onde Jesus antes de celebrar a Ceia, antes de se entregar quis formar seus Apóstolos, afim de que eles agora pudessem guiar a sua Igreja.  

Acredita-se que foi em uma quinta-feira, antes da celebração da Páscoa judaica, pois, a Páscoa de Jesus iria acontecer na madrugada de sábado para domingo, onde Ele iria morrer e ressuscitar no primeiro dia da semana, o domingo.
Aquela ceia que Jesus iria celebrar na verdade, tratava-se de uma ceia especial onde Jesus iria passar diversas recomendações aos Apóstolos de como eles iriam fazer para anunciar a palavra de Deus agora após sua ressurreição e ascensão. Basta ler no Evangelho de São João como as coisas iam caminhando para este fim: 
Jo 6, 22-58. Jesus estava em uma sinagoga de Carfanaum ensinando. Jesus explica que ele mesmo é o pão da vida eterna, que é preciso comer deste pão para possuir a vida plena. Jesus mesmo é o alimento para a vida eterna. Mas, uma pergunta surge: como Ele próprio se dá de comer? 

Os fariseus e até mesmo os discípulos não queriam aceitar a idéia de comer a Carne e beber o Sangue de Jesus. Era demais. Na nossa linguagem seria canibalismo.
Mas que significa comer da Carne e beber do Sangue? De que Jesus estava falando?
Jesus falava que todos os que creem, todos os batizados participam igualmente da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Com a ressurreição de Jesus fomos mergulhados em uma vida nova e pelo batismo, através da ação do Espírito Santo, somos feitos novas criaturas, morrendo para o mundo e nascendo para Deus. Essa graça santificante só acontece por causa da Ressurreição de Jesus, isto é, Jesus devolveu-nos a condição de filhos de Deus que foi perdida por Adão.  

A CEIA PASCAL

Jesus Anuncia o que faria antes de morrer por nós na Cruz. Então aproveitando-se de uma maneira tão simples, mas, tão rica que é o momento da ceia hora da refeição, de estar juntos... hora de estar com a família ... hora de estar com os amigos... Jesus pega o pão ázimo da ceia judaica (pão sem fermento) e o vinho, depois de dar graças, transformou aquelas duas espécies no seu corpo e no seu sangue. Mas... será uma simbologia o que Jesus fez? Não! Ele mesmo disse: "isto é o meu Corpo que será entregue por vós, isto é o meu Sangue o sangue da Nova Aliança que será derramado por vós em remissão dos pecados" ... "é"... e não disse: será, vai ser daqui a pouco, ou tampouco disse: isso é um símbolo do meu Corpo e do meu Sangue. Então começou com uma cerimônia da Páscoa judaica (Antiga Aliança), mas, terminou com a instituição de uma Nova Aliança no seu Sangue. Jesus institui a Eucaristia, este sacramento é uma realidade, não é um faz de conta, mas, a Eucaristia é Jesus presente no Pão e Vinho consagrados, seu Corpo e seu Sangue. Jesus em uma forma tão simples, mas ao mesmo tempo tão rica, quis estar presente em todos os altares do mundo. Não podemos vê-lo como Deus, porque somos pecadores, mas podemos vê-lo Eucarístico, vivo, ali num pedaço de pão. Jesus que repousou um dia, simples na manjedoura de Belém, ainda simples se encontra no mistério de amor no Pão sem fermento (a hóstia consagrada); como ele mesmo disse: "Eu sou o Pão Vivo de desceu do céu, quem come deste pão viverá eternamente!"    

Mas então Jesus não utilizou todos os elementos da ceia judaica?
Isso não sabemos. É provável que sim. 
Pois, o Evangelho de Lucas diz que Jesus mandou Pedro e João para fazerem os preparativos. Jesus já havia preparado o lugar, seria no andar superior de uma casa. (Cf. Lc22, 7-15) Mas repare no texto que Jesus estava ansioso em comer a Páscoa com eles. Em momento algum os textos relacionados falam  da existência do cordeiro (animal) que seria utilizado na Páscoa, porque será que omitiram esse detalhe? (...) A passagem do Evangelho diz que já estava preparada a ceia. É o que explicaremos mais adiante.
Mas, a ansiedade de Jesus por comer a Páscoa com seus apóstolos tem uma explicação:
1) Jesus quer instituir um sacerdócio único e definitivo, um sacerdócio de amor e serviço para com todos. Ele mesmo mostra como deve fazê-lo.
2) Jesus institui o Eucaristia, sacramento de Amor, pelo qual Jesus continuaria presente em nosso meio.
3) Jesus institui uma Nova Aliança, selada pelo seu sangue derramado na Cruz. A partir daí todo Antigo Testamento está suplantado pelo Novo pela Nova Aliança no sangue de Jesus.
      
Pronto! Para que Igreja pudesse celebrar a Eucaristia e os sacramentos é que Jesus instituiu um novo sacerdócio ministerial apostólico. Quando concluiu disse: "Todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em minha memória. (Cf. Lc22, 19-20). E após a ceia pegando um jarro e uma bacia com água, cingiu-se com uma toalha e lavou os pés dos apóstolos. Começa então a missão da Igreja, uma missão de humildade e serviço a todos.    
Então hoje há uma confusão entre entender o que é a Páscoa judaica e o que é a Páscoa Cristã. 
As seitas confundem a cabeça das pessoas porque algumas entendem que é preciso celebrar a ceia (memorial) da páscoa dentro da ceia pascal judaica. Mas embora uma nasceu da outra o significado e o propósito da Páscoa cristã são diferentes.
Na liturgia do Sábado Santo, (também conhecido como sábado de aleluia), dentro do Tríduo Pascal, a liturgia proclama a Páscoa Cristã, onde o sacerdote acende o Círio Pascal (uma vela bem grande), símbolo de Jesus Ressuscitado onde ele diz: "Eis a luz de Cristo!" e respondemos: "demos graças a Deus!"  
Então é lida as leituras referente à Páscoa judaica e outra leitura referente a Páscoa de Jesus.

IMPORTANTE RECORDAR   

Nota-se na narrativa dos Evangelhos que em nenhum momento aparece a figura do cordeiro (animal) imolado (importante para a ceia da Páscoa judaica), como era de costume acontecer na celebração da Páscoa Judaica. 
Pois ali não estava o cordeiro animal, Jesus seria o próprio cordeiro. Na ceia da Páscoa judaica era sacrificado um cordeiro sem mancha, (Cf. Ex12, 1-5); Lembremo-nos das palavras de João Batista ao apresentar Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!" João profetiza a missão de Jesus. (Cf. Jo1, 29); Logo, Jesus era o Cordeiro sem mancha que se entregou livremente por nós para nos salvar do pecado e da morte. E para completar a Nova Aliança, Jesus instituiu a Eucaristia, isto é, seu Corpo e Sangue presentes nas espécies do pão e vinho. Agora ninguém praticaria canibalismo, (como imaginava os fariseus), ao comer o Corpo e Sangue de Jesus. Hoje a Igreja celebra a Eucaristia dentro da celebração da Missa; onde há dois momentos importantes: Primeiro vamos à mesa da Palavra, abastecemos da Palavra de Deus, e depois nos dirigimos à mesa da Eucaristia, onde ali, conforme manda Jesus, celebramos a Eucaristia. A Páscoa é renovada em cada Santa Missa, isso acontecerá até a segunda vinda de Jesus. Quanto que a morte de Jesus na Cruz foi um sacrifício cruel, a Eucaristia instituída por Jesus é a renovação do calvário e sua ressurreição, isto é, um sacrifício incruento, ou seja, sem dor. 

Durante esses próximos domingos que antecedem a festa de Pentecostes. Pentecostes para os judeus é a festa da colheita, mas o Espírito Santo desceu nesse dia, no dia de uma festa, para nós cristãos então Pentecostes significa o dia em que o Espirito Santo desceu sobre os Apóstolos e Maria Santíssima no cenáculo em Jerusalém.
Vamos meditar: O que significa a páscoa para mim e para você?

É uma pergunta que cada um deve fazer e se possível responder...
Mas vamos voltar um pouco atrás nos evangelhos, lá em Mt 16, 16. Onde Jesus faz uma pergunta:
"Para o povo quem sou eu?" Ora Jesus sabia bem o que iam responder.
Logo vem resposta: Senhor, uns dizem que és João Batista que ressuscitou, outros que és Elias o profeta ou alguns dos profetas que ressuscitou... Mas Jesus insiste:
 -"E para vós, quem sou eu?"
Não era fácil responder a esta pergunta. Pedro toma a palavra de diz: "Tu és o Cristo, filho do Deus Vivo!". Se Jesus perguntasse a nós hoje, porque lemos sempre esta passagem, porque sabemos quem é Jesus seria fácil responder. Mas será que é isso mesmo que acreditamos? Jesus é mesmo o filho de Deus para nós? Se é porque é tão difícil escutar e fazer o que ele determinou? Porque os cristãos hoje sentem dificuldade em seguir e praticar os ensinamentos de Jesus? 
Os discípulos sabiam quem era Jesus, viram com seus olhos o que Jesus fez. Mas não foi fácil responder esta pergunta. E até mesmo Pedro que disse tão belas palavras traiu o Mestre. Mesmo sabendo quem era Jesus, quando acontece o episódio do calvário eles se trancam nas casas, tem medo... esquecem até da promessa da Ressurreição que Jesus fizera. Estavam frustrados!
Os discípulos escandalizados, desolados, como pode alguém com tanto poder morrer daquele jeito, crucificado, abandonado entre ladrões? Ali estava um fracassado... que tristeza!

Eles pensavam que Jesus fosse se tornar rei de Israel e libertar o povo dos romanos, mas essa não era a missão de Jesus. Por isso estavam desolados, tristes sem nenhuma esperança.
A missão de Jesus era libertar o povo dos pecados. Mas Jesus cumpre as profecias. Ele ressuscita e... 
À caminho de Emaús, Jesus vem-lhes ao encontro para explicar-lhes de novo o porque de sua morte e ressurreição. (Cf. Lc24, 13-33) - Jesus se apresenta como uma forasteiro vai caminhando com eles, vai lhes abrindo o coração até que eles percebem na fração do pão que era o Mestre... Agora sim, agora acreditam, agora voltam no escuro até os onze, felizes porque compreenderam as Escrituras e viram Jesus Ressuscitado! A partir daí acontece vários encontros do Senhor Ressuscitado com eles. Jesus não era um fantasma estava vivo, comia com eles, mas seu corpo estava glorioso. Era O filho de Deus ali presente no meio deles trazendo-lhes a paz.

Mais uma vez celebramos a Páscoa de Jesus. Mas assim como no Natal, fazemos da Páscoa Cristã um comércio. A páscoa dos ovos de chocolate e do coelho e não a Páscoa de Jesus. Mas ainda hoje fica a pergunta:

Quem é Jesus para você?

Para celebrar a Páscoa é preciso perguntar: Como celebro minha Páscoa? e achar a resposta dentro de si mesmo. Pois muitas vezes Jesus Ressuscitado nem é mais celebrado em nossas páscoas.

Jesus é o Filho de Deus, sabemos de cor! 

Sabemos que Ele veio morreu e ressuscitou. O que falta é saber é: como buscar e viver essa realidade dentro de nós como cristãos católicos? ...

Damos prioridade a uma "páscoa" de fantasias ou celebramos verdadeiramente o Senhor Ressuscitado em nosso meio?

Na Páscoa que celebramos, nos abastecemos de Jesus Eucarístico ou dos ovos de chocolates que o comércio oferece como busca de uma "páscoa"pagã, instigada pelo comércio?

Parece difícil celebrar a Páscoa num mundo cada vez mais egoísta em que vivemos. Parece antiquado dar a Jesus a resposta de Pedro: "Tu és o Cristo o Filho de Deus!" porque mergulhados nas situações de pecado em que vivemos e na exploração cada vez mais do comércio a Páscoa se torna não o dia mais solene e importante do cristão para ser um simples feriado onde se vai à praia, pratica o lazer o turismo menos a vivência da fé em Jesus. Ele nem sequer é convidado para cear conosco. Colocamos tudo na mesa das nossas casas, chamamos todos para participar dos ricos banquetes de páscoa, menos Jesus entra,principalmente na pessoa do pobre e necessitado. Nossos filhos sabem que dia da Páscoa porque acreditam no coelho e nos ovos de chocolates e não mais em Jesus Ressuscitado.

Que lugar Jesus ocupa na sua vida e na sua casa?

Durante os próximos domingos vamos celebrar, ler e meditar com a Liturgia da Palavra as passagens que falam da ressurreição:

a) Jesus aparece à Madalena.
b) Jesus aparece e caminha com os discípulos de Emaús.
c) Jesus aparece aos Apóstolos.
d) Jesus manifesta à Tomé.
e) Jesus ceia com os Apóstolos à beira da praia.
d) Jesus caminha sobre as águas.
e) Jesus confirma Pedro como chefe da Igreja.
f) Jesus sobe aos céus depois de dar o Mandato de levarem o Evangelho e o batismo a todos os povos do mundo inteiro.

Jesus é o Filho Unigênito de Deus que se entregou por nós. Ao celebrarmos a Páscoa de Jesus, possamos de maneira intensa e consciente viver melhor os valores do Reino. Jesus não se entregou à toa na Cruz. Ele morreu e ressuscitou para termos vida nova. A ressurreição de Jesus abriu-nos as portas do Paraíso fechadas por Adão. Cristo  as abriu como o Bom Pastor, deu-nos a vida eterna. Para que assim crendo nEle tenhamos a vida em seu nome. 
A Páscoa é a manifestação do amor de Deus por nós. Deus que nos deu seu Filho para que morresse na Cruz por nós. (Jo 3, 16).
Celebrar a Páscoa de verdade é ser gratos com esse amor. Deus fez loucura de amor por nós, entregando seu Filho justo e santo por amor a nós. Eis o verdadeiro sentido da Páscoa!
Por Jesus, por sua paixão, morte e ressurreição é devolvida a graça de sermos filhos de Deus, herdeiros do Céu. Deixamos a condição de "filhos pródigos" para ter vida plena dada por Jesus. 
É isso que devemos celebrar na Páscoa Cristã. Jesus vence o pecado e a morte. Ele está vivo em nosso meio, caminha conosco. 
Você deve celebrar a festa da Páscoa, sim, alegrar-se. Mas com verdadeiro sentido que ela representa. Chame seus amigos, convidados, festeje! Mas explique esta festa é a comemoração da vitória de Jesus sobre o mal, sobre a morte e o pecado. Jesus ressuscitou, aleluia! Vive em nosso meio! Mas que sobretudo o Senhor Jesus participe conosco dessa alegria.

FELIZ PÁSCOA!




   




   

sábado, 26 de abril de 2014

ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA CATEQUISTAS

O catequista, depois dos pais, são os primeiros a entrar em contato com as crianças e os jovens no ensino a Doutrina da fé católica e a prepará-los para a vivência da fé e a conferência dos Sacramentos.
É uma missão nobre que exige muita responsabilidade. 
Sabemos que não é tarefa do catequista ensinar a criança ou ao jovem a rezar. Isso é tarefa dos pais, mas, com a ausência cada vez maior dos pais, por omissão ou falta de conhecimento suficiente da fé. Por falta de uma boa base catequética destes pais, ou então pela falta de tempo e excesso de trabalho cabe ao catequista muitas vezes promover a criança e ao jovem o gosto por uma vida de oração.

Para tal o catequista deve ser uma pessoa bem preparada que goste de estar sempre em sintonia com a Oração. Ou seja, deve ser uma pessoa orante.

Uma orientação: se você catequista não for uma pessoa de oração, então procure ser porque um bom catequista deve sempre orar, estar a disposição do Espírito Santo, viver e praticar a Palavra de Deus. O catequista a partir daí deve ser alguém de boa conduta moral, social e espiritual de modo que sua vida seja inspirada na vida de Jesus Cristo. Deve ser alguém que convença com seus bons exemplos dentro ou fora da Comunidade de modo que seus bons exemplos possam convencer mais do que palavras.
O catequista deve estar sempre atento às diversas situações cotidianas de seus catequizandos procurando entender as diversas situações. As vezes a falta de amor, a falta da presença dos pais na vida da criança e do jovem faz com que ele chegue na escola ou na catequese modo arredio e rebelde; nesses casos é necessário agir com paciência e amor. Estabelecendo com eles um diálogo de amor como o bom Mestre Jesus que acolhe as criancinhas e lança-lhes um olhar de amor e ternura.


Para que o catequista possa desempenhar bem o seu trabalho destacamos aqui alguns pontos, o que pode e o que não pode acontecer:

  1. NÃO FAZER DO ENCONTRO CATEQUÉTICO UMA SALA DE AULA. - O catequista não é um professor, catequese não é uma sala de aula onde a criança ou o jovem tem que anotar tudo. Catequizando não é aluno. Portanto, fique atento de modo a usar o menos possível de anotações. Se possível traga os textos já prontos e impressos. Desenhos atividades que possam desenvolver a curiosidade sobre o assunto, mas, sem tornar cansativo o encontro. Lembre-se de que hoje em dia o catequizando passa por uma pressão de vários estudos e atividades e chega na catequese já cansado. Então, não devemos forçar a barra ou então causará evasão e perca de interesse pela catequese.
  2. NUNCA SAIA PARA UM ENCONTRO DE CATEQUESE SEM A BÍBLIA E O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - esses são os dois livros de cabeceira do catequista. São livros que nos orienta sobretudo o catequista deve estar sempre junto deles para qualquer trabalho.
  3. INICIE E TERMINE SEMPRE OS ENCONTROS COM A ORAÇÃO. - É bom falar de fé, ensinar a fé, passar conteúdos, mas um bom encontro catequético é feito de oração, por isso, sempre deixe ao menos 5 min. para a Oração.
  4. PROVOCAR INTERESSE - O catequista deve ser alguém que use a criatividade para provocar o interesse do catequizando pela fé. Provoque, faça com eles tenham interesse em perguntar e na medida do possível responda, mesmo que você não saiba na hora, pesquise, pergunte ao pároco e no próximo encontro responda. É importante que o catequista tire sempre um tempo para explicar sobre a importância de frequentar a Missa e a Igreja.
  5. Sempre que puder traga aos seus encontros músicas, brincadeiras relacionadas com o tema do encontro. Promova a descontração de modo que os encontros não se tornem cansativos. Pois, nos encontros onde há muita leitura há pouca produtividade e interesse causando a desmotivação do catequizando. 
  6. SURGIU UM PROBLEMA NÃO RESOLVA SOZINHO - leve ao conhecimento da Coordenação de catequese, do seu pároco e dos pais o que se passa com o catequizando. Não aplique castigos. Apenas chame atenção, se possível anote em um rascunho o que se passou procure os responsáveis para resolver o problema. Cabe ao pároco decidir o que fazer nesses casos.
  7. Geralmente a paróquia distribui materiais catequéticos, mas, o bom catequista deve ser alguém que usa da criatividade para transformar aquele tema ou assunto em um encontro participativo e produtivo. Além dos materiais procure levar um DVD, uma música ou um cartaz ilustrativo sobre o assunto do encontro. Use temas do dia a dia, jornais e revistas. Promova um debate procurando soluções. Isso ajuda muito sobretudo os catequistas da crisma, preparação para o batismo e matrimônio. 
  8. O CATEQUISTA TEM QUE PARTICIPAR DA MISSA - catequista que não vai à Missa, não participa dos sacramentos dá mau exemplo. Como poderá cobrar de seus catequizandos que participe também? Como poderá despertar no seus catequizandos o gosto por levar uma vida eucarística ou pela igreja?
  9. A BÍBLIA - ela deve ser usada de forma orante e meditativa, nunca deve ser discutida. 
  10. O catequista é um evangelizador que deve sempre estar atualizado. A palavra de Deus não muda, mas de tempos em tempos é renovada. Estude procure cursos. Muitas paróquias promovem escolas bíblicas e de liturgia; leia, pesquise. Participe dos encontros e retiros de oração e de formação de catequese sempre que puder de modo a se abastecer pela oração e pela busca da Palavra. O bom catequista  Também deve ser alguém de boa conduta. Deve ser humilde. Não querer passar adiante das decisões do pároco ou do conselho de catequese.
  11. O catequista também é orientador da fé e formador de opinião. Ele é alguém que deve procurar saber a doutrina da Santa Igreja, do Catecismo da Igreja Católica. Estar atento as orientações da sua diocese através do seu bispo local. Meditar sempre a Palavra de Deus. O catequista é portador do amor de Jesus ao qual quer que todos sejam salvos, por isso há de ser alguém carinhoso, compreensível que promova acolhida. Deve estar sempre em sintonia com seu pároco para esclarecer qualquer dúvida. Ele é alguém que está afrente da paróquia para ajudar a todos; não tenha medo de perguntar, de estar sempre junto de seu pároco.
  12. POR FIM E NÃO MENOS IMPORTANTE - o catequista deve ser alguém de vida sacramental. Pessoa correta, idônea, ser discípulo é participar do discipulado de Jesus, ser sal, fermento e luz para o mundo.                  

          

domingo, 16 de março de 2014

CHAMADOS A VIVER NO REINO DE DEUS

       

(LEMBRE-SE DE TER SEMPRE A BÍBLIA EM MÃOS - LEIA SEMPRE A BÍBLIA!)

       A grande pergunta que todos fazem é como fazer para participar do Reino de Deus. Mas o reino de Deus   começa a partir da prática das Bem-aventuranças, nas quais Jesus fala no Capítulo 5, 1ss. 
       Começa pela Igreja de Jesus, mas, não qualquer Igreja, a Igreja única e capaz de ser a ponte que liga todos nós a Cristo, isto é, a Igreja Católica Apostólica Romana, portadora dos  Sacramentos que são as "chaves" que permitem com que cheguemos ao Reino de Deus.
       AQUELES QUE CREEM em seu nome podem fazer parte de seu reino já aqui neste mundo. Este é o desejo de Jesus Cristo. Foi por isso que Ele veio ao mundo, mas, deixou a Igreja de Cristo confiada aos Apóstolos e a Pedro a pedra que sustenta toda Igreja e deixou a ordem de batizar e fazer a todo mundo discípulos seus, novos filhos(as) de Deus. Todos somos chamados a  pertencer e a participar do Reino de Deus, todos os povos de todas as raças e línguas.
     Mas entrar no reino de Deus exige de nós processos que devemos seguir:
     CONVERSÃO - isto é, aceitar Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador. E a partir daí começar a viver uma vida de acordo como que ele ensinou. Vivendo os valores do Evangelho, revestindo-se das coisas que vem do alto, praticando a justiça, o amor, a verdade e a caridade. Ao mesmo tempo dando exemplos e sendo verdeiros discípulos, isto é, seguidores de Jesus, oferecendo tudo de si para a conversão de todos os quantos estão ao nosso redor.
     ACEITAR A SALVAÇÃO DADA POR JESUS- aceitar essa salvação dada por Jesus que no alto da Cruz  conquistou-a para nós em definitivo, ser batizado, isto é ser, estar inserido dentro da Igreja de Jesus Cristo. FOI ATRAVÉS DA CRUZ QUE JESUS, PELO SEU SANGUE DERRAMADO QUE ELE CONQUISTOU A GRAÇA DA SALVAÇÃO, ISTO É, FAZER PARTE DO CÉU. O REINO DE DEUS! AGORA JÁ NÃO SOMOS CRIATURAS, MAS, SOMOS FILHOS DE DEUS, IRMÃOS DE JESUS E HERDEIROS DO CÉU. 
     Mas não pense que conquistar o reino de DEUS é tarefa fácil. Não! Há e sempre existirá meios contrários que nos afastarão da meta. O reino de Deus é uma conquista. São Paulo o compara como a conquista de uma maratona olímpica onde se chega à meta final aquele que passou pelos obstáculos e os venceu para depois receber o prêmio final, aqui ele chama de "coroa da justiça", pois, numa competição olímpica os ganhadores recebiam uma coroa de flores em sinal da vitória. Mas, os obstáculos quenos impedem de chegar a esta meta são muitos e são causados por nossos pecados. Isto é, quando nos afastamos do amor de Deus procurando outros caminhos, deixamos de viver as virtudes ensinadas por Jesus em seu Evangelho e passamos a viver as coisas deste mundo esquecendo-se da meta final que é o Céu. Desviamos do caminho da Salvação.

    SER UM ATLETA DO REINO DE DEUS - Todo bom atleta precisa de cuidados especiais se quiser vencer e se tornar campeão. Ele prepara bem a mente e o seu físico, alimentando-se bem com uma dieta rica, própria para seu desenvolvimento e alimenta seu espírito com coisas saudáveis a fim de estar bem disposto mentalmente para ganhar o jogo. Também pratica exercícios físicos para sempre estar com os músculos aquecidos e em forma.    Assim o leta do reino de Deus tem que estar bem preparado. Tem que se alimentar do Pão da Palavra e da Eucaristia, isto é, tem que estar bem alimentado espiritualmente, abastecendo-se pela Oração, pela vivência da Palavra, e alimentando-se da Eucaristia. Assim estará pronto para alcançar a meta e ser uma atleta do reino de Deus.

    São Paulo usou esta estratégia e deu certo.
    Jesus nos explica como chegar ao reino de Deus, pois, ele deseja que todos nós participemos dele. E Jesus explica-nos como pertencer a este Reino:

  1. O REINO DE DEUS É PARA TODOS - Não podemos achar que o reino de Deus é só para um grupinho de pessoas, só porque sou mais cristão que o outro, ou então porque participo mais da igreja que o outro, ou então, porque faço parte deste ou daquele movimento dentro da igreja. Ou ainda porque pratico mais a palavra de Deus que o outro. Não! Deus não leva em conta essas coisas. É um engano quando certos "crentes" dizem que estão salvos porque aceitaram Jesus.Mentira! Na verdade são falsos pregadores que dizem isto. Pois, Deus não mede quem é melhor ou pior mas ele aceita em seu meio, isto é, Deus aceita que participemos do seu reino mediante sua justiça por nossas boas obras. PELO BEM QUE FAZEMOS, POR NOSSAS OBRAS SEREMOS JUSTIFICADOS. Jesus deixa claro que herdarão o Reino de Deus todos aqueles que crendo n"Ele fizerem boas obras. São Paulo escreveu: "A fé sem obras é morta!", se dizeis que tem fé em Jesus mostre com as obras sua fé. A partir daí a  salvação entrará na sua casa. Mas se dizeis crer em Jesus ficar esperando a Salvação sentado, sem trabalhar na ceara do Senhor, jamais se salvará, estão enganados quem pensa que salvação sem obras existe. Até mesmo os Apóstolos após a ressurreição de Jesus e a vinda do Espírito Santo não ficaram parados. Leia o livro dos Atos dos Apóstolos e você verá que a Igreja sempre foi uma Igreja à serviço do reino de Deus.  
  2. COMPARANDO O REINO DE DEU S - Jesus compara o reino de Deus como uma patrão que chama seus empregados para trabalhar na vinha, mas, em determinadas horas do dia. E paga-lhes segundo sua justiça. (Cf. Mt 20, 1-15) - A princípio parece que o patrão nesta história de Jesus é injusto com seus empregados. Mas, o que Jesus quer ensinar é que: se somos justificados pelas nossas obras, tem gente que nasceu, foi chamado a trabalhar na vinha de Jesus neste mundo, estando aqui na "vinha" por um bom tempo, no entanto, pouco trabalharam para o crescimento do reino de Deus. Ao passo que outros em tão pouco tempo foram chamados para a "vinha" e passando por este mundo fez muito pelo reino de Deus. Você deve conhecer pessoas assim, pense... (*****) Mas Deus paga de acordo com sua justiça, mas age com bondade para com todos, assim, não existe no Céu um menos santo que o outro. Todos são iguais em santidade no Reino de Deus. Não existe um menos santo que o outro e nem quem está no céu são mais santos que nós que estamos aqui, mas, todos participamos de igual santidade no Reino de Deus pelos méritos da Salvação em Jesus Cristo. 
  3. NO CÉU NÃO EXISTE ESTE OU AQUELE MAIS IMPORTANTE - São Mateus descreve quando a mãe dos filhos de Zebedeu pediu a Jesus que eles ocupassem um lugar de destaque, reservando a eles um lugar à sua esquerda e à sua direita no seu Reino. (Cf. Mt20, 20-28). A questão importante era se poderiam beber do cálice que Jesus ia beber. Isto significa se eles poderiam passar pelo sofrimento da Cruz pelo qual Jesus ia passar, se poderiam sofrer por causa reino de Deus. Sim, veio a resposta. Devemos lembrar bem que: O povo judeu queria proclamar logo Jesus rei de Israel, o trono de Israel estava ocupado por Herodes, um rei imposto, submisso a autoridade Roma. Logo, queriam  que o trono de Davi fosse entregue e quem de direito, esse alguém era Jesus, descendente do rei Davi. Por isso, a mulher logo foi esperta e pediu a Jesus este favor. Mas o Reino ao qual Jesus estava falando não era o reinado de Israel aqui na terra era o Reino de Deus, a sua glória após a sua Ressurreição, Ele abriria as portas deste Reino para nós. Mas não cabe a Jesus decidir quem vai sentar à direita ou à esquerda d'Ele no Céu, isto cabe somente ao Pai. Embora Jesus sendo Deus, o Filho de Deus não passaria sobre a autoridade de seu Pai. Mas Jesus dá dicas para os servidores do seu Reino:  Sejam humildes. Trabalhem, sejam lutadores, sejam caridosos, misericordiosos, perdoem sempre, tornem-se servos uns dos outros, assim como Jesus foi servo. Doe a vida a fim de trabalhar na vinha do Senhor, onde cada um seja convidado a participar juntos do Reino de Deus. Pratiquem as boas obras. Conserve a fé que receberam de Jesus através da Igreja.Trabalhem com a esperança de receber o prêmio do Céu e não deste mundo. Creia sempre em Jesus e na sua promessa, pratique a fé com as boas obras que se chega ao Reino de Deus.  O cristão que não tem o coração humilde e nem se arrepende de seus pecados~perde o direito ao céu. Jesus deixa claro que o que vale é um coração contrito e humilde; pois crendo Nele, com arrependimento sincero e tendo Jesus como Senhor e Salvador é que podemos viver no Reino de Deus.  

quinta-feira, 13 de março de 2014

A SANTÍSSIMA TRINDADE

A base do cristianismo é a Santíssima Trindade, todo cristão ter por lei que acreditar na existência dela. Mas o que é a Santíssima Trindade?
Sabemos que nossa religião professa que Deus é um só. Deus Pai que tudo criou, também nos fez. E nos fez à sua imagem e semelhança. Mas esse mesmo Deus não quis ficar escondido, embora sendo Deus por amor a sua obra se revelou aos homens. Deus Pai não é fruto de nossa imaginação. Acreditar em sua existência vai além de nossa compreensão, pois, se olharmos bem ao nosso redor, para as coisas criadas, até mesmo a própria vida que temos e tudo que nos rodeia, podemos perceber que alguém muito diferente e superior a tudo as criou. Esse alguém é Deus Pai. O mundo ensina-nos  a existência de vários deuses, mas para os cristãos Deus é uníssono. E já existia antes do nada, isto é antes de tudo existir como vemos, Deus já existia. Ele é um Espírito perfeito. A Ele tudo pertence, seu início, meio e fim.  
Mas se Deus é um só como pode ser dividido? esta é a pergunta que muitos fazem. E sabemos que não é fácil entender a existência de Deus, muito menos ao que se refere a Santíssima Trindade.
Pois bem, Deus não está dividido. Ele simplesmente se revelou a nós de forma que possamos compreender e aceitar o seu amor por nós na medida das nossas necessidades e fraquezas. E a isso chamamos de "revelação divina". Deus se manifestou aos homens de forma que eles possam estabelecer um vínculo de amor e de reconhecimento da sua existência e possa assim prestar-lhe culto, adoração e serviço. Também por amor a nós se revelou como aquele que está sempre junto de nós. 
Dentro deste amor está a obra da criação, quando assim falamos, falamos não só da existência do ser humano mas de toda a vida do Universo incluindo os seres Terra. E foi esse amor que provocou a necessidade da revelação divina. Isto é, Deus quis ser conhecido por todos. Por isso a manifestação de Deus dentro da História humana é completa, separada na forma de agir, mas, única na forma de nos amar.
A esta primeira revelação, Deus se manifestou em Espírito aos homens através de Abraão ele constituiu um povo, o seu povo. Que deveria servi-lo, amá-lo e honrá-lo, bem como sua descendência. Neste povo, o povo judeu  quis ser conhecido e adorado. Estabeleceu uma lei. Essa lei serviria para levar o povo ao conhecimento pleno de seu amor e de sua existência. E como tal guiar esse povo até a sua presença. Deus então se revelou na palavra dos profetas e dos patriarcas, aqueles pelos quais deveriam organizar e dirigir seu povo na fé, no serviço e no culto. 
Por que Deus agiu desta forma. Porque o homem havia caído no pecado. Embora Deus o amasse queria que o homem tivesse-lhe um prova de amor e isso não aconteceu. Veio o pecado e estragou tudo. Até mesmo Deus tinha um inimigo: satanás, que contaminou o homem com seus maus pensamentos e o fez provar da infidelidade. É o pecado. É por isso que o Livro do Gêneses, (Gen2, 1a.), nos diz que Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, comeram do fruto da árvore. Podemos considerar o pecado como uma fruta venenosa, doce. Saboroso, tão cheiroso que aguça o nosso paladar. Mas se ingerido pode provocar vômitos, náuseas e levar à morte. A morte da alma.
E é isso que o pecado faz, ele entra saboroso no homem e depois causa-lhe a morte. O pecado é uma força poderosa que o homem não é capaz de se libertar por suas próprias forças sem a ajuda de Deus. Sem o amor de Deus não é possível se libertar. Foi para isso que Deus enviou seu filho, Jesus Cristo, para que com seu sangue puro e santo nos libertasse do pecado.Isso parece estranho aos olhos dos incrédulos, como pode um pai sacrificar avida do próprio Filho, mas no fundo Deus enviou seu Filho não por pressão mas por amor à humanidade que Jesus se sujeitou livremente e com profunda obediência ao seu Pai  morreu na Cruz por nós, não por cumprir uma ordem de seu Pai simplesmente, mas como Deus também quis vir a este mundo, nascer, crescer, ser igual a nós em tudo, menos no pecado, porque sendo Deus não peca. Então, Jesus é a segunda pessoa da Trindade e ele é a revelação de Deus Pai que é Espírito. JESUS nos revela a face do Pai.

Ele é a imagem visível do Pai, pois foi ele mesmo que disse: "Quem me vê, vê o Pai!"  ..... E EM OUTRA DIZ: "Ninguém chega ao Pai senão por mim!"
Quer dizer que para chegar até Deus não existe outro meio senão através de Jesus, ele veio unicamente para isso, para que tivéssemos acesso mais rápido a graça da salvação. O homem por si só não pode salvar-se de seus pecados, por isso Jesus contribuiu para que tivéssemos acesso a salvação. Por Jesus e através dele participamos da graça de (não mais criaturas) mas sermos filhos de Deus. Então por causa de Jesus,nós somos participantes do reino de  Deus Pai, fomos lavados pelo SANGUE de Jesus a fim de que todos os que crêem em seu nome sejam salvos e se tornem filhos de Deus.

Esta é foi principal objetivo de Jesus ter vindo ao mundo, ele veio revelar a face do amor de Deus através de si mesmo e ao mesmo tempo trazer os meios pelos quais se chegam a este amor: Uma Nova Lei, uma Nova Aliança, uma nova Igreja,um povo novo de corações e almas renovados. 

JESUS CRISTO, FILHO UNIGÊNITO DE DEUS é a segunda pessoa da Trindade, o Filho de Deus Unigênito, nascido de Deus, gerado não criado, consubstancial ao Pai. Isto é, Jesus é Deus, da mesma origem e substância, não há separação de divindade entre Deus e Jesus,pois,os dois são iguais. É o que professamos no Credo, e é uma verdade de fé revelada por Jesus. Jesus é Deus, por isso, possui igual adoração ao Pai e vice-versa. São MATEUS em seu Evangelho, no Capítulo 3, 17 .... narra o batismo de Jesus Cristo, onde o Pai revela que Jesus é o seu Filho amado. Importante observar que o Espírito Santo também ali estava presente, pairando como uma pomba sobre Jesus. Isso significa que o Espírito Santo em comunhão com o Pai e o Filho estava ali presente com toda suavidade para confirmar o batismo de Jesus. Ele como Filho de Deus e como Deus-feito homem não precisava do batismo de João, mas, como Jesus veio para cumprir as Escrituras, sendo obediente, então, quis se sujeitar à Lei dos profetas. Por isso ele diz: "Deixa por agora que se cumpra toda a Lei" (Mt3, 15).
Jesus Cristo veio para estabelecer uma eterna ligação entre nós e o Pai, e Ele é o único caminho que nos leva ao Pai e é por meio de Jesus que alcançamos todas as graças, (Jo16, 23-24). Se amamos Jesus, amamos o Pai e se estamos com Jesus, estamos com o Pai. Jesus é Deus, o Filho de Deus como Ele mesmo disse: "Eu não vim por mim mesmo, mas é verdadeiro aquele que me enviou, vós não o conheceis. Eu o conheço porque venho dele e ele me enviou". (Jo7, 28-29)    

O ESPÍRITO SANTO - é a Terceira pessoa da Trindade, o Espírito de Jesus, ao qual santifica todas as coisas. Ele é a alma da Igreja, como nos afirma São Paulo: "Cristo é a cabeça da Igreja, nós somos os membros, o Espírito Santo é a alma desse corpo". ELE nos santifica, por Ele fomos criados, nada respira no universo inteiro sem a sua permissão. Ele é a força,o consolador que nos faz viver e nos dá coragem. É o Espírito Santo que nos faz conhecedores da Sagrada Escritura, isto é da palavra de Deus e nos faz compreendê-la. ELE é Deus, também consubstancial ao Pai e os três assim apresentados, não são três deuses distintos, separados, mas em comunhão eterna é um só e único Deus, porém, apresentado a nós em três pessoas diferentes: O Pai, o Filho Jesus, e o Espírito Santo.
Ele também assim como o Pai e o Filho participam da mesma glória, estava   na criação do mundo, antes de tudo, e continua por toda eternidade.
São João nos diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus"... (Jo1, 1ss) 

São João explica de maneira clara que o ESPÍRITO SANTO já existia desde antes de todos os séculos, participou da Obra da Criação e quis fazer parte da Obra da Salvação, dada por Jesus. Ele esteve com Jesus a todo momento enquanto esteve no mundo e junto com Jesus consumou a obra da salvação, quando Jesus se entregou na Cruz, morreu e ressuscitou. Ele também é responsável pela ação da Igreja desde Pentecostes, (Cf. At2), até os dias de hoje. Ele, sendo a alma da Igreja, não divide as Igrejas, mas está indivisível em uma só Igreja, a Igreja de  Jesus Cristo. 
Embora nem todos que dizem ser de Jesus agem por obra o Espírito Santo, mas as vezes por interesses econômicos, fundam seitas, onde seus líderes dizem ser "ungidos pelo Espírito" mas não são. 
O Espírito Santo que nos move, habita no cristão pelo Batismo, onde pela Ação do Espírito Santo nos torna filhos de Deus e herdeiros do céu. Isso significa que pelo Espírito Santo participamos da graça de estar no céu, algo que estávamos privados. Jesus pelo seu poder, e o Espírito Santo, dado a nós por Jesus, nos faz participantes da glória de Deus. 
Já não somos mais carne, apenas, mas somos pelo Espírito Santo, formados para uma nova vida no Céu junto de Deus. 
Esta comunhão perfeita e indivisível, chamamos Santíssima Trindade. Então quando você cristão disser: "Creio em Deus" você deve saber que você crê no no Pai, no Filho Jesus Cristo, e no Espírito Santo. E quando disser: "A quem você adora" ... você sabe que adora a Deus que é o Pai,o Filho e o Espírito Santo. Um só Deus em três pessoas. 

O Espírito Santo é a força que impulsiona a Igreja, ou seja, cada um de nós, a vivermos uma vida santa,coerente com os valores do Evangelho. Ele também é o grande fortalecedor e encorajador que nos põe em missão para anunciar a palavra de Deus, é Ele também que nos inspira, nos fortalece,nos consola e nos move. É através dele que somos enviados a pregar a Palavra, e é Ele mesmo que nos inspira e nos diz o que fazer.

A vida que temos também é obra do Espírito Santo, que como é Deus, seu sopro Divino habita em nós. Nosso ser nossa alma estão repletos pelo Espírito Santo, isto é de Deus.
A Bíblia nos dá "exemplos simbolicamente" de como é o Espírito Santo. Ao lermos o livro dos Atos dos Apóstolos, no Cap. 2; encontramos sinais visíveis da ação do Espírito Santo: 
a) FOGO - O Espírito de Deus é como fogo abrasador. Queima sem consumir, significa que Deus é eterno sem princípio nem fim. Ao mesmo tempo, nos queima de seu amor infinito e nos move e nos faz seus filhos. Já desde o início Deus se manifestou a Moisés no deserto, pelo sinal de um fogo em uma salsa que não se consumia.
b) VENTO e BARULHO - Quando em Gênese (Gen2), Deus cria o homem, ele sopra o vento da vida nas narinas do homem ainda uma estátua de barro e lhe dá a vida. Em Pentecostes quando dá vida à nova Igreja de Jesus que ali nascia, Ele se manifesta com um Vento, o vento que desde o início impulsiona a humanidade. Esse vento é Deus. Pois Deus é o ar que respiramos, sem o Espírito de Deus não há vida. 

Este também é um símbolo, sinal do Espírito Santo. Quando Deus se manifesta no BARULHO DE  UM VENTO OU DE UM RESSOAR DE UM TROVÃO. Não para causar medo ou pavor as pessoas, mas como forma de expressar e manifestar seu poder. Pois pode ser o contrário, Deus se manifesta com carinho e suavidade, (aliás o Espírito Santo não é algo invasor); Em Gên1, 1 ss. e 2, 1ss.) nos mostra que Adão e Eva sentiam a presença de Deus no Paraíso (antes do pecado original) como que uma brisa suave que lhes passava. Também nos revela que o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 
Jesus nos revelou e nos deu o Espírito Santo, o Paráclito, Ele que nos faz entender a Palavra de Deus, é Ele também que inspirou os profetas e os santos e nos inspira e nos conduz à santidade. Negá-lo é negar o próprio Deus. Por isso Jesus afirma que não tem perdão aquele que fala contra o Espírito Santo, porque negá-lo é negar o próprio Deus. (Mt12, 31-32). Se toda boa obra que fazemos é inspiração de Deus, ou seja, do Espírito Santo. Ele que nos inspira a fazer as boas obras, e é Ele que fala ao nosso coração para pregar o Evangelho e dizer palavras santas.        

Podemos explicar de maneira uma tanto meio simples como é a Santíssima Trindade, em sua comunhão total e indivisível quando olhamos um triângulo perfeito. Em suas três pontas que não se separam e para qualquer lado que o gire, continuará sendo um triângulo. Podemos imaginar na primeira ponta o PAI (primeira pessoa da Trindade), do lado direito do triângulo o FILHO (segunda pessoa da Trindade) e do lado esquerdo o ESPÍRITO SANTO (terceira pessoa da Trindade). 

Imaginemos inverter esse triângulo.
Não importa o lado pelo qual você gire ele sempre vai estar unido em suas pontas. Assim é o único Deus, manifestado a nós em três pessoas distintas, mas é um só Deus, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO. Quando falamos da Ssma. Trindade ao distinguirmos as suas Três Pessoas não usamos o termo "são" no plural, pois não podemos confundir três deuses, mas Deus é um só. Se você falar de Deus Pai, de Jesus ou do Espírito Santo, qualquer uma dessas pessoas estamos falando do mesmo Deus e não de três deuses.



                
   

quarta-feira, 15 de maio de 2013

PARA UM RELACIONAMENTO MAIS HUMANO E FRATERNO

Se soubermos olhar com profundidade e com fé nossas relações humanas, veremos que nelas o desígnio de Deus acontece. Não por mero acaso que nos encontramos com tal e tal pessoa, que trabalhamos juntos com tais colegas, que moramos ou vivemos com tais coirmãs e coirmãos. Deus conta com isso e Ele tem algo a ver com todos nossos relacionamentos interpessoais.
Um relacionamento humano mais fraterno acontece quando tomamos conta, entre outras, as seguintes ponderações: 

1. AMAR

É uma lei divina, dentro da razão humana, tão certa como a gravidade: para vivermos plenamente, precisamos aprender a usar as coisas e amar as pessoas, e não amar as coisas e usar as pessoas. Jesus nos ensinou como devemos amar. O amor é o maior tesouro que Deus plantou em nós para que vivêssemos melhor, compreendêssemos sua Lei, seus Mandamentos. Por isso que Jesus , o Filho de Deus disse: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!" - mas o amor depende de uma coisa: de servir, de se entregar, de doar sem receber nada em troca, de disponibilidade, de atenção, de vínculo fraterno. Muita gente quer ser amado, mas não quer amar. Quantos que pensam que o amor está presente no nos momentos felizes?... estão enganados, porque a maior prova de amor que recebemos veio de Jesus no alto da Cruz, quando  nos perdoou e orando disse: "Pai perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem!"  -  Amor sem perdão é como um caminhão sem motor. 

2. SABER DAR IMPORTÂNCIA AOS OUTROS

Deve-se dar importância aos outros como pessoa e não objeto. Deve-se considerá-la em sua "amabilidade". Eu dou importância ao outro, eu amo o outro porque há nele um bem absoluto, objetivo: é uma pessoa amável pelo fato de ter sido criado e ser chamado por Deus, o que sobrepuja tudo o que fizer. Posso até não concordar com sua ação; o que ele faz pode ofuscar sua bondade objetiva; posso, então, rejeitar seu comportamento, mas isso não me dá o direito de rejeitá-lo como pessoa. A pessoa deve ser amada pelo que é, não pelo que faz e, inversamente, podemos rejeitá-lo por aquilo que faz, mas nunca por aquilo que é. 

3. JULGAR

Talvez se devesse inserir uma palavra sobre a diferença entre julgar uma pessoa e uma ação.Se vejo alguém roubando o dinheiro de outra pessoa, posso julgar que essa ação é moralmente errada, mas não posso julgar a pessoa. Isso é tarefa única e exclusivamente de Deus. ("Não julgueis, não sereis julgados!" disse Jesus). Não cabe a mim ou a você julgar a pessoa, ou seja, julgar a responsabilidade humana. Entretanto, se não pudéssemos julgar uma ação como certa ou errada, isso seria o fim da moralidade objetiva.
Não podemos concordar com a idéia de que não existem coisas certas ou erradas, que tudo depende da maneira de como encaramos as coisas. Mas julgar a responsabilidade do outro é brincar de Deus.

4. SER COMPREENDIDO E AMADO

É uma outra lei tão certa como a lei da gravidade: aquele que é compreendido e amado crescerá como pessoa; aquele que é rejeitado morrerá sozinho em sua cela de confinamento solitário.
Para compreender as pessoas deve-se tentar escutar o que elas estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a dizer. O quem mais falta no mundo hoje é amor. Paixão tem de sobra, paixão não só pelo parceiro(a), mas pelo dinheiro, pelo poder, pelo ter... O amor deve ser doação quem ama está sempre disponível para estender a mão, o amor é doação total até o esgotamento das forças; lembre-se que só podemos amar se formos capazes de compreender, mesmo sem ser compreendido, como disse São Francisco de Assis. Tornamos instrumentos de Deus na arte de amar, pois o amor cura muitas feridas, o amor salva, conduz e reconduz. Não podemos nos esquecer que Jesus nos amor ao extremo que doou sua vida por nós.   

5. SEMEAR

Semear é plantar com fé, com amor e esperança, sem a menor presunção de colher frutos das sementes plantadas. Fomos enviados por Jesus para plantar e não para colher. Hoje colhemos os frutos  de sementes que os outros plantaram e amanhã os outros colherão os frutos e sementes que nós plantamos. A boa semente que plantamos no coração das pessoas não deve ser outra senão os valores do Evangelho, e cabe a cada um fazer ou não com que ela cresça, floresça e dê frutos. Não cabe a nós fazermos mudar as pessoas, cada um(a) possui suas chances de conversão, isto é, de mudança de vida. Deus oferece meios pelos quais a pessoa, "se quiser", pode mudar sua vida para melhor. Lembre-se os santos(as) foram homens normais, porém, se tornaram nossos modelos, porque um dia se converteram. Não nasceram santos, mas fizeram com que a semente do Evangelho crescesse neles e dessem frutos.   
6. GENEROSO EM ELOGIAR

Saber elogiar (sem puxa saquismo)  é uma arte e uma qualidade. É preciso elogiar quem verdadeiramente merece, não por interesses particulares. Quem merece ser elogiado é aquele que verdadeiramente desempenhou bem seu papel e teve méritos para ser elogiado. Mas, ao mesmo tempo, também devemos ter cautela ao criticar. A crítica só tem valor se for construtiva, se servir realmente para ajudar o outro a melhorar, por isso a crítica não pode nunca ser negativa, isto é, servir para humilhar e rebaixar o outro. O mesmo ser critério utilizamos para o elogio. O elogio só tem sentido se a pessoa que o receber tiver algum mérito, é desumano e vergonhoso fazer um elogio para provocar ciúmes nos outros ou obter favores escusos.  

7. MANTER-SE CALMO E PACIENTE

Manter-se sereno, é cultivar uma personalidade agradável. É suportar um ao outro com amor e respeito. É ter tempo para os outros, sem demonstrar enfado ou  cansaço.





O diálogo é uma comunicação que tem por finalidade o descobrimento de uma verdade importante para o crescimento pessoal e a vida dos indivíduos que dialogam. Ninguém consegue nada com brigas e discussão. Uma boa conversa pode resolver muita coisa, evitar desgastes emocionais.   












    1. Orientações Gerais

Conviver é viver com. Consiste em partilhar a vida, as atividades com os outros. São encontros para conviver, para buscar juntos um objetivo, e onde se partilha a vida, as experiências e se busca uma projeção futura. É um momento extraordinário de vida, principalmente se tratando de viver os próprios princípios evangélicos essenciais: a partilha dos bens materiais e espirituais, o respeito e a ajuda mútuos, a alegria, a disponibilidade e a caridade.

2. Utilidade da Convivência

Em todo grupo humano constituído, existe a necessidade de conviver, melhor ainda, aprender a conviver. Isso supõe um processo. Geralmente usa-se a convivência para grupos de jovens que já tiveram algum conhecimento, embora superficial, ou para grupos que iniciam uma caminhada juntos.  O conhecimento nesse caso, é fundamental co mo ponto de partida.

Todos temos uma necessidade de agrupar-nos, de estar com, de estar em relação com... 
Observa-se que os meios de comunicação social e a sociedade atualmente procuram formar o homem egoísta.
São muita as utilidades prestadas pelas convivências bem planejadas e motivadas: são momentos de evangelização; ensinam o relacionamento; preparam para a convivência na vida; integram as pessoas; aumentam o conhecimento mútuo e avaliam os relacionamentos grupais.
Além disso, as convivências são formativas: ajudam a reflexão e a interiorização pessoal, e representam uma rejeição viva à sociedade egoísta.

3. Exigências de uma boa convivência:

  1. Nunca jogar com os sentimentos dos outros. Não causar vergonha a ninguém muito menos diante de outras pessoas.
  2. Não queira mortificar os outros com ocorrências., subtilezas e genialidades, embora acredite ser superior na inteligência, cultura, dinheiro, posses, poder, beleza, aptidões... Quem for humilhado jamais esquecerá. "Quem bate esquece logo, quem apanha nunca esquece".
  3. Procura sempre agir com justiça, melhor ainda, com cordialidade. Assim evitará ressentimentos e hostilidades. Uma maneira ótima de servir o próximo é amando-o.
  4. Não se deixe levar por nervosismos, impaciências e egoísmos. Conduzem irremediavelmente para insatisfação e o descrédito.
  5. Jamais corte as asas da ilusão e da esperança para os seus colaboradores; a esperança, a ilusão alegram o coração do homem e o impulsionam até outras realidades e espaços às vezes insuspeitos.
  6. Seja respeitoso com os outros. Seja correto ao falar. Procure nunca falsear a verdade ou disfarça-la. Jamais prejudique alguém com palavras ou por escrito.
  7. Saiba acolher com um sorriso. Às vezes é difícil sorrir. Porém, oferecer um sorriso para alguém num determinado momento pode trazer satisfações interiores e recompensas inesperadas.
  8. Seja uma pessoa emocionalmente estável. Não passe de gritos às conversas; da alegria incontrolada para a depressão e as lágrimas.
  9. Interessar-se por quem anda ao nosso lado triste., acabrunhado, preocupado, mas com o maior respeito por sua intimidade. Saber-se acompanhado nos momentos difíceis de uma maneira incondicional é o melhor remédio e a demonstração de autêntica amizade. É uma das grandes conquistas humanas.
  10. Se queres triunfar diante dos outros, saiba escutar, tenha paciência, fale ponderadamente e saiba "colocar-se no sapato do outro".  
VAMOS PENSAR...

O PERIGOSO PODER DAS PALAVRAS

Podemos com nossas palavras tanto construir como destruir as pessoas não só com armas físicas, como facas, revólveres, etc. Mas podemos com nossas palavras, com o que dizemos tanto construir como destruir o próximo. Isto porque nossas palavras possuem forças positivas quanto negativas. 
Jesus Cristo já dizia, (quando censurado pelos fariseus porque seus discípulos não cumpriam os rituais judaicos de purificação), que o que torna impuro o homem não é o que vem de fora mas o que sai de dentro do coração, pois a boca fala do que o coração está cheio. É verdade! devemos usar nossas palavras para construir o ser humano. Não para magoar, destruir a esperança e fazer com que os corações fiquem ainda mais fechados.

O escritor e neurocientista Eduardo Aquino, que escreve sua coluna no Jornal "Super Notícias"assim  escreveu:


"Saiu de nossas bocas, não mais nos pertencem. As palavras tem vida própria e são, por enquanto, a única forma de nos traduzir e aos outros também. Somos emaranhados de pensamentos, sentimentos e desejos.Desde cedo educados para agradar a quem nos rodeia, sermos educados, subservientes, e, no fundo, dizer o que achamos que o outro quer ouvir, expressar o que julgamos que o outro desejaria    que sentíssemos, e, por fim, fazermos algo que o outro quer que façamos.Sempre preocupados em agradar aos outros, viver em função de todos, por exemplo. Mas como lidar com os impulsos em que explodimos e falamos de uma só vez e de forma agressiva e fulminante, todas as insatisfações?  É aí que constatamos. Palavras doem, machucam, criam sentimentos muitas vezes irreversíveis, como ódios, mágoas, raivas que por aquele segundo impensado, por duas ou três palavras, detonam toda uma vida.
Assim, casamentos são desfeitos, há brigas entre irmãos e inimizades de amigos fraternos. Como dizem nossos avós: 'palavra tem poder'! E como! Na boca de um líder como foi Hitler, desencadeou uma guerra terrível, que exterminou seis milhões de judeus e convenceu uma nação, como a Alemanha, de que eles eram superiores e arianos, semideuses. Na boca de Gandhi, tornou-se uma arma de paz que derrotou sem um tiro sequer o maior império colonialista já existente, a Grã Bretanha. Poder fantástico de construir ou destruir o mundo.    
Mas, sejamos mais práticos e pensemos no nosso dia a dia.:Estamos prontos para entender as palavras que usamos? Será que as compreendemos?E mais, será que temos a não de que, mesmo que elas saiam de nós com a melhor das intenções, como um ótimo significado, quando as pessoas escutam, elas podem interpretá-las de forma absolutamente distorcidas?
E aí realmente vira conversa de louco, fala-se "A" o outro entende "X" e a partir de então desistam da conversa. Se houver bebida ou droga, pior ainda.Num tempo de absoluta falta de intimidade, em que redes sociais devastam a vida de todos, principalmente dos famosos, qualquer mortal pode usar da palavra para ofender alguém, seu ex-ídolo, seu desafeto. Qualquer ex-namorado pode disseminar as fotos íntimas e disparar palavras de "baixo-calão" e condenar seu ex-amor a execração pública.
E como estamos críticos, impiedosos, imaturos! É só alguém se destacar em qualquer área, que chovem palavras mortíferas. Me impressiona o aumento do radicalismo, da intolerância. Sonho com o dia em que não precisamos mais falar, demonstrar sentimentos e desejos. Afinal, a mente é o resultante de uma energia eletromagnética, de origem eletroquímica cerebral. Um dia, tal energia será captável, transmissível. Neste dia, fim das mentiras, das traições, do fingimento, se as energias não forem compatíveis cada um para ao seu lado.


Eduardo Aquino
eduardoaquino@yahoo.com.br
Super Notícias-ed. 15/07/12
     

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