sexta-feira, 21 de julho de 2017

A IGREJA CATÓLICA - HISTÓRIA, ORGANIZAÇÃO E DOUTRINA

O objetivo deste é mostrar aos católicos o que é a Igreja Católica Apostólica Romana, sua organização, culto e doutrina. Na internet estão cheios de postagens de sites onde alguns escritores, os que seguem a linha do protestantismo afirmando absurdos e com mentiras acusam a Igreja Católica de várias coisas, umas delas de não ser a verdadeira Igreja e que ela foi fundada por Constantino, etc. Há também livros também que espalham esta inverdade. De forma que o que você vai aprender aqui é a verdade.  

Claro, não dá para descrever toda a História da Igreja porque ela se divide em várias épocas e o conteúdo é muito grande, mas, de forma resumida tentarei expor os principais pontos onde há dúvidas mais comuns sobre ela. 
Houve erros no início? Sim, muitos erros, porque a Igreja é constituída de homens pecadores e falhos como eu e você. 
Naqueles primeiros séculos houve muitos concílios para definir o que era verdade e o que não era, 300 anos para decidir o que era heresia, o que não era, para elaborar toda Doutrina. (inclusive entre os gnósticos que ensinavam várias heresias) Foram inúmeras batalhas teológicas, confrontos entre grandes estudiosos dos primeiros séculos até que chegou-se a um acordo definitivo. Eis os nomes dos dos pais da Igreja que construíram toda a doutrina da Igreja:

Jerônimo, Agostinho, Basílio, Gregório de Nazianzo, João Crisóstomo, Gregório de Nissa, Atanásio, Orígenes, Teodoro de Mopsuéstia, Cirilo de Alexandria, Clemente de Alexandria, Justino Mártir, Irineu, Ambrósio, Gregório o Grande.
Foram homens de fé, grandes estudiosos, doutores na teologia e filosofia que organizaram a Igreja nos primeiros séculos.

Eles também organizaram os livros da Bíblia como conhecemos hoje. A Bíblia que tanto católicos como protestantes possui hoje, toda bonitinha e organizada, separada pelos nomes dos autores e seus versículos para fácil busca de leitura foi graças a eles. 

A Igreja é governada por um governo humano e outro divino. Por isso, o Papa e os Bispos podem errar em regras, como erraram em muitos casos. 
Com referência à doutrina ela não pode errar porque está assistida pelo Espírito Santo. A infabilidade papal ensinada pela Igreja se refere apenas à doutrina e não às regras.

O Catecismo da Igreja diz que ela é santa e pecadora. Isto é, constituída de homens ela é pecadora, mas, como é o Corpo de Místico Cristo, ela  sendo ele o cabeça e tendo o Espírito Santo como seu guia, ela é santa. Por quê? Porque a Igreja começa aqui, neste mundo, implantada por Jesus mas não termina aqui. Enquanto está neste mundo conduzindo os homens a Salvação ela é chamada de Igreja Peregrina, porque está à caminho. 

Igreja, com "I" maiúsculo se refere à Instituição, à Comunidade fundada por Jesus a mais de dois mil anos. Quando falamos de Igreja, falamos do Corpo Místico de Cristo, nós (os batizados) somos os membros desse corpo, Ele, Jesus é o cabeça e o Espírito Santo a Alma desse Corpo que a guia e santifica. Conforme explica São Paulo:

"Porquanto, assim como o corpo é uma só unidade e possui muitos membros, e todos os membros do corpo, ainda que muitos, constituem um só organismo, assim também ocorre em relação a Cristo".  
1Cor12, 12 


 Ele é a cabeça do Corpo, que é a Igreja; Ele é o princípio e o primogênito dentre os mortos, a fim de que em absolutamente tudo tenha a supremacia".
 Cl1, 18.
  
Na eternidade, na Glória, ela continua, a chamamos de Igreja Triunfante, onde estão todos os eleitos participando igualmente da glória do Pai.
É o que professamos no Creio: "Creio na comunhão dos Santos e na vida eterna". É esta comunhão que faz da Igreja na terra e no Céu uma só. Na terra, claro há falhas porque somos imperfeitos. No céu esta única Igreja está plena e concretizada. Por isso que o Espírito Santo a dirige neste mundo, para que no Céu ela se torne indelével. 
A Igreja não está aqui para fazer a vontade dos homens, ela está qui para fazer a vontade de Deus
É por isso que vemos a todo momento ataques a ela em questões de fé e moral, como é o caso do celibato, do divórcio, do casamento de homossexuais e várias outras polêmicas. As pessoas querem que a Igreja se molde a elas, mas, são elas que se quiserem serem salvas tem que se moldar à Igreja. E ela oferece todos os meios para isso. 
  
Jesus deu poder ao Papa para governar a Igreja, mas, não deu autoridade ao sumo pontífice e aos bispos para mudar suas leis. Se o Papa e os bispos definem algo como questão de Fé, isso se torna irrevogável. O que um Papa decidiu em matéria de doutrina, os outros que vierem depois não podem mudar. A doutrina da Igreja é uma só em todo mundo.        

Igreja Católica (o termo "católico", derivado da palavra grega: καθολικός (katholikos), significa "universal", "geral" ou "referente à totalidade"), chamada também de Igreja Católica Romana e Igreja Católica Apostólica Romana, é uma Igreja cristã com mais de dois mil anos, colocada sob a autoridade suprema visível do PapaBispo de Roma e sucessor do Apóstolo Pedro.

Seu objetivo é a evangelização e conversão ao ensinamento e à pessoa de Jesus Cristo em vista do Reino de Deus, e concede um papel nesta missão a Maria, a quem intitulou de "Mãe da Igreja", considerando que nem mesmo se deve temer que o incremento do culto, tanto litúrgico como privado, a ela dedicado, possa ofuscar ou diminuir o «culto de adoração, que é prestado unicamente a Santíssima Trindade; Pai, Filho e Espírito Santo

A Igreja começou fundada por Jesus Cristo ainda antes de sofrer a Paixão (Mt16, 17-19). Jesus deixa claro quando diz "sobre esta pedra (Pedro) fundarei a minha Igreja".  Para um bom entendedor de língua portuguesa, a vogal e o artigo Igreja está no singular e confere com o original em grego, porque Jesus fundou uma única Igreja e não as Igrejas como querem difamar os não católicos. Na última Ceia Jesus instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio ministerial, ou serviço pastoral com o gesto do lava-pés.   
O trabalho missionário da Igreja começou após a Ressurreição e Ascensão de Jesus, mais precisamente em Pentecostes, dia em que o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos. Pedro tomando a iniciativa começou primeiras conversões. Conforme descreve Atos2.  


E disse Jesus: "Feliz és tu Simão, filho de jonas, porque não foi a carne, nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. Eu te declaro: tu és pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus". Mt16, 17-19.

Nenhuma decisão era tomada sozinha na Igreja e sem o consentimento de São Pedro, pois, os apóstolos e os cristãos reconheciam sua autoridade papal dada pelo próprio Cristo para governar a Igreja. E até hoje é assim.  

O CONCÍLIO DE JERUSALÉM - Circuncisão X Batismo


Concílio de Jerusalém foi convocado pelos três apóstolos PedroTiago e João:

 “Surgindo daí uma agitação e tornando-se veemente a discussão de Paulo e Barnabé com eles, decidiu-se que Paulo e Barnabé e alguns outros dos seus subiriam a Jerusalém, aos apóstolos e anciãos, para tratar da questão” (At 15, 2).

Devido a grande discussão, por causa da obrigatoriedade de submeter os novos cristãos as praticas da lei mosaica, como a circuncisão, se deveria comparecer em Jerusalém a presença dos Apóstolos.
O texto não diz quais são esses apóstolos, porém devem ser a três colunas da Igreja em Jerusalém: 

“Pelo contrário, vendo que a mim fora confiado o evangelho dos incircuncisos como a Pedro o dos circuncisos – pois Aquele que operava em Pedro para a missão dos circuncisos operou também em mim em favor dos gentios – e conhecendo a graça em mim concedida, Tiago, Cefas (aramaico rocha) e João, os notáveis tidos como colunas, estenderam-nos a mão, a mim e a Barnabé, em sinal de comunhão” (Gl 2, 7:9).


Quanto a "presidência do Concílio", com a saída do apóstolo Pedro de Jerusalém, São Tiago ocupou o primeiro lugar da igreja de Jerusalém, tornando-se Bispo de Jerusalém. Por isso pode-se colocá-lo na presidência desse Concílio.

Entre eles estabeleceu-se uma dúvida e uma polêmica: saber se os gentios, ao se converterem ao cristianismo, teriam que adotar algumas das práticas antigas da Lei Mosaica para poderem ser salvos, inclusive o fazer-se circuncidar:

“Entretanto, haviam descido alguns da Judeia e começaram a ensinar aos irmãos: Se não vos circundardes segundo a norma de Moisés, não podereis salvar-vos.” (At 15, 1)

São Paulo ao levar o cristianismo a outros povos não exigia a circuncisão desses novos cristãos. Diante disso os presbíteros de Jerusalém se reuniram em torno de Tiago para fazer valer a "obrigatoriedade da circuncisão".

Interessante observar, que no episódio do Concílio de Jerusalém, mostra a unidade da Igreja: a igreja de Antioquia, de Corinto, de Éfeso não são independentes, por mais que as igrejas cristãs estejam separadas geograficamente são uma só Igreja.

São Paulo ao ser convocado a comparecer a Jerusalém não respondeu que nas igrejas fundadas por ele: “Aqui se faz de outro modo e pronto!”, mas a questão foi resolvida num Concílio.

“Reuniram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para examinarem o problema” (At 15, 6), outro ponto importante de se observar é a reunião de uma Igreja hierárquica.
Tendo-se os ânimos esquentados, “Tornando-se acesa a discussão, levantou-se Pedro e disse: Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, aprouve a Deus, entre vós, que por minha boca ouvissem os gentios a palavra da Boa Nova e abraçassem a fé.” (At 15, 7).

Paulo evoca sua autoridade sobre os não-judeus, sendo que na carta aos Gálatas São Paulo diz que a Pedro cabia dirigir os judeus, enquanto a ele, Paulo, os não-judeus. Com Paulo estando presente, Pedro afirma que seu primado também se estende aos não-judeus, mesmo tendo se decidido que São Paulo os evangelizasse; depois do discurso de Pedro todos se silenciaram. 

“Agora, pois, porque tentais a Deus, impondo ao pescoço dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem mesmo nós pudemos suportar? Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que nós cremos ser salvos, da mesma forma que eles. Então, toda a assembleia silenciou.” (At 15, 7:12). Veja a autoridade do primeiro papa neste Concílio.

Logo em seguida Paulo e Barnabé relataram as maravilhas e prodígios que Deus realizou entre os gentios por meio deles.
Por fim Tiago concordou com Pedro e concluiu dizendo:

 “Eis porque, pessoalmente, julgo que não se devam molestar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus. Mas se lhes escreva que se abstenham do que está contaminado pelos ídolos, das uniões ilegítimas, das carnes sufocadas e do sangue. Com efeito, desde antigas gerações tem Moisés em cada cidade seus pregadores, que o leem nas sinagogas todos os sábados”. (At 15, 19:21)
Carta Apostólica, que será seguida por toda a Igreja, é redigida segundo o parecer de Pedro, que Paulo e Tiago também concordaram. A Carta seguirá basicamente o discurso de Tiago, mostrando como estava a frente da igreja em Jerusalém.

A Carta Apostólica

“Os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, aos irmãos dentre os gentios que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações! Tendo sabido que alguns dos nossos, sem mandato de nossa parte, saindo até vós, perturbaram-vos, transtornando vossas almas com suas palavras, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, escolher alguns representantes e enviá-los a vós junto com nossos diletos Barnabé e Paulo, homens que expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor, Jesus Cristo. Nós vos enviamos, pois, Judas e Silas, eles também transmitindo, de viva voz, esta mesma mensagem. De fato, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor nenhum outro peso além destas coisas necessárias: que vos abstenhais das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas, e das uniões ilegítimas. Fareis bem preservando-vos destas coisas. Passai bem.” (At 15, 23:29)


Este primeiro concílio foi de importância fundamental porque teve como principal decisão libertar a Igreja nascente das regras antigas da Sinagoga, marcou definitivamente o desligamento do cristianismo do judaísmo e confirmou para sempre o ingresso dos gentios (não-judeus) na cristandade.  

A Igreja Católica é a mesma igreja desde os tempos apostólicos estabelecida por Deus  para salvar os os homens, embora admita a possibilidade de salvação dos que não a seguem, sendo que estes devem conhecer a fé da Igreja e por ela serem batizados. Para este fim, a Igreja Católica administra os Sacramentos e prega o Evangelho de Jesus Cristo. Atua em programas sociais e instituições em todo o mundo, incluindo escolasuniversidadeshospitais e abrigos, bem como administra outras instituições de caridade, que ajudam famíliaspobresidosos e doentes.

Como vimos neste primeiro Concílio, a Igreja de Jesus Cristo, sob a autoridade de São Pedro e o acórdão feito com os bispos de Jerusalém, juntamente com São Paulo que decidiram que a Igreja não seguiria as regras e preceitos judaicos. A circuncisão, a guarda do sábado, dentre outras práticas e normas dos judeus porque Jesus Cristo havia instituído uma Nova Aliança, existia um novo Mandamento. A cortina do Templo foi rasgada, foi substituído o Velho Testamento pelo Novo Testamento. 
Desde o início a Igreja não guardava o sábado como Dia do Senhor e sim, o domingo como o Dia do do Senhor. Os batismos eram feitos somente no Domingo de Páscoa. A circuncisão foi substituída pelo Batismo. O sacrifício do cordeiro em remissão dos pecados, substituído pelo Sacrifício de Cristo na Cruz, o Cordeiro Santo e imolado por nós no Calvário. Sacrifício esse que se faz memorial na Santa Missa, Jesus se torna Sacerdote, Altar e Cordeiro, onde ele mesmo se faz alimento para nossa vida terrena e celeste.
 A festa da Páscoa Antiga foi substituída pela Páscoa da Nova Aliança, paixão morte e ressurreição de Jesus. Portanto, nenhum cristão deve estar  preso às regras do Antigo Testamento e foi isso que o Concílio de Jerusalém decidiu. Pois na Igreja de Jesus todos são iguais, não há distinção de cor e de raça, judeus e não judeus todos se batizados passam pertencer a uma só família, a família dos cristãos.

Esta ideia é visível logo no seu nome: o termo "católico" significa global em grego. Ela elaborou sua doutrina ao longo dos concílios a partir da Bíblia, comentados pelos Pais e pelos doutores da Igreja. Ela propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis inspirada no Evangelho e definidas de maneira precisa. 

Regida pelo Código de Direito Canônico, ela se compõe, além da sua muita bem conhecida hierarquia ascendente que vai do diácono ao Papa, de vários movimentos apostólicos, que comportam notadamente as ordens religiosas, os institutos seculares e uma ampla diversidade de organizações e movimentos de leigos.


Desde o dia 13 de março de 2013, a Igreja Católica encontra-se sob a liderança do Papa Francisco. O último papa antes do argentino foi o Papa Bento XVI, que abdicou do cargo no mesmo ano. Quando de sua entronação, ela contava aproximadamente com 1,2 bilhões de membros (ou seja, mais de um sexto da população mundial e mais da metade de todos os cristãos), distribuídos principalmente na Europa e nas Américas mas também noutras regiões do mundo. Sua influência na História do pensamento bem como sobre a História da arte é considerável, notadamente na Europa onde ela contribuiu para a formação dos povos na Idade Média, como ainda hoje.




A Igreja Católica, pretendendo respeitar a cultura e a tradição dos seus fiéis, é por isso atualmente constituída por 24 igrejas autônomas sui iuris, todas elas em comunhão completa e subordinadas ao Papa. Estas Igrejas, apesar de terem a mesma doutrina e fé, possuem uma tradição cultural, histórica, teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas. A Igreja Católica é muitas vezes confundida com a Igreja Católica Latina, uma das suas 24 Igrejas autônomas e a maior de todas elas.
A Igreja Católica possui mais de dois mil anos de história, sendo a mais antiga instituição ainda em funcionamento. Sua história é integrante à História do Cristianismo e a história da civilização ocidental.


São Paulo. Responsável pela expansão do cristianismo fora dos muros de Jerusalém. Graças a ele, nós, chamados no princípio de povos gentios ( ou povos não judeus)  nos tornamos cristãos hoje. 

O nome original de Paulo era "Saulo" (em hebraicoשָׁאוּלSha'ultiberiano: Šāʼûl - "o que se pediu, o que se orou por" e traduzido em grego antigoΣαούλ - Saul - ou Σαῦλος - Saulos), nome que divide com o bíblico Rei Saul, um outro benjaminita e primeiro rei de Israel, que foi sucedido pelo Rei Davi, da tribo de Judá. Segundo suas próprias palavras, era um fariseu.

Em "Atos dos Apóstolos", Paulo afirma ter nascido em Tarso (na província de Mersin, na parte meridional da Turquia central) e faz breves menções à sua família. Um sobrinho é mencionado em Atos 23:16 e sua mãe é citada entre os que moram em Roma em Romanos 16:13.

Era doutor da lei mosaica e foi aluno de Gamaliel o sacerdote, declarado fariseu, falava 03 idiomas: grego, latim e hebraico. Era muito inteligente temido e respeitado; tinha o título de cidadão romano (que depois de convertido utilizou para empreender várias viagens e se livrar de algumas prisões). (At9, 21) Tendo tido uma visão de Cristo numa empreitada  à Damasco onde pretendia prender os cristãos daquela comunidade se converteu radicalmente até o fim de sua vida recebendo o nome de Paulo. Foi batizado por Ananias (At9, 1-17).
Tornou grande doutor da Igreja empenhou toda sua vida para que o Evangelho fosse levado a todos os povos. Com o Apóstolo Pedro se tornou um dos grandes pilares da Igreja do século I. Morreu degolado em Roma na mesma época que São Pedro. São Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo como tinha pedido, pois achava-se indigno de ser crucificado como Jesus. Não é considerado papa, mas participa como cooperador junto ao primado de Pedro. Por isso é muito comum também chamá-lo de Paulo Apóstolo, na verdade, ele não foi verdadeiramente um apóstolo de Jesus, mas por causa da sua grande importância para o cristianismo a Igreja Católica considera seu apostolado um só em comunhão com o de Pedro. Por isso que no dia 29 de junho dia em que se celebra a festa de São Pedro, também se celebra a Festa de São Paulo. Graças São Paulo várias das primeiras Igrejas fora de Jerusalém surgiram e seus escritos formam toda base teológica  da doutrina cristã até nossos tempos (as cartas de Paulo no N.T). Um homem que doou o resto de sua vida à causa do Evangelho. Era rigoroso, mas sabia voltar atrás, pedir perdão, reconhecer suas fraquezas, não se deixava abater pelas dificuldades e perseguições, não tinha parada, completou a sua corrida e guardou a fé.   
          
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A palavra Igreja Católica para referir-se à Igreja Universal é utilizada desde o século I, alguns historiadores sugerem que os próprios apóstolos poderiam ter utilizado o termo para descrever a Igreja.
Registros de antigos escritos da utilização do termo constam nas cartas de InácioBispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, que provavelmente foi ordenado pelo próprio São Pedro.
Em diversas situações nos primeiros três séculos do cristianismo, o Bispo de Roma, As primeiras listas de papas diziam que o segundo papa após São Pedro, foi São Lino.
considerado sucessor do Apóstolo Pedro, interveio em outras comunidades para ajudar a resolver conflitos, tais como fizeram o Papa Clemente IVitor I e Calixto I. Nos três primeiros séculos a Igreja foi organizada sob três patriarcas: o de Antioquia, de jurisdição sobre a Síria e posteriormente estendeu seu domínio sobre a Ásia Menor e a Grécia; o de Alexandria, de jurisdição sobre o Egito; e o de Roma, de jurisdição sobre o Ocidente. Posteriormente os bispos de Constantinopla e de Jerusalém foram elevados à dignidade de patriarcas por razões administrativas. O Primeiro Concílio de Niceia, em 325, considerou o Bispo de Roma como o "primus" (primeiro) entre os patriarcas, afirmando em seus quarto, quinto e sexto cânones que está "seguindo a tradição antiguíssima", embora muitos interpretem esse título como o "primus inter pares" (primeiro entre iguais). Considerava-se que Roma possuía uma autoridade especial devido à sua ligação com São Pedro.


Tendo eles comido, Jesus perguntou a Pedro: "Simão, filho de Jonas, tu me amas mais que estes?" Pedro respondeu: "Sim Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Apascenta meus cordeiros!" Perguntou-lhe outra vez: "Simão, filho de Jonas, amas-me?" Pedro  respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo." Disse Jesus: "Apascenta meus cordeiros!" - Perguntou Jesus pela terceira vez: "Simão, filho de Jonas, amas-me?" Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me? , e respondeu: "Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo." Disse-lhe Jesus: "Apascenta minhas ovelhas!"... Jo21, 15-17    

 A IGREJA CATÓLICA CATÓLICA DO OCIDENTE E A ORTODOXA DO ORIENTE

O CISMA
Uma série de dificuldades (disputas doutrinárias e disciplinares, diferenças culturais, Concílios disputados, a evolução de ritos separados e se a posição do Papa era ou não de real autoridade ou apenas de respeito) levaram à divisão em 1054, que separou a Igreja entre a Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa no Leste (GréciaRússia e muitas das terras eslavasAnatóliaSíriaEgito, etc.). A esta divisão chama-se o Cisma do Oriente.
A grande divisão seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a falsa Reforma Protestante, durante a qual se formaram muitas das atuais igrejas Protestantes, com maior presença no Norte da Europa. 
A diferença entre o cisma das primeiras Igrejas e a Reforma protestantes é que a Católica Romana e a Igreja Ortodoxa conseguiu ao longo de muitos anos uma comunhão eclesial mesmo em algumas diferenças mantiveram unidas em suas doutrinas e delas não surgiram denominações diferentes. 
Já a Reforma protestante fez surgir várias seitas e denominações cada uma com uma doutrina diferente e várias heresias.    

Características Doutrinais

A Eucaristia (Rito Oriental).
A Igreja Católica acredita ser a única Igreja fundada por Cristo, e portanto, a única autêntica frente a demais igrejas e denominações cristãs que surgiram historicamente depois dela. Assim, a Igreja Católica considera que tem por missão elaborar, comunicar e propagar os ensinamentos de Cristo, assim como a de cuidar a unidade dos fiéis, com o objetivo de ajudar a humanidade a percorrer o caminho espiritual a Deus. Tem também o dever de administrar os sacramentos aos seus fiéis, por meio do ministério de seus sacerdotes.
A Igreja acredita que Deus outorga a sua graça ao crente por meio dos sacramentos, daí a sua importância na vida eclesial. Ademais, a Igreja Católica manifesta-se como uma estrutura hierárquica e colegial, com Cristo como a sua cabeça espiritual e auxiliado pelo colégio dos apóstolos, cuja autoridade passou a ser exercida, após a sua morte, pelos seus sucessores: o Papa e os bispos.

Revelação divina, Tradição e desenvolvimento da doutrina 

A autoridade para ensinar, ou seja, o Magistério da Igreja, baseia-se na Revelação divina, que está expressa tanto nas Sagradas Escrituras (ou Bíblia) como na Sagrada Tradição (oral). Segundo a fé católica, a Revelação divina engloba todas as verdades que a Igreja acredita e que foram sendo gradualmente reveladas por Deus através dos tempos (desde o Antigo Testamento), atingindo a sua plenitude e perfeição em Jesus Cristo, que anunciou definitivamente o Evangelho à humanidade. Ou seja, já não há mais nada a acrescentar à Revelação divina depois de Jesus, apenas há revelações privadas (ex.: as aparições marianas), que não pertencem à Revelação divina pública nem podem contradizê-la. O papel das aparições privadas é somente ajudar os fiéis católicos a viver melhor a Revelação divina, numa determinada época da história. Por isso, Jesus Cristo é considerado pelos católicos e outros cristãos como o Filho de Deus, o Messias e o Salvador do mundo e da humanidade.

Este conjunto de verdades reveladas pode ser designado por doutrina católica. Segundo o Catecismo de São Pio X, a doutrina católica "é a doutrina que Jesus Cristo Nosso Senhor nos ensinou, para nos mostrar o caminho da salvação" e da vida eterna. "As partes principais e mais necessárias da Doutrina [...] são quatro: o Credo, o Pai-Nosso, os Mandamentos e os Sacramentos". 
Apesar da doutrina católica ter sido plenamente revelada por Jesus Cristo, a definição e compreensão desta mesma doutrina é progressiva, necessitando por isso do constante estudo e reflexão da Teologia, mas sempre fiel à Revelação e orientada pelo Magistério da Igreja Católica. A esta definição progressiva da doutrina dá-se o nome de desenvolvimento da doutrina . Esta Revelação imutável e definitiva é transmitida pela Igreja sob a forma de Tradição escrita (Bíblia) e oral.
A Tradição Oral é a Palavra de Deus passada de geração em geração, de pais para filhos, cuja é responsável pela composição te toda Sagrada Escritura, e mais precisamente o Novo Testamento. Por tal razão a Igreja considera a Tradição Oral tanto válida como a própria Bíblia.
A doutrina católica está resumida no Credo dos Apóstolos, no Credo niceno-constantinopolitano e em variadíssimos documentos da Igreja, como por exemplo no Catecismo da Igreja Católica (CIC) e no seu Compêndio (CCIC).

O Credo Niceno deriva-se do credo de Nicéia (composto pelo Concílio de Nicéia (325 AD), com pequenas modificações efetuadas pelo Concílio de Calcedônia (451 AD) e pelo Concílio de Toledo (Espanha, 589 AD). Este credo expressa mais precisamente a doutrina da Trindade, contra o arianismo.  Eis o texto do Credo de Nicéia, conforme aceito por católicos e protestantes: 

CREDO NICENO-CONSTANTINOPOLITANO

Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Creio na Igreja una, universal e apostólica, reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo que há de vir. 

Dogmas e Santíssima Trindade 

Com os seus estudos teológicos, a Igreja gradualmente proclama os seus dogmas, que são a base imutável da sua doutrina, sendo o último dogma (o da Assunção da Virgem Maria) proclamado solenemente apenas em 1950, pelo Papa Pio XII. Os dogmas são definidos e proclamados solenemente pelo Supremo Magistério (Papa ou Concílio Ecumênico com o Papa) como sendo verdades definitivas, porque eles estão contidos na Revelação divina ou têm com ela uma conexão necessária. Uma vez proclamado solenemente, nenhum dogma pode ser alterado ou negado, nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar. Por isso, o católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável.
Para os católicos, um dos dogmas mais importantes é o da Santíssima Trindade, que, não violando o monoteísmo, professa que Deus é simultaneamente uno (porque, em essência, só existe um Deus) e trino (se apresenta em três pessoao Paio Filho e o Espírito Santo, que se estabelecem entre si uma comunhão perfeita). Estas três Pessoas eternas, apesar de possuírem a mesma natureza e a mesma essência, "são realmente distintas" mas, um só Deus

A doutrina da Santíssima Trindade foi decidida também no concílio de Nicéia em 325 d. C. 
No ano 320 ocorreram divergências entre Árius e o bispo Alexandre, de Alexandria, e seu assistente Atanásio. Na ocasião, o princípio da trindade divina era adotado por todas as religiões da antigüidade, menos pelo judaísmo e pelo budismo. Discutia-se a igualdade entre o Pai e o Filho e mais a terceira pessoa, representada por uma pomba branca. Árius dizia: “O Filho não é co-eterno com o Pai. Se o Pai gerou o Filho, houve um tempo em que o Filho não existia”. O bispo Alexandre tentou condenar o que entendia ser um erro de Árius, convocando um Concílio nesse ano, com os bispos do Egito e da Líbia. Nele, decidiu-se pela excomunhão de Árius. 

No dia 20 de maio de 325, com a presença de 1. 800 bispos e mais o Imperador Constantino foi convocado o Concílio de Nicéia. Apesar de não ser nem batizado. Eis aqui algumas das  principais resoluções deste Concílio: 


- Jesus é Deus, consubstancial ao Pai. Ou seja, Jesus e o Pai possui poderes iguais. Gerado, não criado. Gerado porque veio a este mundo se encarnou no seio de Maria. Não criado porque como Deus ele é eterno. Jesus possui as duas naturezas humana e divina, sendo verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.  
- O Espírito Santo é Deus autor da vida, alma e autor da santificação da Igreja . 

- Aprovação do dogma da Santíssima Trindade.
O Pai Criador, Filho Salvador e Espírito Santo Paráclito, consolador, advogado, santificador das almas. Um só Deus em três pessoas.

- Para a Igreja a ressurreição do último dia (da carne) ocorrerá, (como para os judeus), no dia do juízo final. 

- Negada a preexistência da alma, afirmando a  alma passa a ser criada no momento da concepção, juntamente com o corpo (A negação da preexistência da alma  elimina a teoria da reencarnação). 
- Aprovação dos 04 Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.
- Aprovação do Código penal de cristãos.
-  Condenação da Igreja do Oriente.
- Definição e aprovação do Credo (Credo niceno-constantinopolitano).
Na Bíblia não aparece nome Trindade, mas, ela dá referências de sua existência. Jesus várias vezes se refere à essas três Pessoas distintas de Deus, o Pai, ele o Filho, e o Espírito Santo. No Evangelho de Mateus Cap. XXVIII, verso 19 está escrito: "Ide pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". (Mt28, 19). Logo, não é necessário estar a palavra Trindade no Evangelho para entender que Jesus distingue claramente as três Pessoas de Deus que a Igreja deu o nome de Santíssima Trindade, um só Deus em três pessoas distintas. Essa verdade de fé contida nos Evangelhos foi proclamada no Concílio de Nicéia para acabar de vez com as heresias ensinadas pelos Arianos.            
Logo, muitas vezes, certas atividades e atributos divinos são mais reconhecidas (mas não exclusivamente realizadas) em uma Pessoa do que em outra. Como por exemplo, a criação divina do mundo está mais associado a Deus Pai; a salvação do mundo a Jesus, o Filho de Deus; e a proteção, guia, purificação e santificação da Igreja ao Espírito Santo.

Jesus, a salvação e o Reino de Deus 

crucificação e morte redentora de Jesus faz parte da vontade de Deus Pai de salvar toda a Humanidade.
Jesus Cristo é a figura central do Cristianismo, porque, por vontade de Deus Pai [42], ele encarnou-se (veio à Terra) para anunciar a salvação à humanidade inteira, "ou seja: para nos reconciliar a nós pecadores com Deus; para nos fazer conhecer o seu amor infinito; para ser o nosso modelo de santidade; para nos tornar «participantes da natureza divina» (2 Ped 1, 4)"; e para "anunciar as boas novas do Reino de Deus".
Santo Atanásio, um famoso Padre e Doutor da Igreja, afirmou que Jesus, "Filho de Deus, Se fez homem, para nos fazer Deus", ou seja, para nos tornarmos santos como Deus [45].
O dogma cristológico ensina que Jesus é a encarnação do Verbo divino, verdadeiro Deus e verdadeiro homemMessias, Salvador e Bom Pastor da Humanidade. Ele é também «o Filho Unigênito de Deus» (1 Jo 2, 23), a segunda pessoa da Santíssima Trindade, o único e verdadeiro Sumo Sacerdote  e Mediador entre os homens e Deus Pai, chegando mesmo a afirmar que "«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim» (Jo 14, 6)".
Nas suas muitas pregações, Jesus, ao anunciar o Evangelho, ensinou as bem-aventuranças e insistiu sempre «que o Reino de Deus está próximo» (Mateus 10:7). Exortou também que quem quisesse fazer parte desse Reino teria de nascer de novo, de se arrepender dos seus pecados, de se converter e purificar. Jesus ensinava também que o poder, a graça e a misericórdia de Deus era maior que o pecado e todas as forças do mal, insistindo por isso que o arrependimento sincero dos pecados e a  em Deus podem salvar os homens.

Este misterioso Reino, que só se irá realizar-se na sua plenitude no fim do mundo, está já presente na Terra através da Igreja, que é a sua semente. No Reino de Deus, o mal será inexistente e os homens salvos e justos, após a ressurreição dos mortos e o fim do mundo, passarão a viver eternamente em Deus, com Deus e junto de Deus.
doutrina católica professa também que a Salvação do Homem deve-se, para além da graça divina, ao voluntário Sacrifício e Paixão de Jesus na cruz. Este supremo sacrifício deve-se à vontade e ao infinito amor de Deus, que quis salvar toda a humanidade. Além disso, é também fundamental para a salvação a adesão livre do crente à  em Jesus Cristo e aos Seus ensinamentos, porque a liberdade humana, como um dom divino, é respeitado por Deus, o nosso Criador.
Esta fé cristã "opera pela caridade" ou amor (Gálatas 5:6), por isso ela obriga o crente a converter-se e a levar uma vida de santificação. Este modo de viver obriga o católico a participar e receber os sacramentos e a "conhecer e fazer a vontade de Deus.
 Este último ponto é cumprido através, como por exemplo, da prática dos ensinamentos revelados (que se resumem nos mandamentos de amor ensinados por Jesus), das boas obras e também das regras de vida propostas pela Igreja Católica. Estes mandamentos de amor consistem em «amar a Deus acima de todas as coisas ... amar ao próximo como a si mesmo» (Mateus 22:37-39) (o Grande Mandamento) e «amar uns aos outros como Eu vos amei»(João 15:12) (o Mandamento do Amor ou Novo Mandamento). Estes ensinamentos radicais constituem por isso o resumo de «toda a Lei e os Profetas do Antigo Testamento» (Mateus 22:40). No fundo, a vida de santificação proposta pela Igreja tem por finalidade e esperança últimas à salvação [59] e à implementação do Reino de Deus.

A Igreja ensina também que todos os não-católicos que, sem culpa própria, ignoram a Palavra de Deus e a Igreja Católica, mas que "procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da graça, se esforçam por cumprir a sua vontade", podem conseguir a salvação.

ECLESIOLOGIA

Como saber qual é a verdadeira Igreja de Cristo?

Como identificar a Igreja de Nosso Senhor? Algumas chaves simples podem nos levar à conclusão definitiva. 

A Epístola aos Hebreus (12,22-24) fala da Igreja Celestial, que é a Jerusalém Celeste. O texto bíblico diz que as almas dos justos aperfeiçoados estão no rol da Igreja triunfante, a Assembleia Universal que é a Igreja dos Primogênitos arrolados nos Céus, diante de Deus, Juiz de todos. O ponto fundamental aí é notar que o texto em grego, no trecho que se refere "à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos Céus" (v.23) no manuscrito original poderia tanto ser γενική σύναξη (assembleia universal) quanto γενική eκκλησία ou ainda kαθολικός eκκλησία, que se pronuncia katholikón ekklésia, e quer dizer, exatamente, Igreja Católica.

A Igreja Primitiva, no Concílio de Constantinopla (381), definiu os traços que caracterizam a verdadeira e única Igreja de Jesus Cristo: "Creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica...". A Igreja Católica define-se pelas palavras do Credo niceno-constantinopolitano, como:

Una: A Igreja deve ser una, isto é uma sóindivisível,uma só Igreja, do mesmo modo como existe "um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef 4,5). Jesus Cristo fundou uma só Igreja neste mundo, e Jesus só pode ser a Cabeça de um Corpo, do mesmo modo como somente pode desposar uma noiva, assim como Deus teve um povo entre os vários povos.
Porque nela subsiste a única instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Cristo para reunir o povo de Deus, porque ela tem como alma o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo e porque ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade.

Santa: em virtude do seu fundador: Jesus Cristo. Foi ela que recebeu a promessa fundamental: "...as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Deste modo, a razão da própria existência da Igreja está em ser um instrumento de santificação dos homens: "Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade" (Jo 17,19). Por causa da sua ligação única com Deus, o seu Autor, porque "o Espírito Santo vivificou-a com a caridade" e porque ela é a "Esposa de Cristo"; também porque ela, através dos sacramentos, tem por objetivo santificar, purificar e transformar os fiéis, reunindo-os todos para o seu caminho de santificação, cujo objetivo final é a salvação, que consiste na vida eterna, na realização final do Reino de Deus e na obtenção da santidade.

Católica: a palavra católica quer dizer universal; a Igreja de Cristo é Universal porque foi estabelecida para reunir todos os povos e nações para formar o único Povo de Deus: "Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). Porque a Igreja é universal e está espalhada por toda a Terra; é portadora da integralidade e totalidade do depósito da fé; "leva e administra a plenitude dos meios" necessários para a salvação" (incluindo os sete sacramentos), dados por Jesus à sua Igreja; "é enviada em missão a todos os povos, em todos os tempos e qualquer que seja a cultura a que eles pertençam"; e nela está presente Cristo.

Apostólica: porque está edificada sobre o "fundamento dos Apóstolos..." (Ef 2,20). A garantia da legitimidade da Igreja está na continuidade da obra de Jesus por meio da Sucessão Apostólica. Tudo o que Jesus quis para a sua Igreja foi entregue aos cuidados dos Apóstolos: a doutrina, os meios para santificação e a hierarquia. Ela é fundamentada na doutrina dos Apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura. Segundo a Doutrina Católica, todos os Bispos da Igreja são sucessores dos Apóstolos e o Papa, Chefe da Igreja, é o sucessor de São Pedro ("Príncipe dos Apóstolos"), que é a pedra na qual Cristo edificou a sua Igreja.

Romana: este título, que pode confundir algumas pessoas, na realidade é muito simples e evidente: “Romana” não implica nacionalismo nem particularismo; não quer dizer que a Igreja pertença ou se limite à cidade de Roma, assim como acontece com uma empresa; indica apenas o endereço da sede da Igreja, enquanto instituição, neste mundo. Nada mais. A Igreja antes de tudo é Apostólica, isto é, sucede dos Apóstolos, atuando no mundo, como corpo físico ou organização, precisa de um endereço físico e postal e de um chefe ou coordenador que é o do Bispo de Roma, o Papa, feito Chefe visível por Cristo possui duas autoridades: Política e divina. Em consequência, a Igreja Católica recebe, como uma espécie de “subtítulo”, a designação “romana”. Isto em nada contraria a sua catolicidade/universalidade. Também Jesus é chamado "Galileu" e "Nazareno", e nem por isso deixa de ser o Cristo, Senhor e Salvador de todos. 

Igreja está alicerçada sobre o Apóstolo Pedro, a quem Cristo prometeu o Primado, ao afirmar que "sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" e que "dar-te-ei as chaves do Reino de Deus" ("Confissão de Pedro").
Também a Igreja recebeu o título de:

·        Esposa de Cristo - porque o próprio Cristo "Se definiu como o «Esposo» (Mc 2,19) que amou a Igreja, unindo-a a Si por uma Aliança eterna. Ele entregou-se a Si mesmo por ela, para a purificar com o Seu sangue, «para a tornar santa» (Ef 5,26) e fazer dela mãe fecunda de todos os filhos de Deus". 
·       Templo do Espírito Santo - porque o Espírito Santo reside na Igreja, no Corpo Místico de Cristo, e estabelece entre os fiéis e Jesus Cristo uma comunhão íntima, tornando-os unidos num só Corpo. Para além disso, Ele guia, toma conta e "edifica a Igreja na caridade com a Palavra de Deus, os sacramentos, as virtudes e os carismas".
        
Divergências com as outras Igrejas cristãs

A doutrina da Igreja Ortodoxa é bastante parecida com a da Igreja Católica. As únicas diferenças significativas dizem respeito ao filio que, ao entendimento um pouco divergente da salvação e do arrependimento e principalmente à compreensão do papel e função do Papa na Igreja, que para os ortodoxos não tem jurisdição sobre as outras Igrejas nem é revestido de infalibilidade quando fala ex cátedra.
Em relação às Igrejas protestantes, as diferenças mais significativas dizem respeito à doutrina da Eucaristia, dos outros sacramentos (a maioria dos protestantes professam o Batismo e a Eucaristia), à existência do purgatório, à composição do Cânone das Escrituras e ao culto de veneração à Virgem Maria e aos santos. Há também diferenças importantes na doutrina do pecado original e da graça, na necessidade e natureza da penitência e no modo de obter a redenção, com os protestantes a defender que a salvação só se atinge apenas através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica que a fé deve ser expressa também através das boas obras. Esta divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação, mas o diálogo ecumênico moderno levou a alguns consensos entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação, bem como com os anglicanos e outros.

Os Mandamentos:

Existem várias representações dos Dez Mandamentos, que é a base e o mínimo fundamental da Lei moral (ou Lei de Deus), devido à diversidade de traduções existentes. A mais utilizada é aquela ensinada atualmente na catequese de língua portuguesa da Igreja Católica:
·        1º Amar a Deus sobre todas as coisas.
·        2º Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
·        3º Guardar domingos e festas de guarda.
·        4º Honrar pai e mãe.
·        5º Não matar.
·        6º Guardar castidade nas palavras e nas obras.
·        7º Não roubar.
·        8º Não levantar falsos testemunhos.
·        9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
·        10º Não cobiçar as coisas alheias.
Segundo a doutrina católica sobre os Dez Mandamentos, eles são de observância e cumprimento obrigatórios, porque "enuncia deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo" e dão a conhecer também a vontade divina sobre a conduta moral dos homens.

OS SACRAMENTOS

Dentro da fé católica, os sacramentos, que a Igreja acredita serem instituídas por Jesus, são gestos e palavras de Cristo que concedem e comunicam a graça santificadora sobre quem os recebe. Sobre os sacramentos, São Leão Magno diz: "«o que era visível no nosso Salvadorpassou para os seus sacramentos»".
Ao celebrá-los, a Igreja Católica alimenta, exprime e fortifica a sua fé, sendo por isso os sacramentos uma parte integrante e inalienável da vida de cada católico e fundamentais para a sua salvação. Isto porque eles conferem ao crente a graça divina, os dons do Espírito Santo, "perdão dos pecados, [...] a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja", que o torna capaz "de viver a vida nova de filhos de Deus em Cristo acolhido com a ". Daí a grande importância dos sacramentos na liturgia católica . Ao todo, a Igreja Católica tem sete sacramentos:
·        Batismo é dado às criança e a convertidos adultos que não tenham sido antes baptizados validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido pela Igreja Católica, contanto que seja feito pela fórmula: "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". A rigor, todo cristão pode, nessa fórmula, batizar validamente alguém, nomeadamente em situações urgentes. Entretanto, o batismo será ilícito, devendo o batizado ser levado na presença de um sacerdote, para que complete os rituais do sacramento, como a unção com o Crisma e com o óleo dos catecúmenos).

·        ConfissãoPenitência ou Reconciliação envolve a admissão de pecados perante um padre e o recebimento de penitências (tarefas a desempenhar a fim de alcançar a absolvição ou o perdão de Deus).

·        Eucaristia (Comunhão) é o sacramento mais importante da Igreja porque ela relembra e renova o mistério pascal de Cristo, atualizado e renovando assim a salvação da humanidade. Por isso, recebe também o nome de Santíssimo Sacramento. Este sacramento está associado também à transubstanciação, que é a crença de que, após a consagração, o pão e o vinho oferecidos e consagrados se tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, sob as aparências de pão e vinho.

·        Na Confirmação ou Crisma, o Espírito Santo, que é recebido no batismo é "fortalecido e aprofundado" através da imposição de mãos e da unção com santo óleo do Crisma. Na maior parte das igrejas de Rito latino, este sacramento é presidido por um bispo e tem lugar no início da idade adulta (na maioria das vezes, quando se completam 15 anos). Nas Igrejas Católicas Orientais o sacramento do Crisma é geralmente executado por um padre imediatamente depois do batismo.

·        Sagrado matrimônio é o sacramento que valida, diante de Deus, a união de um homem e uma mulher, constituindo assim uma família. Segundo a tradição católica, com base no Evangelho de São Marcos, o casamento é indissolúvel. Só é permitido um segundo casamento no caso da morte de um dos cônjuges ou em situações especiais de nulidade do casamento.

·        Ordem recebe-se ao entrar para o clero, através da consagração das mãos com o santo óleo do Crisma e, no rito latino (ou ocidental), envolvem um voto de castidade enquanto que nos ritos orientais, os homens casados são admitidos como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos. Em raras ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de outros grupos cristãos fossem ordenados no rito ocidental. No rito ocidental, os homens casados podem ser ordenados diáconos permanentes, mas não podem voltar a casar se a esposa morrer ou se for declarada a nulidade do casamento. O sacramento das Ordens Sagradas é dado em três graus: o do diácono (desde o Concílio Vaticano II um diácono permanente pode ser casado antes de se tornar diácono), o de sacerdote e o de bispo.

·        Unção dos enfermos era conhecida como "extrema unção" ou "último sacramento". Envolve a unção de um doente com um óleo sagrado dos enfermos, abençoado especificamente para esse fim. Já não está limitada aos doentes graves e aos moribundos, mas a Igreja recomenda esse sacramento e o viático para a hora da morte.

Cinco Mandamentos da Igreja Católica

Os cinco mandamentos ou preceitos da Igreja Católica (não confundir com os Dez Mandamentos da Lei de Deus), na sua forma atual, foram estabelecidos pelo Papa João Paulo II e promulgados em 2005 pelo Papa Bento XVI, onde suprimiu-se o termo "dízimos" do quinto mandamento (pagar dízimos conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, uma contribuição segundo as possibilidades de cada um, e não uma taxação ou imposto sobre os rendimentos.
Os cinco mandamentos ou preceitos da Igreja são:
1.    Participar na Missa, aos domingos e festas de guarda e abster-se de trabalhos e atividades que impeçam a santificação desses dias.
Os dias santos de guarda ou preceito que podem não ser no domingo são dez:

1 de Janeiro - Solenidade de Santa MariaMãe de Deus;
19 de Março - Solenidade de São José
Ascensão de Jesus (data variável - quinta-feira da sexta semana da Páscoa)
Corpus Christi (data variável - 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade)
29 de Junho - Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.
2.    Confessar os pecados ao menos uma vez cada ano.

3.    Comungar o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa.

4.    Guardar a abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja:
Dias de abstinência de carne ou de qualquer outra comida determinada pela conferência episcopal: todas as sextas-feiras, principalmente as da Quaresma, a não ser que uma solenidade seja numa sexta-feira.

5.    Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as suas possibilidades.

 PAPA - é apenas um título, para indicar sua missão no governo da Igreja. Ele é o Bispo de Roma,  sede da Igreja Católica. E também é Chefe de Estado porque o Vaticano é um Estado da Itália. 


A palavra papa, em italiano quer dizer pai. O papa é chamado pai porque está à frente do governo da Igreja. Também é chamado de Sumo Pontífice (a ponte que nos liga  até Cristo); Também é chamado de Vigário de Cristo e de Servos dos servos de Deus. Este último era muito utilizado pelo Papa João Paulo II.

Francisco, é o atual Papa da Igreja Católica (2013) e sucessor de São Pedro.
A Igreja Católica tem uma hierarquia, sendo o seu Chefe o Papa. A expressão "Santa Sé" significa o conjunto do Papa e dos dicastérios da Cúria Romana, que o ajudam no governo de toda a Igreja.
A Igreja tem uma estrutura hierárquica de títulos que são, em ordem descendente:
·        Papa, que é o Sumo Pontífice e chefe da Igreja Católica, o guardador da integridade e totalidade do depósito da fé, o Vigário de Cristo na Terra, o Bispo de Roma e o possuidor do Pastoreio de todos os cristãos, concedido por Jesus Cristo a São Pedro e, conseqüentemente, a todos os Papas. Esta autoridade papal (Jurisdição Universal) vem da  de que ele é o sucessor direto do Apóstolo São Pedro (a chamada "Confissão de Pedro"). Na Igreja latina e em algumas das orientais, só o Papa pode designar os membros da Hierarquia da Igreja acima do nível de presbítero. Aos Papas atribui-se infalibilidade. Por essa prerrogativa, as decisões papais em questões de  e costumes (moral) são infalíveis quando proclamadas ex cátedra. Todos os membros da hierarquia respondem perante o Papa e a sua corte papal, chamada de Cúria Romana.

·        Carmelengo em caso de morte ou renúncia do cargo, essa pessoa é quem detém todos os poderes de um papa até a eleição de outro pelo Colégio de Cardeais.
·        Cardeais são os conselheiros e os colaboradores mais íntimos do Papa, sendo todos eles bispos (alguns só são titulares). Aliás, o próprio Papa é eleito, de forma vitalícia (a abdicação é rara, porque já não acontecia desde a Idade Média) pelo Colégio dos Cardeais. A cada cardeal é atribuída uma igreja ou capela (e daí a classificação em cardeal-bispocardeal-presbítero e cardeal-diácono) em Roma para fazer dele membro do clero da cidade. Muitos dos cardeais servem na Cúria, que assiste o Papa na administração da Igreja. Todos os cardeais que não são residentes em Roma são bispos diocesanos.
·        Patriarcas são normalmente títulos possuídos por alguns líderes das Igrejas Católicas Orientais sui ijuris. Estes patriarcas orientais, que ao todo são seis, são eleitos pelos seus respectivos Sínodos e depois reconhecidos pelo Papa. Mas alguns dos grandes prelados da Igreja Latina, como o Patriarca de Lisboa e o Patriarca de Veneza, receberam também o título de Patriarca, apesar de ser apenas honorífico e não lhes conferirem poderes adicionais.
·        Arcebispos (Metropolita ou Titular) são bispos que, na maioria dos casos, estão à frente das arquidioceses. Se a sua arquidiocese for a sede de uma província eclesiástica, eles normalmente têm também poderes de supervisão e jurisdição limitada sobre as dioceses (chamadas sufragâneas) que fazem parte da respectiva província eclesiástica.
·        Bispos (DiocesanoTitular e Emérito) são os sucessores diretos dos doze Apóstolos. Receberam o todo do sacramento da Ordem, o que lhe confere, na maioria dos casos, jurisdição completa sobre os fiéis da sua diocese.
·        Presbíteros ou Padres são os colaboradores dos bispos e só têm um nível de jurisdição parcial sobre os fiéis. Alguns deles lideram as paróquias da sua diocese.
·Monsenhor é um título honorário para um presbítero, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais.
·        Diáconos são os auxiliares dos presbíteros e bispos e possuem o primeiro grau do Sacramento da Ordem. São ordenados não para o sacerdócio, mas para o serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e da liturgia. Apesar disso, eles não consagram a hóstia(parte central da Missa) e não administram a Unção dos enfermos e a Reconciliação.
Todos os ministros sagrados supramencionados fazem parte do clero. A Igreja acredita que os seus clérigos são "ícones de Cristo", logo todos eles são homens, porque os doze Apóstolos são todos homens e Jesus, na sua natureza humana, também é homem. Mas isto não quer dizer que o papel da mulher na Igreja seja menos importante, mas apenas diferente. Excetuando em casos referentes a padres ordenados pelas Igrejas orientais, aos diáconos permanentes e a alguns casos excepcionais, todo o clero católico é celibatário. Os clérigos são importantes porque efetuam exclusivamente determinadas tarefas, como a celebração da Missa e dos sacramentos.
Existem ainda funções menores: Leitor, Ministro Extraordinário da Comunhão eucarística, Ministro da Palavra e Acólito. Estas funções tomados em conjunto não fazem parte do clero, pois são conferidas aos leigos, uma vez que, para entrar para o sacerdócio, é preciso ao católico receber o sacramento da Ordem. Desde o Concílio Vaticano II, os leigos tornaram-se cada vez mais importantes no seio da vida eclesial e gozam de igualdade em relação ao clero, em termos de dignidade, mas não de funções.
Dentro da Igreja, também existem um grupo de leigos ou de clérigos que decidiram tomar uma vida consagrada e normalmente agrupam-se em ordens religiosascongregações religiosas ou em institutos seculares, existindo porém aqueles que vivem isoladamente ou até junto dos não-consagrados. Estes movimentos apostólicos têm a sua própria hierarquia e títulos específicos. Destacam-se os seguintes:
·        Abade e Abadessa (nas Abadias)
·        Prior e Madre Prioresa (nos Mosteiros e Conventos)
·        Monge e Monja (nos Mosteiros)
·        Frade e Freira (nos Conventos)
·        Eremitas (nos Eremitérios)

COMO É CULTO DENTRO DA IGREJA CATÓLICA? 

Na Igreja Católica, para além do culto de adoração a Deus (latria), existe também o culto de veneração aos Santos (dulia) e à Virgem Maria (hiperdulia).
 Estes dois cultos, sendo a latria mais importante, são muito diferentes, mas ambos são expressos através da liturgia, que é o culto oficial e público da Igreja, e também através da piedade popular, que é o culto privado dos fiéis.
Dentro da liturgia, destaca-se a Missa (de freqüência obrigatória aos Domingos e festas de guarda) e a Liturgia das Horas; enquanto que na piedade popular, destacam-se indubitavelmente as devoções e as orações quotidianas. Apesar de a piedade popular ser de certo modo facultativa, ela é muito importante para o crescimento espiritual dos católicos.

As principais devoções católicas são expressas em "fórmulas de orações" a Deus (PaiFilho e Espírito Santo), à Virgem Maria e aos Santos (novenastrezenaSanto Rosário...); em "peregrinações aos lugares sagrados"; na veneração de medalhasestátuasrelíquias e imagens sagradas e bentas de Cristo, dos Santos e da Virgem Maria; em procissões; e em outros "costumes populares".

O ato de prece mais importante na Igreja Católica é, sem dúvida, a liturgia Eucarística, normalmente chamada de Missa. A liturgia, que é centrada na missa, é a celebração oficial e pública do "Mistério de Cristo e em particular do seu Mistério Pascal". Através dela, "Cristo continua na sua Igreja, com ela e por meio dela, a obra da nossa redenção" . Esta "presença e atuação de Jesus" são assegurados eficazmente pelos sete sacramentos , com particular para a Eucaristia, que renova e perpetua "o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao regresso" de Jesus. Por isso, toda a missa centra-se na Eucaristia, porque ela "é fonte e cume da vida cristã" e nela "a ação santificadora de Deus em nosso favor e o nosso culto para com Ele" atingem o cume.
Jesus, como Cabeça, celebra a liturgia com os membros do seu Corpo, ou seja, com a sua "Igreja celeste e terrestre", constituída por santos e pecadores, por habitantes da Terra e do Céu.

Cada membro da Igreja terrestre celebra e atua na liturgia "segundo a sua própria função, na unidade do Espírito Santo: os batizados oferecem-se em sacrifício espiritual [...]; os Bispos e os presbíteros agem na pessoa de Cristo Cabeça", representando-o no altar. Daí que só os clérigos (excetuando os diáconos) é que podem celebrar e conduzir a Missa, nomeadamente a consagração da hóstia.  Apesar de celebrar o único Mistério de Cristo, a Igreja possui muitas tradições litúrgicas diferentes, devido ao seu encontro, sempre fiel à Tradição católica, com os vários povos e culturas. Isto constitui uma das razões pela existência das 24 Igrejas sui iuris que compõem a Igreja Católica.
A missa é celebrada todos os domingos; no entanto, os católicos podem cumprir as suas obrigações dominicais se forem à missa no sábado, mas, a missa da noite também chamada de missa de preceito.
Doentes acamados, ou deficientes físicos que por motivo de não poder se locomover não estão obrigados a participar da Missa, para isso, foi criado o ministério extraordinário da comunhão que leva a Sagrada Eucaristia em seus domicílios.

Os católicos devem também ir à missa em cerca de dez dias adicionais por ano, chamados de Dias Santos de Obrigação. Missas adicionais podem ser celebradas em qualquer dia do ano litúrgico, exceto na Sexta-feira Santa, pois neste dia não se celebra a Missa em nenhuma igreja católica do mundo. Muitas igrejas têm missas diárias. A missa é composta por duas partes principais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia. Durante a Liturgia da Palavra, são lidas em voz alta uma ou mais passagens da Bíblia, ato desempenhado por um Leitor (um leigo da igreja) e pelo padre ou diácono (que lêem sempre as leituras do Evangelho). Depois de concluídas as leituras, é feita a homilia por um clérigo. Nas missas rezadas aos domingos e dias de festa, é professado por todos os católicos presentes o Credo, que afirma as crenças ortodoxas (ou seja, oficiais) do catolicismo. A Liturgia da Eucaristia inclui a oferta de pão e vinho, a Prece Eucarística, durante a qual o pão e o vinho se transformam no Corpo e Sangue de Cristo, e a procissão da comunhão.
Além da missa, a Liturgia das Horas também é extremamente importante na vida eclesial, porque ela é a oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica. Esta oração consiste basicamente na oração quotidiana em diversos momentos do dia, através de Salmos e cânticos, da leitura de passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus. Com essa oração, a Igreja procura cumprir o mandato que recebeu de Cristo, de orar incessantemente, louvando a Deus e pedindo-Lhe por si e por todos os homens. A Liturgia das Horas, que é uma antecipação para a celebração eucarística, não exclui, mas requer de maneira complementar, as diversas devoções católicas, particularmente a adoração e o culto do Santíssimo Sacramento.

Organização

A unidade geográfica e organizacional fundamental da Igreja Católica é A diocese (chamada eparquia nas Igrejas orientais católicas). Estas correspondem geralmente a uma área geográfica definida, centrada numa cidade principal, e é chefiada por um bispo. A igreja central de uma diocese recebe o nome de catedral, que deriva do termo cátedra (ou cadeira do bispo), que é um dos símbolos principais do seu cargo episcopal. Dentro da diocese ou eparquia, o bispo (ou eparca) exerce aquilo que é conhecido como poder ordinário, ou seja, autoridade própria, não delegada por outra pessoa. Embora o Papa nomeie bispos e avalie o seu desempenho, e exista uma série de outras instituições que governam ou supervisionam certas atividades eclesiásticas, um bispo tem uma autonomia relativamente grande na administração de uma diocese ou eparquia. Algumas dioceses ou eparquias, geralmente centradas em cidades grandes e importantes, são chamadas arquidioceses ou arquieparquias e são chefiadas por um arcebispo. Em grandes dioceses (ou eparquias) e arquidioceses (ou arquieparquias), o bispo é frequentemente assistido por bispos auxiliares, bispos integrais e membros do Colégio dos Bispos não designados para chefiá-las. Arcebispos, bispos sufragários ou diocesanos (designação frequentemente abreviada simplesmente para "bispos"), e bispos auxiliares, são igualmente bispos; os títulos diferentes indicam apenas que tipo de unidade eclesiástica chefiam. Muitos países têm vicariatos que apoiam as suas forças armadas, chamados normalmente de Ordinariato Militar, e são governados por bispos.

Quase todas as dioceses ou eparquias estão organizadas em grupos conhecidos como províncias eclesiásticas, cada uma das quais é chefiada por um arcebispo metropolitano. Logo, estes arcebispos exercem uma jurisdição e supervisão limitada sobre as dioceses que fazem parte da sua província eclesiástica. Existem também as conferências episcopais, geralmente constituídas por todas as dioceses de um determinado país ou grupo de países. Estes grupos lidam com um vasto conjunto de assuntos comuns, incluindo a supervisão de textos e práticas litúrgicas para os grupos culturais e linguísticos da área, e as relações com os governos locais. Porém, a autoridade destas conferências para restringir as actividades de bispos individuais é limitada. As conferências episcopais começaram a surgir no princípio do século XX e foram oficialmente reconhecidas no documento Christus Dominus, do Concílio Vaticano II.
As dioceses ou eparquias são subdivididas em distritos locais chamados paróquias. Todos os católicos devem frequentar e sustentar a sua igreja paroquiana local. Ao mesmo tempo que a Igreja Católica desenvolveu um sistema elaborado de governo global, o catolicismo, no dia a dia, é vivido na comunidade local, unida em prece na sua paróquia. As paróquias são em grande medida autosuficientes e são administradas por um presbítero (o pároco); uma igreja, frequentemente situada numa comunidade pobre ou em crescimento, que é sustentada por uma diocese, é chamada de "missão".
Para além da sua vasta hierarquia, a Igreja Católica sustenta muitos grupos de monges e frades, não necessariamente ordenados, e religiosasque vivem vidas consagradas, especialmente devotadas a servir a Deus. São pessoas que se juntaram sob um determinado sistema e regra a fim de atingir a perfeita comunhão com Deus. Os membros de algumas ordens religiosas são semi-independentes das dioceses a que pertencem; o superior religioso da ordem exerce jurisdição ordinária sobre eles.

Igrejas sui iuris e seus ritos litúrgicos

A Igreja Católica é atualmente constituída por 24 Igrejas autônomas sui iuris, todas elas em comunhão completa e subordinadas ao Papa. A maior de todas elas é a Igreja Católica Latina. As restantes 23 Igrejas sui iuris, conhecidas coletivamente como "Igrejas Católicas Orientais", são governadas por um hierarca que pode ser um Patriarca, um Arcebispo maior, um Metropolita, um Eparca ou um Exarca. A Cúria Romana administra quer a Igreja Latina, quer (de maneira mais limitada) as Igrejas orientais. Devido a este sistema, é possível que um católico esteja em comunhão completa com o Pontífice de Roma sem ser um católico "latino".
As Igrejas sui iuris ou sui juris utilizam uma das seis tradições litúrgicas tradicionais (que emanam de Sés tradicionais de importância histórica), chamadas de ritos. Os ritos litúrgicos principais são o Romano, o Bizantino, o de Antioquia, o Alexandrino, o Caldeu e o Arménio. O Rito Romano, que predomina na Igreja Latina, é por isso dominante em grande parte do mundo, e é usado pela vasta maioria dos católicos (cerca de 98%); mas mesmo na Igreja Latina existem ainda outros ritos litúrgicos menores, em particular o Rito Ambrosiano, o Rito Bracarense e o Rito Moçárabe. Antigamente havia muitos outros ritos litúrgicos ocidentais, que foram substituídos pelo Rito Romano pelas reformas litúrgicas do Concílio de Trento.
A forma da Missa usada no Rito Romano durante a maior parte da história, codificada especialmente em 1570 (a "Missa Tridentina"), foi reformada a pedido do Concílio Vaticano II (1962-1965), modificando-se as preces e cerimônias do Missal e promulgado uma nova liturgia em 1970, que tornou-se a forma ordinária do Rito Romano, normalmente usando vérnaculo e com o padre voltado para a povo (versus populum). O uso antigo do Rito Romano, celebrado ocasionalmente, a partir de 2007, através da carta apostólica "Summorum Pontificum", foi designado pelo Papa Bento XVI como a "forma extraordinária do Rito Romano", podendo ser rezado a pedido dos fiéis.
O serviço correspondente das Igrejas Católicas Orientais, a Divina Liturgia, é conduzido em várias línguas antigas e modernas, segundo o rito e a Igreja: as Igrejas de Rito Bizantino usam o grego, o eslavo eclesiástico, o árabe, o romeno, o georgiano e outras; as igrejas de Ritos Antioquiano e Caldeu usam o siríaco e o árabe; a Igreja de Rito Armênio usa o armênio; e as Igrejas de tradição alexandrina usam o copta e o ge'ez.
Atualmente, a esmagadora maioria dos católicos são de rito latino. Em 2016, os católicos orientais totalizavam somente 17,8 milhões, dos quais aproximadamente 7,67 milhões seguiam o rito bizantino.

A IGREJA E O IMPERADOR CONSTANTINO
É verdade que Constantino criou a Igreja Católica e foi o primeiro papa?

Esta é uma falsa acusação feita pelos historiadores que seguem a linha do protestantismo e também dos protestantes, evangélicos, pentecostais e neo-pentecostais. Qual a verdade?
O Império Romano era governado por Constantino, chamado de Constantino o Magno (o grande) .

No início século quarto, o cristianismo já estava espalhado por quase todo o mundo, penetrando até na classe nobre e era muito perseguido pelos imperadores que tentavam a todo custo, com o poder das armas destruir o poder da fé, mas não conseguiam.
Após a morte do imperador Galério o poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e Constantino, aclamado como imperador pelos soldados. Os dois ambicionavam pelo poder absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de outubro de 312, com a vitória de Constantino junto à Ponte Mílvia. Ocorre que Constantino viu no céu uma cruz com a inscrição “In hoc signo vinces” – que significa “Com este sinal vencerás” – este foi um marco para que de uma hora para outra, mudasse sua opinião sobre os cristãos; foi batizado somente em 337, no fim de sua vida.

Ora, se Constantino era pagão como pode então alguns acharem que ele foi Papa e fundador da Igreja? 
O que acontece meus caros é que os protestantes e pessoas até mesmo falsos historiadores por interesses maldosos e guiados por pensamentos diabólicos acusam-na sem fundamento; querem denegrir a imagem da Igreja acusando-a de várias coisas, inclusive de ser a verdadeira Igreja fundada por Jesus. Mas, a verdadeira história está aí para desmentindo e mostrando a verdade. A Igreja sempre foi e continua sendo perseguida e todos sabem disso porque Jesus não escondeu isso de ninguém. Jesus assim disse aos seus discípulos:

"Todas as vezes que fordes presos e levados a julgamento, não vos preocupeis com o que haveis de declarar, porém, o que vos for concedido naquele momento, isso proclamai; porque não sois vós os que falais, mas sim, o Espírito Santo! " (Mc13, 11)
Continuando...

Há quem duvide que Constantino teve essa visão, que isso não passou de uma estratégia para justificar sua posição de se debandar para o lado dos cristãos. Bem, se Jesus escolheu Paulo, um fariseu, perseguidor de cristãos para ser o maior propagador do cristianismo, porque não escolheria Constantino para iniciar um novo projeto para sua Igreja? 
Não foi a primeira vez que Jesus escolheu alguém de fora do seu povo. 
Veja no Evangelho caso da cura do Centurião Romano onde Jesus curou seu criado e ainda elogiou o Centurião dizendo que em Israel não encontrou um só que tivesse um a fé maior que a dele. (Lc7, 1-10) Jesus não faz distinção de pessoas. A Salvação é para todos que crêem no seu nome. Quem somos nós para julgar os planos de Deus?

Nos atos dos Apóstolos há o relato que Pedro foi até a casa do Centurião Romano Cornélio e lá batizou Cornélio  todos os que lá estavam. (At10, 1-48). 
Outros fatores que levou Constantino a promover a liberdade de culto dos cristãos foi uma estratégia política. Seu governo passava por inúmeras dificuldades. Ele via no cristianismo uma   nova forma de conduzir o Império acabando com as revoltas e perseguições. Promovendo a paz entre os cristãos, Constantino ganhava mais fôlego para por seus projetos.
Constantino percebeu que a Igreja não era constituída apenas de pessoas simples, havia naquele tempo grandes homens, grandes sacerdotes homens inteligentes, sábios e era muito mais organizada do que ele pensava. Sabia também que quanto mais cristãos eram perseguidos e mortos, mais cristãos iam surgindo. Tertuliano grande teólogo (organizou a teologia da Igreja)  viveu entre 160-220 d.C já dizia: "O sangue dos mártires é semente de cristãos". Ou seja, quanto mais morriam cristãos martirizados, por causa do testemunho de Cristo, mais novos cristãos surgiam. 
    
Havia no Império Romano mais e mais cristãos e que ele não podia mais barrar o crescimento do cristianismo.   Diferente das pessoas do seu Império, a Igreja tinha suas qualidades e muita disciplina. Era muito rígida em seus ensinamentos e os cristãos eram pessoas obedientes e não rebeldes, porque não juntar o útil ao agradável? Não diz o ditado, que "se não poder derrotar o inimigo, junte-se a ele"? Foi o que Constantino fez. 
Constantino então resolveu se aliar ao cristianismo, aliando-se à Igreja promoveu  um tempo de paz e de glórias. Sua mãe Helena sim, se converteu bem antes, mas ele não, mesmo tendo aceitado o cristianismo continuou com suas práticas pagãs até os últimos dias. Sua conversão aconteceu momentos antes de sua morte. 
Então, não é verdade que Constantino fundou  a Igreja Católica. Primeiro porque era pagão. Segundo porque já naquele tempo O Papa da época era Melcíades, 32º. Papa, na sucessão de São Pedro. 
Não podemos ser ingratos de char que Constantino não foi importante para a Igreja, claro que foi, só não podemos achar que ele porque anistiou os cristãos foi o fundador da Igreja.
No ano de 313 Constantino publicou o Edito de Milão, dando liberdade de culto aos cristãos:   
"Nós, Constantino e Licínio, imperadores, encontrando-nos em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança do império, decidimos que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deve ser a nossa primeira e principal preocupação. Pareceu-nos justo que todos, os cristãos inclusive, gozem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência. Assim qualquer divindade que no céu mora ser-nos-á propícia a nós e a todos nossos súbditos.
Decretamos, portanto, que, não obstante a existência de anteriores instruções relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam autorizados a abraçá-la sem estorvo ou empecilho, e que ninguém absolutamente os impeça ou moleste... . Observai, outrossim, que também todos os demais terão garantia a livre e irrestrita prática de suas respectivas religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto segundo sua consciência e eleição; não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e seus adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas estabelecidas já sobre os lugares de seus cultos, é-nos grato ordenar, pela presente, que todos os que compraram esses locais os restituam aos cristãos sem qualquer pretensão a pagamento... [as igrejas recebidas como donativo e os demais que antigamente pertenciam aos cristãos deviam ser devolvidos. Os proprietários, porém, podiam requerer compensação.]
Use-se da máxima diligência no cumprimento das ordenanças a favor dos cristãos e obedeça-se a esta lei com presteza, para se possibilitar a realização de nosso propósito de instaurar a tranquilidade pública. Assim continue o favor divino, já experimentado em empreendimentos momentosíssimos, outorgando-nos o sucesso, garantia do bem comum".

A IGREJA CATÓLICA DECLARADA RELIGIÃO OFICIAL DO IMPÉRIO ROMANO
PELO EDITO DE TESSALÔNICA

No  dia 27 de fevereiro do ano de 380, o último imperador romano Theodosianus ou Teodósio promulgou o Edito de Tessalônica declarando a Igreja Católica Apostólica Romana como  religião oficial do Império:
 "Queremos que todas os povos que estão subordinadas à nossa clemência professem a religião que o divino apóstolo Pedro pregou aos romanos e que, perpetuada até nossos dias, é o mais fiel testemunho das pregações do apóstolo, religião esta que professam também o papa Dámaso e Pedro, bispo de Alexandria, varão de notável santidade, de tal modo que, segundo os ensinamentos dos apóstolos e do Evangelho, cremos na Trindade do Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus e três pessoas com um mesmo poder e majestade. Ordenamos que aqueles que professam estas normas tenham o nome de cristãos católicos, declarando que os dementes e insensatos que sustentam a heresia e cujas lugares de reuniões não podem receber o nome de igrejas, serão castigados primeiro pela justiça divina e, depois, pela nossa própria iniciativa que será adotada de acordo com a vontade de Deus".    
Como pode então, alguém nos dias de hoje alguém ainda dizer que Constantino foi o fundador da Igreja Católica? É portanto, inconcebível e nós católicos devemos nos ater a estes detalhes porque muitos caindo na lábia dos protestantes e de falsos historiadores acham que é verdade. Que a Igreja é idólatra e não é a mesma fundada por Jesus Cristo, etc.   
Não foi Constantino que fez a Doutrina da Igreja. Ela foi composta pelos Apóstolos e depois pelos santos padres também chamados de "os Pais da Igreja". As doutrinas e os dogmas sobre a Virgindade de Maria e outros temas, do Purgatório e a intercessão dos santos; o batismo de adultos e crianças tudo isso foram decididos ao longo da história da Igreja. Para isso foi preciso que houvesse vários Concílios e muitos debates separando o que era  verdade de fé e o que era Heresia, combatendo o gnosticismo que negava as duas naturezas de Jesus, a divindade de Jesus e a humanidade de Jesus na mesma pessoa. 

Constantino foi o primeiro Imperador "cristão", mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã embora tivesse atuado mesmo como pagão ajudando a Igreja em questões importantes como foi o caso do Concílio de Nicéia. 
Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote da antiga religião pagã romana até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte. 

Portanto, é inconcebível admitir que Constantino foi papa ou fundou a Igreja Católica;  nós católicos devemos nos ater a estes detalhes porque muitos caindo na lábia dos protestantes e de falsos historiadores acham que é verdade. Quando a gente diz que Constantino fundou a Igreja, estamos negando o poder de Jesus Cristo sobre ela, é heresia e blasfêmia, pois,  Jesus Cristo é seu fundador. 

LISTA DE TODOS OS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
DO SÉCULO I  ATÉ O SÉCULO XXI.

(A lista dos Papas está em ordem decrescente)

2013 -  Francisco,  Jorge Mário Bergoglio (argentino, latino-americano / primeiro papa eleito fora da Europa - substituiu Bento XVI que renunciou em 2013 por motivos de saúde.  
2005-2013 
 -  Bento XVI (19/04/2005 - O cardeal alemão Joseph Ratzinger, 78 anos, é o novo papa. Bento XVI foi o nome escolhido pelo pontífice para assumir a Igreja Católica.) 
1978 - 2005: João Paulo II (Karol Woityl78: João Paulo I (Albino Luciani)
1978 - 1978: João Paulo I (Albino Luciani)
1963 - 1978: Paulo VI (Giovanni Battista Montini)
1958 - 1963: João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli)
1939 - 1958: Pio XII (Eugenio Pacelli)
1922 - 1939: Pio XI (Achille Ratti)
1914 - 1922: Bento XV (Giacomo Marchese della Chiesa)
1903 - 1914: Pio X (Giuseppe Sarto)
1878 - 1903: Leão XIII (Giocchino Vincenzo de Pecci)
1846 - 1878: Pio IX (Giovanni Conte Mastai-Ferretti)
1831 - 1846: Gregório XVI (Bartolomeo Cappellari)
1829 - 1830: Pio VIII (Francesco Saverio Castiglioni)
1823 - 1829: Leão XII (Annibale della Genga)
1800 - 1823: Pio VII (Luigi Barnaba Chiaramonti)
1775 - 1799: Pio VI (Giovanni Angelo Conte Braschi)
1769 - 1774: Clemente XIV (Lorenzo Ganganelli)
1758 - 1769: Clemente XIII (Carlo Rezzonico)
1740 - 1758: Bento XIV (Prospero Lambertini)
1730 - 1740: Clemente XII (Lorenzo Corsini)
1724 - 1730: Bento XIII (Pietro Francesco Orsini)
1721 - 1724: Inocêncio XIII (Michelangelo Conti)
1700 - 1721: Clemente XI (Giovanni Francesco Albani)
1691 - 1700: Inocêncio XII (Antonio Pignatelli)
1689 - 1691: Alexandre VIII (Pietro Ottoboni)
1676 - 1689: Inocêncio XI (Benedetto Odescalchi)
1670 - 1676: Clemente X (Emilio Altieri)
1667 - 1669: Clemente IX (Giulio Rospigliosi)
1655 - 1667: Alexandre VII (Fabio Chigi)
1644 - 1655: Inocêncio X (Giambattista Pamphili)
1623 - 1644: Urbano VIII (Maffeo Barberini)
1621 - 1623: Gregório XV (Alessandro Ludovisi)
1605 - 1621: Paulo V (Camillo Borghesi)
1605: Leão XI (Alessandro Ottaviano de Medici)
1592 - 1605: Clemente VIII (Ippolito Aldobrandini)
1591: Inocêncio IX (Giovanni Antonio Facchinetti)
1590 - 1591: Gregório XIV (Niccolo Sfondrati)
1590: Urbano VII (Giambattista Castagna)
1585 - 1590: Sisto V (Felici Peretti)
1572 - 1585: Gregório XIII (Ugo Boncompagni)
1566 - 1572: Pio V (Michele Ghislieri)
1559 - 1565: Pio IV (Giovanni Angelo de Medici)
1555 - 1559: Paulo IV (Gianpetro Caraffa)
1555: Marcelo II (Marcelo Cervini)
1550 - 1555: Júlio III (Giovanni Maria del Monte)
1534 - 1549: Paulo III (Alessandro Farnese)
1523 - 1534: Clemente VII (Giulio de Medici)
1522 - 1523: Adriano VI (Adriano de Utrecht)
1513 - 1521: Leão X (Giovani de Medici)
1503 - 1513: Júlio II (Giuliano della Rovere)
1503: Pio III (Francesco Todeschini-Piccolomini)
1492 - 1503: Alexandre VI (Rodrigo de Bórgia)
1484 - 1492: Inocêncio VIII (Giovanni Battista Cibo)
1471 - 1484: Sisto IV (Francesco della Rovere)
1464 - 1471: Paulo II (Pietro Barbo)
1458 - 1464: Pio II (Enea Silvio de Piccolomini)
1455 - 1458: Calisto III (Alfonso de Bórgia)
1447 - 1455: Nicolau V (Tomaso Parentucelli)
1431 - 1447: Eugênio IV (Gabriel Condulmer)
1417 - 1431: Martinho V (Odo Colonna)
1410 - 1415: João XXIII (Baldassare Cossa>
1409 - 1410: Alexandre V (Pedro Philargi de Candia)
1406 - 1415: Gregório XII (Angelo Correr)
1404 - 1406: Inocêncio VII (Cosma de Migliorati)
1389 - 1404: Bonifácio IX (Pietro Tomacelli)
1378 - 1389: Urbano VI (Bartolomeo Prignano)
1370 - 1378: Gregório XI (Pedro Rogerii)
1362 - 1370: Urbano V (Guillaume de Grimoard)
1352 - 1362: Inocêncio VI (Etienne Aubert)
1342 - 1352: Clemente VI (Pierre Roger de Beaufort)
1334 - 1342: Bento XII (Jacques Fournier)
1316 - 1334: João XXII (Jacques Duèse)
1305 - 1314: Clemente V (Bertrand de Got)
1303 - 1304: Bento XI (Nicolau Boccasini)
1294 - 1303: Bonifácio VIII (Bento Gaetani)
1294: Celestino V (Pietro del Murrone)
1288 - 1292: Nicolau IV (Girolamo Masei de Ascoli)
1285 - 1287: Honório IV (Giacomo Savelli)
1281 - 1285: Martinho IV (Simão de Brion)
1277 - 1280: Nicolau III (Giovanni Gaetano Orsini)
1276 - 1277: João XXI (Pedro Juliani)
1276: Adriano V (Ottobono Fieschi)
1276: Inocêncio V (Pedro de Tarantasia)
1271 - 1276: Gregório X (Teobaldo Visconti)
1265 - 1268: Clemente IV (Guido Fulcodi)
1261 - 1264: Urbano IV (Jacques Pantaleon de Troyes)
1254 - 1261: Alexandre IV (Reinaldo, conde de Segni)
1243 - 1254: Inocêncio IV (Sinibaldo Fieschi)
1241: Celestino IV (Gaufredo Castiglione)
1227 - 1241: Gregório IX (Hugo, conde de Segni)
1216 - 1227: Honório III (Censio Savelli)
1198 - 1216: Inocêncio III (Lotário, conde de Segni)
1191 - 1198: Celestino III (Jacinto Borboni-Orsini)
1187 - 1191: Clemente III (Paulo Scolari)
1187: Gregório VIII (Alberto de Morra)
1185 - 1187: Urbano III (Humberto Crivelli)
1181 - 1185: Lúcio III (Ubaldo Allucingoli)
1159 - 1180: Alexandre III (Rolando Bandinelli de Siena)
1154 - 1159: Adriano IV (Nicolau Breakspeare)
1153 - 1154: Anastácio IV (Conrado, bispo de Sabina)
1145 - 1153: Eugênio III (Bernardo Paganelli de Montemagno)
1144 - 1145: Lúcio II (Gherardo de Caccianemici)
1143 - 1144: Celestino II (Guido di Castello)
1130 - 1143: Inocêncio II (Gregorio de Papareschi)
1124 - 1130: Honório II (Lamberto dei Fagnani)
1119 - 1124: Calisto II (Guido de Borgonha, arcebispo de Viena)
1118 - 1119: Gelásio II (João de Gaeta)
1099 - 1118: Pascoal II (Rainério, monge de Cluny)
1088 - 1099: Urbano II (Odo, cardeal-bispo de Óstia)
1086 - 1087: Vítor III (Desidério, abade de Monte Cassino)
1073 - 1085: Gregório VII (Hildebrando, monge)
1061 - 1073: Alexandre II (Anselmo de Baggio)
1058 - 1061: Nicolau II (Geraldo de Borgonha, bispo de Florença)
1058 - 1059: Bento X (João de Velletri)
1057 - 1058: Estevão IX (Frederico, abade de Monte Cassino)
1055 - 1057: Vítor II (Geraldo de Hirschberg)
1049 - 1054: Leão IX (Bruno, conde de Egisheim-Dagsburg)
1048: Dâmaso II (Poppo, conde de Brixen)
1046 - 1047: Clemente II (Suidgero de Morsleben)
1045 - 1046: Gregório VI (João Graciano Pierleone)
1033 - 1046: Bento IX (Teofilato de Túsculo)
1024 - 1032: João XIX (conde de Túsculo)
1012 - 1024: Bento VIII (conde de Túsculo)
1009 - 1012: Sérgio IV (Pietro Buccaporci)
1003 - 1009: João XVIII (João Fasano de Roma)
1003: João XVII (Giovanni Sicco)
999 - 1003: Silvestre II (Gerberto de Aurillac)
996 - 999: Gregório V (Bruno de Carínthia)
985 - 996: João XV (?)
983 - 984: João XIV (Pedro Canipanova)
974 - 983: Bento VII
972 - 974: Bento VI
965 - 972: João XIII (João de Nardi)
964: Bento V
963 - 965: Leão VIII
955 - 964: João XII
946 - 955: Agapito II
942 - 946: Marino II (ou Martinho III)
939 - 942: Estevão VIII
936 - 939: Leão VII
931 - 935: João XI
928 - 931: Estevão VII
928: Leão VI
914 - 928: João X (João de Tossignano, arcebispo de Ravena)
913 - 914: Lando
911 - 913: Anastácio III
904 - 911: Sérgio III
903 - 904: Cristovão
903: Leão V
900 - 903: Bento IV
898 - 900: João IX
897: Teodoro II
897: Romano
896 - 897: Estevão VI
896: Bonifácio VI
891 - 896: Formoso
885 - 891: Estevão V
884 - 885: Adriano III
882 - 884: Marino I (ou Martinho II)
872 - 882: João VIII
867 - 872: Adriano II
858 - 867: Nicolau I
855 - 858: Bento III
847 - 855: Leão IV
844 - 847: Sérgio II
827 - 844: Gregório IV
827: Valentim
824 - 827: Eugênio II
817 - 824: Pascoal I
816 - 817: Estevão IV
795 - 816: Leão III
772 - 795: Adriano I
768 - 772: Estevão III
757 - 767: Paulo I
752 - 757: Estevão II
752: Estevão [II] (pontificado de apenas 4 dias)
741 - 752: Zacarias
731 - 741: Gregório III
715 - 731: Gregório II
708 - 715: Constantino
708: Sisínio
705 - 707: João VII
701 - 705: João VI
687 - 701: Sérgio I
686 - 687: Cônon
685 - 686: João V
683 - 685: Bento II
682 - 683: Leão II
678 - 681: Agatão
676 - 678: Dono
672 - 676: Adeodato II (ou Deusdedite II)
657 - 672: Vitaliano
654 - 657: Eugênio I
649 - 655: Martinho I
642 - 649: Teodoro I
640 - 642: João IV
638 - 640: Severino
625 - 638: Honório I
619 - 625: Bonifácio V
615 - 618: Adeodato I (ou Deusdedite I)
608 - 615: Bonifácio IV
606 - 607: Bonifácio III
604 - 606: Sabiniano
590 - 604: Gregório I Magno
579 - 590: Pelágio II
575 - 579: Bento I
561 - 574: João III
556 - 561: Pelágio I
537 - 555: Vigílio
536 - 537: Silvério
535 - 536: Agapito (ou Agapeto)
533 - 535: João II
530 - 532: Bonifácio II
526 - 530: Félix III
523 - 526: João I
514 - 523: Hormisdas
498 - 514: Símaco
496 - 498: Anastácio II
492 - 496: Gelásio I
483 - 492: Félix II
468 - 483: Simplício
461 - 468: Hilário (ou Hilaro)
440 - 461: Leão I Magno
432 - 440: Sisto III
422 - 432: Celestino
418 - 422: Bonifácio I
417 - 418: Zózimo
402 - 417: Inocêncio I
399 - 402: Anastácio I
384 - 399: Sirício
366 - 384: Dâmaso I
352 - 366: Libério
337 - 352: Júlio I
336: Marcos
314 - 335: Silvestre I
310 - 314: Melcíades
308 - 310: Eusébio
307 - 309: Marcelo I
296 - 304: Marcelino
282 - 296: Caio
274 - 282: Eutiquiano
268 - 274: Félix I
260 - 268: Dionísio
257 - 258: Sisto II
254 - 257: Estevão I
253 - 254: Lúcio I
251 - 253: Cornélio
236 - 250: Fabiano
235 - 236: Antero
230 - 235: Ponciano
222 - 230: Urbano I
217 - 222: Calisto I
199 - 217: Zeferino
189 - 199: Vítor I
174 - 189: Eleutério
166 - 174: Sotero
154 - 165: Aniceto
143 - 154: Pio I
138 - 142: Higino
125 - 138: Telésforo
116 - 125: Sisto I
107 - 116: Alexandre I
101 - 107: Evaristo
90 - 101: Clemente I
79 - 90: Anacleto (ou Cleto)
64 - 79: Lino
33 - 64: Pedro Apóstolo





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