Ela marca o início do Tempo da Quaresma. Tempo em que a Igreja nos propõe 40 dias (de "deserto" espiritual) como preparação para a celebração da Páscoa do Senhor. É um convite a reflexão e mudança de vida. Tempo de penitência, de mudança de vida, de repensar e ver o que estamos fazendo de errado diante de Deus. A quaresma é um estímulo, mas, a mudança de vida é para o todo. Arrependei-vos disse o Senhor, At3, 19:
"Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que
venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor".
A cinza não é
pra quem participa do carnaval, é para o cristão que deseja se converter e
viver esse tempo quaresmal e mudar de vida. Ao receber as cinzas é traçado o sinal da Cruz sobre a cabeça ou na fronte da pessoa que a recebe com estas palavras: "Convertei-vos e crede no Evangelho!" - Antes era dita estas palavras: "Lembra-se que tu és pó, e ao pó voltarás!" - Ou seja, devemos voltar para Deus de coração sincero, deixando para trás o pecado reconhecendo que nada somos. Deus nos criou do pó da terra e um dia nos tornaremos pó e nossa alma voltará para Deus.
Se receber a cinza e
continuar no pecado de nada valerá. Pois, é preciso um coração sincero e a
busca sincera de arrependimento.
Por isso é mais intenso
neste período a busca pela Confissão, Oração e a prática do Jejum e abstinência
de carne. Lembre-se peixe também é carne.
Também as obras de
misericórdia devem ser mais intensas. Mas, veja bem! O propósito da Quaresma
implica em mudança de vida. Pôr em prática os Mandamentos. Não adianta se
esforçar na quaresma e voltar ao pecado.
Jesus nos perdoa, mas, é
preciso não voltar ao pecado. A quaresma é o tempo em que nos despimos de nossa
arrogância para enxergar as nossas fraquezas e o quanto miseráveis somos e, por
isso, necessitamos da misericórdia de Deus.
Nesse tempo buscamos com profundidade meditar o amor que Deus tem por
cada um de nós. Amor esse que se entregou na Cruz.
Na quaresma meditamos o
sofrimento do Senhor Jesus e sua entrega na Cruz. E ao mesmo tempo nos prepara
para celebrar a sua Ressurreição. Não foi por nossos méritos que Ele nos
salvou, mas, pela sua graça. Ainda miseráveis Ele nos ama e nos quer para si. Na
quaresma possamos olhar mais de perto para a Cruz e buscarmos sermos melhores
afastando todo o pecado. Inclusive o pecado de não amar a Deus e ao próximo.
A Quaresma é tempo de buscar
a reconciliação com Deus. Como aquele “filho pródigo” da parábola que depois de
arrependido reconhece o amor pai e volta pra casa. Não é tempo de superstições
e crendices populares, mas, é tempo de Oração e de busca sincera de conversão.
E neste sentido a Igreja nos propõe os exercícios de piedade: as caminhadas
penitenciais, a Via Sacra, a meditação das dores de Nossa Senhora, o Jejum e a
esmola. Dentro deste contexto quaresmal está o Salmo 50:
3.Tende piedade de mim,
Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia,
apagai a minha iniquidade.
4.Lavai-me totalmente de
minha falta, e purificai-me de meu pecado.
5.Eu reconheço a minha
iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.
6.Só contra vós pequei, o
que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o
vosso julgamento.
7. Eis que nasci na
culpa, minha mãe concebeu-me no pecado. 8.Não obstante, amais a sinceridade de
coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim. 9.Aspergi-me com
um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.
10.Fazei-me ouvir uma
palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes. 11.Dos
meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.
12.Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e
renovai-me o espírito de firmeza.
13.De vossa face não me
rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.
14.Restituí-me a alegria
da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.
15.Então, aos maus ensinarei vossos caminhos,
e voltarão a vós os pecadores.
16.Deus, ó Deus, meu
salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a
minha língua exaltará.
17.Senhor, abri meus
lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.
18.Vós não vos aplacais
com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o
aceitaríeis.
19.Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito
contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de
desprezar.
20.Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com
benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.
21.Então, aceitareis os sacrifícios
prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos
serão oferecidas.
Como a mulher pecadora do
Evangelho ouçamos as palavras de Jesus "vai e não peques mais!"
Arrependei-vos! Disse o
Senhor.
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