"Não há como não falar da religiosidade do povo oliveirense sem o perfume e a dedicação do professor Múcio Lo-buono."
Professor Múcio Lo-buono. Quem de Oliveira, talvez da região não tenha ouvido falar desse nome?
Professor Múcio Lo-buono. Quem de Oliveira, talvez da região não tenha ouvido falar desse nome?
Nasceu em Oliveira em 1929, na casa de D. Nininha Silveira, na Rua Direita (Rua Dr. Coelho de Moura, Centro - Oliveira MG) esse ano completou seus 87 anos é uma pessoa formidável.
Filho de pai italiano e mãe brasileira: José Lo-buono (comerciante) e Adélia Antão Lo-Buono.
Múcio é fruto do segundo casamento de José Lo-buono. Seu pai foi casado duas vezes. Do primeiro casamento ele tem mais irmãs e um irmão.
Múcio é fruto do segundo casamento de José Lo-buono. Seu pai foi casado duas vezes. Do primeiro casamento ele tem mais irmãs e um irmão.
Seus pais eram católicos. Desde cedo o educou dentro dos princípios da religião, o que fez com que ele tivesse uma educação rígida para a época e um imenso amor pela religião. Aprendeu cedo a gostar pelas coisas da Igreja. Fez seus estudos primários na Escola Francisco Fernandes.
Aprendeu a gostar das coisas relacionadas às tradições católicas. Desde menino frequentava a Igreja dos Passos, onde mais tarde viria a ser ser seu administrador.
Seus pais deram a ele a chance de ser um notável representante das tradições religiosas de Oliveira. Aos 12 anos começou a arrumar o andor do Senhor dos Passos para a tradicional procissão do encontro da Semana Santa. Ele foi gostando e apegou-se logo. com muito amor passou a zelar pela Igreja.
Após a morte do seu pai, Múcio começa então assume dos cuidados da Igreja, o fez fielmente até sua interdição. Empregou todo tempo de sua vida e dedicação à ela. E após a Morte de D. José Medeiros Leite em 1977, ele passou então a coordenar os atos externos da Semana Santa.
Após a morte do seu pai, Múcio começa então assume dos cuidados da Igreja, o fez fielmente até sua interdição. Empregou todo tempo de sua vida e dedicação à ela. E após a Morte de D. José Medeiros Leite em 1977, ele passou então a coordenar os atos externos da Semana Santa.
Conviveu com muitos sacerdotes e também com o primeiro bispo diocesano, D. José Medeiros Leite e seu irmão Ms. Leão Medeiros Leite, Padre Guido, Padre Domingos Guglielmelli, etc.
Estudou música, latim, e se tornou professor de Moral e Cívica aos 30 anos; dava aulas no Ginásio Prof. Pinheiro Campos. E ali formou muitos jovens ensinando o amor e o respeito pela Pátria.
Como músico empregou seu talento regendo o Coral e o Quarteto que era responsável pela execução dos motetos da Semana Santa e do Setenário das Dores. Grande conhecedor da história e grande patriota a ponto de se enaltecer com os hinos, marchas, dobrados e diversas poesias cívicas que somente ele sabe de cor testemunhado em seus discursos inflamáveis e amorosos em louvor a Pátria Amada no dia 07 de setembro.
Como músico empregou seu talento regendo o Coral e o Quarteto que era responsável pela execução dos motetos da Semana Santa e do Setenário das Dores. Grande conhecedor da história e grande patriota a ponto de se enaltecer com os hinos, marchas, dobrados e diversas poesias cívicas que somente ele sabe de cor testemunhado em seus discursos inflamáveis e amorosos em louvor a Pátria Amada no dia 07 de setembro.
Dividia seu tempo entre as aulas e a Igreja dos Passos e depois que se aposentou passou a dedicar inteiramente a sua vida em cuidar dela. Foi provedor da Confraria Nossa Senhora das Dores e administrador da Igreja dos Passos. Também foi catequista. Também é Juiz de Paz em nossa cidade, onde até hoje mesmo em idade avançada ainda faz casamentos no Cartório do Primeiro Ofício.
Nas cerimônias religiosas internas e externas da Semana Santa e em outras ocasiões, lá estava ele vestido com sua opa roxa, sempre ajudando seja na reza do Terço, seja nas procissões e na organização das celebrações externas da Semana Santa onde ele fazia questão que tudo saísse bem. Sempre incansável, amoroso e rigoroso na disciplina.
Fundou um Coral na Capela dos Passos (hoje não existe mais), ao qual ele pôs o nome de Coro "Mater Dolorosa" em homenagem à Nossa Senhora das Dores. E não parou por aí, na década de 70 Múcio com a ajuda de alguns amigos, inclusive o Batistano, o Maestro Guido Guglielmelli de Andrade, fundou a Banda de Música que daria o suporte às celebrações externas da Igreja. Antes disso era preciso trazer a Lira Batistana para que pudesse ajudar nas procissões. Múcio então teve a ideia de juntar algumas pessoas ensinar música e junto com outros músicos que já existiram em Oliveira, formaram, com verbas próprias a Lira Municipal Oliveirense.
A Lira Municipal Oliveirense foi fundada em 05 de maio de 1973.
Ele deu as primeiras aulas de música. Ensinou ofício de sineiro (toque dos sinos), como conta o entrevistado Marlon Araújo, seu ex-aluno em entrevista:
"Foi o Múcio que me deu as primeiras aulas sobre os sinos. Depois tive como professores o Cecílio das Neves, Silvério das Neves, Hindeburgo Salgado e Lourival Fonseca ".
Continua ... "Fui aluno de catecismo dele aos sábados as 16 da tarde na Capela dos Passos, recebíamos ao final um cartão que se chamava "bom ponto" e que era trocado no final do ano por presentes".
Segundo Marlon, muitos do imobiliário da Igreja dos Passos foi comprado por ele através da festas e dos leilões. Lanternas, pálios, credências, campainhas, cálices, etc.
Através das campanhas de doações ele comprou a casa que está ao lado da Igreja e que pertence à Confraria de Nossa Senhora das Dores".
Com dinheiro das doações ele também organizou vestimentas para os figurados bíblicos. Comprou novas imagens... Ele fazia questão que tudo saísse bem e que a Igreja sempre estivesse bonita e cheia de flores em diversas ocasiões festivas.
Na semana Santa a Igreja estava à caráter para recolhimento e meditação da Paixão de Cristo. Era o quarteto que saía às ruas nas procissões cantando os motetos em latim. E porque não dizer do Setenário regido por ele com a ajuda do Coro Mater Dolorosa e alguns músicos da Lira Municipal. As obras de João da Mata e do Martiriano Ribeiro Bastos por ele tão bem executadas e preservadas.
Com interdição do professor Múcio, foi criado na Paróquia Nossa Senhora de Oliveira um novo Coral que leva seu nome, "Coral Múcio Lo-buono" regido pelo Maestro Richard e que hoje é responsável por preservar o patrimônio artístico religioso que são os Motetos da Semana Santa e do Setenário das Dores. Vejamos abaixo alguns vídeos do mesmo em apresentação:
Cecidit Corona - Moteto da Sexta - feira da Paixão
Professor Múcio rege o Coral
Professor Múcio rege o Coral
Moteto de Dores - Plorans Ploravit de João da Mata
Moteto de Passos - Pater Mi - de João da Mata
Stabat Mater - de João da Mata
Esses maravilhosos cantos que assistimos, foi por muitos anos, cantado pelo Coral Mater Dolorosa sob regência do professor Múcio Lo-buono. Ele é o guardião responsável por manter, guardar e zelar por tantos preciosas obras.
Não é só Oliveira que possui a tradição de cantar os Motetos em latim. Outras cidades como, São João Del Rey, Ouro Preto, Passos, Prados, Ribeirão Vermelho, Ritápolis, Lagoa Dourada, Resende Costa etc. Muitas cidades usam o canto dos Motetos durante as celebrações da Semana Santa. Se não fosse pelo professor Múcio talvez essas obras se perderiam no tempo. Foi pela insistência e pelo amor à cultura da música sacra barroca que ele conserva até os dias de hoje que podemos ouvir essas grandes obras dos ilustres compositores mineiros.
Terço, novena, ladainhas, cantos ... no coro da Igreja dos Passos tocando o harmônio entoava os belos cantos, em português ou em latim em louvor à Nossa Senhora, como o "Magnificat". No mês de maio ornamentava o Trono para as coroações. Leilões, foguetes, muitos hinos para Nossa Senhora. Lindos hinos entoados pelas crianças que eram ensaiados por ele para ser coroada a Mãe das Mães.
Em junho preparava o povo para as comemorações dos Santos Juninos, São João Batista, Santo Antônio de Pádua e São Pedro Apóstolo, com novenas barraquinhas. Pipocas, quentões, canjica, leilões e até tinha um correio elegante. Tudo isso apoiado pelos sacerdotes antecessores e Como Dom Antônio Carlos Mesquita e Dom Francisco Barroso Filho que não cansavam de elogiá-lo e lhes tinha um grande apreço.
Em setembro, época em que se celebra a festa de seus padroeiros Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, a Igreja dos Passos sempre estava bem enfeitada. Missa Festiva, Missa Solene em Latim. Ele fazia questão de trazer um pregador de fora para ajudar e abrilhantar ainda mais as celebrações.
No Mês do Rosário a mesma coisa. Todos os dias lá estava o Prof. Múcio com seu terço na mão rezando antes de cada celebração. E porque não dizer a Novena perpétua de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, rezada nas quintas-feiras? Quantas graças alcançadas por meio da intercessão deste homem que batia os joelhos a rezar pela cidade e pelos que pediam orações.
Em dezembro, lá estava ele empenhado em montar o famoso presépio e enfeitar a Igreja para a Missa de Natal. Novamente as canções natalinas e a Igreja enfeitada à caráter. O presépio, o pinheiro, as bolas coloridas, as luzes brilhando ... a Capela repleta de luzes e flores para celebrar o Natal.
Em dezembro, lá estava ele empenhado em montar o famoso presépio e enfeitar a Igreja para a Missa de Natal. Novamente as canções natalinas e a Igreja enfeitada à caráter. O presépio, o pinheiro, as bolas coloridas, as luzes brilhando ... a Capela repleta de luzes e flores para celebrar o Natal.
Fora da Igreja vamos encontrar um homem culto, um Juiz de Paz e um amante das tradições folclóricas. Na Semana da Pátria todos esperam aquele senhor subir ao palanque e cheio de sabedoria e amor à Pátria declarar os versos patrióticos das canções militares. Como a Canção do Expedicionário. Ele reunia os colégios e ensinava desde o hastear das Bandeiras ao canto do Hino Nacional, homenageando a Pátria na Semana da Independência. E no dia 07 de setembro, lá estava ele todo feliz por ver seus conterrâneos homenagear a Pátria. E feliz soa-lhes as palavras poéticas dos cantos gloriosos.
Foram tantas gerações por ele educado. Muitos sacerdotes que o admiravam e enalteciam seus trabalhos.
Professor Múcio também foi catequista e educou muitos jovens na fé. Aos sábados ensinava a doutrina na Igreja dos Passos. Também ensinava os meninos o ofício de acólito ou coroinha e muitos foram os meninos que ali passaram e se tornaram coroinhas e depois bons cristãos graças aos ensinamentos e o exemplo do professor Múcio. Acredito que muitos homens, que foram coroinhas tem recordações de quando ajudavam na Igreja dos Passos, nas Missas, novenas e procissões. Quantas mulheres que foram ex-catequizadas e que coroaram, hoje, continuando o que faziam, levam seus filhos para coroarem a imagem da Virgem Maria no mês de maio; porque assim aprenderam com ele a louvar Nossa Senhora.
Seja quaisquer que fosse a época do ano, lá estava o professor Múcio na Igreja dos Passos pronto para a oração.
Alguns até diriam: "Ah, mas ele é aposentado não tem nada de importante pra fazer..." mas eu pergunto:
Quantas pessoas que estão aposentadas e não cuidam da própria fé?
Quantos que deveriam estar enganjadas com algum serviço na Igreja e por comodismo e preguiça não ajudam e só criticam quem tenta fazer o melhor?
Quantos que aproveitam a aposentadoria pra tudo menos pra tirar um pouquinho do seu tempo para as coisas de Deus?
Não há como não falar da religiosidade do povo oliveirense sem o perfume e a dedicação do professor Múcio Lo-buono.
Antes de fundar as paróquias de São João Bosco e de Nossa Senhora Aparecida só existiam duas paróquias na Cidade era a São Sebastião e Nossa Senhora de Oliveira sede da Diocese. E o que seria dos padres da Paróquia Mãe de Oliveira sem a ilustre presença do professor Múcio.
Hoje é muito fácil falar, porque cresceu a participação de pessoas nas Comunidades e nas Paróquias aumentaram. Mas Múcio foi um grande incentivador e colaborador das atividades religiosas sejam internas ou externas. Sem falar que ele é uma enciclopédia viva da memória da história de Oliveira. Nunca foi assalariado, nunca recebeu pelos trabalhos. Tudo que fez foi por amor a Deus e a Igreja sem esperar reconhecimento. Muito embora o povo sabe reconhecer seu trabalho. Somente os poderes constituídos não reconhece o que é uma pena.
Foi ele também que por muitos anos administrou a Confraria de Nossa Senhora das Dores, tornando-se depois seu provedor. Os principais trabalhos da Confraria é de Zelar pela Igreja dos Passos, cuidando da tutela das imagens de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ajudar nas celebrações internas e externas da Semana Santa. Ajudar nas novenas e outras celebrações na sua Igreja sede.
Prof. Múcio também colaborou com a reforma da Matriz Nossa Senhora de Oliveira; (Matriz velha). Quando deu detalhes de como eram os altares, e outros adornos originais que foram tirados da Igreja na primeira reforma. Sem a ajuda dele e de algumas pessoas que emprestaram algumas fotos era quase impossível trazer a originalidade dos alteres e dos adornos do estilo da época colonial.
D. José Medeiros Leite - Primeiro Bispo da Diocese de Oliveira, MG, até 1977 - Natural de Mossoró - RN.
Sabe-se que seu afastamento se deu com a posse do novo bispo diocesano, após a morte de D. Jesus Rocha em 2006, assumiu D. Miguel Ângelo de Freitas Ribeiro. E depois da posse do novo Pároco da Paróquia N. Sra. de Oliveira. Pe. Diovanny Roquim Amaral, que substituiu Pe. Guido Evangelista da Silva, que se aposentou.
Alegaram que o motivo do afastamento era a sua saúde frágil e pela idade avançada o impossibilitava de continuar seu trabalho frente à Igreja dos Passos. Mas, isso lhe custou muita tristeza e indignação do povo, tendo em vista que o que ele fazia não era por profissão e si, por vocação. E ninguém tem o direito de decidir sobre a vida de uma pessoa. E houve-se quem falasse que não houve afastamento e sim, interdição.
O que não ficou muito bem explicado por parte da Diocese e da Paróquia é qual o verdadeiro motivo que levou sua interdição. Visto que ele não cometeu nenhuma irregularidade, nenhuma fraude ou desvio de conduta. Sempre foi um bom exemplo para a sociedade. E o que fez pela Igreja fez por amor e não por interesses particulares.
Professor Múcio também foi catequista e educou muitos jovens na fé. Aos sábados ensinava a doutrina na Igreja dos Passos. Também ensinava os meninos o ofício de acólito ou coroinha e muitos foram os meninos que ali passaram e se tornaram coroinhas e depois bons cristãos graças aos ensinamentos e o exemplo do professor Múcio. Acredito que muitos homens, que foram coroinhas tem recordações de quando ajudavam na Igreja dos Passos, nas Missas, novenas e procissões. Quantas mulheres que foram ex-catequizadas e que coroaram, hoje, continuando o que faziam, levam seus filhos para coroarem a imagem da Virgem Maria no mês de maio; porque assim aprenderam com ele a louvar Nossa Senhora.
Seja quaisquer que fosse a época do ano, lá estava o professor Múcio na Igreja dos Passos pronto para a oração.
Alguns até diriam: "Ah, mas ele é aposentado não tem nada de importante pra fazer..." mas eu pergunto:
Quantas pessoas que estão aposentadas e não cuidam da própria fé?
Quantos que deveriam estar enganjadas com algum serviço na Igreja e por comodismo e preguiça não ajudam e só criticam quem tenta fazer o melhor?
Quantos que aproveitam a aposentadoria pra tudo menos pra tirar um pouquinho do seu tempo para as coisas de Deus?
Não há como não falar da religiosidade do povo oliveirense sem o perfume e a dedicação do professor Múcio Lo-buono.
Antes de fundar as paróquias de São João Bosco e de Nossa Senhora Aparecida só existiam duas paróquias na Cidade era a São Sebastião e Nossa Senhora de Oliveira sede da Diocese. E o que seria dos padres da Paróquia Mãe de Oliveira sem a ilustre presença do professor Múcio.
Hoje é muito fácil falar, porque cresceu a participação de pessoas nas Comunidades e nas Paróquias aumentaram. Mas Múcio foi um grande incentivador e colaborador das atividades religiosas sejam internas ou externas. Sem falar que ele é uma enciclopédia viva da memória da história de Oliveira. Nunca foi assalariado, nunca recebeu pelos trabalhos. Tudo que fez foi por amor a Deus e a Igreja sem esperar reconhecimento. Muito embora o povo sabe reconhecer seu trabalho. Somente os poderes constituídos não reconhece o que é uma pena.
Foi ele também que por muitos anos administrou a Confraria de Nossa Senhora das Dores, tornando-se depois seu provedor. Os principais trabalhos da Confraria é de Zelar pela Igreja dos Passos, cuidando da tutela das imagens de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ajudar nas celebrações internas e externas da Semana Santa. Ajudar nas novenas e outras celebrações na sua Igreja sede.
Prof. Múcio também colaborou com a reforma da Matriz Nossa Senhora de Oliveira; (Matriz velha). Quando deu detalhes de como eram os altares, e outros adornos originais que foram tirados da Igreja na primeira reforma. Sem a ajuda dele e de algumas pessoas que emprestaram algumas fotos era quase impossível trazer a originalidade dos alteres e dos adornos do estilo da época colonial.
D. José Medeiros Leite - Primeiro Bispo da Diocese de Oliveira, MG, até 1977 - Natural de Mossoró - RN.
O OUTRO LADO DA MOEDA, A INGRATIDÃO
Sabe-se que seu afastamento se deu com a posse do novo bispo diocesano, após a morte de D. Jesus Rocha em 2006, assumiu D. Miguel Ângelo de Freitas Ribeiro. E depois da posse do novo Pároco da Paróquia N. Sra. de Oliveira. Pe. Diovanny Roquim Amaral, que substituiu Pe. Guido Evangelista da Silva, que se aposentou.
Alegaram que o motivo do afastamento era a sua saúde frágil e pela idade avançada o impossibilitava de continuar seu trabalho frente à Igreja dos Passos. Mas, isso lhe custou muita tristeza e indignação do povo, tendo em vista que o que ele fazia não era por profissão e si, por vocação. E ninguém tem o direito de decidir sobre a vida de uma pessoa. E houve-se quem falasse que não houve afastamento e sim, interdição.
O que não ficou muito bem explicado por parte da Diocese e da Paróquia é qual o verdadeiro motivo que levou sua interdição. Visto que ele não cometeu nenhuma irregularidade, nenhuma fraude ou desvio de conduta. Sempre foi um bom exemplo para a sociedade. E o que fez pela Igreja fez por amor e não por interesses particulares.
Mas, esse homem que aos 87 anos, tão culto, tão respeitado pelo povo oliveirense não pode fazer o que mais gosta estar na Igreja dos Passos. Ajudando e rezando como gostava sempre fazer.
Se fosse pela idade vá lá, mas que dirá de uma ditadura que lhe impuseram e tomaram dele "as chaves da igreja"; da sua igreja querida que lhe viu crescer e que aprendeu a amar e a cuidar como se fosse sua própria vida.
É comum (e não podemos como cidadãos de bem nunca conformar) que até mesmo dentro das fortes instituições como a Igreja Católica Apostólica Romana existem pessoas com tamanha falta de caridade, que acham que o que está velho é pra ser descartado, como se fosse lixo.
Nós católicos oliveirenses, dotados dos maiores sentimentos e e uma religiosidade em particular, herdadas de nossos antepassados que nos legaram tantos sentimentos de amizade e respeito, não podemos concordar que este homem não seja reconhecido, senão respeitado em seus direitos de usufruir daquilo que fez ao longo de uma vida inteira de amor e dedicação.
Como não compreendemos a atitude arbitrária a que lhe foi imposta. Sem ele mesmo merecer ou entender por quê disso tudo.
Nós não podemos deixar estender-lhe justa homenagem, nosso apreço, afeto e carinho neste momento em que ele mais precisa visto que a idade avança a cada dia e sua saúde não é mais a mesma. Mas a mente é lúcida e capaz de entender que o que fizeram com ele foi uma atitude desrespeitosa e cruel.
O povo de Oliveira sabe e não pode ficar calado.
Nós católicos oliveirenses, dotados dos maiores sentimentos e e uma religiosidade em particular, herdadas de nossos antepassados que nos legaram tantos sentimentos de amizade e respeito, não podemos concordar que este homem não seja reconhecido, senão respeitado em seus direitos de usufruir daquilo que fez ao longo de uma vida inteira de amor e dedicação.
Como não compreendemos a atitude arbitrária a que lhe foi imposta. Sem ele mesmo merecer ou entender por quê disso tudo.
Nós não podemos deixar estender-lhe justa homenagem, nosso apreço, afeto e carinho neste momento em que ele mais precisa visto que a idade avança a cada dia e sua saúde não é mais a mesma. Mas a mente é lúcida e capaz de entender que o que fizeram com ele foi uma atitude desrespeitosa e cruel.
O povo de Oliveira sabe e não pode ficar calado.
Pois é nesse sentido achando-o impossibilitado que o novo bispo de Oliveira, juntamente com o Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Oliveira tirou do Múcio a coordenação da Igreja dos Passos. Extinguiu o Coro Mater Dolorosa e numa atitude ao meu ver de tamanha falta de caridade, tomaram-lhe as chaves da Igreja.
Ele nunca fez nada de mal. Nada que justificasse essa arbitrariedade.
Tendo que se conformar com a ingratidão de quem ele mais amou um dia que foi a sua fé e a sua Igreja.
Tendo que se conformar com a ingratidão de quem ele mais amou um dia que foi a sua fé e a sua Igreja.
Corre o risco de ser esquecido pelos dirigentes da Igreja Católica Local; que ele tanto dedicou sua vida, mas não pelo povo oliveirense que o respeita.
Ao passar em frente sua casa na rua Dr. Coelho de Moura, vemos um homem a olhar pela sacada da varanda a "sua" Igreja como era conhecida e a perguntar, porque fizeram isto comigo? Porque não posso ir lá rezar o Santo Terço? ...
Esse sentimento de revoltante levou a um grupo de pessoas a fazer um abaixo assinado pedindo a "devolução das chaves" ao Prof. Múcio. Devolver as chaves significa devolver a ele a dignidade. Não será por imposição que se deve dizer a uma pessoa o que fazer da própria vida, ninguém tem esse direito. Fere os princípios constitucionais e os direitos humanos.
Fizeram com que ele interrompesse as suas atividades, forçadamente e isso ninguém tem o direito fazer. Sem nenhuma explicação ainda que tivesse uma...Tratar um idoso como se fosse algo descartável e ainda mais por um sentimento mesquinho, cruel por parte de quem deveria dar exemplo no caso de sacerdotes é muito triste.
Recentemente, neste mês de agosto/16, a Secretaria de Cultura de Oliveira, MG, apresentou um projeto onde segundo a Secretária de Cultura do Município, a Excelentíssima Senhora, Nêm Campos, o tombamento da pessoa do Professor Múcio Lo-Buono como patrimônio imaterial da Cidade. Uma justa homenagem por parte do Poder Público reconhecendo seu trabalho e esforços em prol da cidade de Oliveira.
Como é bonito o amor do Prof. Múcio pela Pátria Amada. E como é bonito vê-lo recitar de cor essa poesia da "Canção Do Expedicionário" ; Letra de: Guilherme de Almeida e Música de Spartaco Rossi; deixo esta homenagem ao Professor Múcio Lo-buono.
Recentemente, neste mês de agosto/16, a Secretaria de Cultura de Oliveira, MG, apresentou um projeto onde segundo a Secretária de Cultura do Município, a Excelentíssima Senhora, Nêm Campos, o tombamento da pessoa do Professor Múcio Lo-Buono como patrimônio imaterial da Cidade. Uma justa homenagem por parte do Poder Público reconhecendo seu trabalho e esforços em prol da cidade de Oliveira.
Como é bonito o amor do Prof. Múcio pela Pátria Amada. E como é bonito vê-lo recitar de cor essa poesia da "Canção Do Expedicionário" ; Letra de: Guilherme de Almeida e Música de Spartaco Rossi; deixo esta homenagem ao Professor Múcio Lo-buono.
CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Você sabe de onde eu venho ?
E de uma Pátria que eu tenho
No bôjo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacaranda,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse "V" que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Texto de: Elmando V. de Toledo