quarta-feira, 1 de julho de 2015

NA SANTA MISSA JESUS CRISTO NOS DÁ O PÃO DA VIDA ETERNA

Precisamos comer bem para viver. Sem alimento nosso corpo se enfraquece e morre. Por isso tomamos várias refeições durante o dia. Se fazemos um trabalho em que exige muito esforço físico, comemos mais para repor os nutrientes que perdemos. Estamos falando nossa vida neste mundo e do nosso corpo material. Mas e na vida eterna? O nosso espírito exige algum alimento em especial?

Claro que sim. Nós cristãos sabemos que assim como nosso  corpo precisa se alimentar e estar bem fisicamente, nosso ser espiritual também precisa estar nutrido da graça de Deus; pois, somos corpo, alma e espírito. E esse é o principal motivo que levou Jesus a instituir a Eucaristia. Jesus quer que nosso corpo e a nossa alma seja plena da graça divina.

Se nós nos preocupamos com nosso bem estar físico, muito mais devemos nos preocupar com nosso bem estar espiritual. É dever de todo cristão alimentar-se e nutrir do pão da Palavra de Deus através da Sagrada Escritura e do Pão da Eucaristia. Isto é Jesus presente em nosso meio através do seu Corpo, Sangue, alma e divindade contidos no pão e vinho consagrados em toda Santa Missa.
Jesus não quer que cheguemos "desnutridos" e enfraquecidos no Céu. Tampouco deseja que morramos eternamente sem os "nutrientes" que a graça salvífica de sua Cruz nos deixou.
Por isso a Eucaristia é a verdadeira comida e a verdadeira bebida. 
Quando comungamos nas Missas, é Jesus que sedá em alimento e através daí nos assimilamos ao seu Corpo e Sangue, o organismo absorve o alimento e desaparecem as diferenças e somos uma coisa só. Jesus se une a nós nos preenche com sua graça.
Por isso, para quem tem dificuldade de entender o Mistério da Eucaristia, a resposta está aí. Jesus deseja e quer morar em nós. Ele quer nos santificar de todas as formas e por isso escolheu esse jeito de ficar bem juntinho a nós. A cada Eucaristia que recebemos, Jesus nos transmite a sua graça santificadora, ao mesmo tempo que nosso ser e nossa alma está plena da presença de Jesus. 

Se não cremos na Eucaristia não podemos crer em Jesus. Pois Ela é Jesus. Se não pertencemos a Igreja corremos os risco de não obter a salvação porque é nela que Jesus oferece todos os meios para estar junto dele e com ele para sempre. 

Vamos recordar no Evangelho de João (Jo6, 51-55):
Depois do milagre da multiplicação dos pães, Jesus disse aos judeus:
"O pão que vos darei é a minha carne, entregue para a vida do mundo". Puseram, então, os judeus a perguntar entre si: "Como pode este dar de comer sua carne?"
Jesus respondeu: "Em verdade em verdade vos digo: se não comeres a carne do filho do homem e se não beberdes de seu sangue, não tereis vida em vós. Quem come minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é a verdadeira comida e o meu sangue a verdadeira bebida".

O que Jesus prometeu?
De fato Jesus estava falando da Eucaristia. Pois, o ato de comer a carne e beber o sangue humano é prática de canibalismo. É o que muitos na hora deviam ter pensado ao dizer: "Como pode este dar de comer sua carne?"
Mas Jesus vai mais além, ele fala versículos antes no mesmo capítulo que ele é o Pão da vida. Vamos ler o texto:

(Jo6, 30-35) Perguntaram eles: "Que milagres fazes tu para que acreditemos em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu" (Sl77, 24). Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe então: "Senhor dá-nos sempre deste pão!"
Jesus replicou: "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim nunca mais terá fome, aquele que crê em mim jamais terá sede".

O Pão celeste que recebemos na terra é uma garantia de que ressuscitaremos (no Juízo final) um dia e tornaremos parte no banquete eterno no reino glorioso de Deus. Nela somos todos irmãos, pertencentes a uma mesma família, assim nós vamos nos preparando para a união perfeita, eterna e definitiva com Deus. 

A Eucaristia não é uma fantasia inventada pela Igreja. Ela foi instituída por Jesus e depois da ressurreição, ela é o maior milagre que Jesus fez por nós. Ao mesmo tempo ela é um presente. Se outrora Deus enviou o maná para matar a fome física dos hebreus no deserto. Muito mais é a Eucaristia que nos une a Jesus e nos faz nele um só corpo. Nós somos Igreja pela Eucaristia. Por isso ela é o centro de tudo na vida da Igreja. Ela é a presença real de Jesus em nosso meio. Uma comunidade cristã que não possui a presença de Jesus Eucarístico é uma comunidade deficiente. 

Muitos cristãos aliados às seitas não creem na Eucaristia. Isso é um erro muito grande que nossos "pastores" protestantes fazem porque eles prometem muitos milagres menos o maior de todos a Eucaristia. Quanto a isso devemos estar atentos ao que disse Jesus:
"Todo aquele que o Pai me dá virá a mim e o que vem a mim não o lançarei fora" ... "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim e eu nele. (Jo6, 37. 53-56)  

Vamos recordar no Antigo Testamento que os judeus tinham o costume de oferecer sacrifícios de animais em ação de graças ou em pedido de perdão. Geralmente sacrificavam um bezerro ou um cordeiro em sinal de uma aliança com Deus.

Mas o que isso adiantava perto do pecado que o homem havia ofendido a Deus?
Muito pouco, senão nada. Pois nenhum homem seria capaz de salvar a sua alma. Somente alguém puro, justo e totalmente santo poderia fazer tal ato. De nos tirar desta enrascada que nos meteu satanás desde o início da humanidade. Para isso Jesus Cristo o filho de Deus veio, se encarnou e tornado-se um de nós menos no pecado no resgatou e se entregou por nós na Cruz em um só sacrifício, puro, justo e santo. Jesus não foi obrigado a morrer por nós, ele morreu por livre vontade, por amor a nós. No Antigo Testamento os sacerdotes israelitas ofereciam os animais para o sacrifício, mas estes animais não podiam ter defeitos.
Jesus se entregou por nós na Cruz, como um cordeiro sem mancha sem defeito. Num sacrifício único puro e santo.
João Batista ao batizar Jesus o aponta: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira os pecados do mundo!" (Jo1, 29) 

 Para merecer esta salvação é preciso alguns passos:
1) Crer no Senhor Jesus e aceitá-lo como único Senhor e Salvador.
2) Ser batizado e pertencer a única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo.
3) Tomar posse desta salvação, tornando-se discípulo e seguidor de Jesus.
4) Viver as virtudes dos seus ensinamentos.
5) Participar e viver os Sacramentos que são canais da graça salvadora de Cristo. 

Jesus morreu uma só vez. Mas seu sacrifício na Cruz continua e se atualiza em todas Santas Missas através do sacramento da Eucaristia. Porque isso é necessário? Porque mesmo diante da graça salvadora nós continuamos a pecar. Sem Jesus nossa vida mesmo que tenha infundido em nós a salvação corremos o risco de perdê-la por nossos pecados. Por isso Jesus quis que não só possamos receber a salvação mas a sua presença contínua. E porque as gerações futuras tenham a mesma graça espiritual e o mesmo dom espiritual da sua presença.
Por isso cada missa, cada Eucaristia celebrada é a atualização do mistério Pascal de Jesus Cristo. Sua paixão, morte e ressurreição.

Bem, Jesus cumpriu a promessa de dar-nos seu Corpo e o seu Sangue como havia dito, como alimento para nossa vida divina. Foi então que na última ceia ele instituiu a Eucaristia. Como um sacrifício incruento, isto é, sem a necessidade de derramamento de sangue ou de prática de canibalismo. É por isso que Jesus não permite (salvo em casos especiais por milagres atestados e comprovados) que o vejamos no pão e no vinho a carne e o sangue em espécie pois isso causaria repúdio e não nos permitiria fazer a comunhão.
A Eucaristia não é só um memorial ou uma lembrança do que Jesus fez na última ceia como fazem os protestantes. Ela é o Corpo e Sangue do Senhor presente nas espécies do Pão e do Vinho consagrados. Quem faz isso é o Espírito Santo quando o padre pronuncia as mesmas palavras de Jesus. Para atestar isso o evangelista ao descrever a cena da última ceia, na parte em que Jesus consagra o Pão e o Vinho eles usam o o verbo É, no presente do indicativo. Para dizer que aquilo que Jesus faz é agora, é real, é no ato da consagração. E não o verbo será, vai ser, se tornará, etc. Ele escreve "Isto é o meu corpo!" ... "Isto é o meu Sangue". (Mt26-28).

Ela é também o grande sinal do amor de Deus por nós de uma Nova Aliança. É a Eucaristia que faz com que todo o Novo Testamento seja um novo tratado de paz e amor de Deus para conosco. Um sinal de amor de Deus por nós. "Porque isto é meu sangue, o sangue da nova aliança que será derramado por vós pela remissão dos pecados!" (Mt26, 28) - então aqui aparece o verbo será, porque Jesus ainda estava para se entregar na Cruz por nós. Veja quanto amor Jesus teve por nós, ELE teve o cuidado de instituir a Eucaristia horas antes de sua morte e não depois.            

Desde que o padre oferece o sacrifício da Missa, repetindo o que Jesus fez na última ceia, nosso Senhor Jesus torna-se presente (COM A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO) sob os sinais do pão e do vinho consagrados. Por isso, recebendo o pão e o vinho consagrados nós recebemos o seu Corpo e seu Sangue na hora da comunhão, que é o alimento do nosso corpo e da nossa alma.

Lembre-se: Isso só pode acontecer na Igreja única de Jesus que é a Igreja Católica Apostólica Romana ou Católica de origem grega, de onde os padres e os bispos tem o sacramento da Ordem que receberam dos bispos que são os sucessores legítimos dos Apóstolos. Nenhuma outra denominação por mais séria que seja não possui o poder de celebrar e consagrar. Pois os protestantes e os evangélicos, e Igreja Católica Brasileira, cujos são nossos irmãos na fé, mas estão separados do verdadeiro Corpo de Cristo que é a Igreja Católica. Eles não possui a Eucaristia apenas fazem um memorial da última ceia apenas, comendo e bebendo puro vinho ou suco de uva só para lembrar a última ceia de Jesus.  
Quando na Comunhão nos alimentamos de Cristo, acontece também que nós e Cristo nos tornamos uma coisa só. As diferenças vão desaparecendo. Nós vamos adquirindo os mesmos pensamentos, desejos e sentimentos de nosso Senhor Jesus. Nós nos transformamos naquilo que tomamos. Pois para isso é que serve a Eucaristia.

Muitos tem dúvidas, por que se usa a hóstia e não o pão comum?

1) A hóstia é um pão de farinha de trigo sem fermento como o pão ázimo que era usado pelos sacerdotes do Antigo Testamento na celebração da Páscoa Judaica (conforme Ex13,3) e Jesus utilizou deste pão devidamente escolhido para a celebração da Páscoa com seus discípulos.
2) O vinho utilizado na Missa para a consagração é o vinho sem álcool. Fermentado com o próprio ácido da uva. Também chamado de vinho canônico.
A única diferença do pão ázimo para a hóstia está na confecção; enquanto o pão ázimo, o pão sem fermento é assado e fica meio amorenado, a hóstia é feita de outra maneira com ferramentas modernas de onde fica redonda e branquinha, secada em uma chapa especial ou em alguns casos ao sol; mas é o mesmo pão sem fermento. 

A Igreja não utiliza do pão com fermento para a celebração da Eucaristia por 03 motivos:

1) O pão sem fermento foi utilizado por Jesus. Ele poderia escolher outro se quisesse, mas preferiu seguir a tradição de seu povo como manda a Lei de Moisés. Portanto, a Igreja segue essa mesma tradição, porque a Igreja não tem poder para modificar aquilo que Jesus instituiu. Nenhum sacramento da Igreja pode ser modificado, pois foi instituído por Jesus.

2) Como o pão se transforma na Eucaristia. (Ao contrário das outras seitas que não possui a Eucaristia). O Corpo do Senhor fica guardado no Sacrário para ser adorado e comungado em todas as missas. Se fosse pão fermentado o risco de estragar seria maior e assim poderia ser sacrilégio. 

3) O pão fermentado esfarela muito e na hora da Comunhão pode vir a cair no chão, ser pisado e profanado.

Jesus já tinha pensado nisso e como tal preferiu utilizar o pão sem fermento ou pão ázimo que é mais durável e parte da tradição judaica. No caso das igrejas protestantes onde não há a Eucaristia, eles usam o pão comum e o suco de uva ou vinho, porque se cair, derramar ou azedar não tem problema algum porque ali não existe a presença real de Jesus Eucarístico e sim um memorial da última ceia.  
  
Nós percebemos a presença de Jesus na Eucaristia não é por nossos olhos físicos, se olharmos com os olhos humanos ali vai conter apenas a matéria. Mas a entendemos e a percebemos com os olhos da Fé. Muito embora Jesus já se manifestou fisicamente para nos provar a veracidade da sua presença Eucarística, como já vemos o belo milagre de Lanciano e tantos outros.  

E porque não se guarda o vinho? Pelo mesmo motivo, porque a matéria (o vinho) azeda e assim pode ser sacrilégio.
  
O que nós recebemos e tomamos na hora da comunhão é Jesus. Mas não é Jesus menino, nem Jesus de braços cruzados sem nada pra fazer. É Jesus ressuscitado que, vivo como está nos céus, e que se tornou presente sob os sinais do pão e do vinho para renovar a entrega de sua vida ao Pai, como tinha feito na Cruz.

Por isso, quando comungamos, Jesus nos faz tomar parte da maneira mais completa possível, no seu Sacrifício. Comungar é a maneira mais completa de entregarmos a nossa vida ao Pai junto com Cristo. Isso é muito sério. Por isso Paulo aos Coríntios vem nos alertar que a Eucaristia não é um alimento qualquer, mas a quem comungar deve estar preparado dignamente com o coração limpo sem ódio, sem pecado, sem mácula, pois Cristo fará morada em nós pela Eucaristia.Se não estivermos preparados não podemos comungar, pois ela também pode ser nossa condenação. Não que Jesus nos condene, mas nós nos condenamos recebendo Jesus e fazendo tudo ao contrário depois traindo-o espiritualmente e fisicamente.  

A Eucaristia é a maneira mais completa de acompanharmos Cristo em sua Páscoa, isto é a "passagem" da morte para a ressurreição: comungando nós vamos progressivamente morrendo para o pecado e vivendo a vida nova de amizade com Deus Pai.

O Ideal seria comungarmos todos os dias, não só aos domingos. Mas a Igreja recomenda que o façamos pelo menos uma vez por ano por ocasião da celebração da Páscoa do Senhor.

Cristo pela Comunhão, nos ajuda a morremos para o pecado: desperta em nós o amor de filhos para com Deus, nos preserva do pecado, purifica nossa alma dos pecados, dá-nos força para vencer as tentações. Ele aumenta em nós esta mesma vida divina, ensinando-nos a sermos verdadeiros filhos de Deus em todas as situações de nossa vida.

A Palavra Comunhão é a junção de: comum+união. 
Cristo torna-se nosso alimento na santa missa, não simplesmente para nos encontrar individualmente conosco. Ele está presente entre nós como cabeça do seu Corpo Místico, como chefe do povo de Deus, como videira a qual todos nós somos ramos.
Ele está entre nós como uma refeição familiar para reunir em um só Corpo, num só povo, numa só família. Na Comunhão, quando nós nos tornamos uma coisa só com Cristo, por isso mesmo nos tornamos uma coisa só entre nós. A nossa união fraterna é o fruto principal da Comunhão. 

Ao dar a Comunhão o padre apresenta o Corpo e Sangue de Cristo presente na hóstia consagrada dizendo: "Corpo de Cristo". Nossa resposta é o Amém em alto tom. Com esse "amém" estamos Dizendo que aceitamos receber Jesus na Eucaristia como nosso alimento. Diante disso você também afirma que acredita e que entrega sua vida nas mãos de Deus Pai comprometendo a viver uma vida pura e santa diante de Deus.

Por isso meus irmãos, é necessário como disse uma boa preparação: Fazer uma boa confissão. Jejuar pelo menos uma hora antes da Comunhão e uma hora e meia depois abater-se de se alimentar.
São Paulo nos orienta: "Todo aquele que comer deste pão e beber deste cálice do Senhor indignamente, será culpável do Corpo e Sangue do Senhor. Aquele que Come e bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, (isto é, sem saber o que está fazendo e em pecado grave) come e bebe a própria condenação. (1Cr11, 27. 29)   

       

sexta-feira, 24 de abril de 2015

HISTÓRIA DE SÃO JORGE - Lenda ou realidade?




REFERÊNCIAS DE SEU NOME
O QUE SIGNIFICA?

As referências históricas dizem que São Jorge ou Georgius nasceu no século III, na Capadócia  – Na Turquia que naquele tempo era província romana.  .
Embora seja impreciso calcular realmente a data exata do seu nascimento e morte. O que se sabe é que era um cristão fervoroso, muito caridoso, e um valente guerreiro.  

Jorge vem de dois gêneros geos (terra) +  orge (cultivar) que significa, cultivar, cultivando um lugar (a terra). Mas existem outras explicações sobre de seu nome:

As junções  de gerar ( ou sagrado) + gyon = areia, formamos o nome: Areia Sagrada
Gyon ainda pode significar a palavra luta, então no significado anterior para ser Lutador Sagrado.

Também o nome Jorge poderia vir da junção de outros três gêneros:

Gero + gír + ys  = Gerogírys, gero, significa peregrino  e gír, significa cortado e ys, significa conselheiro. Jorge foi peregrino, foi cortado em seu martírio foi e conselheiro na prédica do Reino de Deus.

COMO VIVEU  SÃO JORGE?

O Concílio de Nicéia considerou a Legenda Áurea de São Jorge escrita por Jacoppo, apócrifa, pois os fatos relatados são impossíveis de serem confirmados como verídicos, isto é, são colocados como fantasiosa demais para ser verdade. Mas o fato é que este é o livro que mais relata a história deste santo.

São Jorge realmente existiu, embora não seja possível construir todos os seus passos sobre a terra. Por ser um dos primeiros mártires do cristianismo, os registros históricos prescritos como acontece com os outros santos não existem. Mas há muitas referências históricas sobre ele, o que contribuiu até para que surgisse muitas lendas em torno da vida deste santo. Mas o que as referências então trazem sobre São Jorge?    

São Jorge era soldado romano. Dizem que seu martírio aconteceu em Diáspolis na Pérsia, (anteriormente, Lida), perto de outra  chamada Jope. .  Outras versões dizem que seu martírio ocorreu sob os imperadores Diocleciano (sem a participação dele) e Maximiano. Outras fontes dizem que teria sido nos tempos do Governador Daciano, outros, nos tempos dos imperadores Diocleciano e Maximiano.

SÃO JORGE E O DRAGÃO 

Às margens de um lago grande como um mar escondia-se um enorme e pestilento dragão, que aterrorizava a população local.

Para impedi-lo de procurar alimentos na cidade, os moradores ofereciam à fera um duas ovelhas por dia. Em pouco tempo passou a faltar ovelhas e, para compensar a fome do dragão,  passaram a oferecer uma ovelha e um humano – um rapaz ou uma moça. Depois de algum tempo passou a faltar gente, e então realizaram um sorteio para ver quem seri a próxima vítima,  a filha do rei  então foi escolhida  para ser entregue ao monstro. Lembrando que aqueles povos eram pagãos e tinham o dragão um deus. 

O rei desesperado implorou para que não oferecesse sua filha ao dragão, mas, tudo em vão. O rei conseguiu um prazo de oito dias para entregar sua amada filha. Depois desse período, nada podia fazer. Os dias passaram sem ter o que fazer o rei entregou sua filha ao  sacrifício e seu destino era ser levada onde habitava a fera e lá ela ficou esperando para ser devorada.

Conta-se que São Jorge Jorge passava casualmente pelo local e viu a jovem princesa chorando às margens do lago. A jovem avisou ao Santo que ele deveria sair correndo o mais rápido possível dali pois,uma terrível fera estava para chegar ali, mas,  São Jorge insistiu que ela explicasse o quê estava acontecendo, foi quando o monstro apareceu, vindo de dentro do lago. São Jorge montou em seu cavalo, fez o sinal da cruz e, recomendando-se a Deus,  pegou sua lança e perfurou a cabeça do monstro, fazendo-o cair.

Depois do acontecido São  Jorge mandou que a princesa colocasse seu cinto no pescoço do dragão. O monstro seguiu-os manso com seu cinto servindo de coleira como um cão-guia. 

Chegando na cidade o povo assistia pavorosamente, ao ver o cavaleiro, a jovem e o dragão. São Jorge tratou de acalmá-los, exortando as pessoas a aceitarem Jesus e fossem batizados. Todos na cidade foram batizados. Em seguida, São Jorge matou o dragão. Dizem que, 20 mil homens foram batizados. Lenda ou não, Jesus diz que para aquele que crê nada é impossível. Se um menino, Davi, pode matar um gigante porque um homem com a fé que tinha em Jesus não podia matar um monstro?
O que fica nessa história não é o fato de São Jorge ter conseguido matar um dragão ou seja lá o que for. O exemplo que esta lenda nos deixa é que devemos matar em nós vários dragões que nos impede de viver uma verdadeira fé em Jesus. Os dragões das nossas vaidades, falta de fé, de justiça, de amor.  
Continuando a lenda...
O rei em homenagem a Nossa Senhora e ao beato Jorge, mandou construir na cidade uma enorme igreja, sob cujo altar surgiu uma fonte de água que curava os doentes. O rei ofereceu a São Jorge muitos presentes e  dinheiro, mas ele não aceitou e pediu que o rei o distribuísse para os pobres. Jorge, ao deixar a cidade deixou ainda quatro conselhos: cuidas das igrejas, honrar os padres, ouvir com atenção o santo ofício e nunca esquecer a caridade com os pobres. 

Claro que aqui se trata de uma lenda uma estória em torno da vida deste santo, tido como um verdadeiro herói por causa de sua grande fé em Cristo.

O  MARTÍRIO

O governador Daciano, nos tempos de Diocleciano, em apenas um mês, martirizou 17 mil cristãos. Seria muito maior se não tivesse quem voltasse atrás e negasse sua fé, um tempo em que cristãos amedrontados em obrigados a fazer sacrifícios aos ídolos pagãos, como era a vontade do Imperador.

São Jorge ficou consternado com o que via. Distribuiu tudo que possuía, trocou suas vestes de soldado pelas humildes vestes humildes dos cristãos se opôs aos deuses romanos, chamando-os de demônios, o que enfureceu o Governador. São Jorge identificou-se a Daciano como vindo de nobre estirpe da Capadócia, que, com a ajuda de Deus, havia submetido a Palestina, mas que deixaria tudo para seguir ao Deus do Cristo.


Daciano mostrou toda a sua “civilidade” romana ao ouvir a declaração de Jorge. Mandou-o suspender no potro (um instrumento de tortura romano que recebeu esse nome por ser parecido com um cavalo) e que seus membro fossem dilacerados com garfos de ferro.  Para complementar, mandou ainda que Jorge fosse queimado com tochas e suas feridas salgadas. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a São Jorge e o confortou de forma tal que os tormentos pelos quais passou pareciam não ter acontecido, pois mesmo alquebrado, Jorge permanecia fiel e sereno.

Um mágico foi convocado por Daciano, que julgava que os cristãos, na verdade, eram embusteiros, como ele o era (mais ou menos um ancestral debiloide de Richard Dawkins, que é outro debiloide). O mágico quis mostrar ao governador que a fé de São Jorge não passava de uma farsa. E que no final dobraria São Jorge ou perderia sua cabeça.  Envenenou-o vinho. Ele deu o vinho para São Jorge. Ele porém, Fazendo o sinal da cruz sobre a bebida, tomou o vinho e nada lhe aconteceu. O mago então se converteu lançando-se aos pés de São Jorge e pediu o batismo cristão. Depois do batismo foi decapitado.

Não satisfeito, Daciano mandou que São Jorge fosse colocado na roda com espadas, que quebrou e nada lhe ocorreu. Então mergulharam o santo em um caldeirão de chumbo derretido e lá foi retirado sem  como quem sai de um banho quente.

Então, Daciano tentou comprar Jorge e, com mansidão, procurou convertê-lo ao paganismo. Fingindo, Jorge concordou. A cidade então compareceu ao templo para ver o impenitente nagar sua fé. São Jorge então caiu de joelhos e orou a Deus que castigasse os pagãos. O templo, seus deuses e seus altares foram destruídos por uma chuva de enxofre e os sacerdotes quedaram mortos.

A rainha Alexandrina, esposa de Daciano, vendo o sofrimento de Jorge e as crueldades de seu marido, resolveu abraçar a cruz, o que lhe custou a vida. Daciano mandou pendurá-la pelos cabelos e surrá-la. A rainha Alexandrina temia pelo fato de não ter sido batizada nas águas, mas Jorge acalmou-lhe declarando  "seu sangue mártir seria seu próprio batismo". 

A MORTE DE SÃO JORGE

Jorge foi condenado pelo governador a ser arrastado por toda a cidade e no final, ser decapitado. Isso aconteceu no dia seguinte após a rainha Alexandrina ser martirizada.

Ele orou a Deus pedindo que todos aqueles que implorassem pedindo a assistência divina, por onde ele passasse teriam seus pedidos atendidos. A voz divina concedeu o seu pedido. Depois de horrendas tortura, São Jorge foi decapitado. Era o ano de 247 d.C.

Daciano não ficou sem castigo no mesmo dia, um fogo vindo do céu caiu sobre ele e sobre sua guarda pessoal, matando-os instantaneamente.

QUAL A DIFERENÇA DO SÃO JORGE VENERADO PELA IGREJA E O "SÃO JORGE" DOS CULTOS DOS ORIXÁS?

Se pegarmos as imagens dos dois santos não vai perceber diferença nenhuma. A imagem, pintura ou escultura de São Jorge (o santo católico), a mais comum, é representada por um moço, um soldado romano, montado em seu cavalo com uma lança na mão pronto para matar um dragão.

No culto do candomblé também é a mesma coisa. A diferença está que lá no candomblé São Jorge não é venerado como aquele santo católico, cristão e mártir do século III como lemos aqui neste documentário. No candomblé e na Umbanda aquela imagem representa uma entidade, um Orixá, como eles mesmos dizem, de nome Ogum que é um dos vários deuses africanos. E por que  isto? 

Porque no período colonial aconteceu o que chamamos hoje de sincretismo religioso. Os escravos negros, vindos da África, trouxeram de lá suas crenças religiosas, mas não podiam expressar publicamente suas crenças. Era proibido, o escravo tinha que obedecer as leis do seu senhor, que no caso era a religião católica, e quem desobedecesse era castigado severamente. Eles não possuíam uma catequese como a nossa. Os seus senhores simplesmente os batizavam, em alguns casos, davam-lhes um nome cristão e apenas isso. 

Para manter viva suas crenças em seus deuses ou Orixás, eles associaram alguns santos católicos,  mais conhecidos, ou venerados nas igrejas e fazendas com as suas entidades e assim passarem despercebidamente aos olhos dos seus senhores. 

E foi assim com São Jorge, A Virgem Maria (que eles chamam de Iemanjá), Santo Expedito, São Benedito, e o próprio Jesus que eles chamam de Oxalá outro deus africano, Santa Bárbara eles chamam de Inhansã, uma deusa africana, etc. Mas não são todos que eles usaram, eles pegaram somente aqueles que eles conheciam através dos cultos populares católicos; se você procurar em um terreiro de candomblé uma imagem de Santo Agostinho, ou Santo Afonso, ou então São João Maria Vianey, cujos santos eram mais venerados dentro das congregações você não vai encontrar, pois, não vai ter nenhuma ligação com seus "Orixás". Mas o fato é que eles usam apenas a imagem, (a imagem é apenas a imagem) outra diferença está que no culto do candomblé e da Umbanda, tais imagens tidos como deuses são adorados como deuses. Nós católicos não adoramos uma imagem e nem adoramos a pessoa dos santos. Somente adoramos a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Devemos prestar atenção que lá fora eles dizem ser devotos do santo católico, mas dentro de seus terreiros ou centros como conhecemos isso não é verdade, eles veneram seus Orixás africanos que são seus deuses originais. 

Depois da escravidão, e hoje depois de tantas informações onde a catequese chega a todos de várias formas, eles não quiseram mudar e continuam com esse sincretismo religioso. 
O São Jorge que nós veneramos e tomamos como exemplo de fé por sua coragem, perseverança na fé cristã, pelo seu amor para com os pobres, sua nobreza e bravura, o seu exemplo de bom soldado de cristo.

Há então uma enorme diferença entre  um e outro, entre o certo e o errado que nós não podemos esquecer. Por que digo? Porque eu vi um apresentador da TV Globo dizer: "Hoje é dia de São Jorge Guerreiro, Ogum!" Sim, para nós católicos o dia é de São Jorge, mas não de Ogum. Ele compara nós católicos como se concordássemos com isso e fôssemos todos cultuadores de Orixás. Ou como se nós católicos fôssemos idólatras, ou politeístas.

O culto dos Orixás com imagens católicas nada tem a ver, com o Culto prestado a São Jorge e os demais santos pela Igreja Católica.
Nós respeitamos as outras crenças, respeitamos a liberdade religiosa, mas, devemos perceber a diferença enorme entre as duas coisas. Acho que nem São Jorge que lutou tanto pela fé católica e pela aniquilação dos deuses pagãos ficaria contente se você fosse devoto de uma entidade africana que leva o nome dele não é mesmo? 

ORAÇÃO A SÃO JORGE

Ó Deus onipotente, 
Que nos protegeis 
Pelos méritos e as bênçãos 
De São Jorge. 
Fazei que este grande mártir, 
Com sua couraça, 
Sua espada, 
E seu escudo, 
Que representam a fé, 
A esperança, 
E a inteligência, 
Ilumine os nossos caminhos... 
Fortaleça o nosso ânimo... 
Nas lutas da vida. 
Dê firmeza 
À nossa vontade, 
Contra as tramas do maligno, 
Para que, 
Vencendo na terra, 
Como São Jorge venceu, 
Possamos triunfar no céu 
Convosco, 
E participar 
Das eternas alegrias. 
Amém!

 
CREIO EM DEUS PAI TODO PODEROSO, CRIADOR DO CÉU E DA TERRA E EM JESUS CRISTO SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR QUE FOI CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO, NASCEU DA VIRGEM MARIA PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS. FOI CRUCIFICADO MORTO E SEPULTADO, DESCEU A MANSÃO DOS MORTOS, RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA, SUBIU AOS CÉUS, ESTÁ SENTADO A DIREITA DE DEUS PAI TODO PODEROSO/ DONDE HÁ DE VIR JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS, CREIO NO ESPÍRITO SANTO NA SANTA IGREJA CATÓLICA E NA COMUNHÃO DOS SANTOS, NA REMISSÃO DOS PECADOS , NA RESSURREIÇÃO DA CARNE, NA VIDA ETERNA. AMÉM.
PAI NOSSO...
GLÓRIA AO PAI, AO FILHO,E AO ESPÍRITO SANTO!


São Jorge, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

POR QUE VOCÊ PEDRO?

Pouco sabemos da vida particular deste homem espetacular; não sabemos muita coisa a respeito dele. Sabemos que seu nome original é Simão.
Um pescador da Galileia que um dia foi chamado por Cristo para ser Apóstolo. 
Cristo muda seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

Os evangelhos falam muito de Pedro, mas após o chamado de Jesus. 
Sabemos que seu pai se chamava Jonas. Logo os Apóstolos o chamarão de Simão Pedro. Foi um dos doze Apóstolos. 
Existem diversas interpretações protestantes sobre o significado deste versículo. As igrejas do protestantismo histórico, argumentam que a "pedra" referida seria a confissão de fé de Pedro, isto é, que Cristo é o Messias . As igrejas pentecostais e neo-pentecostais argumentam recentemente que a pedra é o próprio Jesus. Em ambos os casos afirma-se que na tradução da Bíblia em grego, a palavra para pedra é "petra", que significa uma "rocha grande e maciça", a palavra usada como nome para Simão, por sua vez, é "petros", que significa uma "pedra pequena" ou "pedrinha". Porém em grego, inicialmente as palavras "petros" e "petra" eram sinônimos no primeiro século e no Evangelho segundo Mateus original em aramaico, língua falada por Jesus e pelos apóstolos, a palavra para rocha ou pedra é Kepha, enquanto a palavra para pedrinha é evna, o que Jesus disse a Simão foi “tu és Kepha e sobre esta kepha construirei minha igreja.”
Então aqui podemos dizer que Jesus não estava falando apenas dele e sim da vocação de Simão Pedro quando após sua morte se tornaria o chefe da sua Igreja.
Todos sabemos que Cristo é a Pedra Angular, mas como Jesus precisava subir aos céus um dia, e como tal deixou sua Igreja na terra para a santificação do seu povo, Nosso Senhor Jesus Cristo escolhe um homem para estar à frente da sua Igreja. Esse homem é Pedro. Foi uma indicação, uma escolha direta de Jesus que ninguém, nem pensamentos contrários pode mudar. Pedro então se torna o pastor-chefe da Igreja e após a ascensão de Jesus aos Céus, ele fica sendo o seu representante na terra. Ou seja, se quisermos ver a pessoa de Jesus na sua Igreja, nosso olhar deve se voltar para Pedro, pois, ele reflete a pessoa de Jesus.  

Vamos ler com cuidado o texto que fala sobre essa missão de Pedro: Mt16, 13-20 

Chegando ao território de Cesareia de Filipe,

Jesus perguntou aos discípulos: 
                                                        
No dizer do povo quem é o Filho do homem?
Responderam: "Uns dizem que é João Batista; outros, Elias, outros Jeremias ou um dos profetas".
Disse-lhes Jesus: "E vós quem dizeis quem sou?"
Simão tomando a palavra disse:
"Tu és o Cristo, filho de Deus vivo!"
Jesus então disse:
"Feliz é tu Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, tudo que ligares na terra será ligado no céu. E tudo o que desligares  na terra será também desligado nos céus". Depois ordenou aos discípulos que não dissessem nada a ninguém que ele era o Cristo.

Vamos analisar bem o texto para melhor entendimento:

Primeiro Jesus faz uma pergunta difícil de ser respondida. 

Quem sou eu pra vocês? ... 

Embora os discípulos convivessem com Jesus em meio a muitas ideias contrárias eles tinham dúvidas, muitas dúvidas. Dúvidas essas que somente após Pentecostes foram-lhes abertos as mentes e eles puderam ver com maior clareza que as Escrituras falavam unicamente do Messias. Jesus queria confrontar as opiniões. O mundo lá fora tinha Jesus como um grande profeta, achavam até que eram um dos grandes profetas como, João Batista ou Elias que tinha ressuscitado. Mas ainda não acreditavam que ele era realmente o messias. Mas os discípulos tinham razão de sobra para acreditar que Jesus não era só um simples profeta.
Pedro tem a certeza de quem é Jesus. 
João Batista testemunhou a chegada do Messias apontando-o duas vezes como o "Cordeiro de Deus" aquele que tira o pecado do mundo,(Jo1, 29.36). João que tinha visto o Espírito Santo descer sobre Jesus e a voz do Pai dizer: "Este é meu filho amado no qual ponho minha afeição" (Mc1,10)   Mas, num certo momento de fraqueza, quando estava preso e prestes a ser morto mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se ele era realmente  o Messias. Qual a Dúvida de João Batista? Ele testemunhou Jesus publicamente a ainda restava-lhe a dúvida.    
Logo, Jesus manda dizer a João que os cegos vêem, os coxos andam,os mortos ressuscitam. (Mt11, 2-5) Embora fosse o maior dos profetas como disse Jesus restava-lhe essa dúvida. 
Pedro não, pelo contrário, sendo o mais velho, sendo de cabeça dura, as vezes turrão,  mas, o mais experiente, afirmou categoricamente, muito embora impelido pelo Espírito Santo, mas ele deixa sair de sua boca as mais belas palavras: "Tu és o Cristo o Filho do Deus Vivo!" - derrotando tudo que o mundo e as filosofias pensavam a respeito de Jesus. Assim com essa profissão, Jesus não é um simples profeta. Nem tampouco reencarnação de ninguém (como criam alguns); ele, Jesus, é o Cristo de Deus. o Ungido de Deus, o Filho de Deus.      

Jesus  põe os discípulos em "saia justa", "Quem vocês acham que eu sou?" - Mas aí entra um personagem importante, o Espírito Santo toca o coração de Pedro e ele professa quem Jesus realmente é. "Tu és o filho do Deus Vivo!". Pronto! Com palavras fortes e verdadeiras, Pedro havia respondido e acabado com as incertezas dos outros onze; se é que elas existiam. Jesus então o elogia, não por ele, mas porque naquele momento o Espírito Santo tinha tocado o coração de Pedro. Era preciso que tal afirmação acontecesse, pois a partir daquele instante Jesus estava pondo em projeto sua Igreja. Então vem a escolha dos doze Pedro era o mais velho, era meio duro, briguento, mas um homem de coração sincero. 
Jesus então o escolhe para ser o líder da sua Igreja. "Tu és Cefas" a rocha, a pedra pela qual eu fundarei a minha Igreja. Note que até aqui a Igreja não existia, a missão de Jesus ainda não estava completada. Faltava ainda aquelas palavras do alto da Cruz: "Tudo está consumado!" - Tudo está realizado, cumpriu-se as Escrituras. 

Mas Jesus já entrega a Pedro as chaves  do reino dos céus. O que isto significa?
Significa que as chaves é o poder de Jesus sobre a Igreja, pelo qual Pedro teria toda autoridade para governar o povo. A partir de Pedro a Igreja abriria as portas da salvação ao mundo inteiro, através dele todos nós seríamos conduzidos a ela numa porta só, JESUS CRISTO.

 A palavra chave que dizer muitas coisas e não só aquela ferramenta de metal que abre e fecha  as fechaduras das portas. Chave quer dizer também, segredo, legado, poder divino. Esse poder dado a Pedro não é um governo como os dos reis comuns, mas o poder de estabelecer um elo entre nós e Cristo pela ação da Igreja. Isso não é maravilhoso?

Jesus sabia que tinha que morrer, ressuscitar e subir ao Céu. A salvação seria dada a todos os homens de qualquer canto da terra. Porém sem a Igreja quem conheceria e tomaria posse da salvação? O papado não é um governo como outro qualquer, ele existe porque assim é necessário segundo as ordens de Jesus a Pedro; ele é um serviço. o Papa está a serviço de Jesus para seu povo na Caridade.  

E porque nós somos pecadores e portanto, mesmo com direito a salvação os pecados continuariam a existir, pois somos humanos. 

Nesse ponto Jesus institui a Igreja para nos modelar, para nos conduzir à santidade. Para isso Jesus escolheu doze homens, os seus Apóstolos e dentre eles um seria o seu representante legal, visível, esse homem é Pedro. 
Mais tarde, com o passar dos tempos a Igreja viria a lhe chamar os sucessores de Pedro de Papa palavra que significa Pai. Também Vigário de Cristo. E a Pedro a Igreja o chama de príncipe dos Apóstolos por causa desta escolha de Jesus. É uma expressão carinhosa que exprime claramente quem é a pessoa de Pedro e seus sucessores. 

Mas uma pergunta fica: Será que Pedro compreendeu bem aquelas palavras de Jesus?
A princípio não. Primeiro, os Apóstolos e todo povo que acreditava em Jesus, via nele o Messias, mas aquele messias que viria para revolucionar Israel, tomar o poder das mãos dos Romanos. Não via Jesus como enviado de Deus para a salvação dos pecados. E os Apóstolos esperavam também a mesma coisa. Tanto que quando Jesus morreu na cruz foi uma desolação para eles, a ponto de alguém dizer: "E nós que acreditávamos que ele havia de restaurar o reino de Israel e agora já faz três dias que tudo aconteceu!" - Parece-nos irônico para quem ouviu Jesus dizer outrora que ele era o Cristo. 

Mas somente a ressurreição e a partir da manifestação de Jesus Ressuscitado que as coisas foram se esclarecendo. Agora sim outra vez o chamado de Pedro é definitivamente confirmado por Jesus ao governo da sua Igreja. Dessa vez Jesus confirma o chamado e a missão de Pedro. Encontramos essa passagem no Evangelho de São João após os fatos que relatam a ressurreição, agora era Jesus Glorioso, Jesus Ressuscitado quem novamente confirmou Pedro na missão de Pastor da sua Igreja. Vamos ler o texto: Jo21, 15-18.

Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro:
"Simão, filho de João, tu me amas mais que estes?"
Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo".
Disse-lhe Jesus: "Apascenta meus cordeiros."
De novo Jesus perguntou:
Simão, filho de João, tu me amas?
Pedro respondeu: "Sim Senhor, tu sabes que te amo."
Disse-lhe Jesus: "Apascenta meus cordeiros."
De novo perguntou Jesus pela terceira vez:
"Amas-me?", e respondeu:
"Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo."
Disse Jesus: "Apascenta minhas ovelhas. Em verdade eu te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas por onde querias. Mas quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres". Por estas palavras ele indicava com que tipo de morte havia de glorificar a Deus.

Não foi a toa que Jesus queria ouvir de Pedro uma resposta firme, coerente e decisiva. Pedro havia nagado Jesus por três vezes quando Jesus tinha sido preso. Embora ele tenha se arrependido, de coração sincero, por causa disso não se achava mais digno de ser um Apóstolo. Mas também após a comunicação de que Jesus tinha ressuscitado foi o primeiro dos Apóstolos a correr ao sepulcro e vê-lo vazio. 
Pedro duvidou várias vezes. Uma vez quando Jesus ia andando sobre o mar, queria ir ao encontro de Jesus e em vez de confiar mais uma vez duvidou e começou a afundar. A ponto de Jesus questionar a sua fé. Jesus precisava saber (embora conhecesse seu coração), de Pedro uma resposta definitiva. Porque somente por amor, um grande amor, poderia assumir a missão de ser Pastor da sua Igreja. Era Pedro que daquele dia em diante em nome de Jesus tomaria o rumo da barca. Era ele o responsável pela pesca das almas humanas que Cristo conquistou pela morte na Cruz.
Mas a resposta de Pedro é firme: "Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo!"     
Essa era a nova missão de Pedro. Ser o Pastor de sua Igreja. Jesus confirma Pedro nesta missão, mas exige dele uma resposta clara e objetiva, uma resposta de amor. Mas não foi Pedro que deu testemunho apenas, foi João o discípulo amado de cristo quem testemunhou essa verdade e deixou para nós que a autoridade de Pedro, o seu pastoreio veio da ordem do próprio Jesus. Foi com a autoridade de Jesus Ressuscitado quem determinou a Pedro. Com isso Jesus criava primeiro seu representante na terra e depois em Pentecostes a Igreja com a unção e assistência do Espírito Santo caminhava e entrava na história. A única e verdadeira Igreja de Jesus.  Mas tudo iniciou-se com estas palavras de Jesus a Pedro. Na última Ceia Jesus institui o sacerdócio ministerial e depois institui o sobre Pedro confirma o Magistério da Igreja.  

A TESE SOBRE O CHAMADO DE PEDRO  

Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.

Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar em Atos dos apóstolos, na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.

Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de ser milagrosamente solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. Após esta reunião, Pedro ficou em Jerusalém. Paulo, Barnabé, Judas (Barsabás) e Silas foram para Antioquia.

Depois de três anos, Paulo volta a Jerusalém para visitar Pedro e com ele fica quinze dias. Quatorze anos depois, Paulo retorna a Jerusalém e lá se encontra com Tiago, Pedro e João.

Tempos depois, por volta da metade do século I d.C, Pedro vai a Antioquia, onde ocorre uma discussão entre ele e Paulo, conhecida como o Incidente em Antioquia. 

Esse fato separou os dois por algum tempo. Mas qual é a verdadeira causa da discussão que separou os dois? Não sabemos com profundidade, mas, podemos deduzir o fato de que Paulo ousava querer converter povos de outras nações que não fossem judeus. Para Paulo todos eram dignos de receber o batismo sem distinção de raça ou cor, todos eram dignos de receberem a salvação o que eles chamavam de incircuncisos, pagãos ou gentios. Paulo defendia que o Evangelho não pertencia mais só aos cristãos judeus, mas a todos, era preciso levar o Evangelho para todo mundo, além dos muros de Jerusalém. Em tese ele estava certo porque Jesus assim havia ordenado. Pedro achava que não que a Igreja deveria permanecer em Jerusalém e que somente os judeus poderiam ser batizados. O que depois o Livro dos Atos vai descrever que Pedro muda de idéia após uma visão que Jesus lhe tinha mandado onde ele entendeu que aquela mesma mostraria que ele estava enganado e que todos os povos, os gentios teriam que ter acesso ao batismo e à Palavra.         

A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia. Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma. Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.

Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.

PEDRO PRIMEIRO BISPO DE ROMA - A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA 

A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013. Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho. Trata-se da Igreja de Roma . Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura Cristã. Verdadeiramente antes da Igreja Católica se estabelecer em Roma, porque isso aconteceu tempos depois sob o reinado do Imperador Constantino; Roma era uma cidade promíscua, onde se cultuavam outros deuses. Tida como devassa e prostituta por causa das muitas promiscuidades  e crimes que ali cometiam, inclusive com a condenação e morte cruel de vários cristãos que eram martirizados ou jogados no coliseu para serem devorados pelos leões. 
Somente após a Igreja ter se estabelecido em Roma e se tornado a religião oficial do Império Romano que a coisa mudou de figura e a Basílica de São Pedro foi construída em cima do lugar onde Pedro havia sido sepultado. Mas a Catedral oficial do Papa é a Basílica de São João de Latrão. Por isso sabe-se que a Igreja Católica não surgiu no tempo de Constantino mas é a mesma Igreja descendente dos Apóstolos e cujo Pedro era seu legítimo Pastor.

Testemunhos históricos de Pedro em Roma

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.

Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96) d.C., em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:

"Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança".

Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107) d.C., em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:
"Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".
Papias, bispo de Hierápolis, por volta de (140) d.C., ao tratar da origem do Evangelho de Marcos, atribui o relatado a João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé, a partir da convivência com os que haviam estado com Jesus, em especial Pedro quando este estava em Roma:

"Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria).
Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5.13; 15,37-39; Cl 4,10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5,13.
O bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170) trata da seguinte forma o martírio de Pedro e Paulo:

"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente.
Gaio, presbítero romano, em 199:

"Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro."

Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja".

Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou:
"Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo.
"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo".

Crucifixão de São Pedro (Santa Maria del Popolo, Roma, Caravaggio, 1600).

Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu:

"Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."

"Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.
Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
"A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."

"Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor."
"Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.
Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
"Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."
Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:
"A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc...
Doroteu de Tiro:
"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro. Optato de Milevo:
"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, e que Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."
Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz:
"A cátedra de Roma é a *Cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal.
Santo Agostinho (354 - 430):

"O sucessor de Pedro foi o Papa Lino."

Logo, apesar das opiniões divergentes que surgiram a partir da Reforma Protestante, era constante, unânime e ininterrupta a tradição segundo a qual Pedro pregou o evangelho em Roma e lá encontrou o martírio, o que é robustecido pelos escritos dos Pais da Igreja e pela arqueologia.
Ou seja, mesmo após a Reforma os protestantes querendo desmerecer a origem da Igreja Católica, dizendo que os bispos de Roma ou Papas surgiram a partir do governo do Imperador Romano Constantino, essa contestação é derrubada à partir da História e dos próprios estudos arqueológicos.Não se pode negar que a Igreja Católica Apostólica Romana é a única e verdadeira Igreja Cristã fundada por Jesus Cristo e entregue ao governo de Pedro e seus sucessores. Não se pode negar mediante a veracidade dos fatos, pois, contra fatos não existem argumentos. 

*Cátedra = Cadeira de chefe ou governo de onde se legisla uma lei ou toma decisões importantes.
Os textos escritos pelo apóstolo

O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A "Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro".

INDÍCIOS DA ARQUEOLOGIA
O Túmulo de São Pedro

Baldaquino da Basílica moderna de São Pedro, de Bernini. O túmulo de São Pedro encontra-se diretamente abaixo desta estrutura.
A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.


   

      

O QUE É O NATAL? QUANDO SURGIU A COMEMORAÇÃO DO NATAL? ENTENDA O QUE É E PORQUE NÃO PODEMOS FICAR NO EXTERNISMO NATALINO.

            O Natal é uma festa muito bonita que celebramos todo ano no dia 25 de dezembro.             Em 25 de dezembro de 336, em R...