sexta-feira, 17 de novembro de 2023

FOI CONSTANTINO QUE FUNDOU A IGREJA CATÓLICA? QUAL A OGRIGEM DA PALAVRA PAPA E O QUE ELA SIGNIFICA? A IGREJA CATÓLICA É A ÚNICA QUE JESUS FUNDOU?

    Há aqueles que ainda insistem em afirmar que foi Constantino o fundador da Igreja Católica. Em sua maioria aprenderam de pessoas que tentam denegrir a historicidade da Igreja. Em muitos casos essas pessoas se deixam atrair por historiadores desinformados na história da Igreja. 

    A maioria das pessoas aprenderam isso nas escolas e em ensinamentos protestantes que por ódio à Santa Igreja de Cristo tentam passar essa inverdade. Mas, para você que deseja saber a verdade dos fatos tratarei de explicar que a Igreja começou muito antes de Constantino, pois, como  bem sabemos ela foi fundada por Jesus e continuada pelos Apóstolos ao longo da História. 

       Constantino nasceu no século III, mais precisamente em 26 de fevereiro de 272. Antes dele nascer a Igreja já existia, não tão organizada como existe hoje porque naquele tempo os cristãos foram perseguidos até Constantino anistiar o cristianismo. Tanto é verdade que a Helena, mãe de Constantino já era cristã e católica quando Constantino nasceu. E a sua conversão em parte se deve à sua mãe.  

     A anistia aos cristãos aconteceu no Império Romano do Ocidente, mas, no Império Romano do Oriente os cristãos ainda eram perseguidos. A Igreja Católica já existia e foi o Imperador Teodósio I ou Teodósio o grande quem declarou a Igreja como religião oficial do Império Romano no ano de 380 como o "Édito de Tessalônica". Foi Teodósio que declarou a Igreja Católica como religião de todo império. Portanto onde está a base que Constantino fundou a Igreja Católica?  

    A Igreja Católica de Roma, onde está o Papa, é uma das mais antigas Igrejas Católicas. Sim porque havia várias Igrejas Católicas tanto no Ocidente, quanto no Oriente. Portanto, o nome da Igreja é Católica e Apostólica, e "romana" porque se refere ao lugar em que está situada que é Roma. Assim a Igrejas Católica e Apostólica está em todo mundo formando as Igrejas particulares com suas Dioceses e Paróquias. 

    Documentos que provam que a Igreja já existia muito antes de Constantino existir.

    Com muita frequência, presenciamos pessoas sem estudo e conhecimento histórico falando bobagens dentro de universidades ou mesmo em igrejas protestantes. Se estudassem mais sobre história, lessem mais ao invés de repetir o que outros falam, com certeza descobririam o quanto a ignorância e a falta de conhecimento têm cegado a muitos. Muitos sustentam a ideia de que a Igreja foi fundada por Constantino no ano de 324 d.C. Acho que esquecem de um pequeno detalhe: De que Igreja, então, foram os 32 Papas que existiram entre Pedro (o primeiro Papa) e Constantino?
    Bem, vamos aos documentos de fato, que é o que nos interessa. Documentos que provam que a Igreja já existia muito antes de Constantino existir.
Desde Cristo, a Igreja era chamada simplesmente de Igreja. Mas o seu caráter universal (“Ide a todos os povos…”) fez agregar-se a ela a palavra católica (katolicon, do grego universal). O primeiro escritor da Igreja que apresenta a expressão católica foi Santo Inácio de Antioquia, martirizado em Roma, em 107 d.C.
Santo Inácio nos fala abertamente da Igreja Católica, na sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
    Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”.
    Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele fez menção de “todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. São Cipriano em 249, antes de Constantino nascer, e antes do Concílio de Nicéia, testemunhava: “Estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica.” (Epist. 55, n.1, Hartel, 614);
“E não há para os fiéis outra casa senão a Igreja Católica.” (Sobre a unidade da Igreja, cap. 4); “Roma é a matriz e o trono da Igreja Católica.” (Epist. 48, n.3, Hartel, 607).
    No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
    São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: “é necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente”. (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Veja a lista dos primeiros Papas da Igreja:



  
Fonte: A fé explicada

A IGREJA CATÓLICA MUITO ANTES DE CONSTANTINO

    O próprio livro de Atos, presente tanto nas Bíblias católicas, quanto nas protestantes, começa sua narração em Jerusalém e termina quando São Paulo chega em Roma (At 28). Há um propósito do próprio Cristo quando aparece para São Paulo: "Na noite seguinte aproximou-se dele e lhe disse: 'Tem confiança, assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que dês em Roma' (At23, 11) - porque o livro de Atos é uma transferência, a Igreja sai de Jerusalém e se estabiliza em Roma.
     São Pedro quando escreveu sua primeira carta, escreveu de Roma. Ora se escreveu de Roma é porque São Pedro já estava lá e isso é uma prova de que São Pedro já exercia sua missão de bispo de Roma e sua função de Papa (pai) daquela Igreja. (1Pd 5, 13) - "A Igreja de *Babilônia (*pois assim era conhecida Roma naquele tempo), saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho."
     O termo católico vem de "universal", ou seja, a Igreja é uma só no céu e na terra, tendo um só cabeça que é Jesus Cristo, (Ef 1, 22). Ela está em comunhão no Céu e na terra.
              Em Hb12, 22-23 - "Vós, ao contrário vos aproximastes da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da universal assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão nos céus, e de Deus, juiz de todos os espírito dos justos que chegaram à perfeição"... Isto que quer dizer catolicidade, a comunhão dos santos. Assembleia em grego é Igreja e universal é católico. Daí podem os protestantes afirmar "Ah mas, o termo católico não aparece na tradução grega, foi a Igreja Católica quem inventou ".
Pois é, esta citação dos versículos acima é da Bíblia protestante Ferreira de Almeida. Se tal argumento fosse sólido, porque a tradução protestante traz em si a mesma citação católica? Acontece que a Bíblia protestante Almeida foi traduzida da Bíblia King James, que é a Bíblia britânica que traz uma tradução bem fiel aos originais e lá está escrito "general assembly" que tem o mesmo contexto de universalidade ou catolicidade. A Igreja Católica, desde o princípio é uma só em todo mundo. O mesmo culto, a mesma doutrina, o mesmo batismo. Diferente das placas denomicionais das igrejas protestantes. Cada uma com seu culto, o batismo de uma não serve na outra, o culto de uma é diferente da outra, a doutrina de uma não serve na outra, etc, etc.
           Enquanto que a Igreja Católica unida ao seu Papa e aos demais bispos conserva a mesma unidade a mais de 2000 anos e tem o pastoreio universal, sem o pastoreio universal não pode existir a Igreja e será apenas uma seita. A Igreja depois que se firmou estabeleceu sua base em Roma. A Igreja de Roma se tornou a Sede, a Igreja-mãe de todas as outras por todo o mundo. E mesmo as igrejas ortodoxas eram sim, ligadas a Roma. Pois, a própria carta aos Hebreus prova que a comunidade dos hebreus era submetida a Sé de Roma. E como podemos provar isto? Podemos provar já no finalzinho da Carta dos Hebreus que esta Carta foi mandada da Sé de Roma para a comunidade dos hebreus:
"Irmãos, eu vos peço que acolhais esta palavra de exortação. Aliás, eu vos envio apenas algumas palavras. sabei que nosso irmão Timóteo foi libertado. Se vier logo, irei ver-vos juntamente com ele. Saudai todos os vossos dirigente se todos os santos. os da Itália vos saúdam! (Hb13, 22-23)

Note que:

a) A carta saiu da Igreja de Roma para a comunidade dos hebreus.
b) A carta, além de todos os ensinamentos dá notícias do Apóstolo Timóteo que foi libertado e traz um convite, o escritor manifesta o desejo revê-los e espera que o depositário desta carta vá à Roma encontrá-los.
c) A Igreja já estava estruturada com um corpo eclesiástico, pois, aquela comunidade depositária da carta contava com seus dirigentes e uma assembleia que é chamada de santos. Os batizados eram chamados de modo geral, de santos. Pois, santo quer dizer, escolhido, separado.
Aqui deixa claro que nem Constantino, nem Teodósio foram fundadores da Igreja Católica. A Igreja já estava lá em Roma muito antes conforme o desígnio de Deus. Ela foi sonhada pelo próprio Deus, amada pelo próprio Deus. Não poderia ser de outra forma, até porque nenhum homem tem poder de fundar uma Igreja senão o próprio Cristo que deu sua vida por ela na cruz do Calvário. Todas as vezes que vejo alguém dizer que fulano e ciclano fundou uma igreja você deve perguntar se foi este ou aquele que morreu por ti ou ou foi o fulano. Qual poder que o ser humano tem de fundar uma igreja? Nenhuma. Porque o homem não é Deus, não pode morrer e ressuscitar e nem salvar ninguém dos seus pecados. A Igreja existe para dar continuidade à Salvação trazida por Cristo e para ser a ponte que liga o céu e a terra em um só louvor. Por isso ela tem que ser única. Tem que ser Una, Santa, Católica e Apostólica.

As evidências da catolicidade da Igreja nos primeiros séculos
A Igreja é uma só, una, santa, católica e apostólica

1. At 1, 14 - A reunião dos Apóstolos no cenáculo, também com eles Maria e outras santas mulheres, em oração aguardavam a descida do Espírito Santo. Qual é o sinal? Eles rezavam juntos em união com Maria.
2. At 1, 15-26 A eleição de Mathias em substituição a Judas Scariotes. Foi feita uma reunião onde os Apóstolos elegeram por meio de um sorteio aquele que ocuparia o lugar de Scariotes no grupo dos 12.
Se lermos o capítulo 1 vamos ver que logo no v. 13 aparece na lista apresentada por São Lucas a figura de Pedro como o primeiro da lista seguido dos outros. Não é por acaso que São Lucas o fez, mas para dar importância aquele que é o portador das chaves dada do Jesus para governar a Igreja. E v. 15 Pedro se levantou e fez um discurso introdutório antes da eleição. Ali, presente diante de aproximadamente 120 pessoas, ele relembra o que houve com Judas Scariotes e diz que é necessário que fosse nomeado outro no lugar de Judas, dos quais tinha que ser alguém que os tivesse acompanhado durante o tempo em que o Senhor esteve com eles desde o batismo de João até a Ressurreição. Por quê? Porque era necessário que este escolhido tivesse conhecimento dos ensinamentos de Jesus, fosse justo e teria que dar testemunho da Ressurreição. Pedro estava à frente da Igreja, sob as orientações de Pedro a Igreja fez a escolha de dois homens José Barsabás o justo e Mathias, depois da oração, a sorte foi lançada em Mathias.
Notemos aqui a união da Igreja e sua organização desde o século I onde Pedro como chefe da Igreja é o primeiro a ser ouvido e as decisões tomadas em conjunto só foi possível com um magistério de 120 pessoas e a autoridade de São Pedro. É o que a Igreja faz até hoje. Pedro é pontífice porque é ele que faz a ponte, essa é função papal dada por Jesus a Pedro em Mt 16, 19. E os Apóstolos e toda a comunidade sabiam disso e por isso levavam todas as situações a Pedro e era ele quem dava a última palavra. Depois de São Pedro os outros papas até chegar a nós nunca foi mudado. A Igreja de descrita em atos já tinha uma hierarquia onde os Apóstolos (primeiros bispos) juntamente com São Pedro a governava.

At2, 5-11 - Na descida do Espírito Santo várias pessoas pregaram o mesmo Evangelho. Eles que eram de línguas diferentes, mas a pregação foi uma só, recebida nas suas próprias línguas. Isto é, os Apóstolos falavam em Hebraico, mas o Espírito Santo permitia que eles entendessem a mensagem do Evangelho em seus próprios idiomas.
Para quê? Para haver uma só doutrina no mundo todo, não houvesse confusão nem divisão. O Espírito Santo ele é unificador e não divisor. Não pode ser católico se não houver unidade.
At4, 32 - "A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma". A Igreja verdadeira que é a Igreja Católica conserva essa união de fé de oração e de doutrina desde Pentecostes. O que está fora deste contexto de catolicidade são as seitas. A Igreja sempre foi Católica e Apostólica e é assim até os dias de hoje, no Oriente, no Ocidente, nas Américas e em todo lugar. Em torno de um só Senhor que é Jesus Cristo e sob o governo do Papa sucessor de São Pedro.

Jesus disse a Pedro: "Tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt16, 19) - A Igreja nasceu do dom total de Cristo para a nossa Salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. "O começo e o nascimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Cristo agonizante na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja. Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz. (CIC 766)

Jesus não disse a Pedro "sobre ti fundarei as minhas igrejas e cada uma terá um nome e uma placa diferente, uma doutrina e um culto diferente". Jesus disse: "sobre ti (Pedro) fundarei a minha Igreja". Está no singular. Uma só é a Igreja de Jesus. Esta Igreja é a Igreja Católica e Apostólica constituída por Jesus permanece até hoje.

               Estava no coração de Cristo o desejo que os homens fossem assistidos por ele após sua paixão, morte, ressurreição e subida aos céus. Para ficar conosco ele criou um novo povo dando-lhe uma Nova Aliança que não foi firmada no sangue de animais, mas, com seu próprio sangue selou uma aliança eterna. Nessa aliança fundou sua Igreja e pelo Sacramentos Batismo somos enxertado nessa Igreja que também é seu corpo e a Eucaristia sua presença real no Pão e no Vinho sua presença Real em Corpo e seu Sangue, alma e Divindade e ao mesmo tempo se dá em alimento de todas as almas completando este mistério de amor. Somente a Igreja Católica pode dar-nos este Sacramento de amor que é Jesus Sacramentado. "Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos". Mt28, 20.
Portanto, a Igreja Católica é uma só porque um só é seu Fundador e Salvador que por nós morreu e ressuscitou e nenhum outro homem por mais santo, nem pastor, e, nem padre, nem bispo que se desligar dela não terá nenhum poder se fundar outra, pois, esse poder só coube a Jesus Cristo que é Deus e Senhor.
     A Igreja é preparada na Antiga Aliança, fundada por Cristo, realizada na Cruz redentora e por sua ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do céu como assembleia de todos os resgatados da terra. Ela é ao mesmo tempo, visível e espiritual, sociedade hierárquica e corpo místico de Cristo. Ela é una formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério. A Igreja é no mundo presente, o sacramento da salvação o sinal e a salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens. (CIC 778, 779, 780)

                            

   O PAPA

    Alguns dizem "mas Papa não existe" porque na Bíblia não existe nenhuma menção que Pedro tenha sido o primeiro Papa. Realmente não há. Porque Papa é um título e não uma função. É um título dado ao bispo da Igreja de Roma que é, por assim dizer, a Igreja mais velha. E foi lá que São Pedro e também São Paulo terminou seus últimos dias solidificando aquela Igreja como Mãe de todas as outras. É por isso que o bispo de Roma, ou seja, o Papa é considerado o sucessor de Pedro. Com exceção das igrejas protestantes e algumas igrejas ortodoxas em sua maioria todas aceitam e concordam que o Papa é mesmo o sucessor de Pedro, não por acaso, mas pela própria História da Igreja e a sucessão apostólica que lhe ela tem initerruptamente. Desde o início da Igreja a autoridade de Pedro como primeiro pastor era aceita. Encontramos várias passagens em que Pedro era quem decidia e dava a última palavra. Os Apóstolos e os demais cristãos conheciam a autoridade que Jesus, sendo a "Pedra Angular" deu a Pedro como sendo a "rocha" o "alicerce" que sustenta a fé da Igreja (Mt16, 18-19). Sobre Pedro está fundada a Igreja de Cristo, sobre ele está a autoridade de Cristo simbolizada pelas chaves o poder de abrir e fechar de ligar e desligar, o que Pedro na condição de pastor decidir pelo sim e pelo não será acatado na terra e no céu. Pedro sempre foi respeitado como primaz entre os Apóstolos o "príncipe dos Apóstolos" dado por Jesus a ele como chefe da Igreja. Os Apóstolos que eram0 fiéis a Jesus reconheciam a autoridade de Pedro como chefe da Igreja terrena e seu Vigário e respeitavam suas decisões como sendo do próprio Cristo. Os Apóstolos reconheciam em Pedro a própria autoridade de Jesus Cristo.

        A autoridade que foi passada ao bispo de Roma é muito grande e por causa disso é que a Igreja honrou-lhe com o título carinhoso de Papa ou "papai". Pai de toda a Igreja que é família cristã. Assim como toda família tem um "pai", o bispo de Roma é chamado carinhosamente de "papaizinho". Ele, que depois de ser provado no fogo foi designado o pastor primaz da Igreja, "Apascenta minhas ovelhas!" Jo21, 17.
           Veja que em nenhuma outra passagem dos evangelhos Jesus diz tão diretamente como no v. 17 do Capítulo 21 de São João. Note que estava ali Pedro e João (Jo21, 20). Jesus tem uma conversa particular com Pedro e depois de ter a certeza de ele o amava mais do que os outros pede que ele seja o pastor das suas ovelhas. Ou seja, Nosso Senhor naquele momento sagra seu primeiro bispo como 'pai" de todos os outros e de toda a Igreja que com ele se erguia. É por isso que a Igreja até os dias de hoje chama o bispo de Roma de Papa. Por causa desta autoridade dada a São Pedro e consequentemente ao seu sucessor. E foi ali, em Roma, na comunidade de Roma que São Pedro permaneceu e deu sua vida em testemunho de Cristo. Foi naquela comunidade que ele viveu seus últimos anos que toda a Igreja Católica em todo mundo reconhece em nome da autoridade de Cristo o Papa como chefe e legítimo sucessor de São Pedro.
            
     Há uma controvérsia porque enquanto alguns estudiosos defendem que a Igreja Católica de Roma foi fundada por São Pedro, outros dizem que foram os discípulos e que quando São Pedro chegou à Roma ela já existia. O fato é que a Igreja Católica de Roma é a Igreja onde o seu bispo traz em si o primado de Pedro.
Onde surgiu a palavra "Papa"?

     "Papa" é uma palavra de origem italiana que quer dizer "papai" ou "paizinho". É um título carinhoso que surgiu a partir do século VI para se referir aquele que foi colocado por Cristo nas função de Pai da Igreja Católica e que se firmou a partir dos séculos IX-X para se referir exclusivamente ao bispo de Roma. É por isso que muitos confundem esta palavra como se ela fosse uma função. Enquanto que a função do Papa é ser bispo, isto é, ser o pastor.
    
Certamente, esta interpretação está longe de ser correta, assim como a interpretação do jogo de palavras "Pater Patrum" ("padre dos padres"), que seria uma descrição e releitura posterior do ofício papal.

Do ponto de vista histórico-etimológico, o termo "papa", no entanto, não é um acrônimo, mas uma palavra de origem grega, que significa "pai", "papai", em sentido familiar e carinhoso. É o termo usado nos primeiros séculos do cristianismo para dirigir-se ao clero, sobretudo aos bispos. Foi a partir dos século IX-X que se tornou exclusiva do Bispo de Roma: de "pai" em sentido específico a "pai" de Roma.

Nas Catacumbas de São Calisto está o testemunho mais antigo em Roma do uso da palavra "papa" referida ao Bispo de Roma. O diácono Severo declara haver recebido a ordem do bispo romano Marcelino (296-304) de construir um nicho sepulcral familiar dentro de tais catacumbas: “iussu pp. sui Marcellini diaconus iste Severus fecit…” (cfr. Testini, Archeologia cristiana, Bari 1980, p.384). Resumindo: é a história de um termo genérico que, com o passar do tempo, assume um significado cada vez mais específico, até tornar-se exclusivo.

O documento "Dictatus Papae", nascido no ambiente gregoriano durante a luta das investiduras, os termos "sumo pontífice" e "papa" são usados como sinônimos. Desde cerca de dez séculos antes, a palavra "papa" indicava apenas o Bispo de Roma.

Apesar de existirem vários títulos do papa (Sumo Pontífice, Bispo de Roma, sucessor de Pedro, Patriarca do Ocidente (este último deixado de usar por Bento XVI), Primaz da Itália etc.), o teologicamente mais verdadeiro e do qual derivam todos os outros é "Bispo de Roma" e, portanto, herdeiro e sucessor de Pedro e cabeça do colégio apostólico.

Dois textos, um da antiguidade e outro dos nossos dias, falam da importância do título romano:

"Dado que seria demasiado longo enumerar as sucessões de todas as Igrejas, tomaremos a máxima igreja, muito antiga e conhecida de todos, fundada e construída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo; mostraremos que a tradição que ela tem, dos mesmos, e a fé que anunciou aos homens, chegaram até nós por sucessões de bispos… Porque, é com esta Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda a Igreja… na qual sempre se conservou a tradição que vem dos Apóstolos" (cf. S. Irineo, Contra as heresias).

"Na comunhão eclesial existem legitimamente igrejas particulares com tradições próprias, sem detrimento do primado da cátedra de Pedro, que preside à universal assembleia da caridade, protege as legítimas diversidades e vigia para que as particularidades ajudem a unidade e de forma alguma a prejudiquem" (Lumen Gentium, 13).

(Artigo do Pe. Giovanni Roncari, professor de História da Igreja, publicado originalmente em Novena.it)


Outros títulos dado ao Papa

Santo Padre

Entendendo-se novamente o termo “padre” no sentido latino de “pai”, esse título acrescenta à paternidade espiritual também o caráter de santidade inerente à vocação e missão confiada ao Papa por Cristo.

Pontífice

Vem do latim “pontifex”, derivado por sua vez de “pons”, que significa ponte. Quer dizer “construtor de pontes”. Frequentemente, vem antecedido pelo adjetivo “Sumo”, do latim “Summus”, que significa “máximo”, “supremo”.

Servo dos Servos de Deus

Adotado por São Gregório Magno em 602, esse título reflete o papel do Papa como aquele que está a serviço de todos os fiéis, que, por sua vez, também estão a serviço de Deus, a exemplo de Jesus Cristo: o próprio Cristo, sendo Deus, se fez homem para nos servir e salvar.

Vigário de Cristo

Adotado no século V por São Leão Magno, esse título recorda o papel do Papa de representar Jesus na terra como pastor das suas ovelhas. “Vicarius” tem a mesma raiz de “vice”, ou seja, substituto, sucessor, representante, aquele que exerce legitimamente as funções de outro.

Bispo de Roma

Como sucessor de São Pedro, todo Papa herda a missão de ser o bispo da Cidade Eterna.

Primaz da Itália

Historicamente, cada região da Igreja tem um cardeal primaz, isto é, um líder primário da Igreja naquela área específica.

Sua Santidade

Embora mais usado como referência ao Papa, esse título que primariamente evoca a santidade do seu posto como Vigário de Cristo é usado também para líderes de outras tradições cristãs, principalmente orientais, inclusive em comunhão com Roma (nas diversas tradições orientais também é bastante usado o título “Sua Beatitude”). A título de precisão, usa-se “Vossa Santidade” quando se fala diretamente à pessoa do Papa.

Soberano do Estado da Cidade do Vaticano

Título que reconhece o poder temporal do Papa como líder do Estado Vaticano independente. 

Fonte: pt. aleteia.org

            

sábado, 11 de novembro de 2023

EXPLICAÇÃO SOBRE MATEUS 7,6 "Não deem aos cães o que é sagrado, não joguem pérolas aos porcos!"

 

Mateus 7, 6 diz: "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos. Se fizerem isso, eles poderão pisoteá-las e, voltando-se contra vocês, dilacerá-los". 

Jesus usa de metáfora para ensinar seus discípulos a ter discernimento e cuidado na hora de pregar evangelho.

"Cães" e "porcos" representam aqueles que rejeitam Jesus Cristo, desprezam a verdade e vivem em pecado. A "pérola" é uma metáfora para dizer que a mensagem do evangelho, que é preciosa e sagrada não pode ser lançada de qualquer maneira e com segundas intenções. Se lermos a partir do versículo “1” vamos ver que esta passagem está de um contexto:

a)     Não devemos julgar as pessoas. A mensagem de salvação deve ser uma proposta não imposta. Quem prega deve toma cuidado para não apontar o dedo para os defeitos dos outros. Jesus pede que antes de mais nada devemos procurar fazer um exame de consciência porque muitas vezes somos mais errados do que aqueles que tentamos corrigir. Não podemos agir com hipocrisia. Aqui Jesus deixa claro que o que se espera de nós é o exemplo. Não agir com hipocrisia para que as pessoas vejam com as nossas atitudes aquilo que o Evangelho lhes propõe.

b)     E o versículo “7” vem complementar o versículo “6” no que se refere à oração. Devemos bater à porta (de Deus), pedir com o coração sincero porque o Pai Celeste ouve aqueles que pedem com sinceridade, segundo suas necessidades. O versículo anterior diz que não se pode lançar aos cães coisas santas. Isto quer dizer que dentro do contexto, nossa oração deve ser direcionada para coisas boas. Coisas que irão servir para nossa santificação. Não de deve orar, por exemplo, pedindo dinheiro, para ganhar na loteria, etc. Porque isso se conquista com trabalho.  Mas, pedir a o aumento da fé, a cura de uma enfermidade para si ou para alguém, o discernimento para certas situações, o dom para entender a Palavra, o pão de cada dia, ... Na oração do “Pai Nosso” estão todos as graças que devemos pedir. Porque uma oração mal feita é “dar pérola aos porcos”.

Jesus neste discurso ensina-nos que devemos ter cuidado tanto com o anúncio da Palavra, quanto também à maneira que pedimos as coisas a Deus. Não é errado pedir. Mas, é importante saber o que pedir para que nossa oração não seja feita de egoísta, como uma criança que acha que o pai pode dar tudo o que ela quer, do jeito que ela quer e na hora que ela quer. Não! Deus não age assim.

 

c)     E por fim, Jesus vai nos dizer que devemos ter cuidado com falsos profetas. Falsos pastores que chegam disfarçados de ovelhas. E mais uma vez Jesus pede discernimento para que a gente possa verificar quais são as obras desses falsos pastores. Hoje, o que mais tem são falsos pastores dentro e fora da Igreja. Lobos vorazes que estão em busca de ovelhas frágeis para enganar e extorquir, usando a palavra de Deus como argumento, ludibriam e enganam muitas pessoas. Mas, veja! Jesus essas pessoas farão obras, iguais aos verdadeiros profetas, porém essas obras não vêm Deus e não serão reconhecidas por Ele. O demônio também faz milagres para enganar as pessoas e tirá-las do verdadeiro caminho. É por isso que Jesus disse “guardai-vos dos falsos profetas”.          

 

Portanto, tudo no capítulo 7 está dentro de um contexto: “A mensagem da Palavra de Deus” e os “falsos profetas”.

Por outro lado, Jesus nos ensina que a mensagem sagrada do Evangelho não deve ser compartilhada com aqueles que não estão dispostos a aceitá-la, pois, eles podem rejeitá-la e até mesmo atacar aqueles que a compartilham. No entanto, isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas. Em vez disso, devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade. O Evangelho é uma pessoa, Jesus Cristo. Ele é a Palavra viva encarnada que não pode morar em corações que não queiram aceitá-lo. Por outro lado, o coração de quem aceita o Evangelho e  o pratica com amor é como um terreno fértil onde a semente plantada nascerá e dará muitos frutos. (Lc13, 23). 

É importante lembrar que Jesus é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6). O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos. A porta estreita pela qual os verdadeiros discípulos devem passar.

Os santos viveram sua vida de forma radical procurando aproximar o mais perto possível daquilo que o Evangelho propõe. Nesse sentido passaram por muitas coisas. Privações e perseguições a fim de estreitar ainda mais seus laços com Jesus tendo a convicção que estão do mundo, mas, não são do mundo. Viveram intimamente ligados a Ele no seu sofrimento na cruz, enfrentando tudo e a todos. Isto é, passaram pela “porta estreita”, a porta das ovelhas onde o único pastor é Cristo.    

A oura explicação que a Igreja Católica ensina sobre Mateus 7,6 é semelhante à interpretação geral, mas com um foco adicional na administração prudente dos sacramentos e na pregação da palavra de Deus. 

Nesta passagem, Jesus usa uma expressão popular para ensinar o discernimento prudente na pregação da palavra de Deus e na distribuição dos meios de santificação.

A Igreja sempre atendeu a este aviso, especialmente no sentido de respeito com que administra os sacramentos, especialmente a Sagrada Eucaristia. 

Portanto, "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos" é uma instrução para ser cauteloso ao compartilhar a verdade do evangelho com aqueles que podem não estar prontos ou dispostos a recebê-la. Isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas, mas sim, que devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade.

 

 

 

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

MARIA DE NAZARÉ TEVE OUTROS FILHOS?

          

Os protestantes afirmam, sem nenhuma base bíblica que Maria de Nazaré teve outros filhos além de Jesus. Como argumento usam a passagem bíblica de Mc6, 3: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós? ...

Se Jesus teve outros irmãos, como então a Igreja insiste na defesa de que Maria de Nazaré é virgem, foi virgem antes, durante e depois do parto?

 

Não é bem assim. Como vamos aprender, que a Igreja sempre pregou a verdade. E que na Sagrada Escritura, (aliás em qualquer outro texto), não podemos pegar um parágrafo ou um versículo sem saber "contexto" e aplicar sem lógica, sem estudo. É preciso antes entender toda a história contada pelo autor para compreender o sentido do texto em questão. É o que acontece nesse caso onde aparece os supostos "irmãos" de Jesus. E quando lemos todo o texto e pesquisamos mais a fundo descobrimos do que o autor está se referindo. A palavra irmão, na cultura hebraica se refere às duas situações aos irmãos consanguíneos e ao grau de parentesco, no caso, os parentes primos e uma outra, a nacionalidade como um todo, os judeus chamam uns aos outros de irmãos, e por razões de Fé por serem descendentes de Abraão, portanto, filhos de Abraão são "irmãos". Logo, o autor evangelista (que era judeu) vai usar a palavra "irmãos" para se referir aos parentes de Jesus e Maria como "irmãos".   

 

 São sete os textos do Novo Testamento que mencionam irmãos de Jesus:

 

          Marcos 6,3; Marcos 3,31-35; João 2,12;7,2-10; Atos 1,14; Gálatas 1,19; 1Coríntios 9,5.

 

          Chamavam-se, conforme Marcos 6,3; Mateus 13,55s: Tiago, José, Judas e Simão.

 

Vejamos quem eram eles segundo os Evangelhos:

 

Jesus, Filho Único

1) Lc 2,41-52. Jesus, aos doze anos, foi com José e Maria a Jerusalém, permanecendo aí os sete dias da festa de Páscoa (ver Lc 2,43). Contando com os dias de viagem de ida e volta deve ter ficado cerca de quinze dias fora de casa. Ora, Maria não pode ter deixado no lar, e por tanto tempo, filhos pequenos. Donde se conclui com muita verossimilhança que aos doze anos Jesus era filho único? Esta conclusão é confirmada pelo texto seguinte:

2) Jo 19,26s. Jesus ao morrer, confiou sua mãe a João, Filho de Zebedeu, membro de outra família. Este gesto do Senhor seria incompreensível, se Maria tivesse outros filhos em casa.

O Novo Testamento nunca fala de filhos de Maria e José. Jesus é dito “filho de José”, “suposto” em Lc 3,23; é dito: “o filho de Maria” (com artigo) em Mc 6,3. O Evangelho nunca diz: “a Mãe de Jesus e seus filhos”, embora isso fosse muito natural se ela tivesse muitos filhos (ver Mc 3,31-35; At 1,14). O Evangelho se refere sempre a “Maria e os irmãos de Jesus”.

Estas considerações dão a concluir que Jesus era filho único de Maria. – Porque então os Evangelhos falam de irmãos de Jesus?

 Por que “irmãos…”?

O aramaico, que os judeus falam no tempo de Jesus e que os Evangelistas supõem, era uma língua pobre de vocabulário. A palavra aramaica e hebraica “Ha” podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou até parentes mais distantes. No Antigo Testamento vinte passagens atestam esse significado amplo de irmão. Assim, por exemplo:

Gn 13,8: Abraão disse a seu sobrinho Lot, filho do seu irmão: “somos irmãos”. Ver também Gn 14, 14-16.

Gn 29,12.15: Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão.

Gn 31, 23 refere que com seus irmãos, isto é, com seus parentes de sexo masculino, foi ao encalço de Jacó.

1Cor 23,21-23: “Os filhos de Maerati foram Moholi e Musi. Os filhos de Moholi foram Ecleázaro e Cis. Ecleázamo morreu sem ter filhos, mas apenas filhas; os filhos de Cis, seus irmãos (=primos), as tomaram por mulheres”..

Ver ainda 1Cor 15,5; 2Cor 36,10; 2Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,29….

Na base desta verificação, não teremos dificuldades de compreender que “os irmãos "de Jesus eram, na verdade, primos de Jesus. Este parentesco se deduz dos seguintes textos:

 

Em Mt 27,56 lê-se: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…, Maria de Mágdala, Maria Mãe de Tiago e de José, e a mãe de dos filhos de Zebedeu”.

 

Essa Maria, mãe de Tiago, não é esposa de São José, mas Cleofas, conforme Jo 19,25; era também irmã de Maria Mãe de Jesus, como se lê abaixo:

Jo 19,25: “Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágdala”.

Pois bem; os nomes Cleofas e Alfeu designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico Claphai. Ora, o mais antigo historiador da Igreja, Hegesipo, nos diz que Cleofas e Maria de Cleofas tiveram como filhos Tiago, José, Judas e Simão. Estes, portanto, eram primos de Jesus. O fato de que no Evangelho sempre aparecem com Maria embora não fossem filhos, mas sobrinhos de Maria, se explica do seguinte modo:

 

No judaísmo antigo, a mulher não costumava apresentar-se sozinha em público, mas sempre acompanhada por parentes próximos do sexo masculino. Ora, julga-se que José, esposo de Maria, tenha falecido antes do início da vida pública de Jesus; quando Jesus saiu de casa para iniciar sua missão, Maria passou a ser acompanhada pelos irmãos de Jesus, que eram sobrinhos de Maria.

Uma vez explicado o parentesco, consideramos algumas objeções.

 

 Objeções

1) “Até que…” (Mt 1, 25)

Lê-se em Mateus 1,25: “José não conheceu Maria".

 

Não teve relações com Maria até que ela desse à luz um filho (Jesus)”. Significa isto que, depois de ter dado à luz Jesus, Maria teve relações conjugais com José?

Não necessariamente. A expressão “até que” corresponde ao hebraico ad ki. Ora, esta partícula na Escritura ocorre para designar apenas o que se deu (ou não se deu) no passado sem indicação do que havia de acontecer no futuro. Tenhamos em vista, por exemplo, Gênesis 8,7: O corvo que Noé soltou após o dilúvio, não voltou à arca. Ver também Salmo 109 (110), 1.

Ainda hoje usa-se semelhante modo de falar, quando, por exemplo, se diz: “tal homem morreu antes de ter realizado seus planos” ou “antes de ter pedido perdão”. Isso não significa que, depois da morte, o defunto realizou seus planos ou pediu perdão…. Vê-se que, nestes casos, há referências ao passado, prescindindo do futuro, como no caso de Mateus 1,25. Por conseguinte, poderíamos traduzir este versículo como se segue: “Sem que ele (José) a tivesse conhecido (isto é, tomado em consórcio marital), ela (Maria) deu à luz…”.

 

JESUS é filho “Primogênito” (Lucas 2,7)

Lê-se em Lucas 2,7: “Maria deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura”..

O termo “primogênito” não significa que Maria tenha tido outros filhos após Jesus. Em hebraico bekor, primogênito, podia designar simplesmente “o bem-amado”, pois o primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo o amor dos pais; além disto, o primogênito era pelos hebreus julgado alvo de especial amor da parte de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor desde os seus primeiros dias (cf. Lc 2,22; Ex 13,2;34,19). A palavra “primogênito” podia mesmo ser sinônimo de “unigênito”, pois um e outro vocábulo na mentalidade semita designam “o bem-amado”. Tenhamos em vista que transpassaram, chorá-lo-ão como se chora um filho unigênito; chorá-lo-ão amargamente como se chora um “primogênito”.

 

Mesmo fora da terra de Israel podia-se chamar “primogênito” o menino que não tivesse nem irmã mais jovem. É o que atesta uma inscrição sepulcral judaica datada de 5 a.C. e descoberta em Tell-el-Yedouhieh (Egito) no ano de 1922; lê-se aí que uma jovem mulher chamada Arsinoé morreu “nas dores do parto do seu filho primogênito”. Notemos neste texto o modo de falar que observamos a respeito de Mt 12,5; “primogênito” vem a ser apenas o filho antes do qual não houve outro, não não necessariamente aquele após o qual houve outros..

Estas considerações dão a ver claramente que não se podem apoiar na Bíblia aqueles que querem atribuir a Maria a maternidade de muitos filhos. (Fonte: Livro “Quinze Questões de Fé” – Dom Estevão – Ed. Santuário)

IRMÃOS DE JESUS OU PRIMOS? 

 Vejamos: João 19, 25

“E junto a cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, mulher de Cleófas (ou Clopas em algumas traduções), e Maria Madalena”.

 O versículo mostra três Marias, junto à cruz.

São João nos dá uma chave para entender que se Maria tivesse outros filhos, após a morte de Jesus (que era o mais velho), ela seria entregue aos cuidados dos seus irmãos mais novos. Pois, a Lei de Moisés dizia que a viúva deveria ser acolhida pelos filhos e em caso da falta de filho(s) ela deveria se casar com o parente mais próximo e seus bens passaria para este novo marido. Logo, Jesus sabendo que era Filho único deixou sua mãe aos cuidados de João, que desde então cuidou dela até sua ida para o céu. Assim diz o texto do Evangelho:

"Perto da cruz de Jesus, permaneceu de pé sua mãe, a irmã de sua mãe Maria, mulher de Clopas e Maria Madalena. Vendo a mãe e perto dela, o discípulo que amava, disse à mãe "Mulher, eis aí teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis tua mãe!" E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em casa. Jo19, 25-27. Com isso, São João deixa claro que Maria não teve outros filhos, senão Nosso Senhor Jesus Cristo.  

 

Mateus 13, 55

“Não é este (Jesus) o filho do carpinteiro? E não conhecemos sua mãe e seus irmãos Tiago, e José, Simão e Judas”

O versículo sozinho, sem ser contextualizado, deixa bem claro que Maria mãe de Jesus, teve vários filhos, mas, ao ler o contexto percebemos que não é assim.

Marcos 15, 40

“E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais, também Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago, e de José e Salomé”

Quem foi a mãe de Tiago, José, e Salomé?

A irmã da Mãe de Jesus, Maria mulher de Cléofas (Cf. João 19,25), portanto era a tia de Jesus.

Talvez você ainda queira perguntar: e Judas?

Judas 1, 1

“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago...”

Ou seja, Judas, era irmão de Tiago, José e Salomé (Cf. Marcos 15,40), filhos de Maria mulher de Cléofas. Essa Maria era irmã de Maria mãe de Jesus, logo, Tiago, José, Judas e Salomé eram primos de primeiro grau de Jesus.

João 19, 26-27

Jesus, vendo ali a sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis ai o teu filho; depois disse ao discípulo: eis ai a tua mãe...”

Como fidelíssimo observador da Lei de Moisés, Jesus não podia, na hora da sua morte na cruz, confiar sua mãe a João apóstolo, mas devia tê-la confiado ao filho mais idoso, se ela de fato os tivesse.

Conclusão:

“Os irmãos” (primos) de Jesus, tão frequentemente mencionados no Novo Testamento, nunca são chamados filhos de Maria, a mãe de Jesus e nem tampouco de José.

Na linguagem bíblica “irmão” é frequentemente usado em lugar de primo, sobrinho, parente.

Exemplo: Em Gêneses 13,8 Abraão diz a Ló: “Somos irmãos”. No entanto Ló era filho de Aran, que era irmão de Abraão, portanto seu sobrinho, confira em (Gêneses 11, 27-31). Existem outras citações, porém encerro por aqui.

 

 

Os protestantes afirmam, sem nenhuma base bíblica que Maria de Nazaré teve outros filhos além de Jesus. Como argumento usam a passagem bíblica de Mc6, 3: "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós? ...

Se Jesus teve outros irmãos, como então a Igreja insiste na defesa de que Maria de Nazaré é virgem, foi virgem antes, durante e depois do parto?

 

Não é bem assim. Como vamos aprender, que a Igreja sempre pregou a verdade. E que na Sagrada Escritura, (aliás em qualquer outro texto), não podemos pegar um parágrafo ou um versículo sem saber "contexto" e aplicar sem lógica, sem estudo. É preciso antes entender toda a história contada pelo autor para compreender o sentido do texto em questão. É o que acontece nesse caso onde aparece os supostos "irmãos" de Jesus. E quando lemos todo o texto e pesquisamos mais a fundo descobrimos do que o autor está se referindo. A palavra irmão, na cultura hebraica se refere às duas situações aos irmãos consanguíneos e ao grau de parentesco, no caso, os parentes primos e uma outra, a nacionalidade como um todo, os judeus chamam uns aos outros de irmãos, e por razões de Fé por serem descendentes de Abraão, portanto, filhos de Abraão são "irmãos". Logo, o autor evangelista (que era judeu) vai usar a palavra "irmãos" para se referir aos parentes de Jesus e Maria como "irmãos".   

 

 São sete os textos do Novo Testamento que mencionam irmãos de Jesus:

 

          Mc 6,3; Mc 3,31-35; Jô 2,12;7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1Cor 9,5.

 

          Chamavam-se, conforme Mc 6,3; Mt 13,55s: Tiago, José, Judas e Simão.

 

Vejamos quem eram eles segundo os Evangelhos:

 

1 – Jesus, Filho Único

1) Lc 2,41-52. Jesus, aos doze anos, foi com José e Maria a Jerusalém, permanecendo aí os sete dias da festa de Páscoa (ver Lc 2,43). Contando com os dias de viagem de ida e volta deve ter ficado cerca de quinze dias fora de casa. Ora, Maria não pode ter deixado no lar, e por tanto tempo, filhos pequenos. Donde se conclui com muita verossimilhança que aos doze anos Jesus era filho único? Esta conclusão é confirmada pelo texto seguinte:

2) Jo 19,26s. Jesus ao morrer, confiou sua mãe a João, Filho de Zebedeu, membro de outra família. Este gesto do Senhor seria incompreensível, se Maria tivesse outros filhos em casa.

O Novo Testamento nunca fala de filhos de Maria e José. Jesus é dito “filho de José”, “suposto” em Lc 3,23; é dito: “o filho de Maria” (com artigo) em Mc 6,3. O Evangelho nunca diz: “a Mãe de Jesus e seus filhos”, embora isso fosse muito natural se ela tivesse muitos filhos (ver Mc 3,31-35; At 1,14). O Evangelho se refere sempre a “Maria e os irmãos de Jesus”.

Estas considerações dão a concluir que Jesus era filho único de Maria. – Porque então os Evangelhos falam de irmãos de Jesus?

 Por que “irmãos…”?

O aramaico, que os judeus falam no tempo de Jesus e que os Evangelistas supõem, era uma língua pobre de vocabulário. A palavra aramaica e hebraica “Ha” podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou até parentes mais distantes. No Antigo Testamento vinte passagens atestam esse significado amplo de irmão. Assim, por exemplo:

Gn 13,8: Abraão disse a seu sobrinho Lote, filho do seu irmão: “somos irmãos”. Ver também Gn 14, 14-16.

Gn 29,12.15: Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão.

Gn 31, 23 refere que com seus irmãos, isto é, com seus parentes de sexo masculino, foi ao encalço de Jacó.

1Cor 23,21-23: “Os filhos de Maerati foram Moholi e Musi. Os filhos de Moholi foram Ecleázaro e Cis. Ecleázamo morreu sem ter filhos, mas apenas filhas; os filhos de Cis, seus irmãos (=primos), as tomaram por mulheres”..

Ver ainda 1Cor 15,5; 2Cor 36,10; 2Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,29….

Na base desta verificação, não teremos dificuldades de compreender que “os irmãos "de Jesus eram, na verdade, primos de Jesus. Este parentesco se deduz dos seguintes textos:

 

Em Mt 27,56 lê-se: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…, Maria de Mágdala, Maria Mãe de Tiago e de José, e a mãe de dos filhos de Zebedeu”.

 

Essa Maria, mãe de tiago, não é esposa de São José, mas Cleofas, conforme Jo 19,25; era também irmã de Maria Mãe de Jesus, como se lê abaixo:

Jo 19,25: “Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágdala”.

Pois bem; os nomes Cleofas e Alfeu designam em grego a mesma pessoa, pois são formas gregas do nome aramaico Claphai. Ora, o mais antigo historiador da Igreja, Hegesipo, nos diz que Cleofas e Maria de Cleofas tiveram como filhos Tiago, José, Judas e Simão. Estes, portanto, eram primos de Jesus. O fato de que no Evangelho sempre aparecem com Maria embora não fossem filhos, mas sobrinhos de Maria, se explica do seguinte modo:

 

No judaísmo antigo, a mulher não costumava apresentar-se sozinha em público, mas sempre acompanhada por parentes próximos do sexo masculino. Ora, julga-se que José, esposo de Maria, tenha falecido antes do início da vida pública de Jesus; quando Jesus saiu de casa para iniciar sua missão, Maria passou a ser acompanhada pelos irmãos de Jesus, que eram sobrinhos de Maria.

Uma vez explicado o parentesco, consideramos algumas objeções.

 

 Objeções

1) “Até que…” (Mt 1, 25)

Lê-se em Mt 1,25: “José não conheceu Maria".

 

Não teve relações com Maria até que ela desse à luz um filho (Jesus)”. Significa isto que, depois de ter dado à luz Jesus, Maria teve relações conjugais com José?

Não necessariamente. A expressão “até que” corresponde ao hebraico ad ki. Ora, esta partícula na Escritura ocorre para designar apenas o que se deu (ou não se deu) no passado sem indicação do que havia de acontecer no futuro. Tenhamos em vista, por exemplo, Gn 8,7: O corvo que Noé soltou após o dilúvio, não voltou à arca. Ver também Sl 109 (110), 1.

Ainda hoje usa-se semelhante modo de falar, quando, por exemplo, se diz: “tal homem morreu antes de ter realizado seus planos” ou “antes de ter pedido perdão”. Isso não significa que, depois da morte, o defunto realizou seus planos ou pediu perdão…. Vê-se que, nestes casos, há referências ao passado, prescindindo do futuro, como no caso de Mt 1,25. Por conseguinte, poderíamos traduzir este versículo como se segue: “Sem que ele (José) a tivesse conhecido (isto é, tomado em consórcio marital), ela (Maria) deu à luz…”.

 

JESUS é filho “Primogênito” (Lc 2,7)

Lê-se em Lc 2,7: “Maria deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura”..

O termo “promogênito” não significa que Maria tenha tido outros filhos após Jesus. Em hebraico bekor, primogênito, podia designar simplesmente “o bem-amado”, pois o primogênito é certamente aquele dos filhos no qual durante certo tempo se concentra todo o amor dos pais; além disto, o primogênito era pelos hebreus julgado alvo de especial amor da parte de Deus, pois devia ser consagrado ao Senhor desde os seus primeiros dias (cf. Lc 2,22; Ex 13,2;34,19). A palavra “primogênito” podia mesmo ser sinônimo de “unigênito”, pois um e outro vocábulo na mentalidade semita designam “o bem-amado”. Tenhamos em vista que transpassaram, chorá-lo-ão como se chora um filho unigênito; chorá-lo-ão amargamente como se chora um “primogênito”.

 

Mesmo fora da terra de Israel podia-se chamar “primogênito” o menino que não tivesse nem irmã mais jovem. É o que atesta uma inscrição sepulcral judaica datada de 5 a.C. e descoberta em Tell-el-Yedouhieh (Egito) no ano de 1922; lê-se aí que uma jovem mulher chamada Arsinoé morreu “nas dores do parto do seu filho primogênito”. Notemos neste texto o modo de falar que observamos a respeito de Mt 12,5; “primogênito” vem a ser apenas o filho antes do qual não houve outro, não não necessariamente aquele após o qual houve outros..

Estas considerações dão a ver claramente que não se podem apoiar na Bíblia aqueles que querem atribuir a Maria a maternidade de muitos filhos. (Fonte: Livro “Quinze Questões de Fé” – Dom Estevão – Ed. Santuário)

OS IRMÃOS DE JESUS?OU PRIMOS

João 19, 25

“E junto a cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, mulher de Cleófas, e Maria Madalena”.

 O versículo mostra três Marias, junto à cruz.

São João nos dá uma chave para entender que se Maria tivesse outros filhos, após a morte de Jesus (que era o mais velho), ela seria entregue aos cuidados dos seus irmãos mais novos. Pois, a Lei de Moisés dizia que a viúva deveria ser acolhida pelos filhos e em caso da falta de filho(s) ela deveria se casar com o parente mais próximo e seus bens passaria para este novo marido. Logo, Jesus sabendo que era Filho único deixou sua mãe aos cuidados de João, que desde então cuidou dela até sua ida para o céu. Assim diz o texto do Evangelho:

"Perto da cruz de Jesus, permaneceu de pé sua mãe, a irmã de sua mãe Maria, mulher de Clopas e Maria Madalena. Vendo a mãe e perto dela, o discípulo que amava, disse à mãe "Mulher, eis aí teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis tua mãe!" E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em casa. Jo19, 25-27. Com isso, São João deixa claro que Maria não teve outros filhos, senão Nosso Senhor Jesus Cristo.  

 

Mateus 13, 55

“Não é este (Jesus) o filho do carpinteiro? E não conhecemos sua mãe e seus irmãos Tiago, e José, Simão e Judas”

O versículo sozinho, sem ser contextualizado, deixa bem claro que Maria mãe de Jesus, teve vários filhos, mas, ao ler o contexto percebemos que não é assim.

Marcos 15, 40

“E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais, também Maria Madalena, e Maria mãe de Tiago, e de José e Salomé”

Quem foi a mãe de Tiago, José, e Salomé?

A irmã da Mãe de Jesus, Maria mulher de Cléofas (Cf. João 19,25), portanto era a tia de Jesus.

Talvez você ainda queira perguntar: e Judas?

Judas 1, 1

“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago...”

Ou seja, Judas, era irmão de Tiago, José e Salomé (Cf. Marcos 15,40), filhos de Maria mulher de Cléofas. Essa Maria era irmã de Maria mãe de Jesus, logo, Tiago, José, Judas e Salomé eram primos de primeiro grau de Jesus.

João 19, 26-27

Jesus, vendo ali a sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis ai o teu filho; depois disse ao discípulo: eis ai a tua mãe...”

Como fidelíssimo observador da Lei de Moisés, Jesus não podia, na hora da sua morte na cruz, confiar sua mãe a João apóstolo, mas devia tê-la confiado ao filho mais idoso, se ela de fato os tivesse.

Conclusão:

“Os irmãos” (primos) de Jesus, tão frequentemente mencionados no Novo Testamento, nunca são chamados filhos de Maria, a mãe de Jesus e nem tampouco de José.

Na linguagem bíblica “irmão” é frequentemente usado em lugar de primo, sobrinho, parente.

Exemplo: Em Gêneses 13,8 Abraão diz a Ló: “Somos irmãos”. No entanto Ló era filho de Aran, que era irmão de Abraão, portanto seu sobrinho, confira em (Gêneses 11, 27-31). Existem outras citações, porém encerro por aqui.

 

 

VATICANO APROVA RITO PAGÃO MAIA PARA IGREJA DO MÉXICO - Incensárias mulheres e liderança leiga em partes da missa

A Diocese de San Cristóbal - uma das mais antigas do país - liderou os pedidos ao Vaticano para reconhecer oficialmente a liturgia nas língu...