História de Santa Cecília - padroeira da Música sacra e dos músicos

Não se sabe a data exata do nascimento de Cecília, provavelmente tenha nascido no ano 150 e foi uma das primeiras mulheres mártires do cristianismo.

Era família nobre, dois Metelos, e filha de um senador romano. Sua fé em Jesus Cristo foi à partir dos ensinamentos e testemunhos dos cristãos que viviam em Roma, pela fé que levou os discípulos de São Pedro e São Paulo.

Cecília, assim como tantos outros viveu num período em que os cristãos eram perseguidos e pode presenciar a morte deles e a coragem e bravura com que os cristãos dos primeiros séculos deram testemunho da Fé em Jesus Cristo.

A jovem Cecília era muito prendada, tocava instrumentos e gostava de cantar e falar da glória  Deus. Quem a ouvia ficava admirado com suas palavras.

Cecília tinha decidido desde cedo consagrar sua vida a Deus pelo voto de castidade. 

Ela elevou um canto a Deus: 
"Senhor, guardai-me sem manchas o meu corpo e a minha alma,para que não seja confundida!" - por esse canto Cecília é considerada a padroeira dos cristãos. 

Sem que ela soubesse foi prometida em casamento pelos seus pais a um jovem chamado Valeriano,  um pagão romano e aceitando a vontade dos pais com ele se casou. A ele, no dia das núpcias, Cecília revelou sua consagração a Cristo e acrescentou que um anjo velava por essa decisão a fim de protegê-la de qualquer um que tentasse violá-la.

O marido se mostrou respeitoso, mas disse que, para acreditar, queria contemplar esse anjo. Cecília o instruiu nos princípios elementares da fé cristã e o convidou a se batizar. Valeriano procurou então o bispo Urbano, que lhe deu o batismo. Segundo a tradição popular, Valeriano voltou para junto de Cecília e, ao chegar, viu ao lado dela um anjo, que, depois, colocou sobre a cabeça de ambos uma grinalda de rosas e lírios.

Com seu exemplo e sua firmeza de fé, ela conseguiu converter seu noivo e futuro esposo à fé cristã e também seu irmão Tibúrcio que ficou impressionado com seu exemplo e suas palavras. 

Valeriano respeitou a consagração de Cecília e viveram um matrimônio de vida consagrada, isto é, sem relação carnal.

Diz uma das lendas que, no dia do seu casamento, ela cantava a Deus em seu coração. Santa Cecília, que costuma ser representada cantando e tocando um instrumento musical.

 

O Prefeito de Roma Turcius Almachius, sabendo da conversão dos dois irmãos, Valeriano e Tibúrcio  quis apoderar-se do tesouro dos dois, mas, eles tinham repartido seus tesouros com os pobres.

Turcius exigiu a pena de morte para os dois. Chamados a negar a Fé  e a adorar os deuses pagãos eles mantiveram-se firmes e cheios do poder de Deus não negaram ser cristãos, nem a Fé que receberam.

Cecília também foi chamada ao Conselho Romano, (+- 180 d.C). O conselho primeiro exigiu que ela contasse onde estava o tesouro de Valeriano e Tibúrcio. Ela disse que não existia nenhum tesouro e que ele foi distribuído com os pobres. 

O prefeito furioso exigiu que ela abandonasse sua fé para adorar os deuses pagãos. Ela rejeitou com coragem e bravura.

Condenaram-lhe à tortura, mas, mesmo na prisão ela dava seu testemunho de Fé contando aos soldados as maravilhas de Deus, de tal forma que nunca se tinha ouvido. Muitos soldados se converteram. 

O prefeito furioso mandou prendê-la em um balneário de águas ferventes do seu castelo, logo na entrada dos vapores. Ali ela seria asfixiada pelo calor que saia deles. Era a morte certa para quem ficasse naquele lugar. Mas ela nada sofreu. Por graça  divina ela foi protegida e deixaram todos impressionados. Como é que aquela jovem frágil enfrentava tudo aquilo sem receio da morte e com tamanha coragem e Fé. 

Por fim o prefeito irredutível mandou que ela fosse morta degolada a golpes de machado. Três golpes lhe deram. O carrasco obedeceu mas não conseguiu cortar-lhe a cabeça. Ora, para quem estava acostumado a fazer isso bastava-lhe um golpe.

Durante três dias Cecília conservou viva louvando e glorificando a Deus. Conversava e dava conselhos aos que ali achegavam para vê-la.

Por fim, sabendo-se que aproximava o momento de sua morte. Pediu ao Papa que doasse seus bens aos pobres e que sua casa fosse transformada em uma Igreja. 

Mesmo diante da morte Cecília seguiu louvando e bendizendo a Deus. 

Por isso ela é a padroeira da música sacra, dos músicos.

Seu corpo foi sepultado nas catacumbas de São Calixto. Onde passou a ser venerada como mártir. 

O túmulo de Santa Cecília ficou desaparecido por muitos séculos. 

No Século IX, o Papa Pascoal I (817-824 d.C) - teve uma visão de Cecília e depois deste fato seu túmulo foi encontrado e também suas relíquias.

O corpo estava intacto na posição em que fora  sepultada. Ao lado dela estavam também os corpos de Valeriano seu marido Tibúrcio seu cunhado.

No ano de 1599, portanto, passados mais de 700 anos o Cardeal Sfondatri mandou abrir o túmulo de Cecília e seu corpo foi encontrado do mesmo jeito que o Papa Pascoal I tinha encontrado.

A festa em sua memória é 22 de novembro que é o dia dos músicos e da música. 

Oração a Santa Cecília

Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé viva que vos animou desde a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, merecendo a coroa do martírio, convertendo pagãos ao cristianismo, alcançai-nos a graça de progredir cada vez mais na fé e professá-la através do testemunho das boas obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados. Alcançai-nos também a graça de sempre louvar a Deus com canções espirituais.

Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de fé e virtude sejam para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação eterna.

Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas, rogai por nós.

Amém.

 

                      

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Santa Cecília nos ensina que somos chamados a dar testemunho de Cristo mesmo diante das dificuldades com coragem e amor. 

Neste mundo atribulado com tanta violência. Pessoas que abandonam a fé da Igreja para seguirem as seitas que contaminam o mundo com suas heresias. 

Nós cristãos temos nesses grandes homens e mulheres, verdadeiros exemplos de como ser cristão. 

Santa Cecília louvava e glorificava o nome de Deus. Cantava louvores a Deus e sentia-se agradecida e feliz por ser uma cristã. Sua fé radical era inabalável a ponto de enfrentar tudo e a todos que se opunham a sua fé. Ao mesmo tempo que com seu testemunho convertia as pessoas ao seu redor. Deixavam todos admirados com suas palavras de fé e amor e Deus. Era uma mulher cheia do Espírito Santo.

Nós somos chamados assim como ela a dar testemunho de nossa fé mesmo diante das dificuldades a não fraquejarmos diante das perseguições. 

Desde os primeiros séculos a Igreja passa por várias situações e perseguições. Problemas, escândalos e divisões. Culpa disso foram e são dos cristãos que dão maus exemplos.

Temos que olhar nossa fé com mesmos os olhos que teve Santa Cecília. De amor e cuidado com os pobres. Nosso olhar deve estar voltado para Deus na pessoa do irmão fragilizado. 

Santa Cecília foi chamada a adorar os falsos deuses de sua época mas, ela recusou com bravura. Quantos deuses nos são apresentados para adorar hoje? Quantas situações em que somos colocados, o ter, o prazer e o poder. 

Santa Cecília não mudou de credo e religião diante das dificuldades. Ela podia deixar tudo para trás. Tinha bens e um marido rico e influente na corte. Mas, em vez disso ela converte seu esposo e ambos dão o mesmo testemunho.

Hoje vemos cristãos covardes que por causa de uma probleminha ou uma situação qualquer abandona sua fé e a verdadeira Igreja de Cristo para seguir as heresias e o protestantismo negando a fé e o batismo que receberam. Negando a Igreja negam também o próprio Cristo. 

Que Santa Cecília nos ajude a sermos melhores cristãos. Que como ela de hoje em diante nos momentos de dificuldades e perseguições, doenças ou tribulações, ao invés ficarmos reclamando e proferindo palavras de maldição possamos cantar, louvar e bendizer o nome de Deus a assim  dizer: "Senhor, guardai-me sem manchas para que eu não seja confundido". Assim seja.