Muitas vezes, quando erramos, questionamos as atitudes de
nossos pais terrenos. Não podemos compreender a visão que eles têm das coisas
que nós julgamos ultrapassadas e obsoletas.
Chamamos aqueles cabelos brancos cheios de experiência de
estarem desatualizados e fora do tempo. Questionamos certas atitudes que para
nós não se encaixam com o progresso que o mundo está passando.
Para nós o que interessa mesmo é viver o nosso momento, mesmo
que para isso sejamos capazes de contrariar até mesmo as pessoas que mais
amamos para viver uma vida alienada em busca de prazeres momentâneos, gastando
o tempo e a vida com coisas inúteis.
Não pense que isso é coisa só de agora. Os homens por mais que
vivam muito, são poucos que carregam o peso desses anos e uma experiência de
vida desejável e exemplar. Continuam apesar da idade como verdadeiros
adolescentes rebeldes necessitados de atenção.
No tempo de Jesus também foi assim, muitos não aceitavam seus
ensinamentos, muitos tinham inveja porque Jesus lhes abria os olhos para melhor
perceberem que nossa atitude diante de Deus também é de filhos rebeldes. Deus
não se cansa de nos amar, portanto, enviou seu Filho para nos colocar no
verdadeiro caminho.
Os homens estavam cegos e continuam cegos porque vivem na
escuridão do pecado. Mas Deus está a todo o momento de braços abertos à espera
de seus filhos. Deus não separa cor, raça, credo. Todos somos filhos amados de
Deus, herdeiros do Céu. Se antes éramos apenas criaturas, simples mortais, Deus
por Jesus nos trouxe vida nova e nos igualou à condição de filhos e, portanto,
somos irmãos de Jesus. O rosto do Pai se volta para nós sempre com amor a espera
que possamos voltar a Ele como verdadeiros filhos.
Para ilustrar o que estamos refletindo vamos relembrar a
Parábola do Filho Pródigo e aprender um pouco sobre esse belíssimo ensinamento
de Jesus.
Lucas 15:11-32
11-E disse: Certo homem tinha dois filhos. 12-E o mais moço
deles disse ao pai: Pai dá-me a parte da herança que me cabe. E ele repartiu
por eles a fazenda. 13-E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando
tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo
dissolutamente. 14-E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande
fome, e começou a padecer necessidades. 15-E foi e chegou-se a um dos cidadãos
daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. 16-E
desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém
lhe dava nada. 17-E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm
abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! 18- Levantar-me-ei, e irei ter com
meu pai, e dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e perante ti. 19-Já não sou
digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. 20-E,
levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e
se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço, e o
beijou. 21-E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e perante ti e já não
sou digno de ser chamado teu filho. 22-Mas o pai disse aos seus servos: Trazei
depressa a melhor roupa, e vesti-o, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos
pés, 23-e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, 24
porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E
começaram a alegrar-se.
25-E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e
chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. 26-E, chamando um dos servos,
perguntou-lhe que era aquilo. 27- E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai
matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. 28-Mas ele se indignou e
não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele. 29-Mas, respondendo ele,
disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu
mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos. 30-Vindo,
porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste
para ele um bezerro cevado. 31-E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo,
e todas as minhas coisas são tuas. 32-Mas era justo alegrarmo-nos e
regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e
foi encontrado.
O Senhor Jesus nesta parábola nos mostra qual é a atitude
compassiva de Deus nosso Pai para com os pecadores.
A palavra filho pródigo, quer dizer: esbanjador, gastador, extravagante.
Quantos de nós que como o filho pródigo esbanja seu tempo,
sua juventude com coisas que não leva ao verdadeiro caminho. Quantos se tornam
rebeldes abandona a fé, a Igreja, a família para ir buscar felicidade onde não
existe. Perdem-se por aí na prostituição, nas drogas no vício... A nossa
condição não é diferente daquela do filho pródigo. Porém o Pai do Céu sempre
está disposto a nos acolher se decidirmos voltar atrás.
Esse jovem esbanjador é a figura da humanidade que esbanja
sua vida buscando coisas que não são de Deus. Muito mais que bens materiais
esbanjamos uma vida inteira vivendo uma vida entregue ao pecado, desperdiçamos,
gastamos o tempo precioso de nossa vida procurando só o exterior e deixando de
lado a verdadeira vida de filhos de Deus a qual deveríamos viver.
O que essa parábola de Jesus tem a nos ensinar?
Para descobrir vamos dividi-la em 07 partes:
1)
A
figura do pai: O pai está representado por um homem de idade já avançada mas,
ainda que acabrunhado pelos anos está sempre a espera do filho que partiu na
esperança de seu regresso. Jesus relaciona a figura deste pai com a figura do
Pai Celeste. Um pai que não se cansa de esperar apesar do tempo e da distância.
Um Pai que ama acima de tudo e está sempre disposto a perdoar. Não é assim que
Deus Pai age conosco? Um pai humano talvez diria ao filho: “espere mais um
pouco, não vou lhe dar nada por enquanto porque você não tem experiência de
vida e vai gastar tudo”... Mas com Deus é diferente, primeiro ele nos criou
livres para tomar nossas decisões certas ou erradas. Depois, nos deu seus bens,
os dons espirituais, (sua Palavra,a Igreja e os sacramentos) e o necessário
para ganharmos o pão de cada dia. O Pai nos entregou esse mundo para vivermos
bem, em santidade, somos administradores do bem. Também deu-nos uma herança, a Salvação,
que trazida por Jesus seu filho. O bem mais precioso que temos é a alma, se a condenarmos
a viver em pecado, perdemos também essa herança.
2)
O
filho rebelde: Um jovem, o caçula, criado com todos os mimos. No entanto, toma
uma atitude inesperada e inconseqüente, talvez tocado pelo ímpeto da juventude.
Vai até seu pai e pede a parte na herança. Vai embora gasta tudo com seus
colegas e as meretrizes. Distante em uma terra austera, sem dinheiro, começa a
sofrer os castigos da sua inconseqüência. Tem fome, e não lhe é permitido comer
nem a comida dos porcos que ele cuidava. Aqui percebemos as agruras da
desobediência. Quanta humilhação! Esse jovem na realidade do tempo da parábola
era um judeu. O patrão um estrangeiro pelo jeito. Os judeus consideram os
porcos animais impuros. Eles não se alimentam de porcos e nem tampouco os
criam. Agora, aquele judeu era obrigado a tratar dos porcos e ainda queria
comer a mesma comida que eles.
Esse jovem representa todos nós ou a humanidade quando abandonamos os
Mandamentos, a Igreja. Quando fechamos nossos ouvidos à Palavra de Deus e aos
ensinamentos da Igreja. Nos tornamos filhos rebeldes, gastamos a herança da
salvação e tudo que restar depois disso é a lavagem dos porcos, isto é as conseqüências
pelo nossos pecados, a sujeira e a fome espiritual. O Pai continua a nos amar e
a esperar com ansioso pelo regresso. Mas a atitude deve ser nossa.
3)
A
atitude do filho: Depois de sofrer as agruras da miséria e da fome e humilhação
ele toma uma atitude, consciente de que muito errou: É melhor voltar. Na casa
de seu pai não faltava comida, os criados eram bem tratados, então, mesmo que o
pai não o quisesse mais, não o perdoasse mais como filho, mas que o contratasse
como empregado. Isso já era o suficiente. Mesmo assim iria ao seu pai pedir
perdão por tudo que fez. E assim o fez. Não só reconhecendo que errou, mas,
pediu perdão porque pecou contra o Céu, ou contra Deus (4º. Mandamento: “Honrar
pai e mãe”) e contra a própria pessoa do pai. Veja que aquele jovem sabia bem
que havia também com a sua atitude ofendido a Deus. E assim ele o fez.
Veja se não é a mesma atitude que
temos diante de Deus. E aqui uma observação para aqueles que não acreditam no
Sacramento da confissão. “Ah! Não dizem. Eu não preciso me confessar com o
sacerdote confesso diretamente com Deus”. Pois é Jesus nesta parábola está
falando diretamente do Sacramento da confissão; o filho foi ter com seu pai e
pediu perdão pelo pecado que fez, num gesto de arrependimento diz esta oração: “Pai,
pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado seu filho,
trata-me como um dos teus empregados”.
Na Confissão acontece o mesmo.
Pedimos perdão porque pecamos contra Deus e contra o próximo. Quem é o próximo
que ele ofendeu? O seu próprio pai. O Pai então o recebe, o abraça, perdoa-lhe
e acolhe novamente. Essa é a mesma atitude do sacerdote quando confessamos e pedimos
perdão pelos nossos pecados. Primeiro fazemos um exame de consciência, como
aquele jovem fez quando estava entregue às agruras longe de casa. Revemos
nossas atitudes diante de Deus. Buscamos o perdão regressando à casa do Pai.
Pedimos perdão e o sacerdote em nome de Jesus nos perdoa, nos dá uma nova chance
de como um dia teve aquele jovem, de começar uma vida nova outra vez. Voltamos
à amizade com o Pai do Céu.
4)
A
atitude do Pai: O pai acolhe, perdoa e manda colocar-lhe roupa nova, sandálias
no pés e faz um banquete festivo em honra do filho que voltou. Em outra
passagem Jesus disse que há mais festa no céu por um só pecador que se
arrepende (Lc15,7). Deus Pai quer a nossa felicidade se afastamos dele é por rebeldia
nossa. A nossa família é a Comunidade dos batizados, isto é, a Igreja. Longe dela
ficamos perdidos e começamos a passar fome espiritual, isso faz com que caiamos
na incredulidade e no pecado, perdendo a chance de receber a herança da
Salvação. Quando voltamos à Casa do Pai e buscamos seu perdão, Ele fica feliz e
o Céu todo se alegra. Quão é maravilhoso nosso Pai Celeste!
Deus não nos trata como empregados,
ele perdoa e nos restaura a dignidade. Na parábola, quando o Jesus disse que
ele estava descalço, Jesus quis dizer não só descalço fisicamente, mas também espiritualmente.
Aquele jovem perdeu a dignidade de filho de Deus. O gesto do pai de colocar roupas
novas e as sandálias nos pés, significa que o Pai restaurou-lhe a condição de
filho que ele perdeu. Em outras palavras representa o pecador quando volta à
Igreja e busca a reconciliação com Deus. Jesus faz conosco a mesma coisa.
5)
O
Banquete: O Pai manda preparar um banquete, manda matar um novilho cevado.
Houve festa, muita alegria, muita dança em comemoração à volta do filho. Essa
festa do pai, representa a festa no céu de todo pecador que se arrepende e se
reconcilia com Deus. O banquete Jesus nos oferece a Eucaristia, quando buscamos
o Sacramento da Confissão, recebemos também o direito de sentar à mesma do Banquete
Eucarístico.
6)
O
irmão mais velho: Seu irmão mais velho vendo aquele barulho de festa foi
aproximar dos criados para perguntar que havia. Recebeu a informação de que
havia uma festa em homenagem ao seu irmão mais novo que voltou. Então ele se
dirige ao pai e questiona porque o pai faz uma festa para aquele que esbanjou
tudo e saiu de casa. Enquanto ele que nunca tinha desobedecido o pai nunca lhe dera
um novilho para ele comer com os amigos.
Meus caros, aqui está representado todos
aqueles filhos de Deus que se acham os donos da verdade. Quantas crentes que apontam
o dedo para o irmão que estava desviado e voltou. E ficam de fofoca entre si
achando que por estarem mais tempo na comunidade e por levarem uma vida mais “digna” se acham
no direito de questionar o pecado do irmão. Se nem mesmo Deus age assim. Se ele
acolhe cada um que o busca de coração sincero.
Essa atitude desse filho mais velho,
é uma atitude do tentador. Quem de nós já não ouviu dentro da igreja certas
pessoas que se julgam “piedosas” dizerem: “Está vendo fulano, aquele sicrano lá
foi preso, cometeu isso aquilo, agora vem à Igreja e dá uma se santinho”. Essa
atitude é muito comum nas Comunidades mas é obra do maligno.
7)
A
resposta do pai. A resposta do pai é um “puxão de orelha” carinhoso: “Filho
você sabe que tudo que eu tenho é teu. Mas era necessário se alegrar, porque
este teu irmão estava morto e agora vive, estava perdido e foi encontrado!”
Ora, “este teu irmão estava morto”?
Como assim ele chegou vivo na casa do Pai. Estranho o pai dizer que ele estava
morto. Mas aqui Jesus se refere à condição espiritual do filho. Como disse esse
filho rebelde representa todos nós pecadores. Quando nos afastamos de Deus e da
Igreja, estamos que “mortos”
espiritualmente, ele estava ausente do amor do Pai. E se não tomarmos atitude
como a desse jovem de buscar o perdão esta morte se tornará eterna.
Esse jovem é cada um de nós, perdido
pelo pecado, estamos mortos em nossa dignidade de filhos de Deus. Não é Deus
que nos exclui, somos nós mesmos que nos excluímos quando abandonamos a sua
casa, a nossa família de cristãos, de filhos de Deus, quando abandonamos sua
palavra. Gastamos toda nossa herança em futilidades desse mundo.
A palavra de Deus diz que sem a graça
de Deus o que resta é a morte. Pois o salário do pecado é a morte. (Rm6, 23) Ou
seja, a morte eterna é o preço que
pagamos quando vivemos no pecado.
Espero que essa reflexão tenha
ajudado a entender melhor essa parábola. Não percamos mais tempo, saiamos do
pecado e busquemos o amor de Deus. Ele é o pai que está de braços abertos à
nossa espera.
Resumindo:
Quem é o Pai representado na parábola?
O Pai é o próprio Deus Javé.
Quem é o filho pródigo?
Ele representa todos nós pecadores.
Quem se sacrificou por nós e foi imolado, e sempre prepara um banquete conosco?
É Jesus, que se tornou o "Cordeiro de Deus" imolado por nossos pecados. Na parábola fala-se de um novilho sacrificado, por quê? Porque no Antigo Testamento, sacrificavam um novilho ou um cordeiro sem defeito em expiação pelos pecados do povo. Jesus então se apresenta como o "Manso Cordeiro Imaculado" que foi sacrificado pela nossa salvação.
Qual é o significado do banquete festivo. É a Eucaristia, alimento e sustento da alma.
Qual a herança que não podemos desperdiçar?
A herança é graça da salvação. Jesus tendo morrido na Cruz, restaurou-nos a condição de filhos de Deus. Jo1, 12.
Qual o significado da atitude do filho mais velho?
A atitude dos cristãos em censurar aqueles que se desviaram do caminho e agora voltam à reconciliação com Deus e à Igreja. Todo pecador tem o direito dado por Deus de buscar a reconciliação, não existe mais ou menos pecador somos todos pecadores de forma igual e merecedores do moar e do perdão de Deus.
Quais são os meios que Jesus nos oferece para conservarmos em nós a graça da Salvação?
Esses meios são os 07 Sacramentos. Eles são as chaves que Jesus entregou à Igreja para nos conduzir ao Céu. Os sacramentos são "Canais da graça de Deus" pela ação do Espírito Santo.
Qual é a lição? a lição dada por Jesus que é imprescindível e indispensável o Sacramento da Confissão assim como todos os outros.
Resumindo:
Quem é o Pai representado na parábola?
O Pai é o próprio Deus Javé.
Quem é o filho pródigo?
Ele representa todos nós pecadores.
Quem se sacrificou por nós e foi imolado, e sempre prepara um banquete conosco?
É Jesus, que se tornou o "Cordeiro de Deus" imolado por nossos pecados. Na parábola fala-se de um novilho sacrificado, por quê? Porque no Antigo Testamento, sacrificavam um novilho ou um cordeiro sem defeito em expiação pelos pecados do povo. Jesus então se apresenta como o "Manso Cordeiro Imaculado" que foi sacrificado pela nossa salvação.
Qual é o significado do banquete festivo. É a Eucaristia, alimento e sustento da alma.
Qual a herança que não podemos desperdiçar?
A herança é graça da salvação. Jesus tendo morrido na Cruz, restaurou-nos a condição de filhos de Deus. Jo1, 12.
Qual o significado da atitude do filho mais velho?
A atitude dos cristãos em censurar aqueles que se desviaram do caminho e agora voltam à reconciliação com Deus e à Igreja. Todo pecador tem o direito dado por Deus de buscar a reconciliação, não existe mais ou menos pecador somos todos pecadores de forma igual e merecedores do moar e do perdão de Deus.
Quais são os meios que Jesus nos oferece para conservarmos em nós a graça da Salvação?
Esses meios são os 07 Sacramentos. Eles são as chaves que Jesus entregou à Igreja para nos conduzir ao Céu. Os sacramentos são "Canais da graça de Deus" pela ação do Espírito Santo.
Qual é a lição? a lição dada por Jesus que é imprescindível e indispensável o Sacramento da Confissão assim como todos os outros.
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