"O título Padroeira do Brasil dado à Maria diz muito ao nosso coração de brasileiros. Mas, a alegria dos festejos e o próprio dia feriado podem não favorecer uma real piedade mariana!"
Há devotos que supervalorizam a imagem e descuram as exigências prioritárias da vivência cristã numa comunidade. Como a vida de oração, a participação nos sacramentos, o exercício honesto do trabalho, do lazer, comércio. Festejar por festejar, com vivas, emoções e distrações, pouco ou nada vale se não afervorar em nós o seguimento de Jesus na fé.
A importância social de Maria vem de sua íntima ligação com o Evangelho. Logo, há incoerência no testemunho deste se nos abrigarmos sob o manto de nossa padroeira cruzando os braços, omitindo-nos nos deveres de justiça, caridade, cidadania e cuidados com preservação do meio ambiente. Ou lá onde a consciência cívica e ética é anestesiada. Aí as pessoas são seduzidas por migalhas de assistência social ignoram a corrupção política e não assumem de modo produtivo e honesto a vida, a cidadania, o trabalho. Nossa Senhora não nos protege para isso. Ela não distribui "bolsa-família" e não cria programa sociais. Ela não nos substitui! É padroeira, mas nada faz em nosso lugar! Ela pousa sim seu olhar solícito por nós. Vê lá do céu as nossas precisões e anseios esperando que façamos nossa parte. Maternalmente nos aconselha: "Façam tudo o que Ele, (o Filho), nos diz!" como lá nas bodas de Caná!.
O título padroeira está ligado ao simbolismo religioso da imagem de Nossa Senhora Aparecida e goza de aura popular Brasil afora. Foi aceito e declarado pela Santa Sé em 16 de julho de 1930. Foi proclamado de modo solene pelo povo e o Governo em 31 de maio de 1931. É título "provocativo". Junto com o feriado mexe com as ranhetices a respeito do Estado laico. Mas não nos demove nem insenta de trabalhar para que o País tenha estruturas justas e o consenso moral preservando os valores da saúde, da instrução, do emprego, da moradia, da liberdade, justiça e paz. A descoberta, a colonização, a civilização, a formação humana cultural do País marcam o caráter do homem brasileiro com a fé em Cristo inseparável do culto à Maria.
A história de Maria assemelha-se a nossa. O chamado especial que ela recebeu para ser a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, não lhe tornaram a vida mais fácil, nem retiraram da terra. Antes, a colocaram mais profundamente na história sofrida e dos altos e baixos de seu povo.
O que vamos falar de Nossa Senhora daqui para frente, é através de uma teologia chamada narrativa. Isto é, que conta fatos, pequenas histórias e exemplos sobre os costumes de relacionamento familiar e do culto religioso, sugeridos por livros de estudiosos e também em dados bíblicos do Antigo e do Novo Testamento.
Maria vai à sinagoga aos sábados como todos os judeus, homens e mulheres, iam para rezar. A oração que segue traduz bem o espírito sabático do tempo de Maria. Rezavam assim:
"Queremos acolher o sábado. Vem com a paz, ó sábado, coroa de teu esposo. Vem com alegria, com cânticos para o meio do Povo predileto. Vem, ó Esposa!"
Era desse jeito que Maria, José e o Menino rezavam, quando começava o shabbat, na sexta-feira com o pôr-do-sol.
Para preparar para o culto, Maria toma um banho, quer é o mesmo tempo ritual, para se purificar no corpo e no espírito das manchas da semana vivida. Em seguida passa um pouco de ungüento perfumado. Esfrega nos cabelos o óleo perfumado. A mulher hebréia, para o culto, veste uma túnica festiva que enlaça no corpo com uma fita colorida. Maria coloca um véu longo de linho todo enfeitado com moedinhas no valor de uma drácma. Enfeita-se com um par de brincos em forma de disco, como fala o cântico dos cânticos. Põe no pescoço um colar de estrelinhas atribuídas aos escudos de Davi que tinham seis pontas.
Finalmente, Maria amarra as sandálias nos pés, olha-se no espelho e sai em direção à sinagoga e lá reza junto com sua comunidade de fé Esta é uma das muitas orações que Maria rezava:
"Como são belas tuas tendas, ó Javé! E tuas moradas, ó Santo de Israel! confiante na tua misericórdia, entro na tua casa, Senhor, e me prostro diante do teu santuário de tua glória. Amo as vossas moradas, ó Senhor, lugar onde habita vossa majestade!"
OS PADRES DA IGREJA QUE FIZERAM O GRANDE CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, QUE DUROU TRÊS ANOS - DE 1962 A 1965 - APROVARAM UM DECRETO SOBRE O APOSTOLADO DOS LEIGOS NA IGREJA. NESTE DOCUMENTO ELES AFIRMAM QUE A A BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA LEVOU, NA TERRA, UMA VIDA IGUAL À VIDA DE TODOS NÓS. CHEIA DE CUIDADOS, ZELO PELA PRÁTICA RELIGIOSA E COMPROMISSOS DE TRABALHO. MARIA DE NAZARÉ PERTENCE PARA SEMPRE AO POVO E AO UNIVERSO DAS PESSOAS POBRES E EXCLUÍDAS DESTE MUNDO.
O título padroeira está ligado ao simbolismo religioso da imagem de Nossa Senhora Aparecida e goza de aura popular Brasil afora. Foi aceito e declarado pela Santa Sé em 16 de julho de 1930. Foi proclamado de modo solene pelo povo e o Governo em 31 de maio de 1931. É título "provocativo". Junto com o feriado mexe com as ranhetices a respeito do Estado laico. Mas não nos demove nem insenta de trabalhar para que o País tenha estruturas justas e o consenso moral preservando os valores da saúde, da instrução, do emprego, da moradia, da liberdade, justiça e paz. A descoberta, a colonização, a civilização, a formação humana cultural do País marcam o caráter do homem brasileiro com a fé em Cristo inseparável do culto à Maria.
A história de Maria assemelha-se a nossa. O chamado especial que ela recebeu para ser a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, não lhe tornaram a vida mais fácil, nem retiraram da terra. Antes, a colocaram mais profundamente na história sofrida e dos altos e baixos de seu povo.
O que vamos falar de Nossa Senhora daqui para frente, é através de uma teologia chamada narrativa. Isto é, que conta fatos, pequenas histórias e exemplos sobre os costumes de relacionamento familiar e do culto religioso, sugeridos por livros de estudiosos e também em dados bíblicos do Antigo e do Novo Testamento.
Maria vai à sinagoga aos sábados como todos os judeus, homens e mulheres, iam para rezar. A oração que segue traduz bem o espírito sabático do tempo de Maria. Rezavam assim:
"Queremos acolher o sábado. Vem com a paz, ó sábado, coroa de teu esposo. Vem com alegria, com cânticos para o meio do Povo predileto. Vem, ó Esposa!"
Era desse jeito que Maria, José e o Menino rezavam, quando começava o shabbat, na sexta-feira com o pôr-do-sol.
Para preparar para o culto, Maria toma um banho, quer é o mesmo tempo ritual, para se purificar no corpo e no espírito das manchas da semana vivida. Em seguida passa um pouco de ungüento perfumado. Esfrega nos cabelos o óleo perfumado. A mulher hebréia, para o culto, veste uma túnica festiva que enlaça no corpo com uma fita colorida. Maria coloca um véu longo de linho todo enfeitado com moedinhas no valor de uma drácma. Enfeita-se com um par de brincos em forma de disco, como fala o cântico dos cânticos. Põe no pescoço um colar de estrelinhas atribuídas aos escudos de Davi que tinham seis pontas.
Finalmente, Maria amarra as sandálias nos pés, olha-se no espelho e sai em direção à sinagoga e lá reza junto com sua comunidade de fé Esta é uma das muitas orações que Maria rezava:
"Como são belas tuas tendas, ó Javé! E tuas moradas, ó Santo de Israel! confiante na tua misericórdia, entro na tua casa, Senhor, e me prostro diante do teu santuário de tua glória. Amo as vossas moradas, ó Senhor, lugar onde habita vossa majestade!"
OS PADRES DA IGREJA QUE FIZERAM O GRANDE CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, QUE DUROU TRÊS ANOS - DE 1962 A 1965 - APROVARAM UM DECRETO SOBRE O APOSTOLADO DOS LEIGOS NA IGREJA. NESTE DOCUMENTO ELES AFIRMAM QUE A A BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA LEVOU, NA TERRA, UMA VIDA IGUAL À VIDA DE TODOS NÓS. CHEIA DE CUIDADOS, ZELO PELA PRÁTICA RELIGIOSA E COMPROMISSOS DE TRABALHO. MARIA DE NAZARÉ PERTENCE PARA SEMPRE AO POVO E AO UNIVERSO DAS PESSOAS POBRES E EXCLUÍDAS DESTE MUNDO.
Texto de: Pe. Antônio Clayton Sant'Anna, C.Ss.R.
Revista de Aparecida, edição out/2010.
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