quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

SAIU A EXORTAÇÃO PÓS SINODAL DO PAPA FRANCISCO - Papa rejeita ordenação de Homens casados e mulhres






O Documento final do Sínodo da Amazônia, nos seus 120 pontos defendia a ordenação de homens casados e instituía o ‘pecado ecológico’. Outros assuntos defendidos pelo documento do Sínodo como internacionalização da Amazônia e o "rito amazônico próprio" também foram rejeitados pelo Papa Francisco em sua Exortação Pós-sinodal. 

O que é uma Exortação Apostólica Pós-Sinodal?

Ela é um documento de exortação. Portanto, é de caráter apostólico; e pós-sinodal porque foi escrito depois do Sínodo. Quer dizer que o Papa deu sua palavra final sobre tudo o que foi discutido no Sínodo pelos bispos.
Com esse documento o Papa deixa claro que o Documento do Sínodo pode ser consultado em seus aspectos, mas, não é um Magistério. O papa não aprovou o documento final do Sínodo.
Sobre o Documento ele disse: “Leiam o Documento, mas, não estou aprovando, nem sequer citando o documento final”. Isso significa que o Documento conclusivo do Sínodo da Amazônia não pode ser seguido, pois, não é Magistério da Igreja.   
Todas aquelas propostas nefastas, propostas pelo Documento do Sínodo são nulas. Significa que: o que valendo é a Exortação do Papa e não o Documento conclusivo do Sínodo da Amazônia.   


O papa Francisco, nesta quarta feira 12/02/2020, concluiu seu parecer em no Documento “Exortação Apostólica Pós-sinodal”, sob o título “Querida Amazônia” rejeitou a ordenação de homens casados (“viri probati”) e a ordenação de mulheres como diaconisas.   


A possibilidade de ordenar homens casados havia sido aprovada, por 128 votos a 41, durante o encontro, mas, não agradou a alguns membros da Igreja, chamados de ‘ultraconservadores’ que temiam que isso pudesse levar um racha na Igreja Católica Apostólica Romana.

O papa com essa decisão tenta apaziguar os dois lados da Igreja Católica. Não podemos descartar também a pressão dos fiéis que contribuíram para que essas propostas não fossem aprovadas.  

No texto de 32 páginas publicado pelo Papa Francisco sequer mencionou a proposta.


Em disso o texto diz que novas maneiras devem ser encontradas para incentivar mais os padres a trabalharem na região remota e permitir papéis maiores para leigos e diáconos permanentes, assim como para mulheres. O Papa Francisco pediu aos bispos para trabalharem mais para conseguir mais vocações sacerdotais e novos missionários para a região Amazônica.   

Homens casados podem se tornar diáconos podem pregar ensinar, batizar e administrar paróquias, mas não rezar a missa. Por causa disso, em ao menos 85% das aldeias amazônicas as pessoas não podem participar da liturgia todas as semanas.


"Essa necessidade urgente me leva a exortar todos os bispos, especialmente os da América Latina (...), a serem mais generosos em incentivar aqueles que demonstram uma vocação missionária a optar pela região amazônica". (Papa Francisco)


O livro do cardeal guineense Robert Sarah sobre o celibato clerical trouxe o assunto mais uma vez à tona, dessa vez envolvendo o Papa Emérito Bento XVI. A obra é defende a manutenção do celibato pelo clero. Embora o papa emérito Bento XVI afirmasse que não era coautor do livro, ele traz documentos escritos por ele defendendo o celibato clerical.

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Alessandro Gisotti


“A Amazônia querida apresenta-se aos olhos do mundo com todo o seu esplendor, o seu drama e o seu mistério.” Assim tem início a Exortação apostólica pós-sinodal, Querida Amazônia. O Pontífice, nos primeiros pontos, (2-4) explica “o sentido desta Exortação”, rica de referências a documentos das Conferências episcopais dos países amazônicos, mas também a poesias de autores ligados à Amazônia. Francisco destaca que deseja “expressar as ressonâncias” que o Sínodo provocou nele. E esclarece que não pretende substituir nem repetir o Documento final, que convida a ler “integralmente”, fazendo votos de que toda a Igreja se deixe “enriquecer e interpelar” por este trabalho e que a Igreja na Amazônia se empenhe “na sua aplicação”. O Papa compartilha os seus “Sonhos para a Amazônia” (5-7), cujo destino deve preocupar a todos, porque esta terra também é “nossa”. Assim, formula “quatro grandes sonhos”: que a Amazônia “que lute pelos direitos dos mais pobres”, “que preserve a riqueza cultural”, que “que guarde zelosamente a sedutora beleza natural”, que, por fim, as comunidades cristãs sejam “capazes de se devotar e encarnar na Amazônia”.


O sonho social: a Igreja ao lado dos oprimidos

O primeiro capítulo de Querida Amazônia é centralizado no “Sonho social” (8). Destaca que “uma verdadeira abordagem ecológica” é também “abordagem social” e, mesmo apreciando o “bem viver” dos indígenas, adverte para o “conservacionismo”, que se preocupa somente com o meio ambiente. Com tons vibrantes, fala de “injustiça e crime” (9-14). Recorda que já Bento XVI havia denunciado “a devastação ambiental da Amazônia”. Os povos originários, afirma, sofrem uma “sujeição” seja por parte dos poderes locais, seja por parte dos poderes externos. Para o Papa, as operações econômicas que alimentam devastação, assassinato e corrupção merecem o nome de “injustiça e crime”. E com João Paulo II, reitera que a globalização não deve se tornar um novo colonialismo.

Os pobres sejam ouvidos sobre o futuro da Amazônia


Diante de tanta injustiça, o Pontífice fala que é preciso “indignar-se e pedir perdão” (15-19). Para Francisco, são necessárias “redes de solidariedade e de desenvolvimento” e pede o comprometimento de todos, inclusive dos líderes políticos. O Papa ressalta o tema do “sentido comunitário” (20-22), recordando que, para os povos amazônicos, as relações humanas “estão impregnadas pela natureza circundante”. Por isso, escreve, vivem como um verdadeiro “desenraizamento” quando são “forçados a emigrar para a cidade”. A última parte do primeiro capítulo é dedicado às “Instituições degradadas” (23-25) e ao “Diálogo social” (26-27). O Papa denuncia o mal da corrupção, que envenena o Estado e as suas instituições. E faz votos de que a Amazônia se torne “um local de diálogo social” antes de tudo “com os últimos. A voz dos pobres, exorta, deve ser “a voz mais forte” sobre a Amazônia.


O sonho cultural: cuidar do poliedro amazônico


O segundo capítulo é dedicado ao “sonho cultural”. Francisco esclarece que “promover a Amazônia” não significa “colonizá-la culturalmente” (28). E recorre a uma imagem que lhe é cara: “o poliedro amazônico” (29-32). É preciso combater a “colonização pós-moderna”. Para Francisco, é urgente “cuidar das raízes” (33-35). Citando Laudato si’ e Christus vivit, destaca que a “visão consumista do ser humano” tende a “a homogeneizar as culturas” e isso afeta sobretudo os jovens. A eles, o Papa pede que assumam as raízes, que recuperem “a memória danificada”.


Não a um indigenismo fechado, é preciso um encontro intercultural.


A Exortação se concentra depois sobre o “encontro intercultural” (36-38). Mesmo as “culturas aparentemente mais evoluídas”, observa, podem aprender com os povos que “desenvolveram um tesouro cultural em conexão com a natureza”. A diversidade, portanto, não deve ser “uma fronteira”, mas “uma ponte”, e diz não a “um indigenismo completamente fechado”. A última parte do segundo capítulo é dedicada ao tema “culturas ameaçadas, povos em risco” (39-40). Em qualquer projeto para a Amazônia, esta é a recomendação do Papa, “é preciso assumir a perspectiva dos direitos dos povos”. Estes, acrescenta, dificilmente podem ficar ilesos se o ambiente em que nasceram e se desenvolveram “se deteriora”.


O sonho ecológico: unir cuidado com o meio ambiente e cuidado com as pessoas


O terceiro capítulo, “Um sonho ecológico”, é o mais relacionado com a Encíclica Laudato si’. Na introdução (41-42), destaca-se que na Amazônia existe uma relação estreita do ser humano com a natureza. Cuidar dos irmãos como o Senhor cuida de nós, reitera, “é a primeira ecologia que precisamos”. Cuidar do meio ambiente e cuidar dos pobres são “inseparáveis”. Francisco dirige depois a atenção ao “sonho feito de água” (43-46). Cita Pablo Neruda e outros poetas locais sobre a força e a beleza do Rio Amazonas. Com suas poesias, escreve, “ajudam a libertar-nos do paradigma tecnocrático e consumista que sufoca a natureza”.


Ouvir o grito da Amazônia, o desenvolvimento seja sustentável


Para o Papa, é urgente ouvir o “grito da Amazônia” (47-52). Recorda que o equilíbrio planetário depende da sua saúde. Escreve que existem fortes interesses não somente locais, mas também internacionais. A solução, portanto, não é “a internacionalização” da Amazônia; ao invés, deve crescer “a responsabilidade dos governos nacionais”. O desenvolvimento sustentável, prossegue, requer que os habitantes sejam sempre informados sobre os projetos que dizem respeito a eles e auspicia a criação de “um sistema normativo” com “limites invioláveis”. Assim, Francisco convida à “profecia da contemplação” (53-57). Ouvindo os povos originários, destaca, podemos amar a Amazônia “e não apenas usá-la”; podemos encontrar nela “um lugar teológico, um espaço onde o próprio Deus Se manifesta e chama os seus filhos”. A última parte do terceiro capítulo é centralizada na “educação e hábitos ecológicos” (58-60). O Papa ressalta que a ecologia não é uma questão técnica, mas compreende sempre “um aspecto educativo”.


O sonho eclesial: desenvolver uma Igreja com rosto amazônico.


O último capítulo, o mais denso, é dedicado “mais diretamente” aos pastores e aos fiéis católicos e se concentra no “sonho eclesial”. O Papa convida a “desenvolver uma Igreja com rosto amazônico” através de um “grande anúncio missionário” (61), um “anúncio indispensável na Amazônia” (62-65). Para o Santo Padre, não é suficiente levar uma “mensagem social”. Esses povos têm “direito ao anúncio do Evangelho”; do contrário, “cada estrutura eclesial transformar-se-á em mais uma ONG”. Uma parte consistente é dedicada ainda à inculturação. Retomando a Gaudium et spes, fala de “inculturação (66-69) como um processo que leva “à plenitude à luz do Evangelho” aquilo que de bom existe nas culturas amazônicas.


Uma renovada inculturação do Evangelho na Amazônia.


O Papa dirige o seu olhar mais profundamente, indicando os “Caminhos de inculturação na Amazônia”. (70-74). Os valores presentes nas comunidades originárias, escreve, devem ser valorizados na evangelização. E nos dois parágrafos sucessivos se detém sobre a “inculturação social e espiritual” (75-76). O Pontífice evidencia que, diante da condição de pobreza de muitos habitantes da Amazônia, a inculturação deve ter um “timbre marcadamente social”. Ao mesmo tempo, porém, a dimensão social deve ser integrada com aquela “espiritual”.


Os Sacramentos devem ser acessíveis a todos, especialmente aos pobres.


Na sequência, a Exortação indica “pontos de partida para uma santidade amazônica” (77-80), que não devem copiar “modelos doutros lugares”. Destaca que “é possível receber, de alguma forma, um símbolo indígena sem o qualificar necessariamente como idolátrico”. Pode-se valorizar, acrescenta, um mito “denso de sentido espiritual” sem necessariamente considerá-lo “um extravio pagão”. O mesmo vale para algumas festas religiosas que, não obstante necessitem de um “processo de purificação”, “contêm um significado sagrado”.

Outra passagem significativa de Querida Amazônia é sobre a inculturação da liturgia (81-84). O Pontífice constata que já o Concílio Vaticano II havia solicitado um esforço de “inculturação da liturgia nos povos indígenas”. Além disso, recorda numa nota do texto que, no Sínodo, “surgiu a proposta de se elaborar um «rito amazônico»”. Os Sacramentos, exorta, “devem ser acessíveis, sobretudo aos pobres”. A Igreja, afirma evocando a Amoris laetitia, não pode se transformar numa “alfândega”.


Bispos latino-americanos devem enviar missionários à Amazônia


Relacionado a este tema, está a “inculturação do ministério” (85-90) sobre a qual a Igreja deve dar uma resposta “corajosa”. Para o Papa, deve ser garantida “maior frequência da celebração da Eucaristia”. A propósito, reitera, é importante “determinar o que é mais específico do sacerdote”. A resposta, lê-se, está no sacramento da Ordem sacra, que habilita somente o sacerdote a presidir a Eucaristia. Portanto, como “assegurar este ministério sacerdotal” nas zonas mais remotas? Francisco exorta todos os bispos, especialmente os latino-americanos, “a ser mais generosos”, orientando os que “demonstram vocação missionária” a escolher a Amazônia e os convida a rever a formação dos presbíteros.


Favorecer um protagonismo dos leigos nas comunidades.


Depois dos Sacramentos, Querida Amazonía fala das “comunidades cheias de vida” (91-98), nas quais os leigos devem assumir “responsabilidades importantes”. Para o Papa, com efeito, não se trata “apenas de facilitar uma presença maior de ministros ordenados”. Um objetivo “limitado” se não suscitar “uma nova vida nas comunidades”. São necessários, portanto, novos “serviços laicais”. Somente através de “um incisivo protagonismo dos leigos”, reitera, a Igreja poderá responder aos “desafios da Amazônia”. Para o Pontífice, os consagrados têm um lugar especial e não deixa de recordar o papel das comunidades de base, que defenderam os direitos sociais, e encoraja em especial a atividade da REPAM e dos “grupos missionários itinerantes”.


Novos espaços às mulheres, mas sem clericalizações.


Francisco dedica um espaço à força e ao dom das mulheres (99-103). Reconhece que, na Amazônia, algumas comunidades se mantiveram somente “graças à presença de mulheres fortes e generosas”. Porém, adverte que não se deve reduzir a Igreja a “estruturas funcionais”. Se assim fosse, com efeito, teriam um papel somente se fosse concedido a elas acesso à Ordem sacra. Para o Pontífice, deve ser rejeitada a clericalização das mulheres, acolhendo, ao invés, a contribuição segundo o modo feminino, que prolonga “a força e a ternura de Maria”. Francisco encoraja o surgimento de novos serviços femininos, que – com um reconhecimento público dos bispos – incidam nas decisões para as comunidades.


Os cristãos devem lutar juntos para defender os pobres da Amazônia.


Para o Papa, é preciso “ampliar horizontes para além dos conflitos” (104-105) e deixar-se desafiar pela Amazônia a “superar perspectivas limitadas” que “permanecem enclausuradas em aspetos parciais”. O quarto capítulo termina com o tema da “convivência ecumênica e inter-religiosa” (106-110), “encontrar espaços para dialogar e atuar juntos pelo bem comum”. “Como não lutar juntos? – questiona Francisco – Como não rezar juntos e trabalhar lado a lado para defender os pobres da Amazônia”?


Confiemos a Amazônia e os seus povos a Maria.


Francisco conclui a Querida Amazônia com uma oração à Mãe da Amazônia (111). “Mãe, olhai para os pobres da Amazônia – é um trecho da sua oração –, porque o seu lar está a ser destruído por interesses mesquinhos (…) Tocai a sensibilidade dos poderosos porque, apesar de sentirmos que já é tarde, Vós nos chamais a salvar o que ainda vive”.


Fonte: Site Oficial:  Vaticam News
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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Significado da luz do Sacrário


Aquela Luz do Sacrário 






Certamente você já deve ter visto aquela luz  que fica acesa 24 horas por dia seja na capela-mor ou na capela do Santíssimo Sacramento.

Para que serve aquela luz?

Qual é o seu significado?



No passado, quando não existia ainda a eletricidade usava-se a vela ou uma lamparina.

Aquela luz indica a presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. Jesus está no Sacrário, (lugar onde se guarda a Eucaristia), a Hóstia consagrada que é o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, ali está presente Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

A Luz representa a presença de Jesus Ressuscitado.    

Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas mas, terá a luz da vida”. Jo8, 12. É para essa Luz que caminhamos. Assim como também devemos ser luz para as outras pessoas.

No início da criação Deus disse: “Faça-se a luz e a luz foi feita”. Gên1, 2

A luz serve para iluminar. Embora não precisemos da luz física  para nos guiar, pois, o cego caminha sem o auxílio da luz, existe uma luz muito maior e sem ela não podemos caminhar espiritualmente.  Essa luz é Jesus Cristo. Assim, nós devemos deixar que essa luz que é Jesus brilhe em nós, em nosso coração, em nosso meio e o reflexo dessa luz atinja as outras pessoas. 

Jesus Ressuscitado está presente em nosso meio quer morar em nosso coração. Ele também está presente na Eucaristia e quando O recebemos passa a morar conosco e transforma a nossa vida. 

Jesus também está presente na Eucaristia. Aquele pão que não é mais um simples pão,  é o Corpo do Senhor; aquele vinho que não é mais um simples vinho, é o Sangue do Senhor. É um Sacramento perpétuo até o último dia.

Ele quis permanecer em nosso meio da forma mais nobre possível e para que não nos escandalizássemos escolheu as espécies do pão e do vinho para transformá-las no Sacramento do Amor que é a Eucaristia.

"Aquele que come a minha carne e bebe de meu sangue permanece em mim e eu nele". - disse Jesus. (Jo6, 56-57) 

Desde o início da Igreja, sabendo da sua importância e da crença no verdadeiro milagre que é a presença Eucarística de Jesus houve o costume de reservar (guardar) a Espécie para levar aos cristãos que por algum motivo justo estavam impedidos de ir à Santa Missa, como os cristãos presos e perseguidos e aos doentes; era levado o viático com a Eucaristia. 
A Eucaristia era guardada em um lugar seguro e ali era feita também a adoração. 
Mais tarde com a liberdade religiosa e a existência dos templos, para guardar a Santíssima Eucaristia foi criado o Sacrário e nele posto Jesus Eucarístico. 


O sacrário para nós é ponto de encontro com Jesus, Deus verdadeiro que quis ser Deus conosco, pisando o nosso chão, armando sua tenda no meio de nós e... - mistério de amor. 

Em segundo lugar, o pão consagrado é conservado no sacrário para adoração de todos os fiéis. É bonito ver o povo de Deus fazendo um pequeno deserto dentro de nossas igrejas para, no silêncio, falar a Jesus Cristo e ouvi-lo.

Geralmente as Igrejas mais antigas, o Sacrário ficava no centro do Altar-mor. Mais tarde conforme a necessidade foi criada à parte uma pequena capela a “Capela do Santíssimo”. E ao lado do Sacrário conservada a presença da luz. 


A LUZ indica a presença Real de Jesus; ficava acesa perpetuamente uma vela, (ou uma lamparina) com uma redoma de vidro vermelha. No século 14, o hábito já estava consolidado por todo o mundo. No antigo código de Direito Canônico, prescrevia-se que a matéria que alimenta a luz do sacrário deveria ser azeite puro de oliva ou (no caso da vela) cera pura de abelha. Salientava-se assim o caráter sacrificial da lâmpada que se consome enquanto ilumina.

Com a chegada da eletricidade, essa luz à combustão foi substituída pela luz elétrica.
No atual código, os cânones 938 e 939 dispõem sobre como deve ser o sacrário e o cuidado que se deve ter com ele. E o cânone 940 prescreve: 
 "Diante do tabernáculo em que se conserva a santíssima Eucaristia, brilhe continuamente uma lâmpada especial, com a que se indique e se reverencie a presença de Cristo."


Se por acaso vier a ter queda de energia, cabe ao zelador ou ao sacristão cuidar de deixar uma vela acesa até o restabelecimento da energia.

Essa luz indica que Jesus Ressuscitado está presente na santa Igreja no Santíssimo Sacramento. Ao entrar em uma Igreja deve-se fazer com o máximo de respeito e silêncio. Vestindo-se decentemente e portando-se adequadamente, pois, Nosso Senhor Jesus, o Senhor da Glória está ali presente na Eucaristia.

Diferente das outras igrejas, a Igreja verdadeira de cristo, na Igreja Católica  Apostólica Romana Jesus está presente neste admirável Sacramento.
E quando entramos na igreja, a primeira coisa a se fazer é ir até o dono da casa. Ir até Jesus, conversar com ele,  para louvá-lo e adorá-lo.

A luz do Sacrário indica que Jesus espera nossa visita.  


UMA HISTÓRIA:     




          

"Conta-se que um protestante inglês entrou com sua filha de 5 anos numa Igreja Católica de Londres. Ao ver uma lâmpada acesa diante do sacrário, a menina perguntou ao pai: “Por que aquela lâmpada está acesa, apesar de o dia estar claro?”. Ao passo que o pai respondeu: “Porque ali, atrás daquela portinha dourada, mora Jesus.” Ela, então, disse: “Papai, eu quero ver Jesus!”. “Não se pode, filha, porque a portinha está fechada”, respondeu ele. Em seguida, pai e filha saíram da igreja e mais adiante entraram num oratório protestante. Chegando ali, a menina imediatamente disse: “Pai, aqui não tem aquela luzinha acesa por quê?”. Meio desconcertado, o pai não soube o que responder. Então, a menina disse: “O que estamos fazendo aqui? Vamos embora, vamos aonde mora Jesus!”. A insistência da menina, que afinal queria ir sempre onde se achava Jesus, acabou por converter o pai à fé católica.

Quantas vezes vemos nas Igrejas a lâmpada acesa do sacrário e passamos despercebidos!


Estamos verdadeiramente convictos de que ali, no sacrário, mora Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, vivem como no Céu?

 "Enquanto a luz do sacrário estiver acesa, sabemos que Alguém nos espera. Não estamos sozinhos!" (Dom Manuel Pestana)

Que tal fazer uma visita, senão diariamente ao menos três vezes por semana?

Visite-O converse com Jesus. Conte seus problemas, suas necessidades, seus anseios... Jesus quer ser a sua luz, brilhar em você.

Faça a prova e verá que sua vida irá mudar pra melhor.

A visita ao Santíssimo Sacramento é um ato de fé muito bonito de que se valeram muitos homens e mulheres que hoje veneramos como santos de Deus. Sendo para nós verdade de fé a presença de Jesus na Eucaristia, vale a pena alertar aqueles irmãos que entram numa Igreja e oram diante de todas as imagens e passam diante do sacrário sem se dar conta que ali se conserva o pão eucarístico, que ali está Jesus Cristo, o único mediador entre Deus e os homens.

   

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

BIOGRAFIA DE SÃO JOÃO BOSCO - Padroeiro da juventude



São João Bosco (ou Dom Bosco) é o padroeiro da Juventude. Como Sacerdote lutou para que os jovens carentes pudessem ter acesso à educação. Ele foi um revolucionário lutando com as forças contrárias de sua época para dar uma vida digna aos jovens e tinha plena convicção que somente com a educação podia tirar os jovens da marginalidade. Vindo de uma família de simples camponeses, perdeu seu pai ainda cedo sendo criado pela sua mãe, que o educou dentro da religião e dos bons costumes.
Católica fervorosa apostou tudo no seu filho caçula a fim de que se tornasse um homem santo. Por outro lado, ele obedeceu sua mãe, seguiu suas orientações confiando sempre sua vida à proteção de Nossa Senhora e cuja invocava-lhe pelo nome de Auxiliadora. 
Seu objetivo era Oração e Educação. Somente assim podia formar pessoas capazes e comprometidas. Formou colégios e a Congregação Salesiana. 
É um santo de nosso tempo pois morreu ainda no Século XIX. Deixou uma imensa obra e hoje, várias são as comunidades e paróquias dedicadas ao seu nome. Seu exemplo perdura até hoje. "Educação não se faz com violência, mas, com amor."
  

João Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815 no vilarejo nas colinas de Becchi, Itália.
Filho de Francesco Bosco e Margherita Occhiena. Era seu filho mais novo. Seus pais eram agricultores da Família Mogliana.

João Bosco nasceu em uma época de grande escassez e fome no interior do Piemonte, após a devastação causada pelas guerras napoleônicas e pela seca em 1817.

Seu pai, Francesco morreu, deixando-o com apenas dois aninhos sua mãe, Margherita ficou com a tarefa de cuidar das crianças. Ela teve um forte papel na formação e na personalidade de Bosco, e foi uma das primeiras defensoras dos ideais de seu filho.

Em 1825, quando tinha nove anos, Bosco teve o primeiro de uma série de sonhos que desempenhariam um papel influente em sua perspectiva e trabalho. Este primeiro sonho "deixou uma impressão profunda nele pelo resto da vida", segundo suas próprias memórias. Aparentemente, Bosco viu uma multidão de meninos muito pobres que brincavam e blasfemavam, e um homem que "aparecia com roupas nobres, de porte masculino e imponente". O homem disse-lhe: "Você terá que conquistar esses seus amigos não com socos, mas com gentileza e bondade. Portanto, comece agora mesmo a mostrar-lhes que o pecado é feio e a virtude bela".

João Bosco, aos dez anos de idade, no oratório festivo, começou a observar a atitude de seus colegas de classe e, em todas as lutas, era o árbitro. Os meninos mais velhos tinham medo dele porque João Bosco conhecia seus pontos fortes e fracos.

Quando os artistas que viajavam se apresentaram em um banquete local nas colinas próximas, João observou e estudou os truques dos malabaristas e os segredos dos acrobatas. Em seguida, ele mostrava suas habilidades como malabarista, mágico e acrobata, com orações antes e depois da apresentação.
O dinheiro que ele precisava para preparar todos os shows foi retirado da venda dos pássaros que caçava e o dinheiro que sua mãe lhe deu porque ela confiava nele.

A pobreza impediu qualquer tentativa séria de educação. Os primeiros anos de João foram gastos como pastor e ele recebeu sua primeira instrução de um pároco. Pensa-se que suas experiências de infância o inspiraram a se tornar um padre. Na época, ser padre era geralmente visto como uma profissão para as classes privilegiadas, e não para os agricultores, embora não fosse desconhecido. Alguns biógrafos retratam seu irmão mais velho Antonio como o principal obstáculo para a ambição de Bosco de estudar, quando o irmão protestou que João era apenas "um agricultor como nós!".

Numa manhã fria de fevereiro de 1827, João deixou sua casa e foi procurar emprego como criado de fazenda. Aos 12 anos, ele achou a vida em casa insuportável por causa das brigas contínuas com Antônio. Ter que enfrentar a vida sozinho em uma idade tão jovem pode ter desenvolvido suas simpatias posteriores para ajudar meninos abandonados.
Depois de implorar sem sucesso pelo trabalho, Bosco acabou na fazenda de vinhos de Louis Moglia. Embora Bosco pudesse estudar sozinho, ele não pôde frequentar a escola por mais dois anos. Em 1830, ele conheceu José Cafasso, um jovem padre que identificou algum talento natural e apoiou sua primeira escola. Em 1835, Bosco entrou no seminário de Chieri, próximo à Igreja da Immacolata Conceição. 


O Conselho de Mãe





Assim disse D. Margarida Occhiena, sua mãe às vésperas dele entrar para o seminário:

“Meu Joãozinho, acabas de vestir a batina. Podes calcular a alegria e a doçura? Esse fato enche o meu coração”.
“Lembra-te, porém, que não é o hábito que honra o teu estado, mas as virtudes que praticares. Se por desgraça vieres um dia a duvidar de tua vocação, por caridade, não desonre a batina!”
“Deixa-a imediatamente, porque prefiro ter como um filho um pobre camponês, do que um padre negligente nos deveres”.
“Quando nasceste eu te consagrei à Nossa Senhora; quando começaste teus estudos, eu te recomendei quase exclusivamente a devoção a Santa Virgem; pois, agora também recomendo-te que sejas todo dela.”
“Ama os companheiros que a amam; e se chegares ser um dia sacerdote recomenda sempre a devoção à Nossa Senhora...”
Aqui parou pela comoção. O filho chorava...
“Ser mãe de um sacerdote obriga-me a ser a melhor filha de Deus, a ser exigente no meu viver de cristã, no testemunho de uma vida autêntica e coerente, vivida pela fidelidade a Cristo e ao Evangelho”. (Trecho do testemunho de um padre)
Em 1841, após seis anos de estudo, ele foi ordenado sacerdote na véspera do domingo da Trindade pelo arcebispo Franzoni, de Turim.


A Idade adulta de Dom Bosco

Naquela época, a cidade de Turim tinha uma população de 117.000 habitantes.
Ele refletia os efeitos da industrialização e da urbanização: numerosas famílias pobres viviam nas favelas da cidade, tendo vindo do campo em busca de uma vida melhor. Ao visitar as prisões, Dom Bosco ficou perturbado ao ver tantos meninos de 12 a 18 anos de idade. Ele estava determinado a encontrar um meio de impedir que terminassem aqui. Devido ao crescimento populacional e à migração para a cidade, Bosco considerou os métodos tradicionais do ministério paroquial ineficientes. Ele decidiu que era necessário tentar outra forma de apostolado, e começou a encontrar os meninos onde eles trabalhavam e se reuniam em lojas e mercados. Eles eram pavimentadores, cortadores de pedra, pedreiros, rebocadores que vinham de lugares distantes, recordou em suas breves memórias.



O Oratório não era simplesmente uma instituição de caridade e suas atividades não se limitavam aos domingos. Para Dom Bosco, tornou-se sua ocupação permanente. Ele procurou emprego para os desempregados.
Alguns dos meninos não dormiam e dormiam embaixo de pontes ou em dormitórios públicos sombrios. Por duas vezes, ele tentou fornecer acomodações em sua casa. A primeira vez que roubaram os cobertores; no segundo em que esvaziaram o palheiro. Ele não desistiu. Em maio de 1847, ele abrigou um menino de Valencia, em um dos três quartos que estava alugando nas favelas de Valdocco, onde morava com a mãe. Ele e "Mamma Margherita" começaram a acolher órfãos. Os meninos abrigados por Dom Bosco eram 36 em 1852, 115 em 1854, 470 em 1860 e 600 em 1861, 800 é o máximo mais tarde.

Bosco e seu oratório se mudaram pela cidade por vários anos; ele foi expulso de vários lugares em sucessão. Depois de apenas dois meses com sede na igreja de St. Martin, todo o bairro expressou sua irritação com o barulho vindo dos meninos brincando. Uma queixa formal foi apresentada contra eles no município. Também circulavam boatos de que as reuniões conduzidas pelo padre com seus filhos eram perigosas; sua recreação poderia ser transformada em uma revolução contra o governo. O grupo foi despejado.

Dom Bosco e a política em Turim

O cenário político do Piemonte e em toda Itália era de caráter revolucionário, com inúmeros conflitos entre o Estado em formação e a Igreja Católica, durante todo o período do Risorgimento. Seus biógrafos registram sua amizade com políticos como Camilo de Cavour e Humberto Ratazzi, pessoas influentes como a Marquesa Barolo, a amizade direta com o Papa Pio IX e com o Papa Leão XIII. Localmente, o Arcebispo de Turim que ordenou São João Bosco, Dom Luigi Fransoni esteve tanto no exílio como preso, tendo recusado os últimos sacramentos ao ministro Santa Rosa e por isso tendo sido repreendido pelo Rei Vítor Emanuel. Seu sucessor, Dom Lorenzo Gastaldi, teve uma longa disputa com São João Bosco, que resultou num processo canônico. A paz entre ambos só se fez mediante decisão de Leão XIII. As relações com políticos italianos e com papas, de forma muito direta, teriam dado a João Bosco uma posição política que parecia, sobretudo ao bispo Gastaldi, ameaçar a ordem hierárquica da Igreja.

Fundação dos Salesianos
Bosco pensava em organizar uma associação religiosa, contudo, o contexto político da unificação da Itália, a disputa pela separação entre Estado e Igreja, não estimulavam a criação de uma ordem religiosa nos moldes tradicionais.

Bosco pensava em organizar uma associação religiosa, contudo, o contexto político da unificação da Itália, a disputa pela separação entre Estado e Igreja, não estimulavam a criação de uma ordem religiosa nos moldes tradicionais.

O ministro Umberto Ratazzi lhe sugeriu organizar uma sociedade de cidadãos que se dedicasse às atividades educativas realizadas pelos oratórios em moldes civis. Bosco propõe a Sociedade de São Francisco de Sales, que seria vista como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja. Após consultar o Papa Pio IX, Bosco recebeu de seus companheiros padres, seminaristas e leigos a adesão à Sociedade de São Francisco de Sales em 18 de dezembro de 1859 e em 14 de março de 1862, os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. A partir de 1863, além dos oratórios, os salesianos passam a se dedicar também aos colégios e escolas católicas para meninos e jovens. Com a separação entre Estado e igreja, há forte demanda por escolas católicas, fazendo com que esse tipo de instituição se dissemine rapidamente. As regras da Sociedade, chamadas de Constituições, foram aprovadas pela igreja em 1874. Em sua morte, em 1888, a Sociedade contava com 768 membros, com 26 casas fundadas nas Américas e 38 na Europa.

Fundação da Congregação Filhas de Maria Auxiliadora

Em 1861, na cidade italiana de Mornese, Maria Domingas Mazzarello convida sua amiga Petronilla para juntas organizarem uma oficina de costura para meninas. Em 1861, na cidade italiana de Mornese, Maria Domingas Mazzarello convida sua amiga Petronilla para juntas organizarem uma oficina de costura para meninas. Em 1863 a oficina começa a acolher meninas órfãs. O seu trabalho é supervisionado pelo Pe. Domingos Pestarino, que havia se associado aos salesianos. Com o auxílio de Pestarino, Bosco propõe às jovens que se organizem como uma congregação religiosa, com o nome de Filhas de Maria Auxiliadora e em 5 de agosto de 1872 as primeiras salesianas fazem seus votos. Maria Mazzarello foi a primeira superiora da congregação.Em 1863 a oficina começa a acolher meninas órfãs. O seu trabalho é supervisionado pelo Pe. Domingos Pestarino, que havia se associado aos salesianos. Com o auxílio de Pestarino, Bosco propõe às jovens que se organizem como uma congregação religiosa, com o nome de Filhas de Maria Auxiliadora e em 5 de agosto de 1872 as primeiras salesianas fazem seus votos. Maria Mazzarello foi a primeira superiora da congregação.
De início, a proposta da Sociedade de São Francisco de Sales incluía, padres, irmãos e leigos externos, porém essa forma de organização não foi aprovada pela igreja católica, que queria apenas padres e irmãos, como nas demais congregações. Sendo assim, Bosco propôs a associação leiga dos Salesianos Cooperadores, que foi aprovada em 1876 pelo Papa Pio IX. O objetivo era o mesmo da Sociedade de São Francisco de Sales, a saber: o trabalho educativo e catequético junto aos meninos e aos jovens. Em sua forma de associação, tornou-se uma sociedade mista, com homens e mulheres leigos.

OS SONHOS

Há controvérsia se seriam sonhos, visões ou premonições. O próprio São João Bosco parece que não sabia muito bem como lidar com esses eventos. Por fim, decidiu dar-lhes atenção, pois muitas vezes eram sonhos de caráter premonitório, que o avisavam sobre a morte iminente de algum aluno ou salesiano. Era seu costume contar o sonho a seu confessor ou diretor espiritual antes de contá-lo aos demais. Com relação aos sonhos de São João Bosco, o (beato) Papa Pio IX, ordenou-lhe que consignasse tudo por escrito, em seu sentido literal e de forma detalhada, para maior estímulo dos filhos da Congregação Salesiana.
A sua biografia conta que ele teve inúmeros sonhos, desde o primeiro, ainda na infância, quando se vê brigando com outros meninos e um homem – de acordo com os símbolos do sonho, Jesus Cristo - se aproxima e lhe diz para educar Não com pancadas, mas com mansidão e caridade.

O SONHO DE DOM BOSCO E BRASÍLIA

Em outro sonho, vê, entre os paralelos 15 e 20 do hemisfério sul, um lugar de muita riqueza, próximo a um lago:

“Tra il grado 15 e il 20 grado vi era un seno assai lungo e assai largo que partiva di un punto che formava un lago. Allora una voce disse ripetutamente, quando si verrano a scavare le miniere nascoste in mezzo a questi monti di quel seno apparirà qui la terra promessa fluente latte e miele, sarà una ricchezza inconcepibilie”.
(Memorie Biografiche, XVI, 385-394)


Esse lugar é atribuído por alguns intérpretes como sendo Brasília, motivo pelo qual São João Bosco é considerado um dos padroeiros dessa cidade brasileira.

Morte e Canonização

João Bosco morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Seu funeral foi assistido por milhares de pessoas.
Uma manifestação popular surgiu para que ele fosse canonizado. A Arquidiocese de Turim investigou e testemunhas foram chamadas para determinar se Bosco era digno de ser declarado santo.
 Os Salesianos, Filhas e Cooperadores deram testemunhos de apoio. Mas muitos se lembraram das controvérsias de Bosco na década de 1870 com o arcebispo Gastaldi e alguns outros da hierarquia da Igreja que o consideravam um canhão solto e um "negociante de rodas". No processo de canonização, ouviram-se testemunhos de como ele percorreu Gastaldi para ordenar alguns de seus homens e sobre a falta de preparação acadêmica e decoro eclesiástico. Desenhos políticosa partir da década de 1860 e depois o mostrou sacudindo dinheiro dos bolsos de velhinhas ou indo para a América com o mesmo objetivo. Esses desenhos não foram esquecidos. Os opositores de Bosco, incluindo alguns cardeais, estavam em posição de bloquear sua canonização. Por volta de 1925, muitos salesianos temiam que tivessem sucesso.

O Papa Pio XI conhecia Bosco e impulsionou a causa. Pio XI beatificou Bosco em 2 de junho de 1929 e o canonizou no domingo de Páscoa (1 de abril) de 1934, quando recebeu o título de "Pai e Mestre da Juventude".

Enquanto Bosco era conhecido popularmente como o santo padroeiro dos ilusionistas, em 30 de janeiro de 2002, Silvio Mantelli solicitou ao Papa João Paulo II que declarasse formalmente Bosco o patrono dos mágicos de palco. Mágicos católicos que praticam a magia do evangelho veneram Bosco, oferecendo espetáculos de mágica gratuitos para crianças carentes no dia da festa.

O trabalho de Bosco foi realizado pelo seu primeiro aluno, colaborador e companheiro, Miguel Rua, que foi nomeado reitor-mor da Sociedade Salesiana pelo Papa Leão XIII em 1888.

Bosco foi o tema da cinebiografia Don Bosco de 1935, dirigida por Goffredo Alessandrini. Ele foi interpretado pelo ator Gian Paolo Rosmino.

Bosco também foi o tema de um filme italiano de 2004, São João Bosco: Missão ao Amor e também do filme de 1988, Don Bosco, interpretado por Ben Gazzara.
Tendo participado do período do Risorgimento e se relacionado com seus atores principais, Dom Bosco acabou por participar, indiretamente, da resolução do último aspecto que aquele movimento deixou em aberto para o século XX: a Questão Romana.

O momento da beatificação de Dom Bosco (1929) coincide com a Concordata de São João de Latrão, celebrada entre Benito Mussolini e o Cardeal Pietro Gasparri, com a aprovação do Papa Pio XI. A coincidência não é gratuita, mas representa naquele momento, uma expressão de nacionalismo italiano, com Mussolini, que estudara um ano no colégio salesiano de Faenza, elogiando Dom Bosco e com Pio XI pondo fim ao poder temporal da Igreja, permitindo a final unificação da Itália e considerando Mussolini um "homem da Providência". Na canonização de Dom Bosco em (1934) o contexto será bem outro. Descontente com os rumos do fascismo e do nazismo, Pio XI escreverá duas encíclicas, uma em alemão e outra em italiano, condenando ambas as ideologias.

O uso político da popularidade e italianidade de Dom Bosco e dos salesianos é recorrente na Itália. Em 2005, o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi visitou o Instituto Salesiano Santo Ambrósio, em Milão, onde foi aluno, para recordar que aprendera com Dom Bosco que "é preciso estar de acordo com todos".


O sonho das duas colunas

Pintura representando o sonho profético de Dom Bosco sobre o futuro da Igreja.
No fundo da Basílica de Maria Auxiliadora em Turim, procurada por Dom Bosco, está a pintura que representa o famoso "Sonho das duas colunas", considerado profético sobre o futuro da Igreja.

O sonho, contado pelo futuro santo na noite de 30 de maio de 1862, descreve uma terrível batalha no mar, desencadeada por uma multidão de barcos contra um único navio grande, que simbolizaria a Igreja Católica.

O navio, atingido repetidamente, é liderado pelo papa para ancorar, seguro e vitorioso, entre duas colunas altas que emergiram do mar. Este último representaria o primeiro a Eucaristia, simbolizada por um grande anfitrião com a palavra "Salus credentium", o segundo Maria, simbolizada por uma estátua do Imaculado com a inscrição "Auxilium Christianorum".

Na noite de 13 de setembro de 1953, o abençoado Cardeal Schuster, então arcebispo de Milão, que estava em Turim como o Legado Papal no Congresso Eucarístico Nacional, dedicou uma parte significativa de sua homilia a esse sonho durante o solene fechamento pontifício.

Os milagres para a beatificação

Para os propósitos da beatificação, a Igreja Católica considera um milagre necessário: no caso de Dom Bosco, ele considerou curas milagrosas de Teresa Callegari e Provina Negro.

Em Castel San Giovanni, na província de Piacenza, Teresa Callegari, de 23 anos, em novembro de 1918, adoeceu com pneumonia de origem gripal. Hospitalizada, ela se recuperou de uma pneumonia, mas, durante sua convalescença, adoeceu com poliartrite infecciosa rebelde a cada tratamento. A patologia tornou-se crônica e, em 1921, também devido a complicações, a mulher não podia mais comer e os médicos se desesperavam em salvá-la.

A conselho de um amigo, ele iniciou uma novena a Dom Bosco, repetida em julho do mesmo ano. Em 16 de julho, oitavo dia da novena, a situação se deteriorou ainda mais e pensou-se que a jovem estava prestes a morrer. Este último, no entanto, às 4 da manhã do dia 17, como relatou mais tarde, teria visto Dom Bosco avançando em direção à sua cama de hospital, ordenando que ela se levantasse: saiu da cama sem sentir nenhum desconforto e, ao ver o imagem do padre, ele correu gritando para os outros pacientes incrédulos.

No dia seguinte, os médicos, incluindo o Dr. Miotto, verificaram a recuperação, que foi confirmada durante o processo apostólico também pelos médicos Ghisolfi e Fermi e, posteriormente, pelos médicos Chiays, Sympa e Stampa. 

O processo de beatificação durou até 1929, ano em que, em 19 de março, a Igreja declarou milagrosa que a cura, instantânea, completa e definitiva, não parecesse cientificamente explicável. Nesta ocasião, a cura da irmã Provina Negro, pertencente à congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, também foi declarada um milagre: sua súbita recuperação de uma forma grave de úlcera estomacal foi examinada paralelamente à de Teresa Callegari e atribuída à intercessão de Dom Bosco.


Canonização de Dom Bosco


Em 1° de abril de 1934 o Papa Pio XI proclamou santo o sacerdote turinês João Bosco (1815-1888). Nesta data celebrava-se a Solenidade da Páscoa e Encerramento do Jubileu extraordinário da Redenção.

O processo de beatificação e canonização de São João Bosco teve início em Turim, no dia 4 de junho de 1890 e durou 34 anos.

Durante o processo romano (1907-1927) surgiram objeções à beatificação de Dom Bosco. As acusações se referiam à chamada “astúcia” dele para o sucesso pessoal e ganho econômico. Acusaram-no ainda de não mostrar-se transparência ao garantir esmolas e heranças e de desobediência quase sistemática ao Arcebispo de Turim, Dom Gastáldi.

Tais acusações foram comprovadamente infundadas no decorrer do processo. No encerramento do processo romano, em 8 de fevereiro de 1927, o Papa Pio XI declara:

“O venerável Dom Bosco pertence à magnífica categoria de homens escolhidos em toda a humanidade, a esses colossos de grandeza benéfica; e a sua figura facilmente se recompõe se à análise minuciosa, rigorosa, das suas virtudes, qual se fez nas precedentes discussões, longas e reiteradas, suceder a síntese que, reunindo as esparsas linhas, a restitui admirável e grande: uma figura magnífica, que a imensa e insondável humildade, não conseguia esconder”.

Dom Bosco foi beatificado no dia 2 de junho de 1929 e, na homilia de 1° de abril de 1934, foi declarado como o “apóstolo da juventude, inteiramente dedicado à glória de Deus e à salvação das almas”, que se distinguiu pela audácia dos conceitos e a modernidade dos meios, em ordem à educação completa da pessoa humana: educação que – segundo o pensamento de Pio XI, não se devia limitar apenas a avigorar o corpo, mas devia mirar a todo o seu ser, a promover a formação nas ciências, sem entretanto descurar nunca as verdades divinas e sobrenaturais.

O dia  em honra de sua memória é 31 de janeiro - data de sua morte. 

Dito em outras palavras, a canonização de Dom Bosco relembra aos educadores de hoje a legitimidade perene do Sistema Preventivo, fundado na razão, na religião e na bondade (`amorevolezza`), e objetivando a construção do honesto cidadão e do bom cristão: um sistema educativo comprovado, em pouco mais de um século, por uma falange de modelos da santidade juvenil como Domingos Sávio, Laura Vicuña, os Cinco Jovens Mártires de Poznań, Alberto Marvelli, os Jovens Mártires espanhóis, o índio Zeferino Namuncurá…

Por este motivo o sacerdote turinês João Bosco entregou a sua vida, desafiando os “bempensantes” de todos os tempos. Por isso ele praticou heroicamente as virtudes. É por isso que ele é santo, e permanece para sempre na glória de Deus.









“Tudo eu daria para ganhar o coração dos jovens e assim poder apresentá-los como presente ao Senhor.”

“Tratemo-nos uns aos outros com gentileza, cortesia e caridade.”

“Sejam firmes no propósito de impedir o mal e fazer o bem, mas sejam sempre dóceis e amáveis, perseverantes e prudentes.”

“Seja com Deus como o passarinho que sente tremer o ramo, mas continua a cantar, porque sabe que tem asas.”

“Quero ensinar um método de vida cristã que seja alegre, mostrando os verdadeiros prazeres de modo que vocês possam dizer: Sirvamos o Senhor com alegria”.

“Que os jovens não sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados”.

“Que sendo amados nas coisas que lês agradam, aprendam a ver o amor nas coisas que naturalmente pouco lhes agradam”.

“Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens”.
“O meu sistema?” “Simplíssimo”. “Deixar aos jovens plena liberdade de fazer o que lhes agrada. O problema é descobrir neles germes de boa disposição e procurar desenvolvê-los”.

“Se fizermos o bem encontraremos o bem nesta vida e na outra”.

“A formação dos jovens consiste em duas coisas: Doçura e comunhão e confissão frequentes”. 

“A juventude é a porção mais delicada e preciosa da sociedade humana”;
“A música também serve para educar”.

 
“É importante que procuremos conhecer nossos tempos e que nos adaptemos a eles.”

 “Deus nos colocou no mundo para os outros.”
“Vivam o máximo a alegria, contanto que não façam pecado”

“Quem quer ser amado, ama. E quem é amado tudo alcança, sobretudo, os jovens”

“A música dos jovens não se ouve com os ouvidos, mas com o coração”. E ainda acrescentou: “um oratório sem música é um corpo sem alma”!

“Alegria, oração e Santa Comunhão são nosso amparo.”

“Não basta querer bem, é preciso que os jovens percebam que são amados."

"Devemos educar os jovens agora, para que o mundo não os eduque depois."

Viu quantos ensinamentos? E é bacana também saber que, mesmo depois de mais de 200 anos de sua morte, essas lições ainda guiam a vida. 

Dom Bosco deixou uma lição de amor às crianças, aos jovens e adultos. Educação se faz por amor e com amor. 

Educação não é apenas  um serviço é uma ocupação e quem se ocupar dela, deve fazer com responsabilidade e generosidade. Somente assim os jovens aprenderão a ser pessoas de bem. Não é retirá-los da realidade em que vivem, mas, educá-los para que no futuro mudem por si mesmos fazendo uma comunidade, um bairro melhor. 

O sonho de São João Bosco deve ser o nosso sonho. Que a educação mude a vida das pessoas. Que os jovens e crianças aprendam a vooar, mas, tenham consciência dessa liberdade e saibam para onde ir. Somente com Educação de qualidade podemos construir, um país, uma sociedade melhor. 




Oração a São João Bosco


Oh, Dom Bosco Santo, que com tão grande amor e zelo, cultivastes às múltiplas formas de ação católica que hoje florescem na Igreja, concedei a suas associações o maior progresso e desenvolvimento. Redobrai, em todos os corações, a devoção à Santíssima Eucaristia e a Maria Auxiliadora dos cristãos.

Acrescentai neles o amor ao Papa, o zelo pela propagação da fé, um solícito esmero pela educação da juventude e grandes entusiasmos para suscitar novas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Fazei que, em cada uma das nações, fomente-se e inicie a guerra contra a blasfêmia, o mal falar e a imprensa ímpia; fazendo surgir em todas as partes novos cooperadores para as diversas formas de apostolado recomendadas pelo Vigário de Cristo.

Infundi em todos os corações católicos a chama de vosso zelo, para que, vivendo em caridade difusiva, possam, ao fim de suas vidas, recolher o fruto das muitas obras boas praticadas durante ela.


Rezar um Pai-Nosso, Deus te salve e Glória.

São João Bosco, rogai por nós!






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