sábado, 11 de novembro de 2023

EXPLICAÇÃO SOBRE MATEUS 7,6 "Não deem aos cães o que é sagrado, não joguem pérolas aos porcos!"

 

Mateus 7, 6 diz: "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos. Se fizerem isso, eles poderão pisoteá-las e, voltando-se contra vocês, dilacerá-los". 

Jesus usa de metáfora para ensinar seus discípulos a ter discernimento e cuidado na hora de pregar evangelho.

"Cães" e "porcos" representam aqueles que rejeitam Jesus Cristo, desprezam a verdade e vivem em pecado. A "pérola" é uma metáfora para dizer que a mensagem do evangelho, que é preciosa e sagrada não pode ser lançada de qualquer maneira e com segundas intenções. Se lermos a partir do versículo “1” vamos ver que esta passagem está de um contexto:

a)     Não devemos julgar as pessoas. A mensagem de salvação deve ser uma proposta não imposta. Quem prega deve toma cuidado para não apontar o dedo para os defeitos dos outros. Jesus pede que antes de mais nada devemos procurar fazer um exame de consciência porque muitas vezes somos mais errados do que aqueles que tentamos corrigir. Não podemos agir com hipocrisia. Aqui Jesus deixa claro que o que se espera de nós é o exemplo. Não agir com hipocrisia para que as pessoas vejam com as nossas atitudes aquilo que o Evangelho lhes propõe.

b)     E o versículo “7” vem complementar o versículo “6” no que se refere à oração. Devemos bater à porta (de Deus), pedir com o coração sincero porque o Pai Celeste ouve aqueles que pedem com sinceridade, segundo suas necessidades. O versículo anterior diz que não se pode lançar aos cães coisas santas. Isto quer dizer que dentro do contexto, nossa oração deve ser direcionada para coisas boas. Coisas que irão servir para nossa santificação. Não de deve orar, por exemplo, pedindo dinheiro, para ganhar na loteria, etc. Porque isso se conquista com trabalho.  Mas, pedir a o aumento da fé, a cura de uma enfermidade para si ou para alguém, o discernimento para certas situações, o dom para entender a Palavra, o pão de cada dia, ... Na oração do “Pai Nosso” estão todos as graças que devemos pedir. Porque uma oração mal feita é “dar pérola aos porcos”.

Jesus neste discurso ensina-nos que devemos ter cuidado tanto com o anúncio da Palavra, quanto também à maneira que pedimos as coisas a Deus. Não é errado pedir. Mas, é importante saber o que pedir para que nossa oração não seja feita de egoísta, como uma criança que acha que o pai pode dar tudo o que ela quer, do jeito que ela quer e na hora que ela quer. Não! Deus não age assim.

 

c)     E por fim, Jesus vai nos dizer que devemos ter cuidado com falsos profetas. Falsos pastores que chegam disfarçados de ovelhas. E mais uma vez Jesus pede discernimento para que a gente possa verificar quais são as obras desses falsos pastores. Hoje, o que mais tem são falsos pastores dentro e fora da Igreja. Lobos vorazes que estão em busca de ovelhas frágeis para enganar e extorquir, usando a palavra de Deus como argumento, ludibriam e enganam muitas pessoas. Mas, veja! Jesus essas pessoas farão obras, iguais aos verdadeiros profetas, porém essas obras não vêm Deus e não serão reconhecidas por Ele. O demônio também faz milagres para enganar as pessoas e tirá-las do verdadeiro caminho. É por isso que Jesus disse “guardai-vos dos falsos profetas”.          

 

Portanto, tudo no capítulo 7 está dentro de um contexto: “A mensagem da Palavra de Deus” e os “falsos profetas”.

Por outro lado, Jesus nos ensina que a mensagem sagrada do Evangelho não deve ser compartilhada com aqueles que não estão dispostos a aceitá-la, pois, eles podem rejeitá-la e até mesmo atacar aqueles que a compartilham. No entanto, isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas. Em vez disso, devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade. O Evangelho é uma pessoa, Jesus Cristo. Ele é a Palavra viva encarnada que não pode morar em corações que não queiram aceitá-lo. Por outro lado, o coração de quem aceita o Evangelho e  o pratica com amor é como um terreno fértil onde a semente plantada nascerá e dará muitos frutos. (Lc13, 23). 

É importante lembrar que Jesus é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6). O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos. A porta estreita pela qual os verdadeiros discípulos devem passar.

Os santos viveram sua vida de forma radical procurando aproximar o mais perto possível daquilo que o Evangelho propõe. Nesse sentido passaram por muitas coisas. Privações e perseguições a fim de estreitar ainda mais seus laços com Jesus tendo a convicção que estão do mundo, mas, não são do mundo. Viveram intimamente ligados a Ele no seu sofrimento na cruz, enfrentando tudo e a todos. Isto é, passaram pela “porta estreita”, a porta das ovelhas onde o único pastor é Cristo.    

A oura explicação que a Igreja Católica ensina sobre Mateus 7,6 é semelhante à interpretação geral, mas com um foco adicional na administração prudente dos sacramentos e na pregação da palavra de Deus. 

Nesta passagem, Jesus usa uma expressão popular para ensinar o discernimento prudente na pregação da palavra de Deus e na distribuição dos meios de santificação.

A Igreja sempre atendeu a este aviso, especialmente no sentido de respeito com que administra os sacramentos, especialmente a Sagrada Eucaristia. 

Portanto, "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos" é uma instrução para ser cauteloso ao compartilhar a verdade do evangelho com aqueles que podem não estar prontos ou dispostos a recebê-la. Isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas, mas sim, que devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade.

 

 

 

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

MARIA DE NAZARÉ TEVE OUTROS FILHOS?

          

Os protestantes afirmam, sem nenhuma base bíblica que Maria de Nazaré teve outros filhos além de Jesus. Como argumento usam a passagem bíblica de Mc6, 3: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós? ...

Se Jesus teve outros irmãos, como então a Igreja insiste na defesa de que Maria de Nazaré é virgem, foi virgem antes, durante e depois do parto?

 

Não é bem assim. Como vamos aprender, que a Igreja sempre pregou a verdade. E que na Sagrada Escritura, (aliás em qualquer outro texto), não podemos pegar um parágrafo ou um versículo sem saber "contexto" e aplicar sem lógica, sem estudo. É preciso antes entender toda a história contada pelo autor para compreender o sentido do texto em questão. É o que acontece nesse caso onde aparece os supostos "irmãos" de Jesus. E quando lemos todo o texto e pesquisamos mais a fundo descobrimos do que o autor está se referindo. A palavra irmão, na cultura hebraica se refere às duas situações aos irmãos consanguíneos e ao grau de parentesco, no caso, os parentes primos e uma outra, a nacionalidade como um todo, os judeus chamam uns aos outros de irmãos, e por razões de Fé por serem descendentes de Abraão, portanto, filhos de Abraão são "irmãos". Logo, o autor evangelista (que era judeu) vai usar a palavra "irmãos" para se referir aos parentes de Jesus e Maria como "irmãos".   

 

 São sete os textos do Novo Testamento que mencionam irmãos de Jesus:

 

          Marcos 6,3; Marcos 3,31-35; João 2,12;7,2-10; Atos 1,14; Gálatas 1,19; 1Coríntios 9,5.

 

          Chamavam-se, conforme Marcos 6,3; Mateus 13,55s: Tiago, José, Judas e Simão.

 

Vejamos quem eram eles segundo os Evangelhos:

 

Jesus, Filho Único

1) Lc 2,41-52. Jesus, aos doze anos, foi com José e Maria a Jerusalém, permanecendo aí os sete dias da festa de Páscoa (ver Lc 2,43). Contando com os dias de viagem de ida e volta deve ter ficado cerca de quinze dias fora de casa. Ora, Maria não pode ter deixado no lar, e por tanto tempo, filhos pequenos. Donde se conclui com muita verossimilhança que aos doze anos Jesus era filho único? Esta conclusão é confirmada pelo texto seguinte:

2) Jo 19,26s. Jesus ao morrer, confiou sua mãe a João, Filho de Zebedeu, membro de outra família. Este gesto do Senhor seria incompreensível, se Maria tivesse outros filhos em casa.

O Novo Testamento nunca fala de filhos de Maria e José. Jesus é dito “filho de José”, “suposto” em Lc 3,23; é dito: “o filho de Maria” (com artigo) em Mc 6,3. O Evangelho nunca diz: “a Mãe de Jesus e seus filhos”, embora isso fosse muito natural se ela tivesse muitos filhos (ver Mc 3,31-35; At 1,14). O Evangelho se refere sempre a “Maria e os irmãos de Jesus”.

Estas considerações dão a concluir que Jesus era filho único de Maria. – Porque então os Evangelhos falam de irmãos de Jesus?

 Por que “irmãos…”?

O aramaico, que os judeus falam no tempo de Jesus e que os Evangelistas supõem, era uma língua pobre de vocabulário. A palavra aramaica e hebraica “Ha” podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou até parentes mais distantes. No Antigo Testamento vinte passagens atestam esse significado amplo de irmão. Assim, por exemplo:

Gn 13,8: Abraão disse a seu sobrinho Lot, filho do seu irmão: “somos irmãos”. Ver também Gn 14, 14-16.

Gn 29,12.15: Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão.

Gn 31, 23 refere que com seus irmãos, isto é, com seus parentes de sexo masculino, foi ao encalço de Jacó.

1Cor 23,21-23: “Os filhos de Maerati foram Moholi e Musi. Os filhos de Moholi foram Ecleázaro e Cis. Ecleázamo morreu sem ter filhos, mas apenas filhas; os filhos de Cis, seus irmãos (=primos), as tomaram por mulheres”..

Ver ainda 1Cor 15,5; 2Cor 36,10; 2Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,29….

Na base desta verificação, não teremos dificuldades de compreender que “os irmãos "de Jesus eram, na verdade, primos de Jesus. Este parentesco se deduz dos seguintes textos:

 

Em Mt 27,56 lê-se: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…, Maria de Mágdala, Maria Mãe de Tiago e de José, e a mãe de dos filhos de Zebedeu”.

 

Essa Maria, mãe de Tiago, não é esposa de São José, mas Cleofas, conforme Jo 19,25; era também irmã de Maria Mãe de Jesus, como se lê abaixo:

Jo 19,25: “Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágdala”.

Pois bem; os nomes Cleofas e Alfeu designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico Claphai. Ora, o mais antigo historiador da Igreja, Hegesipo, nos diz que Cleofas e Maria de Cleofas tiveram como filhos Tiago, José, Judas e Simão. Estes, portanto, eram primos de Jesus. O fato de que no Evangelho sempre aparecem com Maria embora não fossem filhos, mas sobrinhos de Maria, se explica do seguinte modo:

 

No judaísmo antigo, a mulher não costumava apresentar-se sozinha em público, mas sempre acompanhada por parentes próximos do sexo masculino. Ora, julga-se que José, esposo de Maria, tenha falecido antes do início da vida pública de Jesus; quando Jesus saiu de casa para iniciar sua missão, Maria passou a ser acompanhada pelos irmãos de Jesus, que eram sobrinhos de Maria.

Uma vez explicado o parentesco, consideramos algumas objeções.

 

 Objeções

1) “Até que…” (Mt 1, 25)

Lê-se em Mateus 1,25: “José não conheceu Maria".

 

Não teve relações com Maria até que ela desse à luz um filho (Jesus)”. Significa isto que, depois de ter dado à luz Jesus, Maria teve relações conjugais com José?

Não necessariamente. A expressão “até que” corresponde ao hebraico ad ki. Ora, esta partícula na Escritura ocorre para designar apenas o que se deu (ou não se deu) no passado sem indicação do que havia de acontecer no futuro. Tenhamos em vista, por exemplo, Gênesis 8,7: O corvo que Noé soltou após o dilúvio, não voltou à arca. Ver também Salmo 109 (110), 1.

Ainda hoje usa-se semelhante modo de falar, quando, por exemplo, se diz: “tal homem morreu antes de ter realizado seus planos” ou “antes de ter pedido perdão”. Isso não significa que, depois da morte, o defunto realizou seus planos ou pediu perdão…. Vê-se que, nestes casos, há referências ao passado, prescindindo do futuro, como no caso de Mateus 1,25. Por conseguinte, poderíamos traduzir este versículo como se segue: “Sem que ele (José) a tivesse conhecido (isto é, tomado em consórcio marital), ela (Maria) deu à luz…”.

 

JESUS é filho “Primogênito” (Lucas 2,7)

Lê-se em Lucas 2,7: “Maria deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura”..

O termo “primogênito” não significa que Maria tenha tido outros filhos após Jesus. Em hebraico bekor, primogênito, podia designar simplesmente “o bem-amado”, pois o primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo o amor dos pais; além disto, o primogênito era pelos hebreus julgado alvo de especial amor da parte de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor desde os seus primeiros dias (cf. Lc 2,22; Ex 13,2;34,19). A palavra “primogênito” podia mesmo ser sinônimo de “unigênito”, pois um e outro vocábulo na mentalidade semita designam “o bem-amado”. Tenhamos em vista que transpassaram, chorá-lo-ão como se chora um filho unigênito; chorá-lo-ão amargamente como se chora um “primogênito”.

 

Mesmo fora da terra de Israel podia-se chamar “primogênito” o menino que não tivesse nem irmã mais jovem. É o que atesta uma inscrição sepulcral judaica datada de 5 a.C. e descoberta em Tell-el-Yedouhieh (Egito) no ano de 1922; lê-se aí que uma jovem mulher chamada Arsinoé morreu “nas dores do parto do seu filho primogênito”. Notemos neste texto o modo de falar que observamos a respeito de Mt 12,5; “primogênito” vem a ser apenas o filho antes do qual não houve outro, não não necessariamente aquele após o qual houve outros..

Estas considerações dão a ver claramente que não se podem apoiar na Bíblia aqueles que querem atribuir a Maria a maternidade de muitos filhos. (Fonte: Livro “Quinze Questões de Fé” – Dom Estevão – Ed. Santuário)

IRMÃOS DE JESUS OU PRIMOS? 

 Vejamos: João 19, 25

“E junto a cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, mulher de Cleófas (ou Clopas em algumas traduções), e Maria Madalena”.

 O versículo mostra três Marias, junto à cruz.

São João nos dá uma chave para entender que se Maria tivesse outros filhos, após a morte de Jesus (que era o mais velho), ela seria entregue aos cuidados dos seus irmãos mais novos. Pois, a Lei de Moisés dizia que a viúva deveria ser acolhida pelos filhos e em caso da falta de filho(s) ela deveria se casar com o parente mais próximo e seus bens passaria para este novo marido. Logo, Jesus sabendo que era Filho único deixou sua mãe aos cuidados de João, que desde então cuidou dela até sua ida para o céu. Assim diz o texto do Evangelho:

"Perto da cruz de Jesus, permaneceu de pé sua mãe, a irmã de sua mãe Maria, mulher de Clopas e Maria Madalena. Vendo a mãe e perto dela, o discípulo que amava, disse à mãe "Mulher, eis aí teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis tua mãe!" E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em casa. Jo19, 25-27. Com isso, São João deixa claro que Maria não teve outros filhos, senão Nosso Senhor Jesus Cristo.  

 

Mateus 13, 55

“Não é este (Jesus) o filho do carpinteiro? E não conhecemos sua mãe e seus irmãos Tiago, e José, Simão e Judas”

O versículo sozinho, sem ser contextualizado, deixa bem claro que Maria mãe de Jesus, teve vários filhos, mas, ao ler o contexto percebemos que não é assim.

Marcos 15, 40

“E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais, também Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago, e de José e Salomé”

Quem foi a mãe de Tiago, José, e Salomé?

A irmã da Mãe de Jesus, Maria mulher de Cléofas (Cf. João 19,25), portanto era a tia de Jesus.

Talvez você ainda queira perguntar: e Judas?

Judas 1, 1

“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago...”

Ou seja, Judas, era irmão de Tiago, José e Salomé (Cf. Marcos 15,40), filhos de Maria mulher de Cléofas. Essa Maria era irmã de Maria mãe de Jesus, logo, Tiago, José, Judas e Salomé eram primos de primeiro grau de Jesus.

João 19, 26-27

Jesus, vendo ali a sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis ai o teu filho; depois disse ao discípulo: eis ai a tua mãe...”

Como fidelíssimo observador da Lei de Moisés, Jesus não podia, na hora da sua morte na cruz, confiar sua mãe a João apóstolo, mas devia tê-la confiado ao filho mais idoso, se ela de fato os tivesse.

Conclusão:

“Os irmãos” (primos) de Jesus, tão frequentemente mencionados no Novo Testamento, nunca são chamados filhos de Maria, a mãe de Jesus e nem tampouco de José.

Na linguagem bíblica “irmão” é frequentemente usado em lugar de primo, sobrinho, parente.

Exemplo: Em Gêneses 13,8 Abraão diz a Ló: “Somos irmãos”. No entanto Ló era filho de Aran, que era irmão de Abraão, portanto seu sobrinho, confira em (Gêneses 11, 27-31). Existem outras citações, porém encerro por aqui.

 

 

Os protestantes afirmam, sem nenhuma base bíblica que Maria de Nazaré teve outros filhos além de Jesus. Como argumento usam a passagem bíblica de Mc6, 3: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós? ...

Se Jesus teve outros irmãos, como então a Igreja insiste na defesa de que Maria de Nazaré é virgem, foi virgem antes, durante e depois do parto?

 

Não é bem assim. Como vamos aprender, que a Igreja sempre pregou a verdade. E que na Sagrada Escritura, (aliás em qualquer outro texto), não podemos pegar um parágrafo ou um versículo sem saber "contexto" e aplicar sem lógica, sem estudo. É preciso antes entender toda a história contada pelo autor para compreender o sentido do texto em questão. É o que acontece nesse caso onde aparece os supostos "irmãos" de Jesus. E quando lemos todo o texto e pesquisamos mais a fundo descobrimos do que o autor está se referindo. A palavra irmão, na cultura hebraica se refere às duas situações aos irmãos consanguíneos e ao grau de parentesco, no caso, os parentes primos e uma outra, a nacionalidade como um todo, os judeus chamam uns aos outros de irmãos, e por razões de Fé por serem descendentes de Abraão, portanto, filhos de Abraão são "irmãos". Logo, o autor evangelista (que era judeu) vai usar a palavra "irmãos" para se referir aos parentes de Jesus e Maria como "irmãos".   

 

 São sete os textos do Novo Testamento que mencionam irmãos de Jesus:

 

          Mc 6,3; Mc 3,31-35; Jô 2,12;7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1Cor 9,5.

 

          Chamavam-se, conforme Mc 6,3; Mt 13,55s: Tiago, José, Judas e Simão.

 

Vejamos quem eram eles segundo os Evangelhos:

 

1 – Jesus, Filho Único

1) Lc 2,41-52. Jesus, aos doze anos, foi com José e Maria a Jerusalém, permanecendo aí os sete dias da festa de Páscoa (ver Lc 2,43). Contando com os dias de viagem de ida e volta deve ter ficado cerca de quinze dias fora de casa. Ora, Maria não pode ter deixado no lar, e por tanto tempo, filhos pequenos. Donde se conclui com muita verossimilhança que aos doze anos Jesus era filho único? Esta conclusão é confirmada pelo texto seguinte:

2) Jo 19,26s. Jesus ao morrer, confiou sua mãe a João, Filho de Zebedeu, membro de outra família. Este gesto do Senhor seria incompreensível, se Maria tivesse outros filhos em casa.

O Novo Testamento nunca fala de filhos de Maria e José. Jesus é dito “filho de José”, “suposto” em Lc 3,23; é dito: “o filho de Maria” (com artigo) em Mc 6,3. O Evangelho nunca diz: “a Mãe de Jesus e seus filhos”, embora isso fosse muito natural se ela tivesse muitos filhos (ver Mc 3,31-35; At 1,14). O Evangelho se refere sempre a “Maria e os irmãos de Jesus”.

Estas considerações dão a concluir que Jesus era filho único de Maria. – Porque então os Evangelhos falam de irmãos de Jesus?

 Por que “irmãos…”?

O aramaico, que os judeus falam no tempo de Jesus e que os Evangelistas supõem, era uma língua pobre de vocabulário. A palavra aramaica e hebraica “Ha” podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou até parentes mais distantes. No Antigo Testamento vinte passagens atestam esse significado amplo de irmão. Assim, por exemplo:

Gn 13,8: Abraão disse a seu sobrinho Lote, filho do seu irmão: “somos irmãos”. Ver também Gn 14, 14-16.

Gn 29,12.15: Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão.

Gn 31, 23 refere que com seus irmãos, isto é, com seus parentes de sexo masculino, foi ao encalço de Jacó.

1Cor 23,21-23: “Os filhos de Maerati foram Moholi e Musi. Os filhos de Moholi foram Ecleázaro e Cis. Ecleázamo morreu sem ter filhos, mas apenas filhas; os filhos de Cis, seus irmãos (=primos), as tomaram por mulheres”..

Ver ainda 1Cor 15,5; 2Cor 36,10; 2Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,29….

Na base desta verificação, não teremos dificuldades de compreender que “os irmãos "de Jesus eram, na verdade, primos de Jesus. Este parentesco se deduz dos seguintes textos:

 

Em Mt 27,56 lê-se: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…, Maria de Mágdala, Maria Mãe de Tiago e de José, e a mãe de dos filhos de Zebedeu”.

 

Essa Maria, mãe de tiago, não é esposa de São José, mas Cleofas, conforme Jo 19,25; era também irmã de Maria Mãe de Jesus, como se lê abaixo:

Jo 19,25: “Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágdala”.

Pois bem; os nomes Cleofas e Alfeu designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico Claphai. Ora, o mais antigo historiador da Igreja, Hegesipo, nos diz que Cleofas e Maria de Cleofas tiveram como filhos Tiago, José, Judas e Simão. Estes, portanto, eram primos de Jesus. O fato de que no Evangelho sempre aparecem com Maria embora não fossem filhos, mas sobrinhos de Maria, se explica do seguinte modo:

 

No judaísmo antigo, a mulher não costumava apresentar-se sozinha em público, mas sempre acompanhada por parentes próximos do sexo masculino. Ora, julga-se que José, esposo de Maria, tenha falecido antes do início da vida pública de Jesus; quando Jesus saiu de casa para iniciar sua missão, Maria passou a ser acompanhada pelos irmãos de Jesus, que eram sobrinhos de Maria.

Uma vez explicado o parentesco, consideramos algumas objeções.

 

 Objeções

1) “Até que…” (Mt 1, 25)

Lê-se em Mt 1,25: “José não conheceu Maria".

 

Não teve relações com Maria até que ela desse à luz um filho (Jesus)”. Significa isto que, depois de ter dado à luz Jesus, Maria teve relações conjugais com José?

Não necessariamente. A expressão “até que” corresponde ao hebraico ad ki. Ora, esta partícula na Escritura ocorre para designar apenas o que se deu (ou não se deu) no passado sem indicação do que havia de acontecer no futuro. Tenhamos em vista, por exemplo, Gn 8,7: O corvo que Noé soltou após o dilúvio, não voltou à arca. Ver também Sl 109 (110), 1.

Ainda hoje usa-se semelhante modo de falar, quando, por exemplo, se diz: “tal homem morreu antes de ter realizado seus planos” ou “antes de ter pedido perdão”. Isso não significa que, depois da morte, o defunto realizou seus planos ou pediu perdão…. Vê-se que, nestes casos, há referências ao passado, prescindindo do futuro, como no caso de Mt 1,25. Por conseguinte, poderíamos traduzir este versículo como se segue: “Sem que ele (José) a tivesse conhecido (isto é, tomado em consórcio marital), ela (Maria) deu à luz…”.

 

JESUS é filho “Primogênito” (Lc 2,7)

Lê-se em Lc 2,7: “Maria deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura”..

O termo “promogênito” não significa que Maria tenha tido outros filhos após Jesus. Em hebraico bekor, primogênito, podia designar simplesmente “o bem-amado”, pois o primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo o amor dos pais; além disto, o primogênito era pelos hebreus julgado alvo de especial amor da parte de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor desde os seus primeiros dias (cf. Lc 2,22; Ex 13,2;34,19). A palavra “primogênito” podia mesmo ser sinônimo de “unigênito”, pois um e outro vocábulo na mentalidade semita designam “o bem-amado”. Tenhamos em vista que transpassaram, chorá-lo-ão como se chora um filho unigênito; chorá-lo-ão amargamente como se chora um “primogênito”.

 

Mesmo fora da terra de Israel podia-se chamar “primogênito” o menino que não tivesse nem irmã mais jovem. É o que atesta uma inscrição sepulcral judaica datada de 5 a.C. e descoberta em Tell-el-Yedouhieh (Egito) no ano de 1922; lê-se aí que uma jovem mulher chamada Arsinoé morreu “nas dores do parto do seu filho primogênito”. Notemos neste texto o modo de falar que observamos a respeito de Mt 12,5; “primogênito” vem a ser apenas o filho antes do qual não houve outro, não não necessariamente aquele após o qual houve outros..

Estas considerações dão a ver claramente que não se podem apoiar na Bíblia aqueles que querem atribuir a Maria a maternidade de muitos filhos. (Fonte: Livro “Quinze Questões de Fé” – Dom Estevão – Ed. Santuário)

OS IRMÃOS DE JESUS?OU PRIMOS

João 19, 25

“E junto a cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, mulher de Cleófas, e Maria Madalena”.

 O versículo mostra três Marias, junto à cruz.

São João nos dá uma chave para entender que se Maria tivesse outros filhos, após a morte de Jesus (que era o mais velho), ela seria entregue aos cuidados dos seus irmãos mais novos. Pois, a Lei de Moisés dizia que a viúva deveria ser acolhida pelos filhos e em caso da falta de filho(s) ela deveria se casar com o parente mais próximo e seus bens passaria para este novo marido. Logo, Jesus sabendo que era Filho único deixou sua mãe aos cuidados de João, que desde então cuidou dela até sua ida para o céu. Assim diz o texto do Evangelho:

"Perto da cruz de Jesus, permaneceu de pé sua mãe, a irmã de sua mãe Maria, mulher de Clopas e Maria Madalena. Vendo a mãe e perto dela, o discípulo que amava, disse à mãe "Mulher, eis aí teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis tua mãe!" E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em casa. Jo19, 25-27. Com isso, São João deixa claro que Maria não teve outros filhos, senão Nosso Senhor Jesus Cristo.  

 

Mateus 13, 55

“Não é este (Jesus) o filho do carpinteiro? E não conhecemos sua mãe e seus irmãos Tiago, e José, Simão e Judas”

O versículo sozinho, sem ser contextualizado, deixa bem claro que Maria mãe de Jesus, teve vários filhos, mas, ao ler o contexto percebemos que não é assim.

Marcos 15, 40

“E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais, também Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago, e de José e Salomé”

Quem foi a mãe de Tiago, José, e Salomé?

A irmã da Mãe de Jesus, Maria mulher de Cléofas (Cf. João 19,25), portanto era a tia de Jesus.

Talvez você ainda queira perguntar: e Judas?

Judas 1, 1

“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago...”

Ou seja, Judas, era irmão de Tiago, José e Salomé (Cf. Marcos 15,40), filhos de Maria mulher de Cléofas. Essa Maria era irmã de Maria mãe de Jesus, logo, Tiago, José, Judas e Salomé eram primos de primeiro grau de Jesus.

João 19, 26-27

Jesus, vendo ali a sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis ai o teu filho; depois disse ao discípulo: eis ai a tua mãe...”

Como fidelíssimo observador da Lei de Moisés, Jesus não podia, na hora da sua morte na cruz, confiar sua mãe a João apóstolo, mas devia tê-la confiado ao filho mais idoso, se ela de fato os tivesse.

Conclusão:

“Os irmãos” (primos) de Jesus, tão frequentemente mencionados no Novo Testamento, nunca são chamados filhos de Maria, a mãe de Jesus e nem tampouco de José.

Na linguagem bíblica “irmão” é frequentemente usado em lugar de primo, sobrinho, parente.

Exemplo: Em Gêneses 13,8 Abraão diz a Ló: “Somos irmãos”. No entanto Ló era filho de Aran, que era irmão de Abraão, portanto seu sobrinho, confira em (Gêneses 11, 27-31). Existem outras citações, porém encerro por aqui.

 

 

terça-feira, 20 de junho de 2023

LITURGIA E OS TEMPOS LITÚRGICOS - O Ano Litúrgico é o Tempo da Igreja


Antes de aprendermos sobre os Tempos Litúrgicos temos que saber o que é Liturgia, qual é o seu significado e para que serve.


O que é Liturgia?


O vocábulo "Liturgia", em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós", povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público.
Para os cristãos, Liturgia, é, pois, a atualização da entrega de Cristo para a salvação. Cristo entregou-se duma vez por todas, na Cruz. O que a liturgia faz é o memorial de Cristo e da salvação, ou seja, torna presente, através da celebração, o acontecimento definitivo do Mistério Pascal. Através da celebração litúrgica, o crente é inserido nas realidades da sua salvação.
Liturgia é antes de tudo "serviço do povo", essa experiência é fruto de uma vivencia fraterna, ou seja, é o culto, é uma representação simbólica (que não se trata de uma encenação uma vez que o mistério é contemplado em "espírito e verdade") da vida cotidiana do crente em comunhão com sua comunidade.
A Liturgia tem raízes absolutamente cristológicas. Cristo rompe com o ritualismo e torna a liturgia um "culto agradável a Deus", conforme preceitua o apóstolo Paulo em Romanos 12,1-2.

 Catecismo da Igreja Católica  - Por que a Liturgia?

1066. No Símbolo da Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e o seu "desígnio admirável" (Ef 1, 9) sobre toda a criação: o Pai realiza o "mistério da sua vontade", dando o seu Filho muito amado e o seu Espírito Santo para a salvação do mundo e para a glória do seu nome. Tal é o mistério de Cristo, revelado e realizado na história segundo um plano, uma "disposição" sabiamente ordenada, a que São Paulo chama "a economia do mistério" (Ef 3, 9) e a que a tradição patrística chamará "a economia do Verbo encarnado" ou "economia da salvação".

1067. "Esta obra da redenção humana e da glorificação perfeita de Deus, cujo prelúdio foram as magníficas obras divinas operadas no povo do Antigo Testamento, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, em que, "morrendo, destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida". Efetivamente, foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu "o sacramento admirável de toda a Igreja"". É por isso que, na liturgia, a Igreja celebra principalmente o mistério pascal, pelo qual Cristo realizou a obra da nossa salvação.

1068. É este mistério de Cristo que a Igreja proclama e celebra na sua liturgia, para que os fiéis dele vivam e dele deem testemunho no mundo.
"A liturgia, com efeito, pela qual, sobretudo no sacrifício eucarístico, "se atua a obra da nossa redenção", contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da, verdadeira Igreja".

Qual é o significado da Liturgia?

1069. Originariamente, a palavra "liturgia" significa "obra pública", "serviço por parte dele em favor do povo". Na tradição cristã, quer dizer que o povo de Deus toma parte na "obra de Deus". Pela liturgia, Cristo, nosso Redentor e Sumo-Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa redenção.
1070. No Novo Testamento, a palavra "liturgia" é empregada para designar, não somente a celebração do culto divino mas também o anúncio do Evangelho e a caridade em ato. Em todas estas situações, trata-se do serviço de Deus e dos homens. Na celebração litúrgica, a Igreja é serva, à imagem do seu Senhor, o único " Liturgo", participando no seu sacerdócio (culto) profético (anúncio) e real (serviço da caridade):
"Com razão se considera a liturgia como o exercício da função sacerdotal de Jesus Cristo. Nela, mediante sinais sensíveis e no modo próprio de cada qual, significa-se e realiza-se a santificação dos homens e é exercido o culto público integral pelo corpo Místico de Jesus Cristo, isto é, pela cabeça e pelos membros. Portanto, qualquer celebração litúrgica, enquanto obra de Cristo Sacerdote e do seu corpo que é a Igreja, é ação sagrada por excelência e nenhuma outra ação da Igreja a iguala em eficácia com o mesmo título e no mesmo grau".

A Liturgia - fonte de Vida – O que dá vida à celebração é a Liturgia.

1071. Obra de Cristo, a Liturgia é também uma ação da sua Igreja. Ela realiza e manifesta a Igreja como sinal visível da comunhão de Deus e dos homens por Cristo; empenha os fiéis na vida nova da comunidade, e implica uma participação "consciente, ativa e frutuosa" de todos.
1072. "A liturgia não esgota toda a ação da Igreja". Deve ser precedida pela evangelização, pela fé e pela conversão, e só então pode produzir os seus frutos na vida dos fiéis: a vida nova segundo o Espírito, o empenhamento na missão da Igreja e o serviço da sua unidade.

A Oração e a Liturgia

1073. A liturgia é também participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no "grande amor com que o Pai nos amou" (Ef 2, 4), em seu Filho bem-amado. É a mesma "maravilha de Deus" que é vivida e interiorizada por toda a oração, "em todo o tempo, no Espírito" (Ef 6, 18).



Documento da CNBB - 43 artigos sobre a Liturgia:  


44. O projeto de comunhão de Deus conosco, que chamamos de obra da salvação, foi prenunciado pelo próprio Deus no Antigo Testamento e realizado em Cristo. Hoje a Liturgia o celebra, isto é, o rememora e o torna presente na Igreja.

48. O mistério pascal de Cristo é o centro da História da salvação e por isso o encontramos na Liturgia como seu objeto e conteúdo principal. Esse mistério envolve toda a vida de Cristo e a vida de todos os cristãos. "Por sua obediência perfeita na cruz e pela glória da sua ressurreição, o Cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo e abriu-nos o caminho da libertação definitiva. Por nosso serviço e nosso amor, mas também pelo oferecimento de nossas provações e sofrimentos, nós participamos do único sacrifício redentor de Cristo, completando em nós o que falta às tribulações de Cristo pelo seu corpo que é a Igreja".

49. Assim se entende como e por que sem a ação do Espírito Santo não pode haver Liturgia. A Páscoa de Cristo que celebramos é fruto do Espírito Santo que impulsionou o Filho de Deus a realizar a vontade do Pai até as últimas consequências (cf. Hb 9,14). E quem envolve no mistério pascal a vida, as lutas e as esperanças de todas as pessoas é o mesmo Espírito, que na Liturgia é invocado para a santificação do pão e do vinho e a união dos fiéis. O Espírito continua exortando-nos a que ofereçamos nossa vida e nosso compromisso de servir aos irmãos na construção do Reino, como hóstias vivas, santas e agradáveis a Deus. Aliás, é este o nosso culto espiritual (cf. Rm 12,1).

50. Nesta perspectiva, acolhemos com alegria o atual anseio de, nas ações litúrgicas, celebrar os acontecimentos da vida inseridos no Mistério Pascal de Cristo. De fato, na Liturgia sempre se celebra a totalidade do Mistério de Cristo e da Igreja, com todas as suas dimensões. A vida se manifesta não apenas nos momentos fortes do culto, mas também no esforço por crescente comunhão participativa; na consciência de sua vocação missionária; no empenho pela acolhida e animação catequética da Palavra; no espírito de amplo diálogo ecumênico e na séria, corajosa e profética ação transformadora do mundo.

54. O Povo de Deus, sobretudo na Assembleia litúrgica se expressa como um povo sacerdotal e organizado, no qual a diversidade de ministérios e serviços concorre para o enriquecimento de todos. Sua unidade e harmonia é um serviço do ministério da presidência. Convocada por Deus, a assembleia litúrgica, expressão sacramental da Igreja, unida a Jesus Cristo, é o sujeito da celebração.

55. O Povo de Deus convocado para o culto é o mesmo povo que trabalha, faz festa, sofre, espera e luta na História. Por isso, as nossas assembleias são diversificadas. É mister abrir espaços de esperança à manifestação das ricas expressões religiosas das comunidades, dos grupos étnicos e das grandes massas empobrecidas. Porque não é possível celebrar um ato litúrgico alheio ao contexto da vida real do povo, em sua dimensão pascal.

56. É essa diversificada assembleia, que é servida por ministérios e serviços multiformes, que o Espírito suscita em sua Igreja. Entre os ministérios distinguem-se os ordenados, do bispo, do presbítero e do diácono, participação específica no múnus dos apóstolos, múnus este, instituído por Jesus Cristo. Hoje temos os ministérios instituídos do acólito e do leitor; e chamamos "de credenciados" os serviços que o cristão leigo exerce em virtude de seu batismo sob a coordenação de seu Bispo: é assim, o ministério extraordinário do Batismo, da Comunhão Eucarística e da assistência ao Matrimônio. Há também determinados serviços litúrgicos que, de modo estável, desempenham leitores, comentaristas, recepcionistas, componentes do coral e, sobretudo, as Equipes de Pastoral Litúrgica. Esta diversidade de ministérios fortalece a Igreja como comunidade e realça a dimensão comunitária da ação litúrgica.

153. A Liturgia é fonte de vida e expressão celebrativa da comunidade eclesial. Nela, homens e mulheres chegam ao mais alto patamar da comunhão com Deus, quando a criatura amada e redimida por seu Senhor, dilata seu coração numa perene ação de graças, que se torna, por sua vez, bendita escola de gratuidade. Por outro lado, os leigos encontram fundamento para sua espiritualidade no Evangelho vivido por tantos cristãos leigos ao longo da história da Igreja.

OS TEMPOS LITÚRGICOS


O ano litúrgico compreende o clico de todas as celebrações, que também chamamos de Tempos Litúrgicos enão obedece ao calendário civil. Os ciclo dos Tempos Litúrgico estão dentro do calendário da Igreja chamado de Ano Litúrgico, que começa no primeiro domingo do Advento e termina na Festa de Cristo Rei do Universo.

Os  tempos litúrgicos compreendem toda construção do anúncio da vinda do Messias, seu sinais, pregações, morte e ressurreição.

Pode-se dizer que o ano litúrgico é o “calendário litúrgico” em que a Igreja celebra o mistério da salvação na pessoa de Jesus Cristo.




Cada um desses tempos serve para aprendermos sobre a História da Salvação, sobre a vida de Jesus e seus ensinamentos. São momentos especiais pelos quais revivemos celebrando de forma especial os principais momentos da História da Salvação. 
Dentro de cada tempo a Liturgia da Palavra vai colocar para nós leituras próprias, Salmos e o Evangelhos próprios para cada dia da semana e cada domingo a fim de que possamos de meditar e viver tudo aquilo que Jesus, os Apóstolos e a Igreja nos ensina. Para isso que serve os Tempos Litúrgicos. 
A Santa Missa é composta de duas liturgias: 1 - Liturgia da Palavra 2 - Liturgia Eucarística. Essas duas se completam obedecendo o contexto dos Tempos Litúrgicos. 
A Santa Missa não é uma encenação ou um teatro. Ela tem o objetivo de reviver tudo aquilo que Jesus ensinou e celebrar a Eucaristia que é o Mistério de amor  de Jesus onde Ele se faz alimento para nós. 
Ela também não é uma aula de catequese mas, possui uma catequese própria dentro dos seus ritos onde por ela e nela aprendemos mais intimamente sobre a Palavra de Deus. Por isso, o celebrante não usa da homilia para dar uma aula de teologia mas para nos transmitir o que a  Palavra de Deus tem a nos ensinar naquele momento para nosso proveito pessoal ou comunitário no dia a dia.
Para aprender catequese ou teologia existem cursos próprios e instituições da Igreja. 

De maneira que o Ano Litúrgico ajuda-nos a reviver de forma celebrante o Mistério da Salvação - o Nascimento, a vida pública de Jesus, a sua Paixão, Morte e Ressurreição.            

O ano litúrgico inicia no PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO e irá terminar na ULTIMA SEMANA DO TEMPO COMUM, a Igreja neste período irá celebrar solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
O calendário litúrgico é dividido em tempos, que são celebrados com leituras especificas dentro da liturgia, veja abaixo:
  1. Tempo do Advento 
  2. Tempo do Natal 
  3. Tempo Comum ( Primeira parte ) 
  4. Tempo da Quaresma 
  5. Tríduo Pascal 
  6. Tempo Pascal 
  7. Tempo Comum ( Segunda parte )
Os ciclos litúrgicos também estão divididos para as leituras dos Evangelhos. Cada ano é alternado pelas leituras, para esta divisão usa-se as letras do alfabeto.
Desse modo o primeiro ano, é o A, que corresponde ao Evangelho de São Mateus. O ano B, corresponde ao Evangelho de São Marcos. O Evangelho de São Lucas refere-se ao ano C.
  1. Ano A – Evangelho de São Mateus
  2. Ano B – Evangelho de São Marcos
  3. Ano C – Evangelho de São Lucas
O Evangelho de São João é reservado para os dias solenes e é proclamando em todos os anos dos três ciclos.

AS CORES USADAS NOS TEMPOS LITÚRGICOS

As cores também são de extrema importância dentro da liturgia. Também dentro da simbologia cristã, as cores representam cada tempo.
As principais cores utilizadas nos tempos litúrgicos são:
  • Verde
  • Roxo
  • Branco
Existem outras cores, como por exemplo o Vermelho que é utilizado em dias festivos, como Pentecostes ou em alguma solenidade dedicado aos santos Mártires.
As cores litúrgicas, usada nas celebrações, devem obedecer as nomas do Missal ou o que for estabelecido pela Conferência dos Bispos.
A cor VERDE irá representar a esperança, o tempo de uso desta cor no calendário litúrgico é o COMUM. Já ao cor ROXA é usada em dois momentos.
O roxo será usando no ADVENTO no sentido de recolhimento que prepara os caminhos do Senhor. Outro momento do uso da cor roxa é no tempo QUARESMAL, neste tempo sim, o sentido é penitencial e de conversão.
Já a cor BRANCA será usada no período do NATAL e também no período da Pascoa. A cor DOURADA também pode estar presente nestes mesmos tempos.


Fonte: www.catequesedoleigo.com.br

Como se dividem os tempos litúrgicos?

Por Prof. Felipe Aquino
 
CICLO DO NATAL


Compreende do período do Natal (25 de dezembro) até o domingo da festa da Epfania ou Manifestação do Senhor. Cristo que se apresenta às nações na figura dos Magos do Oriente que segundo o Evangelho foram visitar o Menino Jesus e lhes ofereceram presentes. A Teologia  nos ensina que os Magos representam todos os povos que conhecerão a Verdade e a Salvação por meio de Jesus Cristo.  
 
 
Advento
(Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.)
Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxo

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã.

É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectativos e vigilantes, vivendo a esperança, a pobreza, a conversão.

O Advento além de ser uma preparação para o Natal é o tempo em que a Igreja também nos convida a estar atentos e vigilantes para a segunda vinda de Jesus.
Como Salvador ele já veio um dia, agora virá como Juiz dos vivos e dos mortos conforme professamos no Creio. A Igreja quer que estejamos preparados e já vivendo este advento. É o Senhor que vem, conforme nos  diz São João no Apocalipse (Ap16, 15-21). "Eis que venho como um ladrão", disse Jesus - isto é, Jesus chegará de surpresa. Vivemos também nosso próprio advento, pois, não sabemos o dia e hora em que o Senhor nos chamará para si. 
Lc12, 39-40 - "Se o pai de família soubesse o dia e a hora em que havia de vir o ladrão vigiaria para que sua casa não fosse invadida, Portanto, fiquem atentos, estais preparados porque o Filho do Homem virá no dia em que menos esperais".

Devemos como as 10 virgens prudentes da parábola, estar vigilante, pois o noivo está à caminho. (Mt 25, 1-13)  - Manter acesas as nossas lâmpadas - isto é, manter viva nossa nossa fé e nossa esperança no Senhor Jesus - E estar sempre com óleo de reserva - isto é, abastecidos da palavra de Deus. 
Portanto, celebrar o Advento é vivê-lo sempre em nossa vida.
 

Natal
(Natal: 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.)
Início: 25 de dezembro
Término: Na festa do Batismo de Jesus
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem
Cor: Branco

Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem.


O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.
 

Tempo Comum
1ª Parte
(1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.)
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus
2ª Parte
(2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.)
Início: Segunda-feira após o Pentecostes
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus
Ensinamento: Os Cristãos são os sinais do Reino
Cor: Verde

Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples.

É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio.
É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
Não se podem contrapor os chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se este tempo fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora das festas, e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos simples da vida dos cristãos.
Duas fontes são importantes para a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os Domingos e os tempos fortes. O Tempo Comum pode ser vivido como prolongamento do respectivo tempo forte. Vejamos: a primeira parte do Tempo Comum, iniciada após a Epifania e o Batismo de Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania.Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras;
No Tempo Comum temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo, imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do Tempo Comum, depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras, preparando a vinda do Senhor.

O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.
   

Quaresma
Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina no domingo da Ressurreição. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.
Não se diz “Aleluia”, nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.
Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Domingo de Páscoa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxo
Quaresma, palavra que vem do latim quadragésima, é o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.

O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o "Aleluia", nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o "Glória a Deus nas alturas", para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.
A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.
 

Páscoa
Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na Quinta-Feira santa e vai até o dia de Pentescostes. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.
No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.)
Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término: No Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branco
O Tríduo Pascal é um conjunto de três dias celebrado no Cristianismo (católico romano), composto pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília Pascal, véspera do Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa. Este último dia já não faz parte do Tríduo Pascal.

O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de "Ação ou Ato Litúrgico".
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
 

AS RAZÕES PELAS QUAIS CONSTANTINO NÃO FUNDOU A IGREJA CATÓLICA (Refutando o Dr. Rodrigo Silva) Parte 1

       Um vídeo que tem sido divulgado nas redes sociais de uma entrevista com o adventista e Dr. Rodrigo Silva, professor, teólogo protes...