quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MISSIONÁRIOS E DISCÍPULOS - "Ide e anunciai o Evangelho a toda Criatura!" Mt28,1a

Texto de: Pe. Eduardo Doughuerty, sj - com complementação de Elmando V. de Toledo

"Deus,nosso Salvador quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade!" (1Tm 2, 3-4)

Para isso Deus nos chama, nos ajuda e nos procura de alguma forma. Ele quer ser conhecido e amado por todos nós. E no desejo de nos resgatar Deus nos fez algumas "loucuras" como, por exemplo, enviar seu filho, Jesus Cristo, para anunciá-lo, falar do seu reino e de seu amor por cada criatura humana. E, para conquistar nosso amor, não poupou seu único Filho, permitindo que ele morresse numa cruz para garantir nossa salvação, para estarmos junto d'Ele.

Para realizar sua missão, Jesus escolheu 12 apóstolos, escolhendo-os no meio do povo. Eram pessoas simples, comuns, como nós, mas que aprenderam como o Mestre dos mestres, com o Rei dos reis, a viverem como filhos de Deus.

Os Apóstolos que sucederam Jesus como líderes, tiveram a ajuda dos discípulos para anunciarem o Reino de Deus. E, a partir daí,o povo de Deus começa a se originar, como Igreja para, de geração em geração, fazer com que Cristo seja conhecido, amado e seguido, para que toda a humanidade chegue ao coração de Deus Pai.

Apóstolo e propagador de uma doutrina é aquele que evangeliza. Discípulo é aquele que recebe o ensino e segue a doutrina de alguém. Missionário é todo aquele que instrui a outros em matéria religiosa, é um propagador da fé.
Outubro é tradicionalmente, o mês das missões. Você já deve ter participado de uma ação missionária na sua cidade. Lembra? Os padres chegam, celebram missas, batizados, evangeliza o povo e, no final, com a ajuda de todos, instalam um cruzeiro para deixar a marca de sua missão.

Hoje como cristãos católicos, continuamos organizados na Igreja fundada por Jesus Cristo, seguindo uma hierarquia que não é poder e autoritarismo, mas de serviço. Assim temos o papa e os bispos, que são sucessores dos primeiros Apóstolos:
Vamos recordar?
(Simão Pedro, Paulo de Tarso, João, Mateus, Barnabé, Tiago, JudasTadeu,Tomé, Marcos, Tiago Menor, André, Bartolomeu).

Depois temos, os padres, os diáconos, religiosos e pessoas consagradas, que seriam os discípulos. E não menos importante, os leigos, que participam da vida da Igreja. Assim todos formam o Corpo Místico de Cristo, ou seja, sua Igreja viva, onde, nós somos os membros e Jesus Cristo a Cabeça deste Corpo Místico.

Enfim, todos nós somos chamados a conhecer cada vez mais, viver intensamente e a nunciar o reino de Deus neste mundo.
Como membros desta Igreja Viva, a responsabilidade de anunciar o Evangelho é de todos os batizados. Todo batizado é discípulo (a) de Jesus.

Porém Deus convidou todas as pessoas para a fundação de seu Reino, mas infelizmente, muitos ainda não conhecem Jesus Cristo e, de muitos outros recebeu uma triste recusa. Por isso os Apóstolos, discípulos e missionários e todos nós, que formamos a Igreja de Cristo, temos a missão de convidar a todos para o Reino de Deus, reino de amor e paz, de perdão e solidariedade e de compromisso com Cristo Ressuscitado.

Saiba que como batizado, você é um discípulo e missionário (a) e deve ter a consciência que Jesus te chama individualmente: "Vá e fazei todos meus discípulos!" .... Saiba que o Espírito Santo, está presente no seu coração. Ele que te fez filho (a) de Deus e membro de sua Igreja pelo Sacramento do Batismo, hoje pelo Sacramento do Crisma te envia em missão, para que toda humanidade chegue ao conhecimento da verdade que é Nosso Senhor Jesus Cristo.


A IGREJA MISSIONÁRIA

(De: Pe. Evaristo Debiasi)


 A Igreja de Cristo em sua natureza é divina é formada pelo divino e o humano, da transcendência e imanência. Ela não é iniciativa humana e nem nasceu das necessidades pastorais do tempo apostólico. É uma iniciativa exclusiva de Deus Pai em Cristo na Ação do Espírito Santo formando a Nova Aliança de Deus com os homens e dos homens com Deus pelos méritos da redenção de Cristo. Assim a oração, trabalho e espiritualidade e inserção social, mística e ação são inseparáveis do verdadeiro seguimento de Cristo.


Como comunidade de salvação e sacramento de Cristo a Igreja é chamada a encarnar, a visibilizar e a realizar em no tempo a presença real da divindade e humanidade de Jesus. Tendo Cristo por fundamento a Igreja é verdadeira quando mantém uma dupla fidelidade: fidelidade de comunhão com Deus e fidelidade de compromisso  e de comunhão com os homens. 


Não existe verdadeira vida cristã e nem uma sadia espiritualidade sem o amor a Deus e aos irmãos. A oração verdadeira gera a caridade pastoral e a caridade pastoral exige uma vida de oração. Tudo está presente na vivência do mandamento de Deus: "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo" - Lev 18, 3.     


Esta é uma exigência da vida cristã que tem por fonte a encarnação de Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. 
Falo isso para sermos fiéis a Cristo e a Igreja em nossa vocação missionária. 
Precisamos conhecer a verdadeira natureza da Igreja de Cristo para não nos desviarmos do seguimento do discipulado de Jesus e para vivermos como verdadeiros cristãos no mundo de hoje. Não deixa de ser verdade.


Após o Concílio Vaticano II não poucos no élan apostólico de levarem a Boa Nova de Jesus aos homens de nosso tempo priorizaram, por vezes, a inserção no mundo social acentuando a caridade pastoral em detrimento da vida espiritual, esvaziando a vida cristã de sua fidelidade maior.
E agora numa reação a este processo outros tanto estão caindo num erro não menos grave.


Cultiva-se uma vida espiritual apenas pessoal sem a caridade pastoral e social distanciando-se do compromisso com a sorte e o destino dos irmãos. É urgente recuperar a síntese e a harmonia entre o divino e humano. Entre o espiritual e a caridade pastoral. Somente assim seremos verdadeiros discípulos missionários de Jesus, como ensina o Documento de Aparecida, os ensinamentos da Igreja, particularmente os Evangelhos de Jesus a as cartas apostólicas. Não existe o amor a Deus separado do amor ao irmãos. "Se alguém disser que ama a Deus, mas não ama o irmão, engana-se, pois quem não ama o irmão que vê como pode amar a Deus que não vê?" "Este é o preceito que recebemos: quem ama a Deus também ame a seu irmão" 1Jo 4, 20-21.


Há muito de verdade na afirmação do psicólogo americano Ken Wilber quando afirma que a vida espiritual nos EUA passou por uma grande regressão narcisista sem um efeito sobre a ação social e política - (Anseln Grün). Uma verdade que também acontece entre nós.


Infelizmente não poucos cultivam a espiritualidade do bem estar, do salvar-se sem o outro, (cultura do individualismo), com social.
É bom saber que não é esta a verdade dos ensinamentos da vida de Cristo que viveu uma vida pautada de na fidelidade total à vontade do Pai  e no compromisso extremo de amor com a sorte humana. A oração do Pai Nosso, como expressão máxima do rezar e do existir cristão, na primeira parte fala do dever  de nossa relação com Deus e e na segunda fala de nosso compromisso de amor com os irmãos.  O papa Bento XVI na recente jornada mundial da juventude em Madri, ensinou que não existe vida cristã separada da comunhão com Cristo e os irmãos.


Sem uma consciência maior do verdadeiro conteúdo da vida cristã a liturgia se esvazia do espaço do silêncio da adoração, da celebração do sagrado e do mistério. Canta-se demais, fala-se e gesticula-se demais. 


OS NOVOS MOISÉS 


Texto de: D. Murilo Krieger, scj.


"De poucos personagens bíblicos temos a aprender tanto com Moisés".


A Bíblia é, ao meso tempo, o livro que nos revela os passos de Deus à procura do ser humano e o livro que apresenta as resposta do ser humano às propostas divinas. Cada pessoa ou comunidade tem muito a aprender coma queles que exerceram missões na história da salvação. Somos convidados a olhar para suas virtudes e imitá-los; a tomar conhecimento de suas fraquezas, para não repetirmos seus erros. 


De poucos personagens bíblicos temos a aprender tanto com Moisés - ele que libertou os hebreus da escravidão egípcia, que lhes deu a Lei, promulgada no monte Sinai, e que conduziu até a terra prometida.
Moisés não queria acreditar no que ouvia. Mas como não acreditar se era o próprio Senhor Javé quem lhe falava? "Vai, desce! porque  se corrompeu o teu povo que tiraste do Egito. Desviando-se do caminho que prescrevi; fizeram para si um bezerro de ouro fundido, prostraram-se diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios..." (Ex32, 7-8). Mais difícil era acreditar que seu próprio colega, Aarão, chamado também a ser líder, tinha aceitado a proposta da multidão, para fazer um deus que marchasse à sua frente.


Mais: ele coordenara o recolhimento de brincos de ouro, fundira o bezerro e construíra um altar diante do qual era oferecido sacrifícios. Se para Moisés não era fácil ver a sua gente comendo, bebendo e fazendo festas em honra de um "deus" esculpido por mãos humanas, como, então, compreender a atitude de Aarão?


Mesmo assim, Moisés não aceitou o que o Senhor lhe propôs: "Deixa, pois, que se acenda a minha cólera contra eles e os reduzirei a nada; mas de ti farei uma grande nação". Ex 32, 10.


Moisés concordava que era uma raça de "cabeça dura"; no entanto, sentia-se responsável por ela e pediu misericórdia e perdão. O terrível gesto de idolatria teve sérias consequências para aquele povo chamado a ser "um reino de sacerdotes e uma nação consagrada" (Ex19, 6); não ocorreu contudo a rejeição que Moisés tanto temia. 


No tempo tem urgente necessidade de novos Moisés. Assim como o povo escolhido se cansou, em um dado momento, dos sacrifícios da caminhada, procurou agarrar-se a coisas mais concretas, hoje não poucos cortam de suas vidas qualquer preocupação com a vida eterna e vivem em função do imediato, do palpável, do prazer aqui e agora. Pior ainda, mais que o ateísmo intelectual é o ateísmo prático: não discute a respeito da existência de Deus ou de temas como os "novíssimos" morte, juízo, inferno e paraíso; vivem como se nada disso fosse realidade e acabam-se construindo um estilo de vida segundo a nova situação dando um novo vigor à tese do filósofo francês Blondel:


"Quem não vive como pensa, acaba pensando como  vive".  


Necessitamos de novos Moisés. Não é preciso que reajam como o primeiro que, quando se aproximou do acampamento e  e viu o bezerro de ouro e suas danças, "sua cólera se inflamou, arrojou-se de suas mãos as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até reduzir a pó, que lançou na água e fez beber os israelitas" (Ex32, 19-20).


Os Moisés de hoje tenham a capacidade de interceder pelo povo com orações e súplicas, saibam oferecer a própria vida em favor dos irmãos; sejam tão seguros do que querem que não se importem de formarem incompreendidos e ridicularizados; acreditem que é possível vencer o mal com o bem e, sobretudo sejam animados de consoladora certeza: a semente, ao ser jogada na terra, desaparece, mas depois germina, transforma-se em planta que produz frutos; a vida nasce da morte e a cruz, contudo o que significou de fracasso e humilhação, foi o passo necessário para que acontecesse a salvação.
Surjam logo os novos Moisés! E que eles não se esqueçam de levantar sua tenda de reunião, onde possam se entreter com Deus face a face, "como um homem fala a um amigo" (Ex33, 11). A presença desses novos Moisés na terra dos homens será a garantia de que Deus não cansou de seu povo, apesar dos "bezerros de ouro" que continuam a ser fabricados e adorados.         


                           






                   


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

VOTO, A ARMA DA DEMOCRACIA

Estamos mais uma vez nos preparando para as próximas eleições em 2012. 
Desde que a democracia foi inventada na Grécia antiga, não há nada melhor do que ela se for usada corretamente.
O direito à cidadania só acontece porque existe a democracia. E o que significa esta palavra tão comunicativa? - significa que todos nós temos o direito de expressar o que sentimos, cobrar nossos direitos e ajudar a melhorar o País, o Estado, a cidade e o bairro em que vivemos. A democracia se faz com a participação de todos. Também nos dá o direito de elegermos nossos representantes, homens e mulheres que após eleitos, trabalharão para o povo e pelo povo. A democracia também nos dá o direito à justiça e ao exercício da cidadania, como: cobrar nossos direitos, protestar e dar opiniões públicas.
Mas, temos que tomar o cuidado para não fazer uso da democracia para tirar certas "vantagens" que pode ajudar você mas, pode prejudicar outras pessoas. 
É assim que chegamos ao ponto principal, o voto. O direito de votar é muito importante na democracia, pois é através dele que é estabelecido o elo entre nossos direitos e os direitos dos outros, entre nossos deveres e o deveres dos outros.


É pelo voto que decidimos quem irá nos representar legalmente frente a uma organização social, religiosa ou política. O voto é direito de todo cidadão e deve ser bem exercido.
O voto é uma arma poderosa porque, com ele podemos mudar as coisas para melhor ou para pior.
A propósito... você já parou pra pensar como deve ser o seu voto no dia das eleições? Não?!
Pois é, está aí o maior perigo que um cidadão pode correr quando não exerce bem o seu direito de votar. 
Vamos pensar....
O salário que você recebe... quem é que decide? - quem decide são os políticos aos quais nós escolhemos e votamos.
E as leis absurdas que não servem pra nada? - quem as fazem são aqueles aos quais nós escolhemos.
E os desvios de dinheiro, os lobistas, os que tem paraísos fiscais? ... também fomos nós que escolhemos.
Poderia citar muito mais, mas, acredito que você já entendeu do que falo agora.
O voto é uma arma, a arma da democracia. Ele pode tanto ajudar o País a viver, como pode matá-lo. Por exemplo: 

Os noticiários dos jornais ultimamente estão falando muito sobre o caus que se instalou na Saúde pública, na segurança e no transporte coletivo. Você já parou pra pensar porque isso acontece? De quem é a culpa?
Será que a culpa é só dos políticos? - Não!, a culpa não é só dos políticos, ela é em grande parcela daqueles que votaram mal. Isto é não exerceram verdadeiramente e conscientemente seu direito nas urnas.
Se vota neste ou naquele sujeito, (que as vezes nem se conhece), porque ele deu uns trocados para você pagar um exame, fazer um churrasco, comprar um material de construção ou uma cesta básica, ou quem sabe uma caixa de remédio... etc - mas para onde foi o direito do voto? - pelo ralo - pois o voto vale muito mais que isso, ele é indispensável e muito caro para desperdiçar. Aliás a venda de voto é crime.
Quando vemos as obras que custaram milhões, inacabadas, fome, miséria, falta de leitos nos hospitais, falta de remédio no SUS, falta de médicos, salário baixo dos professores, mensalões, desvios de verbas, aposentadoria sem reajuste justo, falta de segurança, a corrupção, ficamos indignados, não é assim? - no meio dos indignados estão aqueles que no da eleição ao invés de eleger um bom candidato, vendeu o seu voto, ou só votou porque é obrigado pela Justiça Eleitoral. Ou seja um voto sem compromisso com o país e com você mesmo. A consciência deixada de lado pelo egoísmo. A culpa é nossa por tudo de ruim pelo que acontece com o nosso País. 
Além do mais, o cristão que não põe a mão na consciência e vota mal, comete um pecado contra Deus, o País e contra sua própria família. Porque vemos tanta gente envolvida em corrupção sendo eleita?, porque na maioria das vezes votamos nas mesmas pessoas. E não damos o direito de mudar a cara do Brasil.
Você já parou pra pensar quantos acusados de corrupção foram julgados e condenados pelo STF? - alguns ... no meio de muitos ... muitos se safam... ah! mas preferimos dizer que a culpa é do Código Civil e que a Lei brasileira é fraca, não pune... sabe por quê? porque há muito mais conchavos políticos do que senso de justiça. Sabe quem deve mudar isso? ... seu voto.
    
Recentemente o fato mais comentado é a lei da pena de fiança em troca da prisão em flagrante... o fracasso da aplicação da Lei Maria da Penha... o fracasso da Lei Seca... - as pessoas ficam indignadas - mas foi o candidato que votamos que criou essa lei. 

Claro que não podemos achar que tudo irá resolver o problema do País, (que aliás já começou com corrupção), mas devemos estar atentos, pois quem vende seu voto, como pode exigir depois seus direitos se já recebeu tão pouco por ele?
Depois que os candidatos foram eleitos, será que todos ajudam a fiscalizar os gastos públicos?... o brasileiro ainda não está acostumado a cobrar seus direitos. Por exemplo: quando acontece uma reunião para a escolha do líder de bairro, quem vai, quem se interessa? - muitas vezes a falta de orçamento, de verba para o saneamento básico, para a construção de escola, para o calçamento, para a construção daquela passarela tão necessária, etc. não chega ao bairro, sabe por quê? - porque não existe a participação da comunidade, dos eleitores. Muitos nem sabem que o líder de bairro possui o dever de apresentar à Câmara de Vereadores as propostas das comunidades, e, por isso não votam no líder, nem se interessam em saber quem é. Como haver melhorias? como cobrar das autoridades se você nem conhece o representante do bairro? - pois é! a democracia não é importante só para os políticos, mas, ela só acontece, só se faz com a participação de todos, pois, a sociedade é feita sob a democracia, e esta, deve ser vivida.     

Então vamos mudar nossa forma de pensar, se quisermos um Brasil melhor. Use sua arma o voto, mas não se esqueça que um bom governo, uma boa liderança depende das escolhas que fazemos. Não jogue no lixo este sagrado direito. Vamos mudar nosso jeito de agir e pensar; vamos fazer pra valer acontecer a democracia no Brasil.


Você já parou para pensar como é viver em um país sem democracia? pois, saiba que ainda existem países que não tem esse direito. Nós temos e não valorizamos. Demoramos muito a conseguir esse direito, quem viveu o período da ditadura militar sabe do que falo, sentiu, viveu isso na carne. Agora que temos esse direito não podemos desperdiçá-lo com nossa falta de consciência. Política não é só para quem é eleito, mas é muito mais para quem elege. Conhecer bem seu candidato, o que ele fez, sua vida, sua moral, seus princípios, sobretudo cristão, faz parte de uma boa escolha na hora de votar.
O Brasil já teve grandes nomes, por aqui passaram grandes homens e mulheres, mas é preciso mais. Devemos aos bons homens e mulheres o que já conseguimos. Mas devemos nunca esquecer que os caminhos da Justiça só se constrói na democracia; e uma boa democracia se faz pelo exercício legal e consciente do seu voto.


 SEJA RESPONSÁVEL E TERÁ UMA JUSTIÇA RESPONSÁVEL.
       
                   

terça-feira, 13 de setembro de 2011

NOVA ARMA DOS ESTADOS UNIDOS AMEAÇA O PLANETA

Segundo o Jornal "FOLHA UNIVERSAL" - de 11 de setembro de 2011; edição  2366500; no. 1014, de responsabilidade da   IURD. Cujo traz a seguinte matéria com o título da capa: "A Arma do Apocalipse?":

DIZ A 'FOLHA UNIVERSAL':

Dez anos após os ataques de 11 de setembro, os Estados Unidos desenvolveram armas capazes de manipular a natureza e colocar em risco o futuro da humanidade.

Imagine um planeta onde algumas pessoas e países podem controlar o tempo e o clima. Nesse lugar diversos povos já foram devastados por essas nações, detentora do poder de criar enchentes ou fortes secas em terras vizinhas. Quando o ataque acontece tudo que é vivo morre.
De nuclear, a guerra tradicional passou para biológica, até chegar na climática. Dez anos após sofrer os ataques de 11 de setembro, os EUA já tem armas para manipular a natureza e assim destruir inimigos. Se você acha que isso é ficção científica se enganou. Embora pareça absurdo, o projeto Haarp - sigla para The High Frequency  Active Auroral Rearch Program ou Programa de Investigação de Aurora de Alta Frequência, em português -, controlado pela Força Aérea dos Estados Unidos e Marinha de Guerra, tem essa capacidade. A manipulação do clima chegou ao extremo e coloca em risco a sobrevivência da humanidade. O Haarp é bastante polêmico e obscuro. Com sede no Estado Norte-americamo do Alasca, o projeto, que existe desde 1990, tem como objetivo oficial ampliar o conhecimento sobre as propriedades físicas e elétricas da Ionosfera terrestre. 

A Ionosfera é a parte mais externa da Atmosfera, que reflete vários tipos de sinais. Com essa manipulação das ondas de baixa frequência na Ionosfera, seria "EU NÃO SEI DIZER SE O HAARP PODE GERAR TERREMOTOS. MAS MUDANÇAS COMO SECAS E INUNDAÇÕES SIM", possível segundo o Governo Norte-americano, melhorar o funcionamento de vários sistemas de comunicação e navegação, tanto civis quanto militares. Essa justificativa não convence muitos especialistas que acreditam que o Haarp pode se tornar uma arma de destruição em massa.

Luís Fernando de Mattos, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / (CPTEC/Inpe), explica que a manipulação feita pelo Haarp na Ionosfera pode afetar o tempo e o clima em todo Planeta. "Eu não sei dizer se o Haarp pode gerar terremotos, mas mudanças como secas e inundações em outras regiões sim". Afirma.

Segundo Mattos, a América do Sul possui uma anomalia magnética na parte da Ionosfera que cobre o continente. "Para afetar o clima daqui o Haarp teria que funcionar em pleno vapor, o que é complicado. Por isso podemos dizer que a América do Sul está protegida quanto ao efeito do projeto", completa  o pesquisador. 


Estudos  relacionados à manipulação da Ionosfera com as ondas de rádio não são novos: o inventor sérvio Nicola Tesla fez as primeiras experiências em 1899 e foi o gênio inspirador de Dennis Papadopoulos, o físico que dirigiu a construção da Haarp nos Estados Unidos. No início dos anos 60, a antiga União Soviética. Mattos, cita o artigo publicado em julho de 2010 no site Global Research, Organização de Pesquisa Idependente, com sede no Canadá, para destacar a manipulação do clima com fins militares: "Em um episódio internacional realizado em maio de 2010 em Ghent, na Bélgica, cientistas afirmaram que 'a manipulação do clima por meio da modificação das nuvens não é nenhuma brincadeira, nem teoria da conspiração'. É um fato 'totalmente operacional', com uma sólida história de 60 anos. Apesar da modificação 'hostil' ambiental ter sido proibida pela Convenção das Nações Unidas em 1978 o seu uso 'amigável' hoje está sendo saudado como um novo salvador frente às alterações climáticas e à escassez de água e alimentos.

O Complexo militar-industrial está preparado para capitalizar e controlar a vida no mundo. Diz o artigo.

Clique sobre imagem para ampliar.


Segundo a 'Folha Universal', no Tsunami da Indonésia, os EUA teriam utilizado o Haarp para pressionar o governo local a participar da dita "guerra ao terror". As ondas gigantes teriam sido provocadas de maneira artificial.   
Ainda diz que o Tsunami que assolou o Japão teria sido resultado do Haarp, na Internet, diz o Jornal que o sistema ficou desligado por uma semana e foi religado à meia noite de 09/03/2011.
Ainda afirma que Hugo Chávez, presidente da Venezuela diz que o terremoto no Haiti, foi causado por testes dos EUA para um futuro ataque contra o Irã.    

Continua o artigo: ...e ainda, o cientista e pesquisador acrescenta: "Eu não duvido que o Haarp possa ser usado como manipulador de clima. Faz 20anos que estudo ondas de baixa frequência e sabemos que, em se tratando de ressonância, essas ondas podem movimentar as placas tectônicas abaixo da terra e causar grandes terremotos". "Uma vez fazendo uma experiência próximo a Portland, no Oregon (EUA), ligamos transmissores dessas frequências e imediatamente a terra começou a tremer. Isso pode acontecer; o que não pode acontecer são as pessoas utilizarem esta tecnologia para ameaçar nações, ou durante uma guerra", completa.

DEZ ANOS DO 11 DE SETEMBRO, O QUE APRENDEMOS?...

Os ataques de 11 de setembro completam-se 10 anos. Naquela manhã 19 terroristas ligados a Al-Qaeda sequestraram 4 aviões. Dois foram lançados sobre as Torres Gêmeas, Word Trade Center, um jogado contra o Pentágono, o outro caiu em campo aberto. Foram quase três mil mortos ao todo. A autoria dos ataques foi atribuída a Osama Bin Laden - que foi capturado e morto pela inteligência Norte-Americana em maio deste ano.
O que veio depois pelas mãos do presidente dos EUA, George W. Bush, foi chamado de "Guerra ao Terror", uma série de ataques violentos com forte tendência anti-islâmica. Ainda em 2001, o Afeganistão foi invadido. Em 2003, foi a vez do Iraque e Saddam Russeim. 
"Os atentados deixaram o mundo inteiro mais complexo. Na verdade, a complexidade aumentou com o fim da guerra fria. Até aquele momento os conflitos se encaixaram de um lado ou de outro, e pronta a ação das superpotências emprestava certo equilíbrio. Era a barbárie sob controle. Hoje temos a barbárie incontrolável e fortemente marcada pelo fundamentalismo de todos os naipes", define o historiador Marco Antônio Villa, da Universidade Federal de São Carlos. No fim, a guerra chamada Guerra ao Terror assumiu toques fundamentalistas e virou um terrorismo de estado, cujo ápice seja a criação de armas de manipulação climática.

CONCLUSÃO: Ou seja... embora os EUA tenha sofrido muito com o atentado às Torres Gêmeas, seus governantes, transformaram-se igualmente ou pior aos que fizeram os atentados.


Pois ódio gera vingança e a vingança gera a guerra. Não conformados com a violência sofrida, procuraram em nome de seu ódio matar milhões de inocentes no Iraque e no Afeganistão, inocentes afegãos e iraquianos que nada tinham a ver com Osama Bin Laden e a Al-Qaeda, e somando estes 10 anos da chamada Guerra ao Terror, superam a lista dos mortos no Word Trade Center. Será que por algum momento o governo Bush fez uma pesquisa para saber se todos os Norte-Americanos concordavam com esta guerra? 
Gastaram bilhões de dólares no combate ao "terrorismo". Terrorismo que os EUA levaram para milhões de inocentes no Afeganistão e em tantos outros lugares que são contra a política de intervenção Norte-americana. Com isso, o governo de Bush sufocou a economia Norte-americana que passou de um país rico para um país endividado. Basta ver os noticiários dos jornais, onde, o presidente Obama tenta  a todo custo superar a crise financeira que se instalou nos EUA pós-guerra, até agora só tem fracassado. 

A uma passagem bíblica que fala que o Senhor Deus, não castigaria a terra ainda que houvesse 1 só justo nela, por causa desse justo não castigaria. Porque temos que matar milhões de inocentes em nome de poucos?... Deus que nos criou por amor também nos ensinou através de Jesus Cristo que devemos amar nossos inimigos. Nem sempre é fácil, mas é preferível. Pois, as chagas abertas não se cicatrizam sem o remédio amor.
Agora surge uma pergunta: Até quando o mundo terá de ver nações se matando por não respeitar os direitos de cada país?

O "ódio" dos radicais islâmicos só se tornou possível porque os EUA armou Osama Bin Laden e o exército extremista na luta da independência do Afeganistão  contra os domínios russos no passado.
No passado foram amigos... dependeram-se igualmente de forças militares, agora, essas mesmas armas voltaram-se contra eles... dois pesos duas medidas. 

Agora atentam as suas pesquisas não só contra os terroristas, mas, contra o mundo inteiro. Não aprenderam o que Jesus disse: "Quem com a espada fere, com a espada será ferido". Quantos inocentes ainda precisarão ainda morrer para pagar os que morreram no atentado do Word Trade Center? ... fica-nos uma reflexão: os reinos cairão, muitos se foram, como o Império Romano, o Maxismo e o comunismo, etc. Muitos líderes e ditadores caíram, reis, governadores e presidentes. Nada é para sempre. Um dia quando os EUA acordar irão passar pela história como uma nação que mais deu incentivo à vingança e a guerra. 

Dez anos da chamada: "Guerra ao Terror" já se sabe que não adiantou muito a não ser a morte de milhões de inocentes. Diz o ditado: "rei morto rei posto". Logo que capturaram e mataram Osama Bin Laden e Saddam Russeim, surgiu outro extremista islâmico para o ocupar o seu lugar. O que a morte destes inocentes, e de seus possíveis culpados trouxeram de benefício para o mundo? Nada! além de provocar ainda mais o ódio daqueles que os EUA perseguiram. Recentemente vimos a Cerimônia do dia 11 de setembro em homenagem às vítimas do Word Trade Center, agora só uma lembrança na mente dos seus familiares. Uma bonita homenagem, mas ficará vazia e sem sentido se os que sobreviveram e os familiares dos que se foram, não fizer dela um momento de reflexão interior e se perguntarem para si mesmos: o que é que estou fazendo para contribuir com a paz mundial? - e, ao mesmo tempo fazer com que esta paz aconteça; caso contrário não passará de uma cerimônia vazia e egoísta. Se tal não servir para mover os corações na busca pela paz.    

Entendo que cada país deve ter a sua forma de governar, e a guerra só vai parar, quando os os governos dos países ricos deixarem de meter o nariz aonde não é chamado. Na década de 90, Os EUA, tentou certa vez fechar um acordo com o Brasil  para ocupar parte da Amazônia para quem sabe, construir ali no futuro uma base militar. Me lembro bem que a Igreja Católica através da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), convocou a todos os cristãos brasileiros e fez um abaixo-assinado que todos assinaram e foi enviado ao Congresso Nacional Brasileiro dizendo, não!... não queremos intervenção dos EUA na Amazônia.  

A cultura dos países da antiga Palestina é uma cultura de milênios onde diversos conceitos civis e religiosos são abordados. Isto é até bíblico. Quando nós brasileiros e os norte-americanos nem existia Israel já existia e cheios dos mesmos conflitos. Basta você lê a Bíblia para entender que aquela nação embora seja judia, passou a ser a "terra de ninguém". Será que a ONU ou mesmo os EUA vai conseguir consertar um problema de mais de 4.000 anos? Claro que não. Até mesmo Jesus Cristo  disse que aquele povo tem uma cabeça dura. Talvez porque passaram por tantas opressões que se esqueceram de viver... depois, há tantas divergências religiosas entre eles que nem eles mesmos se entendem.     

 Penso que: os árabes e judeus, enfim, todos os povos devem ser respeitados, pois cada País possui sua forma de governo e sua religião dominante. Bin Laden  morreu assim como morreu Nero, Júlio César, Hitler, os Faraós, e tantos outros... logo, surgirão pessoas, lideranças melhores ou piores do que eles. Penso ainda que: os povos do Oriente Médio é que devem se entender sem a interferência de leis, culturas ou credo religioso de outros países. O respeito dos direitos humanos que até hoje ainda não foi verdadeiramente posto em prática está em reconhecer e respeitar sobretudo o direito à vida.
Imagine se em cada casa, por qualquer problema que tiver, haver a interferência de um vizinho, e se um ao lado do outro começarem a se matar... logo, a cidade vai ficar destruída. O sujeito não vai à Igreja porque o outro seu inimigo está lá, o outro mata, se vinga porque não gosta do sujeito que mora em frente... o outro não paga os impostos porque vai beneficiar um certo grupo de gente que ele odeia... e assim, haverá uma guerra no bairro, logo se estenderá o caus pela cidade, e,  começarão conflitos que ninguém saberá a verdadeira causa... é assim que está acontecendo lá fora.

Os EUA é tido como um país que tem a maior porcentagem de cristãos evangélicos, e no entanto, seus governantes esqueceram-se que Jesus Cristo nos ensinou que não devemos aplicar a "lei de Talião", isto é, "olho por olho, dente por dente", que significa, pagar o mal com o mal. Pois quando revidamos a uma ofensa, o que podemos conseguir senão a vingança?... Jesus aplica a lei do amor, deixar para Deus (que vê tudo) os julgamentos, e, ao invés da vingança devemos orar por aqueles que nos ofendem. Está em Mt5, 38-47.
Esqueceram também que nossa justiça deve ser maior, mais inteligente do que as dos governantes, se quisermos ser felizes. (Mt5, 20). E que Deus nos proíbe de matar. E quem não respeita seu irmão não é digno nem de se dirigir a Deus como Pai. (Mt5, 21-26). Porque Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai, SE, formos capazes de nos perdoar, perdoar ao nosso irmão, para depois santificar o nome de Deus. (Mt6, 9-14)

O exemplo dos EUA como um país que não dá oportunidade do outro se defender, que quer matar e destruir, que quer abarcar tudo com as mãos parte de um egoísmo, de uma cultura embora "cristã", diga-se de passagem, tão longe está de Deus e das leis cristãs. Embora os EUA, seja um País "cristão", o ateísmo está dominantemente exercendo suas  forças.

Ninguém pode negar que houve e haverá muita dor com as percas do atentado ao Word Trade Center. Mas essa dor não pode ultrapassar os limites da consciência de achar que "todos" os islâmicos, ou outras pessoas são responsáveis por ela e achar que todos são terroristas. Muita gente luta em uma guerra, não porque querem, mas porque são forçados a participar dela por diversas situações. Porque tanto ódio?, por que tanta vingança?... talvez a resposta esteja em um país que procura mais enriquecimento do que amor para si e para seus irmãos à distância.  Procura mais guerra do que esperança de paz. Não possuem a capacidade de diálogo com as outras nações a não ser resolver as coisas sob o domínio das armas. Enfim, não tem esperanças em si mesmo. Prova disso é a insegurança que explodiu entre os norte-americanos após o atentado.           

Assisti em uma reportagem na TV, onde uma velha mulher iraquiana chorava por ser vitimada pelos ataques dos soldados, que destruíram sua casa, mataram seus filhos e seu marido. Ela não tinha mais ninguém. Nem mesmo um ombro amigo para chorar. Estava só, desesperada, somente com a roupa do corpo, sem água, sem comida, sem esperança, chorava e implorava por ajuda... Assisti várias vezes as denúncias de violação dos direitos humanos onde os chamados: "presos da coalizão extremista", os quais eram capturados pelo exército dos EUA, sofriam inúmeros abusos, torturas físicas e morais. O que a guerra faz com as pessoas senão tirar-lhes o direito de viver em paz? são feridas na alma e no corpo, feridas que nunca serão cicatrizadas. Crianças, jovens e adultos violados no seu direito principal, o direito a viver com dignidade! Esqueceram que ali está Cristo presente na figura destas pessoas, como Ele mesmo disse: "Todas as vezes que fizerdes alguma coisa a um desses pequeninos,  foi a mim que o fizeste".        

Enquanto  financiam a guerra, há uma guerra muito maior para vencer, o desemprego, a fome, a miséria, a seca, as doenças contagiosas que ficam após a guerra. Milhões de sem- casas, órfãos, gente mutilada no corpo e na alma, sem rumo sem expectativa de vida... jogados à mercê do destino.

Até hoje os EUA e os países aliados não definiram, nem implantaram um plano de reconstrução no Iraque e do Afeganistão. Agora que o Presidente Palestino pede que a ONU reconheça aquele estado como Nação e como parte integrante da ONU, agora que surge um possível passo para instalar a paz no Oriente Médio, os EUA já afirmaram que irá votar contra.  
  
A paz só se constrói com o amor, não se pode construir a paz com o ódio. Se somos filhos de Deus, todos somos irmãos, independente de cor, religião e partidos políticos.

Muçulmanos, Indus, Cristãos, Budistas, Espíritas, Evangélicos, e tantas outras crenças devem estarem unidos lado a lado pela união dos povos, pela paz e pela concórdia. É isso que Deus quer de nós, espera de nós! 
O amor está no respeito de uns para com os outros. A guerra que devemos fazer é bombardear o mundo com amor. Como já catava Amado Batista: "Vamos plantar muitas flores pra fazer munições e com botõezinhos de rosas carregar aviões, vamos plantar muitas flores pra fazer munições e com botõezinhos de rosas carregar os canhões..."

LEMBREMOS SEMPRE QUE:
     
Não somos ninguém além de pó, e somente o Senhor Deus é eterno.    
          
         
É PRECISO E URGENTE PLANTAR UMA CULTURA DE PAZ, PAZ QUE NÃO SIGNIFICA SOSSEGO MAS A LUTA POR UM MUNDO MELHOR, MAIS HUMANO E FRATERNO!

      NÃO HÁ MAIOR TESOURO QUE VIVER EM PAZ!

disse Jesus:


"QUEM AMA DÁ A VIDA PELOS SEUS AMIGOS", "JÁ NÃO VOS CHAMO SERVOS, MAS CHAMO-VOS DE AMIGOS"

"SE ME AMAS, GUARDAREIS MEUS MANDAMENTOS"
"E O MEU MANDAMENTO É ESTE:"
"AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI!"
  E O AMOR CONSISTE EM AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

"SE NÃO AMARES O PRÓXIMO QUE VOCÊ VÊ, COMO PODERÁS DIZER QUE AMA A DEUS QUE VOCÊ NÃO VÊ?"

     


                  

      

  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A BÍBLIA SAGRADA - A Palavra do Senhor e a Catequese

Texto de Cássio Abreu / Revista: "Brasil Cristão" - ed. 09/11

Você já leu a Bíblia Sagrada? Não? - que tal o desafio? Mas, para isso, aproveitando que estamos no mês de setembro, dedicado à Sagrada Escritura, vamos conhecê-la um pouco mais.

Deus é o autor da Bíblia. As verdades reveladas por Deus contidas na Sagrada Escritura, foram escritas por mãos humanas sob a inspiração do Espírito Santo.

A palavra Bíblia significa conjunto de livros, daí o coletivo biblioteca. Segundo a tradição, a Bíblia começou a ser escrita cerca de 1000 anos antes de Jesus Cristo. Totalizando 40 autores. Muitos estudiosos, porém afirmam que ela foi escrita por dezenas de pessoas de diferentes lugares cada um dentro de uma determinada época em uma especial situação. Seu último livro o Apocalipse, foi escrito no ano 80 depois de Jesus Cristo, segundo João, Apóstolo e evangelista. 

A lista dos livros é chamada "Cânon das escrituras". Cânon é uma palavra grega que significa medida, regra. O Cânon católico compreende 73 livros: 46 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Os livros da Bíblia atual foi decidido no Concílio de Trento, no ano de 1546 d.C. 

Os livros bíblicos estão divididos em:
Pentateuco
Históricos
Sapienciais
Proféticos - compõe o Antigo Testamento ou Primeira Aliança.

Os 04 Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas, João.
As cartas ou Epístolas.
O Apocalipse - compõe do Novo Testamento ou Segunda Aliança. 

O termo Testamento não se encontra na Bíblia. Sua origem é hebráica, "berith", que significa, aliança, significa: Tratado ou Pacto

Portanto a primeira Aliança Deus fez com seu povo no Monte Sinai, logo após ter deixado a escravidão no Egito. Como essa aliança foi quebrada pelo povo, Deus prometeu uma nova aliança que deveria ser feita com o sangue de Jesus Cristo. As denominações: Antigo Testamento e Novo Testamento, começaram a ser usadas no final do século II d. C.  quando os escritos dos Evangelhos e dos outros Apóstolos foram acrescentados no Cânon dos livros sagrados.

O Antigo Testamento apresenta a história do mundo desde a criação até os acontecimentos após a volta dos judeus do exílio na Babilônia, no séc. IV a.C. 
O Novo Testamento apresenta a história de Jesus Cristo e a pregação de seus ensinamentos durante a vida e após a sua morte, os ensinamentos dos Apóstolos, as ações das primeiras Igrejas Cristãs, e começou a serem escritos por volta do ano I d. C.

Os livros do Antigo Testamento aceito por todos os cristãos como sagrados, também são chamados de "protocanônicos" são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, Samuel I e II, Reis I e II, Crônicas I e II, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Outros Livros aceitos apenas pela Igreja Católica como sagrados são: Tobias, Judite, Macabeus I e II, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc.

Os livros do Novo Testamento são: Evangelhos de: Mateus, Marcos, Lucas e João; Atos dos Apóstolos, Romanos, Coríntios I e II, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses I e II,Timóteo I e II, Tito, Filémon, Hebreus, Tiago, Carta de Pedro I e II, Carta de João I, II e III, Carta de Judas, Apocalipse.

A Bíblia foi dividida por capítulos por Stephen Langton, arcebispo da Cantuária, Inglaterra, em 1227 d.C. E em versículos pelo tipógrafo Robert Stephanus, de Paris em 1551 d.C.
Os idiomas originais da Bíblia são três: o hebráico: sendo a maior parte do Antigo Testamento; o Aramaico: Tobias, Judith, fragmentos de Esdras, Daniel, Jeremias, Gênesis e o original de São Mateus. Em Aramaico foram escritos: Sabedoria, II Macabeus, Eclesiástico, Parte de Esther e de Daniel. O Novo Testamento, menos o original de são Mateus.

Existem diferentes versões básicas da Bíblia; a Septuaginta ou Alexandrina que é a principal versão grega por sua antiguidade e autoridade. Sua redação se iniciou no século III a.C (250 a.C); Foi concluída no final do século II a.C (105 a.C).

o nome de "Setenta" se deve ao fato de que a tradição judaica atribui a sua tradução a 70 sábios e "Alexandrina"  por ter sido feita em Alexandria, no Egito. Esta tradução foi feita para as leituras nas sinagogas, (templo de reunião e oração dos judeus); No tempo da diáspora, comunidades que se dispersaram para fora da Palestina. E também talvez, uma hipótese, para dar a conhecer aos pagãos.

Nas versões latinas temos a "Ítala Antiga" ou "Vetus Latina", que provém da versão dos "setenta" para a maioria dos livros do Antigo Testamento, e dos originais gregos para os livros do Novo Testamento e Sabedoria, II Macabeus e Eclesiástico. Esteve em uso no Ocidente desde o séc. II até o séc. V. Outra versão é a Vulgata, ao final do séc. IV, o Papa Damasco ordenou que São Jerônimo fizesse uma nova versão latina. Foi denominada "vulgata" porque a intenção era tornar a obra popular. São Jerônimo traduziu diretamente do hebráico e do grego originais para o latim. A "Neo-vulgata" é a mesma versão Vulgata à qual foram incorporados avanços e descobertas mais recentes. O Papa João Paulo II aprovou e promulgou a edição típica em 1979. Para esta nova versão sirva como base segura para fazer traduções da Bíblia às línguas modernas e para realizar estudos bíblicos.

A Bíblia Sagrada é o livro mais vendido de todos os tempos, com mais de 06 bilhões de cópias em todo mundo. O segundo livro mais vendido não chega a 1bilhão de exemplares. 
Apesar de ter sido escrita a mais de 2. 000 anos a Bíblia é um livro tão atual como qualquer que foi escrito ontem. Leia um bom capítulo livro do Eclesiástico, por exemplo, e veja o quanto é atual a palavra de Deus. Boa Leitura! 

A PALAVRA DO SENHOR E A CATEQUESE


Ir. Nery, fsc.


"A catequese precisa ajudar as pessoas a lerem as Escrituras, na fé e na Tradição da Igreja, para que as palavras nelas contidas sejam sentidas vivas, como Cristo está vivo até hoje".


DEI VERBUM (A Palavra do Senhor). No dia 30 de setembro de 2010 o Papa Bento XVI publicou a Exortação Apostólica pós-sinodal: Verbum Domini, que é uma marco histórico na história da Igreja. Este precioso documento traz a reflexão do Sínodo 2008 sobre a "Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", e traz também o pensamento do próprio papa sobre o tema. É impressionante a riqueza que ali se encontra e, mais ainda, as consequências para cada fiel e para a Igreja se a Dei Verbum, efetivamente não ficar no papel, mas passar para a vida.      


UMA REVOLUÇÃO NA IGREJA - A Verbum Domini constitui uma grande mudança no modo como a Igreja vê e vive a Sagrada Escritura. O Papa Bento XVI declara, no ítem 1, da DV: "Desejo indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra de Deus, fonte de constante renovação, com a esperança com o desejo de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda atividade eclesial". Recomendado, no no. 73: "a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas de pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira"


E o papa, citando São Jerônimo, confirma que: "ignorar as Escrituras é ignorar Cristo" (VD, 25).  


A VERBUM DOMINI E A CETEQUESE - A catequese, que também precisa estar e perpassar tudo na Igreja, recebe na Verbum Domini um impulso e um guia de consequências imensas. O papa acentua, no no. 74: a) A centralidade da Palavra de Deus na catequese; b) O relato sobre os discípulos de Emaús como modelo fundamental para a catequese; c)a formação dos catequizandos para serem discípulos, testemunhas convictas e credíveis de Jesus Ressuscitado; d) A importância do diretório geral para a Catequese (DGC) e do que ele diz sobre a catequese e a Bíblia.


ANIMAR BIBLICAMENTE A CATEQUESE - O papa na Verbum Domini, 74, referindo-se ao DGC, sublinha que:


a) A catequese tem que ser impregnada e embebida de pensamento, espírito e atitudes bíblicas e evangélicas. 
b)A catequese será tanto mais rica e eficaz, quanto mais ler os textos com a inteligência e o coração da Igreja.
c) A Igreja precisa ajudar as pessoas a lerem as Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, para que as palavras nelas contidas sejam sentidas e vivas, como Cristo está vivo hoje onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas em seu nome (Cf. Mt18, 20)
d) Cada fiel deve ser orientado a reconhecer que sua vida pessoal pertence à História da Salvação. 
e) É preciso sublinhar a relação entre a Sagrada Escritura e o Catecismo da Igreja Católica.


ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS - E o papa sugere ainda no no. 74:
a) o contato assíduo com os próprios textos bíblicos na catequese.
b) o conhecimento das figuras, acontecimentos e expressões do texto sagrado.
c) a memorização inteligente e algumas passagens bíblicas, particularmente expressivas  dos méritos cristãos.     


LEITURA ORANTE DA SAGRADA ESCRITURA E "LECTIO DIVINA"  86-87


Orígenes, um dos mestres nesta leitura da Bíblia, defende que a inteligência das Escrituras exige, ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a Oração. 
Realmente é uma convicção que o caminho privilegiado para conhecer Deus é o amor e que não existe uma autêntica scientia Christi sem enamorar-se d'Ele.


Na carta a Gregório, o grande teólogo alexandrino ele recomenda:


"Dedica-te a lectio (leitura) das divinas Escrituras; aplica-te a isto com perseverança. Empenha-te na lectio com a intenção de crer e agradar a Deus. Se durante a lectio te encontras diante de uma porta fechada, bate e ser-te-á aberta por aquele guardião de que falou Jesus: "o guardião abrir-lha-á".
Aplicando-te assim à lectio divina, procura com lealdade e inabalável confiança em Deus o sentido das Escrituras divinas, que nelas amplamente se encerra. Mas não deves contentar-te com o bater e procurar; para compreender as coisas de Deus, tens necessidade de absoluta oratio (Oração). Precisamente para exortar a ela é que o Salvador não se limitou a dizer: "procurai e encontrareis" e "batei e vós será aberto", mas acrescentou: "pedi e recebereis"


Este propósito, porém, deve-se evitar o risco de uma abordagem individualista, tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão. Para nos unir na Verdade nosso caminho para Deus. Sendo uma palavra que se dirige a cada um pessoalmente, é uma palavra que constrói comunidade, que constrói Igreja. 


Por isso, o texto sagrado deve sempre abordar a comunhão eclesial. Com efeito, é muito importante a leitura comunitária. Porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura não pertence ao passado, porque o seu sujeito, o Povo de Deus inspirado pelo próprio Deus, é sempre o mesmo e, portanto, a Palavra está sempre viva no sujeito vivo. 


Então é importante ler a Sagrada Escritura e ouvi-la na comunhão da Igreja, isto é, com todas as grandes testemunhas desta Palavra, a começar dos primeiros Padres até aos Santos (as) de hoje e ao Magistério atuais.  


LEITURA ORANTE DA SAGRADA ESCRITURA <Lectio Divina> (DV. 86-87)


Em certo sentido, a leitura orante pessoal e comunitária deve ser vivida sempre em relação com a celebração eucarística prepara, acompanha e prolonga a liturgia eucarística. 


Assim também a leitura orante pessoal e comunitária prepara, acompanha e aprofunda o que a Igreja celebra com a proclamação da Palavra no âmbito litúrgico. 


Colocando em relação tão estreita lectio e liturgia, podem-se identificar melhor os critérios que devem julgar essa leitura no contexto da pastoral e da vida espiritual do povo de Deus.  


Por isso, na leitura orante da Sagrada Escritura, o lugar privilegiado é a liturgia, particularmente a Eucaristia, na qual, ao celebrar o Corpo e Sangue de Cristo no Sacramento, se atualiza no meio de nós a própria Palavra.
  
IMPORTANTE VOCÊ SABER
       
.....Neste contexto digo que: a Sagrada Escritura não pode e não deve ser discutida e sim, proclamada, rezada e vivida. Ela ao mesmo tempo nos admoesta e nos repreende na fé cada qual ao seu modo, particular ou comunitário. Quando celebrada impregna em nós o desejo de vivê-la e praticá-la. 
É errado pensar que podemos usar os textos sagrados para fundamentalismo religioso, ou para definir um certo credo, ou ainda para julgar as ações das pessoas.
O Espírito Santo, quando oramos sob a luz da Palavra nos inspira às boas ações.
Também não é conveniente achar que devemos interpretar os textos sagrados de qualquer maneira. Mas procurar ajuda naquilo que não entendemos com auxílio do magistério da Igreja seja em uma conversa, seja em uma boa leitura de livros que nos ajudarão a compreender o que na verdade nos quer dizer aquele texto.
Para isso é muito importante os movimentos de Círculos Bíblicos, onde a comunidade cristã passa a meditar e a rezar a palavra de Deus. Como aprendemos no documento Dei Verbum, a leitura divina deve estar sempre aliada à celebração eucarística, uma coisa liga à outra. 
E se tratando das Sagradas Escrituras, também é bom lembrar que somente a Igreja pode traduzir e ensinar de forma correta, pois é a Igreja que, através dos bispos católicos romanos zelam pelo Depósito da Fé, ou seja cuidam para que a Palavra de Deus não seja deturpada. Ninguém por mais bem intencionado que seja não tem o direito de traduzir as sagradas escrituras sem prévia autorização do magistério da Igreja. Todos os originais dos escritos proféticos e dos evangelhos (inspirados e os *Apócrifos); estão com a Igreja Católica, o resto é cópia.


É por isso que as Bíblias traduzidas fora da Igreja Católica não devem ser desprezadas mas observadas pois podem conter erros de tradução. Por exemplo: em Bíblias traduzidas por certos autores "crentes" usam a palavra Jeová (errada), no lugar de Javé ou IAVEH=EU SOU O QUE SOU (certa) para identificar o nome de Deus. Isso é muito comum, trocam o mome de alguns personagens da Bíblia. Além de faltar 7 livros que são muito importantes para nós. 
Por isso deve-se ter alguns cuidados. 
Outro cuidado que devemos ter é com o fundamentalismo bíblico, pois a bíblia não pode ser interpretada ao "pé da letra" pois sua linguagem muitas vezes é indireta ou direta. Muitos textos são difíceis de entender, por isso recomenda-se a ajuda de bons livros ou do próprio padre, teólogo ou de uma pessoa experiente que fez um bom curso na área. Pois a explicação de um texto bíblico não pode ser errada; a Bíblia se lida e vivida, entendida, rezada e orada, sem fundamentalismo pode ser caminho de salvação, do contrário pode ser perdição por causa do fanatismo.
A pessoa que escreve a Bíblia é chamada de EXEGETA.
A pessoa que estuda a Bíblia e faz mestrado e doutorado chama-se TEÓLOGO. 


*ESCRITOS APÓCRIFOS - são escritos que foram de diversos autores, mas que não entraram na Bíblia por não serem considerados inspirados. Pois misturam: história concreta, fantasias, mitos e lendas a respeito de Jesus. Algumas coisas são verdadeiras outras não, outras lendas, outras misturam uma coisa e outra...                     
            


         

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