Antes de aprendermos sobre os Tempos Litúrgicos temos que saber o que é Liturgia, qual é o seu significado e para que serve.
O que é Liturgia?
O vocábulo "Liturgia",
em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós", povo) e -urgía
(trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público.
Para os cristãos, Liturgia, é,
pois, a atualização da entrega de Cristo para a salvação. Cristo entregou-se
duma vez por todas, na Cruz. O que a liturgia faz é o memorial de Cristo e da
salvação, ou seja, torna presente, através da celebração, o acontecimento
definitivo do Mistério Pascal. Através da celebração litúrgica, o crente é
inserido nas realidades da sua salvação.
Liturgia é antes de tudo
"serviço do povo", essa experiência é fruto de uma vivencia fraterna,
ou seja, é o culto, é uma representação simbólica (que não se trata de uma
encenação uma vez que o mistério é contemplado em "espírito e
verdade") da vida cotidiana do crente em comunhão com sua comunidade.
A Liturgia tem raízes
absolutamente cristológicas. Cristo rompe com o ritualismo e torna a liturgia
um "culto agradável a Deus", conforme preceitua o apóstolo Paulo em
Romanos 12,1-2.
Catecismo da Igreja Católica - Por que a Liturgia?
1066. No Símbolo da Fé, a Igreja
confessa o mistério da Santíssima Trindade e o seu "desígnio
admirável" (Ef 1, 9) sobre toda a criação: o Pai realiza o "mistério
da sua vontade", dando o seu Filho muito amado e o seu Espírito Santo para
a salvação do mundo e para a glória do seu nome. Tal é o mistério de Cristo,
revelado e realizado na história segundo um plano, uma "disposição"
sabiamente ordenada, a que São Paulo chama "a economia do mistério"
(Ef 3, 9) e a que a tradição patrística chamará "a economia do Verbo encarnado"
ou "economia da salvação".
1067. "Esta obra da redenção
humana e da glorificação perfeita de Deus, cujo prelúdio foram as magníficas
obras divinas operadas no povo do Antigo Testamento, realizou-a Cristo Senhor,
principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada paixão, Ressurreição
dos mortos e gloriosa ascensão, em que, "morrendo, destruiu a morte e
ressuscitando restaurou a vida". Efetivamente, foi do lado de Cristo
adormecido na cruz que nasceu "o sacramento admirável de toda a
Igreja"". É por isso que, na liturgia, a Igreja celebra
principalmente o mistério pascal, pelo qual Cristo realizou a obra da nossa
salvação.
1068. É este mistério de Cristo
que a Igreja proclama e celebra na sua liturgia, para que os fiéis dele vivam e
dele deem testemunho no mundo.
"A liturgia, com efeito,
pela qual, sobretudo no sacrifício eucarístico, "se atua a obra da nossa
redenção", contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e
manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da, verdadeira
Igreja".
Qual é o significado da Liturgia?
1069. Originariamente, a palavra
"liturgia" significa "obra pública", "serviço por
parte dele em favor do povo". Na tradição cristã, quer dizer que o povo de
Deus toma parte na "obra de Deus". Pela liturgia, Cristo, nosso
Redentor e Sumo-Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da
nossa redenção.
1070. No Novo Testamento, a
palavra "liturgia" é empregada para designar, não somente a
celebração do culto divino mas também o anúncio do Evangelho e a caridade em
ato. Em todas estas situações, trata-se do serviço de Deus e dos homens. Na
celebração litúrgica, a Igreja é serva, à imagem do seu Senhor, o único "
Liturgo", participando no seu sacerdócio (culto) profético (anúncio) e real
(serviço da caridade):
"Com razão se considera a
liturgia como o exercício da função sacerdotal de Jesus Cristo. Nela, mediante
sinais sensíveis e no modo próprio de cada qual, significa-se e realiza-se a
santificação dos homens e é exercido o culto público integral pelo corpo
Místico de Jesus Cristo, isto é, pela cabeça e pelos membros. Portanto,
qualquer celebração litúrgica, enquanto obra de Cristo Sacerdote e do seu corpo
que é a Igreja, é ação sagrada por excelência e nenhuma outra ação da Igreja a
iguala em eficácia com o mesmo título e no mesmo grau".
A Liturgia - fonte de Vida – O que dá vida à celebração é a Liturgia.
1071. Obra de Cristo, a Liturgia
é também uma ação da sua Igreja. Ela realiza e manifesta a Igreja como sinal
visível da comunhão de Deus e dos homens por Cristo; empenha os fiéis na vida
nova da comunidade, e implica uma participação "consciente, ativa e
frutuosa" de todos.
1072. "A liturgia não esgota
toda a ação da Igreja". Deve ser precedida pela evangelização, pela fé e
pela conversão, e só então pode produzir os seus frutos na vida dos fiéis: a
vida nova segundo o Espírito, o empenhamento na missão da Igreja e o serviço da
sua unidade.
A Oração e a Liturgia
1073. A liturgia é também
participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda
a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem
interior lança raízes e alicerça-se no "grande amor com que o Pai nos
amou" (Ef 2, 4), em seu Filho bem-amado. É a mesma "maravilha de
Deus" que é vivida e interiorizada por toda a oração, "em todo o
tempo, no Espírito" (Ef 6, 18).
Documento da CNBB - 43 artigos sobre a Liturgia:
44. O projeto de comunhão de Deus
conosco, que chamamos de obra da salvação, foi prenunciado pelo próprio Deus no
Antigo Testamento e realizado em Cristo. Hoje a Liturgia o celebra, isto é, o
rememora e o torna presente na Igreja.
48. O mistério pascal de Cristo é
o centro da História da salvação e por isso o encontramos na Liturgia como seu
objeto e conteúdo principal. Esse mistério envolve toda a vida de Cristo e a
vida de todos os cristãos. "Por sua obediência perfeita na cruz e pela
glória da sua ressurreição, o Cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo e
abriu-nos o caminho da libertação definitiva. Por nosso serviço e nosso amor,
mas também pelo oferecimento de nossas provações e sofrimentos, nós
participamos do único sacrifício redentor de Cristo, completando em nós o que
falta às tribulações de Cristo pelo seu corpo que é a Igreja".
49. Assim se entende como e por
que sem a ação do Espírito Santo não pode haver Liturgia. A Páscoa de Cristo
que celebramos é fruto do Espírito Santo que impulsionou o Filho de Deus a
realizar a vontade do Pai até as últimas consequências (cf. Hb 9,14). E quem
envolve no mistério pascal a vida, as lutas e as esperanças de todas as pessoas
é o mesmo Espírito, que na Liturgia é invocado para a santificação do pão e do
vinho e a união dos fiéis. O Espírito continua exortando-nos a que ofereçamos
nossa vida e nosso compromisso de servir aos irmãos na construção do Reino,
como hóstias vivas, santas e agradáveis a Deus. Aliás, é este o nosso culto
espiritual (cf. Rm 12,1).
50. Nesta perspectiva, acolhemos
com alegria o atual anseio de, nas ações litúrgicas, celebrar os acontecimentos
da vida inseridos no Mistério Pascal de Cristo. De fato, na Liturgia sempre se
celebra a totalidade do Mistério de Cristo e da Igreja, com todas as suas
dimensões. A vida se manifesta não apenas nos momentos fortes do culto, mas
também no esforço por crescente comunhão participativa; na consciência de sua
vocação missionária; no empenho pela acolhida e animação catequética da
Palavra; no espírito de amplo diálogo ecumênico e na séria, corajosa e profética
ação transformadora do mundo.
54. O Povo de Deus, sobretudo na Assembleia
litúrgica se expressa como um povo sacerdotal e organizado, no qual a
diversidade de ministérios e serviços concorre para o enriquecimento de todos.
Sua unidade e harmonia é um serviço do ministério da presidência. Convocada por
Deus, a assembleia litúrgica, expressão sacramental da Igreja, unida a Jesus
Cristo, é o sujeito da celebração.
55. O Povo de Deus convocado para
o culto é o mesmo povo que trabalha, faz festa, sofre, espera e luta na
História. Por isso, as nossas assembleias são diversificadas. É mister abrir
espaços de esperança à manifestação das ricas expressões religiosas das
comunidades, dos grupos étnicos e das grandes massas empobrecidas. Porque não é
possível celebrar um ato litúrgico alheio ao contexto da vida real do povo, em
sua dimensão pascal.
56. É essa diversificada assembleia,
que é servida por ministérios e serviços multiformes, que o Espírito suscita em
sua Igreja. Entre os ministérios distinguem-se os ordenados, do bispo, do
presbítero e do diácono, participação específica no múnus dos apóstolos, múnus
este, instituído por Jesus Cristo. Hoje temos os ministérios instituídos do
acólito e do leitor; e chamamos "de credenciados" os serviços que o
cristão leigo exerce em virtude de seu batismo sob a coordenação de seu Bispo: é
assim, o ministério extraordinário do Batismo, da Comunhão Eucarística e da
assistência ao Matrimônio. Há também determinados serviços litúrgicos que, de
modo estável, desempenham leitores, comentaristas, recepcionistas, componentes
do coral e, sobretudo, as Equipes de Pastoral Litúrgica. Esta diversidade de
ministérios fortalece a Igreja como comunidade e realça a dimensão comunitária
da ação litúrgica.
153. A Liturgia é fonte de vida e
expressão celebrativa da comunidade eclesial. Nela, homens e mulheres chegam ao
mais alto patamar da comunhão com Deus, quando a criatura amada e redimida por
seu Senhor, dilata seu coração numa perene ação de graças, que se torna, por
sua vez, bendita escola de gratuidade. Por outro lado, os leigos encontram
fundamento para sua espiritualidade no Evangelho vivido por tantos cristãos
leigos ao longo da história da Igreja.
OS TEMPOS LITÚRGICOS
O ano litúrgico compreende o clico de todas
as celebrações, que também chamamos de Tempos Litúrgicos enão obedece ao calendário civil. Os ciclo dos Tempos Litúrgico estão dentro do calendário da Igreja chamado de Ano Litúrgico, que começa no primeiro domingo do Advento e termina na Festa de Cristo Rei do Universo.
Os tempos litúrgicos compreendem toda construção
do anúncio da vinda do Messias, seu sinais, pregações, morte e ressurreição.
Pode-se dizer que o ano litúrgico é o
“calendário litúrgico” em que a Igreja celebra o mistério da salvação na pessoa
de Jesus Cristo.
Cada um desses tempos serve para aprendermos sobre a História da Salvação, sobre a vida de Jesus e seus ensinamentos. São momentos especiais pelos quais revivemos celebrando de forma especial os principais momentos da História da Salvação.
Dentro de cada tempo a Liturgia da Palavra vai colocar para nós leituras próprias, Salmos e o Evangelhos próprios para cada dia da semana e cada domingo a fim de que possamos de meditar e viver tudo aquilo que Jesus, os Apóstolos e a Igreja nos ensina. Para isso que serve os Tempos Litúrgicos.
A Santa Missa é composta de duas liturgias: 1 - Liturgia da Palavra 2 - Liturgia Eucarística. Essas duas se completam obedecendo o contexto dos Tempos Litúrgicos.
A Santa Missa não é uma encenação ou um teatro. Ela tem o objetivo de reviver tudo aquilo que Jesus ensinou e celebrar a Eucaristia que é o Mistério de amor de Jesus onde Ele se faz alimento para nós.
Ela também não é uma aula de catequese mas, possui uma catequese própria dentro dos seus ritos onde por ela e nela aprendemos mais intimamente sobre a Palavra de Deus. Por isso, o celebrante não usa da homilia para dar uma aula de teologia mas para nos transmitir o que a Palavra de Deus tem a nos ensinar naquele momento para nosso proveito pessoal ou comunitário no dia a dia.
Para aprender catequese ou teologia existem cursos próprios e instituições da Igreja.
De maneira que o Ano Litúrgico ajuda-nos a reviver de forma celebrante o Mistério da Salvação - o Nascimento, a vida pública de Jesus, a sua Paixão, Morte e Ressurreição.
O ano litúrgico inicia no PRIMEIRO
DOMINGO DO ADVENTO e irá terminar na ULTIMA SEMANA DO TEMPO
COMUM, a Igreja neste período irá celebrar solenidade de Nosso
Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
O calendário litúrgico é dividido em tempos, que
são celebrados com leituras especificas dentro da liturgia, veja abaixo:
- Tempo do Advento
- Tempo do Natal
- Tempo Comum ( Primeira parte )
- Tempo da Quaresma
- Tríduo Pascal
- Tempo Pascal
- Tempo Comum ( Segunda parte )
Os ciclos litúrgicos também estão divididos para
as leituras dos Evangelhos. Cada ano é alternado pelas leituras, para esta
divisão usa-se as letras do alfabeto.
Desse modo o primeiro ano, é o A,
que corresponde ao Evangelho de São Mateus. O ano B,
corresponde ao Evangelho de São Marcos. O Evangelho de
São Lucas refere-se ao ano C.
- Ano A – Evangelho de São Mateus
- Ano B – Evangelho de São Marcos
- Ano C – Evangelho de São Lucas
AS CORES USADAS NOS TEMPOS LITÚRGICOS
As cores também são de extrema importância dentro
da liturgia. Também dentro da simbologia cristã, as cores representam cada
tempo.
As principais cores utilizadas nos tempos
litúrgicos são:
- Verde
- Roxo
- Branco
Existem outras cores, como por exemplo o Vermelho
que é utilizado em dias festivos, como Pentecostes ou em alguma solenidade
dedicado aos santos Mártires.
As cores litúrgicas, usada nas celebrações, devem
obedecer as nomas do Missal ou o que for estabelecido pela Conferência dos
Bispos.
A cor VERDE irá representar a
esperança, o tempo de uso desta cor no calendário litúrgico é o COMUM.
Já ao cor ROXA é usada em dois momentos.
O roxo será usando no ADVENTO no
sentido de recolhimento que prepara os caminhos do Senhor. Outro momento do uso
da cor roxa é no tempo QUARESMAL, neste tempo sim, o sentido é
penitencial e de conversão.
Já a cor BRANCA será usada no período do NATAL e
também no período da Pascoa. A cor DOURADA também pode estar presente nestes
mesmos tempos.
Fonte: www.catequesedoleigo.com.br
Como se dividem os tempos litúrgicos?
Por Prof. Felipe Aquino
CICLO
DO NATAL
Compreende
do período do Natal (25 de dezembro) até o domingo
da festa da Epfania ou Manifestação do Senhor. Cristo que se apresenta
às nações na figura dos Magos do Oriente que segundo o Evangelho foram visitar
o Menino Jesus e lhes ofereceram presentes. A Teologia nos ensina que os Magos representam todos os
povos que conhecerão a Verdade e a Salvação por meio de Jesus Cristo.
Advento
(Advento: Inicia-se o ano litúrgico.
Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de
dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para
receber Jesus.)
Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxo
O Advento (do latim Adventus:
"chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro
tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo
de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento
de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No
calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o
Natal. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na
liturgia e na mística cristã.
É tempo de espera e esperança, de
estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do
Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo,
seu amado.O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de
Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro
domingos.
Esse tempo possui duas
características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para
a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da
história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de
Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a
primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de
piedosa e alegre expectativa.
A liturgia do Advento nos
impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria
expectativos e vigilantes, vivendo a esperança, a pobreza, a conversão.
O Advento além de ser uma preparação para o Natal é o tempo em que a Igreja também nos convida a estar atentos e vigilantes para a segunda vinda de Jesus.
Como Salvador ele já veio um dia, agora virá como Juiz dos vivos e dos mortos conforme professamos no Creio. A Igreja quer que estejamos preparados e já vivendo este advento. É o Senhor que vem, conforme nos diz São João no Apocalipse (Ap16, 15-21). "Eis que venho como um ladrão", disse Jesus - isto é, Jesus chegará de surpresa. Vivemos também nosso próprio advento, pois, não sabemos o dia e hora em que o Senhor nos chamará para si.
Lc12, 39-40 - "Se o pai de família soubesse o dia e a hora em que havia de vir o ladrão vigiaria para que sua casa não fosse invadida, Portanto, fiquem atentos, estais preparados porque o Filho do Homem virá no dia em que menos esperais".
Devemos como as 10 virgens prudentes da parábola, estar vigilante, pois o noivo está à caminho. (Mt 25, 1-13) - Manter acesas as nossas lâmpadas - isto é, manter viva nossa nossa fé e nossa esperança no Senhor Jesus - E estar sempre com óleo de reserva - isto é, abastecidos da palavra de Deus.
Portanto, celebrar o Advento é vivê-lo sempre em nossa vida.
O Advento além de ser uma preparação para o Natal é o tempo em que a Igreja também nos convida a estar atentos e vigilantes para a segunda vinda de Jesus.
Como Salvador ele já veio um dia, agora virá como Juiz dos vivos e dos mortos conforme professamos no Creio. A Igreja quer que estejamos preparados e já vivendo este advento. É o Senhor que vem, conforme nos diz São João no Apocalipse (Ap16, 15-21). "Eis que venho como um ladrão", disse Jesus - isto é, Jesus chegará de surpresa. Vivemos também nosso próprio advento, pois, não sabemos o dia e hora em que o Senhor nos chamará para si.
Lc12, 39-40 - "Se o pai de família soubesse o dia e a hora em que havia de vir o ladrão vigiaria para que sua casa não fosse invadida, Portanto, fiquem atentos, estais preparados porque o Filho do Homem virá no dia em que menos esperais".
Devemos como as 10 virgens prudentes da parábola, estar vigilante, pois o noivo está à caminho. (Mt 25, 1-13) - Manter acesas as nossas lâmpadas - isto é, manter viva nossa nossa fé e nossa esperança no Senhor Jesus - E estar sempre com óleo de reserva - isto é, abastecidos da palavra de Deus.
Portanto, celebrar o Advento é vivê-lo sempre em nossa vida.
Natal
(Natal: 25 de dezembro. É comemorado com
alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.)
Início: 25 de dezembro
Término: Na festa do Batismo de Jesus
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem
Cor: Branco
Após a celebração anual da
Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas
primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento
do Filho de Deus que se fez Homem.
O tempo do Natal vai da véspera
do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparição divina, em
que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas
da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.
Tempo Comum
1ª Parte
(1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na
terça antes da quarta-feira de Cinzas.)
Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus
Término: Véspera da Quarta-feira das
Cinzas
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus
2ª Parte
(2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai
até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.)
Início: Segunda-feira após o Pentecostes
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus
Ensinamento: Os Cristãos são os sinais do
Reino
Cor: Verde
Além dos tempos que têm
características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e
quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de
Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude,
principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que
nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples.
É um tempo de esperança
acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não
tem nada de vazio.
É o tempo da Igreja continuar a
obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em
duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da
Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos
anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do
Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser
sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz
do mundo.
Não se podem contrapor os
chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se este tempo fosse um
tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora
das festas, e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida
quotidiana e nos momentos simples da vida dos cristãos.
Duas fontes são importantes para
a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os Domingos e os tempos fortes. O
Tempo Comum pode ser vivido como prolongamento do respectivo tempo forte.
Vejamos: a primeira parte do Tempo Comum, iniciada após a Epifania e o Batismo
de Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada
na Epifania.Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir
frutos, necessita da ação do Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A
partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a Igreja:
fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras;
No Tempo Comum temos algo
semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo, imediatamente depois de
Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do Tempo Comum,
depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é
vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos
de boas obras, preparando a vinda do Senhor.
O Tempo Comum é ainda tempo
privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.
Quaresma
Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas
e termina no domingo da Ressurreição. Tempo forte de conversão e penitência, jejum,
esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.
Não se diz “Aleluia”, nem se colocam flores na
igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de
Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.
Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Domingo de Páscoa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxo
Quaresma, palavra que vem do
latim quadragésima, é o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do
cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.
O Tempo da Quaresma é um tempo
forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de
preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste
período não se diz o "Aleluia", nem se colocam flores na Igreja, não
devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o "Glória a Deus nas
alturas", para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma
mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na
Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.
A Quaresma é o tempo litúrgico de
conversão, que a Igreja Católica marcam para preparar os fiéis para a grande
festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um
período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da
oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um
esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem
viver como filhos de Deus.
A Igreja Católica propõe, por
meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de
ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas
em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja,
lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos
devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca
inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência
da penitência.
Páscoa
Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na Quinta-Feira santa e vai até o dia de Pentescostes. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do
sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia
do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.
No sábado acontece a solene Vigília Pascal.
Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo
da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição.
Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias
após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.)
Início: Quinta-feira Santa (Tríduo
Pascal)
Término: No Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branco
O Tríduo Pascal é um conjunto de
três dias celebrado no Cristianismo (católico romano), composto pela
Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília Pascal, véspera do Domingo da
Ressurreição ou Domingo de Páscoa. Este último dia já não faz parte do Tríduo
Pascal.
O Tríduo Pascal começa com a
Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a
Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade
de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a
Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa,
acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de "Ação ou Ato
Litúrgico".
Durante o Sábado Santo, a Igreja
não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto
e sepultado.Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa,
acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que
compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto
máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
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