quarta-feira, 16 de julho de 2014

A TRAGÉDIA DAS ALMAS RETARDATÁRIAS OU ALMAS TÍBIAS - Segundo Pe. Paulo Ricardo

De Pe. Paulo Ricardo.

Há uma doença mortífera ameaçando a Igreja, sem que ninguém se dê conta: são as almas retardatárias. Vários autores espirituais apontam este fenômeno como causa da grande decadência de seminários, congregações religiosas, paróquias e movimentos eclesiais. Em que consiste este câncer que vai, silenciosa e sorrateiramente, tirando a vida da Igreja?

A maior parte dos cristãos experimentou uma “primeira conversão”: antes, vivia uma vida mundana, entregue ao egoísmo; encontrando-se com Cristo, no entanto, rompeu com o pecado como projeto de vida. O problema é que, por falta de formação espiritual, uma multidão parou nesse estágio. Ao invés de crescer na caridade, acomodou-se, tornando-se uma espécie de “anão espiritual”. O padre Reginald Garrigou-Lagrange, no livro “As Três Idades da Vida Interior”, escreve que:

    “Certas almas, como consequência de sua negligência ou preguiça espiritual, nunca saem da idade dos principiantes para continuar na dos proficientes; elas são almas retardatárias, algo parecido com esses meninos, mais ou menos anormais, que não atravessam com sucesso a crise da adolescência e que, ainda não sejam crianças, não chegam nunca ao completo desenvolvimento da idade adulta. Da mesma maneira, essas almas retardatárias ficam sem poder ser catalogadas nem entre os principiantes nem entre os adiantados. E são, por desgraça, muito numerosas.” [1]

Na mesma obra, o pe. Garrigou-Lagrange cita o trecho de um livro do padre jesuíta Lallemant, no qual ele explica que “uma Ordem religiosa vai até a decadência quando o número de tíbios começa a ser tão grande como o de fervorosos” [2]. A tibieza é uma mornidão na qual a pessoa, apesar de ter rompido com os pecados graves, passa a viver a vida tão somente para si, fazendo das “coisas de Deus” desculpas para empreender coisas para si. O pe. Lagrange compara um sacerdote que assim se comporta a “uma espécie de funcionário de Deus” [3]: a religião torna-se mais um “negócio” que uma ocasião genuína para a conversão e para o crescimento interior.

Quais são as características da alma tíbia?

Primeiro, ela começa com a negligência nas pequenas coisas. Deus chama a pessoa a amá-Lo mais, mas ela cede à preguiça e se torna indiferente à Sua voz. – Mas, preocupar-se até com essas coisas não é “moralismo”? – Não. Combater os pecados veniais e os próprios defeitos não é uma questão de “moralismo”, mas de amor: não se para de ofender a quem se ama por cálculos frios e matemáticos, mas pura e simplesmente porque se ama.

Segundo, a pessoa passa a fugir dos sacrifícios. Com uma visão do “justo”, a pessoa oferece a Deus o seu “mínimo”, a sua obrigação. Ignora – ou finge ignorar – que, deste modo, sem generosidade, não haverá para ela nenhum crescimento espiritual.

Terceiro: não podendo pecar mortalmente, a pessoa se entrega a “pequenos pecados”, a murmurações e zombarias. Santo Tomás de Aquino, ao falar sobre o pecado da zombaria e do escárnio, cita o salmista: “Qui habitat in cælis irridebit eos – O que habita nos céus rirá deles” [4]. Quem faz gozações com os outros será, ele mesmo, objeto de piada.

A triste consequência da pessoa que está neste estado é que, cedendo pouco a pouco aos pecados veniais, ela se vê atada de tal modo a ponto de tornar-se prisioneira de seus pecados. Com razão diz São Bernardo – citado por Garrigou-Lagrange [5] – que “é mais fácil ver um grande número de pessoas do mundo renunciar ao vício e abraçar a virtude do que um só religioso passar da vida tíbia à vida fervorosa”.

O que está por trás da alma retardatária? “[Está] que em tudo, e a propósito de tudo, se busca a si mesmo, ao invés de buscar a Deus” [6], conclui o pe. Lagrange.

Como remédio para este lamentável estado, é preciso amar mais e esquecer-se de si mesmo. Urge que vivamos para Cristo, que tudo deu e tudo entregou por amor a nós. Como não amarmos de volta um amor tão grande?

CONCLUSÃO 

De. Elmando Toledo

Para Pe. Paulo Ricardo, as “almas retardatárias” ou “almas tíbias” são aquelas que se esqueceram da sua conversão e voltaram às práticas mundanas.
O pecado embora faça parte da natureza humana não deve sobressair as coisas espirituais. Deus nos criou para que possamos servi-lo não em pecado, mas, em santidade.  
Jesus em seu evangelho deixa claro que ou renunciamos a nós mesmos e o seguimos ou então ficamos presos às falsas ilusões. A ganância, o pecado, a soberba, o ter, o prazer deste mundo e o orgulho poderão nos afastar de Deus e como consequência nos levará para o inferno.
Por que Pe. Ricardo chama de “almas retardatárias”? Porque o nosso corpo é formado por matéria, espírito e alma. A alma é a essência do corpo e é imortal enquanto viver para Deus. A alma se torna retardatária porque volta às suas origens e deixa a conversão de lado, trocando as coisas de Deus pelas coisas deste mundo e assim deixa de viver para Deus. Quais as consequências disto? As consequências são graves é a morte eterna.
Satanás é astuto a ponto de nos oferecer um manjar neste mundo em pratos de ouro e cálices de prata com diamantes, ou seja, ele nos aponta diversos caminhos. Um deles é nos oferecer uma fé ou uma religião de facilidades onde o menos preciso seja o compromisso com as nossas cruzes. Uma religião de milagres, de jeitinhos, de busca de prosperidade e riquezas. Assim, ficamos extasiados com esse Jesus que ele nos aponta, um Jesus de facilidades, mas, que nunca sofreu, nem morreu e ressuscitou.
Enquanto que para nós crentes conhecedores da palavra sabemos que a única coisa que nos faz verdadeiros filhos de Deus e discípulos de Jesus é a abnegação das coisas deste mundo. Não existem os famosos jeitinhos, que a teologia dos evangélicos e do jeito como colocam. Jesus é claro e radical.
Quanto às riquezas Jesus disse: (Cf. Mt6, 24) “Não podeis servir a dois Senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou amará um e odiará o outro”. “ Portanto, não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
Quanto a ser verdadeiros discípulos Jesus disse: (Cf. Mc8, 34-36) “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo  tome sua cruz e me siga!” – “Pois o que quiser salvar sua vida, perde-la à. Mas o que perder sua vida por amor a mim e ao evangelho vai salvá-la”. “Pois de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua vida?”
Uma vez batizados, inseridos na única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo, nosso compromisso é viver segundo Jesus Cristo e sua Igreja. Somos a Igreja viva, o Corpo Místico de Cristo e como tal, nosso compromisso deve ser buscar sempre viver as coisas do alto. Mortificando-nos neste mundo, para buscar viver a verdadeira vida de filhos de Deus.
Hoje o que se vê são pessoas que não aceitam viver segundo o Evangelho nem aceita a doutrina da Igreja porque ela nunca vai se aliar as leis deste mundo. A Palavra de Jesus é imutável e não existe outra maneira de se chegar ao Céu senão passar pelo crivo da renúncia e da abnegação deste mundo.
Satanás entende as Escrituras, está muito 

mais atento do que certos “católicos” e “evangélicos” por aí que vivem com a Palavra em baixo do braço ou aberta nas estantes de suas casas se empoeirando. Satanás deseja oferecer as coisas fáceis deste mundo e agora de uma forma mais convincente ele está usando pessoas para anunciar um Jesus de facilidades. Um Jesus que nunca passou pela Cruz, um Jesus que faz você ficar rico, é a chamada “determinação” eu determino que Jesus me cure, me faça prosperar, me dê uma vida boa, me faça milagres etc. Tudo isso causa uma empolgação nas pessoas. Quem não quer ser rico? Ter sucesso ou o carro que gostaria? Então satanás usa os falsos “pastores” para dizer que basta determinar que Jesus faça aquilo que eu desejar. Na verdade conseguem até. Mas será que é Jesus quem dá? Então Jesus está mentindo no seu Evangelho em Mt 6, 24? - quando se refere às riquezas. Jesus mentiu quando disse quais as condições para segui-lo, escrito em Mt 8, 34? Não isso não é possível, pois Ele mesmo disse "todas as

E as pessoas abandonam a verdadeira Igreja, deixa de praticar a fé, e passa a buscar as facilidades que os falsos pastores oferecem em nome de Jesus, mas, na verdade é em nome de satanás.(Mt7, 15 - Mt 24, 23-24 - Mc 13, 22-23 - Lc 4, 4)
"Todo aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras, é semelhante a um homem que edificou sua casa sobre a rocha...Veio a tempestade e elas não puderam destruí-la. Mas quele que não ouve minhas palavras e não as observa é semelhante ao home que fez sua casa sobre a areia... veio a tempestade de grande foi a sua ruína". (Lc6, 47-49)   
Aí o sacrifício da Cruz de Jesus a sua salvação, a sua palavra e a sua doutrina jogamos tudo pelo ralo porque agora a moda agora é um Jesus que aceita nossas ordens. Jesus não é aquele que nos ensinou que acima de tudo está a vontade do Pai ao qual Ele mesmo se sujeitou. Jesus agora é um Jesus que obedece à nossa vontade. Então esse reino do Céu existe? Negamos até a Oração do Pai Nosso onde Jesus nos ensina a respeitar a vontade de Deus.
Essas são as Almas Retardatárias. São aquelas que um dia se converteram, mas, agora voltaram senão às práticas do paganismo, buscando seitas gnósticas, esoterismos, bruxarias, feitiçarias, horóscopos... Buscam um Deus de facilidades sujeito a nossa manipulação que faça tudo que a gente quer. E quando se da conta negam a própria existência de Deus, fazendo com que  estas almas reneguem a santidade e se tornem ateus convictos. Aí satanás alcança sua vitória, porque o seu único objetivo é enganar a alma, roubar sua essência e conduzi-la á perdição eterna.
Jesus deixa claro que aquele que aceita o Evangelho, aceita seguí-lo mas depois se arrepende não é digno do reino dos Céu. (Lc9, 62). 
Buscai primeiro o reino de Deus e sua Justiça. E tudo mais lhe será dado de acréscimo. (Lc12, 31)
É um assunto muito sério pra se discutir e pensar. Pois a Igreja está cheia de pessoas assim e quantas já passaram pro outro lado por falta de fé? Essas almas se não voltarem ao convívio, ao seio da Igreja e às verdadeiras práticas cristãs, se não se converterem, não conseguirão se salvar definitivamente!
     

  




domingo, 13 de julho de 2014

CONVERSANDO SOBRE DÍZIMO E OFERTA

O Dízimo ou décima parte não é uma invenção do homem mas sim de Deus. 
Desde o Antigo Testamento encontramos a instituição do Dízimo e das ofertas. 
Mas para que serve o dízimo e as ofertas?
No Antigo Testamento as ofertas eram: os primeiros frutos da terra sem defeito, (da colheita), os primogênitos , (machos), dos amimais, sem defeito eram oferecidos ao Senhor. Deus exigia que lhe fosse oferecido coisas sãs e perfeitas, pois Ele mesmo abençoava as ofertas. Leia o que aconteceu com as ofertas de Caim e Abel: Gên 4,3-5; Deus olhou com agrado a oferta de Abel, mas não olhou com agrado a de Caim. Segundo algumas traduções bíblicas, Caim havia oferecido ao Senhor frutos ruins, podres. Enquanto que Abel ofereceu seus melhores animais. Caim era agricultor e Abel era pastor.

O Senhor exige que seja-lhe ofertado só coisas boas. Pois o Senhor só nos dá coisas boas. Essa lei Ele mesmo assim dirigiu ao seu povo, leia: Num 15, 1-21. As ofertas deveriam ser das primícias das colheitas, isto é, antes mesmo de fazer seu uso para si ou para o comércio a oferta deveria ser tirada e apresentada ao Senhor. Os frutos da terra, os bens manufaturados, os animais. Uma parte de cada um deles devia ser oferecido ao Senhor.  Esta lei era tanto para os judeus quanto para os estrangeiros. Se o dízimo e a oferta for entregue só por obrigação e não por gratuidade e generosidade de nada vale para você. Pois Deus vê a sinceridade de seu coração. É o que diz o profeta Malaquias: Ml 3, 6-10


A oferta também é abertura de coração, isto é, estar sempre disponível no amor de Deus e aos irmãos. Mais que a oferta material, deve ser um coração puro, sincero e agradável ao Senhor.
Depois do episódio do "Sermão das Bem-Aventuranças" ou "Sermão da Montanha", Jesus vai ensinar como devemos na verdade observar e praticar os Mandamentos, mas não com o coração endurecido, mas com amor. Jesus então ensina que a oferta do coração, a abertura de si mesmo para o amor deve ser primordial:


Mt 5, 23-24; "Se estiveres para fazer uma oferta diante do Altar e lembrares que tens alguma coisa contra ti, vai, deixa  a oferta diante do Altar, reconcilia-te primeiro com teu irmão, só então poderás fazer tua oferta!"


- Jesus pede o amor como maior oferta. Pois o amor é que constrói e traz a dignidade. Nota-se portanto, que, não  devemos fazer como Caim, que, além de ofender a Deus com sua oferta de frutos podres, também por falta de amor e inveja matou seu irmão Abel. 




O que mais desagrada a Deus é a nossa falta de amor, de compromisso com os irmãos e com a Comunidade.
Uma pessoa cristã, ainda que ofereça a Deus muitos bens materiais bons e perfeitos, se não apresentar diante de Deus um coração humilde e contrito, se não estiver com o coração disponível, aberto para amar, perdoar e servir não adianta nada. Deus está interessado em você, no que você pode dar de si mesmo para Ele e sua Igreja. O cristão descomprometido com o próximo e com a Igreja em que vive, não é um bom cristão. 


O amor é a base, se quisermos ser felizes devemos cumprir os Mandamentos de Deus. Por isso a necessidade de amar, de perdoar, e de apresentar-se a Deus com um coração aberto e disponível. Esta é a oferta maior que Deus precisa. O material é complemento deste. Os mandamentos de Deus não servem para nos prender a tal coisa ou religião, servem para que vivamos em paz com Deus, com nós mesmos e com os irmãos. Ou seja, viver a felicidade e estar sempre inserido no amor de Deus. E a resposta é imediata: prosperidade, bençãos e longevidade, são as promessas do Senhor para quem os cumprir. 


A Bíblia diz que José, filho de Jacó, cujo era temente ao Senhor e fazia cumprir seus mandamentos, tudo que ele fazia prosperava. Porque ele fazia de suas coisas, sua família e seu trabalho um gesto de amor e cumpria suas leis, obedecia seus pais. (Gên 39,5) 
        
Lembro ainda, da passagem do Evangelho. Quando o jovem rico foi ter com Jesus, este tinha perguntado ao Mestre o que devia fazer para entrar na vida eterna. Jesus então disse que,  se ele quisesse entrar na vida eterna devia cumprir os mandamentos. O jovem então respondeu que sempre os cumpria. Mas Jesus propôs um desafio: que ele vendesse seus bens e desse aos pobres, aí sim ele poderia conquistar a vida eterna! O jovem porém, ficou decepcionado com Jesus, porque era muito rico e não se desapegava de seus bens.(Mt19, 16-22); Faltava-lhe o amor ao próximo, a caridade. Embora ele dissesse cumpria todos os mandamentos, lhe faltava uma coisa o amor ao próximo, cujo é semelhante ao amor a Deus. Quem não tem atitudes de generosidade, quem se apega demais aos bens, se esquece da caridade e do amor. E por isso não entrará no reino de Deus, porque o mandamento de Jesus é este. "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!" 


Lembro também o início da Igreja onde o Livro dos Atos dos Apóstolos nos diz que os (primeiros) cristãos tinham tudo em comum. Dividiam seus bens segundo a necessidade de cada um... (At4, 32-35)   

Quanto ao Dízimo, a primeira referência desta lei no Antigo Testamento encontramos em Deut14, 22-23ss. O Dízimo ou décima parte da colheita deveria ser consumido na presença do Senhor, no lugar escolhido por ele. Isto é dentro do Templo, que naquela época era uma tenda  onde residia os sacerdotes, e o Tebernáculo do Santo dos Santos onde ficava a Arca da Aliança. 
Deus não precisava do dízimo pois tudo era dele, mas ele se serviu da instituição do dízimo para estabelecer uma relação de amor entre nós; o dízimo e a oferta é para manter o Templo, a casa de Deus. Ler: Deut18, 1-5ss.

Quanto aos animais das ofertas, eram sacrificados; o sangue deveria ser colocado no altar, enquanto que, a carne era assada ou cozida, deveria e consumida  pelos sacerdotes e servidores do Templo de modo a não sobrar: Ez43, 20-20; 46, 27. Se lermos o livro do profeta Ezequiel, veremos que tudo que envolvia o Templo de Deus devia ser perfeito, limpo e santo.  Principalmente os Capítulos 40-47.  Havia três principais tipos de sacrifícios que eram oferecidos a Deus: 1) Em Adoração e louvor, 2) Ação de graças, 2) por expiação dos pecados do povo.  
O dízimo é propriedade de Deus quem possui bens, ganha seu salário e não entrega seu dízimo está roubando de Deus. Leia: Lev 27-30.  


Na verdade, o dízimo representa nosso gesto de amor e gratidão, de doação e o reconhecimento de tudo que temos  Ele é quem nos dá.


A casa, o emprego, a saúde, os bens, a vida... O dízimo é diretamente consagrado ao Senhor para manutenção de sua Casa, isto é, a Igreja. Deus não faz uso do dízimo tudo que temos é de Deus. Mas ele existe para que possamos manifestar nosso gesto de amor para com Ele. Por isso que, o "dízimo" deve sempre ser a primeira coisa que ofertamos de "nossos ganhos", não pode ser sobra ou resto, porque Deus não é um mendigo. Deus vê a sinceridade do coração de cada um, por isso, o dízimo deve ser hoje uma parte do que você ganha, e não mais dez por cento, desde que o faça sempre com amor, gratuidade e disponibilidade. Não dá para dar o dízimo e depois ficar reclamando da Igreja como se ele fosse um imposto. 
A Igreja não obriga ninguém a pagar o dízimo, embora pela lei de Deus ele seja obrigatório. Mas o cristão deve se conscientizar que, o não pagamento do dízimo é pecado e quem o faz está sendo ingrato e roubando de Deus.          
        

Sabemos que Deus não come, não bebe e não precisa de nada deste mundo que seja material, pois Ele é espírito, Jesus também não precisa deles. Como dizem muitos ignorantes por aí: "santo não come e não bebe!" - Mas quem come e bebe e se sustenta com o dízimo não é o santo Deus, ou Jesus, é a própria Comunidade Paroquial e diocesana, ou seja, a Igreja na qual você participa e é batizado é que precisa ser sustentada como manda a Lei de Deus, pelo dízimo, as ofertas e outros provimentos necessários. 


Mas Deus  criou DÍZIMO para que o homem tivesse essas duas experiências:

1) Fazer você expressar gesto de gratuidade por tudo de bom que Deus realiza em nosso favor, na nossa família, e na Comunidade. Deus nos dá todo necessário para que sobrevivamos com o suor de nosso trabalho. Fazemos a terra produzir, transformamos a matéria, construímos com nossas próprias mãos tudo de bom e necessário que precisamos para sobreviver. Somente os preguiçosos não têm esta experiência. 

2) O dízimo e as ofertas servem para manter o Templo do Senhor, seus dirigentes, os sacerdotes que têm a função de cuidar da casa do Senhor e realizar o culto divino. Sem ele seria impossível manter a Igreja ou Templo limpo, com as contas em dia, água, luz, telefone, salário dos funcionários, fazer as reformas necessárias, comprar os folhetos das missas, enfim, toda estrutura necessária para celebração do santo culto.


O dízimo é essencial não para Deus, diretamente, mas para sua obra. Para um bom trabalho pastoral, assim como qualquer outro, é necessário que haja bons recursos para que a Igreja possa acolher e servir a todos. Uma casa para o padre, sustentação das pastorais, um bom carro que permita ao padre se deslocar às comunidades rurais e urbanas com segurança, a limpeza do templo, a compra de hóstias, o vinho, as velas, jornalzinho de missa,  a manutenção da secretaria e do zelador da Igreja, etc. tudo provém do dízimo e das ofertas, leilões e quermesse.
Tudo isso junto ajuda o dízimo a pagar as contas da Paróquia para o próprio bem da Comunidade. A comunidade cristã, assim como tudo neste mundo é mantida com recursos humanos também. Porém, é com o DÍZIMO que a Igreja vai custear os meios necessários para o bom funcionamento da comunidade desde a manutenção da Paróquia, das capelas, até a assistência espiritual, pois o sacerdote precisa se locomover às vezes não dispõe de veículo próprio e cabe à Paróquia manter esses recursos. O pagamento das despesas, tais como contabilidade, salários dos funcionários, água, luz, gás, telefone e internet. Manutenção dos  equipamentos de som, instrumentos musicais, folhetos litúrgicos, paramentos, hóstias... E ainda mais, assistência social em alguns casos. Tudo parte das ofertas e do DÍZIMO. A tarefa da Igreja, a evangelização em si e até o próprio culto depende desses recursos. Somos Igreja, o Corpo Místico de Cristo, portanto, sendo batizados  pertencemos a Jesus Cristo o qual é o cabeça da Igreja. Nós somos as células e os membros que fazem este Corpo Vivo caminhar, e o Espírito Santo nos fortalece e nos guia porque Ele é a ALMA DA IGREJA. O DÍZIMO E A OFERTA é também uma forma de evangelizar, pois, são esses recursos que a Igreja disponibiliza para pregar a Palavra de Deus também. Porém a oferta damos quando podemos, o DÍZIMO é o que nós devolvemos a Deus um pouco do que ele nos dá para viver. É um gesto de gratidão para com o Senhor Deus. A Igreja Católica Apostólica Romana pede 1% (um por cento) no mínimo daquilo que você recebe.         

No Novo Testamento os dízimos e as ofertas aparecem mais presente forma de moeda, onde os Apóstolos recebiam os bens vendiam e atendiam as necessidades dos pobres, já que naquele tempo ainda não possuíam o Templo e se reuniam em pequenas comunidades.
Mais tarde com a estruturação da Igreja foi estabelecido o Dízimo para o emprego na manutenção do Templo e dos seus trabalhadores. Jesus mesmo disse que devemos dar a Deus o que é de Deus. 
Como o sacrifício de animais fora substituído pelo sacrifício Eucarístico de Jesus, o dízimo e as ofertas do povo iam diretamente para manutenção da Igreja e das obras sociais. 


A Igreja Católica não cobra o dízimo de dez por cento, ele deve ser devolvido a Deus segundo o coração de cada um. Apenas orienta que seja devolvido um valor de 1% do que você ganha. Um valor irrisório diante de tudo que Deus oferece para nós! Se cada um desse o dízimo de 1%...
Seria necessário para manutenção da paróquia, mas não é assim, por isso a Igreja usa as quermeces, a arrecadação de donativos, os eventos e leilões de gado, prendas, etc. para fazer render e ajudar o dízimo. O dízimo não é um imposto que deve ser cobrado, mas uma devolução e uma abertura do coração, exige de nós fidelidade e amor para com as coisas de Deus e a sua Igreja.

Quando o dízimo não é devolvido à Paróquia, ela é orientada a conscientizar os fiéis quanto a necessidade de estabelecer algumas taxas para batismo, casamento, e outras providências até que se restabeleça. 

As intenções da missa não é dízimo nem oferta, é uma contribuição especial para o bispo e o padre de modo a ajudá-los no complemento do seu salário e seus proventos pessoais. Pois o padre, ou religioso, muitas vezes se dedica unicamente à Paróquia sem qualquer outra fonte de renda, o bispo da sua Diocese particular e não possui outros provimentos de salário particular. No caso dos institutos religiosos, conventos e mosteiros a sobrevivência destes são através de doações dos fiéis e trabalhos realizados dentro das instituições como por exemplo, o artesanato, livrarias, gráficas, etc.

As ofertas ajudam o dízimo na manutenção da igreja e das comunidades, além de dar  suporte pastorais  paroquiais urbanas  rurais. Ajuda as outras Igrejas mais carentes como é o caso do óbulo de São Pedro que é enviado ao Vaticano todo ano, ajuda nas obras sociais da Igreja e a manter a evangelização nos lugares mais pobres, como catequese, educação nas escolas, cestas básicas, remédios, etc. 

Existe nas Dioceses e em cada Paróquia os  Conselhos Administrativos paroquiais e diocesanos para trabalhar com o Pároco e o bispo toda a questão financeira de cada comunidade. Os padres e os bispos não pode fazer o que bem quiser com o patrimônio da Igreja, o uso do dízimo e das ofertas. Esse dinheiro recolhido é enviado para uma conta e só é usado de acordo com a aprovação do Conselho Administrativo. O padre diocesano pode possuir bens que provém de seus ganhos, mas não pode usufruir dos bens da Paróquia 
   
Se você não é dizimista, experimente fazer a experiência de ser, e veja quantas bençãos serão derramadas em ti. Conforme a promessa de Deus no Livro do profeta Malaquias:

"- Diz o Senhor Deus: Porque eu sou o Senhor e não mudo; e vós, ó filhos de Jacó, não sois ainda um povo extinto. Desde os dias de vossos pais vos apartastes de meus mandamentos e não os guardastes. Voltai para mim e Eu me voltarei para vós! - diz o Senhor dos exércitos. - Vós porém. dizeis: Mas voltar como? Pode um homem enganar ao seu Deus? Porque me procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos tem enganado? -No pagamento dos dízimos e das ofertas. Fostes atingidos pela maldição, e vós, nação inteira, procurais enganar-me. Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do Templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência-e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e não derramo a minha benção sobre vós muito além do necessário."  Ml 3, 6-10    

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A PURPURINA DE SATANÁS PENETROU NO TEMPLO DE DEUS - (Tirado do Site "O Catequista")


 

 “Por algum lado, a fumaça de Satanás penetrou no Templo de Deus”, disse o Papa Paulo VI, em um discurso em junho de 1972. Nos dias de hoje, podemos afirmar: a purpurina do demo penetrou no templo de Deus, e foi por meio da TV nos lares das famílias. Tenho certeza de que não fui só eu que notei que muitos cristãos comemoraram o beijo gay da novela das oito.

Uma menina me contou que seu catequista adorou ver a bitoca entre os dois barbudos e, nas redes sociais, estava taxando quem discordasse de “mestre da lei”. Outro garoto me disse que sua ex-catequista garantiu que os bispos da Igreja vão se reunir para discutir e liberar o casamento gay (essa aí tomou chá de cogumelo estragado). Em suma: esse povo declarou nulo o Catecismo da Igreja Católica e agora segue o Catecismo dos Autores de Novelas.
“A Igreja não pode em nenhum momento, por mais autoridade que ela tenha, contradizer o que disse Jesus”, disse muito sabiamente o Padre Fábio de Melo, no programa da Gabi. E, quando a apresentadora perguntou se a posição da Igreja sobre o casamento gay poderia vir a mudar, ele foi bem claro ao dizer que não vai mudar NADA. Até ele sabe disso!
Gente, se toca: nem se o Elton John for eleito Papa um dia, ele terá poder de alterar a doutrina moral da Igreja, que ensina que o sexo foi planejado por Deus para ser feito somente entre homem e mulher, com o fim de formar uma família. O Sucessor de Pedro é o líder visível dos católicos, mas quem o comanda é Jesus Cristo, chefe vivo e ativo da Igreja. Ele garantiu que a Sua palavra jamais seria alterada (Mt 24,35):
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.”
Ou seja, a Igreja não vai mudar a doutrina; quem tem que mudar somos nós, buscando entender e seguir o catolicismo ensina. Não gostou? Então tá na hora de repensar se você quer mesmo continuar sendo católico. A Igreja é herdeira e guardiã dos ensinamentos de Jesus Cristo, e os propõe à nossa consciência livre. A doutrina católica não é imposta a ninguém.
Dentro dessa liberdade, os homossexuais devem ser acolhidos respeitosamente nas comunidades cristãs. Porém, não é honesto que ninguém fique dentro da Igreja fazendo lobby gay. O Papa Francisco já disse que não quer isso, na entrevista no avião, na volta da JMJ no Rio.
Agora, vamos dar uma olhadinha na Bíblia. Pega lá aquela sua, com capa pink e detalhes de oncinha. Tá na mão? Agora se liga, santa:
“Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação. (…) Não vos contamineis com nenhuma dessas coisas, porque é assim que se contaminaram as nações que vou expulsar diante de vós.” (Lev 18, 23-24).
E pra quem diz que isso é coisa só do Antigo Testamento, lembremos que, quando fala de família e casamento, Jesus refere-se unicamente à união entre homem e mulher:
“…no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois não serão senão uma só carne.” (Mc 10, 6-8)
Essa passagem mostra que não há outra modalidade de matrimônio planejado por Deus além da dualidade homem-mulher. E, pra não deixar qualquer dúvida, aí vai a palavra de São Paulo:
“Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario. Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno.” (Rom 1,26-28)
São paixões vergonhosas, torpes, depravadas, contra a natureza; nesses termos se referiu São Paulo, o Apóstolo dos gentios, sobre as relações homossexuais. “Mas Deus fez os gays!”, diz um fulaninho. Sim, mas os fez enquanto pessoas, e não enquanto gays. Fomos todos criados por Deus, mas nossas más inclinações não têm origem n’Ele, e sim no pecado original. Por isso, o Pai nos enviou Seu Filho, para que, conhecendo a verdade e sendo fortalecidos pelos Sacramentos, possamos vencer nossos maus desejos, e não nos deixar escravizar por eles.
Não devemos julgar ninguém, pois todos somos pecadores. Por isso, o Papa Francisco disse muito bem: quem sou eu para julgar os gays? Mas fiquemos atentos ao significado correto de “não julgar” (veja aqui), que nada tem a ver com se calar sobre o que é certo ou errado.
“Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus.” (1 Cor 6,9-10)
Você se diz cristão e ainda assim não abre os ouvidos para isso? É previsível… tal dureza de coração está prevista nas Escrituras:
“Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.” (II Tim 4,3-4)
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Ajuntarão mestres para si… Quem são os mestres dos católicos que renegam a doutrina moral da Igreja? O Papa? Os santos? Não! São as celebridades, os atores, diretores e autores de TV e cinema. Muitos desses não ficam casados nem dois meses, vivem afundados em álcool, drogas ou antidepressivos. O brilho dos holofotes não consegue dissipar as trevas de suas almas, mas… quem liga? Eles ditam o pensamento dominante.
Eu gosto de me entreter com filmes, séries e programas de televisão, e de vez em quando também vejo novela, mas não costumo acompanhá-las diariamente. A desgraça é que, para uma multidão de católicos brasileiros, a TV não é mero entretenimento, mas sim a principal fonte de construção de seus valores. Que miséria…
Bem, imoralidade por imoralidade, o tal beijo gay de “Amor à Vida” não foi nada de mais perto da senhora “toda babada”. Aquilo sim foi um momento épico e histórico da TV brasileira! Seu depoimento pegou as famílias de sopetão, em 2007, ao final de um dos episódios da novela “Páginas da Vida”. A intensa reação negativa do público deixou os produtores das novelas mais espertos: eles entenderam que, para levar o público a aceitar a derrubada de certas barreiras morais, é preciso conduzir tudo muito sutilmente, passo a passo, de mansinho… E assim estão fazendo.
Peguem o lencinho, e assistam à “toda babada”… Lágrimas vão rolar!
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ÍDOLOS DO NOSSO SÉCULO



Eis uma palavra que certamente entre nós católicos só ouvimos falar quando os falsos “crentes” nos acusam de idolatria. Mas o que é idolatria?
 Idolatria é cultuar ou adorar um deus falso. Ou então podemos dizer que é tudo que pomos no lugar do Deus verdadeiro que é Javé.
Mas podemos ir mais além, a idolatria é tudo que colocamos acima de Deus e seu poder. Tudo que trocamos e pomos no lugar de Deus é idolatria. Coisas, objetos, pessoas...
Tem muita gente presa aos fundamentalismos e acham que quando falamos em idolatria estamos falando das imagens dos santos e Jesus expostos em nossas igrejas.
   Na verdade desde a reforma, os protestantes tentam nos acusar de idolatria por fazer uso das imagens, mas na verdade o que está por detrás dessas acusações não passa de um pretexto para difamar e fazer cair em descrédito a Igreja e os católicos. É uma espécie de "guerra fria" por onde essas pessoas como no passado não conseguiram derrotar a Igreja Católica, usam de vários pretextos e acusações infundadas, calúnias contra o Santo Padre o Papa para fazer a Igreja cair em descrédito. Hoje sabemos que existe uma corrente de descendentes dessas seitas como uma "teia-de-aranha" onde na verdade muitos católicos ficam presos. Muitos desses  que se dizem "evangélicos pentecostais" que surgem hoje ocorre um fenômeno causado não pela vontade de pregar o Evangelho, mas, sobretudo de busca fácil de enriquecimento ilícito atraídos por uma enorme facilidade de arrecadação de bens e dinheiro são vendedores de promessas de milagres e prosperidade. Comercializam Jesus como um objeto qualquer e vendem a fé em troca de grandes contribuições sem se importar na verdade com a salvação dos seus fiéis. 
Hoje já se sabe que muitos desses líderes se escondem atrás da Sagrada Escritura com propósito de arrecadar e lucrar e lucrar com seus "cristos" e oferecem de tudo, desde a cura do câncer até promessas de emprego, casa e moradia como se Jesus fosse um assistente social. Muitos desses são falsos e estão ligados a outros ramos como a maçonaria, por exemplo.
Quer idolatria maior do que essa?
São escravos do dinheiro e aproveitam do sentimento das pessoas para venderem seus projetos de um Jesus que diferente daquele Jesus que conhecemos no Evangelho promete bens e riquezas, passa longe do Cristo que morreu e ressuscitou por você. 
Então esse Jesus anunciado por eles não é o mesmo Jesus da Bíblia mas o Jesus que o diabo queria transformar um dia lá no deserto, um "Jesus" mesquinho, conquistador um "messias" terreno.
Então de nada adianta nos acusar de idolatria perto do que eles mesmos transformaram a palavra de Deus e os ensinamentos por eles desvirtuados. Essa sim é uma idolatria que pode levar à perdição, muito maior do que venerar uma simples imagem que nós católicos estamos cansados de saber que não são deuses nem tem poder algum senão nos ensinar e remeter à memória de quem elas representam.
Essa idolatria praticada por essas pessoas e esses falsos pastores é muito mais perigosa leva o cristão a cultuar e adorar um falso Cristo e a servir ao anti-cristo. 
O que passa na mente dessas pessoas?
O que se passa na mente dessas pessoas são pensamentos pequenos. São verdadeiros criminosos porque matam a palavra do Salvador. Vendem salvação, milagres, prosperidade, em troca altos dízimos, carros, aviões, vida de luxo e ostentação de riqueza em cima lucrados pela exploração da fé. São agentes do mal, oferecem o veneno gratuito, mas vendem o antídoto com alto preço e esse preço é a condenação eterna de seus seguidores. 
Esses não estão buscando pecadores e sim quem vai sofrer uma lavagem cerebral para darem mais e mais dinheiro para eles.

 A idolatria longe de só isso é muito mais abrangente. Logo, neste século estamos cheios dela. Que são muitas desde a idolatria do culto à própria beleza, até a ideia de fazer do ser humano um semideus.
Quando vemos hoje uma busca forte do ter, do ser, do prazer. A vontade de se expor a todo custo, os caprichos humanos em troca de dinheiro, a pornografia demasiadamente grande nos meios de comunicação. A busca de uma beleza à custa de arriscar a própria vida por uma estética, a sede de ser cada vez mais belo. A busca incessante pelo melhor físico, pelo mais belo. O ser humano se torna cada vez mais escravo de si e das coisas que o mundo oferece a tal ponto delas se esquecerem de Deus.
Até mesmo dentro da religião o homem se sobrepõe ao criador para manipular as pessoas. Se acham superior aos outros, quantos líderes  que manipulam a fé como se Deus fosse uma marionete para ganhar dinheiro, assim começa a espalhar a falsa ideia de que sua crença é melhor que a dos outros e pondo-se superior a qualquer outra crença dizem ser senhores da “razão absoluta” e os “donos da verdade absoluta”.
Assim é a idolatria moderna de nosso tempo, cada um buscando seu “deus” em alguma coisa, na roupa de marca, no carro de marca, no tênis de marca, no futebol, na música, nas novelas etc. Em todo lugar e a toda hora cultuamos e adoramos falsos deuses. E as pessoas acham isso normal. Mas para os falsos “crentes” só as imagens lhes interessam porque interessa a eles perseguirem a fé e a verdadeira religião de Jesus Cristo.
Talvez esse seja o pior idólatra, o idólatra da própria fé. Porque se acha superior aos outros e o dono da única verdade. Quando que na verdade todo progresso da humanidade foi feito primeiro em cima de uma dúvida e de uma pergunta e o sucesso da ciência vem depois das respostas verdadeiras de questionamentos verdadeiros.
Mas o pior o idólatra da fé se torna cego, despreparado e instigado a perseguir o que para ele não lhe convier com a sua “verdade absoluta” a esses idólatras chamamos de radicais ou fundamentalistas. Na verdade são pessoas psicologicamente doentes que precisam de tratamento.
Mas... o Século XXI está cheio de idolatrias.
Por exemplo: quantos de nós colocamos o carro, a TV, a loteria, os vícios, o celular do ano, a roupa, o tênis, o sapato de grifes. O que me expõe às pessoas? O que tira a minha integridade? – São falsos deuses que eu cultuo no meu dia a dia e nem percebo. Só lembro que o Deus verdadeiro existe na hora de uma desgraça. Do contrário estou sempre buscando os “deuses” que satisfaçam meu ego. Deixo de lado o Espírito Santo para dar lugar aos “espíritos de porco”.
A idolatria do nosso tempo está escondida atrás das palavrinhas mágicas, o ter, o prazer... a conquista de prestígio e poder a qualquer custo vem dos pratos  que deuses do dinheiro pode comprar. Somos idólatras modernos.
A idolatria é o culto a tudo que está acima do Deus Vivo. Ela faz parte do mundo, esse prato que satanás mesmo oferece a cada um daqueles que fazem daqui o templo de adoração a seus “deuses” os mais caros e diversos.
É nesse meio que nós cristãos vivemos. Temos que abrir nossos olhos para não acharem que a idolatria está lá fora, porque, ela está também dentro de nossas igrejas em razão de que muitos dizem agir, falar e pensar em nome de Deus, mas na verdade, agem em nome de satanás e o que querem é arrancar dinheiro das pessoas, agem como verdadeiros ladrões. Usam o nome de Deus para ganhar prestígio na sociedade e na política. São pessoas que conhecem bem a Bíblia, mas, não guardam a palavra de Deus.
São líderes religiosos que querem se igualar a Deus. Agindo provocam a guerra em nome de Deus. Também os fanáticos por Deus são idólatras porque o deus deles não é o Deus de Abraão, Isaac e Jacó.
Ainda que entrassem nos templos católicos, Indus, budistas, etc. Ainda que quebremos suas imagens e os acusem de idolatria, é preciso que antes sejam quebradas  dentro dessas pessoas esse falso “deus” que não ama, não respeita e não tolera a outras religiões e outras culturas.
A idolatria moderna é aquela em que satanás já não precisa de nenhum artifício de sedução, ela está voltada toda para o egoísmo, a violência e a luta constante pelo poder.
Então se vestem de padres, pastores, bispos, médicos..., e de tudo o quanto precisar para promover a famosa intolerância religiosa, espalha a falta de amor e perdão; se esquecem da Cruz. Não querem compromisso com um Deus que ama a todos preferem um “deus” parcial que seja manipulado de acordo com suas crenças e suas “igrejas”.
A idolatria é o mundo se colocando no lugar de Deus.
Esse século é o século dos idólatras, dos fanáticos poderosos senhores donos da verdade que não vem de Deus.
Pior que fazer estátuas de santos é empilhar milhões nos cofres e deixar milhões de irmãos passando fome na miséria. É a má distribuição de renda fruto do egoísmo de vindo de um deus chamado “poder”.
Dentro e fora de nossas famílias estão homens e mulheres não sabem dar Deus para seus filhos. Estão casais que deixam Deus do lado de fora.
Não é raro ver tantas pessoas trocando o dia santo pela praia, pelo futebol, pelo show, pelo cinema, são nossos “deuses” modernos. Há muito tempo o primeiro Mandamento da Lei de Deus “amar a Deus em primeiro lugar” não se cumpre.
São a busca por uma falsa beleza, nossos deuses agora são os remédios emagrecedores, as tatuagens, os pírcingues. É a idolatria do próprio corpo.


São os ídolos do século. A que Deus você serve? 
Ou podemos nos considerar como o homem da parábola do Evangelho Lc12, 13-21; que planejou uma vida de riquezas mas o Senhor o chamou a prestar contas na eternidade?
Veja o que acontece com quem adora as riquezas deste mundo: O que Jesus diz? Lc16, 31. O que tem o seu deus a riqueza perde a chance de estar com Deus; quando morrer não lhe restará nada senão o vazio imenso (=abismo) entre a alma e Deus. Isso podemos chamar de " o inferno". E Jesus acrescenta o rico não entra no reino dos céus, (Lc18, 24-25); porque as riquezas, as glórias, o status, tudo isso nos faz a cada dia mais distante do Deus Vivo.  


domingo, 22 de junho de 2014

DISCÍPULOS DA CARIDADE - Os jovens no coração da Igreja

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Na visita que Sua Santidade o Papa, Francisco I fez ao Brasil, por ocasião da 28ª. Jornada Mundial da Juventude – Rio 2013; Onde ele enfatizou que a vida de todo cristão deve espelhar-se no Capítulo XXV de São Mateus.
 Sua Santidade o papa, sendo um sacerdote jesuíta, antes de tudo,  compreendendo a forma de ser de seu grande inspirador São Francisco de Assis, espalha por aonde vai o sentido de viver a caridade.
 Caridade que não consiste em ter pena das pessoas simplesmente, mas consiste em ajudar o irmão a levantar de suas quedas; quedas que são provocadas por diversas situações da vida as quais não nos compete julgá-las, nem conduzir o irmão a uma situação de morte seja ela: física ou espiritual.
A nossa maneira de agir deve ser a mesma maneira de Cristo ao qual se fez nosso Pastor, Salvador e Guia.
 Amar sim com o amor de Jesus que no extremo da Cruz  entregou-se a fim de que todos que n’Ele crer tenha a vida eterna.
Mas acreditar em Jesus consiste também: estabelecer laços de amizade com Deus e com os irmãos; por isso o nosso amor também deve ser de compromisso assumindo com nosso modo de viver; que deve ser o mesmo de Jesus.
 Então ao mesmo tempo nos tornamos discípulos de Jesus, estando com Ele em missão, mas, ao mesmo tempo, tornando-nos apóstolos da caridade e a exemplo de São Francisco de Assis que ao longo da história pode compreender que era preciso não apenas reerguer uma igreja, a casa de tijolos e de pedras, mas, sobretudo, restaurar em o ser humano com respeito e devolvendo-lhe a dignidade colocando-o em harmonia consigo mesmo e com a natureza fazendo-o entender que: no conjunto natural todos somos criaturas amadas por Deus não importa a cor, raça ou religião e que todos pertencemos a uma só família: a família dos filhos de Deus.

O Santo Padre Francisco I quer que a Igreja Católica, e, não só ela, mas todos os que creem em Jesus Cristo sejam antes de tudo portadores da Fé e da Caridade, porque esta é a verdadeira face do Evangelho, e esta deve ser a verdadeira face da Igreja. Que as pessoas ao olharem para  Igreja de Jesus cristo sintam-se abraçados e confortados por ela, pois, ela é mãe e mestra.
Não só devemos anunciar Jesus com palavras, mas, com gestos concretos que indicam que somos de Jesus e que queremos levar as pessoas pra Jesus. Só assim somos amigos de Jesus se nós amarmos uns aos outros com a mesma consistência que Jesus amou. (Jo15, 12.14)
 O amor de Jesus é aberto a todos sem exceção; ele é incondicional, isto significa que Deus não nos impõe condições, (cor, raça, religião, aspecto físico, posição social, etc.) para nos amar.
Assim não podemos também abrir exceções na hora de amar e servir porque se fosse assim a salvação não chegaria a todos e apenas a uma minoria, o entanto, Jesus quer que todos se salvem, não só os homens, mas toda natureza em si, pois, tudo que Deus criou faz parte da obra Redentora de Jesus.
Mas voltando ao Capítulo XXV de São Mateus encontramos a chave que nos leva a uma profunda reflexão do que precisamos para agir como verdadeiros missionários. Já nos primeiros capítulos encontramos o chamado de Jesus ao jovem Levi o cobrador de impostos, que se tornou Mateus; vendo que o Mestre lhe convidara a um trabalho diferente muito mais frutuoso que era tornar-se Apóstolo e evangelizador. Jesus faz um convite irrecusável: “Vem e segue-me!”
 Jesus vê em cada um dos seus cada qual com um carisma diferente, mas, com um só ardor missionário de servi-lo e segui-lo onde importa que agora tudo que fizerem será para o Reino de Deus. Eis uma nova filosofia de vida: o Amor presente na vida de Jesus e refletido naqueles que o seguem. Chama Simão o Cefas (pedra), Tiago e o jovenzinho João (o evangelista); que se tornou muito amado por Jesus porque sendo jovem, e muito jovem pôs-se a seguir o Mestre até os pés da Cruz.  
A parábola das Dez Virgenspara compreender este texto é necessário entrar na história e lembrar alguns costumes do judaísmo: os casamentos dos judeus não são como os nossos, a cerimônia se dá ao longo de uma semana de preparação; a noiva é prometida em casamento ao noivo desde cedo, e permanece virgem até o dia das núpcias. O noivo prepara a casa para a noiva e esta aguarda na casa de seu pai, e só conhece Seu lar quando se casa. Na semana em que acontece o casamento existem vários preparativos e no dia do casamento, já bem tarde o noivo sai ao encontro da noiva para buscá-la e levá-la para sua casa; enquanto dez moças virgens, convidadas pelo noivo e estas, esperam do lado de fora da casa com as lâmpadas acesas, estas se mantêm sempre vigilantes a espera do noivo. São elas que anunciam a chegada do noivo e iluminando o cortejo entram e ali junto com o casal, então acontece a festa de casamento e depois as núpcias. Qual o sinal para entrarem na festa? O sinal é lâmpada acesa que: se estiver apagada significa que não são convidadas, portanto, não entram na festa de casamento. Mesmo que insistam não vão ser reconhecidas como convidadas.  
          
Logo de início, em Mt 25, 1-13VIGILÂNCIA SEMPRE, ou seja, há que se ter uma vigilância constante sobre o Reino de Deus, aqui, Jesus quer dizer que se nós não estivermos atentos à nossa missão corremos o risco de ficar de fora da festa do Reino.
E aí podemos cair no ritmo corriqueiro do dia a dia e esquecer-se de estarmos atentos a diversas situações que nos impedem de aproximar da graça santificante. É preciso reservar o “óleo de nossas lâmpadas” para que ela não se apague. Ou seja, manter a fé em Jesus não esmorecer na fé. Como manter a lâmpada da fé acesa? A) Primeiro: com a leitura e meditação da Sagrada Escritura. B) Pondo em prática o que o Espírito Santo lhe inspirou através desta leitura orada e meditada. C) Mantendo a luz Dessa Palavra sempre acesa em nosso coração.  Estar vigilantes quanto a chegada de Jesus a qualquer instante, pois não sabemos qual dia e qual a hora em que Deus nos pedirá conta de nossa vida.
Então logo em seguida em Mt 25, 14 – 46. Duas situações importantes: Na primeira parte encontramos: a “parábola dos talentos”; estes talentos aos quais Jesus fala, significa o muito ou o pouco que fazemos em prol do Reino de Deus.
 Como assim? – Deus não nos criou insuficientes incapazes mas, nos deu aptidões para exercer cada qual seu ministério de discípulos, cada qual a sua maneira diferente mas com um único objetivo: a construção do reino de Jesus no mundo através do serviço aos irmãos buscando trazer todos a Ele atraídos pelo seu amor. Por isso, Deus plantou em nós seus dons e carismas, aos quais, podemos de diversas maneiras converter as pessoas e ensiná-las a viver de maneira certa esse amor a Deus. Mas Jesus alerta quanto à preguiça de quem acha que Jesus não vai voltar outra vez para pedir contas. Assim ou pegamos os talentos e fazemos render frutos para o reino de Deus ou então enterramos com medo de arriscar e achamos que não vale apena porque não temos capacidade... Ou porque Deus tem nos dado muito pouco e esse pouco não vale apena.
 Mas, justamente esse pouco que você tem, essa limitação de alguma forma é o que interessa pra Deus. Mas as virgens prudentes puderam entrar com o noivo porque estavam preparadas, este noivo é Jesus e a noiva sua Igreja. O que Jesus quer nos ensinar é que O Reino de Deus é uma grande festa de casamento, Jesus é esse noivo esperado pra chegar a qualquer momento, sua noiva é a Igreja, e assim como as virgens prudentes devemos manter sempre acesas nossas lâmpadas, isto é manter viva a chama da fé. O óleo que mantém viva esta chama é a Palavra de Deus que nos abastece.
Manter a chama acesa de nossas lâmpadas é agir com coerência e discernimento, estar preparados para celebrar as núpcias do Cordeiro, conforme nos diz o Apocalipse. Enquanto isso prepare a festa desse grandioso dia, o dia em que virá o Senhor Jesus glorioso para reconduzir a história e instalar seu reino de amor e justiça a quem achar preparado e digno de entrar em suas núpcias.
 Manter acesa a chama das nossas lâmpadas e compromissar-se com os valores evangélicos aos quais somos chamados enquanto discípulos de Jesus a realizar. Isto é, Jesus quer que ponhamos em prática o amor, a justiça e a caridade como gesto de fé e gratidão por tudo que ele nos fez. Isto se vê claramente na vida dos santos aos quais mantiveram a chama de suas lâmpadas acesas, (a fé), e adotaram o mesmo jeito de Jesus em viver o amor, a esperança e a caridade, ponto central da vida cristã de onde parte todo o Mandamento de Jesus. Por isso Francisco de Assis se tornou um grande exemplo na vida de sua Santidade o Papa que também assim quis se chamar e passa aos jovens o exemplo da cópia fiel de alguém que dedicou toda a vida ao serviço dos irmãos de forma simples e humilde mas, cheia de bondade e amor transmitindo o rosto sofrido de Cristo aos mais pobres e necessitados. E com eles, sofrendo com eles a mesma dor, São Francisco mostra que Jesus é aquele que veio para salvar os pecadores e resgatar a dignidade humana com sua Cruz.
A segunda parte do Capítulo XXV de Mateus é justamente onde Jesus mostra que nada é superior ao Amor e que e quisermos fazer parte do seu Reino, nosso discipulado deve ser de caridade. Discípulos da Caridade, amar e servir e aos irmãos, assim como Ele se compadeceu dos pobres e sofredores e também sofreu com eles a dor da exclusão e da morte.
Todo cristão é chamado a praticar a caridade; Jesus é claro ao insistir que só entra no seu Reino aquele que Amar e servir como Ele amou e serviu. Jesus está na pessoa do próximo não importa ele quem seja. E quer que vamos lá onde está o necessitado, esteja: nu, doente, preso, com fome... Ali está Jesus padecente presente na pessoa do pobre, do indigente, do desempregado, enfim ... é Jesus que sofre conosco na pessoa de cada um os diversos calvários da vida. E cabe a cada um oferecer a mão e ajudá-lo a levantar. Olhando para o necessitado não vemos a pessoa simplesmente, mas vemos o rosto sofrido de Jesus que pede ajuda sempre. Esta é a missão, é a missão da Igreja Jovem como disse o santo Padre Francisco I: espera que os jovens reergam a Igreja de Jesus, isto é, que partem e vão ao encontro das pessoas que desacreditadas estão longe de Cristo. Esta Igreja que não pode nem deve ficar parada na história, mas sempre servindo. Sua Santidade o papa, representante de Jesus e sucessor de Pedro; quer que a Igreja de Cristo desperte para uma nova vida, que ela saia do comodismo e vá à luta, vá pescar almas, vá cumprir o mandado missionário de Mt28: “Ide e fazei discípulos meus em todas as nações!”
Todos nós somos convidados para a festa de Jesus, cabe a nós estarmos preparados para ela de modo a manter sempre viva a chama da fé para que possamos participar do banquete das núpcias do Cordeiro.
Cabe a cada um de nós empenharmos sempre para levar o Evangelho a todos de maneira que Jesus chegue a todos. E cada um ao seu modo particular é bem-vindo a festa do Reino. Os jovens têm esse desafio como missionários de buscar viver e praticar a caridade, de ir além fronteiras levando a todos a mensagem de Cristo e buscando frutos que são de vida eterna. A Igreja é jovem, ela continua jovem a espera de seus filhos.
A mensagem de sua Santidade aos Jovens do mundo é que transformem o mundo espalhando a Boa-Nova de Jesus, sobretudo na prática da caridade, respeitando e ajudando os mais necessitados, sobretudo os idosos e as crianças proporcionando-lhes o direito a vida com dignidade. “É preciso saber ouvir os idosos e o que eles têm a dizer!” disse sua Santidade aos jovens na JMJ no Rio de Janeiro. Sim caridade ao saber ouvir, caridade ao saber falar de Jesus as pessoas. Passamos a vida toda forçando um Deus de religiões e filosofias das mais variadas, as vezes não passamos a imagem de um Deus amoroso que quer salvar a todos sem distinção. Como desafio Jesus quer que amemos em primeiro lugar os que não têm mais razões de viver, por este ou aquele motivo ou porque ainda não experimentaram este amor seja pela Palavra anunciada ou por um simples gesto de amor. Às vezes basta um simples gesto de amor para que as pessoas creiam que aquele que é discípulo de Jesus é diferente. Nem sempre pregar com a boca é importante, mas é preciso transformar em gestos concretos nossas atitudes cristãs. Este é o ponto central da vida e da moral cristã: gestos, atitudes que levam ao convencimento de que somos de Jesus.
Por outro lado o cristão não pode fugir da Cruz, é na Cruz de Jesus que está todo o sinal da fé que recebemos e por ela e nela que somos salvos a partir da entrega total do Filho de Deus. Não há Jesus sem cruz e não há cruz sem Jesus. Nossa tentação é achar que tudo se tornará mais fácil se abandonarmos a cruz do dia a dia, mas Jesus é bem claro que aquele que quer segui-lo deve carregar sua cruz, isto é: o cristão não está vacinado contra as dificuldades, não está livre do calvário e dos problemas da vida. Mas onde há “calvário” também há ressurreição, por isso, o centro da vida cristã está na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É este sacrifício santo e imaculado que une e santifica a Igreja.
Diante de tantas filosofias que pregam um Jesus milagreiro, ou que resolve qualquer problema tiramos de nós a responsabilidade de seres humanos que temos de caminhar e lutar por um mundo melhor. Jesus não deseja nem quer encurtar o tamanho de nossas cruzes, apenas quer que aprendamos a carregá-las da melhor forma possível.
Fico preocupado com certas denominações cristãs que quer que Deus resolva todos os problemas das pessoas anunciando mais milagres como “tapa-buracos” na vida onde tudo se resolve por uma determinação qualquer como se Deus fosse obrigado a tirar-nos de nossa incompetência em não querer passar pelo sofrimento como Ele passou. Isso é preocupante. O cristão não pode e não deve seguir um Cristo sem Cruz, porque foi Jesus quem ensinou como devemos carregá-la. Se não carregarmos a nossa cruz, se não aprendermos a cair e levantar com o peso delas como ajudar nossos irmãos a suportar o peso de suas cruzes? (...) e aí entra a maneira mais fácil, buscar milagres em tudo fica mais fácil empurrar para Deus aquilo que não podemos resolver por ora.
Por isso sua Santidade o Papa, Francisco nessa JMJ / 2013 ao exortar os fiéis, sobretudo os jovens que não fujam da Cruz, mas pelo contrário, aprendam a carregar e ajudem-se uns aos outros a carregá-la com dignidade.
TESTEMUNHO – lembremos no início da Igreja em Atos dos Apóstolos, que os Apóstolos convertiam as pessoas pelo testemunho. A Palavra de Deus proclamada através do testemunho dos cristãos. Ali Pedro e os Apóstolos proclamavam a Palavra dando exemplos de vida. Não importa se presos, se livres em tudo davam graças a Deus e testemunhavam sua fé em Jesus, muitos ao extremo até com a própria vida. Todos eles tinham em Jesus a coragem de anunciar com testemunho vivo sua fé. E é por isso que conseguiam converter muitas pessoas. Lembremos aqui do jovem Estevão que mesmo diante da morte testemunhou Jesus entregando a sua vida por causa do Evangelho. E foi este testemunho forte, foi esse “calvário” real de Estevão que provocou uma reação em seu perseguidor Saulo de Tarso: quando o Senhor Jesus chamou Saulo para o ministério ele já estava movido pelo exemplo de Estevão. E assim tantos outros. O que fazia a diferença entre os Apóstolos e os cristãos era a prática da caridade e a fortaleza dada por Jesus através do Espírito Santo. Assim partiam o pão, isto é, celebravam a Eucaristia e ajudavam-se uns aos outros os que possuíam mais doavam seus bens em favor dos necessitados de modo que entre os cristãos não haviam necessitados. (At2) A caridade é gesto de amor. Amor este que parte da Cruz de Jesus em ver ali a pessoa do Cristo padecente.
Assim ao longo da História da Igreja vemos tantos testemunhos de que a Igreja deve optar pelo amor e serviço aos pobres.
Deus não quer que apenas compromissados em tirar as pessoas do pecado, não só do pecado, mas da situação de miséria física e espiritual sem arrogância, mas com um profundo respeito pela pessoa humana.
Por isso a imagem de Mateus em um julgamento final se dá na Lei da Caridade e do amor. Cabe a nós mudar a humanidade levar ela para Jesus não só com palavras, mas, sobretudo, deixando imperar a lei do amor, ajudando e suportando uns aos outros, mas sem abandonar a cruz.
A cruz de Jesus é importante é ela que aponta para o Leste, o Oeste, o Norte e o Sul que Jesus veio para nos salvar. Por isso carregar uma cruz no peito não é símbolo de ostentação, mas é lembrar que se no peito tem uma cruz muito mais o jovem deve carregar no peito as palavras do Mestre Jesus que disse: “Ide e Evangelizai!”
SERVIR A DEUS E AOS IRMÃOS – aquele que quer ser o maior de todos seja o menor de todos, isto é não usar das capacidades e dos dons que Deus lhes deu para imperar o orgulho e o individualismo. A Igreja é a Comunidade de Jesus. Esta comunidade não deve fazer tudo sozinha, mas deve dar oportunidades.
É pelas oportunidades que surgem novas idéias e a Igreja cresce espiritualmente. Pondo-se a serviço dos irmãos também nos comprometemos em combater todas as formas de injustiças que promovem à fome, a miséria, a exclusão social, os preconceitos...
Servir, Jesus veio para servir, seu gesto maior foi lavar os pés de seus Apóstolos, “eu não vim para ser servido!” disse Jesus.
 A Igreja acompanha os passos de Jesus que se tornou servo dos servos de Deus. Jesus não buscava glória e recompensas, mas fazia o amor ressoar pelo gesto de humildade, se fez pequeno, embora fosse grande, se fez pobre como muitos de sua gente. Jesus se aproximou de seu povo eleito com simplicidade e fez questão de provar com atitudes de que veio para cumprir a vontade do Pai. Por isso se humilhou para a Glória de Deus. O amor, a simplicidade, a caridade, o respeito pelo próximo supera qualquer arrogância e destrói qualquer poder opressor. O poder de Jesus está no amor e no serviço, e assim deve ser a tarefa de cada um.
Ser missionário nos tempos de hoje em pleno século XXI exige de nós os mesmos desafios. Mesmo com toda ajuda que o progresso nos dá, mesmo com as facilidades de nada adianta se não somos servidores do Reino. É por isso que a Palavra de Deus passa os séculos e se atualiza porque podemos mudar as técnicas, mas nossa forma de amar e servir deve ser a mesma, isto é, Jesus quer fazer-se presente no nosso meio de várias formas, ele quer que aprendamos a ser responsáveis e que sirvamos uns aos outros da mesma maneira, com amor e respeito.
Eis o desafio de cada jovem a partir dessa JMJ – 2013, quais os meios que devemos usar para fazer chegar a Palavra de Deus a todos? Quais os desafios a enfrentar? Quais as cruzes que devemos tomar adiante?... Quais os calvários? ...
Resta-nos praticar sempre o amor e a justiça, pois Deus agirá também com justiça conosco, não podemos ficar parados diante das diversas situações de morte que levam nossos irmãos a morrerem na fé.
E anunciar Jesus também e um desafio nesse mundo tão dilacerado pelas discórdias, o Jovem é semeador de uma nova esperança. Cabe ao jovem plantar a semente da paz e do amor para combater a cultura de morte que existe no mundo. É preciso já! por a caminho calçar as sandálias e tomar o rumo a uma Nova Evangelização onde não é necessário apenas mudar a história mas o coração humano, para que crendo em no evangelho   definitivamente chegam à única verdade que é Jesus Cristo.
 O QUE ESPERA SUA SANTIDADE FRACISCO I, COM ESTA 28ª. JORNADA MUNIDIAL DA JUVENTUDE REALIZADA NO BRASIL?

O Papa Francisco espera dos jovens um novo ardor missionário, uma Igreja mais renovada e compromissada com os valores evangélicos, sobretudo a atenção aos pobres e os necessitados de ajuda tanto, física como espiritual. Em um determinado momento de sua pregação disse: “Sejam revolucionários!” quando se referia a temas como a castidade e ao casamento, afirma Francisco I que o casamento não está fora de moda, mas, o maior problema que acontece hoje é a falta de compromisso, as pessoas têm medo de abraçar um compromisso para a vida toda...
Usando de uma grande ternura o santo padre pede à juventude que abracem os valores espalhem a paz e a caridade por onde forem. E SOBRETUDO ESPALHEM A FÉ. E não é qualquer Fé, é a fé que receberam da Igreja pelo batismo.
“A Igreja é jovem!” (...) “Ela quer e precisa ouvir os jovens”. Disse o santo padre.
Quanto à missão ele reafirma que: “A Igreja não deve ficar só nos documentos, mas, deve ir ao encontro de todos como uma mãe que quer abraçar seus filhos e não apenas comunicar através de cartas. Mas como mãe deve sempre cuidar dos filhos”.
Quanto ao Clero e aos bispos católicos ele disse que os religiosos devem se desapegar dos valores econômicos e pensar mais na caridade. E que estejam abertos as mudanças e não fiquem presos às coisas antigas, mas, se abram também aos novos tempos. Que estejam abertos ao diálogo e saibam escutar os jovens e as novas idéias, que renovem a Igreja. O santo padre cita o Documento de Aparecida com suas diretrizes pastorais como orientação para os povos latino-americanos.  
 Com o espírito missionário de Jesus cujo se manteve pobre e desapegado dos bens materiais, mas que se preocupem mais com a evangelização e a salvação de todos.
E esta é a face da Igreja que espera o santo padre: renovar a Igreja; e ela deve transparecer a mesma face de Jesus Cristo, e cujo caminhou com seu povo, compadecendo-se dos pobres e sofredores.
Os pontos positivos desta 28ª. JMJ são muitos, ressaltando que o Sumo Pontífice espera que a Igreja, sobretudo, que os jovens cresçam e ajudem a Igreja com seus valores. E para finalizar o santo padre Francisco I, disse que necessita que os jovens protestem que não fiquem calados e que a Igreja precisa ouvi-los. “Um jovem calado, que não protesta não me agrada!” disse o papa em sua última entrevista à TV Globo.
Também o santo Padre, afirma que é necessário estabelecer laços de comunhão com as outras religiões, sejam elas cristãs ou não a fim de que se estabeleça a paz mundial e o bem comum de todos. Deus quer a comunhão entre todos que todos se sintam amados e respeitados cada qual em sua crença religiosa, mas, que se esforcem para construção de um mundo novo e de uma sociedade melhor.

Que a partir dessas palavras do papa Francisco I, todos os fiéis e não só apenas os jovens, mas toda Constituição de fiéis possam reavaliar os princípios e a moral cristã. Sobretudo a da caridade fraternal, fazendo cumprir o mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!” (Jo15, 12.17) – Somente o amor faz com que os cristãos sejam diferentes, é pelo amor que seremos julgados e é pelo amor que somos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus.

MARIA NA CAMINHADA DA IGREJA – “Maria é a maior entre todos os santos!” – disse Francisco I, porque ela se torna exemplo sendo a primeira que carregou Jesus em seu ventre, ela é discípula do silêncio, mas educa e caminha com a Igreja. Ela como Mãe caminha conosco e nos aponta sempre ao seu filho. Em cada lugar de maneira especial, com seus vários títulos, Maria é modelo de virtude. Ela é a estrela da evangelização, seu SIM generoso a Deus, ela trouxe a salvação tornando-se a Cor-redentora de toda humanidade.
 O nosso SIM missionário a Jesus deve ser o mesmo SIM de Maria a fim de que agora, levando-O com a sua palavra, cheguem todos ao conhecimento da verdade que é Cristo.
 Ela é exemplo de discípula porque foi fiel ao projeto de salvação permanecendo firme até a Cruz, e, no início da Igreja ela estava lá no Cenáculo em Pentecostes e junto dos Apóstolos e recebeu também a Unção do Espírito Santo, agora não apenas como Mãe, mas, como discípula fazendo-se parte da Igreja de Jesus que ali, em Pentecostes se iniciava.
 Maria é exemplo quando junto de seu povo ora e intercede por nós no Céu junto do Pai.
Maria é exemplo quando buscamos viver uma vida eucarística isto é, de comunhão com Jesus presente na Igreja por meio do Sacramento da Eucaristia.
Ela que carregou Jesus em seu ventre foi o primeiro sacrário vivo e imaculado quer que agora O guardemos sacramentalmente em todas as Missas e que O levemos a todos. Assim como fez um dia estando grávida e O levou até Isabel, sua prima distante.
Por isso, Maria caminha conosco na missão junto com seu Filho Jesus; ela esta junto dos seus novos discípulos e sempre se faz presente na tarefa missionária.
 E como Mãe e discípula ajuda-nos a levar a mensagem do Evangelho, sobretudo, o Evangelho vivido e partilhado como exemplo na vida de cada um.






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