quinta-feira, 8 de junho de 2023

MARTINHO LUTERO, O PAI DO PROTESTANTISMO E SEU LADO OBSCURO - Um homem que longe de ser um santo, era homicida e suicida.




Eis alguns dados do fundador do "protestantismo" e da igreja Luterana:


Martinho Lutero e o seu fim trágico depois de muitas noitadas e bebedeiras com seus amigos:


Martinho Lutero nasceu em Eislebem, na Saxônia (Alemanha) em 10 de novembro, de 1483, e pôs fim a sua própria vida em 1546, cerca de 25 anos após a sua revolta contra a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Sua mãe, Margarida foi muito religiosa, porém, muito supersticiosa e dada à prática de bruxarias e encantamentos. O que influiu muito no comportamento do filho. O jovem Lutero, após os estudos de humanidades nas escolas locais de Mansfeld, foi estudar filosofia e direito na Universidade de Erfurt, onde se formou em 1505. 


Em junho deste ano entrou para o Convento dos Agostinianos, (não por vocação, mas para não ser preso condenado à morte por homicídio).

Ele mesmo falou várias vezes desse medo de ser morto, motivo que determinou a sua entrada para a vida religiosa.



LUTERO E A EX-FREIRA CATARINA BORA 



Às vésperas da Páscoa de 1523 Catarina e outras onze irmãs escaparam do convento escondidas na carruagem de um mercador chamado Leonard Koppe.
  
Três delas voltaram para seus lares e as outras nove foram levadas a Wittenberg, onde o próprio Lutero esperava encontrar casas, marido e emprego para elas. Com o passar do tempo todas já haviam se estabelecido e encontrado um marido, menos uma – Catarina de Bora. Ela havia se apaixonado por um jovem, mas os pais dele se recusaram a deixar que o casamento acontecesse por causa de seu passado como ex-freira. Ela ficou desolada. Lutero propôs que ela se casasse com outra pessoa, mas ela recusou o homem sugerido. Ela não estava sendo difícil, apesar de Lutero pensar assim.

Matrimônio de Catarina com Lutero


Quando um amigo de Lutero veio lhe fazer uma visita, Catarina sinalizou para ele que Lutero seria o tipo de marido que ela aceitaria – apesar da diferença de idade entre eles, que era de quase dezesseis anos e apesar de Lutero dizer que não se casaria. Quando Lutero escutou as palavras de Catarina, não as encarou com seriedade, mas contou aos pais dele num dia em que foi visitá-los. Ao invés de rir, o pai de Lutero começou a pensar sobre o fato. Lutero já não era tão jovem, e seu pai ainda tinha esperanças de realizar o sonho de ser avô! Aquilo tudo que começou como uma piada, foi ficando cada vez mais sério para Lutero. Casando-se com Catarina, Lutero lhe daria o status de que precisava, daria testemunho da fé que cria mesmo contra a vontade do papa, e daria alegria e conforto ao seu velho pai.

No dia 13 de junho de 1525, Martinho Lutero casou-se com a ex-freira Catarina Bora e com ela teve seis filhos.

LUTERO REBELDE E HOMICIDA 


O Dr. Dietrich Emme, em seu livro: "Martinho Lutero-sua juventude e seus anos de estudo entre 1483 e 1505", Bonn, 1983, afirma que Lutero entrou no Convento só para não ser preso e submetido à justiça criminal, cujo o resultado teria sido, provavelmente pena de morte, por ter assassinado seu colega de estudos Jerônimo Buntz.


Daí o seu "medo da morte" ao qual referia frequentemente. Então um amigo aconselhou-o a entrar para o Convento dos Eremitas de Santo Agostinho, que então gozava do direito civil de asilo, que o colocava ao abrigo da justiça. Foi aí que se tornou monge e padre agostiniano. Lutero matou seu colega de escola por inveja por ele ter tido boas notas nos exames e ele não.


Talvez seja daí que surgiu nele um grande medo da morte ao qual se referia constantemente. Com medo das penas que lhe seriam aplicadas e da prisão foi se refugiar no convento dos Eremitas de Santo Agostinho. Lutero se tornou monge e depois padre agostiniano. Vivia uma vida conturbada e perturbada, cheia de contradições. 

Lutero era um homem rebelde que não se controlava em seus vícios. Não guardava a castidade. Não tinha nenhuma vocação e tinha uma enorme crise de consciência. Para ele de nada valia a doutrina e os sacramentos se não era capaz  de corrigir seus erros por mais que tentasse, para ele o homem é pecador por natureza e sujeito ao pecado não pode ser corrigido. Se sujeitava as pesadas penitências mesmo sem necessidade ou sem a orientação de seu superior. Por causa da grave crise se consciência  ele criou a "Sola Escritura" a fim de achar um jeito para justificar suas faltas. Lutero não acreditava na Igreja como instituição divina. Aliás a base comum do protestantismo e de todas as seitas é não crer na Igreja como Instituição divina. Lutero não aceitava o fato de que Jesus tenha fundado uma Igreja visível na terra ao qual entregou as chaves a São Pedro. O problema de Lutero e de todos os outros reformadores contra a Igreja foi a rebeldia, orgulho e arrogância. Queriam uma igreja humanamente moldada ao jeito deles. É assim até hoje, cada uma com uma doutrina diferente. A Bíblia é interpretada de forma diferente nessas denominações. Não existe um consenso comum já que admitem a interpretação individual o que é proibido pela própria Escritura.  
Lutero detestava a carta de São Tiago que dizia que "a Fé sem obras é morta" - chamava-a de "carta de palha", isto é, deveriam queimá-la. Por isso rejeitou a doutrina da Igreja e para ele o que bastava era só a Bíblia, se não estivesse na Bíblia não era válido. 
Os religiosos dos mosteiros e conventos tem uma rotina diferente dos seculares, suas orações são feitas pelo Breviário dentro das horas canônicas. Lutero não rezava o breviário durante a semana e tentava compensar tudo no sábado. Era rigorista, fazia jejuns em excesso, penitências excessivas que não era o grau de nenhum religioso. 
Lutero era escrupuloso, assim era conhecido pelos seus confrades. 
O escrúpulo é uma doença espiritual que desloca a consciência do lugar correto, ela mexe na consciência. É próprio do escrupuloso duas coisas: 1) ver como pecado o que não é pecado; 2) e ver como pecado mortal o que é pecado venial. O que o escrupuloso faz é se apegar a certos detalhes que para ele são gravíssimos (que muitas vezes nem pecados são), e começam atacar aquele pecado e negligencia os pecados verdadeiros. Porque a consciência do indivíduo está de tal maneira deformada que ele olha para aquelas coisas mais simples (que na maioria das vezes é até inventada pelo consciente da pessoa), e negligencia as coisas graves. Lutero era muito orgulhoso e não aceitava a orientação de seu diretor espiritual. Daí a razão pela qual ele se entregava às rigorosas penitências. Era uma alma voltada para si mesmo às suas próprias vontades. E suas decisões desordenadas sem nenhuma direção. Deixava de fazer as obrigações que os monges faziam, para fazer as suas próprias contrárias as que seu superior lhe ordenava. 
 
Os pais de Lutero queria que ele fosse médico ou advogado (ele chegou a estudar direito), porém, um dia ele resolveu que queria ser monge e foi admitido sem nenhuma vocação. Mas, nós já sabemos o verdadeiro motivo dele ter ido para o mosteiro...

Lutero parecia ter se convertido. Mas não! -  Estava sempre perturbado e contradizendo tudo e todos, ele se declarou réu confesso em uma prédica em 1529:


"Eu fui monge, e queria seriamente ser piedoso. Ao invés eu me afundava sempre mais; eu era um trapaceiro e homicida!" 

(WAW. 20, 50, 18).


Em um discurso transcrito por Veit Dietrich, afirma:

"Eu me me tornei monge por um desígnio especial de Deus, a fim de não me prendessem; o que teria sido muito fácil. Mas não puderam porque a Ordem se ocupava de mim". (isto é, estava asilado no Convento).

(WATR 1, 134, 32).


Portanto Lutero foi réu de um homicídio que cometeu quando era estudante em Erfurt. Segundo seus biógrafos, o motivo seria despeito, pois, o seu colega havia obtido melhor nota nos exames.


AS TESES DE LUTERO E A CONDENAÇÃO PAPAL


Martinho Lutero e seus partidários foram excomungados pela bula Papal Decet Romanum Pontificem em 03 de janeiro se 1521.
Ainda assim, não tendo sido condenado à pena de morte, ele continuaria a defender sua doutrina diante da Dieta de Worms WikiCommons.  


O Papa Leão X chegou a classificar Lutero como um "alemão bêbado que escrevera as teses", e afirmou que quando estivesse sóbrio mudaria de opinião.
Em 1518, o papa pediu ao professor de teologia Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto. 
O “protestante” foi então denunciado por se opor de maneira implícita à autoridade do Sumo Pontífice.
Declarou Lutero um herege e escreveu uma refutação acadêmica. Nela, mantinha a autoridade papal sobre a Igreja e condenava as teorias de Lutero como um desvio, uma apostasia. Foi a réplica de Lutero que deu início à controvérsia.
Lutero participou da convenção dos agostinianos em Heidelberg, onde apresentou uma tese sobre a escravidão do homem ao pecado e à graça divina. No decurso da controvérsia sobre as indulgências o debate se elevou ao ponto de suscitar a dúvida do poder absoluto do Papa.  

O argumento era de que as doutrinas de "tesouraria da Igreja" e "tesouraria dos merecimentos" serviam para reforçar a doutrina e a venda das indulgências. O papa ordenou que Lutero viajasse para Roma, coisa que, por razões políticas, nunca ocorreu, pois Lutero bem sabia que indo para Roma poderia ser preso e condenado pela Inquisição. 
O que se fala nos livros de história sobre as indulgências é falso. Na época de Lutero estava em construção a Basílica de São Pedro. O papa escreveu um bula pedindo a todos que visitassem os lugares santos, inclusive 7 Igrejas e depois de orarem e confessassem seus pecados desse uma oferta segundo suas posses e quem não podia bastava dizer ao confessor que não tinha condições e a indulgência era aplicada do mesmo jeito. A indulgência não perdoa pecados. O pecado é perdoado mediante o arrependimento com a Confissão. A indulgência é aplicada aos castigos temporais ao qual o penitente está sujeito. Lutero dizia que se o Papa quisesse construir a Basílica deveria pagar do próprio bolso. Ora, no fundo ele sabia que nenhum bem da Igreja é de propriedade particular.   


O papa tentou alcançar uma solução pacífica para o conflito e contou com o auxílio de Frederico o Sábio, um protetor de Lutero. Uma conferência com o representante papal Karl von Miltitz em Altenburg, em janeiro de 1519, levou Lutero a optar pelo silêncio.

Lutero negava o direito divino do solidéu papal e da autoridade de possuir as chaves do Céu que, segundo ele, haviam sido outorgadas somente ao Apóstolo Pedro.  


Não parecia haver esperanças de entendimento. Os escritos de Lutero, graças à recente invenção da imprensa, circulavam amplamente, alcançando França, Inglaterra e Itália. Estudantes dirigiam-se a Wittenberg apenas para escutar Lutero.

As controvérsias geradas por seus atos levaram-no a desenvolver suas vãs doutrinas mais fundo. O Sermão sobre o Sacramento Abençoado do Verdadeiro e Santo Corpo de Cristo, e suas irmandades.   

O conceito luterano de igreja foi desenvolvido no sermão sobre o papado de Roma, uma resposta ao ataque do franciscano Augustin Von Alveld, em  Leipzig, em 06/1520. 
O seu sermão das Boas Obras, publicado na primavera de 1520 era contrário à doutrina católica das "boas obras" e dos atos como meio de perdão. As obras do crente são verdadeiramente boas se ordenadas por Deus.
Isso provocou uma enorme crise entre os próprios protestantes, porque com esta justificativa a caridade deixou de ser exercida; pois, segundo Lutero, crer em Jesus é o que basta, por si mesmas já estavam salvas, então não precisavam preocupar-se com as boas obras, em ajudar as pessoas, mesmo professasse o mesmo credo.       

Os debates de Leipzig em 1519 fizeram que Lutero  travasse contato com humanistas como Melanchthon, Reuchlin e Erasmo de Roterdã.  
O nobre Franz Von Sickingen e Silvestre de Schauenburg queriam manter Lutero sob sua proteção em seus castelos, pois, não julgavam permanecer na Saxônia sob proscrição papal. 
Em agosto de 1520, Lutero escreveu  À Nobreza Cristã da Nação Alemã em que recomendava ao laicato, como um sacerdote espiritual, que fizesse a reforma requisitada por Deus e abandonada pelo Papa e o Clero.  
Pela primeira vez Lutero referiu-se ao Papa como o Anticristo.

A 15 de junho de 1520, o Papa advertiu Lutero com a bula Exsurge Domine, que o ameaçava com a excomunhão caso não repudiasse os 41 pontos de sua doutrina.

  
Em outubro de 1520, Lutero enviou ao Papa seu escrito A Liberdade de um Cristão, em que diz: "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". 
 


Ele afixou suas 95 teses (como forma de protesto) na porta da igreja do castelo de Wittemberg.


Após a descrição das 95 teses havia um convite aberto para debatê-las. Mas, o que nos chama atenção é o fato de ele mesmo contradizer todas elas. Daí surgiu o nome de "protestantes" ou "protestantismo" os seguidores de Lutero e posteriormente aqueles que viriam ser hoje os vários ramos derivados da reforma luterana.    



Martinho Lutero foi excomungado pela Igreja Católica, no reinado de  LEÃO X, sob a denúncia que ele discordava da autoridade do Papa de forma implícita, num processo que se iniciou com a investigação, em 1518, do professor de teologia Silvestro Mazzolini, que classificou Lutero como herege. Vamos ler a Bula:



“DECET ROMANUM PONTIFICEM”

Bula de excomunhão de Martinho Lutero

(Aos 3 de janeiro do Ano do Senhor 1521)  



I. Pelo poder que lhe foi conferido por Deus, o Romano Pontífice foi designado para administrar penas espirituais e temporais, segundo corresponda respectivamente a cada caso. O propósito disso é a repressão dos maliciosos desígnios de homens extraviados, que foram tão seduzidos pelo seu degradado impulso de fins perversos que esqueceram o temor de Deus, puseram de lado com desprezo decretos canônicos e mandamentos apostólicos, ousaram formular novos e falsos dogmas e introduziram o mal do cisma na Santa Igreja de Deus ― ou apoiaram, ajudaram e aderiram a tais cismáticos, os quais fazem comércio rasgando a túnica do nosso Redentor e a unidade da verdadeira fé.


Portanto, compete ao Pontífice, por temor de que a barca de Pedro pareça navegar sem piloto ou remador, tomar severas medidas contra tais homens e seus sequazes e, mediante o aumento de medidas punitivas e outros oportunos remédios, fazer com que esses mesmos homens prepotentes, dedicados como são a fins perversos, juntamente com os seus apoiadores, não enganem a multidão dos simples com as suas mentiras e mecanismos enganadores, nem os arrastem juntos na adesão ao seu erro e à sua própria ruína, contaminando-os com o que equivale a uma contagiosa doença.


Corresponde também ao Pontífice, depois de ter condenado os cismáticos, para evitar uma ainda maior perdição e confusão deles, mostrar e declarar pública e abertamente a todos os fiéis cristãos como são tremendas as censuras e penas às quais tal culpa pode levar, para que, por meio de tal declaração pública, aqueles possam, com contrição e remorso, voltar a si, fazendo retratação irrestrita das conversações proibidas, da amizade e, sobretudo, da obediência a tais réprobos excomungados, de maneira que possam evitar os castigos divinos e qualquer grau de participação nas condenações deles.
 


II. Fomos informados de que, após essa precedente missiva ter sido exposta em público e ter transcorrido o intervalo ou intervalos nela prescritos ― e, com a presente, notificamos solenemente a todos os fiéis cristãos que esses intervalos transcorreram e estão transcorridos ―, muitos daqueles que tinham seguido os erros de Martinho Lutero tomaram conhecimento da nossa missiva e das suas advertências e injunções; o Espírito de um salutar conselho levou-os de novo a si, confessaram eles os seus erros e abjuraram a heresia conforme nossa instância e, voltando à verdadeira fé católica, obtiveram a bênção de absolvição que os mensageiros estavam autorizados a conceder; e, em diversos estados e localidades da Alemanha, os livros e escritos do mencionado Martinho foram publicamente queimados, como tínhamos mandado.


Nada obstante ― e dizer isto nos dá grave dor e perplexidade ―, o próprio Martinho, o escravo de uma mente depravada, teve desprezo em revogar e renegar os seus erros no intervalo prescrito e em nos enviar uma única palavra de tal revogação, como por Nós paternalmente solicitado, ou em vir pessoalmente até Nós; ao invés, como uma pedra de tropeço, não temeu escrever e pregar coisas piores que antes contra Nós, esta Santa Sé e a fé católica, e levar outros a fazerem o mesmo.


Agora é solenemente declarado herege; e assim também os demais, qualquer que seja a sua autoridade e grau, que não tiveram cuidado algum com a sua própria salvação, mas publicamente e perante os olhos de todos os homens se tornam sequazes da perniciosa e herética seita de Martinho; e aqueles que deram a ele aberta e publicamente ajuda, conselho e favor, encorajando-o na sua desobediência e obstinação, ou dificultando a publicação da nossa citada missiva. Tais homens incorreram nas penas estabelecidas naquela missiva e devem ser tratados legitimamente como hereges e evitados por todos os fiéis cristãos, como diz o Apóstolo [Epístola a Tito 3,10-11].



III. O nosso objetivo é que esses homens sejam legitimamente considerados na mesma esteira de Martinho e dos demais réprobos hereges e excomungados, e que, na hipótese de terem aderido com a mesma obstinação ao pecado do referido Martinho, compartilhem também das suas penas e seu próprio nome, trazendo em todos os lugares o título de “luteranos” e as penas que isso acarreta.


As nossas instruções precedentes eram bem claras e eficazmente divulgadas, e, ao se observarem de forma estrita os nossos presentes decretos e declarações, não faltará nenhuma prova, aviso ou citação. Os nossos seguintes decretos são emitidos contra Martinho e os demais que o seguem na obstinação do seu propósito depravado e execrável, assim como contra aqueles que o defendem e protegem com escolta militar e não temem apoiá-lo com recursos próprios ou de qualquer outra forma, e têm a pretensão de lhe oferecer e custear ajuda, conselho e favor. Os seus nomes, sobrenomes e graus ― por mais elevada e fulgurante que seja a sua dignidade ― desejamos que se considerem incluídos nestes decretos com o mesmo efeito que se estivessem elencados individualmente e listados na sua publicação, a qual há de ser promovida com uma energia à altura da força do seu conteúdo.


Sobre todos estes, decretamos as sentenças de excomunhão, de anátema, de nossa perpétua condenação e interdito, de privação de dignidades, honras e propriedades sobre eles e seus descendentes, de declarada inidoneidade para os próprios bens, de confisco dos seus bens e de traição; nestas e nas demais sentenças, censuras e penas que são infligidas pelo direito canônico aos hereges e que estão estabelecidas na nossa missiva supracitada, decretamos terem incidido todos esses homens para sua condenação.



IV. Acrescentamos à nossa presente declaração, pela nossa autoridade apostólica, que os estados, territórios, campos, cidades e lugares em que esses homens temporariamente viveram ou que tiveram a ocasião de visitar, juntamente com as suas posses ― cidades a possuir catedrais e sedes metropolitanas, mosteiros e outras casas religiosas e lugares sagrados, privilegiados ou não privilegiados ―, todos e cada um são colocados sob o nosso interdito eclesiástico; enquanto durar esse interdito, nenhuma pretensão de indulgência apostólica deve valer para permitir a celebração da missa e dos demais ofícios divinos (com exceção dos casos permitidos pela lei e, também ali, por assim dizer, a portas fechadas e excluídos aqueles sob excomunhão e interdito).


Prescrevemos e ordenamos que os homens em questão sejam em toda a parte denunciados publicamente como excomungados, réprobos, condenados, interditados, privados de bens e incapazes de possuí-los. Sejam eles rigorosamente evitados por todos os fiéis cristãos.



V. Queremos tornar conhecido de todos o mesquinho comércio que Martinho, os seus sequazes e os demais rebeldes estabeleceram, pela sua temeridade obstinada e sem vergonha, sobre Deus e sua Igreja. Queremos proteger o rebanho de um animal infeccioso, para que a sua infecção não se espalhe para as ovelhas saudáveis. Por isso, damos o seguinte mandado a todos os patriarcas, arcebispos, bispos, prelados de igrejas patriarcais, metropolitanas, catedrais e colegiadas, e religiosos de todas as ordens ― inclusive as mendicantes ― privilegiadas ou não privilegiadas, onde quer que se encontrem: que, em virtude do seu voto de obediência e sob pena de sentença de excomunhão, se assim for exigido para a execução destes decretos, anunciem publicamente e façam anunciar por meio de outros nas suas igrejas que esse mesmo Martinho e a sua facção são excomungados, réprobos, condenados, hereges, endurecidos, interditados, privados de bens e incapazes de possuí-los, e dessa forma elencados na execução destes decretos. Três dias serão concedidos: pronunciamos advertência canônica e concedemos um dia de pré-aviso sobre a primeira advertência, outro na segunda, mas, no terceiro, execução peremptória e definitiva da nossa ordem. Isso terá lugar no domingo ou em algum outro dia de festa, quando uma grande multidão se reúne para o culto. Seja alçado o estandarte da cruz, soem os sinos, acendam-se as velas e, após algum tempo, sejam apagadas, lançadas ao chão e pisadas, e pedras sejam lançadas três vezes, e observem-se as demais cerimônias de costume. Os fiéis cristãos, todos e cada um, sejam intimados estritamente a evitar esses homens.


Quiséramos uma outra vez contrastar o referido Martinho e os demais hereges que mencionamos, e, ainda, os seus adeptos, sequazes e partidários: desde já, mandamos a todo e cada um dos patriarcas, arcebispos e todos os demais prelados, em virtude do seu voto de obediência, que, sendo eles precisamente encarregados de dissipar cismas com a autoridade de São Jerônimo, devem, na atual crise, como lhes obriga o seu ofício, erguer uma muralha de defesa para o seu povo cristão. Estes não devem calar-se, como cães mudos que não podem latir [Isaías 56,10], mas incessantemente clamar e levantar a voz da pregação, fazendo com que seja anunciada a palavra de Deus e a verdade da fé católica contra os artigos condenados e heréticos citados acima.



VI. A todos os reitores de igrejas paroquiais, aos reitores de todas as ordens, mesmo as mendicantes, privilegiadas ou não privilegiadas, em virtude do voto de obediência, designados que são pelo Senhor para ser como as nuvens, que espalham chuvas espirituais sobre o povo de Deus, mandamos, nos mesmos termos, que não tenham medo de dar a maior publicidade à condenação dos artigos acima mencionados, como lhes obriga o seu ofício. Está escrito que o amor perfeito expulsa o medo. Que cada um de vós assuma o encargo desse meritório dever com completa devoção; mostrai-vos tão escrupulosos na sua execução, tão zelosos e solícitos em palavras e atos que, por meio dos vossos trabalhos, com o auxílio da divina graça, venha a esperada colheita e, pela vossa devoção, vós não somente ganheis aquela coroa de glória que é a recompensa devida a todos os que promovem a defesa da fé, mas também obtenhais de Nós e da Santa Sé o elogio irrestrito que a vossa diligência merece.



VII. No entanto, uma vez que seria difícil entregar a presente missiva, com as suas declarações e avisos, a Martinho em pessoa e aos outros declarados excomungados, por causa da força da sua facção, a nossa vontade é que a afixação pública desta missiva nas portas de duas catedrais ― ambas metropolitanas, ou uma catedral e uma metropolitana dentre as igrejas da Alemanha ―, por meio de um mensageiro nosso naqueles lugares, tenha uma força vinculante tal que Martinho e os demais que mencionamos devem mostrar-se condenados em todos os pontos peremptoriamente, como se a missiva tivesse sido levada ao seu conhecimento e apresentada a eles pessoalmente.



VIII. Também seria difícil transmitir esta missiva em cada lugar onde a sua publicação pudesse ser necessária. Daí a nossa vontade e decreto legítimo de que cópias suas, seladas por prelado eclesiástico ou por um dos nossos mensageiros anteriormente referidos, e autenticadas pela mão de notário público, tenham a mesma autoridade da proposição e exibição do próprio original.



IX. Nada obste a nossa vontade em constituições apostólicas, em decretos, na nossa já referida missiva precedente ou em quaisquer outros pronunciamentos em contrário.



X. Ninguém em absoluto pode infringir esta nossa decisão escrita, declaração, preceito, injunção, designação, vontade, decreto ou temerariamente contrariá-los. Se alguém se atrever a tentar tal coisa, saiba que incorrerá na ira de Deus Todo-Poderoso e dos Bem-Aventurados Apóstolos Pedro e Paulo.


Dado em Roma, junto de São Pedro, em 3 de janeiro de 1521, no oitavo ano do nosso pontificado.

S. S. PAPA LEÃO X



Ao contrário que muitos pensam, pelo menos de início, ele não era contrário à supremacia papal e nem ao poder das indulgências. Mas aos abusos que os clérigos faziam sobre a mesma. Na tese "51" escreveu:


"Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto, como é seu dever, a dar o dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isso fosse necessário vender a Basílica de São Pedro". 


Na tese "17" -  Lutero afirma a crença nas indulgências:


"Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas."    
   

Lutero ao convidar o povo para discutir sobre as indulgências procurava uma cultura de mudanças na fé de forma progressiva. Em um dos seus debates públicos (1519) ficava explícito a sua intenção de não aceitar nada do que fosse contra o que planejava. 


Foi Lutero quem teve a ousadia de retirar da Bíblia os 07 livros chamados Deuterocanônicos:

Tobias

Judite

Sabedoria

Eclesiástico

Baruc

I Macabeus e II Macabeus. Além dos trechos de Ester e Daniel – Ester10, 4-16,24; Daniel 3, 24-90; 13-14.


 


Principalmente o livro de Macabeus, cujo, fala sobre o purgatório e a oração pelas almas dos falecidos. Para tal ele argumentou que nem mesmo os judeus aceitavam tais livros.

Mas, esses livros foram usados pelos Apóstolos e pelos santos padres desde início da Igreja, compunha a primeira Bíblia que conhecemos como Septuaginta. São Jerônimo quando traduziu a Bíblia para o latim, chamada de "A Vulgata" conservou esses mesmos livros. 

Lutero pensou em fazer o mesmo com a Carta de São Tiago (no NT), e cuja, chamava de "carta de palha"; porque a mesma diz que a fé sem o uso das obras é morta. (ERL LXIII, 115).


A Sola Scriptura (Só a Escritura)


“Sabendo primeiramente isto: Que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas, os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. (2Pd1:20, 21)


Lutero aceitava que somente as Escrituras diziam a verdade e o seu livre exame, o que é proibido segundo nos diz São Pedro. Rejeitou a Tradição apostólica. Ou seja, qualquer um podia interpretar a Bíblia do jeito que quisesse ao seu bel prazer. Isso lhe abria brechas para justificar sua errada conduta. Lutero não considerou a orientação de São Pedro no qual diz que á interpretação da Escritura ou das profecias não pode ser de caráter particular.      

No entanto, mesmo defendendo que somente a Escritura é a única base de fé.   Ele desprezou e retirou 07 livros e quis desprezar as cartas de São Tiago Apóstolo.  

Também queria retirar o livro do Apocalipse, cujo, Lutero dizia que ele não era nem profético, nem apostólico.
Na verdade a Sola Scriptura inventada por Lutero e o desprezo pela Tradição Oral é para justificar toda sua vida de conduta imoral, não tem sentido algum. Somente na cabeça de Lutero e de seus seguidores a Sola Scriptura se sustenta. O resultado disso é o aumento das seitas e das heresias. 


Na verdade, Lutero não queria uma vida nova, mais adequada à Palavra de Deus. Ele queria um nova doutrina que se adequasse à sua vida devassa e o seu caráter podre. E isso está a acontecer ainda hoje. 

Foi por isso  que, além de retirar os 07 livros da Bíblia ele também desprezou grande parte dos Sacramentos. Desprezou a Tradição Oral Apostólica, porque ela não podia se moldar ou se curvar aos seus desejos, porque são normas, costumes, ritos e a doutrina da Igreja passada de geração em geração. Já, as letras que  estão nas Escrituras sim, poderiam ser modificadas e adulteradas por ele. Mas, eis a advertência de Jesus:
 "...Pois, passarão o céu e a terra, antes que desapareça um jota da Lei. Aquele que violar um desses Mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será o menor do reino dos céus". (Mt5, 18-19)           

Lutero considerava Jesus Cristo um adúltero   


Lutero também dava suas convicções a respeito de Nosso Senhor. Para ele Jesus Cristo era um adúltero, pois, tinha cometido adultério com a mulher samaritana e com outras descritas no Evangelho. Assim escreveu:


"Cristo não só tomou sobre si uma condição humana geral, mas submeteu-se ao diabo e concorda com o diabo de alguma forma. Ele não assumiu só as culpas, como afirma a fé católica, mas também a disposição ao pecado".

(BEER: 30 GIORNI ANO XVII, FEV. 1992, PAG.55 - ENTREVISTA DE LUTERO? DELÍRIO MANIQUEÍSTA)


Lutero conclui:


"Cristo adúltero. Cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte (poço de Jacó), de quem nos fala São João.  Não se murmuraram em torno dele; o que fez então com ela? Depois com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente, assim o Cristo piedoso também teve que fornicar, antes de morrer.


Influenciado pelo gnosticismo e pelas ideias maniqueístas e herméticas Lutero exprimia-se opondo-se e confundindo Cristo e Deus. Deus e o diabo tem a mesma natureza e a dupla natureza de Cristo. Diz ele:


"Deve-se conceder uma hora de divindade ao diabo e eu devo atribuir a diabolicidade de Deus" 


(BEER: 30 GIORNI, ANO XVII, FEV. 1992, PAG. 52-55 - ENTREVISTA MARTIM LUTERO? DELÍRIO MANIQUEÍSTA)  


Em outra citação revela a inversão de significados tão comuns na cabeça dele: 


"Então não se sabe quem é Deus e quem é o diabo. Chega-se a inquerer-se se o diabo não será Deus".


(BRETANO, FUNCK-BRETANO, MARTIM LUTERO, P. 98, CASA EDITORA VECCHI, 1956, 2ª. EDIÇÃO)


Lutero obcecado com o seu contato com o diabo fez essas estranhas afirmações:


"Conheço o diabo a fundo de pensamento e aspecto tendo comido em sua companhia mais de uma pipa de sal".

 (BRETANO, 93).


Daí se explica porque os protestantes gostam tanto de falar no diabo, porque desde o início na cabeça de Lutero o diabo estava mais ao seu lado do que Deus.

Ele afirma:

"O diabo dormiu ao meu lado, em minha cama, mais vezes do que minha mulher".


Vê-se claramente que Lutero estava sobre forte influência do gnosticismo. Influenciado por ideias diabólicas, resolve atacar o coração da Igreja Católica. Seu próximo passo seria difamar a santa Missa no qual ele diz:


"Quando a Missa for revirada, acho que nós temos que revirar o papado! Porque é sobre a Missa, como sobre uma rocha que o papado se apoia totalmente. Com seus mosteiros, seus bispados, seus clérigos, seus altares, seus mistérios e sua doutrina. Tudo isso desabará, quando desabar sua missa sacrílega e abominável". 


(PÉRE BARRILELLE, AVANT DE MOURIR, APUD LEX GRAND: LA NOUVELLE MESSE ET LA FOI - DANIEL RAFFARD DE BRIENE - 1983)


Lutero ainda desqualificou a Missa difamando-a dizia:


"Esse abominável Cânon (da missa), que uma coletânea de lacunas lodosas... fez-se da missa um sacrifício, acrescentaram-se os ofertórios. A missa não é um sacrifício ou ação de um sacrificado; olhemo-la como sacramento, ou testamento. Chamemo-la de bênção, Eucaristia, ou Ceia do Senhor, ou memória do Senhor".

(LUTHER, SERMON DU IER DIMANCHE DEL'AVENT, APUD LEX ORAND; LA NOUVELLE MESSE ET LA FOI, DANIEL RAFFARD DE BIENNE-1983).

Ora! a Santa Missa é a atualização do sacrifício perpétuo de Jesus por nós na Cruz. Memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus, no qual Jesus se faz o Altar, Sacerdote e Cordeiro da Nova Aliança. Onde a Ceia, a Na Eucaristia Jesus Cristo se faz alimento para o seu povo sendo o alimento, sustento e remédio da alma e do corpo. Como nos ensina a Santa Madre Igreja. 
Lutero retira da Missa a eficácia do Memorial da paixão, morte e ressurreição de Cristo.     

A tática para sua nova missa era:


"Para se chegar segura e felizmente ao objetivo é preciso conservar algumas cerimônias da antiga missa, para os fracos que poderiam se escandalizar com as mudanças demasiadamente bruscas".


Lutero não acreditava mais na presença Eucarística de Jesus. Apenas acreditava no Memorial. 


Lutero o invejoso – era contra a autoridade do Papa, mas, queria ser como ele.

E qual era a verdadeira intenção de Lutero?

Lutero queria ser tratado como um papa com os mesmos direitos papais e se punha até no lugar de Deus para julgar. Diz Lutero:


"Quem não crê como eu é destinado ao inferno, minha doutrina é a doutrina de Deus. Meu juízo é o juízo de Deus".

(WEIMAN,  X, 2. ABT., 107)

(Aqui está mais do que claro que Lutero além de ambicioso, era invejoso. O mesmo sentimento que o levou ao crime de homicídio.)  


E para isso pregava a intolerância ao papado.


"Sim eu digo: todas as casas de tolerância que entretanto Deus condenou severamente, todos os homicídios, mortes, roubos e adultérios são os menos prejudiciais que a abominação da missa papista"

(WERKE. T. XV, 773-774)        

    A PERSEGUIÇÃO AOS JUDEUS

Para conseguir dar continuidade as suas "reformas" Lutero deu apoio integral aos judeus daquela região na esperança que eles se convertessem às suas crenças, mas, anos se passaram e os judeus não se converteram. 


Cheio de ódio escreveu um tratado sobre os judeus em janeiro de 1543, chamado "sobre os judeus e suas mentiras". Nele, Lutero instiga sua raiva seu ódio e seu antissemitismo. Eis um trecho desse tratado:        

     

"(...) finalmente no meu tempo foram expulsos de Ratisbona. Magdeburgo e de muitos outros lugares..." 

"Um judeu, um coração judaico, são tão duros como madeira, a pedra, o ferro, como o próprio diabo. Em suma são filhos do demônio: Os judeus são pequenos demônios destinados ao inferno".

"Queime suas sinagogas, negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda severidade. São inúteis devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios. E para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Estou fazendo a minha parte".

"Resumindo, caros príncipes e nobres que tem judeus em seus domínios, se meu conselho não serve, encontrai outra solução melhor para que vós e nós possamos nos ver livres desta insuportável carga - os judeus".

(LUTHER'S WORK'S, PELIKAN, VOL. XX. PP. 2230)


(*Pode ser que esse tratado de Lutero deu razão pela qual Adolf Hitler tirou inspiração para que fosse mortos milhões de judeus e criasse o holocausto durante a II guerra mundial. Lutero e Hitler, ambos eram alemães. Hitler seguiu direitinho os passos de Lutero.)   


    No final de sua vida, Lutero pareceu estar muito angustiado com o nível que o seu protestantismo se tornou e afirma:


"Este não aceitará o batismo, aquele nega o sacramento, o outro põe um mundo de diferenças entre este e o último dia. Alguns ensinam que Cristo não é Deus, outros ensinam isto e outras coisas, existem seitas e credos como existem cabeças. Nenhum aldeão tão rude como quem tem sonhos e fantasias que creem haver sido inspirados pelo Espírito Santo e ser um profeta".


(DE WETTE, III, 61, DITO EM O'HARE, LOS ECHOS DE LUTERO, 208)


Nesta citação Lutero mostra sua insatisfação com as ideias que sua "reforma" causou, inclusive havendo divisões e opiniões de credo dentro de sua própria igreja. Agora não existe "as verdades" de Lutero mas, muitas verdades que ele mesmo abominava e não podia fazer nada porque ele foi o causador da divisão.
Quando ele se sentiu desmotivado, desiludido e acuado com a besteira que fez, pois, nem todos concordaram com suas teses e se separaram fundando outras seitas, tratou também de perseguir seus próprios irmãos. Os primeiros da lista foram os anabatistas ou puritanos. Esses por sua vez para escapar da perseguição fugiram para os EUA e lá também perseguiram a mataram a outros seus, e até quase toda uma comunidade inteira como é o caso das "bruxas de Salém", Massachusettes, EUA, em 1692.

Um campo de ideias contra essas mesmas verdades de que ele tanto defendia.
Lutero deu início a chamada "inquisição protestante", perseguiu os judeus da Alemanha. Homens, mulheres, jovens e crianças judias tiveram suas casas queimadas ou foram expulsos ou mortos.

Ele também ajudou a espalhar mentiras a respeito da Inquisição Católica para por medo nas pessoas e as convenceram a se tornarem protestantes.
Hoje sabemos que as barbaridades da Inquisição Católica descrita nos livros de história são controvérsias. Não é verdade. Fatos e verdades foram ocultadas por pessoas com interesse de descredibilizar a Igreja Católica. Isso partiu de duas fontes: Martinho Lutero e seus seguidores e a corrente do Iluminismo ou Iluminatis que surgiu na Europa no Séc. XVIII e  que visava um ataque direto à Igreja Católica.

Na Inquisição Protestante matou-se muito mais, milhares de pessoas.
Lutero espalhou o medo e o terror sobre a Inquisição Católica. E os protestantes de  hoje, seus ramos, as seitas que perseguem a verdadeira Igreja de Cristo utilizam deste artifício até hoje.
O Papa João Paulo II, sentiu-se no dever de esclarecer e pedir perdão pelos erros cometidos pela Inquisição. Mandou fazer um estudo profundo se realmente tudo que falavam da Inquisição era verdade. E foi constatado que muito poucas eram as "verdades" contadas pelos historiadores. Não há provas e registros que afirmam que todas aquelas barbaridades contadas pelos historiadores sejam verdade. Bem como é fantasiosa os instrumentos de torturas apresentados ao longo da história como sendo da Inquisição. Houve sim, muitos erros cometidos por pessoas despreparadas. Mas, não da forma como nos é apresentada porque isso é uma invenção que partiu de Lutero para aterrorizar as pessoas e assim, elas deixassem de ser católicas.

 
O que diria Lutero hoje se estivesse vivo para ver a balbúrdia que suas crenças e sua "reforma" fez, ao ver tantos ramos do protestantismo com seus pregadores e suas falsas doutrinas? O que diria ele ao ver tantos se engolindo, tão ambiciosos quanto ele foi, a venda de promessas de prosperidade, as falsas curas, curas e ensinamentos estranhos e contrários aos seus propósitos?

Mal sabia ele que sua reforma espalharia mais divisão ainda ao surgir uma seita aqui, outra acolá e muito fanatismo. Lutero não só foi o pai do protestantismo, como foi o pai da divisão pois, já no seu tempo seus sucessores não chegaram a um acordo definitivo de suas ideias que julgavam “ as suas verdades".

O PROTESTANTE LUTERO E SEUS CONFLITOS INTERNOS

A "Sola Scriptura" de Lutero foi justamente por ele não se sujeitar as normas do mosteiro, nem à Igreja e a Doutrina porque em sua alma rebelde não achava capaz de regenerar-se. Lutero não acreditava na Igreja como instituição divina visível. De comportamento era arrogante, presunçoso, não aceitava as normas do mosteiro, era um pecador contumaz, não tinha vocação. Se revoltou contra a Igreja e contra o Papa. Não tinha nenhuma vocação e também não era bom estudioso. Revoltou contra a Missa, contra as orações e os sacramentos. Era um desiquilibrado emocionalmente, mas, tinha um enorme medo de morrer e ir para o inferno. 
E esse é o ponto central do protestantismo porque enquanto nós acreditamos que Cristo fundou sua Igreja, que é o seu corpo visível neste mundo, Lutero retirou a Instituição visível aceitando apenas a instituição espiritual. Que por si só não se sustenta pois, somos corpo, alma e espírito. Se há algo em comum entre as denominações protestantes em que cada um se acha no direito de fundar uma "igreja" esse é o ponto central pois, os protestantes não creem na Igreja como Instituição visível fundada por Cristo. 
Lutero ignorou que livre interpretação da Bíblia não é permitida conforme diz São Pedro 2Pd1, 20-21 - que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Para justificar seus erros ele preferiu abster-se desse versículo e hoje seus seguidores fazem o mesmo. Por isso tantas interpretações diferentes, moldando a Escritura de acordo com seus desejos. O que uma igreja protestante acredita a outra não acredita. Tudo que é essencial da vida do protestantismo brota da alma de seu fundador. Dotado de traumas pessoais de um indivíduo que não aceitava nem a si próprio. 
Durante sua vida de revoltas, Lutero foi um homem desequilibrado emocionalmente, com o coração cheio de ódio, revoltou-se não só contra a Igreja mas, contra o próprio Deus. Era viciado em álcool e mulheres. Como vamos ler a seguir alguns de seus pensamentos que ele mesmo escreveu:


LUTERO ÉBRIO E ÍMPIO - ele confessa: "Eu aqui me encontro insensato, e endurecido, ocioso e borracho de manhã à noite...em suma, eu que devia ter fervor de espírito, tenho fervor da carne, da lascívia, da preguiça e da sonolência". No entanto chamava o papa de "asno".      


SOBRE A ORAÇÃO DIZIA - "Eu posso rezar mas posso amaldiçoar. Em lugar de dizer "santificado seja o vosso Nome" direi: "maldito seja o nome dos papistas..." que o papado seja maldito, condenado e exterminado. Na verdade é assim que rezo sem descanso. O coração de Lutero estava cheio de ódio e rancor contra a Igreja porque ela não defendia suas insanas ideias.
Lutero tinha ódio do papa mas queria ser como ele. No entanto, o que lhe afastou da Igreja não foi porque queria reformar o cristianismo como se pensa, mas, sobretudo fazer uma "igreja" moldada aos seus desejos mundanos pois era promíscuo e fornicador. 


SOBRE OS MANDAMENTOS DE DEUS DIZIA - "Todo o Decálogo (os 10 Mandamentos), deve ser apagado de nossos olhos, de nossa alma e de nos outros tão perseguidos pelo diabo... Deves beber com mais abundância e cometer algum pecado por ódio e para molestar ao demônio..."  (Veja que Lutero diz em outras palavras, que deve-se ignorar os Dez  Mandamentos da Lei de Deus, contrariando todo o Capítulo V de São Mateus ao qual Jesus orienta que se observe toda a Lei. Porque assim, sem a prática os Mandamentos, ele podia pecar para insultar o demônio). Somente uma mente doentia como foi a de Martinho Lutero podia ter de tal maneira uma mente tão pecaminosa e blasfemadora.


Lutero, não só afirmava que as boas obras de nada valia para a salvação, como também as amaldiçoava, por isso, queria retirar da sua bíblia a Carta de Tiago que fala que a fé sem o uso das boas obras é morta.


SOBRE O PECADO DIZIA - "sê pecador e peca fortemente, mas crê com mais força e alegra-te com Cristo vencedor do pecado e da morte... Durante a vida devemos pecar!"

Lutero contradiz a própria Bíblia que nos ensina que devemos fazer de tudo para evitar o pecado.

 "Sede santos como vosso Pai do Céu é Santo!"  (1Pd 1, 15-16.22-23)

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SOBRE A CASTIDADE DIZIA -  "é uma invenção maldita"... "do mesmo modo que não posso deixar de ser homem, assim não posso viver sem mulher". Lutero incentivou os monges, sacerdotes e religiosas a saírem de seus conventos e se casarem.   


SOBRE A VIRGEM MARIA - a caneta me recusa a escrever as blasfêmias que proferiu contra sua pureza. A tal ponto de me fazer envergonhar-me em reescrevê-las.

E hoje tantos outros que seguindo os mesmos ensinamentos desse que foi o maior inimigo de Cristo e da sua Igreja, tem a ousadia de ofender e  blasfemar contra a Nossa Senhora. Não sabendo eles que se a um homem normal não é aceito que se fale mal de sua mãe, quem dirá Jesus o Filho de Deus àqueles que ofendem sua Mãe Santíssima. 


SOBRE O PRÓPRIO JESUS CRISTO - afirma que "cometeu adultério com a samaritana no poço de Jacó e com Madalena a mulher pecadora que Ele mesmo perdoou!"


SOBRE DEUS ELES DIZ - "Certamente Deus é muito grande e poderoso, bem misericordioso..., mas é um estúpido; e tirano."


SEU ÚLTIMO SERMÃO - Aconteceu em Wittenberg, em maio/1546, foi um furioso ataque contra o Papa, o Sacrifício da Missa e o culto à Nossa Senhora. Daí podemos concluir de onde os protestantes e todos os seus ramos como evangélicos, pentecostais, neopentecostais têm tanta raiva de Nossa Senhora.

Pois, enquanto Nossa Senhora pede-nos que façamos tudo o que seu Filho, Jesus Cristo disser, Lutero manda fazer o contrário.


LUTERO SUICIDA  
Lutero tinha um temperamento mórbido e neurótico. Depois de sua revolta contra a Igreja, sua neurose atingiu os limites mais extremos.

Estudos especializados lhe atribuem um "neurose de angústia gravíssima" do tipo que leva ao suicídio.
 

Seu suicídio é afirmado tanto por "católicos" quanto por "protestantes"; Eis o depoimento do seu criado, Ambrósio Kudtfeld que depois se tornou médico:


"Martinho Lutero na noite que antecedeu sua morte se deixou vencer pela sua habitual intemperança, e com tal excesso, que fomos obrigado a carregá-lo totalmente embriagado, e a colocá-lo em seu leito. Depois nos retiramos ao nossos aposentos sem pressentir nada de desagradável. Pela manhã voltamos ao nosso patrão ajudá-lo a se vestir, como era de costume. Mas, que dor! Vimos e nosso Patrão, Martinho, pendurado em seu leito e estrangulado miseravelmente. Tinha a boca e a parte do rosto escura, o pescoço roxo e deformado. Diante de tão horrendo espetáculo, fomos tomados de grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados de véspera, para anunciar-lhes o execrável fim de Lutero. Eles ficaram aterrorizados como nós. E logo se empenharam com mil promessas e juramentos, que observássemos, sobre aquele acontecimento, eterno silêncio, e que colocássemos o cadáver de Lutero em seu leito, e anunciasse ao povo que o "mestre Lutero" tinha improvisamente abandonado esta vida". (ou seja, em outras palavras, tinha se suicidado)


Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Anversa no ano de 1606, pelo sensato Sedúlius. Dois médicos comprovaram o suicídio pelo seu doméstico Kudfeld:  o médico, Dr. Cester e Dr. Lucas Fortnagel. As informações deste último foram publicadas pelo escritor: J. Maritain, em seu livro: "Os Três Reformadores".  Nesse livro o autor ainda oferece uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram também.


Lutero nunca foi um Reformador de verdade. Se assim fosse, lutaria ao lado dela, dentro dela para que as coisas mudassem.  Está mais do que claro que o que sentia era algo muito mais pessoal,  pois dotado de um espírito conturbado, doente psicologicamente, e viciado em bebida, só o que fazia era se encher de ódio e levar uma vida de promiscuidade, algo que a Igreja de Nosso Senhor nunca o deixaria fazê-lo. Levava um vida desregrada longe de ser um religioso, e o celibato para ele era considerado uma maldição em vez de bênção.


 A sua revolta contra a Igreja Católica não foi só contra as Normas da Igreja. Foi antes contra Cristo e sua Palavra, porque atingia a sua promiscuidade e a sua doente consciência. Lutero queria uma religião que mudasse de acordo com seu estilo de vida.
 

Lutero queria criar regras para si mesmo algo que não constasse na Bíblia e nas regras que a Igreja época aplicava. Desprezava a doutrina da Igreja porque ela ia contra as suas insanas atitudes.

Tanto que retirou 07 livros do cânon apostólico, considerando apenas o cânon judaico, querendo voltar às práticas do Judaísmo combatidas pelo primeiro Concílio de Jerusalém onde São Pedro ainda estava presente. Desprezou até a própria Ordem Agostiniana que o acolheu. 



Desprezou a doutrina do purgatório, e da intercessão dos santos, bem como a oração pelos falecidos porque certamente na sua mente doentia acervava-se da condenação eterna, muito embora é Deus quem decide se uma pessoa vai para o inferno ou não. Desprezou o próprio Cristo ao afirmar que ele era adúltero, um pecador como qualquer homem.
 O que ele conseguiu foi seu fim trágico, pois, sua consciência doía pela morte do colega. Sua alma nunca achou repouso, estava sempre atormentado com medo de ir para o inferno. Sabia que devia explicações à Justiça divina.

Lutero é mais um dos casos de manipulação da história onde tenta-se uma campanha de descrédito à Santa Madre Igreja. A única coisa que ele conseguiu é fazer com que a Igreja Católica saísse ainda mais fortalecida, o tiro saiu pela culatra. 

É esse falso reformador e depois dele tantos outros, os que se dizem "crentes"   perseguem a verdadeira Igreja de Cristo, a Igreja Católica, e negando a fé e as verdades da Igreja, no entanto, afirmam seguir Jesus Cristo. Coitados! - porque longe de ser um santo, Lutero foi um mau exemplo de líder que qualquer religião extirparia da História!  

No entanto guardemos as palavras de Jesus: 


"Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!


Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.


Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós".

Mateus 5:10-12

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O MÊS DE MAIO DA CAPELA DOS PASSOS

 











Poesia de Elmando V. Toledo)
As seis horas da tarde,
De longe se ouvia,
Os sinos da Capela dos Passos,
Anunciando, é mês de Maria
Logo depois do Ângelus
Alguém dava o comunicado,
Hoje, tem missa, tem terço,
Tem novena em seguida o leilão na Capela dos Passos
Lá se via a Capela
Toda de flores enfeitada,
No altar mor um trono azul,
Com luzes ornamentadas
Na missa e na novena nunca faltava
A presença da Confraria
Com suas fitas e opas
Louvando a Mãe Maria
Muitas velas nos altares
O Coroinha seu incenso trazia
Balançando seus turíbulos
Perfume aquela fumaça fazia
Rezava-se o terço
Cantava-se a ladainha
Acompanhado pelo coro
Que o professor Múcio regia
Logo depois surgia
Uma bela procissão
Crianças vestidas de anjo
Pra fazer a coroação
Cada Semana a Mãe de Deus
Era homenageada
Fátima, Mercês, Rosário, Do Carmo e Conceição
Era sempre lembrada
Uma só é Maria
Com vários títulos honrada
Por ser a Mãe de Cristo
Será sempre exaltada
No adro da Capela se ouvia
De longe, quase como um apelo
Era as prendas que saia
Com o grito do leiloeiro
Que alegria era o mês de maio
A Banda de Música lá estava
Sob a batuta do maestro Guido
Os dobrados e marchas tocava
Na procissão o "13 de Maio"
A Banda chegava tocando
Que belo hino recordo
A Mãe de Cristo saudando
No último dia de maio
Um belo gesto acontecia
Todos com um lencinho branco
Da Mãe de Deus se despedia
Mãe não me abandones
Se me deixares me perderei
Volva-me os teus olhares
Se me amparardes me salvarei
Saudades daqueles tempos
Que fica no coração
Das festas do mês de maio
Do meu lindo Torrão
Tantas pessoas que por lá passaram
E deram sua contribuição
Do professor Múcio a Dona Tatá
Do Geraldinho a Dona Conceição.

sábado, 22 de abril de 2023

CATEQUESE SOBRBE O BATISMO

 

A acusação de que a Igreja Católica é errada, porque batiza crianças é antigo. Mas, a Igreja tem sua posição baseada não em achismos, mas está na Sagrada Tradição, na Escritura e na sua Doutrina  solidificada ao longo de séculos. Não há o que se temer quanto a isso, pois, a Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade. 
Vamos ler e aprender sobre o Batismo. Porque ele é importante. Para que aprendendo possamos ajudar as pessoas a entender que ele é necessário para a vida cristã e da Igreja, é necessário para a salvação. Por isso, a Igreja cuida para que todas as crianças recebam o Batismo não como um dever apenas, mas como um direito dado por Deus a nós por meio de Jesus Cristo.
     
Com as redes sociais tem se espalhado, hoje muitas pessoas sem o devido conhecimento, se achando "sabichões da teologia" estão espalhando mentiras e calúnias sobre a Igreja Católica e colocando dúvidas nas pessoas, inclusive nos católicos que não tiveram uma boa formação catequética. Por esse motivo é  nosso dever,  padres, dos catequistas e evangelizadores ensinar a verdade da Igreja e esclarecer,  para que à luz do Evangelho e da Sã Doutrina possam aprender e juntos ensinar a outras pessoas. 
Vamos aprender sobre o que é o Batismo, o que ele representa e o que a Igreja nos ensina e a verdade sobre ele.

Sabemos que ele é em primeiro um sacramento. Mas, o que é Sacramento?

Sacramento é o sinal visível da graça de Deus, que opera por meio da Igreja de modo visível, isto é, por meio dos sinais visíveis, pelos quais nos é dispensado a graça divina opera: a água do Batismo, óleo dos catecúmenos e o óleo do Crisma; óleo da Unção dos enfermos... são os sacramentais.

A função de cada sacramento, como o próprio nome diz é nos fazer sagrados, nos tornar santos pela ação do Espírito Santo durante esta vida e na vida eterna.

Jesus instituiu 7 Sacramentos: Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão ou Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio.

Em especial vamos aprender mais sobre a verdade do Batismo. O Batismo possui uma característica especial e veio substituir um a circuncisão.

No Antigo Testamento Deus instituiu como sinal de sua Aliança entre Ele e o povo de Israel a circuncisão, desde Abraão que todo bebê do sexo masculino devia ser circuncidado. Consistia em que todo bebê judeu deveria ser circuncidado, tirava a parte do prepúcio do pênis. Este era o sinal de consagração, era o sinal visível do contrato, (ou Aliança) que Deus fez com Abraão, Isaac e Jacó. Portanto, Nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto homem era judeu e para cumprir a Lei foi circuncidado.

Mas, além deste, Deus ainda pedia outro tipo de circuncisão, que é a circuncisão do coração. Isto é o povo de Israel deveria servir somente a Deus amando-o de todo coração, pondo em prática seus Mandamentos de romper com todo tipo de escravidão e de idolatria. Os homens ao ver este sinal em seus corpos e no coração entenderiam que ele e não só Javé é Deus e Senhor, como posteriormente toda sua família deveriam ser consagrados a Deus.

Deut10, 14-16 - Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão-somente o Senhor tomou prazer em teus pais para os amar; e a vós, semente deles, escolheu depois deles, de todos os povos, como neste dia se vê. Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.

Jer4,4 - “Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras.”

A palavra circuncidar literalmente significa "cortar ao redor". Como um rito religioso, a circuncisão era exigida de todos os descendentes de Abraão como um sinal da aliança que Deus fez com ele (Gênesis 17, 9-14; Atos 7, 8). A Lei mosaica repetiu a exigência (Levítico 12, 2-3), e os judeus ao longo dos séculos têm continuado a praticar a circuncisão (Josué 5:2–3; Lucas 1:59; Atos 16, 3; Filipenses 3, 5).

A visão cristã da circuncisão é provavelmente mais bem descrita como uma combinação das duas.

No decorrer da história do povo de Deus, mesmo com este sinal, a circuncisão que Deus exigia, a do coração não era cumprida. Aquele povo estava de coração duro e vazio. A Lei era cumprida somente no exterior e não dentro de cada um. Tanto que Jesus os chamou de hipócritas e de sepulcros caiados pois, eles (os fariseus) que deviam cumprir a Lei com o coração, isto é, por amor a Deus, faziam apenas para se promoverem e para aparecerem perante a sociedade. (Mt23, 23-39)

Logo, a circuncisão perdeu seu efeito principal que era fazer aquele povo recordar que era uma nação consagrada e que por isso devia servir e amar a Deus de todo coração, com amor e com toda alma e cumprir os seus Mandamentos. “Esse povo me hora com os lábios, mas, seu coração está longe de mim.  Is 29,13-Mt15, 8-9.

Nosso Senhor Jesus Cristo veio para dar o exemplo, mas, eles, incircuncisos de coração rejeitaram a Boa Nova da Salvação. "Veio para os seus, mas, os seus não o acolheram". Jo1, 11-13

O BATISMO

A primeira vez que aparece a palavra batismo é no Novo Testamento, quando o profeta João o Batista, (que era filho de Isabel e do Sacerdote Zacarias, primos de Nosso Senhor), apareceu como o “Precursor do Messias”, isto é, o preparador para a chegada de Jesus Cristo, o Messias.

João Batizava as pessoas imergindo-as na água como sinal de conversão. As pessoas acorriam a João após ouvir sua pregação de que a salvação está a caminho. O Messias está às portas. João fez muitos discípulos e estes também batizavam as pessoas. E depois, João entende que sua missão havia terminado, e manda que estes mesmos discípulos seguissem Jesus. 

Batismo vem da palavra grega “baptizem”. Significa mergulhar, imergir. É O FUNDAMENTO DE TODA VIDA CRISTÃ. (Vitae Spritualis janua”), a porta que dá acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus em Cristo; somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: “Baptimus est cracamentuum regenerationis per aquan in verbo” – “O Batismo é o sacramento de regeneração mediante a água e a palavra.” (Art. I – CIC, n. 1213)

Pelo Batismo de João as pessoas eram lavadas ou purificadas. E estas arrependidas voltavam a prática dos Mandamentos, traziam consigo a renovação da promessa de Deus pela vida do Messias.

Mas, o próprio João disse que Ele apenas batizava com água, e que seu batismo era como sinal de um batismo maior que aconteceria no futuro com Aquele (Jesus Cristo) que batizaria com Espírito Santo e com fogo. João falava do Batismo não só de água, mas o Batismo no Espírito Santo, e como sacramento, aos quais nós todos desde Pentecostes recebemos da Santa Igreja.

“Eu batizo com água, mas virá alguém, após mim e este é mais forte do que eu. Eu não sou digno nem de desatar o nó de suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Jo3, 16. 

Nosso Senhor, que como todo judeu havia sido circuncidado, também se apresentou no templo, foi até João Batista e por ele foi batizado. Mt3, 13-17

Nosso Senhor Jesus Cristo, não precisava ser batizado porque era perfeito em tudo e não tinha pecado nem necessidade de conversão. Mas, para dar exemplo e para cumprir a Lei foi batizado.

O “batismo” de João não é a mesma coisa que batismo da Igreja. Ele prefigura o verdadeiro Batismo instituído por Jesus. Enquanto que o batismo de João era para a conversão, o batismo da Igreja é para a iniciação da vida cristã. É o primeiro Sacramento que o cristão deve receber.

O PENSAMENTO ERRADO DOS PROTESTANTES – os protestantes confundem o batismo de João com o Batismo cristão. A forma é igual, mas, o sentido, o rito é diferente. E por isso, acham que o batismo cristão é para só apagar os pecados e por isso, dizem, é errado batizar criança porque criança não tem pecado e quando alguém se torna protestante tem que se rebatizar. Aí começa toda a confusão na cabeça das pessoas porque o Batismo cristão não é somente para apagar pecados. Ele apaga o pecado pecado original os demais pecados, e os futuros são perdoados pelo Sacramento da Confissão

Acontece que o protestantismo não crê nos demais Sacramentos e por isso não os tem. Levando o protestante mais uma vez ao erro. O pensamento protestante é egoísta porque não aceita a graça de Deus nos outros 06 Sacramentos dentre eles a Eucaristia e Confissão. Para eles basta crer e aceitar Jesus e está salvo e, se pecar basta confessar diretamente com Deus. Porque tais ainda que pudessem ou acreditassem não o pode fazer já que não existe no protestantismo o sacerdócio devidamente ordenado. Isso faz com que protestantismo manque por falta de pilares. 

O mais importante do Batismo é a Fé que o catecúmeno recebe. Fé que os pais e padrinhos pedem a Igreja para seu filho(o) que crescerá já, dentro da Comunidade. Fé que a pessoa levará até o dia do juízo. Fé que os tornará santos diante de Deus. Fé que os fará participantes do real sacerdócio de Cristo. Fé que garantirá a Salvação. Essa mesma Fé que unida a Jesus Cristo deverá ser nos demais Sacramentos.

O QUE É O BATISMO CRISTÃO?

O BATISMO cristão, diferente do batismo de João, em primeiro lugar é um Sacramento. Isto é, sinal da graça de Deus em nossa vida. Assim como a circuncisão na Antiga Aliança era o sinal que marcava o homem e o consagrava a Deus, Nosso Senhor instituiu o batismo como Sacramento, como sinal da sua graça santificante  pelo qual nós que fazemos parte da Nova Aliança nos tornamos: “filhos(as) de Deus”, herdeiros do céu e membros da Igreja. No batismo cristão nós recebemos uma identidade nova, um nome novo, uma roupa nova, uma vida nova e nos é restaurada a dignidade de filhos de Deus e a força do Espírito Santo. O Batismo é para homens e mulheres, adultos, jovens e crianças

Não se batiza por superstição. Tem gente que acha que uma criança deve ser batizada porque é pagã. Quantas vezes ouvimos: "Olha, fulano, você deve batizar seu filho, senão ele vai morrer pagão!" - Isto é superstição. 
Não é verdade, o que é uma pessoa pagã? Os pagãos são pessoas que não são cristãs. São pessoas as quais ainda não conhecem a Jesus. Como por exemplo, pessoas de outros credos que a bíblia chama de gentios. As crianças destes povos e destas religiões são pagãs porque seus pais são pagãos. A criança, cuja é filha de pais cristãos não é pagã, porque os pais são cristãos batizados. Deve-se deve batizar para que a criança receba a adoção filial de Deus, se torne filho(a) de Deus e membro da Igreja. 
Não se pode negar o batismo a ninguém. Qual o pai e mãe que não desejaria o melhor para o seu filho? Negar o batismo, seria deixar a criança sem a graça da Salvação. É por isso que a Igreja recomenda que tão logo a criança nasça deve-se fazer o Batismo. 
Jesus disse: "Qual pai que o filho pedirá um ovo e o pai lhe dará um escorpião?" "Pois se um pai deseja dar o melhor para seu filho, quanto o Pai do céu mais anseia em  dar a vocês o Espírito Santo?." (Lc 11, 13) - Assim, podemos perguntar: Qual pai não desejaria dar o melhor a seu filho, que não seja a graça de Deus em fazê-lo filho de Deus pelo Batismo? Se o Pai do céu anseia em dar-nos o Espírito Santo, podemos negá-lo às nossas crianças?

👉Identidade e vida nova -  pelo Batismo nos tornamos cristãos. Recebemos um nome que nos acompanhará para sempre. Pelo Batismo recebemos a marca de Cristo e participamos com Ele igualmente da sua Ressurreição. Pelo Batismo, morremos para o mundo e nascemos para Deus. Somos sepultados com Cristo e renascidos por Ele. Pelo Batismo recebemos vida nova em Cristo, a vida dos filhos de Deus.  

👉Somos Lavados - lavados da culpa do pecado original, recebemos a veste branca para entrar no banquete do Cordeiro. Vestes que foram lavadas por Jesus no Calvário entregue aos seus eleitos.

👉Dignidade restaurada. Pelo batismo nos tornamos filhos de Deus e herdeiros do Céu. A dignidade perdida por Adão pelo pecado, pela graça do Batismo nos é devolvida.

👉Tornamos membros da Igreja – na antiga aliança os homens depois da circuncisão, ao completarem 12 anos eram apresentados no Templo e, depois de oferecidos os sacrifícios, ganhavam o direito de ler as Escrituras, comentá-las e podiam participar da Comunidade. Pelo Batismo nos tornamos Igreja e membros da “igreja” a Comunidade de Cristo. Ganhamos o direito de nela estar e dela participar e nela santificar nossa vida servindo-a com amor, pois, é nela que Jesus quis que vivêssemos como verdadeiros filhos de Deus.

👉Recebemos o Selo - pelo batismo somos marcados com o selo de Cristo, marca indelével que nos faz participantes de seu sacerdócio. 

 

É verdade que a Igreja batiza apenas crianças? 

Não é verdade. A Igreja batiza crianças, jovens e adultos.

O batismo apaga pecados? Porque se apaga pecados as crianças não podem ser batizadas, pois, elas não têm pecado. 

Esta é uma acusação que os protestantes fazem e que põem em dúvida muitos católicos.

O batismo apaga os pecados atuais e os futuros pecados? Sim. Mas existe outras funções do Batismo:

Como aprendemos ele inicia a pessoa na vida cristã, e apaga os pecados original que herdamos de nossos primeiros pais Adão e Eva. O pecado original é uma marca que carregamos desde somos concebidos, o batismo restaura em nós a graça divina. 

O que ensina o Catecismo da Igreja?

O efeito principal do Batismo é a purificação dos pecados e um novo nascimento no Espírito Santo – CIC 1262.

Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados, o pecado original e os pessoais. Com efeito naqueles que foram regenerados não há nada que impeça de entrar no Reino de Deus. (CIC 1263)

No cristão, mesmo depois do batismo, porém, certas consequências temporais do pecado permanecem, o sofrimento, a doença e a morte... a "propensão" do pecado ou concupiscência ou, metaforicamente o “Incentivo ao pecado”.  Devemos combatê-la embora ela não seja capaz de prejudicar aqueles que com coragem resistem pela graça de Cristo. “O Atleta só recebe a coroa se lutar segundo as regras” (2Tm2,5) 

Ou seja, mesmo batizados ainda existe em nós a inclinação para o pecado. Embora seus efeitos não são mais devastadores porque pela graça divina agora somos capazes de lutar e vencer se seguirmos as regras. E quais são as regras? a) Ter consciência que errou, b) fazer uma análise de vida e buscar consertar o erro, c) arrepender-se e buscar o perdão, d) mudança de vida e propósito. O Batismo garante esta força para vencer todas as tentações do pecado. 

Porque todos pecaram e estão privados da graça de Deus.” -  Rm3, 23  – “Isto é, a justiça de Deus, por intermédio da fé em Jesus Cristo para todas as pessoas que creem. Porquanto não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus…”

 

“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo”. (CIC – 1250)

 

Sabendo, pois, que o Batismo é necessário para a Salvação, e que somente este é o meio pelo qual se pode garantir a entrada na eternidade e não reconhece outro, a Igreja não negligencia o Batismo e cuida para que todos possam ser batizados. (CIC-1257) Portanto, as crianças têm o direito de receber o batismo e os pais cristãos tem o dever de levar seus filhos para serem batizados. 

 

E os pecados futuros?

 

Pelo batismo nos é restituída a graça da Redenção.  Deus sabe que somos pecadores, ele nos ama, mas, ele detesta o pecado. Ama o pecador em sua infinita misericórdia; por meio de Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Confissão, para que através dele todos os batizados possam ser perdoados se de coração buscarem o arrependimento. 

Batismo e Circuncisão 

No Antigo Testamento os judeus eram circuncidados quando eram ainda bebês, mas, também havia circuncisão de adultos. Por exemplo, quando uma judia se casava com uma pessoa de outra nação, mandava a Lei de Moisés que este antes de se casar devia se converter ao judaísmo e ser circuncidado.

A criança depois da circuncisão era levada ao Templo e apresentada a toda comunidade. 

A Igreja conservou esta tradição. A criança é batizada e, depois que se torna jovem ou mesmo adulta é dado a ela o Sacramento da Confirmação (o Crisma) é confirmada na fé da Igreja.  

No rito do batismo os pais e os padrinhos respondem a Profissão de Fé da Igreja pela criança. Esta profissão de fé é renovada no dia da Crisma pelo próprio crismando.

No Novo Testamento Jesus mandou batizar. Não existe idade máxima e mínima para o batismo.

Objeção dos protestantes: “as crianças de colo não podem ser batizadas porque elas não podem ainda aprender sobre a palavra, não têm consciência do que estão recebendo”.

Pelo contrário! Em Mt28, 19-20, Jesus manda primeiro batizar, depois ensinar a sua Doutrina. “Ide, pois, (...) batizai, (...) Ensinando a observar tudo o que vos tenho ordenado!” – como podemos observar que Jesus não ordena pregar a palavra primeiro ao catecúmeno; manda batizar primeiro logo, podemos crer que isso se deve porque as crianças também devem ser batizadas. Quem pedirá a fé para seus filhos são os pais, quem os educará na fé serão os pais, quem dará e confirmará esta mesma fé é a Igreja. 

Os pais e padrinhos são responsáveis por catequisar a criança

👉O primeiro contato com a Fé, com a Palavra e a Doutrina se dá através dos pais e dos Padrinhos. Por isso, é necessário que antes pedir o batismo para os filhos, os pais sejam pessoas de fé, católicos assíduos, devem ter uma vida cristã reta e os padrinhos também devem ser pessoas de fé capazes de ajudar seus afilhados a crescer na fé da Igreja.

O Batismo e todos os Sacramentos não são acontecimentos sociais, portanto, não se escolhe um padrinho ou madrinha pelo status social, por interesse, mas, por causa da sua boa formação de moral cristã, porque em falta dos pais os padrinhos assumem o dever de cuidar dos afilhados físico e espiritualmente.  

Porque os protestantes dizem que não se pode batizar crianças?

O erro protestante é achar que o Batismo cristão é o mesmo batismo de João. Não! O Batismo de João é prefiguração do Batismo cristão.

O batismo cristão é para tornar a pessoa filho de Deus, restituir a graça perdida pelo pecado original e tornar a pessoa membro da Igreja. Não tem nada a ver com o batismo de João Batista. Se uma família é cristã, se o casal é batizado os pais podem batizar os filhos grandes ou pequenos. Se for adulto deverá passar por uma preparação para receber o batismo. “Quem crer e for batizado será salvo!” (Mc16, 15-18) Crer é a primeira condição para que possamos aderir ao projeto de salvação de Deus. Por isso, o Evangelho de hoje nos propõe assumir a vida nova que Jesus Cristo veio nos trazer pela fé e conversão. Uma criança ainda não pode crer, mas, se é filho(a) de pais cristãos, os pais respondem pela fé da criança. Em Atos diz que quando os Apóstolos batizavam costumavam batizar a famílias inteiras, pois, era costume que se o Patriarca da família tomasse uma atitude, todo o restante da família aderia a ele. Portanto, é de supor que se o pai fosse batizado toda sua família seria, incluindo a esposa os outros adultos e também as crianças.

Quem afirmar que a Igreja só batiza crianças ou que só se deve batizar só adultos é mentiroso. Jesus não deixou um manual ou nenhuma orientação dizendo tal coisa. Apenas que anunciasse o evangelho e batizasse. Ora, se o batismo de crianças acontece, em primeiro lugar é porque de alguma forma o evangelho já chegou àquelas famílias e, por conseguinte, os pais são cristãos. Agora, se um adulto que se converteu desejar o batismo a este sim, o catecúmeno deverá passar por um processo que preparação antes de receber o sacramento. A Pastoral do Batismo cuidará de sua acolhida e da preparação necessária.

No caso das crianças, a Igreja prepara os pais para o Batismo. Quem cuida  é a Pastoral do Batismo. Depois, no futuro, a criança, o jovem e o adulto deverá será encaminhado para a Catequese na Paróquia ou na Comunidade em que pertence e com a ajuda dos catequistas darão continuidade à sua formação cristã para receber os demais Sacramentos. 

👇O que o Catecismo nos ensina sobre o Batismo? 👇

CIC  = Catecismo da Igreja Católica

O Batismo de crianças: (CIC - 1250,1251, 1252) – Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça  da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais assim privaram a criança da graça inestimável de se tornar filha de Deus, se não lhe conferirem o Batismo pouco depois do nascimento.

Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também a sua função de alimentar a vida que Deus lhes confiou.

A prática de batizar crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. É bem possível, porém, que, desde o início da pregação apostólica, quando “casas” (famílias) inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado crianças.   

O batismo pode ser apenas em nome de Jesus?

Não. O Batismo é feito em nome da Santíssima Trindade. O Pai, Filho e Espírito Santo.

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!” (Mt28, 19).

Está no Evangelho e se o batismo não for dado em nome das três pessoas da Santíssima Trindade não é válido. É por isso que a Igreja Católica não reconhece o batismo de algumas denominações. Porque não se pode batizar em nome de Deus, de Jesus ou do Espírito Santo. Simplesmente porque se fizer isso é idolatria, pois, Deus é um só em três pessoas e não três deuses. O Pai é Deus, Jesus é Deus, com o Espírito Santo é um só Deus. 

Antigamente o batismo era feito somente no dia da Vigília Pascal, isto é, no sábado santo após a sexta-feira da paixão. Depois passou a ser dado em outras épocas do ano.  

Imersão, aspersão ou derramamento de água?

Eis a dúvida... Os protestantes dizem que o batismo só pode ser por imersão baseado no batismo de João. E porque Baptizem significa mergulhar.  

Mas, o Batismo cristão não deixa claro uma maneira apenas de se batizar. Então a Igreja Católica aceita os três desde que seja obedecido o rito próprio.

 

CIC – 1214: Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: Batizar, baptizem em grego quer dizer “mergulhar”, “imergir”. O mergulho na água significa sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual Ele ressuscita como “nova criatura” (1Cor5, 17; Gl6, 15)

CIC – 1215: Este Sacramento também é chamado de “o banho da regeneração e renovação no Espírito Santo” (Tito 3, 15), pois ele significa e realiza este nascimento, a partir do Espírito, sem o qual

Ninguém “poderá entrar no reino de Deus” (Jo3,5).

CIC – 1216: “Este banho é denominado iluminação. Porque aqueles que recebem este ensinamento (catequético) têm o espírito iluminado... Depois de, no Batismo, receber o Verbo, “a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina” (Jo1,9), o batizado, “após ter sido iluminado”  se converte em “luz do Senhor” e em luz ele mesmo (Ef5,8)

O Batismo “é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus [...] Chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo e de tudo que existe de ais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que trazem; graça, porque é dado até aos culpados; batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é o sinal do senhorio de Deus.

CIC - 1253 / Fé e Batismo – O Batismo é sacramento de fé – a fé, no entanto, tem a necessidade da comunidade dos crentes. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas, um começo que deve se desenvolver. Ao catecúmeno ou ao seu padrinho é feita a pergunta: “Que pedes a Igreja de Deus?” E ele responde: “A fé!”

Em todos os batizados, crianças e adultos a fé deve crescer - (1254) após o Batismo. Por isso, a Igreja celebra a cada ano, na noite Pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.

CIC - 1255 – Para que a graça batismal possa se desenvolver, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira ação eclesial (“officium”). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.    

 

Na liturgia da Vigília Pascal, quando é benzida a água do batismo, a igreja recorda os acontecimentos da história da salvação que prefiguravam o Batismo.: “Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer conhecer a graça do Batismo”.

 

Desde a origem do mundo, a água, criatura humilde e admirável, é fonte de vida e fecundidade. A Sagrada Escritura a vê como “incubada” pelo Espírito de Deus.: “Já na origem do mundo, vosso Espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar”.

CIC - 1219 – A Igreja viu na Arca de Noé, uma prefiguração da salvação e do Batismo. Por ela, com efeito, “poucas pessoas, (08), foram salvas por meio da água – 1Pd3, 20: “Nas próprias águas do dilúvio, prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade”.

CIC - 1220 – Se a água de fonte simboliza a vida, a água do mar é um símbolo da morte, razão pelo qual o mar poderia prefigurar o mistério da Cruz. Por este simbolismo, o Batismo significa a comunhão com a morte de Cristo.

CIC - 221 – É sobretudo a travessia do mar vermelho, verdadeira libertação de Israel da escravidão do Egito, que anuncia a libertação operada pelo Batismo.: “Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo”.

CIC - 1222 – Por fim, o Batismo é prefigurado na travessia do rio Jordão, pela qual o povo de Deus recebe o dom da terra prometida à descendência de a Abraão, imagem da vida eterna. A promessa desta herança bem-aventurada realiza-se na Nova Aliança.

 

O Batismo de Jesus

 

CIC - 1223 – Todas as prefigurações da Antiga Aliança encontram sua realização em Jesus Cristo. ele começa sua vida pública depois de ter feito batizar por São João Batista, no rio Jordão. Após sua ressurreição, ele confere a missão aos Apóstolos: “Ide, pois, fazer discípulos em todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo que vos tenho ordenado!” (Mt28, 19-20).

 

CIC – 1224 – Nosso Senhor submeteu-se voluntariamente ao batismo de São João, destinado aos pecadores, para cumprir toda a justiça. Este gesto de Jesus é uma manifestação do seu “aniquilamento”. O Espírito que pairava sobre as águas da primeira criação desce então sobre Cristo, como prelúdio da nova criação e ao Pai manifesta Jesus como seu “filho amado”. – 1225, Com sua Páscoa, Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. Com efeito, já havia falado da paixão que ia sofrer em Jerusalém como de um “batismo”, com o qual deveria ser batizado. O Sangue e a água que escorreram do seu lado traspassado são sinais do Batismo e da Eucaristia, Sacramentos da vida nova. Desde então é possível “nascer da água e do espírito” para entrar no reino de Deus (Jo3,5).

“Vê quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da cruz Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. É nele que és redimido, é nele que és salvo e, por tua vez, te tornas salvador”.

 

O Batismo na Igreja 

CIC-1226 – A partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o Batismo. Com efeito, São Pedro declara à multidão impressionada com sua pregação: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo!” (At2, 38). Os apóstolos e seus colaboradores oferecem o Batismo a todos aquele que crê em Jesus: judeus, tementes a Deus, pagãos. O Batismo aparece sempre ligado à Fé. “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, como também todos de sua casa”. Declara São Paulo ao carcereiro de Filipos. O relato prossegue: “E, imediatamente foi batizado com ele todos os seus familiares” (At16,31-33).

 

CIC-1127 – Segundo São Paulo, o crente comunga, pelo Batismo, na morte de Cristo, é sepultado e ressuscita com ele:

“Batizados no Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados. Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que como Cristo foi ressuscitado dos mortos pela ação gloriosa do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova.” (Rm6, 3-4) 

 

Os batizados “vestiram-se de Cristo”. Pelo Espírito Santo o batismo é um banho que purifica, santifica, justifica.  1228 – O  Batismo é, pois, um banho de água no qual “a semente incorruptível” da Palavra de Deus produz seu efeito vivificante. Santo Agostinho diz do Batismo: “Accedit verbumad elementum, et fit Sacramentum” – Une-se a palavra ao elemento, e acontece o Sacramento.  

Pelo Batismo nos tornamos novas criaturas, filhos adotivos do Pai, participantes da sua natureza divina. Nos tornamos templos do Espírito Santo. Nos dá a graça santificante e a justificação que:

a)    Nos torna capaz de crer em Deus, de amá-lo por meio das virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade).

b)   Concede o poder de viver e agir movidos pelo Espírito Santo e por seus dons.

c)    Permite crescer no bem pelas virtudes moais, (sabedoria; prudência; justiça; fortaleza; coragem; liberalidade; magnificência; magnanimidade; temperança.)

Assim toda raiz sobrenatural do cristão está no Batismo. (CIC / 1265-1266).

 

Pelo Batismo Somos Incorporados ao Corpo de Cristo, Isto é na Igreja.

 

O batismo nos faz membros do Corpo de Cristo, isto é a Igreja. Cristo é o cabeça da Igreja e juntamente com todos os batizados formamos um só corpo. Das fontes batismais nasce um único povo, povo de Jesus Cristo. O povo da nova Aliança supera todos os limites naturais humanos. Portanto não há distinção de raça, cor e sexo, “fomos batizados num só Espírito e formamos um só corpo”. (1Cr12, 13) – tornamo-nos pedras vivas para a construção do reino de Deus participando com Cristo em seu sacerdócio real, somos o povo escolhido a nação régia  que ele a adquiriu por meio da sua morte na Cruz para nós proclamemos seus grandes feitos ele nos chamou das trevas para a luz. (1Pd2, 19) O batismo nos faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.

A partir do batismo o batizado não pertence a si mesmo mas a Jesus e, portanto, é chamado a submeter-se a Ele e servi-lo em comunhão com a Igreja sendo-lhe obediente e aos seus legítimos representantes com amor cumprir seus deveres de cristão e gozar também dos seus direitos como filhos de Deus e da Igreja de ser sustentado pela Palavra e pelos Sacramentos.

Todos têm o dever, pelo Batismo de professar a Fé que recebeu da Igreja e diante dos homens ser testemunhas vivas de Cristo e seu Evangelho e de participar da atividade missionária do povo de Deus. (CIC – 1270/1271/1272)

 

CIC - 1271 – O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos. Também com os que não estão em comunhão com a Igreja Católica.

“Com efeito , aqueles que creem no Cristo e foram validamente batizados acham-se em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja Católica [...]  Justificados pela fé no Batismo, são incorporados a Cristo e, por isso, com razão são honrados com o nome de cristãos e, merecidamente, reconhecidos pelos filhos da Igreja como irmãos no Senhor. “O Batismo constitui, pois, o vínculo sacramental da unidade que liga todos os que foram regenerados por ele.

CIC-1272 – Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado a Cristo. O Batismo sela o cristão com o sinal indelével (“charatcter’) de sua pertença a Cristo. Pecado algum apaga esta marca ainda que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação. Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado.

 

👉Ou seja, pelo Batismo todos somos irmãos independente de qual denominação religiosa pertençamos. O Batismo é conferido uma só vez e, por isso, não existe rebatismo. Se a pessoa foi batizada, ela está selada para sempre pelo Espírito Santo não há necessidade de batizar novamente.

1273 – Incorporados à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão. O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus, em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.

CIC-1274 – O “selo do Senhor” (“Dominicus charatcter”) é o selo pelo qual o Espírito Santo nos marcou “para o dia da redenção” Ef, 4, 30.

O Batismo é o selo da vida eterna. O fiel que tiver guardado esse selo até o fim, fiel às exigências do seu Batismo, poderá caminhar “marcado com o sinal da fé” e com a fé do seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus – consumação da Fé – e na esperança da ressurreição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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