sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A INQUISIÇÃO CATÓLICA - O que é mito e o que é realidade.


Contexto Histórico – é impossível falar sobre a Inquisição sem antes falar do contexto histórico. Estamos falando da Idade Média e não tem como  a gente julgar tudo que aconteceu naquele período com a mentalidade da nossa época. São épocas diferentes.
Para entender isso temos saber que o que foi a Idade Média. 
A maioria dos historiadores destrói esse período da história da Igreja. O que apresentam não é um corpo saudável, autêntico, mas, algo dilacerado, algo destruído. Mostram somente o que lhes convém de forma esdrúxula,  equivocada e distorcida. De propósito ou não retrata de forma  incorreta o que foi esse período que envolveu a Idade Média.
A Idade Média começou em 476 d.C com a queda do Império Romano do Ocidente, a partir dai começa a progrediu o Império Romano do Oriente ou Império Bizantino que durou até o ano de 1.453 d.C. Praticamente mil anos. Com a queda do Império Romano Bizantino iniciou-se a Idade Moderna.
Esses mil anos tiveram características fortes e foi o tempo em que marcou a história da Igreja.
Em 476 d.C a Igreja Católica já tinha quatro séculos de existência, cessou as perseguições, o Imperador Constantino já tinha liberado o culto cristão no Império Romano Ocidental. Mais tarde o Imperador cristão Teodósio oficializou através do Edito de Milão o cristianismo como religião oficial do Império Romano. 

A Igreja já estava estruturada, mas, havia ainda campos em crescimento. Com a paz de Constantino e o Edito de Milão de Teodósio  a Igreja saiu das catacumbas para ganhar terreno mundo afora.
Quando o Império Romano do Ocidente caiu em 476 d.C, muitas invasões aconteceram, como por exemplo a invasão dos bárbaros (300-800 d.C)  houve uma grande degradação da humanidade.
 A Igreja Católica teve um papel fundamental na reestruturação da sociedade através da evangelização, da arte, da cultura, da música, etc. Transmitiram os valores cristãos na reaglutinação e na fundação e formação de uma nova sociedade. 
Uma sociedade alicerçada nos valores evangélicos. Valores morais, doutrinários autênticos tutelados pela Igreja Católica Apostólica Romana.
É justamente aí no florescimento de um novo tempo para a evangelização é que surgem instruções para evangelização, para transmissão dos valores cristãos na Europa.
 A Igreja deu alicerce a uma sociedade que vai ser conhecida como a cristandade. Totalmente marcada pelos valores evangélicos – a Fé católica.
Após 476 d.C – o que ficou de pé para erguer a sociedade foi a Igreja Católica. Portanto, é um absurdo como muitos querem chamar a Idade Média de Idade das Trevas quanto que a história mostra que é o contrário. Na medida em que a sociedade foi se solidificando o Estado passou a distorcer o pensamento cristão influenciando não só a Igreja, mas, a sociedade como um todo.
Não houve um período tão producente como a Idade Média. 
Houve um enorme avanço no campo espiritual e social, também na intelectualidade. As escolas e universidades surgiram graças a Igreja Católica. A arte, a música, a literatura, a ciência, a agricultura e a política. Tudo se expandiu na Idade Média com a colaboração da Igreja Católica. 
Dá para imaginar o que acontece quando em uma sociedade alicerçada nos valores cristãos começa a ter pessoas que propagam valores contrários a esses valores querendo implodir a sociedade... A reação vai ser comum para todos. Não é que seja uma reação só da Igreja mas de um todo. Temos que lembrar que naquela época o que prevalecia era a vontade do Rei e dos Imperadores e a Igreja era controlada por eles. As autoridades não tinham espírito democrático. Se um rei amanhecesse com a vontade de decapitar alguém ele o fazia, mesmo que a Igreja dissesse não.
  
Vamos fazer uma comparação: Se chega algum grupo que resolvem queimar uma cidade inteira. Mesmo que a Igreja pedisse com amor e que dissesse que é pecado mortal, naturalmente não iriam atender e a sociedade iria reagir para defender a cidade.
A mentalidade política e religiosa daquela época era mais ou menos assim e foram totalmente influenciadas pelos valores cristãos e cujos, seguiam-no seriamente, não é como hoje. 
Antes de falar da Santa Inquisição temos que falar sobre o assunto que foi a causa da instituição da Santa Inquisição para combater as heresias. 

O que são as heresias?


Heresia significa escolha, opção, e é um termo com origem no termo grego haíresis. Heresia é quando alguém tem um pensamento diferente de um sistema ou de uma religião, sendo assim quem pratica heresia, é considerado um herege.


Heresia é uma doutrina que se opõe frontalmente aos dogmas da Igreja. Fora do contexto da religião, uma heresia também pode ser um absurdo ou contrassenso.
A heresia acontece quando qualquer indivíduo ou um grupo resolve ir contra uma religião, em especial aquelas que são muito rígidas. A heresia surgiu com a Igreja Católica desde os primeiros séculos,  em especial no período da Idade Média, por pessoas que ensinavam coisas contrárias aos dogmas e à Doutrina. 

A definição de heresia tanto da Igreja Católica como das Igrejas Protestantes, é que heresia é quando alguém é contrário as mensagens ensinadas por Jesus, e a heresia é dita na própria Bíblia.
Uma heresia consiste na negação ou dúvida pertinaz, por parte de um cristão, de alguma verdade que se deve crer com fé divina. As heresias apareceram ao longo da história da Igreja pela negação ou recusa voluntária de uma ou mais afirmações de fé. Por sua transcendência teológica e política, são destacadas as heresias relativas à natureza e missão de Cristo (arianismo, nestorianismo e monofisismo, entre outras); em relação à liberdade do homem e à ação de graça (pelagianismo, protestantismo), em relação à luta entre o bem e o mal (maniqueísmo, catarismo, etc.); em relação à função, à vida e constituição da Igreja (valdenses, hussitas, protestantismo, etc.).
A partir do século IV os concílios ecumênicos passaram a ser o principal instrumento eclesiástico para a definição da ortodoxia e condenação das heresias e desde o século XVI a vigilância doutrinal passou a ser exercida pela Sagrada Congregação da Inquisição, chamada Santo Ofício desde 1908 e da Doutrina da Fé a partir de 1965.
Nos estados em que o catolicismo era a religião estatal, os hereges contumazes eram entregues com frequência ao braço secular para aplicação das penas civis, que podiam incluir pena de morte. Na sua própria esfera, a Igreja impõe penas canônicas, sendo que a mais importante é a excomunhão.

Heresias Cristológicas - Heresias cristológicas são ideias e doutrinas a respeito de Jesus Cristo que vão contra os ensinamentos da Igreja Católica. Algumas dessas doutrinas heréticas são: docetismo, adocionismo, arianismo, apolinarismo, nestorianismo, monofisismo e monotelismo.
 
Heresia do grego hairésisquer dizer “tomar a parte” –  no sentido de solapar, roubar ou subtrair.
 No momento em que se pega um artigo da Fé, nós temos no Credo 12 artigos que expressam a Fé da Igreja. Se pegar um desses artigos e retirar daquilo que ensina a Igreja isso é uma heresia.
A partir do momento em que a pessoa não aceita e não concorda mais e que não professas mais essas verdades ela está desintegrando algo que para nós é precioso, isso que é a heresia. O herege é aquele que distorce os pontos de verdade de fé estabelecidos pela Igreja, não a fé num todo porque aí se torna Apostasia que é abandonar a fé completamente a ponto da negação de Deus. Se bem que as heresias são caminhos que levam a apostasia.     
As heresias também são ensinamentos errados que alguém prega contrários à verdadeira doutrina da Igreja Católica e da Sagrada Escritura.
Durante toda a vida da Igreja surgiram muitas heresias. E tais até são advertidas pelos Apóstolos que viriam por meio de falsos pregadores.  

Entendendo o assunto dentro  da História


A gente sabe que no mundo muito sensível à fé isso é uma faca de dois gumes porque no mesmo momento em que retamente orientado é ensinado a verdadeira doutrina, a fidelidade da fé que o Senhor Jesus deixou através da sua Santa Igreja muito bem. Se explorar isso em outra direção você já sabe onde vai dar. Vejamos nos nossos dias a multiplicidade de seitas protestantes que vão se proliferando em cima de fantasias, heresias e aberrações. 
Surgem falsos pastores, falsos ensinamentos até do sentido e do estilo cristão. Hoje as pessoas são mais esclarecidas e podem discernir com mais clareza o que é bom e o que não é. Mas, naquela época havia uma grande parte da população que não tinha instrução, nem sabia ler e escrever, poucos tinham acesso à leitura, às escolas eram apenas para os nobres. 
Entre as mulheres era pior porque algumas mesmo sendo nobres eram proibidas de serem alfabetizadas. Poucos tinham acesso à Sagrada Escritura e o catecismo era passado verbalmente pelos padres. Naquela época não existiam livros, os escritos eram pergaminhos, não existia o papel e a bíblia impressa foi inventada bem mais tarde durante a reforma protestante. Como é que a Igreja Católica iria lidar com essa situação? A Inquisição foi para aquela época uma saída encontrada.

O mais grave é as seitas em todos os tempos encontram pessoas e público para isso. Os Cátaros rapidamente cresceram em cima dessas afirmações fantasiosas, apocalípticas, etc. 
Esses Cátaros passaram a impor seu ponto de vista de tal maneira que absurdamente houvesse discordância ou refutação daquilo que eles estavam ensinando, das bobagens que eles pregavam (que qualquer cristão bem formado na Fé da Igreja os refutava facilmente, como acontece hoje com as heresias das seitas protestantes), eles  reagiam de forma agressiva. 
Agiam com violência. Invadiam as igrejas e as destruíam. Começou uma espécie “nova guerra” contra as imagens, invadiam as aldeias e matavam as gestantes porque consideravam que a matéria era algo de mau, se as mulheres estavam gerando matéria, então havia algo mau dentro delas; sem levar em conta a vida que estava sendo gerada. Esfaqueavam-nas no próprio ventre. 

No século XI, XII até o XIII a sociedade estava muito estabilizada e influenciada pelos valores cristãos, a medida em  que alguém levanta a voz contra esses valores, não se torna apenas um problema teológico, mas, se torna um problema de paz social, poderia virar um caus (e isso quase aconteceu), a sociedade não aceitou esse tipo de coisa. Ainda mais aberrações como estas de matar as gestantes.

A partir disso a coisa ficou complicada. Os Cátaros cresceram e a Igreja de alguma forma teria que reagir. O próprio Estado já começou a reagir  contra essas pessoas muito antes do pronunciamento da Igreja.  Os reis, ducados e principados da época começaram a fazer justiça contra essas pessoas antes mesmo da instalação dos Tribunais Eclesiásticos diocesanos, regionais e locais, o que aconteceu oficialmente somente no Século XIII.

 A sociedade reagiu contra essa seita de  lunáticos e hereges e porque não dizer demoníaca e várias delas foram linchadas quase como uma legitima defesa. Foi a partir daí que os monarcas tiveram que intervir com uso da força. 
 A partir do momento em que essa intervenção vai perdendo o controle é que a Igreja precisou intervir no sentido de conter os abusos. A Lei da época era o Direito Romano não ajudava. A pessoa acusada era presa e logo vinha o julgamento e se condenada, dificilmente tinha chance de defesa. Não existia o Habeas corpus, nem advogados, nem um julgamento justo para os acusados.  

A Igreja agiu para equilibrar a justiça dando oportunidade aos acusados de se explicarem e se defenderem. Era esse o verdadeiro sentido da Inquisição. Ou seja, a Igreja iria investigar se a havia cometido heresia ou não, se aquelas pessoas presas  por alguma acusação eram culpadas ou não.

Nos primeiros cinquenta anos que os Cátaros vinham fazendo suas barbaridades (até 1150 d.C) a Igreja ainda tentou resolver com o diálogo.  Mandou bons pregadores, dente eles São Bernardo de Claraval, que foi enviado aos cátaros para tentar convertê-los.
 Isso mostra o cuidado e o zelo da Igreja como mãe pelas almas. Não foi propósito da Igreja em matar ninguém. Tanto que uma pessoa culpada de heresia podia voltar atrás, se arrepender confessar-se e após fazer penitência voltar a ter uma vida cristã normal. 

Ah! Mas, a Igreja mandou pra fogueira muita gente, torturou, matou muita gente. Sim, havia uma “guerra”. Houve muitos conflitos, revoltas, mortes. Os Cátaros e seus seguidores radicais como os radicais islâmicos não quiseram o diálogo, embora a Igreja o quisesse. Isso gerou um conflito e o Estado teve intervir e aplicar as leis e as sentenças, não foi Igreja. O Estado prendeu, matou e torturou quem ele quis bem antes da Igreja entrar no caso.

E por que não se fala, por exemplo, que dos missionários que foram enviados para tentar converter os Cátaros muitos foram agredidos e até mortos? 
Porque muita gente está preocupada não com a verdade, mas, em apenas mostrar a coisa de forma que a Igreja fosse culpada de tudo de ruim que aconteceu na Idade Média, como algo de ruim para a sociedade. Essas mentiras sobre a Igreja Católica vem desde a época do iluminismo (XVII e XVIII d.C) e os protestantes pegaram o mesmo barco. 
Os iluminismo foi um movimento da burguesia que buscava liberdade política e econômica, nos ideais de Igualdade, liberdade e Fraternidade eram contrários ao regime político e religioso da época, sobretudo ao poder da Igreja e as verdades da fé. 
Seus fundadores foram: John Locke, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Quesnay e Adan Smith, . Esse grupo que mais tarde ficou conhecido como "iluminatis". 

Seus objetivos eram o uso da ciência e da razão, o conhecimento crítico de todos os campos do mundo humano, a defesa do conhecimento racional contra as superstições, preconceitos e ideologias. E sobretudo se desvencilhar do poder da Igreja. (Muitos eram ateus); de tal maneira criticavam o poder da Igreja e não reconheciam o trabalho que ela fez durante a Idade média, que eles consideram como (trevas) atraso para sociedade passando a chamar então esse período de Idade das Trevas,  consideravam que somente à partir daquele tempo é que as pessoas seriam iluminadas com a verdade de seus pensamentos.   

         O que é mentira desses iluministas porque foi a Igreja que ergueu a sociedade decaída em toda Europa na Idade Média e sem ela não existiria uma nação civilizada. 
Essa verdade não se aprende nas escolas, cursinhos e universidades e os jovens saem das escolas aprendendo que a Igreja Católica é malvada e condena as pessoas. Fruto de maus historiadores, pessoas que copiam aquilo que foi passado desde a época do iluminismo.

Imagine naquela época a pressão sofrida pela Igreja Católica por parte das pessoas de fora. E essas pessoas de fora, já condenando esses hereges, e muitos já condenados à morte mostrava que alguma coisa estava errada com esses tribunais que não tinham a presença da Igreja. Então a pressão vinha de fora e ao mesmo tempo de dentro porque a Igreja tinha que manter a retidão da fé. 

Então nos primeiros 50 anos a Igreja tentou o diálogo. São Bernardo de Claraval tendo voltado da França disse os seguinte:

“As basílicas estão sem fiéis, os fiéis sem padres, os padres sem honra só existem cristãos sem Cristo”.

Mostrando com essas palavras a grave situação que a França vivia naquela época com a expansão da seita dos Cátaros.
    

Imaginem a gravidade do caso e o caus que a Europa estava vivendo naquela época.
Ressaltando que: Como os maus feitos tinham suas raízes na questão da fé, nenhum Estado tinha autoridade para julgar o caso a não ser autoridade espiritual é da Igreja. 
O que produzia o fruto podre estava dentro da própria Igreja, já que os Cátaros eram um grupo de padres que se desviaram da fé. E cabia à Igreja assumir e julgar o caso. O que o Estado tentou fazer se extrapolou, pois, era preciso que o Estado fizesse justiça de forma civil e material, na forma de fazer justiça espiritual cabe à Igreja ela precisou intervir. Só que se esses crimes tinham raízes espirituais, na negação da fé e na heresia era primeiro ouvir a Igreja para escutar da Igreja se de fato existiu ou não a culpa. E a partir do momento que era realmente constatado a culpa da pessoa, que houve a distorção da fé, o sacrilégio, a usurpação da fé, tão só a partir desse momento é que garantida a culpabilidade dos réus o Estado fizesse a aplicação das penas no que a materialidade dos crimes, no sentido civil. Uma coisa é a instância espiritual e outra é a material. Por exemplo, uma coisa é um indivíduo ter roubado uma loja, outra coisa é o indivíduo negar a Deus como criador da terra. 
A Igreja Católica tendo instituído a Inquisição, a principio queria que os reis e os imperadores não saíssem fazendo justiça de qualquer jeito sem dar a chance da pessoa ter um julgamento justo. Pois, bastava a acusação de que a pessoa era herege que ela era presa e condenada. Sem dar ao acusado a chance de se explicar. 
O Estado não tinha competência para saber quem é herege ou não. Imagine nos dias de hoje se um juiz que não é cristão, não conhece e entende de teologia, nem conhece as leis da Igreja, tivesse que conduzir um julgamento de uma pessoa acusada de heresia... Essa pessoa teria um julgamento justo? Mas, se essa pessoa não fosse herege embora as provas (falsas) a acusasse...??? Pode ser que no Brasil as penas seriam leves, mas, em outros onde há pena de morte com certeza essa pessoa não ia ter chance alguma. 
Quando o Papa Gregório IX criou os Tribunais da Santa Inquisição foi para moderar essa situação para que as vidas dos inocentes fossem preservadas. Trazer também os hereges de volta pelo arrependimento. A Igreja não queria que fosse feita justiça pelas próprias mãos, que fossem chegando e matando, mas que essas pessoas fossem acolhidas de certo modo trazidas de volta se assim desejassem. Pois, a Igreja a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo propõe o caminho do perdão.
Ressaltando... que a coisa ficou tão grave que chegou o momento que a Igreja foi pressionada pelos dois lados interno e externo. Uma certa fatia da população um pouco inflamada e manipulada por algumas figuraças da época que se aproveitaram do momento para interesses espúrios começaram a pressionar a Igreja para que fosse mais dura com os hereges porque tinham um conceito errado. No sentido prático a Igreja viveu uma pressão muito grande. E aí uma série de concílios tratou desses assuntos e alguns Papas foram envolvidos nessa história. 
O Concílio de Latrão em 1139 já começou a discutir o que iria fazer a respeito; depois o Concílio de Lion em 1163 com o Papa Alexandre III; o Concílio de Latrão III em 1179, ainda com o Papa Alexandre III. E depois após o Concílio de Verona em 1184 com o Papa Lúcio III enviou mais missionários para converter os hereges, mas, ainda não teve o sucesso esperado. E surge o Decreto unindo o poder do Imperador com o poder eclesiástico, ou seja. da Igreja para que fosse julgado pelas duas instâncias.  Julgado pela Igreja o condenado herege era entregue ao poder do Estado para que recebesse a lei civil. A pena civil não era necessariamente a pena de morte.   
O Concílio de Latrão IV em 1215, com o Papa Inocêncio III intensificou a ação contra os hereges e aí aconteceu uma atitude militar mesmo que foi a chamada: “cruzada contra os albigenses” ou Cátaros. No sentido de impedir a destruição dos templos. E houve também necessidade do emprego maior da força militar pois a situação era grave mediante a fúria e a violência dos Cátaros. Era questão de legitima defesa e proteção da sociedade contra essas pessoas para proteger as famílias cristãs.
É importante ressaltar que muitos historiadores inventam tantas mentiras e escrevem tantos horrores sobre a Inquisição e não se vê os mesmos escreverem sobre as mortes causadas pelos extremistas islâmicos sobre a matança todas as pessoas que não professam o Islamismo. Sobre o genocídio, infanticídio e homicídios caudados por eles. Falam tantos absurdos do que foi a Inquisição sem nenhuma prova ou materialidade e fundamentação histórica certa. Esses mesmos historiadores não falam do massacre e do número das mortes causados pelo comunismo e os cristãos que são perseguidos diariamente por eles até os nossos dias.        
 

               
A Santa Inquisição, ou “Inquisição Católica” – foi um tribunal investigativo criado dentro da Igreja Católica com fins investigativos com o propósito de combater as heresias. 
A palavra Inquisição significa inquérito ou investigação.
Para entender melhor é preciso voltar atrás no tempo para entender que na Europa da Idade Média o que a lei que prevalecia era o Direito Romano. Consistia em que a pessoa acusada dificilmente poderia provar sua inocência, pois, depois de uma acusação, a pessoa era conduzida ao julgamento sem passar pelo processo de defesa como hoje temos em nossos códigos penais.

O que é a Heresia dos Cátaros?
Os Cátaros foi um movimento de padres que surgiu dentro da Igreja Católica no final do século XI. Esse grupo de pessoas  afastaram drasticamente da sã Doutrina e que negavam que Deus não era o criador da matéria. Esse grupo rapidamente se espalhou. A partir do ano 1100 eles já estavam fortalecidos e praticamente se tornado uma seita no sentido restrito da expressão. Os cátaros negavam uma série de verdades da nossa fé dentre as quais Deus como criador da Terra. Porque eles defendiam como herança de uma heresia vinda do século V – a heresia dos Maniqueus – que tudo aquilo que pertence ao mundo da matéria é mau. Se isso é um absurdo para nós hoje o que diária os cristãos daquela época?

Para os Cátaros Deus havia criado apenas o mundo espiritual e Jesus era apenas uma aparência. Um absurdo que a Igreja tratou logo de combater, pois, assim eles faziam entender que a matéria fosse entendida como algo mau, algo desprezível e que somente é bom aquilo que é o mundo espiritual. E nós sabemos que não é verdade baseado no próprio livro do Gênesis onde nos primeiros capítulos nos deixam claro de que Deus criou tudo e se agradou de sua obra.
De tal maneira que afirmando que tudo que pertence à matéria é mau negavam automaticamente o próprio Mistério da Encarnação divina, ou seja, o Filho de Deus, o Emanuel, Deus-conosco tenha feito homem para nos salvar.
Negando também o mistério da transubstanciação na Eucaristia, pois se a matéria é má é claro que Jesus não se faz presente na Eucaristia através da transubstanciação das espécies do pão e do vinho no seu Corpo e seu Sangue.
Imagine o conflito e a confusão na mente das pessoas daquela época, pois, o pensamento que a matéria era ruim como é que o Corpo e o Sangue de Cristo podia ser algo bom?
Para eles o mistério da Redenção estava jogado fora. Negavam que Cristo tivesse um corpo humano de fato, apenas uma aparência. Isso remonta outras heresias do passado. Jogam por terra o mistério da Redenção, jogando no lixo toda a base da Fé da Igreja. É uma heresia por quê? Porque o profeta Isaías nos diz já no Antigo Testamento quando fala a respeito do Salvador  que  “por suas chagas fomos curados”.
Essa heresia foi uma bomba jogada no seio da Igreja. Jogada não por pessoas de fora, mas, por pessoas de dentro dela.  
Quando falamos da Inquisição Católica temos que aprender que ela foi criada para esse propósito. Não foi criada para pessoas fora da Igreja, ou seja, de outros credos e para os judeus. Portanto a idéia passada de forma deturpada e caluniosa de que a Igreja perseguia as pessoas de outros credos, os judeus e as bruxas é totalmente falsa. E foi criada na época do iluminismo para tentar desmoralizar a Igreja Católica e tem muitos historiadores que escrevem e defendem as mesmas mentiras. Como também falsa a afirmação de que a Igreja usou de tortura e de instrumentos de tortura para perseguir a matar as pessoas. 
E os Cátaros começaram a ganhar força porque tinham uma pregação moralista e um pouco apocalíptica meio exagerada. E a gente sabe que no mundo sensível à fé. E isso é uma faca de dois gumes porque no mesmo momento em que retamente orientado e ensinado a verdadeira doutrina, agora se explorar isso em outra direção já se sabe onde vai dar.   
A Inquisição tinha um projeto espiritual no sentido de proteger e garantir que um acusado tivesse o direito de defesa que  vamos explicar mais adiante. 
Bem... Por causa dessa erva daninha que surgiu dentro da Igreja Católica por parte dos Cátaros a Igreja teve que tomar uma atitude no sentido de combater essa heresia e outras que viriam. Lembrando que a Igreja sempre lutou desde os primeiros séculos contra elas.
A coisa já tinha desandado para o campo da violência, pois, os cátaros invadiam as aldeias para matar as mulheres que estavam grávidas, com a justificativa de que elas estavam gerando matéria e a matéria não é coisa boa. Imaginemos se essa heresia tivesse prevalecido, é bem parecido com o que acontece com o aborto hoje em dia não é mesmo?
50-60 anos depois a situação se torna insustentável. Os imperadores e reis cristãos da época se levantaram contra os cátaros.
Como a lei da época era o direito romano, um crime contra a fé também era considerado um crime contra o Estado. Primeiro se tratava de um crime onde as pessoas de for da Igreja Católica que se levantaram e perseguiram estes cátaros, também conhecidos como albigenses, já que a cidade de Albi na França era uma importante cidade para essas pessoas.
A Igreja estava pressionada de todos os lados já que fora dela estavam perseguindo os cátaros. Dentro da Igreja o problema não era só físico, mas, também problemas de fé, pois, estavam lidando com a Igreja que é guardiã dos valores cristãos.
Então o Papa Lúcio III, em 1184 fez um acordo com o Imperador do Sacro Império Romano, Frederico BarbarroxaFrederico I, para poder unir o poder eclesiástico com o poder do Estado a fim de combater as Heresia Catarista.


A partir daí a coisa ficou clara e a Igreja passou a entrar para valer no combate aos Cátaros

Não temos como negar que essa aliança foi uma precisão no momento. Era preciso conter o distúrbio e o caus que havia se estabelecido na Europa por causa da heresia catarista. O Estado propôs uma aliança com a Igreja, ela avaliaria as questões de fé e o Estado sentenciaria os heréticos se assim fosse necessário.
Por causa desse acordo começa a surgir um fenômeno, o Estado passou a ter a autoridade de nomear os inquisidores, ou seja, as pessoas que conduziriam os processos e a ter prioridade na nomeação. 
Não é que só ele quem nomeava, mas, passou a ter prioridade as monarquias locais e foi a partir daí que as coisas começaram a fugir do controle da Igreja; os valores espirituais da Inquisição começam a ser colocados em risco, mas. Não de fato fez perder aquilo que foi a Inquisição em si mesma. Um fenômeno de ordem eclesiástica de época que deve ser entendido dentro do contexto histórico da época e que se transportarmos para os nossos dias corremos o risco de não entendermos que para aquele momento foi um remédio à situação em que a Igreja  e a Europa se encontrava para evitar uma hecatombe espiritual e moral e terminasse destruída por esse movimento. 

No ano de 1231 o Papa Gregório IX, instituiu o Tribunal do Santo Ofício  para toda a Igreja na Europa inclusive a França, (que depois vamos explicar o mito em torno da Joana d'arc e Galileu Galilei). 
De início a preocupação da Igreja era estabelecer um tribunal investigativo onde somente as pessoas católicas (e não de outros credos) que acusadas tivessem a chance de se defender. Esse Tribunal Eclesiástico cuidava das coisas espirituais e não valia para pessoas de outras confissões religiosas. O Estado fora da Igreja cuidava das penas e de início não havia mortes. E quando o Estado começa a fazer parte dessa aliança nem tudo foi lindo e de reta intenção como era o propósito da Igreja. Não há nenhum registro em que prove que houve morte pela Inquisição Católica de bruxas ou pessoas de outras religiões.   




Ao contrário das mentiras e os mitos que se propagam sobre a Inquisição Católica com o intuito de denegrir a sua imagem não houve matança no sentido de extermínio em massa por parte da Igreja. O que houve foram alguns distúrbios cometidos por pessoas de fora da Igreja e nomeadas pelo Estado que cometeram abusos sem ter autoridade para tal.

 Quando se fala em matança dá-se a ideia de extermínio em massa como aconteceu no nazismo, por exemplo. 
No entanto, isso não aconteceu na Inquisição porque esse não era o propósito da Igreja de matar pessoas. O propósito da Igreja era justamente o contrário, oferecer aos investigados uma chance de defesa já que o Direito Romano não dava.
A pena para uma pessoa condenada muitas vezes não passava de uma advertência, orações, jejuns ou até mesmo prestação de serviço em obras assistenciais da Igreja como os hospitais e orfanatos. E mesmo nas punições civis a maioria dos acusados não eram sentenciados.
A partir do momento em que o Estado começou a ter prioridade na nomeação dos inquisidores, pessoas que não estavam preparadas ou sincronizadas com o sentido espiritual da Inquisição é que infelizmente acabou surgindo os abusos. Na verdade o problema não era só em uma parte, mas, em vários lugares da Europa cristianizada. Havia uma grande pressão interna e externa na Igreja que se viu na obrigação de intervir para acabar com a heresia catarista
O Tribunal já estava instalado, mais forte era França, Alemanha e Itália, depois se estendeu para o restante da Europa.
E como o Estado tinha o poder na Inquisição por causa da aliança Estado e a Igreja, se um rei, governador ou imperador que tivesse um possível “inimigo” ou que tivesse alguém atrapalhando seu governo era muito mais fácil jogar para um tribunal que não era ele quem iria julgar e executar e  jogá-lo nas costas da instituição, no caso, a Igreja Católica.
Por exemplo: Se um nobre quisesse se livrar de alguém, (foi pouco, mas, aconteceu), ele influenciava a nomeação de um inquisidor que tinha a certeza de que terminado o processo o réu acabaria sentenciado por heresia e que a partir daquele momento fosse condenado já que estava totalmente entregue ao poder do Estado que teria que executar a pena; no fundo a intenção era simplesmente se livrar dela. 
Dá pra fazermos uma relação do extremismo cátaro com o extremismo religioso islâmico hoje?
 
Sim. Porque com pessoas extremistas não tem diálogo. Não dá para conversar com fundamentalistas e fanáticos religiosos.  Não há outra solução ser pelo uso de força militar, pois,l estas pessoas possuem uma fé cega.
Com a Inquisição não foi diferente. Para conter o avanço dos cátaros que tinham espalhado um verdadeiro terror naquela época. Assim como a invasão dos mouros foi preciso forte atitude por parte das autoridades da época a fim de evitar que o caus se estabelecesse em toda Europa. Pois, os cátaros invadiam as aldeias e matavam as mulheres grávidas.
Mas não dá para negar que a partir do momento em que o Estado toma parte da Inquisição o espírito mundano tira por assim dizer o caráter religioso da Inquisição. O que existia de radical no zelo pelas almas começou a ser deixado de lado porque pessoas que não entendiam o verdadeiro propósito da Inquisição tomaram conta da situação deixando uma marca naquilo que era o mais verdadeiro propósito da Igreja.
 Embora não fosse determinante, n em deixasse perder tudo aquilo que a Igreja fez de bom. Os abusos aconteceram não por ordem e desejo do Papa, mas por pessoas ligadas ao Estado.
 O que acontece é que muitos historiadores não estão interessados em mostrar a verdade e a maioria das escolas não ensinam o que foi verdadeiramente a Inquisição. Para eles não interessa mostrar a verdade senão mentiras no sentido de detonar e caluniar a Igreja.
Se a Inquisição fosse uma coisa tão errada ou complicada o próprio São Francisco de Assis que viveu naquela época, considerado o “pai da caridade” não teria deixado que seus confrades participassem da Inquisição.       
São Domingos de Gusmão era um frei dominicano, para quem não sabe foi um inquisidor. Ele também foi quem teve a visão da Virgem Maria – sob o título de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que juntamente com Santa Catarina de Sena – na qual lhe pediu para divulgar a devoção ao santo Rosário. Os franciscanos e os dominicanos representavam naquela época o que a Igreja tinha de mais santo. Eram pessoas idôneas e sérias. Eles pregavam a radicalidade da pobreza e das raízes dos primeiros cristãos jamais eles aceitariam participar de algo inescrupuloso se assim fosse.
Grande parte do que aprende nas escolas dos historiadores contemporâneos sobre a Inquisição Católica não passam de mentiras ou inverdades sem nenhuma prova. Os instrumentos de tortura que a gente vê nos livros e na internet, as mortes, as caçadas às bruxas, tudo não passa de invenção e fantasia.
E hoje nas salas de aulas e cursinhos universitários não tem espaço para debater cabendo apenas a verdade de um lado, o do professor que passa muitas vezes uma falsa verdade que ele também assim o aprender sem ao menos investigar a fundo sobre o que está ensinando. São as escolas de doutrinação. O problema é que não querem debater sobre o assunto.
Se levassem para um debate sincero, aberto cairiam por terra, pois não teriam argumentos e provas para justificar. Porque esse argumento que a Igreja matou, perseguiu, queimou bruxas, etc. não tem fundamento.
Às vezes era usado um boneco para simbolizar a queima de um determinado personagem e isso foi usado como se fosse pessoas de verdade que eram queimadas nas fogueiras.
Hoje em algumas igrejas, as pessoas escrevem seus pecados em um papel e queimam simbolizando que naquele momento desejam ser melhores e abandonar aquelas práticas pecaminosas. É mais ou menos assim que acontecia.        
Para desmistificar e mostrar a verdade o Papa João Paulo II em 1997 promoveu um simpósio – preocupado com em esclarecer e desmistificar os fatos sobre a Inquisição convocou 30 renomados historiadores para debater sobre o assunto e saber o que realmente foi a inquisição, e não necessariamente historiadores católicos, e descobriram muitos mitos e inverdades. Esses historiadores tiveram acesso aos arquivos do Vaticano relacionados a isso. A conclusão foi um livro de 170 páginas é o que temos de mais completo e atual na Igreja em matéria de pesquisa sobre a Inquisição Católica. O professor Felipe Aquino da Canção Nova escreveu um livro baseado neste estudo é o livro “Para entender a Inquisição”. Que é um resumo do trabalho desses historiadores.
O pedido de perdão feito pelo Papa foi pelos filhos da Igreja; pelo que foi feito durante a Inquisição cometeram abusos em nome da Igreja.
 A Igreja de Cristo é santa, os filhos membros dela são pecadores.
As três maiores lendas sobre a Inquisição Católica:
1 – O número de vítimas ou mortos - é a potência de 100 vezes mais multiplicados pelo menos. Se fosse assim a Europa inteira seria dizimada porque não existia toda essa população naquela época. Sem contar a peste negra que quase acabou com a população europeia.
2 – Durou 1000 anos não tem base nenhuma – a inquisição começou no século XIII até o século XV. Depois do século XV existiam focos de inquisição mas a Igreja já não tinha mais a ver com isso.
3 – Os instrumentos de torturas – a maneira como a Igreja teria torturado as pessoas. Vele lembrar que quem prendia, torturava ou matava não era a Igreja e sim o Estado. Os instrumentos de tortura não foram criados pela Igreja, eles eram instrumentos dos reis e ficavam nas masmorras dos castelos e serviam para torturar criminosos, prisioneiros de guerra e traidores. 
A Inquisição espanhola. – Quando a Inquisição da Igreja declina em toda Europa a partir do século XV, ela vai ressurgir não mais motivada pela Igreja Católica. Ela vai surgir por iniciativa do Estado tanto da Coroa Espanhola quanto da Coroa Portuguesa.
Houve um movimento de restauração da Inquisição por parte dessas duas Coroas sob o pretexto que precisavam purificar a sociedade da tendência de certa heresia. Valem lembrar que era o final da reconquista, os muçulmanos (mouros) tentaram tomar à força a Península Ibérica e foram contidos. Influenciaram a rainha Isabel de Castela que era uma mulher muito religiosa, com grandeza de espírito, por ter uma inocência muito grande foi cercada por pessoas que não tinham muita retidão de vida e tendo usado seu nome e sua autoridade fizeram uso espúrio pessoal disso e então a Inquisição espanhola e portuguesa foi diferente daquilo que foi a Santa Inquisição da Igreja Católica. A Inquisição espanhola e portuguesa não tinha nada a ver, nem autorização papal. Não era dirigida pela autoridade pontifícia. Tinha por "objetivo" expandir a ortodoxia católica em Espanha e Portugal. Com políticas de expulsão dos árabes da Espanha e conversão dos judeus.


No século XV a Espanha não era um estado unificado, mas sim uma confederação de monarquias, cada qual com seu administrador, como os reinos de Aragão e Castela, governados por Fernando e Isabel, respectivamente. No Reino de Aragão (na verdade, uma confederação de Aragão, Ilhas Baleares, Catalunha e Valência) havia uma Inquisição local desde a Idade Média, tal como em outros países da Europa, porém ainda não havia Inquisição no Reino de Castela e Leão.

A maior parte da Península Ibérica estava sob o governo dos mouros, e as regiões do sul, particularmente Granada, estavam muito povoadas de muçulmanos. Até 1492, Granada ainda estava sob o controle mouro. As cidades mais importantes, como Sevilha, Valladolid e Barcelona (capital do Reino de Aragão), tinham grandes populações de judeus em guetos.

Havia uma longa tradição de trabalhos de judeus no Reino de Aragão. O pai de Fernando, João II de Aragão, indicou Abiathar Crescas, um judeu, como astrólogo da corte. Muitos judeus ocupavam postos de importância, tanto religiosos como políticos.
O aragonês Fernando não pensava usar a religião como meio de controlar o seu povo, mas sim desejava as religiões judaica e muçulmana fora de seus domínios, e a Inquisição foi o meio que usou para atingi-lo. Muitos historiadores creem que a Inquisição foi o método usado por Fernando para enfraquecer os seus opositores principais no reino. Possivelmente havia também uma motivação econômica: muitos financistas judeus forneceram o dinheiro que Fernando usou para casar com a rainha de Castela, e vários desses débitos seriam extintos se o financiador fosse condenado. O inquisidor instalado na Catedral de Saragoça por Fernando foi assassinado por cristãos novos.
O papa não desejava a Inquisição instalada na Espanha, porém Fernando insistiu. Ele persuadiu a Rodrigo Borgia, então bispo de Valência, a usar de sua influência em Roma, junto ao papa Sixto IV. 
Borgia teve êxito, e a Inquisição foi instalada em Castela. Mais tarde, Borgia teve apoio espanhol ao seu papado, ao suceder Sixto IV, com o título de papa Alexandre VI.
Sixto IV era papa quando a Inquisição foi instalada em Sevilha em 1478. Ele foi contra, devido aos abusos, porém foi forçado a concordar quando Fernando ameaçou negar apoio militar à Santa Sé. Fernando obteve assim o que desejava: controlar sozinho a Inquisição espanhola.  

A Inquisição Espanhola foi uma decisão dos Reis de Espanha e Portugal, não tinha aprovação do Papa que foi ameaçado e forçado a apoiar a Inquisição.  O bispo Borja tendo usurpando da Cátedra de São Pedro se elegeu Papa comprando votos dos cardeais para dar apoio a Inquisição. Foi um Papa corrupto. Tornou-se Papa sem sucessão Apostólica.       
Então houve duas inquisições? Sim. A primeira conduzida pela Igreja do século XII até o século XV – com interesses religiosos, mas, também porque se juntou a ela a Estado, teve interesses políticos e não se pode negar que houve desvio de conduta com várias mortes inclusive, não podemos negar o fato. E houve após o século XV a Inquisição espanhola e portuguesa sob a responsabilidade dos reis de Espanha e Portugal, essa sim causou muitas mortes. E ainda uma terceira Inquisição após a reforma protestante no século XVI – sob o comando dos puritanos que perseguiu e matou muita gente, sobretudo os judeus da Alemanha que foram terrivelmente perseguidos por ela. Nessa última sim, os protestantes perseguiram gente de todo tipo: católicos, ciganos, judeus e as pessoas que eles achavam que eram bruxos (as).
A gente consegue chegar num número de 100 mortos nesses quatro séculos de Inquisição Católica. Esse número é de Tolouse na França onde aconteceram os episódios mais sangrentos. Nenhuma dessas mortes nos deixa felizes, mas, só para mostrar que o número de mortes na Inquisição católica não é esse que é contado pelos historiadores nas escolas e universidades. O acontece é que eles juntam as mortes das outras inquisições que não eram da Igreja, somam esse número a atribuem a culpa à Igreja Católica como se ela fosse responsável por elas. Tudo isso para denegrir e caluniar a Igreja. Mas, a grande maioria dos que foram julgados pela Inquisição Católica ou foram inocentados ou tiveram suas penas temporais, mas com pagamento de orações, penitências e obras de caridade.  


Historiadores sérios que não tiveram influência de nenhuma instituição ou ideologia nem associados à Igreja Católica fizeram um trabalho de pesquisa com autonomia e liberdade de pesquisa, cito aqui a historiadora Medieval Regine Pernoud, (Regine Pernoud - Em 1929, licenciou-se em letras na universidade de Aix-en-Provence. Mais tarde, doutorou-se em letras, diplomada pela École des Chartes e na École du Louvre. Ela trabalhou como conservadora em vários museus e arquivos. Dedicou-se sobretudo ao estudo da Idade Média.

Grande estudiosa e defensora da Idade Média, Régine Pernoud colocou em realce o papel da mulher na sociedade medieval. Ela foi uma das grandes especialistas da vida de Joana d'Arc, sobre quem ela publicou diversos livros. Seu livro mais famosos Pour en finir avec le Moyen Âge (Encerrando o assunto da Idade Média), recoloca nos devidos lugares, após 200 anos de perseguição, o período luminoso representado por essa época da História. )

E o historiador Jaques Le Goff (Jacques Le Goff (Toulon, 1 de janeiro de 1924 — Paris, 1 de abril de 2014) foi um historiador francês especialista em Idade Média. Autor de dezenas de livros e trabalhos, era membro da Escola dos Annales, empregou-se em antropologia histórica do ocidente medieval.



Antigo estudante da École Normale Supérieure, estudou na Universidade Carolina em 1947-48, professor de história em 1950 e membro da École Française de Rome, foi nomeado assistente da Faculté de Lille (1954-59) antes de ser nomeado pesquisador no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica), em 1960. Em seguida, mestre-assistente da VI seção da École pratique des hautes études (1962) - sucedeu Fernand Braudel no comando da École des hautes études en sciences sociales, onde ele foi diretor dos estudos. Cedeu seu lugar a François Furet em 1967. Na qualidade de diretor de estudo na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Jacques Le Goff publicou estudos que renovaram a pesquisa histórica, sobre mentalidade e sobre antropologia da Idade Média. Seus seminários exploraram os caminhos então novos da antropologia histórica. Ele publicou os artigos sobre as universidades medievais, o trabalho, o tempo, as maneiras, as imagens, as lendas. )

Esses historiadores com total autonomia remontaram aproximadamente entre 2500 a 3000 executados em pena capital onde o Estado passou a intervir na Inquisição e aplicar tais penas.
 

A Inquisição Católica - Do ponto de vista religioso e civil
  
     Do ponto de vista religioso não caberia nenhuma morte, nem é aceitável mas só para dizer que esse número não chega nem perto dos números que são indicados por aqueles que querem denegrir a Igreja Católica. Dentro do sentido do Evangelho a Inquisição não teria lugar garantido, agora dentro do período histórico a partir do que aconteceu dos movimentos de sociedade que se deram o fenômeno da Inquisição não é só tolerado quanto é compreensível. É preciso olhar para aquele momento da história diante do caus e desordem social e da possibilidade da implosão total dos alicerces que construíram a sociedade europeia a intervenção que acabou acontecendo era aceitável e necessária. Temos que analisar a história segundo o seu período e não transportá-la para nossa realidade. Bom seria se não tivesse nenhuma execução e esse é o sentido último, mas, é tolerável o que aconteceu diante da possibilidade de um total caus e total destruição da civilização europeia cuja estava vivendo aquela situação.  
O Caso Joana d’Arc - Joana d’Arc nasceu no ano de 1402 na França – ela viveu no período chamado “guerra dos cem anos” entre França e Inglaterra.
 Aos 13 anos Joana foi levantada por Deus para libertar a França porque a Providência divina através de uma visão do Arcanjo Miguel através de uma ação conseguiu convencer o Rei da França Carlos VI por um fato determinante ela libertou a França. Porque a providência interviu? Porque 100 anos mais tarde a Inglaterra se tornaria uma nação protestante e tentaria exterminar os católicos.  



Aconteceu que num determinado momento o bispo de Beauvais o Ms. Pierre Cauchon que era um fantoche do Rei da Inglaterra. Ms. Pierre por interesses pessoais e sem o conhecimento e a aprovação do decidiu instaurar um tribunal (Tribunal de Ruão) de Inquisição. Joana foi presa acusada de heresia. Um processo confuso, cheio de equívocos e a donzela se saiu muito bem dando respostas sábias e santas. Respostas católicas mais que qualquer teólogo. Mas, sem opção Ms. Pierre forjou um argumento espúrio e sem nenhum cabimento acusando-a de se passar como homem porque usou armadura para estar junto às tropas.
O bispo de uma cidade vizinha e amigo de Joana d'Arc compareceu ao julgamento e afirmou que se tratava de um processo fraudulento e ameaçou ir contar ao papa, mas, ao sair os guardas ingleses o prenderam.
Joana recebeu a pena capital, foi queimada na fogueira acusada de heresia. Alguns historiadores dizem que ela foi acusada de ser bruxa, mas, isso não é verdade.As provas que condenaram Joana foram todas forjadas.
   
Podemos perceber com esse processo e sentença de Joana d’Arc aquilo que havíamos aprendido antes: Quando pessoas de fora da Igreja interferiam na Inquisição abusos, mortes e violências como esta aconteceram. Não por vontade da Igreja, mas, porque uma situação como a de Joana demoraria meses e anos para que o Papa pudesse tomar conhecimento. Não havia, internet, telégrafo, rádio e TV. O portador poderia morrer pelo caminho vítima de assalto, peste e outras coisas.   

Podemos nos perguntar: Ah! Como assim a Igreja não tem culpa se quem condenou Joana foi um bispo católico?
Esse bispo agiu por interesses pessoais. Não tinha aprovação do Papa para conduzir tal julgamento. Por causa da aliança estado e Igreja, onde o Estado, passou a nomear os condutores dos processos passou a sentenciar pessoas sem provas. 
Na maioria das vezes a Igreja não dava aprovação mas, como a vontade do Rei que prevalecia tais processos eram levados adiante mesmo assim. E foi justamente as atitudes dessas pessoas que deu má fama à Santa Inquisição. 

A Igreja, mesmo tardia, retirou todas as acusações contra ela declarou-a santa. Sua beatificação aconteceu em 06/01/1412 pelo Papa Pio X e foi canonizada no dia 05/05/1920 pelo Papa Bento XV.

O Caso Galileu Galilei – Galileu Galilei era italiano de Florença; estudioso, físico, matemático e astrônomo e também filósofo que viveu entre 1564-1645. Ele defendeu uma tese de Nicolau Copérnico. Cuja afirmava que a Terra é que dava volta em torno do sol e não o contrário como era defendido na época que o sol dava volta em torno da Terra. Aliás, Nicolau Copérnico era um padre católico. 


Na vanguarda do progresso científico a Igreja como apaixonada pela verdade sempre esteve presente e não é verdade que ela era contra a astronomia porque um dos maiores e mais antigos observatórios astronômicos está no Vaticano. A maioria dos astrônomos eram leigos e padres católicos. Foram os padres católicos que contribuíram para o progresso da ciência – foi um padre católico que desenvolveu a teoria do Big-bang. Outro definiu as leis da genética. E o próprio Copérnico desenvolveu a teoria que o a Terra dá voltas em torno do sol.
As 30 primeiras crateras da lua receberam o nome de 30 padres jesuítas da Idade Média.
O que aconteceu é que Galileu não tinha condições científicas de como provar sua tese. Só 200 anos após em 1800 com o chamado Pêndulo de Foucault (em referência ao físico francês Jean Bernard Léon Foucault) que essa tese pode ser provada.
Ele então decide escrever um livro; queria que sua tese fosse aceita como conhecimento incontestável, algo que ainda estava em estudo.
Como ele não tinha como provar sua tese a Igreja pediu para que ele não publicasse o livro, mas, ele rejeitou e publicou mesmo assim.
Galileu então foi chamado pela Inquisição para dar explicações. Galileu se retratou perante o Santo Ofício. Ele era amigo do Papa da época, fato que desmente a versão que Galileu Galilei foi morto pela Inquisição. Pelo contrário, ele foi tratado com toda dignidade e respeito. Morreu de causa natural já idoso, recebeu os Sacramentos e teve todo conforto material necessário.

Quando a Igreja preparava para celebrar o Jubileu pelos 2000 da Redenção no ano 2000. O papa João Paulo II naquele Tríduo dos anos que antecederam: 1997, 1998 e 1999 fez um exame de consciência e pediu perdão pelos pecados dos filhos da Igreja ao longo da história. Não pediu perdão para a Igreja porque ela que nasceu do coração aberto de Cristo na cruz não pode ter pecado. Mas, pediu perdão pelos pecados que seus filhos(as) cometeram  ao longo da história ofuscando a verdade e se comportando de forma indigna com os valores evangélicos.   

Nesse estudo não estamos querendo justificar ou defender o injustificável. Mas, queremos ser justo mostrando o ponto de vista real da História que não aprendemos corretamente nas escolas. 
A partir daí você tem a chance de conhecer a verdadeira história e o que foi realmente a Inquisição Católica e para que ela serviu e porque para aquela época ela foi uma "solução" para os problemas que a Europa vivia na Idade Média.
Vamos entender a Inquisição Católica como um "remédio" para a situação da época. Sabemos que o remédio pode curar as vezes, mas, mesmo sendo bom faz algum afeito colateral adverso à indicação do problema. Assim foi a Inquisição, por um lado ela foi benéfica, porque acabou por conter o avanço das heresias e sobretudo o catarismo. De outro lado, provocou contratempos e nesse meio houve abuso do poder do Estado que não soube lidar com a situação.  
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 Essa é mais uma ferramenta para que também o estudante ou pesquisador possa discutir com seus professores quando as bobagens e falsas acusações contra a sua Igreja sobre o assunto Inquisição.


*** Fim***    

              
        
      

       
           


            

    

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A CORREÇÃO FRATERNA, O PERDÃO DOS PECADOS E O USO DA MISERICÓRDIA.








No Capítulo 18, 15-18:21-35 do evangelho de São Mateus encontramos o ensinamento do Senhor Jesus a respeito de três coisas:

a)      A correção fraterna

b)      O perdão dos pecados

c)      O uso da misericórdia

Como o cristão deve proceder diante dos seus próprios erros e diante dos erros do irmão e como fazer o uso da misericórdia.

Esta narrativa é o centro do Sermão da Comunidade (Mateus 18). Ali, encontramos o evangelho de hoje e nele estão os assuntos da correção fraterna (18,15-18), da oração em comum (18,19) e da presença de Jesus na comunidade (18,20).



Em Mateus, a organização das palavras de Jesus em cinco grandes Sermões mostra que, já no fim do primeiro século, as comunidades tinham formas bem concretas de catequese. O Sermão da Comunidade, por exemplo, traz instruções atualizadas de como proceder, caso algum conflito surgisse entre os seus membros. E o evangelho de hoje propõe três setas no caminho que apontavam o rumo da caminhada e ofereciam critérios concretos para solucionar conflitos.

            Logo, no início do versículo 15, o Senhor Jesus já nos mostra que somos uma família, a família de Deus e portanto, somos irmãos. E como irmãos devemos ter atitudes de irmãos. Se somos filhos de Deus, o Senhor Jesus é nosso irmão “mais velho”. E não podemos nos esquecer que Ele também é nosso Senhor e também é Senhor da Igreja. E como tal nos ensina como proceder diante de um irmão que errou. 


1     Tratar a pessoa humana com dignidade. Uma boa conversa em particular, procurando mostrar que a pessoa está errada. Oferecer ajuda. Não se deve repreender a pessoa em público. Muitas vezes uma boa conversa resolve melhor do que provocando escândalos. Saber ouvir o outro lado. Saber as palavras certas na hora certa. Aconselhar se preciso lembrando sempre que um bom conselho também é um gesto de caridade. 

Repreender não é falar mal, não é dizer xingamentos, mas é dizer a verdade, a verdade dói, mas, ela também liberta.  

É preciso lembrar que todos têm o direito de uma segunda chance e que atitudes arbitrárias levam às piores consequências. A falta de diálogo cria situações irreversíveis muitas vezes sem necessidades. É por isso que Jesus pede que evitemos o escândalo. Lembremos que cada um de nós batizados somos templos do Espírito Santo e por isso, quando nos escandalizamos ou escandalizamos nosso irmão estamos escandalizando o Espírito Santo que mora em cada um de nós.

A sociedade do Império Romano era dura e sem coração, sem espaço para os pequenos. Estes buscavam um abrigo para o coração e não o encontravam. As sinagogas também eram exigentes e não ofereciam um lugar para eles. Nas comunidades, o rigor de alguns na observância da Lei levava para a convivência os mesmos critérios injustos da sociedade e da sinagoga. Assim, nas comunidades começaram a aparecer as mesmas divisões que existiam na sociedade e na sinagoga entre rico e pobre, dominação e submissão, falar e calar, carisma e poder, homem e mulher, raça e religião. Em vez de a comunidade ser um espaço de acolhimento, tornava-se um lugar de condenação. Juntando palavras de Jesus neste Sermão da Comunidade, Mateus quer iluminar a caminhada dos seguidores e das seguidoras de Jesus, para que as comunidades sejam um espaço alternativo de solidariedade e de fraternidade. Devem ser uma boa-nova para os pobres.

2      Depois de uma boa conversa, se ele não te escutar, mesmo assim, não queira tomar decisão pelas próprias mãos procure duas ou três pessoas para que vejam e sejam testemunhas de que você está tentando fazer com o irmão saia do erro e se arrependa.

Mas, veja bem! Jesus não está dizendo que as testemunhas devem se intrometer no problema em questão. Mas, que elas em decisão conciliadora após conhecer de perto o problema ajude-a a resolver.

Veja que Jesus se preocupa com a dignidade humana. Ele não quer que nenhum de nós fiquemos no erro.

Jesus é o Bom Pastor. Ele é aquele Pastor que vai atrás da ovelha perdida e não descansa até encontrá-la. (Mt18, 12-13) 

O Pecado se não corrigido pela conversão nos tira a dignidade. Ele é como o vício das drogas. Sabendo disso o Senhor Jesus insiste para que ajudemo-nos uns aos outros a se livrar dele.  

3      Se o irmão não te ouvir e nem ouvir as pessoas pelas quais você convidou para ajudar. Deves então apresenta-lo à Igreja. Como última tentativa. Porque levá-lo à Igreja. Porque a Igreja representa a autoridade de Deus na terra.

Veja que há dois capítulos atrás (Cap. 16) o Senhor Jesus dá a Pedro a autoridade divina do Governo Igreja representado pelas chaves. É Pedro e os Apóstolos que agora recebem de Jesus autoridade para ensinar e perdoar os pecados, de ligar e desligar.

E por essa autoridade que Jesus está dizendo: “leve-o à Igreja” – para que a Igreja com a autoridade conferida por Jesus admoeste-o na Verdade. Para que com a Palavra de Deus e da Igreja ele possa buscar a conversão.

E se mesmo assim ele não quiser ouvir nem a você, nem as outras pessoas, nem a Igreja não é preciso brigar, se estressar, você já cumpriu sua obrigação.

Então nada mais resta a fazer senão deixá-lo com suas escolhas.

Não se trata se deixar a pessoa ao abandono, deixar-lhe de oferecer ajuda, mas, de aceitar e respeitar sua escolha.

Deus nos criou livres, ele respeita nossa liberdade e quer que nós respeitemos a liberdade uns dos outros. Cada um é livre para escolher o caminho do bem e do mal e terá que arcar com suas consequências de suas escolhas. No entanto, o senhor Jesus sempre está de braços abertos para quem voltar a Ele de coração sincero.



No versículo 21 do Cap. 18, Pedro faz uma pergunta a Jesus. Essa pergunta tem uma justificativa:

Ora, recordamos o que Jesus dito "se o irmão que errou não ouvir Igreja esse deve ser tratado como um qualquer". O Evangelho diz que a pessoa deve ser tratado como um fariseu ou um publicano.

Na literatura bíblica, a comunidade judaica considerava o fariseu e o publicano como  as pessoas mais baixas, consideradas as mais pecadoras depois das prostitutas e eram tidos como impuros e tratavam essas pessoas com preconceito. O mendigo, o pobre, o cego, o deficiente, o leproso, a viúva - todos aqueles que estavam à margem da sociedade eram tratados com desprezo e indiferença. Jesus acolheu a todos.

Os judeus não tinham consideração pelos publicanos porque eles eram os "funcionários públicos" da época que exploravam as pessoas aumentando o valor dos impostos, além dos valores estabelecidos por Roma e com isso ficavam ricos com apropriação indébita. 

E os fariseus porque sobrecarregavam o povo com as leis e seus dízimos, mas, eles mesmos não cumpriam. Tanto é verdade que o Senhor Jesus censurou os fariseus e chamou-lhes de  hipócritas e sepulcros caiados tamanha era a falsidade em que viviam.

Jogavam pesados fardos da Lei sobre as pessoas mas eles mesmos não as cumpriam. Não entram no céu e nem deixam os outros entrarem. Porque para Jesus e para nós de nada vale cumprir os Mandamentos simplesmente por obediência e preceito se não for por amor a Deus. (Cf. Mt23, 1-32) - Essa é uma observação que devemos estar atentos. 
Devemos também ser cumpridores das leis de Deus e de nosso País. Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Não podemos apontar os  erros dos outros sem antes corrigir nossos próprios erros.


Pedro estava preocupado, queria entender e pergunta a Jesus: -"Quantas vezes então eu devo perdoar?" "Sete vezes como diz a  Lei judaica?"

Jesus responde a Pedro: - “Não sete vezes mas, setenta vezes sete”. Isto é, devemos perdoar quantas vezes for necessário. Perdoar sempre. Esta deve ser a atitude do cristão, pois, se Deus que é amor enviou seu Filho para nos Salvar e perdoar nossas dívidas, não temos o direito de negar o perdão aos nossos irmãos. O perdão não só nos aproxima do irmão, mas, também nos aproxima de Jesus, o Filho de Deus que  está na pessoa do irmão.  

Não importa a situação. O perdão deve ser dado a quem pede. Teu irmão errou, se arrependeu e pediu perdão você deve perdoar. Sempre perdoar. Essa é nossa missão e a missão da Igreja pois, Jesus veio para Salvar e não para condenar. Todas as vezes que perdoamos um irmão, Deus também nos perdoa de nossos pecados.  

Varias vezes por dia, e com diversas pessoas, nós sentimos a necessidade de pedir perdão. Isto acontece principalmente quando nossas atitudes magoam as pessoas que amamos e/ou quando vemos nos rostos destas pessoas a tristeza que causamos. Esse pedido de perdão nem sempre é tão simples, principalmente se temos o orgulho latente em nós e não queremos reconhecer o erro. Quando as pessoas magoadas não são as que amamos, esta atitude de humildade torna-se ainda mais difícil.

Esse ensinamento do Senhor Jesus não é apenas para ser aplicado lá fora mas, também deve ser aplicado em nossas casas. É dentro de nossas casas que os mais variados conflitos acontecem causados muitas vezes por falta de diálogo e de respeito pelos pais e irmãos. 
Uma família cristã não resolve seus problemas atirando pedras, ou seja, atirando acusações para todos os lados. A família cristã resolve seus problemas pela oração, pelo perdão, pela compreensão, pelo diálogo e pela escuta da Palavra de Deus. E quando não achar respostas suficientes, estas devem ser buscadas também na autoridade da Igreja. A Igreja é uma mãe e como mãe zela pelos seus filhos.

 A GRAÇA DO PERDÃO

Jesus não deseja que desprezemos o irmão que errou, mas respeitemos suas decisões. Há um ditado que diz que a maior escola que temos é a escola da vida. É uma verdade que outrora o Senhor Jesus retratou na parábola do filho pródigo. 

Na história o filho mais novo saiu de casa e percebeu com os sofrimentos que passou lá fora que o maior tesouro não era as riquezas. Não era os falsos amigos e as prostitutas, mas, era sua família. E quando voltou a si reconheceu o erro e voltou para seu pai que o acolheu, perdoou e restaurou-lhe a dignidade perdida. Seu irmão mais velho censurou a atitude do pai mas, recebeu a resposta mais bonita: "era preciso que fosse assim, pois teu irmão estava morto e agora vive, estava perdido e foi encontrado". Nessa história há um detalhe muito importante: O filho lá fora, sem dar notícias, gastando tudo que tinha sem se preocupar com o pai. Enquanto que o Pai olhava todos os dias o horizonte à espera do regresso do filho. 

Não é assim que agimos com Deus nosso Pai? - Pedimos várias coisas e quando Deus nos concede nós deixamos sua casa, esquecemos seus conselhos e vamos para o mundo. No entanto, quando chega os problemas ao invés de tentarmos superá-los corremos para Deus e é claro, Deus nos acolhe. Mesmo não atendendo na hora, mesmo não fazendo nossas vontades na hora ele nos acolhe de volta pois, é um pai amoroso e zeloso e não quer que nenhum de seus filhos se perca. 
Assim também nós somos filhos pródigos, desobedientes. Somos pecadores!
Por isso não podemos cair na prepotência de achar que o outro deve ser igual a nós, o santo, o perfeito... É nesse sentido que Deus quer enxergamos o irmão que mesmo diante do erro seja ela qual for merece o arrependimento e o perdão.  

Lembremos que o perdão do alto da Cruz, não foi para um povo mas, foi para toda humanidade!
Quando perdoamos, perdoamos com o amor de Jesus porque quando somos perdoados, somos perdoados com o amor de Jesus.     



Mas apesar de tudo saiba que Perdoar é uma decisão. Ora veja!




Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete. Há pessoas que dizem que é difícil perdoar. No entanto, creio que esta afirmação surge porque muita gente não sabe ao certo o que é perdoar.




Neste ensinamento de Jesus aprendemos que devemos perdoar setenta vezes sete. Mas, então, o que é perdoar? Perdoar não é um sentimento. Perdoar não é esquecer tudo, ou melhor, não é ter uma amnésia!



Perdoar é uma decisão. O que sente não interessa, porque a decisão de perdoar está no seu coração e você está livre. Você pode perdoar e continuar a sentir-se incomodado, aborrecido com a pessoa, mas pela Palavra de Deus, podemos ver que perdoar é fácil: não é um sentimento, é uma decisão.



Há pessoas que se recusaram a perdoar a outros e acabaram doentes ou paralisadas, sem que nada funcionasse na sua vida. Você sabia que a falta do perdão pode causar doenças terríveis em nós? Muitas doenças estão relacionadas com a falta de perdão. Você tem que perdoar a esposa, ao marido, ao seu vizinho, ao colega, ao patrão, seja a quem for. Senão é você que vai ficar mal na vida, pois se não perdoarmos os nossos pecados uns dos outros, também Deus não nos perdoará os nossos.



Em Mateus 18:33-35, Jesus disse que se nós não perdoarmos do coração, cada um ao seu irmão, as suas ofensas, Deus também não nos perdoaria as nossas ofensas e até nos deixaria nas mãos dos atormentadores que são demônios. Deus perdoou-nos as nossas maiores ofensas e nos deu salvação. Nós não temos o direito de não perdoar aos outros.



Veja este exemplo: Você também pode ter que acordar cedo para ir trabalhar e não lhe apetecer, mas você sabe que tem que ir, por isso, levanta-se não porque lhe apeteça, mas porque é uma obrigação. Quando tiver que perdoar alguém faça-o quer sinta ou não. Diga a Deus: Oh Deus, eu perdoo aquela pessoa que me magoou e partir de agora não guardo nada no meu coração contra ela. Mesmo que no dia seguinte você se sinta ainda magoado, o que interessa é a sua decisão feita na véspera e a pessoa está perdoada e o seu coração está limpo. Se a outra pessoa não quiser perdoar o problema é dela, já não é seu.



Ouvimos a pouco que certo homem devia muito dinheiro ao rei, e quando foram fazer contas, o rei teve misericórdia, e perdoou-lhe toda a dívida. Quando este homem saiu da presença do rei foi ter com aqueles que lhe deviam pequenas quantias, e como não lhe podiam pagar, lançou-os na prisão. Quando o rei soube disto entregou este homem aos carrascos, confiscou todos os seus bens, e toda a sua família foi vendida como escravos, até que pagasse toda a dívida.



E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um, a seu irmão, as ofensas.



Algumas pessoas dizem: Eu perdoo, mas não posso esquecer. Mas, quando Deus lhe perdoa alguma falta, você fica como se nunca tivesse pecado. Ele não se lembra mais disso. Nós também temos que fazer o mesmo, i.é., perdoar e esquecer o mal que nos fizeram; é apagar de coração as ofensas cometidas contra si.



A razão de algumas pessoas sofrerem de artrite, úlceras no estômago e até esgotamentos cerebrais, noites sem dormir, etc., é porque elas se recusam a perdoar. E porque não perdoam Deus também não lhes pode perdoar; por conseguinte, sofrem as maldições que o diabo lhes quiser pôr.



Se alguém o ofender perdoe-lhe nesse mesmo instante, não deixe passar um dia sem perdoar. Por quê? Porque está a dar lugar ao diabo, que virá a si com pensamentos errados acerca dessa pessoa. E à medida que o tempo passa, rancor começa brotar do seu coração e a sua comunhão com Deus fica cortada.



Quando Jesus ensinou que nos devemos perdoar 70 vezes sete, estava a dizer que, se for necessário devemos perdoar 490 vezes por dia, isto é perdoar sempre sem esmorecer, porque é assim que Deus faz também. Portanto, trata-se de tomar uma decisão. Perdoar é uma decisão hoje aqui e agora! Decida-se!



E para terminar, Jesus conta a parábola do rei justo e do servo cruel.

Mat18, 13-35

“Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se com um rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos.  E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.

Então, aquele servo, prostrando-se por terra suplicava-lhe: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

Saindo dali encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o e quase estrangulou, dizendo: Paga-me o que me deves!

Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.  Vendo, pois, os seus servos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.

Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo mau, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?  E, indignado, o seu senhor o entregou aos algozes, até que pagasse toda a dívida.

 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.



Qual é a mensagem que Jesus nos ensina nesta parábola?


Esta parábola é uma das mais fortes e delicadas quanto a interpretação e aplicação de seus ensinos. Mateus usa como pano de fundo o Reino dos céus.

Ela se divide claramente em duas partes distintas: A primeira é inspiradora e maravilhosa. Ela aborda a atitude nobre e graciosa de um Rei que ao observar o desespero e a suplica de seu servo que lhe devia uma quantia impagável, perdoa-lhe completamente a dívida deixando-o livre para seguir em frente de cabeça erguida e sem temores. Entretanto, a segunda parte é vergonhosa e deprimente. Este mesmo servo alvo do perdão e da graça do Rei, encontra-se com um de seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória tendo o coração endurecido o maltrata, lançando-o na prisão sem misericórdia, mesmo diante do desespero e da súplica desse pobre homem.

Os servos do Rei observam a cena triste e a comunicam ao Rei que chama este homem perverso, lembra-lhe da grandeza do perdão e da misericórdia as quais lhe foram dadas. Irado o lança na prisão para ser atormentado até que pague a dívida. No final, Jesus ainda comenta e ratifica que da mesma forma o Pai celestial agirá se de todo o coração não perdoarmos.

Antes de adentrarmos, como de costume, nas lições práticas da parábola preciso elucidar uma questão:

1-Embora a parábola pareça sugerir que o “perdão de Deus esteja associado ao perdão ao próximo” tal conceito precisa ser analisado com cuidado à luz do restante das Escrituras.

 É espantoso alguém aceitar esta interpretação sem perceber o que ela traz em seu bojo. Há pelo menos duas razões pelas quais não compartilho esta interpretação: 

1.  Se esse fosse o critério, quem seria perdoado? Quem alcançaria misericórdia? O perdão de Deus seria impossível para nós.

2.  Sabemos que nossa salvação é dada por Jesus mediante a graça alcançada pela Fé e pelo uso das boas obras (Ef 2:8-9); O perdão dos pecados e a justificação se dão pelo sangue de Cristo (Ef 1:13; Ef 5:1) mediante ao arrependimento e ao ato de crer (Atos 3:19;16:31). Crer não é só acreditar em Deus. Crer significa confiar e depender de Deus em tudo.    

Aceitar tal posição nos obrigaria a descartar a mais central e essencial das doutrinas: A doutrina da graça!

Assim, entendo que não se trata de um ensino sobre a revogação do perdão justificador e salvador de Jesus, imputando sobre nós novamente a dívida que outrora tínhamos com Deus por causa de nossos pecados.

Mas uma exaltação da graça de Deus a nosso favor e um alerta bastante incisivo sobre as consequências da falta de perdão daquele que já foi por Ele perdoado. Baseio-me também no fato de que no tempo de Jesus o Rei não voltava atrás na sua palavra. Uma vez concedido o perdão este não poderia ser de forma alguma revogado. Sendo assim, a primeira dívida não poderia ser cobrada uma segunda vez. Em termos espirituais entendo que se aplica de modo ainda mais severo. Se concebermos a ideia de que Deus pode revogar o perdão a nós concedido teremos que admitir que tal atitude invalidaria a perfeição de Deus em seus atributos e tornaria o seu perdão condicionado a atitudes humanas, o que não se sustenta pelas Escrituras. A dívida aqui cobrada agora era outra: o fruto da ingratidão e do comportamento inadequado deste servo.



Abaixo listo algumas lições que podemos aprender acerca desta parábola:



1-O reino de Deus deve ser compreendido sob o enfoque bidimensional:  Vertical (Deus-Homem) e horizontal (Homem-homem). Estas duas dimensões estão intimamente ligadas. Não há como dissociar o relacionamento com Deus e o relacionamento com o outro (1 João 1:9-11). A falta de perdão ao próximo interferirá certamente na sua relação com Deus. A dívida, as atitudes que se temos com o próximo são levadas em conta diante de Deus (Mt 6:14-15).

2 – No Reino de Deus o perdão não é opcional – Quando adentramos no Reino de Deus por meio da graça e do amor incondicional de Jesus se torna nosso dever perdoar. E isto fica evidente por algumas razões:

2.1) Porque o perdão ao próximo sempre estará ao nosso alcance – Não importa o tamanho da dívida que o outro tem para conosco, ela nunca se comparará com a dívida que tínhamos para com Deus da qual fomos perdoados; Se estamos imersos no oceano da graça, do amor e do perdão de Deus o perdão ao próximo sempre será possível e estará ao nosso alcance. Enxergamos o próximo sob a ótica cristã.

2.2) Porque perdão ao próximo é incondicional: Ele não depende do outro, não depende de sentimentos, não depende de fé extraordinária, mas de uma decisão sensata de quem já foi alvo do perdão de Deus;

2.3) Porque o perdão ao próximo é uma atitude natural de um coração cheio de gratidão e da graça de Deus – Uma vez convertido você tem o Espírito de Deus e todos os recursos para ser capaz de perdoar alguém. A falta de perdão pode ser um indicio bastante significativo que você ainda não entendeu e nem recebeu o perdão de Deus. Seu coração ainda está endurecido e por natureza incapaz de reproduzir o perdão de Deus ao próximo.

3 – No Reino de Deus a falta de perdão gera terríveis consequências:

3.1 – O aprisionamento da vida e das Emoções - A falta de perdão nos torna reféns de sentimentos altamente destrutivos como: mágoa, ressentimento, ira, vingança, além de nos fazer carregar o ofensor o tempo todo. Não fomos projetados por Deus para abrigar tais sentimentos e é por isso que são tão nocivos a nossa saúde. Como se não bastasse, os malefícios se estendem por todos os lados e em todas as dimensões (família, amigos etc).

3.2-A retenção das bênçãos e do favor de Deus sobre minha vida – Enquanto não libero perdão o meu relacionamento com Deus fica estagnado. O meu culto não é recebido. Minha oferta não é aceita. Além disso, as bênçãos do fluir de Deus e de seu Espírito em minha vida ficam retidas. É uma atitude de disciplina de Deus sobre os que não exercitam a graça e a misericórdia que receberam.

O perdão é um dos temas principais do Reino de Deus. Por meio do perdão de Deus somos ingressados nele e somente quando mantemos a mesma atitude e o mesmo coração perdoador é que usufruímos integralmente de seus benefícios. Por isto, não caia na armadilha de satanás, não se prive da graça de Deus, não permita a retenção das bênçãos dele sobre sua vida. Permita que suas atitudes sejam coerentes com o coração transformado e cheio da graça e do amor de Jesus que você recebeu.   

                           

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