segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Papai-Noel - a mentira criada pelo comércio para enganar você

         

O Papai-Noel não é uma figura lendária e muito menos cristã. Ele é um personagem fictício. Embora alguns defendam que esse personagem foi inspirado e São Nicolau que foi um bispo cristão que viveu na Turquia no século IV e que era conhecido por sua generosidade com os pobres. Ele costumava deixar moedas de ouro perto das chaminés das casas das pessoas necessitadas. De São Nicolau, Papai-Noel não tem nada. Ele nunca existiu, tanto que escolheram um lugar fictício de sua moradia o Polo Norte um lugar gelado e inóspito. Não é atoa que trocaram seu "lugar" de origem enquanto que São Nicolau viveu entre nós, morou na Turquia e depois foi bispo na Itália e está hoje no céu a interceder por nós. São Nicolau não se escondia atrás de nada, nem descia pelas chaminés, nem era acompanhado de guinomos. Ele tinha um grande amor por Jesus na figura dos necessitados e fazia de tudo para socorrer os pobres. Não visava o lucro mas, ajudava desinteressadamente para ver seus filhos espirituais felizes e, no caso das moças solteiras pobres, vê-las realizando o sonho de se casarem. Se o Natal do Senhor fosse celebrado dessa forma e se inspirássemos na caridade de São Nicolau o mundo seria outro. Deus já fez tudo por nós e nós temos que fazer tudo pelo irmão. O que sobra não deve ser desperdiçado, deve ser repartido. O Pão nosso de cada dia deve ser o pão nosso de cada dia do irmão que necessita. O falso Papai-Noel é uma vez por ano, a caridade deve ser praticada o ano inteiro. É preciso riscar esse personagem de nossa história. Papai-Noel não é cristão embora seja colocado em um festa tão bonita como o Natal. O Natal é de Nosso Senhor Jesus Cristo. Olhemos para a pobreza do Presépio e vejamos que o Senhor de nada precisou a não ser o carinho de seus pais. Nasceu pobre, sem palácio o Rei da glória se fez humilde. Naquela gruta, em uma noite fria, contou apenas com o necessário o colo de Maria, uma manjedoura que foi seu primeiro berço, o calor dos animais... "O Rei vestido de toda luz celestial desceu em nosso meio, o Santo dos santos que antes se manifestou a Moisés na arca de ouro, agora se manifesta o Verbo numa manjedoura!" Veio para os seus, ... , veio para os pobres e a todos quis salvar... Se o Natal não significar isso, se for apenas uma data qualquer então ele deixa de ser o Natal cristão e passa a ser o Natal pagão.           

A imagem moderna do Papai Noel, com uma roupa vermelha e branca, uma barba longa e um saco de presentes, se consolidou a partir de um poema do século XIX chamado “Uma visita de São Nicolau”, escrito por Clement Clarke Moore. Nesse poema, (fictício), ele descreve o Papai Noel como um homem alegre e bondoso que viaja em um trenó puxado por renas. Esse poema foi ilustrado por Thomas Nast, um cartunista alemão que trabalhou na revista Harper’s Weekly4. 

A partir daí popularidade do Papai Noel aumentou ainda mais na década de 1920, quando a Coca-Cola fez uma campanha publicitária usando a imagem do Papai Noel para promover o seu refrigerante. A empresa contratou o artista Haddon Sundblom, que se baseou no poema de Moore e nas ilustrações de Nast para criar um Papai Noel mais simpático e humano, que se tornou um ícone do Natal em todo o mundo, ele entra em contradição em vários aspectos. E aqui vou mostrar que este personagem tão conhecido como se fosse cristão na verdade não tem nada a ver com o verdadeiro espírito cristão do Natal.        

Estamos acostumados a ver este personagem que é apresentado pelo comércio como um velho barrigudo de cabelos brancos e barba longa, que vestido de vermelho carrega um “saco vermelho” de supostos presentes e que dizem morar no Polo Norte. Em muitos casos aparece dirigindo um trenó mágico puxado por renas que voam...

          O Papai-Noel não é e nunca foi um símbolo cristão reconhecido pela Igreja porque ele traz em si a carga negativa da ambição do comércio de obtenção de lucros onde, (as crianças que é foco principal), os mais ricos recebem deste suposto personagem os presentes que são comprados, enquanto que os pobres não recebem sua visita e nem seus presentes. As crianças pobres são deixadas à margem com suas ilusões e frustrações por não ganharem seus presentes. Porque sendo ele um personagem criado pelo comércio ele atrai para si o lucro e a gastança. O comércio não está interessado com a caridade como esteve São Nicolau. Pelo contrário ele é um personagem satânico criado para obter lucros e ofuscar a figura de São Nicolau que como diz a história, na noite de Natal distribuía dinheiro e presentes aos mais os pobres. São Nicolau também dava dinheiro para aquelas moças pobres que queriam se casar, mas, não tinham dote. São Nicolau ao contrário do Papai-Noel não vendia ilusões e nem fazia propaganda para o comércio. Ele praticava a caridade em forma de presentes. Foi daí que surgiu o costume de dar presentes no Natal. Se inspirássemos em São Nicolau o "bispo da caridade" o Natal seria mais cristão e menos comércio. Os bens passam, as coisas passam só a Palavra de Deus permanece. Celebrar o Natal de forma exterior é fácil, é cômodo pra muita gente, porém, ele nada contribui para nossa salvação e não passa de mais uma data no calendário comum. Ao passo que celebrar o Natal da forma que ele foi criado no calendário litúrgico como estabelece a Igreja Católica nos trará frutos para a vida eterna:

           👉CIC. N.11.6 Mistério do Natal

 

§525 Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu. A Igreja não se cansa de cantar a glória dessa noite:

 

Hoje a Virgem traz ao mundo o Eterno /E a terra oferece uma gruta ao Inacessível./ Os anjos e os pastores o louvam/ E os magos caminham com a estrela./ Pois Vós nascestes por nós, Menino, Deus eterno!

 

§526 "Tornar-se criança" em relação a Deus é a condição para entrar no Reino; para isso é preciso humilhar-se, tornar-se pequeno; mais ainda: é preciso "nascer do alto" (Jo 3,7), "nascer de Deus" para tornar-nos filhos de Deus. O mistério do Natal realiza-se em nós quando Cristo "toma forma" em nós. O Natal é o mistério deste "admirável intercâmbio:

 

O admirabile commercium! Creator generis humani, anima corpus sumens, de Vir gine nasci digna tus est; et procedens homo sine semine, largitus est nobis suam deitatem - Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade, assumindo corpo e dignou-se nascer de uma Virgem; e, tomando-se homem intervenção do homem, nos doou sua própria divindade!

                O Natal é, portanto, a celebração do mistério da presença de Deus entre nós. Deus, na plenitude dos tempos, fez-se humano, exceto no pecado. O Evangelho de São João diz: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

          A desumanidade do comércio criou o personagem “Papai-Noel”, uma mentira porque esse nunca existiu e os malefícios que ele traz ao promover a falta de caridade e ambição nas pessoas.

Quanto dói ao pai de família ver o filho chorar e dizer que “Papai-Noel não veio, não trouxe meu presente que pedi!” (...) E o pai em lágrima nada pode fazer porque não teve dinheiro para comprar o presente e dar ao filho.

O Papai-Noel é uma fantasia. Ele não existe e os pais deveriam ensinar isso aos filhos para que eles soubessem desde cedo esta verdade e parassem de ser enganados por esse personagem satânico.

Quem é o Papai-Noel?

Ele é uma pessoa fantasiada, se não é o Pai, é um parente ou um ator contratado, nada mais. O Papai-Noel não é símbolo do Natal cristão. Ele é símbolo do Natal pagão que tira o verdadeiro sentido do Natal.

👍O Natal cristão é a celebração do Nascimento de Jesus Cristo. Que se fez pobre, nascido em uma gruta no meio de animais e deitado numa manjedoura. Ele o Rei da Glória nasceu pobre e humilde, escolheu uma família humilde para estar conosco. O maior presente do Natal não vem do Papai-Noel, mas, do próprio Deus que se fez um de nós para nos salvar. E o maior presente foi a Salvação. Ele morreu na cruz por nós. Quer presente maior? E nós no dia de Natal lhe rendemos louvor, ação de graças e adoração ao Filho de Deus. Em gesto de agradecimento oferecemos algum presente a Ele no dia em que celebramos seu nascimento? O presente que Jesus quer é que vivamos segundo o que ele ensinou no seu Evangelho, expulsando de nós todas as superstições e coisas que podem nos afastar de Deus e o Papai-Noel é uma delas. Ele nada contribui para a nossa fé e nossa salvação.

👉Os pais cristãos devem ensinar seus filhos o que verdadeiramente é o Natal e extirpar de vez a figura deste personagem para que Cristo volte a ser o centro da celebração do Natal.

Cada vez mais há uma corrente do mal de pessoas que tentam destruir o verdadeiro Natal. Na Europa por exemplo, em alguns lugares não se pode desejar “feliz Natal” às pessoas porque dizem isto pode ofender as pessoas de outros credos. Então no lugar dizem “boas festas”.

Desde quando surgiu a celebração do Natal não houve quem contestasse em dar um "feliz natal" uns aos outros, porém, os poderosos deste mundo estão agindo em uma corrente contra o cristianismo em geral e contra a Igreja Católica e perseguindo-a, tentam a todo custo acabar com as festas religiosas e com seus verdadeiros sentidos. A estratégia é pegar as festas cristãs e paganizá-las ao modo do comércio, pois, tirando a atenção das pessoas e levando-as à inveja, ao espírito da soberba e da gastança elas esquecem do verdadeiro sentido religioso das celebrações e passam a desprezar Jesus Cristo a sua verdadeira Igreja. Logo essas pessoas se tornam ateus, e se afastam de Deus vivendo apenas suas fantasias comerciais.   

Porque enquanto o comércio promove com seu Natal pagão da gastança, da comeria, das bebedeiras, a Igreja ensina que o dia de Natal é dia santo, dia de jejum e oração e de fazer caridade. Os católicos devem participar da Santa Missa. Devemos fazer caridade todos os dias, mas, o Natal nos convida a olhar de perto a realidade dos mais pobres.

O Natal também é tempo de renovação em que devemos deixar que Jesus renasça em nossos corações. Devemos abrir nossos corações para deixar o Rei da Glória entrar.

Devemos inspira-nos da Santa Família de Nazaré. Viver a humildade e o amor. Por isso esse artigo é um convite para fazer você pensar:

De que maneira você celebra o Natal?

Você já parou para pensar que mesmo sendo cristão, você perdeu a oportunidade de celebrar os Natais passados de maneira correta?

Muitos acreditam na tal "mágica do Natal", o Natal cristão não tem mágica é a festa do Deus que se encarnou. Que veio habitar em nosso meio. "A Palavra se fez carne..." - Jo1, 1 - Deus não fez nenhuma mágica e o sentimento natalino cristão deve ser de louvor, adoração e agradecimento pelo grande amor de Deus que de tal maneira amou o mundo que deu o seu Filho único para todo que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna. (Jo3, 16)  

Esse é um convite para você. Não faça do Natal apenas uma data a mais no calendário. Dê sentido verdadeiro ao Natal em sua vida celebrando e vivendo de forma intensa como verdadeiro cristão. O que é o Natal para você?

Jesus é verdadeiro Sol da justiça, ele veio nos salvar.

"Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas, terá a luz da vida!" (Jo8, 12)

Vamos a gradecer, louvando a Deus por ter nos dado seu Filho Jesus e rezar como fez São Zacarias pai de São João Batista:

 

 

"Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi, (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade), salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam, para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua santa aliança, o juramento que fez ao nosso pai Abraão: resgatar-nos da mão dos nossos inimigos para o servirmos sem medo, em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias.

E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar o caminho, para dar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados, por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente, para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz".   (Lc1, 68-79)

 

E com Nossa Senhora rezemos o Canto do Magnificat:

 

 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se exulta em Deus meu Salvador. Porque atentou na humilhação de sua serva; Sim! Doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas a meu favor. Se nome é santo e sua misericórdia se perdura de geração em geração para aqueles que o temem.

Agiu com força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso, depôs os poderosos de seus tronos e a humildes exaltou. Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel seu servo, lembrando de sua misericórdia – conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e sua descendência para sempre!” (Lc1, 46-55)

 


domingo, 3 de dezembro de 2023

ADVENTO, UM NOVO TEMPO SE INICIA

 "Estejam preparados, porque o filho do homem virá no momento em que menos esperais!" Lc12, 40


Estamos iniciando mais um ano litúrgico da Igreja. O ano litúrgico, diferente do calendário normal começa no primeiro domingo do Advento e termina no domingo com a solenidade de “Cristo Rei”.  

Tudo quanto Deus criou é bom. E uma de suas criaturas, o tempo, talvez seja a mais implacável e impassível de todas. Contudo, por fazer parte da vontade de Deus, ele é bom. Não por acaso que o próprio Deus, ao entrar e viver durante trinta e três anos no tempo, Ele o santificou. Ao penetrar no tempo humano, Deus se encarnou revelando-se a si e, revelando-se, revelou o Seu plano salvador. (fonte: formação.cancaonova.com)

O tempo do Advento é um tempo de preparação, a Igreja nos propõe a meditar sobre esta esperança que é Cristo que se encarnou, que veio morar conosco, (Jo1, 14). Ele, a Palavra viva veio habitar em nosso meio. Aquele que os profetas anunciaram, o Messias, que na plenitude dos tempos foi enviado para nos salvar.

O Advento, que vem do latim "Adventus", significa "chegada" ou "vinda"¹. É o primeiro tempo do Ano Litúrgico, que antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde se espera o Nascimento de Jesus Cristo¹. Durante esse período, os fiéis vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz.

 

O Advento é caracterizado por duas importantes vindas de Jesus. A primeira é a chegada do Menino Deus, que se encarnou no gênero humano para nos dar a salvação eterna. Portanto, os cristãos celebram com muita alegria o nascimento do Menino Deus. O segundo significado refere-se à sua vinda definitiva, aquilo que a teologia vai chamar de advento escatológico. Sendo assim, além de se prepararem para receber Jesus que vai nascer, os fiéis devem se preparar para esperar Jesus que virá gloriosamente³.

 

A palavra “advento” significa “vinda” ou “chegada”. Cabe então a pergunta: “vinda ou chegada de quem?”. Obviamente, nós católicos, preparamo-nos para a chegada de Jesus. É Ele quem já está às portas! Acontece que essa vinda possui dois significados muito importantes. O primeiro é a chegada do Menino Deus, que dignou-se encarnar no gênero humano para nos dar a salvação eterna. Portanto, celebramos com muita alegria o nascimento do Menino Deus.

 

O segundo significado refere-se à sua vinda definitiva, aquilo que a teologia vai chamar de advento escatológico. Sendo assim, além de nos prepararmos para receber Jesus que vai nascer, devemos nos preparar para esperar Jesus que virá gloriosamente. Conforme podemos perceber, o tempo do Advento possui um significado profundíssimo e uma espiritualidade toda singular. Se nós vivermos com verdade e com devoção o que essa liturgia nos oferece, certamente teremos a nossa vida transformada por inteiro. (fonte: formação.cancaonova.com)

 

O Advento é definido pelas quatro semanas que antecedem o Natal, começando no Domingo mais próximo do dia 30 de novembro e indo até o dia 24 de dezembro.

 

Neste contexto aparece a figura São de João Batista, o precursor, batizando, anunciando a vinda do Messias e chamando o povo ao arrependimento, pois, era chegada a hora em que o Salvador deveria vir. “Eu sou a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor!” – Is40, 3

Durante o tempo do Advento a Igreja nos faz recordar este apelo de João Batista. Para que nós também preparemos nossos corações para acolher o Cristo que vem.

Não é apenas um tempo de preparação para o Natal. Mas é um tempo que é de expectativa pelo Natal, também é um tempo de expectativa pela segunda vinda de Jesus.

Esse convite de São João Batista se torna atual, afinal Nosso Senhor veio, cumpriu sua missão e subiu ao céu, mas, antes deixou claro que voltaria um dia glorioso. A Igreja, esposa imaculada de Cristo, aguarda incessantemente e na anuncia a sua chegada e mantém esta esperança, vigilante e atenta.

O tempo do Advento vem nos mostrar que devemos estar atentos pois, não sabemos o dia e nem a hora em que o Senhor virá.

Devemos preparar nossos corações e fazer dele a “manjedoura” onde Jesus se sinta acolhido.

Celebrar o Natal de modo externo, como se fosse uma data qualquer sem fazer a experiência desse “Deus-Conosco” que veio para nos Salvar, como muitos fazem é paganizar o Natal. Hoje em dia se tornou uma festa comum que até os não cristãos celebram por acharem bonito simplesmente. Mas, para o cristão de verdade celebrar o Natal é muito mais que uma data comemorativa do calendário, é o momento em que paramos para celebrar com alegria esse Deus que desceu do Céu e se fez homem para nossa Salvação. Por isso o Advento é o tempo em que como se ouvindo os apelos de São João Batista “preparemos nossos corações para entrada do Re da Glória”. Ao mesmo tempo um convite para aguardar a chegada do Cristo, Senhor e Juiz eterno.

O Advento nos faz lembrar que devemos ser como as virgens prudentes que mantiveram suas lâmpadas acesas até a chegada do noivo. Ou seja, estarmos vigilantes, pois o noivo está às portas e virá buscar sua esposa a Igreja. Quem não estiver com suas lâmpadas acesas, se lhes faltar o óleo, virá o noivo e não entrarão para as núpcias.

O tempo do Advento é um convite. Estais preparados! Eis o tempo de graça, de preparação para a vinda do Senhor Jesus. Vinda esta que será definitiva. Ele virá como Rei e Juiz das nações. O apelo de João Batista não é somente para aquele tempo. É preciso estarmos preparados.

No tempo de João Batista a mensagem da chegada do Messias tocou o coração de muitos em Israel menos dos fariseus que achavam sobrepor a vontade do Deus Javé. No entanto as pessoas simples entenderam a mensagem. O convite de João ressoou em todos os cantos "eu sou a vos que clama no deserto, aplainai os caminhos do Senhor, endireitai suas veredas!"

João falava de um arrependimento sincero que devemos ter até os dias de hoje. Jesus não nascerá de novo, pois, ele está ressuscitado. Porém é preciso estar preparado. Nosso coração deve estar limpo, como uma estrada bem construída para que quando o Rei passar não encontre empecilhos. A terra der nosso coração deve estar limpa sem os espinhos do pecado, sem as sujeiras do egoísmo. Esse caminho deve estar sempre limpo porque o Rei um dia chegará de surpresa. Como ele mesmo disse, estais preparados. 

Essa mensagem de São João Batista foi para aqueles dias, mas, é atualizada para nós hoje. Como está sua vida? Como está a estrada de seu coração? O Senhor virá um dia seja na Parusia (para Julgar os vivos e os mortos), seja no dia de sua morte. Estais preparados!

Jesus contou a parábola do homem rico (Lc 12, 16-20) que vangloriando-se de ter feito uma boa colheita e enchido os celeiros podia descansar tranquilamente, mas, não sabia que naquele mesmo dia Deus pediria conta da sua alma. Não adianta nada encher os celeiros e sorrir sem se importar com nada ao redor, pois, nada nesse mundo é nosso. Daqui nada se leva. Devemos ser ricos sim, mas, ricos das coisas de Deus. Este é o tesouro que devemos juntar na eternidade. (Mc8, 36)

O Advento nos convida a pensarmos nesta possibilidade de um dia estarmos diante de Deus, Senhor e Juiz e o que vamos apresentar diante dele em prestação de contas de nossos atos aqui na terra? 

Estais preparados!         

     

                

           

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

FOI CONSTANTINO QUE FUNDOU A IGREJA CATÓLICA? QUAL A OGRIGEM DA PALAVRA PAPA E O QUE ELA SIGNIFICA? A IGREJA CATÓLICA É A ÚNICA QUE JESUS FUNDOU?

    Há aqueles que ainda insistem em afirmar que foi Constantino o fundador da Igreja Católica. Em sua maioria aprenderam de pessoas que tentam denegrir a historicidade da Igreja. Em muitos casos essas pessoas se deixam atrair por historiadores desinformados na história da Igreja. 

    A maioria das pessoas aprenderam isso nas escolas e em ensinamentos protestantes que por ódio à Santa Igreja de Cristo tentam passar essa inverdade. Mas, para você que deseja saber a verdade dos fatos tratarei de explicar que a Igreja começou muito antes de Constantino, pois, como  bem sabemos ela foi fundada por Jesus e continuada pelos Apóstolos ao longo da História. 

       Constantino nasceu no século III, mais precisamente em 26 de fevereiro de 272. Antes dele nascer a Igreja já existia, não tão organizada como existe hoje porque naquele tempo os cristãos foram perseguidos até Constantino anistiar o cristianismo. Tanto é verdade que a Helena, mãe de Constantino já era cristã e católica quando Constantino nasceu. E a sua conversão em parte se deve à sua mãe.  

     A anistia aos cristãos aconteceu no Império Romano do Ocidente, mas, no Império Romano do Oriente os cristãos ainda eram perseguidos. A Igreja Católica já existia e foi o Imperador Teodósio I ou Teodósio o grande quem declarou a Igreja como religião oficial do Império Romano no ano de 380 como o "Édito de Tessalônica". Foi Teodósio que declarou a Igreja Católica como religião de todo império. Portanto onde está a base que Constantino fundou a Igreja Católica?  

    A Igreja Católica de Roma, onde está o Papa, é uma das mais antigas Igrejas Católicas. Sim porque havia várias Igrejas Católicas tanto no Ocidente, quanto no Oriente. Portanto, o nome da Igreja é Católica e Apostólica, e "romana" porque se refere ao lugar em que está situada que é Roma. Assim a Igrejas Católica e Apostólica está em todo mundo formando as Igrejas particulares com suas Dioceses e Paróquias. 

    Documentos que provam que a Igreja já existia muito antes de Constantino existir.

    Com muita frequência, presenciamos pessoas sem estudo e conhecimento histórico falando bobagens dentro de universidades ou mesmo em igrejas protestantes. Se estudassem mais sobre história, lessem mais ao invés de repetir o que outros falam, com certeza descobririam o quanto a ignorância e a falta de conhecimento têm cegado a muitos. Muitos sustentam a ideia de que a Igreja foi fundada por Constantino no ano de 324 d.C. Acho que esquecem de um pequeno detalhe: De que Igreja, então, foram os 32 Papas que existiram entre Pedro (o primeiro Papa) e Constantino?
    Bem, vamos aos documentos de fato, que é o que nos interessa. Documentos que provam que a Igreja já existia muito antes de Constantino existir.
Desde Cristo, a Igreja era chamada simplesmente de Igreja. Mas o seu caráter universal (“Ide a todos os povos…”) fez agregar-se a ela a palavra católica (katolicon, do grego universal). O primeiro escritor da Igreja que apresenta a expressão católica foi Santo Inácio de Antioquia, martirizado em Roma, em 107 d.C.
Santo Inácio nos fala abertamente da Igreja Católica, na sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
    Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”.
    Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele fez menção de “todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. São Cipriano em 249, antes de Constantino nascer, e antes do Concílio de Nicéia, testemunhava: “Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist. 55, n.1, Hartel, 614);
“E não há para os fiéis outra casa senão a Igreja Católica.” (Sobre a unidade da Igreja, cap. 4); “Roma é a matriz e o trono da Igreja Católica.” (Epist. 48, n.3, Hartel, 607).
    No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
    São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: “é necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente”. (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Veja a lista dos primeiros Papas da Igreja:



  
Fonte: A fé explicada

A IGREJA CATÓLICA MUITO ANTES DE CONSTANTINO

    O próprio livro de Atos, presente tanto nas Bíblias católicas, quanto nas protestantes, começa sua narração em Jerusalém e termina quando São Paulo chega em Roma (At 28). Há um propósito do próprio Cristo quando aparece para São Paulo: "Na noite seguinte aproximou-se dele e lhe disse: 'Tem confiança, assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que dês em Roma' (At23, 11) - porque o livro de Atos é uma transferência, a Igreja sai de Jerusalém e se estabiliza em Roma.
     São Pedro quando escreveu sua primeira carta, escreveu de Roma. Ora se escreveu de Roma é porque São Pedro já estava lá e isso é uma prova de que São Pedro já exercia sua missão de bispo de Roma e sua função de Papa (pai) daquela Igreja. (1Pd 5, 13) - "A Igreja de *Babilônia (*pois assim era conhecida Roma naquele tempo), saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho."
     O termo católico vem de "universal", ou seja, a Igreja é uma só no céu e na terra, tendo um só cabeça que é Jesus Cristo, (Ef 1, 22). Ela está em comunhão no Céu e na terra.
              Em Hb12, 22-23 - "Vós, ao contrário vos aproximastes da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da universal assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão nos céus, e de Deus, juiz de todos os espírito dos justos que chegaram à perfeição"... Isto que quer dizer catolicidade, a comunhão dos santos. Assembleia em grego é Igreja e universal é católico. Daí podem os protestantes afirmar "Ah mas, o termo católico não aparece na tradução grega, foi a Igreja Católica quem inventou ".
Pois é, esta citação dos versículos acima é da Bíblia protestante Ferreira de Almeida. Se tal argumento fosse sólido, porque a tradução protestante traz em si a mesma citação católica? Acontece que a Bíblia protestante Almeida foi traduzida da Bíblia King James, que é a Bíblia britânica que traz uma tradução bem fiel aos originais e lá está escrito "general assembly" que tem o mesmo contexto de universalidade ou catolicidade. A Igreja Católica, desde o princípio é uma só em todo mundo. O mesmo culto, a mesma doutrina, o mesmo batismo. Diferente das placas denomicionais das igrejas protestantes. Cada uma com seu culto, o batismo de uma não serve na outra, o culto de uma é diferente da outra, a doutrina de uma não serve na outra, etc, etc.
           Enquanto que a Igreja Católica unida ao seu Papa e aos demais bispos conserva a mesma unidade a mais de 2000 anos e tem o pastoreio universal, sem o pastoreio universal não pode existir a Igreja e será apenas uma seita. A Igreja depois que se firmou estabeleceu sua base em Roma. A Igreja de Roma se tornou a Sede, a Igreja-mãe de todas as outras por todo o mundo. E mesmo as igrejas ortodoxas eram sim, ligadas a Roma. Pois, a própria carta aos Hebreus prova que a comunidade dos hebreus era submetida a Sé de Roma. E como podemos provar isto? Podemos provar já no finalzinho da Carta dos Hebreus que esta Carta foi mandada da Sé de Roma para a comunidade dos hebreus:
"Irmãos, eu vos peço que acolhais esta palavra de exortação. Aliás, eu vos envio apenas algumas palavras. sabei que nosso irmão Timóteo foi libertado. Se vier logo, irei ver-vos juntamente com ele. Saudai todos os vossos dirigente se todos os santos. os da Itália vos saúdam! (Hb13, 22-23)

Note que:

a) A carta saiu da Igreja de Roma para a comunidade dos hebreus.
b) A carta, além de todos os ensinamentos dá notícias do Apóstolo Timóteo que foi libertado e traz um convite, o escritor manifesta o desejo revê-los e espera que o depositário desta carta vá à Roma encontrá-los.
c) A Igreja já estava estruturada com um corpo eclesiástico, pois, aquela comunidade depositária da carta contava com seus dirigentes e uma assembleia que é chamada de santos. Os batizados eram chamados de modo geral, de santos. Pois, santo quer dizer, escolhido, separado.
Aqui deixa claro que nem Constantino, nem Teodósio foram fundadores da Igreja Católica. A Igreja já estava lá em Roma muito antes conforme o desígnio de Deus. Ela foi sonhada pelo próprio Deus, amada pelo próprio Deus. Não poderia ser de outra forma, até porque nenhum homem tem poder de fundar uma Igreja senão o próprio Cristo que deu sua vida por ela na cruz do Calvário. Todas as vezes que vejo alguém dizer que fulano e ciclano fundou uma igreja você deve perguntar se foi este ou aquele que morreu por ti ou ou foi o fulano. Qual poder que o ser humano tem de fundar uma igreja? Nenhuma. Porque o homem não é Deus, não pode morrer e ressuscitar e nem salvar ninguém dos seus pecados. A Igreja existe para dar continuidade à Salvação trazida por Cristo e para ser a ponte que liga o céu e a terra em um só louvor. Por isso ela tem que ser única. Tem que ser Una, Santa, Católica e Apostólica.

As evidências da catolicidade da Igreja nos primeiros séculos
A Igreja é uma só, una, santa, católica e apostólica

1. At 1, 14 - A reunião dos Apóstolos no cenáculo, também com eles Maria e outras santas mulheres, em oração aguardavam a descida do Espírito Santo. Qual é o sinal? Eles rezavam juntos em união com Maria.
2. At 1, 15-26 A eleição de Mathias em substituição a Judas Scariotes. Foi feita uma reunião onde os Apóstolos elegeram por meio de um sorteio aquele que ocuparia o lugar de Scariotes no grupo dos 12.
Se lermos o capítulo 1 vamos ver que logo no v. 13 aparece na lista apresentada por São Lucas a figura de Pedro como o primeiro da lista seguido dos outros. Não é por acaso que São Lucas o fez, mas para dar importância aquele que é o portador das chaves dada do Jesus para governar a Igreja. E v. 15 Pedro se levantou e fez um discurso introdutório antes da eleição. Ali, presente diante de aproximadamente 120 pessoas, ele relembra o que houve com Judas Scariotes e diz que é necessário que fosse nomeado outro no lugar de Judas, dos quais tinha que ser alguém que os tivesse acompanhado durante o tempo em que o Senhor esteve com eles desde o batismo de João até a Ressurreição. Por quê? Porque era necessário que este escolhido tivesse conhecimento dos ensinamentos de Jesus, fosse justo e teria que dar testemunho da Ressurreição. Pedro estava à frente da Igreja, sob as orientações de Pedro a Igreja fez a escolha de dois homens José Barsabás o justo e Mathias, depois da oração, a sorte foi lançada em Mathias.
Notemos aqui a união da Igreja e sua organização desde o século I onde Pedro como chefe da Igreja é o primeiro a ser ouvido e as decisões tomadas em conjunto só foi possível com um magistério de 120 pessoas e a autoridade de São Pedro. É o que a Igreja faz até hoje. Pedro é pontífice porque é ele que faz a ponte, essa é função papal dada por Jesus a Pedro em Mt 16, 19. E os Apóstolos e toda a comunidade sabiam disso e por isso levavam todas as situações a Pedro e era ele quem dava a última palavra. Depois de São Pedro os outros papas até chegar a nós nunca foi mudado. A Igreja de descrita em atos já tinha uma hierarquia onde os Apóstolos (primeiros bispos) juntamente com São Pedro a governava.

At2, 5-11 - Na descida do Espírito Santo várias pessoas pregaram o mesmo Evangelho. Eles que eram de línguas diferentes, mas a pregação foi uma só, recebida nas suas próprias línguas. Isto é, os Apóstolos falavam em Hebraico, mas o Espírito Santo permitia que eles entendessem a mensagem do Evangelho em seus próprios idiomas.
Para quê? Para haver uma só doutrina no mundo todo, não houvesse confusão nem divisão. O Espírito Santo ele é unificador e não divisor. Não pode ser católico se não houver unidade.
At4, 32 - "A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma". A Igreja verdadeira que é a Igreja Católica conserva essa união de fé de oração e de doutrina desde Pentecostes. O que está fora deste contexto de catolicidade são as seitas. A Igreja sempre foi Católica e Apostólica e é assim até os dias de hoje, no Oriente, no Ocidente, nas Américas e em todo lugar. Em torno de um só Senhor que é Jesus Cristo e sob o governo do Papa sucessor de São Pedro.

Jesus disse a Pedro: "Tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt16, 19) - A Igreja nasceu do dom total de Cristo para a nossa Salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. "O começo e o nascimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Cristo agonizante na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja. Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz. (CIC 766)

Jesus não disse a Pedro "sobre ti fundarei as minhas igrejas e cada uma terá um nome e uma placa diferente, uma doutrina e um culto diferente". Jesus disse: "sobre ti (Pedro) fundarei a minha Igreja". Está no singular. Uma só é a Igreja de Jesus. Esta Igreja é a Igreja Católica e Apostólica constituída por Jesus permanece até hoje.

               Estava no coração de Cristo o desejo que os homens fossem assistidos por ele após sua paixão, morte, ressurreição e subida aos céus. Para ficar conosco ele criou um novo povo dando-lhe uma Nova Aliança que não foi firmada no sangue de animais, mas, com seu próprio sangue selou uma aliança eterna. Nessa aliança fundou sua Igreja e pelo Sacramentos Batismo somos enxertado nessa Igreja que também é seu corpo e a Eucaristia sua presença real no Pão e no Vinho sua presença Real em Corpo e seu Sangue, alma e Divindade e ao mesmo tempo se dá em alimento de todas as almas completando este mistério de amor. Somente a Igreja Católica pode dar-nos este Sacramento de amor que é Jesus Sacramentado. "Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos". Mt28, 20.
Portanto, a Igreja Católica é uma só porque um só é seu Fundador e Salvador que por nós morreu e ressuscitou e nenhum outro homem por mais santo, nem pastor, e, nem padre, nem bispo que se desligar dela não terá nenhum poder se fundar outra, pois, esse poder só coube a Jesus Cristo que é Deus e Senhor.
     A Igreja é preparada na Antiga Aliança, fundada por Cristo, realizada na Cruz redentora e por sua ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do céu como assembleia de todos os resgatados da terra. Ela é ao mesmo tempo, visível e espiritual, sociedade hierárquica e corpo místico de Cristo. Ela é una formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério. A Igreja é no mundo presente, o sacramento da salvação o sinal e a salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens. (CIC 778, 779, 780)

                            

   O PAPA

    Alguns dizem "mas Papa não existe" porque na Bíblia não existe nenhuma menção que Pedro tenha sido o primeiro Papa. Realmente não há. Porque Papa é um título e não uma função. É um título dado ao bispo da Igreja de Roma que é, por assim dizer, a Igreja mais velha. E foi lá que São Pedro e também São Paulo terminou seus últimos dias solidificando aquela Igreja como Mãe de todas as outras. É por isso que o bispo de Roma, ou seja, o Papa é considerado o sucessor de Pedro. Com exceção das igrejas protestantes e algumas igrejas ortodoxas em sua maioria todas aceitam e concordam que o Papa é mesmo o sucessor de Pedro, não por acaso, mas pela própria História da Igreja e a sucessão apostólica que lhe ela tem initerruptamente. Desde o início da Igreja a autoridade de Pedro como primeiro pastor era aceita. Encontramos várias passagens em que Pedro era quem decidia e dava a última palavra. Os Apóstolos e os demais cristãos conheciam a autoridade que Jesus, sendo a "Pedra Angular" deu a Pedro como sendo a "rocha" o "alicerce" que sustenta a fé da Igreja (Mt16, 18-19). Sobre Pedro está fundada a Igreja de Cristo, sobre ele está a autoridade de Cristo simbolizada pelas chaves o poder de abrir e fechar de ligar e desligar, o que Pedro na condição de pastor decidir pelo sim e pelo não será acatado na terra e no céu. Pedro sempre foi respeitado como primaz entre os Apóstolos o "príncipe dos Apóstolos" dado por Jesus a ele como chefe da Igreja. Os Apóstolos que eram0 fiéis a Jesus reconheciam a autoridade de Pedro como chefe da Igreja terrena e seu Vigário e respeitavam suas decisões como sendo do próprio Cristo. Os Apóstolos reconheciam em Pedro a própria autoridade de Jesus Cristo.

        A autoridade que foi passada ao bispo de Roma é muito grande e por causa disso é que a Igreja honrou-lhe com o título carinhoso de Papa ou "papai". Pai de toda a Igreja que é família cristã. Assim como toda família tem um "pai", o bispo de Roma é chamado carinhosamente de "papaizinho". Ele, que depois de ser provado no fogo foi designado o pastor primaz da Igreja, "Apascenta minhas ovelhas!" Jo21, 17.
           Veja que em nenhuma outra passagem dos evangelhos Jesus diz tão diretamente como no v. 17 do Capítulo 21 de São João. Note que estava ali Pedro e João (Jo21, 20). Jesus tem uma conversa particular com Pedro e depois de ter a certeza de ele o amava mais do que os outros pede que ele seja o pastor das suas ovelhas. Ou seja, Nosso Senhor naquele momento sagra seu primeiro bispo como 'pai" de todos os outros e de toda a Igreja que com ele se erguia. É por isso que a Igreja até os dias de hoje chama o bispo de Roma de Papa. Por causa desta autoridade dada a São Pedro e consequentemente ao seu sucessor. E foi ali, em Roma, na comunidade de Roma que São Pedro permaneceu e deu sua vida em testemunho de Cristo. Foi naquela comunidade que ele viveu seus últimos anos que toda a Igreja Católica em todo mundo reconhece em nome da autoridade de Cristo o Papa como chefe e legítimo sucessor de São Pedro.
            
     Há uma controvérsia porque enquanto alguns estudiosos defendem que a Igreja Católica de Roma foi fundada por São Pedro, outros dizem que foram os discípulos e que quando São Pedro chegou à Roma ela já existia. O fato é que a Igreja Católica de Roma é a Igreja onde o seu bispo traz em si o primado de Pedro.
Onde surgiu a palavra "Papa"?

     "Papa" é uma palavra de origem italiana que quer dizer "papai" ou "paizinho". É um título carinhoso que surgiu a partir do século VI para se referir aquele que foi colocado por Cristo nas função de Pai da Igreja Católica e que se firmou a partir dos séculos IX-X para se referir exclusivamente ao bispo de Roma. É por isso que muitos confundem esta palavra como se ela fosse uma função. Enquanto que a função do Papa é ser bispo, isto é, ser o pastor.
    
Certamente, esta interpretação está longe de ser correta, assim como a interpretação do jogo de palavras "Pater Patrum" ("padre dos padres"), que seria uma descrição e releitura posterior do ofício papal.

Do ponto de vista histórico-etimológico, o termo "papa", no entanto, não é um acrônimo, mas uma palavra de origem grega, que significa "pai", "papai", em sentido familiar e carinhoso. É o termo usado nos primeiros séculos do cristianismo para dirigir-se ao clero, sobretudo aos bispos. Foi a partir dos século IX-X que se tornou exclusiva do Bispo de Roma: de "pai" em sentido específico a "pai" de Roma.

Nas Catacumbas de São Calisto está o testemunho mais antigo em Roma do uso da palavra "papa" referida ao Bispo de Roma. O diácono Severo declara haver recebido a ordem do bispo romano Marcelino (296-304) de construir um nicho sepulcral familiar dentro de tais catacumbas: “iussu pp. sui Marcellini diaconus iste Severus fecit…” (cfr. Testini, Archeologia cristiana, Bari 1980, p.384). Resumindo: é a história de um termo genérico que, com o passar do tempo, assume um significado cada vez mais específico, até tornar-se exclusivo.

O documento "Dictatus Papae", nascido no ambiente gregoriano durante a luta das investiduras, os termos "sumo pontífice" e "papa" são usados como sinônimos. Desde cerca de dez séculos antes, a palavra "papa" indicava apenas o Bispo de Roma.

Apesar de existirem vários títulos do papa (Sumo Pontífice, Bispo de Roma, sucessor de Pedro, Patriarca do Ocidente (este último deixado de usar por Bento XVI), Primaz da Itália etc.), o teologicamente mais verdadeiro e do qual derivam todos os outros é "Bispo de Roma" e, portanto, herdeiro e sucessor de Pedro e cabeça do colégio apostólico.

Dois textos, um da antiguidade e outro dos nossos dias, falam da importância do título romano:

"Dado que seria demasiado longo enumerar as sucessões de todas as Igrejas, tomaremos a máxima igreja, muito antiga e conhecida de todos, fundada e construída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo; mostraremos que a tradição que ela tem, dos mesmos, e a fé que anunciou aos homens, chegaram até nós por sucessões de bispos… Porque, é com esta Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda a Igreja… na qual sempre se conservou a tradição que vem dos Apóstolos" (cf. S. Irineo, Contra as heresias).

"Na comunhão eclesial existem legitimamente igrejas particulares com tradições próprias, sem detrimento do primado da cátedra de Pedro, que preside à universal assembleia da caridade, protege as legítimas diversidades e vigia para que as particularidades ajudem a unidade e de forma alguma a prejudiquem" (Lumen Gentium, 13).

(Artigo do Pe. Giovanni Roncari, professor de História da Igreja, publicado originalmente em Novena.it)


Outros títulos dado ao Papa

Santo Padre

Entendendo-se novamente o termo “padre” no sentido latino de “pai”, esse título acrescenta à paternidade espiritual também o caráter de santidade inerente à vocação e missão confiada ao Papa por Cristo.

Pontífice

Vem do latim “pontifex”, derivado por sua vez de “pons”, que significa ponte. Quer dizer “construtor de pontes”. Frequentemente, vem antecedido pelo adjetivo “Sumo”, do latim “Summus”, que significa “máximo”, “supremo”.

Servo dos Servos de Deus

Adotado por São Gregório Magno em 602, esse título reflete o papel do Papa como aquele que está a serviço de todos os fiéis, que, por sua vez, também estão a serviço de Deus, a exemplo de Jesus Cristo: o próprio Cristo, sendo Deus, se fez homem para nos servir e salvar.

Vigário de Cristo

Adotado no século V por São Leão Magno, esse título recorda o papel do Papa de representar Jesus na terra como pastor das suas ovelhas. “Vicarius” tem a mesma raiz de “vice”, ou seja, substituto, sucessor, representante, aquele que exerce legitimamente as funções de outro.

Bispo de Roma

Como sucessor de São Pedro, todo Papa herda a missão de ser o bispo da Cidade Eterna.

Primaz da Itália

Historicamente, cada região da Igreja tem um cardeal primaz, isto é, um líder primário da Igreja naquela área específica.

Sua Santidade

Embora mais usado como referência ao Papa, esse título que primariamente evoca a santidade do seu posto como Vigário de Cristo é usado também para líderes de outras tradições cristãs, principalmente orientais, inclusive em comunhão com Roma (nas diversas tradições orientais também é bastante usado o título “Sua Beatitude”). A título de precisão, usa-se “Vossa Santidade” quando se fala diretamente à pessoa do Papa.

Soberano do Estado da Cidade do Vaticano

Título que reconhece o poder temporal do Papa como líder do Estado Vaticano independente. 

Fonte: pt. aleteia.org

            

sábado, 11 de novembro de 2023

EXPLICAÇÃO SOBRE MATEUS 7,6 "Não deem aos cães o que é sagrado, não joguem pérolas aos porcos!"

 

Mateus 7, 6 diz: "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos. Se fizerem isso, eles poderão pisoteá-las e, voltando-se contra vocês, dilacerá-los". 

Jesus usa de metáfora para ensinar seus discípulos a ter discernimento e cuidado na hora de pregar evangelho.

"Cães" e "porcos" representam aqueles que rejeitam Jesus Cristo, desprezam a verdade e vivem em pecado. A "pérola" é uma metáfora para dizer que a mensagem do evangelho, que é preciosa e sagrada não pode ser lançada de qualquer maneira e com segundas intenções. Se lermos a partir do versículo “1” vamos ver que esta passagem está de um contexto:

a)     Não devemos julgar as pessoas. A mensagem de salvação deve ser uma proposta não imposta. Quem prega deve toma cuidado para não apontar o dedo para os defeitos dos outros. Jesus pede que antes de mais nada devemos procurar fazer um exame de consciência porque muitas vezes somos mais errados do que aqueles que tentamos corrigir. Não podemos agir com hipocrisia. Aqui Jesus deixa claro que o que se espera de nós é o exemplo. Não agir com hipocrisia para que as pessoas vejam com as nossas atitudes aquilo que o Evangelho lhes propõe.

b)     E o versículo “7” vem complementar o versículo “6” no que se refere à oração. Devemos bater à porta (de Deus), pedir com o coração sincero porque o Pai Celeste ouve aqueles que pedem com sinceridade, segundo suas necessidades. O versículo anterior diz que não se pode lançar aos cães coisas santas. Isto quer dizer que dentro do contexto, nossa oração deve ser direcionada para coisas boas. Coisas que irão servir para nossa santificação. Não de deve orar, por exemplo, pedindo dinheiro, para ganhar na loteria, etc. Porque isso se conquista com trabalho.  Mas, pedir a o aumento da fé, a cura de uma enfermidade para si ou para alguém, o discernimento para certas situações, o dom para entender a Palavra, o pão de cada dia, ... Na oração do “Pai Nosso” estão todos as graças que devemos pedir. Porque uma oração mal feita é “dar pérola aos porcos”.

Jesus neste discurso ensina-nos que devemos ter cuidado tanto com o anúncio da Palavra, quanto também à maneira que pedimos as coisas a Deus. Não é errado pedir. Mas, é importante saber o que pedir para que nossa oração não seja feita de egoísta, como uma criança que acha que o pai pode dar tudo o que ela quer, do jeito que ela quer e na hora que ela quer. Não! Deus não age assim.

 

c)     E por fim, Jesus vai nos dizer que devemos ter cuidado com falsos profetas. Falsos pastores que chegam disfarçados de ovelhas. E mais uma vez Jesus pede discernimento para que a gente possa verificar quais são as obras desses falsos pastores. Hoje, o que mais tem são falsos pastores dentro e fora da Igreja. Lobos vorazes que estão em busca de ovelhas frágeis para enganar e extorquir, usando a palavra de Deus como argumento, ludibriam e enganam muitas pessoas. Mas, veja! Jesus essas pessoas farão obras, iguais aos verdadeiros profetas, porém essas obras não vêm Deus e não serão reconhecidas por Ele. O demônio também faz milagres para enganar as pessoas e tirá-las do verdadeiro caminho. É por isso que Jesus disse “guardai-vos dos falsos profetas”.          

 

Portanto, tudo no capítulo 7 está dentro de um contexto: “A mensagem da Palavra de Deus” e os “falsos profetas”.

Por outro lado, Jesus nos ensina que a mensagem sagrada do Evangelho não deve ser compartilhada com aqueles que não estão dispostos a aceitá-la, pois, eles podem rejeitá-la e até mesmo atacar aqueles que a compartilham. No entanto, isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas. Em vez disso, devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade. O Evangelho é uma pessoa, Jesus Cristo. Ele é a Palavra viva encarnada que não pode morar em corações que não queiram aceitá-lo. Por outro lado, o coração de quem aceita o Evangelho e  o pratica com amor é como um terreno fértil onde a semente plantada nascerá e dará muitos frutos. (Lc13, 23). 

É importante lembrar que Jesus é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6). O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos. A porta estreita pela qual os verdadeiros discípulos devem passar.

Os santos viveram sua vida de forma radical procurando aproximar o mais perto possível daquilo que o Evangelho propõe. Nesse sentido passaram por muitas coisas. Privações e perseguições a fim de estreitar ainda mais seus laços com Jesus tendo a convicção que estão do mundo, mas, não são do mundo. Viveram intimamente ligados a Ele no seu sofrimento na cruz, enfrentando tudo e a todos. Isto é, passaram pela “porta estreita”, a porta das ovelhas onde o único pastor é Cristo.    

A oura explicação que a Igreja Católica ensina sobre Mateus 7,6 é semelhante à interpretação geral, mas com um foco adicional na administração prudente dos sacramentos e na pregação da palavra de Deus. 

Nesta passagem, Jesus usa uma expressão popular para ensinar o discernimento prudente na pregação da palavra de Deus e na distribuição dos meios de santificação.

A Igreja sempre atendeu a este aviso, especialmente no sentido de respeito com que administra os sacramentos, especialmente a Sagrada Eucaristia. 

Portanto, "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos" é uma instrução para ser cauteloso ao compartilhar a verdade do evangelho com aqueles que podem não estar prontos ou dispostos a recebê-la. Isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas, mas sim, que devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade.

 

 

 

 

UMA FALSA IGREJA CATÓLICA DENTRO DA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA? - A CRISE NA IGREJA CATÓLICA

  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...