terça-feira, 12 de abril de 2011

JESUS CRISTO É O SENHOR DA VIDA, E COMO TAL NOS GARANTE A VIDA ETERNA!



Um dos textos mais belos do Novo Testamento, com riqueza de detalhes, o que faz a gente imaginar estar dentro do acontecimento é sem dúvida a passagem que fala da ressurreição de Lázaro.
Vamos ler esta passagem do Evangelho aqui dividindo o texto em partes para conhecermos a riqueza deste trecho e, no final, as explicações necessárias se darão. Vamos abrir a Bíblia em João11, 1-44. É um texto longo, mas de certa forma muito precioso que deve ser lido e estudado na íntegra. 

Precisamos entender quem era Lázaro. Ele era um dos irmãos de de Marta e e Maria. Moravam em Betânia, um povoado cerca de 3 Km de Jerusalém. Jesus era muito querido por eles e eles também gostavam muito de Jesus. Eram verdadeiros amigos.
O Evangelho descreve que Maria, na casa de lázaro, havia ungido Jesus com óleo perfumado, e enxugado os pés de Jesus com os cabelos. (Jo12, 1-8). 

Lázaro, amigo íntimo de Jesus estava muito doente. As irmãs crendo que Jesus podia fazer alguma coisa e, sabendo que Ele estava por perto manda um recado informando sobre a doença de Lázaro. E o Evangelho diz claramente que Jesus "amava" aquela gente, principalmente a Lázaro. Mas Jesus tranquiliza e diz que Lázaro não morrerá. Teria Jesus mentido naquela hora? porque Lázaro morreu. Não! Jesus falava da morte eterna. Pois a morte física já estava acontecendo. Mas Jesus precisava que fosse assim.

Jesus então, não foi lá em Betânia imediatamente. Ficou ainda dois dias e depois seguiu com  seus discípulos até Betânia. Quando Jesus chegou lá havia quatro dias que Lázaro estava morto. Então no mesmo dia em Jesus recebeu o recado sobre a enfermidade de Lázaro é que ele veio a falecer. 


E sabemos que após quatro dias um cadáver já está em processo de putrefação.
Os discípulos censuram Jesus, os judeus queriam apedrejá-lo. (Jo1031-37). E ele tinha que voltar para os arredores de Jerusalém?... Mas Jesus precisava ir lá, mesmo com Lázaro morto, porque era chegada a hora de Jesus mostrar quem Ele realmente era o Filho de Deus. E Jesus explica que aqueles que "andam na escuridão precisam ver a luz", a sua luz. Jesus é a luz do mundo. É ele quem nos guia, foi para isso que ele veio. 

Quando Jesus diz aos discípulos que Lázaro dormia, eles achavam que Lázaro estava recuperado. Mas Jesus falava da morte do amigo de forma sutil. Vendo que eles não entenderam Jesus afirmou: "Lázaro Morreu!"
Jesus disse que se alegrava, pois a morte de Lázaro tinha um propósito. Qual era o propósito de Jesus? Era fazer com que as pessoas cressem que Ele era o Filho de Deus. Mas quando Jesus disse vamos a ele, os discípulos acharam que Jesus iria morrer também e queriam morrer junto com Jesus. Veja a lealdade e a firmeza dos discípulos que mais tarde se tornariam os Apóstolos de Jesus. "Vamos também morrer com ele!" (v.16)

Quatro dias havia se passado da morte de Lázaro. Jesus chegou à Betânia. Marta correu-lhe ao encontro, enquanto que Maria estava em casa. Jesus recebe o lamento de Marta: "Senhor se estivesses aqui meu irmão não teria morrido!", podemos imaginar os olhos de Marta diante de Jesus, o qual ela sabia que tudo podia fazer para impedir aquela desgraça. Podemos imaginar nos olhos a seguinte frase: "Senhor, porque demoraste tanto, não recebestes o recado que mandei lhe dar?..." Mas ainda sim mesmo sem entender o que Jesus fosse fazer, ela confiava, esperava e acreditava no poder de Jesus, mesmo diante a dor e diz: "Eu sei que tudo que pedires a Deus, ele te concederá!" // Veja o grau e a intensidade da fé de Marta. Jesus disse: "Teu irmão ressurgirá!" - Marta logo responde "-Senhor, eu sei que ele ressurgirá na ressurreição do último dia!". Aqui um episódio interessante: os judeus não criam na ressurreição dos mortos como Jesus ensinava. Certamente Jesus havia ensinado a eles sobre a ressurreição, ponto dela afirmar que acraditava na "ressurreição dos mortos no último dia". É o que nós professamos também essa mesma fé no Creio.
Então Jesus se apresenta: "Eu sou a ressurreição e a vida, todo aquele que crê em mim, mesmo que morra viverá!" - surge uma pergunta: "Credes nisto?" - e Maria respondeu: "Sim, eu creio firmemente que tu és o Messias, aquele que devia vir ao mundo!" - este diálogo entre Jesus e Marta nos mostra que precisamos ter fé no poder e no senhorio de Cristo. Crer só em Jesus é simples demais, mas crer, aceitar e confiar no senhorio de Jesus é a chave para realizarmos grandes milagres.

Marta foi chamar a irmã, no meio de tanta gente, ela usa a discrição,e, baixinho diz a irmã: "O Mestre está aí e te chama!", conta o Evangelho que ela se levantou-se e correu ao encontro de Jesus. Pois Jesus estava ainda um pouco distante da casa deles.
Outro fato interessante: Os judeus que ali estavam fazendo-lhe visita acharam que ela tinha ido ao túmulo chorar, mas não, ela correu ao encontro de Cristo e lamentou com ele a morte do irmão: "Senhor se estivesses aqui meu irmão não teria morrido!" - parece combinada a lamentação de Maria com a lamentação de Marta. Mas, o mais importante, ela Lançou-se aos pés de Jesus, com o fez da última vez em que enxugara-lhe com os cabelos.


Chorou e Jesus também chorou com ela a morte do amigo. Aqui se vê a humanidade de Jesus. Jesus chora, ao ver a dor daquela família. Sabemos muito bem que Deus precisa que digamos a ele que precisamos da sua misericórdia. E a admiração dos judeus, "vede como ele o amava!" - esta frase nos lembra que talvez os discípulos estivessem decepcionado com Jesus porque prontamente não foi à Betânia, ficou ainda dois dias no local onde pregava. Mas foi justamente esse amor que Jesus mandou que seus discípulos "amar como Ele nos amou!" Esse amor de Jesus por nós, assim como foi por Lázaro é um amor incondicional.
Uma pergunta é feita: "Ora, Ele que fez muitos milagres, curou um cego de nascença, não podia também impedir com este não morresse?"
Jesus ficou comovido mandou tirar a pedra, "está fendendo!", disseram, "já faz quatro dias que foi sepultado!" - Disse Jesus. "Eu não disse que se crêsseis veriam a glória(poder) de Deus?" e foi tirada a pedra. Conta-se que era uma caverna, selada com uma enorme pedra onde era o sepulcro de Lázaro. 

E assim, Jesus faz uma oração: "Pai eu te dou graças porque sempre me escutais, eu bem sei que me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia para que creiam que tu me enviaste!" - esta oração penetra em nós, mexe com nosso ser, não resta nenhuma dúvida que precisamos crer, que Jesus é o nosso Salvador. Que ele é nosso Senhor e confiar no seu poder. Assim as vida, as doenças, os problemas se tornarão muito mais leve. Os milagres acontecerão e seremos muito mais felizes, porque é isto que Deus quer para nós, que vivamos felizes, que sintamos o seu amor por nós! Devemos fazer com que Jesus seja nosso Salvador e Senhor.
E por fim, o milagre: Jesus chama o morto, "Vem para fora!" e ele saiu. Naquele tempo era costume enrolar os defuntos com faixas depois de preparar o corpo com ervas  aromáticas. Ele saiu assim, todo enfaixado. Tiraram-lhe as faixas. E o propósito de Jesus foi cumprido. Manifestou-se a glória, o poder de Deus naquele momento. Naquele dia muitos se converteram e acreditaram em Jesus.  

O que precisamos fazer hoje se quisermos ser verdadeiramente felizes. Colocar Jesus como nosso Senhor e Salvador é estar ligado a ele com esse laço de amizade profunda, como teve Marta, Maria e Lázaro. 
Precisamos escutar a voz de Jesus que nos chama de nosso comodismo, "Vem para fora!", vem para fora de nossa falta de amor, de fé, de compreensão. A mesma proposta de vida que Jesus ofereceu aos seus amigos de Betânia, nos oferece hoje. Jesus quer visitar nossa casa e fazer manifestar ali seu amor.
          
Não podemos agir como os fariseus que mesmo vendo a manifestação de Jesus, seus feitos e seus milagres. Seu poder e sua autoridade de Filho de Deus, ficaram endurecidos a ponto de tramarem a morte de Jesus. (Jo11, 45-53)
Quem é Jesus? 
O que Ele representa em minha vida?
Será que eu acredito realmente que Jesus é o Filho de Deus?
Eu aceito Jesus como meu Senhor e salvador?
Será que deixamos nos guiar pela luz de Jesus?


São perguntas que nos fazem refletir. Porque muitas vezes deixamos o evangelho de lado, nos acovardando, deixando de lado nosso testemunho cristão diante das autoridades deste mundo. Somos fariseus de nosso tempo. Jesus se manifestou como Senhor da vida. O episódio da morte de Lázaro, a princípio era uma situação de morte. Mas Jesus mudou aquela situação. Tornado aquela celebração de morte em uma celebração de vida.
Às vezes queremos fazer de nossa vida situações de morte, impedindo que a Luz de Cristo entre em nossa vida. Tramamos a morte de Jesus em nosso coração.
É preciso que mudemos nosso modo de agir. De que forma eu vejo Jesus? De que forma eu estou levando este testemunho cristão aos meus irmãos? como Jesus fez ou como os fariseus?


Betânia era um lugar onde Jesus ia para descansar. Na companhia de Marta, Maria e Lázaro, Jesus encontrava ali uma nova família. Eram seus melhores amigos. Precisamos fazer de nossa família esta "Betânia", um local onde Jesus seja o Senhor, onde possa manifestar o seu poder. E onde ele seja ouvido antes de tudo. Jesus precisa ser nosso Senhor. Ocupar os espaços de nossa vida que foram tomados pela influência da TV, dos que pensam que são melhores do que Deus. Dos que defendem a morte e não a vida. Jesus é nosso fiel amigo, o que precisamos é sermos fiéis amigos de Jesus. Você crê nisto? Crês que Jesus é a Ressurreição e a vida?// A mesma pergunta feita à Marta de Betânia, Jesus faz para você.  Responda a ele: "sim, Senhor eu creio que tu és o meu Senhor e Salvador, creio que tu és verdadeiramente o Filho de Deus!         


                                                                                              

    quinta-feira, 31 de março de 2011

    HOSANA AO FILHO DE DAVI!

    Texo de: Elmando V. de Toledo
      O Evangelho segundo Mateus 21, 1-11, narra que Jesus e os discípulos estavam indo à Jerusalém, chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras. Então Jesus mandou que eles conseguissem-no um jumentinho emprestado. Isso deveria acontecer para se cumprisse a profecia de Zacarias, (Zac9, 9): "Dizei a filha de Sião, (Jerusalém), eis que teu rei vem a ti, cheio de doçura, montado numa jumenta, num jumentinho, filho da que leva o jugo." E os discípulos assim o fizeram.

    Jesus entrou na cidade e foi aclamado rei com estas palavras: "Hosana, (viva, salve), o Filho de Davi!" ... "Bendito o que vem em nome do Senhor!"

    Ora, todo judeu devia ir celebrar a Páscoa, a festa mais importante dentro da Tradição judaica. Jesus foi várias vezes à Jerusalém com seus pais, Maria e José. Assim como todo Judeu, era muito importante ir à Jerusalém como manda a Lei de Moisés. Era importante ficar ali, ir ao Templo e celebrar a Páscoa. Jerusalém era muito significativa, a cidade sagrada, imponente onde ficava o Templo de Deus construído pelo rei Salomão. Mas Jerusalém estava entregue a um domínio estrangeiro, os Romanos. O povo não aceitava mais a opressão de Roma, os castigos, os impostos. E tinha que aguentar as muitas cargas e preceitos que os sacerdotes impunham para que o povo cumprisse. Portanto, a opressão castigava o povo judeu dos dois lados. Mesmo com tudo isso, podiam ainda esperar pelo Messias, o Enviado de Deus. Esse "Messias" deveria vir com poder e glória e em nome de Deus para libertar Israel do poder dos romanos. E restituir o trono de Davi que foi tomado. Esperavam um Rei especial com poderes divinos que acabasse com aquela opressão. Mas o propósito de Jesus, a salvação que Jesus vinha trazer era outra. Jesus era Rei, mas não deste mundo, não daquele momento, ele devia salvar a humanidade do pecado e restituir-nos a condição de filhos de Deus. E Jesus sabia disso, sabia que dali, de Jerusalém só sairia para ser depositado no sepulcro. Muitas coisas iriam acontecer. Mateus diz que Jesus entrou na cidade vai o Templo, e depois volta à Betânia para descansar. Betânia era um povoado perto de Jerusalém e Jesus tinha amigos lá, Marta, Maria e Lázaro, no qual ele tinha ressuscitado. De manhã Ele volta à Jerusalém e começa a ensinar.   

    Jesus entrou na cidade e foi aclamado como Rei, mas não pelos ricos, nem pelos sacerdotes que viam em Jesus uma ameaça. Foi aclamado pelo povo simples que de certa forma, viram o que Jesus tinha realizado o queriam como rei de Israel. Muitos estavam convictos de que Ele era mesmo o Rei que o povo precisava e que devia fazer um levante para tomar Jerusalém, libertá-la dos  romanos e assumir o trono de Davi. Pois Jesus era descendente de Davi. Mas não era essa a missão do Rei Jesus naquele momento. Ele não entra na cidade em um cavalo, com roupas finas, nem chega em uma carruagem. Mas foi montado em um jumentinho emprestado. Que rei é esse que vem montado em um jumentinho? ... podiam pensar... E Jesus foi aclamado pelo povo simples cheio de ilusão. Ainda não viam em Jesus o Cristo o Salvador. Mas viam uma esperança remota de um rei, um conquistador. Logo perguntaram: "quem é este homem?" - "Este é Jesus o profeta de Nazaré da Galiléia!" (Mt21, 10-11) Logo mais adiante, o Evangelho vai mostrar que Jesus mostra, ao dizer diante de Pilatos, ser Ele, não o Rei do mundo, mas o Rei do Céu. (Jo18,37). Cumprindo as profecias Jesus se sacrificaria como unica vítima, santa e perfeita pelos pecados de "toda humanidade!" a messiandade de Jesus está justamente em conseguir no sacrifício da Cruz o resgate de todas as criaturas para Deus. E não apenas para um grupo, para um momento como eles achavam que devia ser a missão do Messias.   

    Mateus. segue seu evangelho, dizendo que Jesus ficou em Jerusalém. Isto significa que Jesus deve ter ficado ali por muitos dias. Aconteceram muitos ensinamentos e realizado muitos milagres que despertaram a inveja dos sacerdotes. Mas, uma das principais causas que levou Jesus à condenação, foi o fato de Jesus, podemos dizer, desmoralizar os fariseus  diante do povo. As duras palavras de Jesus, vão tocar nas feridas abertas que eles tinham: o orgulho, a prepotência, a inveja, a avareza e a falta de caridade. (Mt23-39) - E Jesus termina lamentando a hipocrisia daquela gente, tão dura de coração e que não O aceitaram. Oh! como Jesus queria que fosse diferente!

    Que seu povo aceitasse a salvação que havia chegado até eles e se convertessem... Jesus chega a dizer, que: Ele queria que os filhos de Jerusalém fossem mais fiéis. E queria abrigá-los no seu amor, como uma galinha põe os pintinhos debaixo das asas para aquecê-los e protegê-los... (V.39). Mas não foi assim. Aquelas duras palavras de Jesus,o coração fechado dos fariseus, serviram para instigar ainda mais o ódio dos que iam contra o projeto de Jesus. Começava então tramar a morte de Jesus.   

    E mais... quando Jesus vê que o Templo do Senhor, cheio de pessoas inescrupulosas, fazendo dali um comércio e não uma casa de Oração, Jesus ficou furioso e expulsou aquela gente toda.O evangelho narra que Jesus chegou a chicoteá-los com uma corda dizendo: "Minha casa é uma casa de Oração, como podem transformá-la em um covil de ladrões?" e Jesus estava se referindo as palavras do profeta Isaías, (Is56, 7) e deJeremias (Jr7,11).  Ler (Mt21, 12-13).

    Mas Jesus permanece ali em Jerusalém por uns bons dias, fazendo curas e ensinando a quem quisesse ouvir. É importante saber disto, porque quando celebramos a Semana Santa e recordamos estes acontecimentos, dá a idéia de que Jesus entrou em Jerusalém e logo foi preso e condenado. Não foi bem assim. Aconteceram muitas coisas até o momento da Paixão.
    Mas logo o povo esquece as palavras de Jesus, e instigados pela inveja dos sacerdotes entregam Jesus à morte.  

    É preciso fazer uma boa leitura do Evangelho para compreender que Jesus ficou em Jerusalém até as vésperas da  celebração da Páscoa. Ele antecipou em celebrar a Páscoa com seus discípulos. E sabemos muito bem que Nossa Senhora também estava em Jerusalém. Pois era dever de todo judeu e das judias estar em Jerusalém para a festa da Páscoa. Havia dias de preparação para esta grande festa. E foi 3 dias antes que Jesus celebrou a sua Ceia Pascal e vai se entregar como a vítima suprema pelos pecados do mundo.   

    Talvez muitas pessoas, no tempo de Jesus, tinham uma visão errada sobre a sua missão, o Rei Jesus para eles era alguém que ia resolver uma situação política do momento. Eles não sabiam nem podiam imaginar quem era Jesus e qual era seu propósito. Embora tivessem vistos os milagres e a pregação do Mestre. Jesus várias vezes disse que eles compreenderiam mais tarde. Ao cear com os Apóstolos, Jesus disse: "O que ora faço não sabeis, mas compreenderás mais tarde!" - A fraqueza humana, as ilusões dos Apóstolos e discípulos de Jesus fizeram com que eles no momento da morte de Jesus, esquecessem muitas coisas. Uma delas é que Jesus várias vezes ressuscitou os mortos, e várias vezes disse que era preciso que ele morresse e ressuscitasse. Mas quando veio a fraqueza, o medo e a angústia, ficaram presos no terror dos acontecimentos na visão do Senhor morto naquele madeiro. Solitário, abandonado, rejeitado e humilhado. Chagado e nu. Esqueceram-se logo daquela realeza que eles tanto gritavam: "Hosa na ao Filho de Davi, Rei de Israel, bendito o que vem em nome do Senhor!" Aliás, foram poucos que estavam com Jesus aos pés da Cruz, o evangelho narra que aos pés da Cruz de Jesus estava: João, Maria de Cléofas, Maria Madalena e Nossa Senhora. Os outros não se sabe, o que se sabe é que quando Jesus foi preso, muitos dos que estavam com Jesus no monte das Oliveiras fugiram, arrancaram suas roupas, fugiram nus para não serem vistos pelos soldados.   
    Após a ressurreição puderam ver a glória deste Rei, um rei muito mais soberano. O Rei não apenas de Israel, mas, de toda humanidade. São Paulo chega a dizer que: "diante da realeza de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e nos infernos".  Mesmo Tomé não quis acreditar na ressurreição, talvez ao ver a forma com que o mataram, foi preciso ver para crer. 

    A humanidade e muitos cristãos ainda não acreditam no poder e na realeza divina de Jesus. Ainda agem como os judeus do tempo de Jesus, que esperavam um messias vingativo. Deus não age assim. O que assola a humanidade e a natureza certamente é a falta de fé e de amor para com Deus, o próximo e a natureza. Querem aceitar Jesus, como um simples profeta, e não como o Filho de Deus. Que bom se todos pudessem dizer as mesmas palavras do centurião romano aos pés da Cruz de Jesus: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!" - porque as vezes vemos a Cruz e não vemos nela o sinal de nossa salvação. Toda realeza, todo amor de um Rei está impregnado nela. E não nos prostramos diante desta realeza de Jesus Cristo. Preferimos as ilusões deste mundo, estamos longe da humildade e da compreensão das nossas próprias mazelas. Jesus, para quem quem o aceita é Rei e Senhor, aquele que venceu o pecado. Assumiu nossas fraquezas para nos salvar. Este Rei veio para os justos e injustos. Olhar e contemplar a cruz de Jesus é se dar conta do quanto Deus nos amou e quanto Jesus Rei do Universo se fez pobre, humilhou-se a tal ponto por nosso amor e pela nossa salvação. Muitos não têm coragem de olhar para a Cruz, preferem-nas ver bem longe de seus olhos, longe das nossas casas, paredes a ambientes sociais, porque a Cruz de Jesus exige nosso compromisso em uma sociedade mais humana, justa e fraterna. E muitos não aceitam essa Realeza humilde de Jesus exposta no amor extremo e total da Cruz. Uma cruz para um Rei? ... não é possível crer. Quantas cruzes colocamos na vidas das pessoas... Mas principalmente a cruz do egoísmo, nesta Jesus não está. Que Jesus crucificamos hoje com nossa falta de amor, de respeito humano? O Rei Jesus não é aclamado na pessoa do pobre, mas sim, vaiado na cruz do desespero, da solidão e da falta de oportunidade de vida e muitos irmãos são entregues aos algozes do capitalismo.   
    São Paulo chega a dizer em sua carta que: "Poderia um justo morrer por um injusto?" "Por uma pessoa muito boa talvez, mas quem morreria por um injusto?" e Jesus fez isso por amor a nós. E muitas vezes preferimos acreditar e muitas coisas, muitas ideologias e filosofias que nos tiram a graça de aceitar esse Rei Jesus. Ou ainda queremos fazer como aqueles judeus que diante do Cristo no Pretório, diziam: "Não temos ou rei senão a César!", poderíamos dizer: "Não temos outro rei, senão, nossa ganância, nossa moda, nossa sensualidade, nosso dinheiro, nossos ídolos artistas, nossos políticos e nossa incredulidade, nossa auto suficiência em achar que podemos fazer de tudo sem necessitar de Deus ..."  É o que os fariseus pensavam, só porque criam em um Deus lá das alturas. Se esqueceram de perceber a grandeza do amor de Deus que mandou Jesus seu Filho. Estavam mais preocupados com as vestes, com os ritos, com o cumprimento das leis...
    Quanta decepção tiveram com o Rei Jesus que lhes ensinou a olharem os lírios, os pássaros, os campos, se Deus não deixa faltar nada a um simples pardal e veste de linho o lírio, mais bonito e alvo que as vestes de Salomão, o quanto não poderá fazer por nós? Será que não valemos mais para Deus do que eles? Será que Deus nos abandonaria? ... Que lição o Rei Jesus deu aos fariseus e nos dá hoje. 
    Que Barrabás existe em nossa vida que escolhemos no lugar de Jesus... os vícios, a corrupção, a falta de moral, a incredulidade, a falta de caridade, a idolatria, a confiança no poder humano, a prepotência,  a omissão diante da verdade, a falta de solidariedade e de compromisso com os mais necessitados... E quando o Rei vier, como fará?
    Este Rei Jesus poderá dizer: "Vinde a mim!" ou "Afastai de mim, porque não fizeste o que eu vos pedi!" Mt25, 31-46.
                                

    Mas essa passagem da entrada de Jesus em Jerusalém também vem nos por diante de várias perguntas:


    O que esperamos de Jesus?
    Estamos caminhando mais uma vez para celebrar a Páscoa Cristã. Que sentido esta Páscoa tem para mim? 
    Será que eu creio que realmente Jesus é o Messias o salvador do mundo?
    Ou será que estou agindo por impulso como fizeram o povo de Jerusalém quando O condenaram?
             

                                 


    segunda-feira, 21 de março de 2011

    VOCÊ PRECISA SE CONFESSAR - texto tirado do Jornalzinho da Diocese de Oliveira sobre o Sacramento da Confissão

    Porque se confessar?

    Existe uma falsa doutrina que os "crentes" tentam colocar na mente das pessoas, inclusive dos católicos menos esclarecidos que não existe confissão com o sacerdote, que se pode confessar diretamente com Deus. Isso não é verdade, pedir perdão, arrepender-se, deixar de lado os erros e procurar viver uma vida de amizade com Deus exige que possamos buscar isso no dia a dia. Mas o Sacramento da Confissão está em buscar em Cristo, na pessoa do sacerdote, pelo qual ele é o seu legítimo representante, o perdão para os pecados graves que cometemos. 
    Pecado é tudo de errado que cometemos, contra nós mesmos, contra Deus e contra o próximo. Principalmente quando não observamos os Mandamentos de Deus e da Igreja suas orientações e preceitos. O pecado ofende diretamente a Deus e uma vida inteira de pecado, sem o arrependimento, o propósito em buscar viver uma vida reta diante de Deus como consequência tende a nos levar para o inferno. E é isso que Nosso Senhor não quer, que nos percamos, por isso ele nos deu gratuitamente a graça da redenção. Mas implica que reconheçamos que somos pecadores e busquemos viver na Palavra de Deus, no seu cumprimento essa graça. A posse desta graça está em querer viver e seguir a mesma vida de Jesus. Ser coerente e dar testemunho do Evangelho. Mas como Jesus sabia que somos pecadores, limitados em nossas ações, deixou-nos o Sacramento da Confissão, como uma forma de nos reconciliar com Deus e com os irmãos. "A quem perdoardes os pecados serão perdoados e a quem os retiverdes, serão retidos". Disse Jesus. (Jo20, 22-23) - A força do Espírito Santo nos faz perdoar e ser perdoados.  Está aí a instituição do Sacramento da Confissão, um poder especial dado por Jesus aos Apóstolos.           
    Deus nos criou para a paz e o amor que brotam da partilha de vida com Ele,(Col3, 10).Quando fomos batizados, fomos introduzidos em uma vida divina, (Rm6,4) e ganhamos uma roupa branca e digna para a festa de vida, (Gl3, 27). Com o pecado, manchamos esta roupa e não somos dignos do convívio divino. (Rm6, 23). O pecado é tudo aquilo que nos faz mal, prejudica nosso irmão e nos afasta de Deus. Assim, para recuperar a dignidade de filhos(as) de Deus e caminhar de cabeça erguida, precisamos fazer uma boa confissão. E a Igreja pede que façamos esta revisão de vida uma vez por ano por ocasião da celebração da Páscoa de Jesus.

    A confissão é um ato inviolável, entre você, Deus e o sacerdote. Isso quer dizer que tudo que você disser ao padre naquele momento se torna segredo de confissão e não pode ser revelado à ninguém. Salvo em casos muito especiais, quando se trata de uma solicitação judicial, o Bispo pode autorizar o padre a dizer. Mesmo assim é muito difícil de acontecer. 

    O quê?

    Preciso confessar meus pecados. Dizer que quero deixar para trás, o que pesa na minha vida, que precisa ser jogado fora. Limpar a alma e o coração. Mas só tem sentido se eu realmente estiver arrependido e quiser mudar de vida. Vou colocar para fora do meu coração o que não pode mais ficar. As ofensas a Deus e ao próximo, indisposições para rezar, ir à Missa. Brigas, mortes, roubos, mentiras, cobiças, desrespeitos a Deus e à Natureza, ... (Rm13,7). Tudo o que eu lembrar e o que for mais grave contra os Mandamentos da Lei de Deus. Eu devo colocar para fora, e também o que ficar por esquecimento, tudo será perdoado.

    Muita gente tem medo de confessar, achando que Deus o recriminará, não é verdade. Deus está disposto a perdoar até o mais grave dos pecados, desde que você seja sincero e busque o arrependimento. Mude sua vida, faça esse propósito. As orientações do sacerdote, às vezes o puxão de orelha, são coisas que qualquer pai que ama seus filhos diz para o nosso bem. É mais fácil ouvir o padre, mudar de vida, aceitar suas orientações do que talvez, quem sabe, ouvir a sentença do juiz em nosso desfavor. Principalmente do Juiz Eterno que é Jesus. Por isso Jesus nos dá esta oportunidade, para que depois de passarmos desta vida possamos ter em nosso favor o Juiz e Senhor dos vivos e dos mortos. Pense bem... O que mais alegra um sacerdote é dar a absolvição a um pecador arrependido que lhe acorre!    

    Como?
    Jesus escolheu dentre seus discípulos alguns para serem Apóstolos, (Lc6, 13) a estes deu o poder de perdoar os pecados (Jo 20, 23); Os bispos e os padres são continuadores desta obra apostólica. Por isso como pais que ouvem os filhos, mestres que educam no caminho da fé e juízes que levam a sério a falta cometida, os sacerdotes são as pessoas que exercem na Comunidade Cristã o ministério da reconciliação. De coração aberto se aproxime de um sacerdote; faça o sinal da Cruz; diga os seus pecados; acolha o que ele tem a dizer; receba a penitência que quer ser um jeito de desenvolver em oração e boas obras as coisas más  do pecado e, por fim, com o oração do ato de contrição, acolha a absolvição, ou seja, a graça do perdão de Deus e a vida nova.


    Quando?
    O Mandamento da Igreja pede que seja feita uma vez por ano, por ocasião da Celebração da Páscoa. Nas Paróquias de várias Dioceses, também na sua Paróquia durante o ano e durante a quaresma, há dias específicos para o momento da confissão que pode ser individual ou em mutirões. Portanto, escolha um sacerdote e se abra ao amor de Deus. Em Oliveira MG, Dia 5 de abril na Igreja Matriz São Sebastião e nas Capelas São Geraldo e Santa Luzia, das 8:00 as 11:00 e das 14:00 as 18:00, das 19:00 as 21:00hs. 
    Mas se por algum motivo você não puder confessar durante esses dias, pode comungar, (se não tiver pecados muito graves), e depois deve, (por obrigação), no tempo Pascal fazer a confissão. Não deixe para amanhã, pois pode tarde demais!


    Uma boa confissão é importante, por isso é necessário antes de tudo fazer um bom exame de consciência. Isto é, procurar dentro de você em que situações você tem pecado ou se afastado de Deus?
    Para  isto, aqui vou colocar neste final uma reflexão para que você faça seu exame de consciência:


    SOBRE OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS


    1. AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS - Deus realmente ocupa o primeiro lugar em minha vida? Tenho substituído Deus por outras coisas, outros ídolos: o ter, o poder, o dinheiro, pessoas, falsas ilusões deste mundo? Que lugar Deus ocupa em minha vida? Tenho colocado pessoas como ídolos meus no lugar de Deus? Que lugar Deus ocupa em minha família e em meu coração? Tenho buscado Ele constantemente, procurando-O na Oração?   
    2. NÃO TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO - tenho invocado o nome de Deus, seus santos e seus Anjos sem necessidade, fazendo piadas, blasfemando, usando o nome de Deus para ganhar vantagem em alguma situação? Tenho usado o nome de Deus para minha santificação, procurando adorá-lo e prestar-lhe culto devido, ou lembro-me de Deus só para reclamar das situações difíceis da vida?
    3. GUARDAR O DOMINGO E FESTAS DE GUARDA - tenho respeitado o Domingo e as festas de guarda, como dias em que o Senhor Deus escolheu para ser dia de Oração? Tenho ido à Missa, dediquei o domingo para o descanso sagrado? 
    4. HONRAR PAI E MÃE - tenho respeitado meus pais amparado-os na velhice, escutando e praticando seus conselhos? Tenho amado meus pais como se deve? Tenho dado a eles o direito de viver com dignidade, tendo carinho, paciência e amor para com eles? Tenho lhes dado a dignidade mínima para viver? Tenho honrado Deus como meu Pai? tenho respeitado meus familiares?   
    5. NÃO MATAR - tenho matado, ou mesmo tentado matar  alguém? pratiquei homicídio, latrocínio, infanticídio, aborto provocado?; tenho principalmente atentado contra à vida de alguém com minha fofoca, minha indiscrição e intriga e minha inveja? Tenho tido o desejo de suicídio? Tenho matado em mim principalmente o desejo de ser filho de Deus? Tenho encomendado a morte de alguém? Tenho atentado à vida das pessoas com a venda de entorpecentes, álcool e cigarro? Usei da falsidade para testemunhar um crime de morte em favor de um amigo ou por dinheiro? 
    6. NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE - usei meus pensamentos e desejei sexualmente alguém? - Estrupei? Fui pedófilo? Posei nu? agredi meu corpo fazendo tatuagens? Aliciei e desejei relações sexuais com menores? Usei meu corpo e o expus em público a fim de ganhar dinheiro sabendo que sou Templo do Espírito Santo?... Comprei e li revistas e materiais pornográficos? Mantive relações sexuais com prostitutas? Forcei meu (minha) namorado(a) a ter relações sexuais antes do Matrimônio, agredindo a integridade da pessoa? 
    7. NÃO FURTAR (ROUBAR) - dei prejuízo a alguém em meus negócios?, fui desleal no meu emprego? Roubei, assaltei, seqüestrei alguém? Fui desleal, vendi meu voto em troca de favores? Comprei objetos roubados sabendo quem era o dono? Usei da falsidade para testemunhar um crime  de roubo por dinheiro ou a favor de um amigo. Tenho usado do jogo para roubar alguém? Tenho dado calotes, estelionato e  golpes para roubar?
    8. NÃO JURAR FALSO TESTEMUNHO - Tenho jurado falsamente por algo que eu não tenho certeza?  Tenho usado meu testemunho falso para prejudicar um inocente? Tenho levantado calúnias a alguém, falado mal do meu próximo por coisa que ele não fez? Fui desleal, mentiroso na hora de defender a causa de um inocente? Usei de meu estado social para prejudicar pessoas na empresa, em casa, no trabalho e na escola? Fui mentiroso com meus superiores, professores e com a Igreja de Cristo?
    9. NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO - tenho desejado uma mulher casada? Tenho mesmo em pensamentos cometer adultério? Estou em situação de adultério? Tenho aconselhado os outros a cometê-lo? Tenho desejado experiência sexuais com outros parceiros, outros casais. Favoreci, aconselhei a separação entre casais?    
    10. NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS - tenho cobiçado ter aquilo que não é meu? Tenho prejudicado alguém por meus caprichos? Tenho gastado mais do que eu deveria por ganância e inveja? Tenho revoltado contra Deus e a familia porque minhas posses são menores que a do outro? 
    MANDAMENTOS DA IGREJA

    1. Participar da Missa inteira todos os domingos e dias santos de guarda - tenho participado da missa nos domingos e dias santos. Ou troquei o domingo para passear, viajar, trabalhar e não cumpri com o Mandamento da Igreja? Em minha vida tenho tido tempo para escutar a Palavra de Deus e para orar?
    2. Confessar ao menos uma vez por ano pela Páscoa - tenho confessado conforme manda a Santa Igreja de Cristo? Tenho tido preguiça de confessar? 
    3. Comungar pelo menos 1 vez por ano pela Páscoa - Tenho comungado Jesus na Eucaristia? Tenho procurado viver uma vida Eucarística. A quanto tempo não recebo a Eucaristia?
    4. Entregar o dízimo regularmente, com consciência segundo o costume - tenho entregue o meu dízimo regularmente para as obras e o sustento da casa de Deus?
    OS PECADOS CAPITAIS

    1. Soberba
    2. Avareza
    3. Luxúria
    4. Ira (ou ódio)
    5. Gula
    6. Inveja
    7. Preguiça 
          Tenho praticado esses pecados ? Quais? O que eu preciso mudar em minha vida?


    ATO DE CONTRIÇÃO








    Meu Jesus, fostes crucificado por minha culpa. Venho arrependido buscar a graça do teu perdão. Embora saiba que merecia ser castigado neste mundo e no outro. Mas com a vossa misericórdia, tende compaixão de mim Senhor e prometo fazer o esforço para não mais voltar a pecar. Mas porém seu eu fraquejar, dá-me a graça de tua compaixão e me ajude a levantar da  queda de meus pecados. AMÉM!


      

    sexta-feira, 11 de março de 2011

    ORAÇÃO, CARIDADE E PENITÊNCIA - Degraus para santidade

    Já ouvimos muito falar sobre três coisas importantes: Jejum, Oração, Penitência. Essas palavras se entendermos bem o seu significado, são como degraus que nos leva a uma experiência do amor de Deus e nos põe, como degraus diante da "porta da santidade."

    Mas esses três degraus deve ser uma experiência de amor para com Deus e o próximo em nossa vida. E é Jesus que vai mostrar como o cristão deve agir quando quer realmente que os frutos da Oração, da Caridade e da Penitência cresça e possa produzir muitos frutos. Os frutos de santidade que tanto esperamos. Então precisamos entender que estes "degraus" devem ser realmente vividos por nós como uma experiência profunda que transpareça a imagem do amor do Pai que ama igual a todos de maneira desinteressada. 
    Jesus dá continuidade aos seus ensinamentos sobre as bem-aventuranças, (Mateus 5), e ensina como deve ser a Oração e as boas obras do verdadeiro discípulo. 





    É no Evangelho de Mateus, capítulo 6 , que vamos encontrar a maneira fácil de praticar e construir esses três degraus: Mt, 6-1-18. Os passos destes degraus são:









    1. HUMILDADE E DISCRIÇÃO NAS BOAS OBRAS - não devemos agir como os hipócritas que fazem caridade e depois esperam elogios das pessoas. No tempo de Jesus, os fariseus faziam caridade, (no Evangelho simbolizado pela esmola), para serem vistos e elogiados em público. Jesus ensina que: a caridade deve ser feita com humildade e com discrição. Não interessa que os outros saibam que praticamos a caridade, pois somente a Deus ela deve ser apresentada. E Deus está oculto, está vendo. O que é mais importante segundo Jesus não é a recompensa do elogio, mas a recompensa de Deus que é muito maior. Também esta caridade deve ser de desprendimento. Ou seja, o que não serve para nós, também não serve para os outros. Por isso é sempre bom lembramos que diante da pessoa do próximo está Jesus. Mas que a esmola em si, está a atenção com os doentes, os famintos, os flagelados pelas muitas situações da vida. O mundo hoje ensina que para que darmos esmola, mas esmola que Jesus fala é muito mais que o valor moeda mas da solidariedade. O cristão é aquele que estende a mão sempre, mas na esperança não de um agradecimento humano, mas de um agradecimento do Pai. Para Deus não há distinção entre pobres e ricos, raças cor e religião. Por isso a caridade deve ser disponível a todos. Fazer as boas obras em segredo implica observarmos nós mesmos. Qual sentido a caridade tem em minha  vida? E a caridade implica que sejamos mais humanos, mais tolerantes uns com os outros. Implica que sejamos portadores do amor de Deus, que não prejudiquemos a ninguém e sobretudo que valorizamos o sentido da vida em nós e nas pessoas.
    2. SINCERIDADE E DISCRIÇÃO NA ORAÇÃO - somente os hipócritas, isto é, na nossa linguagem vulgar, "os aparecidos", gostam de se mostrar. De fazer com que os outros percebam suas orações. Para Jesus a Oração é algo íntimo, uma conversa que só interessa você e Deus. Diferente do culto comum, a missa e as orações comunitárias, Jesus fala da Oração particular. A ninguém interessa saber o que passa em seus pensamentos senão a Deus. Quando você se expõe, seus íntimos sentimentos e desejos, pode correr o risco de ser elogiado pelos outros como os fariseus. Mas abre as portas da sua fraqueza e expõe suas limitações para os outros. Jesus explica que somente os hipócritas, gostam de ser elogiados pelos outros. Não estão interessados em que Deus pode fazer mas em se mostrar que são mais religiosos do que os outros. E por isso perdem a chance de obter as graças de Deus e preferem serem elogiados, uma mera recompensa terrestre.
    3. DAR ESMOLA SEM ESPERAR RETORNO DE QUEM RECEBEU - já ouvimos muitos conselhos: "ah! eu não dou esmola porque fulano, siclano vai beber ou jogar, não vai comprar nada com a esmola que eu der!" - é verdade! há muita exploração por aí, mas a caridade não pode de forma alguma se limitar a esses detalhes. Quem dar esmola a um pedinte deve estar ciente que cumpriu seu dever. A consciência de quem recebeu é que vai ser julgada por Deus, não cabe a nós julgar ninguém. Além do mais a Caridade podemos fazê-la de várias formas. Quando Jesus fala da esmola, Ele está se referindo à caridade como um todo. Esta caridade é a disponibilidade de sempre servir. Inclusive a tolerância, o respeito dentro de casa, o amor pelo próximo passa pelo crivo da educação entre nós mesmos. Dar esmola é muito fácil. Dar compreensão, amor, ser solidário com os que nos acorrem, o respeito pelos mais velhos, o respeito pelos direitos humanos. Sobretudo com os doentes de nossa família, etc. São misérias que todos nós temos. Jesus pede discrição na caridade, primeiro, porque a caridade está ligada à Oração, ela não precisa ser anunciada, elogiada. Quem faz a caridade não vai esperar nunca a gratidão de que a recebeu, mas deve esperar de Deus. Pois do contrário estará se frustrando ainda mais. Há uma passagem bíblica que diz: "maldito o homem que confia no outro homem!". Os fariseus não se preocupavam em esperar a recompensa de Deus, e sim, eram prepotentes, gostavam de serem vistos fazendo boas obras para serem elogiados. Será que isso não acontece com a gente? ...
    4. A ORAÇÃO DEVE SER ALGO QUE BROTA DO CORAÇÃO - tem gente que acha que para conversar com Deus é preciso decorar um longo discurso. Quanto que Deus, precisa ouvir o que você precisa. O que sai do coração. Ele quer ouvir da sua boca, embora já saiba o que passa no seu pensamento. Suas necessidades, seus problemas e dificuldades. É por isso que a oração não é um jogar de muitas palavras, mas é uma conversa pouca, sincera. Port isso Jesus diz que devemos entrar em nosso quarto, fechar a porta e falar com Deus. Que ouve e está à nossa disposição. Fechar a porta do quarto para abrir a porta do coração para Deus. Jesus sempre se retirava para um local a sós, quando precisava conversar com Deus, seu Pai. E é Jesus que vai dizer: "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração!" - A Oração é uma conversa de filho e pai, assim, não precisamos que os outros saibamo que queremos de Deus. Se realmente estivermos dispostos a abrirmos o nosso coração, sinceros, confiantes na misericórdia de Deus, somente Ele deve saber e nos dar (recompensar), nas graças que precisamos. Os fariseus gostavam de orar em de pé nas sinagogas para que os outros dissessem: "olha lá fulano, veja como ele é religioso!" - queriam ser elogiados mas nunca estavam dispostos a praticar a caridade.São Paulo vai nos dizer que: "a fé sem obras é morta!" - Se não praticarmos a caridade e não tivermos o coração sensível e disponível para Deus. De nada adianta. Deus não está interessado nos elogios em quanto você é religioso, observante cumpridor da Lei, "se" você não pratica o amor e a misericórdia. Por outro lado, não devemos forçar à vontade de Deus, com nossas muitas palavras, Deus quer apenas que você seja sincera e peça o que necessitar. Jesus vai continuar, (v.9-15), e e ensinar na Oração do Pai-Nosso,  que é preciso: 1) Chamar a Deus de Pai é reconhecer que todos somos irmãos, portanto todos somos responsáveis pela caridade fraterna. 2) devemos reconhecer a Santidade de Deus, santidade essa que é refletida no próximo. 3) Só podemos crer e aceitar o reino de Deus, se, este reino for uma realidade. O reino de Deus deve ser construído com amor, justiça e paz. 4) Desejar que o reino de Deus aconteça no nosso meio é ser comprometido com ele, fazer com que a Palavra de Deus chegue a todos. 5) Buscando o pão nosso de cada dia, isto é a força da palavra de Deus, alimento e sustento da alma, Deus dará o alimento necessário do corpo com o suor de nosso trabalho. Deus não quer que seus filhos sejam vagabundos. 6) Mais uma vez a caridade do perdão, se chamarmos a Deus de Pai, devemos ter todos como irmãos e a maior caridade é o perdão. um perdão desinteressado. 7) E por fim "livrar do mal" significa que não sejamos maus com nossos irmãos, mas sejamos portadores do amor do Pai. E a maior caridade é a disponibilidade em servir com amor. O respeito pela vida e pelo ser humano. Sabendo que "todos" somos imagem e semelhança de Deus.
    5. DISCRIÇÃO NO JEJUM - para que serve o Jejum? ele serve para que possamos nos educar espiritualmente, para nos por diante de nossas fraquezas. O Jejum não é uma imposição, mas é uma maneira de mortificar em nós os maus desejos. Nos educar espiritualmente sobretudo, quando temos tudo e muitos não tem nada, inclusive o que comer. Por isso Jesus vai dizer que o Jejum deve ser acolhido com alegria. Devemos fazer do jejum uma oração e não um sacrifício sem noção só para cumprir a lei. É o que os fariseus faziam. Ficavam tristes, verdadeiros artistas só para mostrar que eram religiosos, bons cumpridores da lei, mas a humildade passavam-lhes longe. Só faziam isto para serem reconhecidos como bons. Mas Jesus vai dizer, se o jejum não servir para Deus agir em você, se não te educar espiritualmente, pra que jejuar? até os pagãos faziam isto... O jejum só interessa para Deus, não para os homens. Ele é um exercício que devemos praticar não para Deus, mas para nós mesmos. Esta é a forma certa de praticar a Caridade, a Penitência representada pelo Jejum e a Oração. Aquele que espera de fora sua recompensa neste mundo está perdendo a chance de receber a recompensa  sublime de Deus que é o céu. Pense nisto e viva de modo intenso sua quaresma, não deixe para depois. Comece a rever  como anda seu relacionamento com Deus, com a família e com os irmãos.   Jejum aqui não é só deixar de comer algo, mas principalmente, o jejum da língua, nossa língua afiada produz muitas desgraças para os outros, esse jejum deve ser feito todos os dias. Ter o cuidado para não agredirmos as pessoas no que elas mais precisam, a dignidade. Também é caridade. Se nossa língua não servir para proclamar a santidade de Deus e dizer coisas boas, palavras de conforto, insentivo e glorificar o nome do Senhor. Não deverá servir para fazer discórdias pela fofoca, pela provocação, pelo puxasaquismo e provocar a desunião. Pense nisto!                                                               
    Quem procura orar, fazer boas obras para buscar elogios e recompensas externas está perdendo duas chances: A primeira é poder experimentar a grandeza de estar bem perto do coração do Pai, de ter a experiência de ser amado por Ele, algo que só a verdadeira Oração nos dá. Estar "a sós" com o Pai significa poder estar bem pertinho dele e falar-lhe ao ouvido, como uma criança que pede ao Pai um presente. A segunda é a chance de poder exercitar a sua fé, lançar-se na misericórdia e nos braços da Providência Divina, sabendo que nada somos sem Deus.
    Jesus vai dizer que fazer as coisas por fazer, só para alcançar elogios das pessoas, o cristão age como o homem tolo, imprudente, que construiu sua casa sobre a areia. Veio o vento, as tempestades e a casa caiu.
    De que casa Jesus está falando? do nosso coração. Daí porque tantas tempestades da vida consomem e tiram a fé de muitas pessoas. Porque suas boas obras, suas orações não servem pra mais nada a não ser a busca de um orgulho e uma recompensa ou satisfação externa. Importa para eles o que os outros pensam, a formação de opinião e não o que Deus pensa de deles. Jesus vai chamar estas pessoas de "insensatos", ou seja, aquele que não usa a sensibilidade, não tem amor, se enche de um orgulho besta. Está longe de Deus.

    Mas aquele que age segundo a vontade de Deus, que observa as palavras de Jesus, é como o homem, sensato, inteligente que construiu  sua casa sobre a rocha. Veio a tempestade, a chuva, a enchente, mas ela não caiu.  
    Esta casa é o nosso coração, o alicerce que sustenta essa casa é a fé, os tijolos desta casa são as nossas boas obras, o reboco a nossa Oração, o morador principal é o Espírito Santo. Por isso Jesus nos chama a atenção, não sejamos hipócritas, falsos em nossa fé diante de Deus. Mas deixemos agir com nosso coração no coração de Deus.
           




               

    segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

    O QUE É QUARESMA E O QUE É PÁSCOA? Qual seus significados dentro do Ano Litúrgico da Igreja?

    Durante o Ano Litúrgico, existem tempos específicos que a Igreja seleciona para vivenciarmos o  culto sagrado e o Evangelho de Nosso Senhor. São eles: Advento, (preparação para celebração do Natal), Tempo do Natal, (nascimento de Jesus), Tempo Comum (vida pública  de Jesus), Tempo Quaresmal, (preparação para a Páscoa Cristã), Tempo Pascal, (celebração da Páscoa). Cada tempo litúrgico corresponde a uma situação do Evangelho aliada a nossa realidade vivenciado e celebrado dentro do Culto Sagrado, isto dentro da celebração da Missa. E depois em nosso dia a dia.

    Estamos por ora no Tempo Comum, mas o tempo mais importante para a Igreja é o tempo Pascal, isto é que corresponde à paixão, morte e ressurreição de Cristo. Pois toda a vida de Jesus foi preparada para a Páscoa, isto é o dia que ele se entregou na cruz por nós, depois ressuscitou e com isso conquistou para nós a salvação. Dentro do Tríduo Pascal, está o momento mais importante, o dia em que Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio, a quinta-feira Santa, o Sábado Santo, dia que a Igreja se recolhe a começar da sexta-feira Santa até a Domingo Santo, dia da celebração mais sublime, a ressurreição de Jesus. A Páscoa de Jesus inclui também a nossa "Páscoa", isto é o dia que que como Ele todos nós ressuscitaremos. Jesus Cristo veio nos garantir esta realidade. São Paulo já dizia: "Se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé". Por isso a Quaresma é um tempo especial de graça em que se propõe de forma mais intensa, não celebrar um Jesus Cristo morto apenas, mas, sobretudo celebrar a alegria da Páscoa  e dentro desta alegria meditar o Mistério sublime da Redenção, a cruz de Nosso Senhor só tem sentido se existir não à dor do sofrimento, mas, a alegria do Triunfo sublime sobre a morte, Jesus Cristo venceu.

    E para celebrarmos bem este momento importante, é que existe a Quaresma, ou Tempo Quaresmal. A Igreja nos propõe este tempo para que possamos rever a nossa situação de pecadores. Como toda preparação, exige de nós que possamos reconciliar com Deus através de nossa mudança de vida. Primeiramente reconhecendo que somos pecadores, limitados e nada podemos sem Deus. Depois mortificando nossas atitudes de pecado, buscando o perdão, vivendo mais intensamente os valores do Evangelho e buscando a reconciliação com os nossos irmãos.
    A quaresma parte do princípio, quando, no Antigo Testamento, buscamos referências dos sacrifícios em expiação dos pecados. Em determinadas situações o povo cobria a cabeça  com cinzas em sinal de arrependimento.


    A Quaresma, ou Tempo Quaresmal, começa com a quarta-feira de cinzas. A cinza é ainda usada na Igreja, como um sacramental, isto é um símbolo para mostrar que somos pecadores e todos nós somos criaturas, que necessitamos de arrependimento. A cinza não tem poder de apagar pecados. Somente o Sacramento da Confissão.


    No Antigo Testamento, encontramos em determinadas situações que ocorriam entre o povo de Deus, estes cobriam suas cabeças com cinzas demonstrando tristeza e arrependimento. Lembrando que nada eram senão pobres pecadores e como tal criaturas de Deus foram tiradas do pó.   
    A Igreja nos lembra esta mesma situação. A situação de que fomos tirados do pó. E como pó, vamos voltar a ser, somente Deus é o Senhor. É por isso que precisamos do seu perdão. Nenhuma pessoa em sã consciência pode achar que não tem pecado. Mas as cinzas não apagam pecados de ninguém. Engana-se quem aprontou aberrações no carnaval, ou em tantas situações por aí,  e acha que cinza pode apagar os pecados. Ela não é sacramento, é um simples símbolo, ou como chamamos os sinais sagrados de "sacramental".

    O nome Quaresma, significa 40 dias. Um número simbólico da Bíblia. Quarenta dias em que Noé ficou na arca esperando o cessar do dilúvio. Lembra os 40 anos que o povo hebreu passou pelo deserto em busca da "terra prometida" por Deus. Esta "terra prometida" que era Canaã e que precisou ser conquistada pelos hebreus. Também mostra o Novo Testamento os quarenta dias em que Jesus, antes de iniciar sua missão, esteve no deserto, e, lá foi tentado pelo diabo, venceu as tentações e voltou para cumprir seu papel de salvador da humanidade. Aqui o princípio da quaresma se divide em três etapas semelhantes. A Primeira: o povo de Deus se preparando para entrar na "terra prometida", para viverem livres, onde haveria leite e mel. Na Segunda: Jesus se prepara, 40 dias fica no deserto em oração e reflexão diante do Pai e sai dali para enfrentar a missão da qual ele foi constituído, nos salvar e nos dar a nova "terra prometida", o Céu. Na Terceira: a quaresma, ou, os quarenta dias em que nos preparamos para celebrar a Páscoa de Jesus, a maior festa da Igreja.


    Por isso que, a Quaresma começa com a passagem do Evangelho que narra esta ida de Jesus ao deserto, onde segundo consta, ele foi tentado pelo diabo, venceu e voltou à missão. E termina com a passagem do Evangelho onde Jesus começa a sofrer a Paixão, iniciada no Domingo de Ramos. Jesus que entra em Jerusalém, vindo de Betânia, pela última vez e lá morre pela salvação do mundo e também ressuscita vencendo o pecado e a morte, pois Ele é o Senhor dos vivos e dos mortos. (Apoc1, 17-18)
    A palavra primordial de Jesus para vencer as tentações, destaca-se: "O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus!". Todo homem antes de se alimentar do pão material para o físico, deve procurar antes o pão espiritual, o próprio Jesus. Nesse sentido esses quarenta dias servem para que de maneira especial possamos, como Jesus fez, estar ligados de modo especial ao Pai, buscando uma vida de oração mais profunda, buscando a reconciliação com nossos irmãos, fazendo os exercícios de piedade cristã como a Via Crucis, o Jejum, a meditação das dores de Maria. Meditando mais sobretudo, quanto ao nosso papel de cristãos aqui neste mundo. Por isso é importante a penitência e a oração em nossa vida. E a quaresma vem nos educar para isso ao longo do ano.


    Com essas palavras a Igreja também nos propõe esse período de "deserto", isto é, momento de ficarmos à sós com nós mesmos, e repensarmos como está nossa situação de vida. Nossas limitações devem ser expostas, para que possamos buscar melhor viver o amor de Deus, buscarmos o seu perdão, reconhecer que somos pecadores e também dar o perdão.
    A quaresma é um tempo propício que Deus nos dá para que podemos buscar a salvação de perto, aprender a seguir os passos de Jesus. Por isso, meditando o sofrimento de Jesus, suas dores, sua entrega por nós é importante. Pois devemos ser agradecidos a Jesus por ter se entregado e sofrido toda humilhação por nossa causa. Deus nos deu por Jesus a salvação quando que não merecíamos. Jesus que tantas vezes mostrou essa MISERICÓRDIA, perdoando e ensinando-nos a perdoar. Também ensinou-nos a chamar Deus de NOSSO PAI. E nosoutros de IRMÃOS.       


    Dentro do Tempo Quaresmal a Igreja propõe:



    1. Buscar a conversão, que deve ser a mudança de vida. Deixar o pecado, buscar o perdão de Deus. Viver uma vida nova, buscando os frutos do arrependimento, através do Sacramento da Confissão e da Comunhão Eucarística. A conversão não é só para o tempo da quaresma mas para toda vida. E esses frutos de arrependimento deve partir da nossa reconciliação com Deus e com os irmãos. 
    2. Buscar de forma mais intensa a Oração meditativa e contemplativa, através dos exercícios de piedade, o Jejum, a caridade fraterna. Meditação sobre o Mistério da Redenção, através da oração do Santo Rosário e do exercício da Via Crucis.
    3. Buscar a presença de Deus na pessoa do irmão, principalmente a visita aos doentes, drogados, encarcerados, os idosos, etc. Entendendo a necessidade de que eles precisam de nós para resgatar a dignidade que perderam, e nós podemos dar através do carinho e atenção. 
    4. Procurando viver uma vida santa, diante de Deus, vale não só na quaresma mais em todo tempo de nossa vida. A quaresma deve servir para nos por novamente no caminho certo. Mas essa vivência de vida cristã deve ser pro resto da vida.
    5. Buscar a essência da quaresma, que é fazer acontecer em mim a graça da redenção dada por Jesus. A experiência do amor de Deus Filho por nós, cujo, entregou sua vida por nós, por nosso amor, para nossa salvação. Aceitar essa salvação e ser fiel e ela. Por isso, é muito importante o Sacramento da Confissão e uma boa preparação. Pois não estamos celebrando só a vitória de Jesus Cristo sobre a morte e o pecado, mas a nossa própria vitória, porque, como nos diz São Paulo: "Todos pecaram e estávamos privados da Glória de Deus." Até o dia em que Jesus o Filho de Deus veio e nos resgatou com a sua morte e ressurreição.                     


    Tudo isso o tempo quaresmal nos propõe. Não é um tempo de festas exteriores, mas é um momento em que cada cristão tem de parar e pensar: "como anda minha situação para com Deus?" Como estou cumprindo seus Mandamentos? Como está minha situação com Jesus e sua Igreja? 
    Para celebrar a Páscoa isto é a Ressurreição de Jesus Cristo, é necessário esvaziar o nosso coração de todo pecado, que nos impede de merecer a salvação. A Páscoa é a vitória de Cristo sobre a morte e o pecado. Por isso essa "páscoa" deve estender a nós, para que nos libertando do pecado busquemos viver essa "nova vida" dada e conquistada por Jesus para nós.


    O Tempo Quaresmal termina no primeiro domingo que antecipa a Celebração da Páscoa, ou Domingo de Ramos. A partir daí temos uma semana toda voltada em especial para meditar e rezar sobre a paixão de Jesus.
    Na última semana da quaresma, a Igreja propõe a celebração do setenário das dores de Maria. Convidando-nos para refletir as sete principais dores que Maria Santíssima sofreu em virtude de ser a co-rededentora da humanidade. Isto é, ela também exerceu um papel importante na obra da redenção de Cristo como mãe e mestra. Também sofreu no coração, ou na alma as dores que seu Filho sofreu. Por isso que a quaresma tem esse sentido especial, nos chamar atenção para conhecer de perto e experimentar a graça da salvação que jorra da Cruz do Senhor, para participar da alegria maior de toda comunidade cristã, a Ressurreição de Jesus ou a Páscoa. 
            
    PÁSCOA


    Páscoa significa PASSAGEM OU MUDANÇA
    Para entender melhor esse significado, temos que remeter ao Antigo Testamento, pois, é lá que está a primeira referência desta palavra.
    A Escritura Sagrada é a própria história da salvação, que engloba o Antigo e o Novo Testamento até a ressurreição de Jesus. 


    Pois bem, a primeira Páscoa ou passagem aconteceu entre o povo de Deus, ou os judeus, no tempo em que Moisés com a força do Senhor Javé os libertou da escravidão do Egito. Para entender mais temos que ler no livro do Êxodo ou Saída, no que se refere à missão de Moisés e depois o porque da Páscoa.
    Quando o povo de Deus saiu da terra do Egito, Moisés com a ajuda de seu irmão Aarão estabeleceu as leis religiosas específicas para o culto ao Senhor. E a celebração da Páscoa é uma dessas festas. 
    Antes de deixarem o Egito, segundo narra o Livro do Êxodo, Deus havia determinado que fosse celebrada naquela noite a ceia da páscoa, e como memorial daquele dia, ela fosse sempre celebrada nas futuras gerações. Mas o que era a páscoa judaica? // era uma ceia onde deveria se comer pães ázimos com ervas amargas, isto é, sem fermentação e carne  assada de cordeiros. // O sentido do memorial desta ceia é fazer o povo recordar que era escravo no egito, os alimentos saborosos com as ervas amargas deveria lembrar os anos de labuta e sofrimento que o povo passou no Egito. O pão ázimo representa o Javé, sempre misericordioso e cujo, libertou seu povo e mostrou seu poder, sendo Ele o único Deus verdadeiro cumpridor de todas as promessas.  
    Vamos pesquisar na Bíblia.
    Êx3, 16 - Moisés recebe de Javé a missão de libertar o povo.
    Êx4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 - Moisés começa as etapas dada por Javé para libertar o povo.
    Êx11, 1-36 - Instuição da Páscoa ou Rito da Passagem, o povo Israelita ou judeu partia para o deserto em busca da Terra Prometida. Começa uma nova etapa na vida daquele povo que não era mais escravo do Faraó. 
    Essas leituras aparecem na celebração da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, dentro do Tríduo Pascal, e na celebração da Vigília Pascal do Sábado Santo, véspera do Domingo de Páscoa. 
    Esta libertação do povo de Israel, é uma prefigura da Páscoa Cristã. Lemos nesses capítulos do livro do Êxodo que o Senhor Javé, pediu que imolassem um Cordeiro, cujo seu sangue seria sinal de defesa, quando o anjo exterminador tocasse o Egito.

    No Novo Testamento essa libertação da escravidão vai  acontecer, mas não a escravidão física, mas sim a escravidão do pecado. Agora não seria mais necessários sacrifícios de animais, pois Jesus se sacrificaria por nós, aniquilando de uma vez por todas o pecado, que nos torna escravos. Não há e nunca existiu um homem que conseguiu pagar por nossos pecados, pois todos somos pecadores. Foi preciso que Jesus viesse e se imolasse por nós na cruz para nos resgatar. Então a Páscoa dos Cristãos tem muito a ver com a Páscoa antiga, mas tem um significado muito maior. Pois no lugar dos cordeiros e dos bodes imolados encontramos o Cordeiro santo, Jesus Cristo que se sacrificou por nós. 
    Jesus veio para nos salvar. Ele era judeu, e como judeu usou dos rituais da Páscoa Antiga para instituir a Nova Páscoa, isto é, estabeleceu por meio de seu sacrifício, único, verdadeiro e eficaz uma Nova Aliança, a nossa salvação comprada pelo seu sangue. E estabelece um novo sacrifício que antes era cruento, no sacrifício incruento da Eucaristia. Jesus muda a Páscoa Antiga, e estabelece em seu Corpo e Sangue o memorial de sua paixão e sua presença sacramental neste mundo até sua segunda vinda. 


    Era dever sagrado de todo judeu celebrar a páscoa. Jesus sendo Filho de Deus, mas por descendência de Maria e José era judeu e várias vezes celebrou com sua família esta páscoa, cumprindo a lei dos profetas. Jesus para cumprir as profecias a seu respeito, e, fazendo parte da história humana ia ao Templo para ensinar, pagava os dízimos... // Mas foi em uma destas muitas celebrações da páscoa dos judeus que Jesus vai instituir o memorial da "NOVA PÁSCOA". Como ele mesmo disse: "desejei muito comer esta páscoa convosco..." (Jo22,15). Então, Jesus reúne os doze Apóstolos e sobe à Jerusalém para celebrar com eles a páscoa. Mas nesta páscoa Jesus a transforma em sua Páscoa e acrescenta duas novas instituições perpétuas para a sua Igreja, a primeira delas, a Eucaristia. Isto é o pão ázimo e o vinho seria agora seu Corpo e Sangue. Como Jesus mesmo outrora já havia predito: "Eu sou o pão da vida, quem come minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim eu eu nele!" // Jesus também como Filho de Deus instituiu  a Páscoa cristã como memorial perpétuo. E agora Ele mesmo se dá em alimento por nós, aquele pão ázimo e aquele vinho consagrados,pela ação do Espírito Santo, através do sacerdote é o próprio Jesus. // "Todas as vezes que fizerdes isto fazei em memória de mim"... eis a instituição perpétua da NOVA ALIANÇA. São Paulo em 1Cor11, 23-27, nos diz claramente sobre a celebração da Ceia do Senhor: "O que recebi do Senhor vos transmiti..."  Esta Ceia é a celebração da Paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ou seja, a Páscoa. Quando celebramos a cada Missa a Eucaristia estamos revivendo tudo isto, perpetuamente até que Jesus volte.
    Se outrora era oferecido sacrifícios de cordeiros em expiação dos pecados, mas não resolvia, pois somente um justo e santo poderia nos dar a salvação, Jesus Cristo se fez vítima Pascal, o cordeiro santo, único, por nós. E pelo seu sangue fomos comprados, salvos de nossos pecados. Como o próprio João Batista já havia profetizado: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!"  Jo1, 29.   
    A segunda o sacerdócio ministerial formado em cima do mandamento do amor e do serviço uns pelos outros.      


    Na nova Páscoa, ou passagem, o inimigo maior do homem, a morte eterna foi derrotada, pois Jesus venceu a morte. Essa passagem da norte para a vida, também é nossa porque não morreremos eternamente, Jesus é o senhor da vida. E por isso a Páscoa de Jesus é a nossa também, pois todos ressuscitaremos no último dia com Ele.




    RESUMINDO: JESUS CELEBROU A PÁSCOA ANTIGA E INSTITUIU UMA NOVA PÁSCOA PELA SUA MORTE E RESSURREIÇÃO E COM SEUS APÓSTOLOS, UM NOVO SACERDÓCIO MINISTERIAL    
         
       

    Antes de se entregar por nós, Jesus desejava estabelecer uma NOVA ALIANÇA, desejou intensamente celebrar a Páscoa  com os seus antes de estabelecer uma NOVA PÁSCOA conosco. 
    Assim sendo Jesus foi à Jerusalém, sendo a ultima vez que ceava a Páscoa com seus discípulos, ordenou que tudo fosse feito segundo o costume da Lei de Moisés. E dentro da Ceia, Jesus inaugura a sua própria entrega.
    Primeiro institui no pão e no vinho a Eucaristia como sacramento pepétuo e memorial da sua paixão, morte e ressurreição. Está inaugurada a Nova Páscoa com uma nova Lei, a Lei do amor. Jesus se entrega na Cruz por amor. Cumprindo tudo o que estava na lei dos profetas. Depois o Senhor, se fez servo de todos. Nesta Ceia Pascal fez questão de dizer que ele não os chamava de servos mas de seus amigos. Que ia, mas não ficariam sós. Que ia nos preparar um lugar, pois na casa do seu Pai tem muitas moradas. Com isso Jesus se entrega no pão repartido que já não é mais pão e sim seu Corpo vivo e dá-nos no cálice de vinho que não é mais o vinho e sim, seu sangue para nosso alimento e salvação. ESTE É O SIGNIFICADO DA PÁSCOA CRISTÃ, A PÁSCOA DE JESUS.        



    VATICANO APROVA RITO PAGÃO MAIA PARA IGREJA DO MÉXICO - Incensárias mulheres e liderança leiga em partes da missa

    A Diocese de San Cristóbal - uma das mais antigas do país - liderou os pedidos ao Vaticano para reconhecer oficialmente a liturgia nas língu...