domingo, 17 de dezembro de 2023

REFUTANDO ASACUSAÇÕES DE UM PASTOR PROTESTANTE SOBRE A VIRGEM MARIA. A sua Virgindade Perpétua, Sua Assunção, Sua Imaculada conceição. Maria teve ou não mais Filhos com José?

 

Caros irmãos em Cristo, paz e bem. 

Vi uma postagem de um vídeo no Facebook, do pastor Cláudio Duarte.

Esse é o mesmo pastor protestante que em uma de suas entrevistas disse ter inspirado nas pregações saudoso Padre Léo da Canção Nova. 

Só ficou na inspiração porque se tivesse mesmo tomado o exemplo do saudoso Padre Léo jamais poderia dizer tanta bobagem; na verdade se tornou a "cinderela às avessas". E muitos católicos ao escutar e ver suas pregações acham que ele está dizendo maravilhas. Inclusive, as palavras que ele diz ao elogiar Maria em alguns aspectos não tira dele o sentimento protestante de logo depois concluir que ele está certo e que nós católicos estamos errados porque para ele ou qualquer protestante Nossa Senhora continua sendo uma mulher qualquer. É como aquela mãe que na recusa do filho por aceitar a chupeta coloca mel ou açúcar para induzir e fazer o bebê aceitar. 

Essa atitude também foi usada por satanás quando tentou Jesus. Satanás não usou suas palavras para tentar Jesus. Satanás usou de má fé a Sagrada Escritura citando os Salmos. Assim os falsos profetas, os falsos pastores também tentam convencer as pessoas iludindo-as e persuadindo-as com frases e versículos paralelos da Escritura. Os menos entendidos, os que não procuram estudar ou beber da fonte segura que a Igreja oferece, inclusive pelo Catecismo são os que mais caem na lábia desses falsos mestres. 

"Pois virá o tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, segundo os seus próprios desejos, como quem sentindo um comichão nos ouvidos, se rodearão de mestres. Desviarão os ouvidos da verdade , orientando-se por fábulas". (2Tim4, 3-4).

Esse pastor tem arrastado muitas pessoas para ouvir e ver suas pregações das quais muitas contém heresias, erros que para nós Católicos são erros teológicos graves e que a uma pessoa de pouco conhecimento é capaz de semear a dúvida e induzir à pessoa a um conhecimento que não está de acordo nem com a Sagrada Escritura, nem com a Sagrada Tradição e nem com o que a Igreja ensina. 

Aqui quero chamar atenção de vocês para estar atentos pois, nem tudo o que ouvimos e vemos por aí daqueles que se acham os “donos da verdade” e que procuram de certa forma influenciar as pessoas pelas redes sociais não estão muitas vezes preocupados com a verdade evangélica, mas, em, arrastar seguidores e conseguir fama a qualquer custo.

No vídeo ele fala não aceita que Nossa Senhora seja Mãe de Deus porque "como pode Maria ser mãe de alguém mais velho que ela?" (...)   

O que ele não sabe em que o que ele chama de "puxa daqui e puxa dali" é só do lado dele porque do nosso lado, da nossa parte nós CATÓLICOS entendemos bem e nunca desmerecemos a pessoa da Virgem Maria e a temos grande apreço e a veneramos como nossa Mãe, Mãe de Deus e da Igreja tal como assim nos tem ensinado os Apóstolos e os pais da Igreja desde os primeiros séculos. 

Nós a amamos e a veneramos como o ser mais puro precioso que Depois de Deus veio à terra. Ela foi escolhida por Deus, sonhada por Deus e contribuiu com seu sim generoso em favor de toda a humanidade para sua salvação. Ela caminhou com Jesus, foi a mulher do silêncio "meditava e guardava todas as coisas no seu coração" Lc2, 19. O que Jesus sofreu na carne ela sofreu em seu coração. Ela é chamada de a Corredentora, porque ela ajudou a Deus no seu plano de redenção, caminhando com Jesus desde o seu nascimento até a Cruz. Quis participar deste mistério cumprindo o seu fiat generoso dado a Deus. (Lc1, 38) - Chamamos de a "plena de graça" porque assim Deus a escolheu como a bendita entre todas as mulheres porque em nenhuma outra criatura há tamanha benevolência e conforme ela mesmo disse "o Senhor fez em mim granes coisas" Lc1, 49 - por causa dele "todas as gerações me chamarão de bem aventurada!" - Lc1, 48 (...) Se veneramos Nossa Senhora, se a temos como nossa mãe e intercessora não é por causa dela mas, por causa dEle, seu filho Jesus Cristo. Nenhuma outra mulher pode ser Mãe de Deus e nenhuma outra teve o privilégio de ter um Deus lhe chamando de mãe. 

Se o pastor acha tão errado e não compreende que Maria seja Mãe de de Deus deverá rasgar a sua Bíblia. Porque a mesma Escritura atesta que: Na árvore do Éden, a mulher, Eva, corrompeu toda a humanidade pela desobediência a morte e o pecado entrou na humanidade ao comer o fruto da árvore do bem e do mal e dando a Adão, seu esposo. Gên3, 6-13. Por causa da desobediência de uma mulher perdemos a filiação de Deus. Por causa da desobediência de um homem Adão a humanidade caiu no pecado, por meio de um homem Jesus, pela sua obediência e sua morte na cruz, a humanidade foi salva. Na antiga criação Deus havia um homem e uma mulher, Adão e Eva. Na Nova Criação também há um homem e uma mulher Jesus e Maria - Jesus, o filho de Deus, chamado por São Paulo de o "novo Adão" salvou a humanidade por meio de um único e verdadeiro sacrifício. Maria chamada de a "nova Eva" pelo seu sim, pela sua obediência - Lc1, 38 - se tornando a serva obediente colaborou em tudo para a nossa salvação. Por isso lhe chamamos de Corredentora no sentido de que ela colaborou junto de seu filho e nosso Senhor Jesus Cristo para nossa salvação. Quem não entender isso não pode ser considerado cristão porque esta é a verdade contida na Sagrada Escritura.     

Na árvore da Cruz,  pela obediência de uma mulher, Maria, Jesus o Filho de Deus restaura-nos a condição de filhos e nos dá Maria por Mãe na figura de São João. (Jo19, 25-27) ; E no início da Igreja estava Maria presente junto aos Apóstolos, (At1, 12-14) no Cenáculo a espera do Espírito Santo.         

Por meio de Eva a perdição entrou no mundo; por meio de Maria a Salvação entrou no mundo. O que Eva fez desobedecendo, Maria fez obedecendo. São Paulo aplica as mesmas proporções a Jesus chamando-o de o "Novo Adão", para explicar que um um dia Adão pecou pela desobediência, Jesus salvou a todos pela obediência até a morte e morte de Cruz e por isso não há outro nome maior que não seja o nome de Jesus. (Fil 2,9) A teologia chama Maria de "Nova Eva", porque Cristo é o "Novo Adão". (1Cor15, 45-57)

Claro, que isto é uma linguagem figurada. Maria não é reencarnação de Eva e nem Jesus é reencarnação de Adão. É para nos fazer entender que tipo de missão ela teve ao aceitar ser a Mãe de Cristo obediente colaborou com a obra de redenção da humanidade e por isso, se tornou corredentora, ou seja,  participante com Cristo no mistério da Salvação;  ela aponta para Cristo, como em Caná diz: "fazei tudo o que ele vos disser". (Jo2, 5) Maria não atrai nossos olhares para si, mas ela nos aponta o caminho. Ela não ofusca a luz de Deus, pelo contrário, ela quer que essa luz brilhe cada vez mais em nós através de Jesus.            

Vou descrever a fala deste  pastor para que possamos entender e ver se isto está correto ou não de acordo com o que ensina a Igreja e a Sagrada Escritura: 

“Se tem uma coisa que odeio são as extremidades quando o assunto é Maria. Me perdoe os católicos aqui presentes e os protestantes também.”

“Porque pra mim são dois sem noção muitas vezes. O primeiro (os protestantes), porque quer dizer Maria não é ninguém: Ah Maria era uma mulher comum. Você é louco de dizer que Maria é qualquer uma? Maria foi a única mulher que pisou nessa terra e teve o privilégio de ouvir o Filho de Deus lhe chamar de mãe. Que história é essa? O anjo disse a ela: Salve, agraciada! O Senhor é contigo! Bendita és vós entre as mulheres”.

“Então estes protestantes ficam dizendo que Maria é qualquer uma vai ler a Bíblia meu filho!”

“Agora também os católicos. Maria não pode ser Mãe de Deus, gerou Jesus extraordinário não pecou quando se relacionou com José e não fez nenhum pecado. Porque ela não pode ser Mãe de Deus porque Deus é mais velho. Você só pode ser mãe de quem é mais novo. “DAANHHH”...

“Então é um puxando para um lado e outro, puxando para o outro. Maria pra mim foi a mulher mais importante que recebeu a melhor missão. A Moisés Deus entregou seu povo. A Davi Deus entregou seu reino. Aos profetas, sua palavra e a Maria e a José seu Filho.”

“Então lave sua boca antes de falar desse casal, se não sabe falar fica quieto; agora não bote no lugar também que não tá”...

Como lemos acima a fala do pastor, ele não está de todo errado. O que ele fala de Maria parece bonito, mas é um engodo; uma artimanha para causar boa impressão cativar a opinião das pessoas principalmente os católicos. Veja que quem agiu assim foi o diabo quando seduziu Eva a desobedecer a Deus usou de palavras de persuasão. O diabo é um lobo à espreita esperando a vítima. Ele age por sedução, mostra o mal como se fosse bom. Assim é a astúcia dos falsos profetas. Não sou eu que digo é o próprio Jesus que diz que "são lobos disfarçados de ovelhas". "Cuidado para que ninguém vos seduza!" (Mt, 24, 4) - "Não sigais  essa gente!"  (Lc21,8)    

Na postagem ele diz que os protestantes erram em dizer que Maria é uma mulher qualquer e que não é assim e que os protestantes devem agir, devem respeitar Maria, ler mais a Bíblia, etc. Até aí podemos concordar com ele. Mas qual é o propósito? Será que é mesmo com o propósito de fazer os protestantes enxergarem que estão agindo errado? 

Claro que não. O propósito deste senhor é acusar os cristãos católicos e dizer "olha vocês estão errados, Maria era especial mas, não era assim não, ela pecou, teve outros filhos, não é Mãe de Deus"... é uma acusação diferente, disfarçada de elogio, parece boa no início mas é maliciosa. É como se você entrasse no restaurante e pedisse ao garçom uma comida e ele trouxesse um macarrão ao molho, o macarrão está estragado, então o molho em cima está lindo, mas por baixo não é nada daquilo que você esperava, a comida vai para o lixo. Assim é a fala desse pastor nada mais que uma comida ruim, estragada apresentada com um belo molho por cima.        

Nós não podemos concordar, aceitar quando a Igreja é atacada em  pontos em que são contrários à nossa Fé, ao que a Igreja ensina e a Sagrada Escritura, pois,  aqui vamos esclarecer baseado na verdade e segundo nos ensina a Igreja por meio do Catecismo da Igreja Católica e da Sagrada Escritura: 

Maria é Mãe de Deus. Porque chamamos de Mãe de Deus?  

Quando o Pastor diz que nós católicos estamos errados porque dizemos e cremos e professamos que Maria é Mãe de Deus. Segundo ele estamos errados porque Maria não pode ser Mãe de alguém (Deus) que é velho.

A pergunta é: Onde e quando o pastor conseguiu contar a idade de Deus para saber se ele é velho ou novo? Então o Deus desse senhor não é o mesmo Deus das Escrituras porque o Deus das Escrituras é eterno não envelhece. O tempo, o calendário só existe para nós, as coisas criadas, não para Deus. Deus está além do nosso tempo. A Bíblia fala que Mil anos é para Deus como um dia. (2Pd3, 8) 

Quem é Deus? Deus é espírito, perfeitíssimo, eterno, criador do Céu e da terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis. Ele é nosso criador e nosso Senhor. Sendo eterno não tem princípio nem fim. Ou seja, para Deus não há contagem de tempo. O tempo só vale para a nossa realidade. A Bíblia quando vai explicar sobre a eternidade de Deus diz que "mil anos para Deus é como um dia e um dia para Deus é como mil anos". 

Quem é Jesus? Jesus é Deus; o Filho de Deus gerado não criado, é consubstancial ao Pai. Assim como o Pai é eterno. Ele é o alfa e o ômega. O princípio e o fim. Ou seja, Jesus e Deus Pai é a mesma pessoa. Assim,  professamos no Credo Niceno-Constantinopolitano: 

"Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, / de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, consubstancial ao Pai. / Por ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus".

Se Jesus é Deus, se ele e o Pai é a mesma pessoa, se Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, se Jesus é nascido do Pai antes de todos os séculos; isto significa que Jesus já existia antes de ser encarnado. Depois se encarnou no ventre de Maria, então o que Maria é senão ser a Mãe de Deus? 

Deus não tem princípio nem fim, ele é eterno. Não há contagem de tempo no que se refere a Deus porque ele existe desde toda eternidade (a eternidade não é algo a ser medido) e diante disso, não há noção de espaço e tempo de Deus. Ele é o antes, o agora e o depois. Assim ele se apresentou a Moisés no Sinai, "Eu sou o que sou", ou "Aquele que é", JAVÉ OU YAWEH. 

Então, Deus não é velho, nem novo, nem criança, nem adulto. É por isso que muitos santos tiveram a visão de Jesus Menino. Da mesma forma agem os anjos. Deus se manifesta do jeito que ele quer e da maneira que ele quer. 

Nosso Senhor Jesus Cristo quando se encarnou, ele veio dentro de nosso tempo assumiu a natureza humana exceto no pecado, sofreu as nossas fraquezas e para nos salvar aceitou morrer na cruz por nós e, como é Deus no terceiro dia ressuscitou e pelo seu próprio poder subiu ao Céu. 

E é por isso professamos que  Ele desceu dos céus e se encarnou no ventre de Maria. Para isso Ele a preparou como uma vaso limpo, casto e puro, sem mancha sem rachaduras do pecado para que pudesse habitar. Aqui, dentro de nossa realidade como homem ele viveu 33 anos.  

Gálatas 4, 4-5; “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, (ou seja o tempo de Deus), enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei, para resgatar os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial.”

Veja, a Bíblia nos ensina que Jesus que é Deus veio a este mundo nascido de uma Mulher para que pudéssemos receber a adoção filial. Aqui está a chave da questão. Por meio de Jesus nós recebemos a adoção filial. Então, Jesus Cristo que é Deus, desce ao nosso meio para nos dar a adoção filial. Somos filhos de Deus pela graça; se Jesus que é Deus, é o filho de Maria automaticamente ela se torna nossa Mãe por meio desta mesma graça. Jesus o Filho Unigênito de Deus é nosso “irmão” também pela Graça. E como Jesus é Deus com o Pai e o Espírito Santo ele é eterno. Se é eterno não podemos dizer que Deus é velho ou novo. Aliás, Jesus quando estava neste mundo cumprindo sua missão era jovem. 

Veja que a heresia de alguém que se diz "pastor" mas, não tem um mínimo de raciocínio para entender quem é a pessoa Jesus e porque chamamos Maria de Mãe de Deus. 

Se a base da crença cristã é que Jesus é o Filho de Deus e, portanto, é Deus junto com o Pai e o Espírito Santo. Se os protestantes também professam esta mesma fé de que Jesus se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria conforme atesta a Sagrada Escritura, e se cremos sem dúvida que O Filho é consubstancial ao Pai e assim participam da mesma natureza divina; se cremos que Jesus é o alfa e o ômega, o princípio e o fim conforme Ap1, 8, como podemos negar que Maria seja Mãe de Deus? Então com todo respeito o pastor Cláudio Duarte, ou ele é ingênuo demais ou desconhece a toda a base da Teologia cristã para negar essa verdade tão explícita pela Sagrada Escritura. 

Maria é Mãe de Deus. A própria Sagrada Escritura esclarece. Jesus sendo Deus é eterno. Em Gênesis, quando Deus criou o mundo,  na passagem que fala da criação do homem o texto da criação aparece no plural. Por quê?

Deus disse: "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança" - Gên1, 26 - que se pode entender? Que ali no ato da criação estava presente a  a "Santíssima Trindade" - Deus Pai,  Filho e Espírito Santo. Já ali, no início a Sagrada Escritura indica-nos a presença de Deus Uno e Trino na Obra da criação. E quando Jesus se fez homem no seio de Maria essa mesma natureza divina estava presente. Jesus não se tornou Deus depois, não! ele já era Deus quando se encarnou. O mesmo Deus que criou todas as coisas. É por isso que chamamos Maria de Mãe de Deus. Ela gerou Jesus que a Sagrada Escritura vai dizer ele é o Emanuel que significa "Deus conosco" e Ele encarnando-se recebeu o DNA de Maria, o seu sangue contém o DNA de Maria. Jesus não tem o DNA de José, porque José era seu pai adotivo. Mas, o DNA de Maria sim. Não é nenhuma heresia dizer que o Sangue de Cristo é o mesmo sangue de Maria, como sabemos cientificamente que o filho carrega em seu sangue o DNA da mãe. A natureza humana de Jesus recebeu seu DNA. O sangue de Jesus derramado por nós é o mesmo de sua Mãe. E como a pessoa humana e a pessoa divina do Filho de Deus é uma só como cremos, não podemos negar essa verdade. 

E quando Ele ressuscitou e subiu ao Céu foi de corpo, alma e divindade. Conforme ele mesmo se apresentou diante dos Apóstolos: "Vede minhas as mãos e os meus pés, sou eu mesmo, um espírito não tem carne e nem ossos..." (Lc24, 39) Ora, se Jesus ressuscitado de carne e osso está no céu e se cremos que ele é Deus logo, a própria Bíblia atesta Maria é mãe de Deus. Porque ele quis assim, quis se encarnar, vir a esse mundo assumir a natureza humana e ao mesmo tempo sendo divino ter Maria por mãe conforme ele mesmo escolheu. As duas naturezas do Verbo não se separam. MARIA é mãe de Deus Filho. 

"Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo". (Lc1, 32)            

Nós professamos que Jesus Cristo é Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Não só os cristãos católicos, mas, os outros cristãos inclusive os evangélicos professam essa mesma verdade. Se Jesus é Deus e ele nasceu de uma mulher (Maria), logo, Maria é mãe de Deus. Porque Maria gerou Jesus no todo, isto é, a pessoa divina e a pessoa humana de Jesus Cristo foi colocado no seu ventre santo. Não existe separação. Se dissermos que Maria só concebeu Jesus somente na estrutura humana, excluímos a divindade existente do Verbo Encarnado. Negando assim, a encarnação de Cristo e isso é uma heresia grave. Jesus se encarnou com o seu todo o humano e o todo divino. Por outro lado, como cremos, Maria gerou Jesus, Deus e homem ao mesmo tempo, logo, não é difícil compreender que ela é Mãe de Deus

Tanto católicos, quanto protestantes professam essa verdade "Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus!"  - note a falta de conhecimento teológico por parte de alguns que se dizem ser "pastores", mas, agem com preconceito ou ignorância no que se refere a esta verdade que é a base da fé cristã. 

Dizer que Maria é uma mulher qualquer e que ela não é a Mãe de Deus é o mesmo que subestimar a vontade e a sabedoria de Deus que assim o quis e fez desde o princípio. Negar esta verdade é ir contra a Sagrada Escritura. Porque não foi a Igreja quem inventou isso, é o que a Bíblia diz. E se um protestante, que diz que a Bíblia (pela sola Scriptura) é a única fonte de fé, negar esta verdade que nela está escrita não é cristão, é mentiroso e está enganando a si mesmo. 

👉Não se trata de endeusar Maria. Mas, de dar a ela o lugar que o próprio Deus lhe deu desde o princípio. Aos nossos olhos ela é uma criatura, aos olhos de Deus ela é muito mais do que isso. Tanto que foi escolhida por excelência. Maria é a única que foi salva por antecipação da graça divina pelos méritos de Jesus Cristo. Ela ocupa no Céu um grau de santidade maior que os demais não pelos seus privilégios, mas, pelo privilégio especial de Deus que a quis ter por mãe. Guarde isso. A Igreja reconhece o imenso valor e a graça por excelência que Deus Pai deu a ela e dá-lhe especial veneração. A este apreço em especial chamamos de hiperdulia

Diriam alguns: “Ah! Mas a Bíblia não diz que Maria é mãe de Deus”. Quem diz isso desconhece a Sagrada Escritura.  

Em primeiro lugar em Lc1,28 ela é chamada de agraciada pelo próprio anjo. Porque Deus estava com ela "bendita és tu entre as mulheres!" assim diz o anjo Gabriel. Mas, ela não se fez bendita por si só. É bendita porque Bendito é aquele que é o fruto do teu ventre, Jesus. É por causa de Jesus, é pela graça do Espírito Santo (Lc1, 35) que Maria é bendita entre todas as mulheres. É por causa de Jesus que ela é Mãe de Deus. (Lc1, 32) 

Depois da visita do anjo Gabriel, qual a primeira pessoa que chamou Maria de Mãe de Deus? Foi Santa Isabel, prima de Nossa Senhora.

Lc1, 36:38-45 – Depois que o anjo Gabriel anunciou a Encarnação ele disse: “Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice já está no sexto mês aquela que é tida por estéril” (...) Maria foi às pressas para a casa de Isabel e, chegando lá ao ouvir a saudação de Maria, seu filho João estremeceu de alegria no ventre de Isabel e ela cheia do Espírito Santo exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. De onde me vem esta honra de receber a mãe do meu Senhor? Pois logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Bem aventurada és tu que creste, pois hão de se cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.   

Os judeus não pronunciam o nome de Deus. Eles chamam a Deus de Senhor, (YHWH · Elohim · El · Adonai · Ehiyeh-Asher-Ehiyeh · HaShem · Yah · YHWH Tzevaot ...) não ousam pronunciar o nome de Deus para não pecar contra o 1º Mandamento. Santa Isabel chama Maria de “A Mãe do meu Senhor”, ou seja, a Mãe de Deus. Mas, quem na verdade fez esta afirmação foi o Deus Espírito Santo pela boca de Santa Isabel. Ele por meio das palavras de Isabel a chamou de Mãe.  

Veja, meus irmãos, que o pensamento protestante a respeito de Maria é limitado, pobre e preconceituoso. Muitos leem a bíblia e só tiram dela apenas lhes interessa. Versículos isolados sem contexto. Como o pastor Claudio Duarte bem disse “Maria deve ser respeitada, ela é isso, é aquilo...” Mas, quando se trata de reconhecer que ela realmente é a Mãe de Deus, (...) aí não, aí está errado porque se aceitar isso deixará de ser protestante. Aliás, protestante até certo ponto porque nem Martinho Lutero discordava dessa verdade contida na Sagrada Escritura. A treta de Martinho Lutero com a Igreja, para quem estuda a história da reforma protestante se deu em sua maior parte, não por causa de doutrina, mas, por causa política e divergências na forma de viver do clero. Depois, Lutero consolidou sua doutrina, mas, algumas verdades fundamentais da Fé ele as conservou.

Como disse, não endeusamos Nossa Senhora, mas, a tratamos com o respeito sublime que lhe é merecido sendo a qual Deus a tratou em primeiro lugar. Se alguém achar exagero a forma com que nós católicos veneramos Nossa Senhora, escandalizar-se-á da forma majoritária com que o próprio Deus a tratou desde o seio de Ana, sua mãe fazendo-a nascer imaculada e preservando-a da corrupção carnal antes, durante e depois do parto. Nela não há mancha, não há pecado porque Deus colocou nela a Graça por excelência. “Ave cheia graça o Senhor é contigo!” disse o anjo Gabriel – Lc1, 28.     

Para entender a Maternidade de Maria como “Mãe de Deus” temos que entender e deixar claro quem é a pessoa de Jesus.

O CIC - Catecismo da Igreja Católica nos ensina que: 

Nós cremos que Jesus Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.

O acontecimento único e totalmente singular da Encarnação do Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que el seja em parte confusa entre o divino e o humano. Ele se fez verdadeiramente homem, pemanecendo verdadeiramente Deus. Jesus Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. A Igreja teve que clarificar esta verdade no discurso dos primeiros séculos, diante das heresias que a falsificavam.

As primeiras heresias negavam a humanidade verdadeira de Cristo mais do que sua divindade (docetismo gnóstico). Desde os tempos apostólicos, a fé cristã insistiu na verdadeira encarnação do filho de Deus, “que veio na carne”. No Séc. III porém, a Igreja teve que afirmar contra Paulo de Samósata, em um Concílio realizado em Antioquia, que Jesus Cristo é filho de Deus por natureza e não por adoção. O I Concílio Ecumênico de Nicéia, em 325, confessou em seu Credo que o Filho de Deus é “gerado, não criado, consubstancial ao Pai (homousios). E condenou Ário, o qual afirmava que “o Filho de Deus veio do nada e que ele seria uma substância diferente do Pai.

A Heresia nestoriana via em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa divina do Filho de Deus. Diante desta heresia, São Cirilo de Alexandria e o III Concílio Ecumênico, reunido em Éfeso, em 431, confessaram que “o Verbo, unindo a si, em sua pessoa, uma carne animada por uma alma racional, tornou-se homem. A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que assumiu e a fez desde a sua concepção. Por isso o Concílio de Éfeso proclamou em 431, que Maria tornou-se verdadeiramente Mãe de Deus (em grego: Θεοτόκος; romaniz.: Theotókos ), pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio : “Mãe de Deus não porque o Verbo tirou dela a natureza divina, mas, porque é dela que ele tem um corpo sagrado, dotado de uma alma racional, unido na qual, na sua pessoa se diz que o Verbo nasceu segundo a carne”. (CIC 464, 465, 466).

Então quando dizemos que Maria é Mãe de Deus estamos nos referindo diretamente a Deus na pessoa do Filho. Mas, o Filho e o Pai é um único Deus. Ele é o Alfa e o Ômega. Aquele que É, quem vem, o Todo-Poderoso. (Apoc1, 8). Então, nesse sentido Maria é Mãe de Deus.

A Palavra de Deus em Lucas1, 39-45; Isabel saúda Maria com os dizeres: “Bendita és tu entre todas as mulheres, bendito é o fruto do teu ventre!” “De onde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?(...)”

Os judeus não ousavam pronunciar o nome de Deus. Eles tinham um grande temor quanto ao primeiro Mandamento “não pronunciarás o nome de Deus em vão”; então Isabel se pronuncia dizendo “a mãe do meu Senhor”. Quem é o Senhor que Isabel está referindo? Ela se refere ao próprio Deus Javé. Logo, ela chama Maria de Mãe de Deus, Mãe do meu Senhor. Assim a Palavra de Deus atesta e confirma aquilo que o pastor não foi capaz de entender ao acusar os católicos de tê-la chamado assim. Nós assim a chamamos porque a Escritura primeiro a chamou: “Mãe do meu Senhor”. 

Ou seja, Isabel cheia do Espírito Santo proclamou essa realidade desde os primórdios Maria é Mãe de Deus e esse é o primeiro a maior título que ela recebe não como um mero fato, mas, como uma verdade em que sendo Jesus Deus e homem ao mesmo tempo ela não é apenas mãe do humano, mas é mãe do divino. E é por meio dela que chegou a Salvação para nós. E é nela que o Filho de Deus habitou em primeiro lugar. 

Perceba, meus caros, que o pastor mesmo se contradiz ao afirmar que Deus entregou à Maria e José seu Filho. Esqueceu de dizer que Deus os entregou seu Filho por completo não em duas naturezas separadas, mas, os entregou seu Filho verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Não pode haver, nesse caso, separação das naturezas do verbo e, portanto, Maria é Mãe de Deus. Tanto é, que o sangue de Jesus contém os mesmos cromossomos de sua mãe. Durante os 9 meses em que Jesus ficou no ventre de Maria ele recebeu toda a formação que um ser humano normal pudesse receber através do cordão umbilical como todo bebê recebe até o nascimento. Maria foi mãe,  gerou, cuidou, educou Jesus, com o auxílio de José. Ela e José cuidaram do Filho de Deus. O Espírito Santo a cobriu com seu poder (Lc1,35). O anjo disse: "O santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus" . 

Agora que aprendemos sobre a Maternidade de Maria e porque ela é Mãe de Deus podemos responder, sim, ela é Mãe de de Deus, porque Jesus Cristo é Deus.

Os primeiros cristãos, bem antes da Igreja definir esse título como verdade de fé já acreditavam e veneravam Nossa Senhora e a tinham em grande apreço recorrendo-lhe às orações, louvores e súplicas. Desde os Apóstolos até os santos padres e até nos nossos dias. 

Agora que estudamos e aprendemos sobre a Maternidade divina de Nossa Senhora vamos aprender também sobre outros dogmas da nossa Fé. A Imaculada Conceição, a Assunção de Maria.

 

A IMACULADA CONCEIÇÃO OU CONCEPÇÃO

 

A Igreja Católica celebra no dia 08 de dezembro a festa solene da Imaculada Conceição de Maria.

O que isso significa?

Significa que a Igreja proclamou como verdade de fé que Nossa Senhora foi concebida sem pecado. Ou seja, Maria concebida sem a mancha do pecado. Maria foi preparada desde a concepção no útero de Ana para ser no futuro a mãe de Deus Filho. Uma entre todas foi a escolhida. A mais pura, a mais simples e ao mesmo tempo a linda criatura perfeita que Deus escolheu para vir por ela a este mundo. 

Deus Pai desde o princípio escolheu entre todas as mulheres de seu povo, o povo judeu uma em especial. Em seu plano de salvação da humanidade já muito antes desde a queda dos nossos primeiros pais Deus já havia pensado, moldado e escolhido aquela que seria a Mãe do Salvador. Por isso o Anjo Gabriel ao saudar Maria disse “Ave, cheia de graça!” E Isabel conclui “Bendita és tu entre todas as mulheres!” E por quê? No mesmo versículo vem a resposta: Porque “bendito é o fruto do teu ventre!” - Bendito é o que está no ventre de Maria, o Messias, o Cristo Salvador. (Lc1, 28:42)

Porque era necessário Maria não ter pecado? Porque o filho de Deus que é Santo não podia nascer de um útero maculado. Deus é perfeito e Santo e exige tudo santo para si. Por isso Maria foi isenta de pecado desde a concepção.  

 Sua mãe Ana concebeu Maria, porém, Deus pelos Méritos antecipados da Salvação tornou Maria livre da mancha do pecado original e fez dela santa para receber o Santo dos Santos Nosso Senhor Jesus Cristo. Logo, ela se torna o templo e ao mesmo tampo seu ventre onde vem habitar o Verbo de Deus se torna a Arca da Aliança fazendo Deus ali sua morada.

Não podia ser qualquer pessoa, qualquer uma. Deus não escolhe coisas impuras. Desde o Antigo Testamento Deus aceita somente as coisas puras. Desde os objetos até os animais para os sacrifícios deviam ser puros. O Templo, a Arca os utensílios de culto tudo da melhor qualidade. Assim Deus fez de Maria aquele vaso puro e imaculado para ser gerado seu Filho Unigênito.

Assim Nossa Senhora foi concebida sem pecado.

 

O Catecismo de Igreja Católica ensina:

490. Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria “foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão”. O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus.

491. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, “cumulada de graça” por Deus, tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, procla­mado em 1854 pelo Papa Pio IX:

“Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição”.

Devido à forma de redenção que foi aplicada a Maria no momento de sua concepção, ela não só foi protegida do pecado original, mas também do pecado pessoal. O Catecismo explica:

493. Os Padres da tradição oriental chamam ã Mãe de Deus “a toda santa” (“Panaghia”), celebram-na como “imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida. Ou seja, Maria nunca pecou.

Quer dizer que Maria não precisava que Jesus morresse por ela na cruz?

Não. O que dissemos é que Maria foi concebida imaculadamente como parte de seu ser “cheia de graça” e assim “redimida desde a sua conceição” por “uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano”. O Catecismo afirma:

492. Este esplendor de uma “santidade de todo singular”, com que foi “enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição”, vem-lhe totalmente de Cristo: foi “remida de um modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho”. Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a “encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Ef 1, 3). “N’Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença” (Ef 1, 4).

508. Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe do seu Filho. “Cheia de graça”, ela é “o mais excelso fruto da Redenção”. Desde o primeiro instante da sua concepção, ela foi totalmente preservada imune da mancha do pecado original, e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo da vida.

O paralelo entre Maria e Eva

Adão e Eva foram criados imaculados – sem pecado original ou sua mancha. Ambos caíram em desgraça e, através deles, a humanidade estava destinada a pecar.

Cristo e Maria também foram concebidos imaculados. Ambos permaneceram fiéis e, através deles, a humanidade foi redimida do pecado.

Jesus é o novo Adão e Maria, a nova Eva.

O Catecismo diz:

494 …“ Como diz Santo Irineu, ‘obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano’. Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que ‘o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé’; e, por comparação com Eva, chamam Maria a ‘Mãe dos vivos’ e afirmam muitas vezes: ‘a morte veio por Eva, a vida veio por Maria’”.

Aqueles que morrem na amizade com Deus e assim vão para o céu serão libertados de todo pecado e mancha de pecado. Assim, todos voltaremos a ser “imaculados” (latim, immaculatus = “sem mancha”), se permanecermos fiéis a Deus. Mesmo nesta vida, Deus nos purifica e prepara em santidade e, se morrermos na sua amizade, mas ainda imperfeitamente purificados, Ele nos purificará no purgatório e nos tornará imaculados de novo. Ao dar a Maria esta graça desde o primeiro momento de sua concepção, Deus nos mostra uma imagem de nosso próprio destino. Ele nos mostra que isso é possível para os seres humanos através da sua graça. São João Paulo II disse: “Contemplando este mistério numa perspectiva mariana, podemos afirmar que ‘Maria é, ao lado do seu Filho, a imagem mais perfeita da liberdade e da libertação da humanidade e do cosmos. É para ela, pois, que a Igreja, da qual ela é mãe e modelo, deve olhar para compreender, na sua integralidade, o sentido de sua missão’”.

“Fixemos, então, o nosso olhar sobre Maria, imagem da Igreja peregrina no deserto da história, mas dirigida para a meta gloriosa da Jerusalém celeste, onde resplandecerá como Esposa do Cordeiro, Cristo Senhor”.

Era necessário para Deus que Maria fosse imaculada na sua concepção para que pudesse ser Mãe de Jesus?

Não. A Igreja fala apenas da Imaculada Conceição como algo que era “apropriado”, algo que fez de Maria uma “morada apropriada” (ou seja, uma moradia adequada) para o Filho de Deus, não algo que era necessário. Assim, em preparação para definir do dogma, o Papa Pio IX declarou:

“…e, por isso, afirmaram (os Padres da Igreja) que a mesma santíssima Virgem foi por graça limpa de toda mancha de pecado e livre de toda mácula de corpo, alma e entendimento, que sempre esteve com Deus, unida com ele com eterna aliança, que nunca esteve nas trevas, mas na luz e, de conseguinte, que foi aptidíssima morada para Cristo, não por disposição corporal, mas pela graça original”.

“Pois não caía bem que Aquele objeto de eleição fosse atacado, da universal miséria pois, diferenciando-se imensamente dos demais, participou da natureza, não da culpa; mais ainda, muito mais convinha que como o unigênito teve Pai no céu, a quem os serafins exaltam por Santíssimo, tivesse também na terra Mãe que não houvesse jamais sofrido diminuição no brilho de sua santidade “.

O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 1854 na Bula Inefffabilis Deus.

FRASES SOBRE A IMACULADA CONCEIÇÃO

Inúmeros foram os Santos e os Papas que falaram sobre o dogma da Imaculada Conceição. Confira alguns desses pensamentos:

01 – “Não seria conveniente que uma virgem puríssima e sem mácula se pusesse ao serviço deste plano misterioso? E onde encontrar essa virgem senão nesta mulher única entre todas, eleita pelo criador do universo antes de todas as gerações?”. (Santo André de Creta)

02 – “Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ò Virgem bendita e mais que bendita, pela tua benção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!”. (Santo Anselmo)

03 – “Tu, está escrito, surges com beleza (Sl 44,14); e teu corpo virginal é todo santo, todo casto, todo morada de Deus”. (São Germano de Constantinopla)

04 – “Sim, Ela é a Mãe de Deus, Maria de nome divino, cujo seio deu à luz o Deus encarnado, que Se havia preparado de modo sobrenatural para ser um templo”. (Santo André de Creta)

05 – “Imaculada Conceição, purifique meu coração para que eu possa melhor amar a Deus!”. (São Pio)

10 – “Prestamos homenagem a Maria Santíssima preservada desde o primeiro instante do contágio da culpa original e de toda a sombra de pecado, em virtude dos méritos de seu Filho Jesus Cristo, nosso único Redentor”. (São João Paulo II)

11 – “Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que Te agraciou, ó Virgem de Nazaré, com todas as bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele, foste concebida imaculada! Escolhida para seres Sua Mãe, n’Ele e por Ele foste remida mais que todos os outros seres humanos!” (São João Paulo II)

12 – “Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição”. (Beato Pio IX)

13 – “Deus escolheu-a desde o princípio, desde o primeiro momento da conceição, tornando-a digna da maternidade divina, para a qual no tempo estabelecido seria chamada”. (São João Paulo II)

14 – “A augusta Mãe de Deus, imaculada na concepção, virgem inteiramente intacta na divina maternidade, generosa companheira do divino Redentor, que obteve pleno triunfo sobre o pecado e suas consequências, alcançou ser guardada imune da corrupção do sepulcro, como suprema coroa dos seus privilégios”. (Papa Pio XII)

15 – “A Virgem Maria, beneficiou antecipadamente da morte redentora do seu Filho e desde a concepção foi preservada do contágio da culpa. Por isso, com o seu Coração imaculado, Ela diz-nos: confiai-vos a Jesus, Ele salvar-vos-á”. (Papa Emérito Bento XVI)

6 – “Na concepção imaculada de Maria somos convidados a reconhecer a aurora do novo mundo, transformado pela obra salvífica do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. (Papa Francisco)

17 – “Preservada da herança do pecado original, foste concebida e vieste ao mundo em estado de graça santificante. Cheia de graça!”. (São João Paulo II)

18 – “No meio das provações da vida e sobretudo das contradições que o homem experimenta dentro de si e à sua volta, Maria, Mãe de Cristo, diz-nos que a Graça é maior que o pecado, que a misericórdia de Deus é mais poderosa que o mal e sabe transformá-lo em bem”. (Papa Emérito Bento XVI)

19 – “Virgem Santa e Imaculada, que sois a honra do nosso povo e a guardiã solícita da nossa cidade, a Vós nos dirigimos com amorosa confidência. Toda sois Formosa, ó Maria! Em Vós não há pecado”. (Papa Francisco)

20 – “Na tua Imaculada Conceição resplandece a vocação dos discípulos de Cristo, chamados a tornar-se, com a sua graça, santos e imaculados no amor”. (Papa Emérito Bento XVI).

 

A ASSUNÇÃO DE MARIA AO CÉU

 

 Outro Dogma proclamado pela Igreja é a Assunção de Nossa Senhora, cuja festa celebramos no dia 15 de agosto.

 Considera que Maria Santíssima depois de ter cumprido sua missão neste mundo morreu e foi assunta (levada) para os Céu.

 Nossa Senhora morreu mas, seu corpo não conheceu a corrupção pois pelos Méritos de Cristo, seu corpo foi levado ao céu juntamente com sua alma onde desde já ela conta com a glória da ressurreição. Coroada como rainha dos céus e da terra.

Jesus sendo Deus ressuscitou e subiu ao Céu (Atos1, 9) por seu próprio poder. Chamamos esse fato de Ascenção.

No caso de Nossa Senhora, ela como criatura foi levada pelos anjos até o Céu. Chamamos esse fato de Assunção. Nossa Senhora morreu como toda criatura, porém pelos méritos de seu Filho Jesus Cristo e por não ter pecado seu corpo não pode reconhecer a corrupção e foi dado a ela por antecipação da Graça de Cristo a Ressurreição onde no céu participa da Glória junto de seu Filho.

Para um protestante isso é muito difícil de crer já que eles não consideram nem o fato da santidade de Nossa Senhora no que se refere à sua virgindade perpétua dizendo que ela foi uma mulher qualquer, inclusive teve outros filhos o que é uma mentira.

Nós católicos temos esta certeza porque além de ser uma verdade proclamada pela Igreja, nas aparições da Virgem Maria ao longo da História ela tem se manifestado e numa dessas aparições ela mesmo diz “Eu sou a Imaculada Conceição”.

 No ano de 1858 antes mesmo de ser proclamado o dógma da Imaculada Conceição, Nossa Senhora apareceu em Lourdes na França à Bernadete Sobirous (hoje Santa Bernadete), e tendo respondido a uma das várias perguntas que o pároco tinha formulado para ter a certeza que era mesmo a Virgem Maria que tinha aparecido madou que se perguntasse o nome daquela senhora. Bernadete trouxe a resposta: Ela disse: “Eu sou a Imaculada Conceição!” - Bernadete era analfabeta e não conhecia a teologia, estava iniciando ainda no estudo do catecismo. Não podia formular uma resposta teológica na qual somente os padres e os grandes estudiosos da época podiam entender. O Padre perguntou à Berbadete se ela sabia o que estava dizendo e ela disse que não tinha conhecimento do que significava.

Essa foi uma resposta e uma confirmação às dúvidas que a Igreja ainda tinha sobre a Imaculada Conceição de Maria. Nossa Senhora veio dar a resposta diretamente à Igreja.

 

Maria teve outros Filhos?

Os protestantes dizem que Maria após ter gerado Jesus levou uma vida normal com José e teve mais filhos. Mas isso é verdade? Jesus teve outros irmãos?

Não é verdade. Na cultura hebraica, os judeus chamavam os parentes e até mesmo os compatriotas de irmãos.

Os protestantes usam o texto de para dizer que Maria teve mais filhos e que depois de conceber Jesus ela seguiu uma vida normal com José. Porém o Novo Testamento não menciona nada a respeito. Inclusive nos dá pista que Maria teve apenas um filho que foi Jesus Cristo.

 O Evangelho de São João é o que narra de forma mais longa os acontecimentos da paixão de Cristo com muitos detalhes importantes. Um deles vai tratar do momento da crucifixão onde Maria se encontra aos pés da cruz juntamente com suas tias e Maria Madalena.

Essa explicação que vou deixar aqui é tirada de uma homilia do Padre Cristian, da Diocese de Divinópolis MG. Porém, não escrevi toda a homilia apenas os pontos mais importantes para explicar como é fácil desmentir as acusações dos protestantes e a falsa afirmação de que Maria teve outros filhos.

 

Assim explica Pe. Cristian:

 

“Um texto fora do contexto ele se torna pretexto para confundir os outros. Muitas vezes a pessoa decora um versículo e outro solto ficam vomitando versículo como se fosse doutores em Sagrada Escritura mas, as pessoas não sabem fazer esta ligação dos versículos. Para entendermos a Bíblia, para entender o que um texto está dizendo você precisa descobrir o “fio de ouro” e o áureo que é aquilo que vai conduzir todo o escrito. Porque uma cena fora do contexto causa confusão.” (...) “Para esclarecer a dúvidas de algumas pessoas que estão curiosas com talvez livros, filmes ou novelas que vem ilustrar a vida de Jesus e que vão passando coisas que você não aprendeu que era assim e que você não acredita que é assim. Aí causa confusão na mente das pessoas. Quem está mentindo? É o Padre, a Bíblia, é a novela? ... Aí vem aqueles que não sabem, perdidos e dizem: Ah mas não é, mas se fosse que problema tinha? É para não ter discussão porque eles não sabem . Como não sabem é melhor não entre nessa, como não sei então não é, mas se fosse não tinha problema. Só que aqui tem uma questão: A Igreja e a Teologia, a exegese e a hermenêutica católica não lida com fato antes dele acontecer. São todos a posteriori. Então, o que a Igreja tem não é o que podia ter acontecido é o que aconteceu. Aí eles (os protestantes) vem com tal pergunta e o católico cai como banana podre.”

“Quem foi a mãe de Jesus? O católico responde: Maria. Mas o que ela tem de especial? Daí responde: Ela é santa, Deus a escolheu. E se Maria tivesse dito não, Jesus não tinha vindo? A pessoa responde: Não. Aí ele tinha achado outra pessoa, outra mulher. E se a pessoa diz: Aí Jesus tinha vindo. Então Maria não é importante, importante é que Jesus veio, se ela dissesse não procurava outra. Essa é uma tese protestante que não tem lógica porque o fato é que uma entre todas foi escolhida, o nome da virgem era Maria e ela disse sim. Esse é o fato concreto bíblico. (...) A diferença Básica para os protestantes Maria é uma mulher como as outras. Ela não tem nada de especial por ter sido a mãe de Jesus. Ela é especial porque foi a Mãe de Jesus, mas, não tem nada que difere das outras. Qual que é a tese católica? Maria foi preparada no útero de Ana para ser a Mãe do Salvador. Tanto é que um dogma da Mariologia é a Imaculada Conceição. É pelos méritos daquele que ela geraria que Jesus vai dizer que se conhece o fruto pela árvore. Uma árvore má não pode dar frutos bons, uma árvore boa não pode dar frutos ruins, isso é bíblico. Isabel vai dizer que bendita é a mãe e bendito é o fruto dela. Se o fruto é bendito, é santo, é porque a árvore é bendita, é santa. Porque uma árvore pecadora não poderia dar um fruto bendito. Por isso que Maria foi preservada do pecado original pelos méritos de Jesus Cristo. Aquilo que Deus tinha para a humanidade toda é concentrado em Maria para que através dela viesse o Verbo e através dele a Salvação voltasse a todos. Se Maria fosse uma mulher qualquer Jesus seria um homem qualquer e aquele que morreu na cruz não podia salvar ninguém porque quem pecou foi o homem e somente o homem podia pagar pelo seu pecado. Mas, o homem não podia remir o homem, tinha que ser Deus, mas Deus não podia morrer na cruz porque quem pecou foi o homem. O que Deus faz? Ele une em Jesus a divindade e a humanidade, por isso Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus nascido da Virgem Maria. Quando nós falamos Santa Maria Mãe de Deus, não é mãe de Deus Pai, mas Mãe de Deus Filho. Jesus é o Emanuel, não é o Deus em si mas o Deus- Conosco, Deus encarnado. Maria é Mãe de Deus Filho. E se a pessoa disser que não aceita isso é um herege porque o adocionismo é uma heresia. Onde Maria gera o homem Jesus e Deus depois o adota como filho aí Jesus não é Deus é um adotado, aí não pode salvar ninguém. É uma heresia que destrói a Salvação. Maria é a Mãe do Senhor e ela foi escolhida para isso por Deus Pai. E porque ele a escolheu: 1) O Arcanjo Gabriel a saúda Ave, cheia de Graça. Encontraste graça diante de Deus; 2) Isabel vai completar: ‘De onde me vem a honra de receber por visita a mãe do meu Senhor!’ 3) Maria vai responder: ‘O Todo-poderoso fez em mim grandes coisas (...) e que doravante todas as gerações a chamarão de Bem-aventurada’.

 

Ora, se alguém conhecer alguém que conheça melhor do que o Arcanjo siga essa pessoa e despreza aquilo que o Arcanjo fez. Porque o Arcanjo a saúda, se inclina perante ela e vai dizer a ela “Deus te escolheu”. Se um arcanjo desce do Céu a mando de Deus para dizer que ela foi escolhida não há como dizer que Maria é uma mulher qualquer. Ele além de trazer a mensagem de Deus para Maria traz também a mensagem de que ela seria assistida pelo Espírito Santo.

Isabel recebendo a visita de Maria fica cheia do Espírito Santo ela diz “de onde me vem a graça de receber em minha casa a mãe do meu Senhor, pois, logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos a criança (João) pulou de alegria em meu ventre”.

Ela não chama Maria de prima, embora fossem parentes, mas, diz “a mãe do meu Senhor”, ela não é apenas uma prima qualquer, mas aquela visita trazia à sua presença, à sua casa a Mãe do Senhor que ela já carregava em seu ventre. É o Espírito Santo que fala pela boca de Isabel. É ele que inunda de graça aquele encontro.

Quando Nossa Senhora de Guadalupe apareceu ao índio Juan Diego e disse, quando interrogada pelo índio a pedido do bispo ela disse: “Sou a Virgem Santa, Mãe de Deus Encarnado”. Porque ela disse difícil assim? Porque o bispo não acreditaria no índio se ela não falasse alguma coisa que só o bispo soubesse. Naquela época os estudiosos eram os padres e os bispos o povo não entendia essas questões teológicas difíceis, muito menos um índio que nem cristão era. Nunca tinha ouvido falar de Maria.

Quando Jesus se perde no templo e José e Maria voltam para buscá-lo não existe nenhum relato de que algum irmão de Jesus fosse junto procurá-lo. Porque a família toda deveria subir à Jerusalém, mas o texto diz apenas que foram à Jerusalém apenas José, Maria e o Menino Jesus. Como que essa família toda vai para esta festa e não se tem nenhum relato de irmãos?

Nas bodas de Caná, os convidados eram Jesus, Maria e os discípulos não se fala de família, porque não se sabe ao certo mas é provável que José tenha morrido entre o período depois da perca de Jesus e seu batismo. E a história vai dizer que Maria ficou só com Jesus. O texto das bodas de Caná também não menciona que os irmãos de Jesus foram convidados. Se Jesus tivesse tido irmãos o anfitrião teria cometido tal desfeita em convidar Maria, Jesus e os discípulos e não convidar seus irmãos? Claro que não.

 Depois da morte de José Maria foi morar na casa de Cléofas, irmão de José, portanto, cunhado de Maria e os filhos de Cléofas eram primos de Jesus e são esses que aparecem quando o texto diz “tua mãe e teus irmãos estão aí”.

Para o judeu lei é lei, eles cumprem ao pé da letra a Lei de Moisés. Quando om marido morria quem cuidava da viúva se não houvesse outro irmão (do falecido) para desposá-la, quem cuidava dela era o filho mais velho. Se o filho mais velho morresse quem assumiria a mãe seria o filho mais jovem até chegar no caçula. Isso não aconteceu com Maria; quando Jesus estava morrendo na cruz ele entrega sua mãe aos cuidados de um dos discípulos, João. Logo, podemos entender que se Jesus tivesse irmãos caberia a eles a missão de cuidar de sua mãe e não um discípulo. No entanto Jesus entrega sua mãe aos cuidados de João para que ela não ficasse sozinha e desamparada.

Então prova que Maria era mãe apenas de Jesus.

Maria depois da morte de Jesus ficou com os Apóstolos por um tempo e depois ela foi com João para Éfeso. Construiu uma casinha no monte onde ela morava e João morava separado dela mais abaixo. João não morava com ela, morava próximo e levava alimentos a ela. E quem cuida dessa casinha que passou de geração em geração já no século I, já se contam: “a Mãe daquele que morreu crucificado veio aqui morar porque sem ele também não tinha marido”. Quer dizer, ela era sozinha, quem cuidou dela foi João. Quem quiser é só ir lá visitar, conversar com os ortodoxos, os judeus que sabem da tradição e do fato histórico.

OS IRMÃOS DE JESUS

Parentes ou irmãos sanguíneos?

Mt6, 3: “Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão?” (...) Esse é o versículo usado pelos presentes para dizer que Jesus tinha outros irmãos e que depois do nascimento de Jesus Maria levou uma vida normal e teve outros filhos. 

Mentira. Os evangelhos não relatam isso, pelo contrário, eles mostram quem eram esses personagens mencionados em Mt6, 3. Se Maria tivesse mais filhos os autores descreveriam. Mas, não há nada que prove isso, mas, mesmo sem um relato direto a Bíblia prova que Maria só teve um filho, Jesus.

Na expressão grega quando Marcos escreveu o evangelho ele usou a expressão  HUIÓS MARIA “o único filho de Maria”, Marcos escreve  (A palavra HUIÓS é um termo grego, utilizado no novo testamento para descrever um filho que pode ser facilmente identificado como filho de alguém por ter traços muito fortes… More. Isso vai muito além de termos sidos gerados ou criado)

 O que é Huiós? É como se a Bíblia falasse “esse não é o carpinteiro, o único filho de Maria?” (...) - Para nós dá um nó na cabeça falar que ele tem irmão mas é o único filho, mas para o judeu irmão não é como nós imaginamos, são todos aqueles que possuem laços de sangue (parentes). Então essa expressão HUIÓS - o filho de Maria, não está falando um dos filhos de Maria, mas, o (no sentido de um só, único) Filho de Maria: “Esse não O carpinteiro o filho dela”. E não um dos filhos dela.

Na verdade esses homens no qual Marcos se refere como irmãos de Jesus são primos de Jesus filhos de Cléofas. Mt27, 55-56: Estavam ali muitas mulheres olhando de longe que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia entre eles Maria Madalena, Mãe de Cléofas, (Cf. Lc3, 23), Cléofas era irmão de José, tia de Jesus. (Cf. Mt27, 55) Maria de Cléofas mãe de Tiago e José a Mãe dos filhos de Zebedeu. Em Marcos 6, 3 falam que Tiago e José são irmãos (parentes) de Jesus, Mateus fala quem é a Mãe deles é a Maria de Cléofas e não Maria de Nazaré. Porque citam Mc6, 3 e não citam Mt27, 55? Porque vão citar apenas um versículo fora do contexto? Porque não citam que o outro versículo que dizem que a mãe deles era Maria de Cléofas?

Jo19, 25 vai dizer que aos pés da cruz permanecia de pé us mãe, a irmã de sua mãe, Maria mulher de Cléofas o Alfeu que não era irmã de Maria de Nazaré mas esposa de Cléofas que era irmão de José e, portanto, era cunhada de Nossa Senhora.

Porque então oi texto diz que Maria de Cléofas era irmã de Nossa Senhora, porque no hebraico todos os parentes são considerados irmãos. Tio, primo, pai, mãe... um termo só para qualificar os parentes é “irmão”. Então estes de quem Marcos se refere como sendo “irmãos” de Jesus na verdade são primos de primeiro grau de Jesus.

Na Bíblia tem muito isso uma pessoa é chamada de vários nomes. Por exemplo:

Moisés no A.T era chamado de Raguel, Getro (Êxodo2); Gideão era chamado de Gerubaal (Juizes6,32).; Josias é chamado de Azarias, Matheus é chamado de Levi (Mt9, 9); então uma pessoa tinha vários nomes; por isso fala mulher de Cléofas ou mulher de Alfeu.

José casou com Maria Mãe de Jesus. Cléofas também casou com uma outra Maria que depois ficou conhecida como Maria de Cléofas.

Gal 1, 18-19 - “Em seguida, após três anos, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas (Pedro) e fiquei com ele quinze dias. Não vi nenhum apóstolo senão a Tiago, o irmão do Senhor”.

Mas... Tiago era irmão de sangue de Jesus?

 

Esse texto os protestantes também usam para dizer que Tiago era irmão de sangue de Jesus. Mas, existia dois Tiagos: O Tiago Menor (Filho de Zebedeu) o Tiago Maior (filho de Alfeu);  este era Tiago maior, o Apóstolo, podemos ver claramente consultando a lista dos Apóstolos de Jesus (Cf. Mt10, 2-4) o nome dos Apóstolos encontramos: Simão Pedro, André seu irmão, Tiago filho de Zebedeu e João seu irmão, Filipe e Bartolomeu, Tomé, e Mateus o publicano, Tiago filho de Alfeu (ou Cléofas), Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Scariotes que o traiu. Se fala que Tiago era irmão de Jesus para ser irmão de Jesus teria de ser filho de José com Maria, no entanto um é filho de Zebedeu e o outro é filho de Cléofas ou Alfeu.

Então meus caros, está a prova contra as acusações dos protestantes que mentem por maldade ou por ignorância da Sagrada Escritura. Mentem ao dizer que Maria teve outros filhos e que Jesus tinha outros irmãos. Bíblia tem que ser estudada. Não se pode pegar um versículo aqui e outro acolá. 

Agora você já sabe que a Igreja católica sempre ensinou a verdade nesses mais de 2000 anos, se as acusações deles fizessem sentido estaria calçado na Sagrada Escritura, no entanto vemos que a própria Sagrada Escritura desmonta as acusações. Basta irmos a fundo estudarmos a Bíblia, o Catecismo, a História da Igreja para vermos o quanto eles são mentirosos e o o único propósito é causar confusão nas pessoas despreparadas.     


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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Papai-Noel - a mentira criada pelo comércio para enganar você

         

O Papai-Noel não é uma figura lendária e muito menos cristã. Ele é um personagem fictício. Embora alguns defendam que esse personagem foi inspirado e São Nicolau que foi um bispo cristão que viveu na Turquia no século IV e que era conhecido por sua generosidade com os pobres. Ele costumava deixar moedas de ouro perto das chaminés das casas das pessoas necessitadas. De São Nicolau, Papai-Noel não tem nada. Ele nunca existiu, tanto que escolheram um lugar fictício de sua moradia o Polo Norte um lugar gelado e inóspito. Não é atoa que trocaram seu "lugar" de origem enquanto que São Nicolau viveu entre nós, morou na Turquia e depois foi bispo na Itália e está hoje no céu a interceder por nós. São Nicolau não se escondia atrás de nada, nem descia pelas chaminés, nem era acompanhado de guinomos. Ele tinha um grande amor por Jesus na figura dos necessitados e fazia de tudo para socorrer os pobres. Não visava o lucro mas, ajudava desinteressadamente para ver seus filhos espirituais felizes e, no caso das moças solteiras pobres, vê-las realizando o sonho de se casarem. Se o Natal do Senhor fosse celebrado dessa forma e se inspirássemos na caridade de São Nicolau o mundo seria outro. Deus já fez tudo por nós e nós temos que fazer tudo pelo irmão. O que sobra não deve ser desperdiçado, deve ser repartido. O Pão nosso de cada dia deve ser o pão nosso de cada dia do irmão que necessita. O falso Papai-Noel é uma vez por ano, a caridade deve ser praticada o ano inteiro. É preciso riscar esse personagem de nossa história. Papai-Noel não é cristão embora seja colocado em um festa tão bonita como o Natal. O Natal é de Nosso Senhor Jesus Cristo. Olhemos para a pobreza do Presépio e vejamos que o Senhor de nada precisou a não ser o carinho de seus pais. Nasceu pobre, sem palácio o Rei da glória se fez humilde. Naquela gruta, em uma noite fria, contou apenas com o necessário o colo de Maria, uma manjedoura que foi seu primeiro berço, o calor dos animais... "O Rei vestido de toda luz celestial desceu em nosso meio, o Santo dos santos que antes se manifestou a Moisés na arca de ouro, agora se manifesta o Verbo numa manjedoura!" Veio para os seus, ... , veio para os pobres e a todos quis salvar... Se o Natal não significar isso, se for apenas uma data qualquer então ele deixa de ser o Natal cristão e passa a ser o Natal pagão.           

A imagem moderna do Papai Noel, com uma roupa vermelha e branca, uma barba longa e um saco de presentes, se consolidou a partir de um poema do século XIX chamado “Uma visita de São Nicolau”, escrito por Clement Clarke Moore. Nesse poema, (fictício), ele descreve o Papai Noel como um homem alegre e bondoso que viaja em um trenó puxado por renas. Esse poema foi ilustrado por Thomas Nast, um cartunista alemão que trabalhou na revista Harper’s Weekly4. 

A partir daí popularidade do Papai Noel aumentou ainda mais na década de 1920, quando a Coca-Cola fez uma campanha publicitária usando a imagem do Papai Noel para promover o seu refrigerante. A empresa contratou o artista Haddon Sundblom, que se baseou no poema de Moore e nas ilustrações de Nast para criar um Papai Noel mais simpático e humano, que se tornou um ícone do Natal em todo o mundo, ele entra em contradição em vários aspectos. E aqui vou mostrar que este personagem tão conhecido como se fosse cristão na verdade não tem nada a ver com o verdadeiro espírito cristão do Natal.        

Estamos acostumados a ver este personagem que é apresentado pelo comércio como um velho barrigudo de cabelos brancos e barba longa, que vestido de vermelho carrega um “saco vermelho” de supostos presentes e que dizem morar no Polo Norte. Em muitos casos aparece dirigindo um trenó mágico puxado por renas que voam...

          O Papai-Noel não é e nunca foi um símbolo cristão reconhecido pela Igreja porque ele traz em si a carga negativa da ambição do comércio de obtenção de lucros onde, (as crianças que é foco principal), os mais ricos recebem deste suposto personagem os presentes que são comprados, enquanto que os pobres não recebem sua visita e nem seus presentes. As crianças pobres são deixadas à margem com suas ilusões e frustrações por não ganharem seus presentes. Porque sendo ele um personagem criado pelo comércio ele atrai para si o lucro e a gastança. O comércio não está interessado com a caridade como esteve São Nicolau. Pelo contrário ele é um personagem satânico criado para obter lucros e ofuscar a figura de São Nicolau que como diz a história, na noite de Natal distribuía dinheiro e presentes aos mais os pobres. São Nicolau também dava dinheiro para aquelas moças pobres que queriam se casar, mas, não tinham dote. São Nicolau ao contrário do Papai-Noel não vendia ilusões e nem fazia propaganda para o comércio. Ele praticava a caridade em forma de presentes. Foi daí que surgiu o costume de dar presentes no Natal. Se inspirássemos em São Nicolau o "bispo da caridade" o Natal seria mais cristão e menos comércio. Os bens passam, as coisas passam só a Palavra de Deus permanece. Celebrar o Natal de forma exterior é fácil, é cômodo pra muita gente, porém, ele nada contribui para nossa salvação e não passa de mais uma data no calendário comum. Ao passo que celebrar o Natal da forma que ele foi criado no calendário litúrgico como estabelece a Igreja Católica nos trará frutos para a vida eterna:

           👉CIC. N.11.6 Mistério do Natal

 

§525 Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu. A Igreja não se cansa de cantar a glória dessa noite:

 

Hoje a Virgem traz ao mundo o Eterno /E a terra oferece uma gruta ao Inacessível./ Os anjos e os pastores o louvam/ E os magos caminham com a estrela./ Pois Vós nascestes por nós, Menino, Deus eterno!

 

§526 "Tornar-se criança" em relação a Deus é a condição para entrar no Reino; para isso é preciso humilhar-se, tornar-se pequeno; mais ainda: é preciso "nascer do alto" (Jo 3,7), "nascer de Deus" para tornar-nos filhos de Deus. O mistério do Natal realiza-se em nós quando Cristo "toma forma" em nós. O Natal é o mistério deste "admirável intercâmbio:

 

O admirabile commercium! Creator generis humani, anima corpus sumens, de Vir gine nasci digna tus est; et procedens homo sine semine, largitus est nobis suam deitatem - Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade, assumindo corpo e dignou-se nascer de uma Virgem; e, tomando-se homem intervenção do homem, nos doou sua própria divindade!

                O Natal é, portanto, a celebração do mistério da presença de Deus entre nós. Deus, na plenitude dos tempos, fez-se humano, exceto no pecado. O Evangelho de São João diz: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

          A desumanidade do comércio criou o personagem “Papai-Noel”, uma mentira porque esse nunca existiu e os malefícios que ele traz ao promover a falta de caridade e ambição nas pessoas.

Quanto dói ao pai de família ver o filho chorar e dizer que “Papai-Noel não veio, não trouxe meu presente que pedi!” (...) E o pai em lágrima nada pode fazer porque não teve dinheiro para comprar o presente e dar ao filho.

O Papai-Noel é uma fantasia. Ele não existe e os pais deveriam ensinar isso aos filhos para que eles soubessem desde cedo esta verdade e parassem de ser enganados por esse personagem satânico.

Quem é o Papai-Noel?

Ele é uma pessoa fantasiada, se não é o Pai, é um parente ou um ator contratado, nada mais. O Papai-Noel não é símbolo do Natal cristão. Ele é símbolo do Natal pagão que tira o verdadeiro sentido do Natal.

👍O Natal cristão é a celebração do Nascimento de Jesus Cristo. Que se fez pobre, nascido em uma gruta no meio de animais e deitado numa manjedoura. Ele o Rei da Glória nasceu pobre e humilde, escolheu uma família humilde para estar conosco. O maior presente do Natal não vem do Papai-Noel, mas, do próprio Deus que se fez um de nós para nos salvar. E o maior presente foi a Salvação. Ele morreu na cruz por nós. Quer presente maior? E nós no dia de Natal lhe rendemos louvor, ação de graças e adoração ao Filho de Deus. Em gesto de agradecimento oferecemos algum presente a Ele no dia em que celebramos seu nascimento? O presente que Jesus quer é que vivamos segundo o que ele ensinou no seu Evangelho, expulsando de nós todas as superstições e coisas que podem nos afastar de Deus e o Papai-Noel é uma delas. Ele nada contribui para a nossa fé e nossa salvação.

👉Os pais cristãos devem ensinar seus filhos o que verdadeiramente é o Natal e extirpar de vez a figura deste personagem para que Cristo volte a ser o centro da celebração do Natal.

Cada vez mais há uma corrente do mal de pessoas que tentam destruir o verdadeiro Natal. Na Europa por exemplo, em alguns lugares não se pode desejar “feliz Natal” às pessoas porque dizem isto pode ofender as pessoas de outros credos. Então no lugar dizem “boas festas”.

Desde quando surgiu a celebração do Natal não houve quem contestasse em dar um "feliz natal" uns aos outros, porém, os poderosos deste mundo estão agindo em uma corrente contra o cristianismo em geral e contra a Igreja Católica e perseguindo-a, tentam a todo custo acabar com as festas religiosas e com seus verdadeiros sentidos. A estratégia é pegar as festas cristãs e paganizá-las ao modo do comércio, pois, tirando a atenção das pessoas e levando-as à inveja, ao espírito da soberba e da gastança elas esquecem do verdadeiro sentido religioso das celebrações e passam a desprezar Jesus Cristo a sua verdadeira Igreja. Logo essas pessoas se tornam ateus, e se afastam de Deus vivendo apenas suas fantasias comerciais.   

Porque enquanto o comércio promove com seu Natal pagão da gastança, da comeria, das bebedeiras, a Igreja ensina que o dia de Natal é dia santo, dia de jejum e oração e de fazer caridade. Os católicos devem participar da Santa Missa. Devemos fazer caridade todos os dias, mas, o Natal nos convida a olhar de perto a realidade dos mais pobres.

O Natal também é tempo de renovação em que devemos deixar que Jesus renasça em nossos corações. Devemos abrir nossos corações para deixar o Rei da Glória entrar.

Devemos inspira-nos da Santa Família de Nazaré. Viver a humildade e o amor. Por isso esse artigo é um convite para fazer você pensar:

De que maneira você celebra o Natal?

Você já parou para pensar que mesmo sendo cristão, você perdeu a oportunidade de celebrar os Natais passados de maneira correta?

Muitos acreditam na tal "mágica do Natal", o Natal cristão não tem mágica é a festa do Deus que se encarnou. Que veio habitar em nosso meio. "A Palavra se fez carne..." - Jo1, 1 - Deus não fez nenhuma mágica e o sentimento natalino cristão deve ser de louvor, adoração e agradecimento pelo grande amor de Deus que de tal maneira amou o mundo que deu o seu Filho único para todo que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna. (Jo3, 16)  

Esse é um convite para você. Não faça do Natal apenas uma data a mais no calendário. Dê sentido verdadeiro ao Natal em sua vida celebrando e vivendo de forma intensa como verdadeiro cristão. O que é o Natal para você?

Jesus é verdadeiro Sol da justiça, ele veio nos salvar.

"Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas, terá a luz da vida!" (Jo8, 12)

Vamos a gradecer, louvando a Deus por ter nos dado seu Filho Jesus e rezar como fez São Zacarias pai de São João Batista:

 

 

"Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi, (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade), salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam, para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua santa aliança, o juramento que fez ao nosso pai Abraão: resgatar-nos da mão dos nossos inimigos para o servirmos sem medo, em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias.

E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar o caminho, para dar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados, por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente, para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz".   (Lc1, 68-79)

 

E com Nossa Senhora rezemos o Canto do Magnificat:

 

 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se exulta em Deus meu Salvador. Porque atentou na humilhação de sua serva; Sim! Doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas a meu favor. Se nome é santo e sua misericórdia se perdura de geração em geração para aqueles que o temem.

Agiu com força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso, depôs os poderosos de seus tronos e a humildes exaltou. Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel seu servo, lembrando de sua misericórdia – conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e sua descendência para sempre!” (Lc1, 46-55)

 


domingo, 3 de dezembro de 2023

ADVENTO, UM NOVO TEMPO SE INICIA

 "Estejam preparados, porque o filho do homem virá no momento em que menos esperais!" Lc12, 40


Estamos iniciando mais um ano litúrgico da Igreja. O ano litúrgico, diferente do calendário normal começa no primeiro domingo do Advento e termina no domingo com a solenidade de “Cristo Rei”.  

Tudo quanto Deus criou é bom. E uma de suas criaturas, o tempo, talvez seja a mais implacável e impassível de todas. Contudo, por fazer parte da vontade de Deus, ele é bom. Não por acaso que o próprio Deus, ao entrar e viver durante trinta e três anos no tempo, Ele o santificou. Ao penetrar no tempo humano, Deus se encarnou revelando-se a si e, revelando-se, revelou o Seu plano salvador. (fonte: formação.cancaonova.com)

O tempo do Advento é um tempo de preparação, a Igreja nos propõe a meditar sobre esta esperança que é Cristo que se encarnou, que veio morar conosco, (Jo1, 14). Ele, a Palavra viva veio habitar em nosso meio. Aquele que os profetas anunciaram, o Messias, que na plenitude dos tempos foi enviado para nos salvar.

O Advento, que vem do latim "Adventus", significa "chegada" ou "vinda"¹. É o primeiro tempo do Ano Litúrgico, que antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde se espera o Nascimento de Jesus Cristo¹. Durante esse período, os fiéis vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz.

 

O Advento é caracterizado por duas importantes vindas de Jesus. A primeira é a chegada do Menino Deus, que se encarnou no gênero humano para nos dar a salvação eterna. Portanto, os cristãos celebram com muita alegria o nascimento do Menino Deus. O segundo significado refere-se à sua vinda definitiva, aquilo que a teologia vai chamar de advento escatológico. Sendo assim, além de se prepararem para receber Jesus que vai nascer, os fiéis devem se preparar para esperar Jesus que virá gloriosamente³.

 

A palavra “advento” significa “vinda” ou “chegada”. Cabe então a pergunta: “vinda ou chegada de quem?”. Obviamente, nós católicos, preparamo-nos para a chegada de Jesus. É Ele quem já está às portas! Acontece que essa vinda possui dois significados muito importantes. O primeiro é a chegada do Menino Deus, que dignou-se encarnar no gênero humano para nos dar a salvação eterna. Portanto, celebramos com muita alegria o nascimento do Menino Deus.

 

O segundo significado refere-se à sua vinda definitiva, aquilo que a teologia vai chamar de advento escatológico. Sendo assim, além de nos prepararmos para receber Jesus que vai nascer, devemos nos preparar para esperar Jesus que virá gloriosamente. Conforme podemos perceber, o tempo do Advento possui um significado profundíssimo e uma espiritualidade toda singular. Se nós vivermos com verdade e com devoção o que essa liturgia nos oferece, certamente teremos a nossa vida transformada por inteiro. (fonte: formação.cancaonova.com)

 

O Advento é definido pelas quatro semanas que antecedem o Natal, começando no Domingo mais próximo do dia 30 de novembro e indo até o dia 24 de dezembro.

 

Neste contexto aparece a figura São de João Batista, o precursor, batizando, anunciando a vinda do Messias e chamando o povo ao arrependimento, pois, era chegada a hora em que o Salvador deveria vir. “Eu sou a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor!” – Is40, 3

Durante o tempo do Advento a Igreja nos faz recordar este apelo de João Batista. Para que nós também preparemos nossos corações para acolher o Cristo que vem.

Não é apenas um tempo de preparação para o Natal. Mas é um tempo que é de expectativa pelo Natal, também é um tempo de expectativa pela segunda vinda de Jesus.

Esse convite de São João Batista se torna atual, afinal Nosso Senhor veio, cumpriu sua missão e subiu ao céu, mas, antes deixou claro que voltaria um dia glorioso. A Igreja, esposa imaculada de Cristo, aguarda incessantemente e na anuncia a sua chegada e mantém esta esperança, vigilante e atenta.

O tempo do Advento vem nos mostrar que devemos estar atentos pois, não sabemos o dia e nem a hora em que o Senhor virá.

Devemos preparar nossos corações e fazer dele a “manjedoura” onde Jesus se sinta acolhido.

Celebrar o Natal de modo externo, como se fosse uma data qualquer sem fazer a experiência desse “Deus-Conosco” que veio para nos Salvar, como muitos fazem é paganizar o Natal. Hoje em dia se tornou uma festa comum que até os não cristãos celebram por acharem bonito simplesmente. Mas, para o cristão de verdade celebrar o Natal é muito mais que uma data comemorativa do calendário, é o momento em que paramos para celebrar com alegria esse Deus que desceu do Céu e se fez homem para nossa Salvação. Por isso o Advento é o tempo em que como se ouvindo os apelos de São João Batista “preparemos nossos corações para entrada do Re da Glória”. Ao mesmo tempo um convite para aguardar a chegada do Cristo, Senhor e Juiz eterno.

O Advento nos faz lembrar que devemos ser como as virgens prudentes que mantiveram suas lâmpadas acesas até a chegada do noivo. Ou seja, estarmos vigilantes, pois o noivo está às portas e virá buscar sua esposa a Igreja. Quem não estiver com suas lâmpadas acesas, se lhes faltar o óleo, virá o noivo e não entrarão para as núpcias.

O tempo do Advento é um convite. Estais preparados! Eis o tempo de graça, de preparação para a vinda do Senhor Jesus. Vinda esta que será definitiva. Ele virá como Rei e Juiz das nações. O apelo de João Batista não é somente para aquele tempo. É preciso estarmos preparados.

No tempo de João Batista a mensagem da chegada do Messias tocou o coração de muitos em Israel menos dos fariseus que achavam sobrepor a vontade do Deus Javé. No entanto as pessoas simples entenderam a mensagem. O convite de João ressoou em todos os cantos "eu sou a vos que clama no deserto, aplainai os caminhos do Senhor, endireitai suas veredas!"

João falava de um arrependimento sincero que devemos ter até os dias de hoje. Jesus não nascerá de novo, pois, ele está ressuscitado. Porém é preciso estar preparado. Nosso coração deve estar limpo, como uma estrada bem construída para que quando o Rei passar não encontre empecilhos. A terra der nosso coração deve estar limpa sem os espinhos do pecado, sem as sujeiras do egoísmo. Esse caminho deve estar sempre limpo porque o Rei um dia chegará de surpresa. Como ele mesmo disse, estais preparados. 

Essa mensagem de São João Batista foi para aqueles dias, mas, é atualizada para nós hoje. Como está sua vida? Como está a estrada de seu coração? O Senhor virá um dia seja na Parusia (para Julgar os vivos e os mortos), seja no dia de sua morte. Estais preparados!

Jesus contou a parábola do homem rico (Lc 12, 16-20) que vangloriando-se de ter feito uma boa colheita e enchido os celeiros podia descansar tranquilamente, mas, não sabia que naquele mesmo dia Deus pediria conta da sua alma. Não adianta nada encher os celeiros e sorrir sem se importar com nada ao redor, pois, nada nesse mundo é nosso. Daqui nada se leva. Devemos ser ricos sim, mas, ricos das coisas de Deus. Este é o tesouro que devemos juntar na eternidade. (Mc8, 36)

O Advento nos convida a pensarmos nesta possibilidade de um dia estarmos diante de Deus, Senhor e Juiz e o que vamos apresentar diante dele em prestação de contas de nossos atos aqui na terra? 

Estais preparados!         

     

                

           

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