sábado, 27 de julho de 2024

PORQUE BATIZAR AS CRIANÇAS

 

A Igreja Católica batiza crianças por várias razões: 

A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja.

Através do batismo, a criança é iniciada na vida cristã e recebe a graça de Deus, que a ajudará a crescer em sua fé e a viver uma vida de amor e serviço a Deus e aos outros.

A Igreja Católica pratica o batismo infantil, uma tradição que remonta ao segundo século. A Igreja Católica entende o batismo como um sacramento que traz consigo diversas coisas, a primeira das quais é a remissão dos pecados, tanto o pecado original como o pecado atual. No caso de bebês e crianças pequenas, apenas o pecado original é considerado, pois são incapazes de pecado atual.

A Igreja Católica ensina que o pecado original é um pecado “contraído” e não “cometido”, um estado, não um ato. A consequência do pecado original é a morte da alma. Por essa razão, a Igreja confere o batismo às crianças.

Além disso, a Igreja Católica vê uma continuidade pactual que Deus fez com Abraão e que se estende para aqueles que creem em Jesus. Portanto, o batismo infantil é visto como uma parte importante dessa aliança".

Ao batizar as crianças, a Igreja Católica está também comprometida com a educação religiosa da criança, ajudando-a a crescer em sua fé e a viver a vida cristã.

👶O batismo é realizado na infância para que a criança seja, o quanto antes ou o mais cedo possível, agregada ao novo povo de Deus, pela graça do sacramento batismal, para que faça parte da vida da Igreja, da Santíssima Trindade, como o filho adotivo, por meio de Deus Pai, na força do Espírito Santo.

Na Igreja Católica, o batismo representa os primeiros dos sete sacramentos e é considerado um rito de passagem. Ao receber tal benção, a criança inicia a sua fé e sua vida cristã, tornando-se um filho de Deus, um discípulo de Cristo, um membro da Igreja e abrindo seu caminho para a salvação.

[O mito - há um costume antigo de dizer que 'deve-se batizar uma criança para ela não morrer pagã'. Ora! Isso é uma inverdade. Porque a palavra "pagão" ou "gentio" designa àqueles que não são judeus e não tem nada a ver com a realidade cristã. Pois,  sendo os pais da criança batizados na Igreja Católica e, portanto, são cristãos católicos não são se aplica o termo "pagão". A criança, filha de pais cristãos deve ser batizada para se tornar filho de Deus, uma pessoa cristã e membro da Igreja de Cristo.]    

Talvez você deve estar se perguntando: “Se a criança é inocente, se ela ainda não tem consciência do pecado, porque a Igreja as batiza?”, “não seria errado?” No Antigo testamento as crianças eram apresentadas no Templo somente...

Bem, as pessoas que pensam assim ou usam desse argumento para dizer que o batismo de crianças é errado não entenderam o que é o Batismo.

As pessoas olham para o Antigo Testamento, Êxodo13, 2; que diz: "Todo primogênito será consagrado ao Senhor". Mas, se esquecem que em Lev17, 12, a criança do sexo masculino devia ser circuncidada no oitavo dia de nascimento. Esse era o sinal da Aliança entre Deus e o povo de Israel.

👉O que marcava a Antiga Aliança entre os Israelitas era a circuncisão. O que marca o povo da Nova Aliança é o Batismo, ambos realizados quando ainda são bebês.

Quem era circuncidado era chamado de judeu e quem não era, como os outros povos, eram chamados de gentios ou pagãos. Por isso, em Mt 28, 17-20, o Senhor Jesus vai mandar batizar todas as pessoas. Jesus não deixa a ordem de batizar apenas os adultos, mas diz “Ide e batizai!”. 

"Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai a observar tudo quanto vos prescrevi."  Veja que o texto diz: "Batizai... Ensinai..."

Os protestantes contestam dizendo que uma criança não pode ser batizada porque ainda não tem entendimento da Palavra. Ora, Jesus manda anunciar o evangelho (aos adultos), mas no final deixa claro que uma pessoa pode sim ser batizada e depois receber a doutrina dos apóstolos; deixando claro que deve-se batizar não importando a idade, sexo, cor, e raça e não há disposições em contrário. Pois, a Palavra de Deus é algo constante. 

Quem fala ou prega que uma criança não pode ser batizada deveria provar o por quê.  Não há nada na Sagrada Escritura, nem na doutrina dos santos padres do início do século que prove que não se pode batizar crianças; pelo contrário, era uma prática comum e aceita desde os primeiros séculos.

Dizem os protestantes: "Ah! mas, a criança não precisa do batismo porque ela não tem pecado. Também dizem Jesus foi apresentado no templo e se batizou adulto". 

Qual é pecado que uma criança tem?

O pecado original. Trazemos de nossos primeiros pais a marca do pecado original. O batismo lava, purifica a alma, retira de nós essa marca e coloca em nós a marca marca de Cristo, nos fazendo santos e eleitos. De criaturas de Deus, para a condição de filhos de Deus.  

Somente Jesus e Maria sua Mãe nasceram sem pecado.

Maria, por uma condição especial do Pai, não pelos seus méritos, mas, pelos méritos de Cristo, porque ela precisava ser limpa do pecado para receber em seu ventre imaculado o Filho de Deus. Jesus, porque é o Filho Deus, portanto, verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, não teve pecado algum. O resto, todos nós, nascemos em pecado. Por isso precisamos do batismo. 

Porque Jesus foi batizado se ele não tinha pecado?

Primeiramente, o batismo que Jesus recebeu dado por João não é o mesmo batismo dado pela Igreja. O batismo de João era um batismo de arrependimento, ou seja, de conversão. João anunciava a chegada do Messias, que o tempo de mudança e da graça  havia chegado e pedia a todos que mudassem de vida. Ele disse: "Eu sou a voz que clama no deserto, aplainai os caminhos do Senhor, endireitai suas veredas!", isto é, João pede mudança de vida, dos corações secos como o deserto, e retidão no caminho é ter foco no caminho do bem. Ele é chamado de o precursor, aquele que prepara o lugar para outro; no caso o Salvador. Dizia: "Esse (Jesus) que virá vos batizará com Espírito Santo e com fogo!" Já anunciando o novo Batismo. O batismo da Igreja não tem nada a ver com o batismo de João. Mas o batismo de João remete ao Batismo da Igreja instituído por Jesus.

A pergunta é: Jesus passou pelo batismo. Jesus precisava de conversão, sendo ele o Filho de Deus nascido perfeito homem e perfeito Deus?

Resposta: Se levarmos em consideração o que dizem os protestantes de que uma criança não pode ser batizada porque não tem pecado, Jesus também não precisava, não  tinha pecado e foi batizado. E porque isto aconteceu? Aconteceu para que se cumprisse a Escritura. Os evangelistas em seus escritos deixa claro quando dizem: "Isso aconteceu para que se cumprisse a escritura" [...] "Jesus sabendo que sua hora chegou e iria reconciliar todas as coisas" [...] "Isso aconteceu conforme disse o profeta" [...] Ou ainda, "era preciso que isso acontecesse para que se cumprisse a escritura" [...] para mostrar que Jesus era aquele que veio cumprir a vontade do Pai. Por isso Jesus foi batizado. Mas, se levarmos em conta a consideração dos protestantes corremos o risco de negar a divindade do Filho de Deus colocando-o no rol dos demais pecadores. No entanto, à partir daquele momento do batismo, Jesus deixa para trás sua vida normal e começa sua missão na qual ele veio realizar. Termina a missão de João e começa a missão de Jesus. Como João mesmo disse: "É preciso que ele cresça e eu diminua!" - O batismo de Jesus foi um sinal que iniciou sua missão. O batismo da Igreja, que recebemos de Cristo também nos dá uma missão. De sermos, ao mesmo tempo filhos e discípulo de Jesus. Também pelo batismo nos tornamos "novos cristos" participando com Ele no processo da salvação, no anúncio do Evangelho. Pelo batismo passamos a pertencer à Igreja que é o novo povo de Deus na Nova Aliança.    

Entendam!

O batismo é necessário. Ele é uma condição para a salvação. Quem crê e for batizado será salvo, Mc16, 16. Mas, se é preciso crer, como a criança pode receber o batismo se ainda não crê? 

Neste caso o batismo e dado mediante a Fé dos pais e padrinhos, a fé dos filhos é a mesma dos pais, há um interligação entre a fé dos pais e a fé que a criança irá receber. A criança receberá dos pais e padrinhos a Fé da Igreja ao longo de sua vida, essa tarefa cabe aos pais e padrinhos. A primeira Igreja que a criança conhecerá é a Igreja doméstica. É lá, junto de seus pais que ela aprenderá. Por isso é muito importante que os pais e padrinhos sejam pessoas de fé, de exemplo. 

Continuando...

 Jesus veio cumprir toda a Lei. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (Constituição Pastoral Gaudium et spes, 22).

"Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno". (Hb4, 15) 

Jesus não tinha pecado, no entanto, para cumprir a Lei passou pelo batismo de João. 

Diz o Evangelho de Mt 3, 13-16 que Jesus foi ao Jordão ter com João Batista. João recusou-se e disse: "sou eu que devo ser batizado por ti e tu vens a mim!" - Mas Jesus respondeu: "Deixa por agora, pois, convém que cumpramos a justiça completa". Então João cedeu e Jesus foi batizado". 

Tendo Jesus sido batizado, cumprido a justiça, naquele momento a Santíssima Trindade se revela o Espírito Santo desce sobre a pessoa do Filho de Deus em forma de uma pomba. O Pai Eterno se manifesta dizendo "Eis o meu Filho muito amado a quem ponho minha afeição!"  [...] E  João Batista vai dizer: "Eu vi e dou  testemunho de que ele é o Filho de Deus" (Jo1, 34).  A Santíssima Trindade que é Pai, Filho e Espírito Santo,  naquele momento se fez presente manifestando o cumprimento da Lei em Jesus. 

A segunda razão pelo qual Jesus é batizado é: para que seja conhecido em toda Israel e saibam que ele é o Filho de Deus. João disse: "eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo!" Essa é a missão do Filho de Deus. 

O batismo nos dá uma missão, a missão de sermos filhos de Deus, discípulos de Jesus, membros de uma família, a Igreja, herdeiros do céu. Recebemos um advogado que é o Espírito Santo que nos conduz no caminho rumo a santidade. O batismo tira de nós a condição de pecadores para nós elevar à condição de santidade. 

Continuando...

O batismo de João é prefiguração do Batismo instituído por Jesus. 

Pois, bem. Se levarmos em conta que o batismo de João que era de conversão e apaga pecados, corremos o risco de negar a própria divindade de Cristo. Porque Jesus não precisava ser batizado porque sendo Deus, segunda pessoa da Santíssima Trindade não tem pecado. Mas, o objetivo do batismo de João era em primeiro lugar uma prefiguração do verdadeiro Batismo da Nova Aliança que, não só apaga a mancha do pecado original, mas, devolve à pessoa a condição de filho (adotivo) de Deus, partícipe da Igreja de Cristo. E assim entrando no conhecimento da verdade e crendo (ainda que seja pela fé dos seus pais) nasçam para uma vida nova em Cristo. 

O batismo é um renascimento. "Quem não nascer da água e do Espírito não entrará no Reino dos Céus" - Jo 3, 5-7 - "Pois, o que é da carne, é da carne e o que é do espírito, é do espírito". Disse Nosso Senhor.   

João Batista deixou claro  dizendo: "eu batizo com água, no meio de vós está alguém que não conheceis" [...]  "depois de mim virá um homem que me é superior" [...] " Eu não o conhecia, mas, aquele que me mandou batizar em água disse-me: "Sobre quem vires descer e repousar o Espírito, é este é quem batiza no Espírito Santo". Jo1, 26,30,33. 

E o Senhor Jesus instituiu o sacramento batismo a partir dos sinais de João, mas, o batismo agora como sacramento que além de perdoar o pecado é o sacramento da iniciação cristã na vida da Igreja. O batismo não apaga todos os (futuros pecados), ele apaga a mancha do pecado original na qual todos nós desde quando nascemos, conforme o Sl51, 5: "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe". 

A própria Sagrada Escritura desmente a tese protestante de que é errado batizar criança porque a criança não tem pecado. Todos nós nascemos pecadores, com a mancha do pecado original herdado de nossos primeiros pais. Jesus sabia que a criança, o bebê, não tem consciência do pecado, e não carrega a acusação, mas, era preciso que houvesse a ação de Deus na vida da pessoa a fim de que fosse tirada essa mancha. 

Quem faz isso é o batismo que pela ação do Espírito Santo, pelo sinal (visível) da graça (que é a água), que o sacerdote derrama, e "lava", retirando a mancha deixada pelo pecado original e pelas palavras "eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", o catecúmeno recebe uma nova identidade, a identidade de Filho de Deus. Retira-se a mancha, a culpa, a sujeira deixada pelo pecado original e dá à pessoa um nova vida com marca a marca de Cristo e uma alma limpa.

Pela unção com o óleo do Crisma recebe-se a força o Espírito Santo. O catecúmeno é levado para receber o batismo com veste branca que é sinal de pureza. Pelo batismo nossa alma está revestida de santidade, simbolizada pelo branco. Estamos lavados do pecado de Adão. 

Perceba meus irmãos que o batismo de Jesus é diferente do batismo de João. Não podemos usar o argumento falso dos protestantes: "Ah! deixa a pessoa crescer para ela entender depois batiza!" Não! Está errado. Quanto mais cedo batizar melhor. Porque o batismo é para qualquer idade.

Em primeiro lugar ele restaura a condição de filhos de Deus perdida por nossos primeiros pais. No caso das crianças, apaga pecado original herdado de Adão e Eva e não os pecados posteriores. No caso dos adolescentes e adultos além de apagar o pecado também apaga os pecados anteriores ao batismo. 

O batismo nos faz membros da Comunidade de Jesus que é a Igreja. Pelo batismo passamos a pertencer a uma só família, a família dos filhos de Deus. Pelo batismo participamos do sacerdócio real de Cristo. Pelo batismo fazemos parte da comunhão dos santos.       

Quanto aos pecados futuros que a pessoa vier a cometer, Jesus deixou ainda o Sacramento da Confissão, também chamado de sacramento do perdão ou reconciliação, que reconcilia-nos com Deus através do arrependimento e da busca do perdão de Deus dado pelo sacerdote em seu nome. Isso não invalida o batismo, uma vez filho de Deus, sempre filho de Deus. O batismo devolve-nos a santidade perdida no Paraíso por nossos primeiros pais; bom seria se conservássemos essa graça até o último dia de nossa vida. 

Nosso Senhor Jesus (Mt 28) mandou ensinar a batizar a todos. Não tem disposições em contrário como defendem os protestantes. Até porque o mesmo Jesus que disse: "ide e batizai", disse também: "das criancinhas é o reino dos Céus!"  - Porque Jesus impediria, ou imporia alguma condição? No entanto, o batismo é para todos. Negar o batismo à criança é impedir-lhes o acesso à salvação e a contemplação definitiva da glória de Deus se acaso vierem a falecer.   

Se na Antiga Aliança a circuncisão era o sinal sagrado do pacto entre Deus e o povo de Israel. Na Nova Aliança o batismo é o sinal entre Deus e sua Igreja. Apaga em nós a mancha do pecado original e coloca em nós o marca do Cordeiro de Deus, que é a Cruz.                

Como referência temos a Didaquê (60-90 d.C.) que é o primeiro catecismo da Igreja: Esta primitiva obra cristã fornece mais detalhes sobre o batismo do que qualquer outra dos séculos I ou II. Ela ordena o jejum para o batizando, o que não seria de esperar que se fosse bebês. Logo aqui, ela traz algumas orientações dizendo que o jejum do batizando não pode ser realizado pelos bebês. O que entendemos com isso a preocupação da Igreja quanto aos bebês que seriam batizados não passariam por esse processo.

São Justino Mártir (100-165 d.C.) Segundo Justino Mártir, “entre nós há muitos homens e mulheres que, tornando-se discípulos de Cristo desde crianças, permanecem incorruptos até os sessenta e setenta anos. E eu me glorio de mostrá-los entre toda a raça dos homens.”

Irineu (130-202 d.C.) “Ele [Jesus] veio para salvar a todos através dele mesmo, isto é, a todos que através dele são renascidos em Deus: bebês, crianças, jovens e adultos. Portanto, ele passa através de toda idade, torna-se um bebê para um bebê, santificando os bebês; uma criança para as crianças, santificando-as nessa idade...; ele pode ser o mestre perfeito em todas as coisas, perfeito não somente manifestando a verdade, perfeito também com respeito a cada idade.”

É o Espírito Santo que vai ao longo da vida dando luz para que a pessoa se torne um verdadeiro cristão. Para isso que existem os pais e padrinhos ( padrinho não foi feito para dar presente), eles responsáveis diretos pela formação da fé da criança; também as pessoas designadas pela Igreja que ajudam ao longo do tempo nesta formação espiritual. 

👉Atenção! É muito importante que ao escolher os padrinhos da criança, que sejam pessoas de vida digna, que sejam realmente pessoas de fé, responsáveis, que sejam casados na Igreja e estejam dentro das orientações que a Igreja pede que seja, para que o afilhado seja bem amparado e tenha neles a imagem de pessoas de bem. Os padrinhos são os segundos pais da criança que poderão no futuro, se acaso vier a faltar os pais legítimos, assumirem o papel de cuidar do afilhado como se filho de fato o fosse.      

Também engana-se aqueles que pensam que o Batismo é só para apagar pecados. Esta é apenas uma das funções do Batismo. Mas, ele é mais do que isso conforme explica o Catecismo da Igreja. Ele é o sacramento de iniciação e mais do que perdoar os pecados ainda faz da pessoa membro da Igreja e filho adotivo de Deus, participante do sacerdócio comum dos fiéis junto com Cristo.

Em Atos 15, 1-10 encontramos o que chamamos de “primeiro concílio” da Igreja e o assunto foi a circuncisão. Porque alguns judeus queriam que as pessoas que se tornavam cristãs, inclusive os gentios, cumprissem a Lei de Moisés e fossem circuncidados.

Pedro não aceitou. Pelo fato de que na Nova Aliança é o Batismo que torna a pessoa cristã pela graça, e pela ação do Espírito Santo, torna-a filho de Deus e herdeiro do céu. O Batismo ainda é um sacramento é sacramento, que é o sinal visível da graça de Deus. Enquanto a circuncisão marcava a pessoa na carne, por meio de um sinal visível que era a retirada da pene, pele que cobre a glande do pênis (dolorosa por sinal); o Batismo marca a pessoa na alma por meio de um sinal visível que é a água e é indolor. 

Pelo Batismo somos marcados com o dom da santidade, recebemos a foça Espírito Santo para que durante a vida possamos viver esta santidade e depois na eternidade participar desta mesma santidade junto de Deus.  

Diferente do batismo de João, que era apenas para a conversão, o Batismo faz do cristão uma nova criatura que pela ação do Espírito Santo torna a pessoa membro da Igreja, isto é, participante do Corpo Místico de Cristo, apagando a mancha do pecado original que todos nós herdamos de nossos primeiros pais. Conforme o CIC - Catecismo da Igreja Católica nº 1250:

“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento pelo Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifestada no Batismo das crianças. A Igreja e os pais assim privariam a criança da graça inestimável de se tornar filho(a) de Deus, se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento”.

A prática de batizar as crianças é uma tradição desde o século II, mas é bem possível que esta prática tenha ocorrido desde o início da pregação apostólicas quando “casas” inteiras recebiam o Batismo. CIC 1252. No início da Igreja, se um chefe de família era batizado, com ele eram também batizados todos seus familiares, incluindo as crianças.  

No Novo Testamento, a circuncisão foi abolida e deu lugar o batismo. O batismo é o sinal da Nova Aliança, mas, devemos observar que se o povo de Israel não podia deixar de circuncidar seus filhos e o faziam desde bebezinhos conforme mandava a lei, pois, a circuncisão era o sinal da Aliança de Deus com seu povo.  Tornava a criança participante desta Aliança e, portanto, herdeiro das promessas de Deus a Israel. 

A Igreja, a qual é nascida da Nova Aliança no Sangue de Cristo conservou esta prática visto que pelo Batismo a criança (e agora meninos e meninas) tornam-se participantes da Nova Aliança, onde a marca não se faz mais na carne, mas, no Espírito. Pelo Batismo através da ação do Espírito Santo o catecúmeno renasce para uma nova vida e pela graça santificante torna-se, filho de Deus, membro da Igreja e herdeiro da graça.

Assim sendo, o Batismo também é um sacramento de fé, e como a criança ainda é imatura, é importante que os pais e padrinhos ajudem-na a viver e conhecer A FÉ que ela receberá no batismo. Assim como no AT, depois da circuncisão os pais tinham o dever de ensinar às crianças a Lei de Moisés, de geração em geração, assim também, na Nova Aliança os pais devem ensinar seus filhos desde pequenos a FÉ da Igreja. Cada pai, cada mãe é um missionário dentro de seus lares; são os primeiros evangelizadores dos filhos. 

O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação. Ele ordenou seus discípulos a pregar o Evangelho e batizar. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo, por isso, ela cuida em não negligenciar a missão que recebeu de fazer “renascer da água e do espírito” todos quantos queiram, pois, a Salvação está vinculada ao Sacramento do Batismo. De modo que pelo Batismo se concede a remissão dos pecados, tanto o pecado original, como os pecados pessoais. Com efeito, regenerados nem o pecado de Adão, nem os pecados pessoais, nem as sequelas do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus. (CIC 1263)

O Batismo também faz da pessoa uma nova criatura, filho adotivo de Deus e participante da natureza divina. Torna-se Templo do Espírito Santo. Onde a Santíssima Trindade dá ao batizado a graça da justificação, de crer em Deus e amá-lo por meio das virtudes teologais. Concede a ele a graça de viver e agir segundo mesmo Espírito, por meio de seus dons.

O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre os cristãos. O vínculo sacramental da unidade dos cristãos. Justificados pelo Batismo são incorporados ao Sacerdócio de Cristo.

O Batismo ainda é um sinal espiritual indelével que marca os eleitos passam a pertencer a Cristo. Dado uma vez por todas não pode ser reiterado.

Portanto, meus irmãos, tem muita gente que não entende que esse grandioso Sacramento, e cujo, nos faz filhos de Deus não pode estar atrelado a disputa de idade. Tanto adultos, como crianças devem ser batizados e a Igreja Católica não pode negar esse direito daqueles que queiram ser batizados.

Se Jesus não deixou nenhuma regra e só mandou batizar porque certas pessoas ainda insistem em dizer que isto é errado?

Ah! Mas, poderia alguém argumentar: “Não se pode batizar as crianças porque é preciso que a pessoa conheça a Palavra e aceite Jesus e a criança não tem consciência ainda...” Sim é verdade. Mas, a primeira graça que o batizando recebe é a fé, a fé que é incrustrada na alma do batizando. E depois, lembremos das crianças circuncidadas. Elas também não tinham consciência do que estavam recebendo, mas, recebiam a doutrina de seus pais, aos quais tinham a missão de educá-las na lei de Moisés. Uma vez circuncisas passavam a frequentar a comunidade e a aprender a Torah, a Lei Deus e a ela obedecer e a Ele servir segundo a Lei.

Atos 16, 31-33 – Paulo e Silas batizaram o carcereiro todos de sua casa. Ora, com a palavra “todos” podemos entender que numa família judia, onde certamente havia velhos, jovens e também crianças, todos receberam o batismo. “...E  imediatamente foi batizado, não só ele, mas, todos de sua  casa”...(v.33)   

Então quando a criança recebe o Batismo ela recebe este sinal indelével que a faz filha de Deus e membro da Igreja. É incorporada à Igreja, (o povo de Deus), junto de seus pais e padrinhos, ela desde cedo vai aprender sobre a Palavra e a doutrina e vai amadurecendo sua Fé.

Portanto, meus amigos, o católico que negar o batismo a seu filho está ofendendo gravemente a Nosso Senhor. Porque esse é o maior presente que os pais podem dar aos seus filhos. Disse Jesus: "Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais, porque delas é o Reino dos Céus!"  Mt 9, 14.         

 AOS CATECÚMENOS

No batismo, somos iluminados pela graça divina, ele devolve à imagem do Deus verdadeiro que através de seu Filho Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos deixou o seu exemplo. O Batismo nos devolve a dignidade de filhos de Deus. Portanto, vivam como filhos de Deus espelhando-se nos bons exemplos deixados pelos santos e pratiquem a fé, a esperança e a caridade. Sobretudo, tentando aproximar-se o mais possível da figura de Cristo.
Pela unção com o óleo Santo recebeste os dons do Espírito Santo e tornaste-te igual ao homem que o teu corpo é uma estrutura viva na qual o Espírito Santo de Deus habita
O Senhor oferece-se a todos os crentes como habitante do seu corpo puro e sangue santo.
Você como é pedra viva no único corpo de Cristo que é a igreja. Não despreze nem a Igreja, nem a sua doutrina, pois, a Igreja é como a arca de Noé que nos salva do dilúvio. Ela como mãe cuida para que seus filhos vivam de acordo com a Palavra de Deus.
O Batismo dá à pessoa os privilégios da salvação, do perdão e do convite à santidade e à piedade.
Jesus te comprou com seu sangue precioso, um preço muito alto ele pagou por você. Não despreze a salvação que ele conquistou para ti.

Gostaria de lhe dar as seguintes conselhos como de um pai para seu filho, portanto, não reduza seu valor do batismo dignidade misturando-se com quem não merece um desejo de palavras ou luxúria mortal.
Cuide da sua aparência para ser simples, elegante e educado, principalmente na rua e trabalho para ser respeitado por todos.
Não discuta ou fale sobre assuntos banais, mesmo com mulheres estranhas, e não as elogie, e lembre-se da filha de quem você é, coloque a cruz de Deus diante dos seus olhos.
Não use nada que mostre você indecentemente que reduz a sua feminilidade e dignidade.
Existem muitos programas de foto reprodução e você vai se arrepender um dia quando ver essas fotos o que forem reproduzidas de forma vergonhosa. Não escandalize o templo santo de Deus que é seu corpo.
O Senhor da Glória vos diz como a todos os crentes:
Deixa a tua luz de Cristo brilhar de tal forma que as pessoas vejam as tuas boas ações e glorifiquem o teu Pai que está nos céus.
Olhe atentamente e atentamente para ande na rua; cuidado com e o que veste e com quem fala. Da boca do cristão só deve sair palavras santas.
Todos ao seu redor querem a sua satisfação e até um copo de água da sua mão é considerado uma grande coisa. Preste atenção em você e não fique à deriva por trás disso ou de quem está longe de você.
As igrejas estão abertas e os pais presentes. Não saia da igreja, participe da santa missa e das orações. Seja uma pessoa de oração. Não busque esperanças vãs nas coisas do mundo.
Não deixe de ler a palavra de Deus que ilumina a sua vida e ilumine as pessoas ao seu redor com esta mesma luz.
Todo batizado se torna discípulo de Jesus, torna-se também um missionário e herdeiro do céu, a pátria definitiva. Transmita a fé que recebestes e defenda-a como um bom soldado defende sua pátria. Erga a bandeira da paz, mas lute em defesa de sua fé. Seja pessoa de coragem como outrora foram os apóstolos e todos os santos. Seja zeloso com as coisas espirituais para não cair nas garras do tentador.

Peço a todos os filhos e filhas da Igreja que uma vez batizados, honrem a graça que ora em diante a Santíssima Trindade lhes dá, e desejo que todos meditem profundamente nessas palavras vindas do coração para todos e com medo vivam desta nova vida e o senhor cuidará de todos com a sua graça. Amém.      

 

sexta-feira, 26 de julho de 2024

JUSTIÇA DE SÃO PAULO EXTINGUE O PROCESSO CONTRA OS ARAUTOS DO EVANGELHO

 


Nesta terça-feira, 23 de julho de 2024, Justiça de São Paulo extinguiu a ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado em desfavor do Instituto Educacional Arautos do Evangelho e Associação Privada Internacional de Fiéis de Direito Pontifício Arautos do Evangelho.

 

       A decisão foi proferida pela juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa, da Vara da Infância e Juventude do Foro Central Cível de São Paulo, acolheu a preliminar de ilegitimidade ativa da Defensoria Pública para o caso. Como resultado, a magistrada extinguiu o processo por completo.

A ação foi proposta no ano 2022, na qual acusava as Instituições de violar os direitos de crianças e adolescentes em seus colégios e casas de hospedagem.

As alegações incluíam privação do convívio familiar, isolamento, padronização e despersonalização dos estudantes.

A magistrada, Dra. Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa, da Vara da Infância e Juventude do Foro Central Cível de São Paulo, acolheu a preliminar de ilegitimidade ativa da Defensoria Pública e pôs fim ao processo.

O caso ganhou grande repercussão midiática à época muito negativa contra os Arautos, inclusive pela TV Globo expôs negativamente a instituição católica. E desde então não teve o caráter de se retratar perante os Arautos do Evangelho e à todo povo católico.  

Ao longo do processo, ficou demonstrado que não havia materialidade para o caso. A defesa sempre sustentou que se tratava de ilações orquestradas por pessoas desafetas da instituição.

A juíza reconheceu que os documentos apresentados afastaram “a suposta condição de necessitados dos alunos da instituição e respectivas famílias”, desautorizando, portanto, a atuação da Defensoria Pública no caso.

Ficou comprovado que todas as famílias dos alunos se fizeram representar nos autos por associação, constituindo reconhecida banca de advocacia. Além disso, os pais demonstraram estar cientes das práticas da instituição, de acordo com a lei, bem como a sua capacidade de atuar em defesa dos próprios interesses.

O  processo judicial permitiu o esclarecimento dos fatos e o restabelecimento da verdade.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

A POLÊMICA EXPOSIÇÃO DA ESTÁTUA DA VIRGEM MARIA LGBT E O SICRETISMO RELIGIOSO DENTRO DA IGREJA CATÓLICA

 

Aviso! [A primeira parte deste conteúdo é da página Alerta Católico, qualquer desinformação ou discrepância de conteúdo é de responsabilidade dos seus realizadores.]

O SICRETISMO RELIGIOSO DENTRO DA IGREJA CATÓLICA

Atualmente, uma igreja católica no Oregon está promovendo práticas não cristãs de oração e ajudando a arrecadar fundos para um mosteiro budista na Índia.

Na quarta-feira, 26 de junho, a paróquia católica Ressurreição de Tualatin acolheu uma palestra de monges budistas tibetanos sobre a "meditação" não cristã. O evento incluiu uma venda de artigos artesanais feitos pelos monges em um esforço para arrecadar fundos para seu mosteiro na Índia.

A paróquia da Ressurreição pertence à arquidiocese de Portland, Oregon, sob a direção do arcebispo Alexander Sample, conhecido por sua ortodoxia e seu amor pela liturgia tradicional da Igreja.

LifeSiteNews entrou em contato tanto com o pároco, o padre Bill Moisant, quanto com a Chancelaria da arquidiocese de Portland para perguntar por que uma igreja católica acolhe uma conferência sobre mediação budista em vez da rica tradição de meditação e contemplação católica encontrada nos escritos dos santos, dos médicos da Igreja e dos místicos canonizados como São João da Cruz ou Santa Teresa de Lisieux, que são mestres comprovados da vida espiritual.

LifeSiteNews também perguntou por que a paróquia católica da Ressurreição está arrecadando dinheiro para monges que nem sequer são cristãos, e se isso não é uma forma de apoio a outra religião.

Também se perguntou se o evento foi organizado com o conhecimento e permissão do arcebispo Sample.

Nem a paróquia nem a diocese deram respostas à publicação. Pode paróquia promover "meditação budista" exceto a Santa Missa e os Sacramentos no Rito Tradicional, ordenações em congregações tradicionais.

Eis a igreja sinodal!

Fonte: Alerta Católico

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Qual o problema da enculturação e do sincretismo religioso dentro da liturgia da Missa?

A Santa Missa não é um teatro ou um show. Participar da Santa Missa é viver, mais uma vez a Paixão e a morte redentora do Senhor. Quando a gente tenta explicar isso as pessoas acham ruim e dizem "não, mas, a Missa não é só o Calvário, a missa também é ressurreição". 

Esse sempre foi o ensino da Igreja desde os primeiros séculos. A Santa missa é a atualização do Calvário de forma incruenta.

As pessoas não entendem que a Paixão, morte e a Ressurreição de Cristo não está de forma isolada. Participar da Missa é percorrer o Calvário novamente. A Santa Missa é o sacrifício do Senhor Jesus. 

Imaginem! Quem estava gritando, rindo e blasfemando naquele momento em que o Senhor Jesus morria por nós na Cruz eram seus algozes. E nós muitas vezes agi ML os não como Nossa Senhora, as mulheres piedosas e São João, mas como os algozes que riam e zombavam dele; encontramos tremenda falta de respeito com a com a Santa Missa. Colocando nela elementos pagãos, músicas impróprias com ritmos impróprios. As conversas, as distrações, o celular falta de interesse e de entendimento nos afastam do real significado da Santa Missa.

As pessoas aproveitam o momento do ofertório, como se fosse um momento de descanso, um recreio para ir ao banheiro, atender ligação, conversar sem prestar atenção que o ofertório é um momento sublime onde o sacerdote oferece ao Pai os dons que ali serão consagrados. É ali,jn naquele momento que nós também colocamos diante de Deus nossa vida. É uma Teofania, ou seja, uma manifestação de Deus; o Senhor se torna presente sobre o Altar  para ser oferecido ao Pai pela salvação do mundo. 

O Senhor está ali presente, e nós muitas vezes olhamos, conversamos, enquanto o sacerdote celebra a Eucaristia. Nós não celebramos ao lado dEle. Mas é o Senhor!

Se viesse um cantor famoso, um político famoso ou qualquer outra pessoa importante do mundo com certeza muitos iriam querer chegar perto, tirar fotos, abraçar, etc. Mas pense! Quando vais à Missa ali está o Senhor Jesus, Deus está no nosso meio presente na Eucaristia e nós não damos importância. Então você está distraído, disperso com o pensamento e o coração fora da realidade da celebração. É o Senhor! temos que pensar sobre isso.

Dizem alguns: "Mas a missa é tediosa", mas então o Senhor é tedioso? Não, não são os padres. Ah! que se convertam os padres, mas é o Senhor que está ali. O sacerdote "in persona Christi", ou seja, representa Nosso Senhor. Mas, é o Senhor que está ali. Não vamos à Missa por causa do padre, mas por causa de Jesus.     

As pessoas muitas vezes vão à Missa de forma mecânica, não para participarem dela, mas para cumprir uma obrigação e não percebem o valor e o significado daquilo que está acontecendo. Não se vestem apropriadamente, não participam da liturgia lá, não prestam atenção nas leituras, e por causam disso fazem uma comunhão sacrílega porque se não participam da Missa, se não a entendem como pode entender que está recebendo o Corpo do Senhor? É o que diz São Paulo em 1Cor27-29, quando afirma que ao participar da ceia examine-se a fim de não comungar a própria condenação. No tempo de São Paulo algo assim já acontecia  acontece ainda hoje. As pessoas não tomam consciência do que é a Santa Missa. 

E o mais grave são os padres e bispos que tornam isso possível levando às pessoas a um mero espetáculo. Fazendo da missa um teatro. Agora a moda é missa sertaneja, missa conga, missa o boi bumbá. Na verdade, quem promove esse tipo de coisa, mesmo que seja uma autoridade da Igreja não aprendeu nada sobre o que é a Santa Missa e o pior, levam seus fiéis a pecarem gravemente, pois, essas missas não são válidas, são missas sacrílegas. 

Recentemente um padre nos EUA celebrou uma missa com causas LGBT. Claro que aqui estamos a falar dos padres da falsa Igreja Católica que são aliados à Teologia da Libertação e não da verdadeira Igreja Católica. Essas missas e todas as demais "missas inculturadas ou com elementos pagãos e sincretismo religioso não são missas válidas. E portanto, não devemos participar. 

Certa vez perguntaram ao Padre Zezinho porque a missa que ele celebra é tão simples, embora ele seja um cantor e uma pessoa muito influente. Ele respondeu e disse: "missa é missa e show é show". Ou seja,  mesmo ele sendo cantor e músico ele não faz da missa um espetáculo.

 E nós muitas vezes entediamos da missa porque não vamos para encontrar e receber o Senhor na Eucaristia, vamos atrás de um show ou atrás daquele padre simpático, extrovertido. A Santa Missa não é isso. 

Se pudéssemos enxergar o Calvário e ver todo o sofrimento de Nosso Senhor na Cruz, aquele momento de sua agonia e que de forma incruenta se repete na Santa Missa, mudaria certamente as consciências sobre o real significado. 

A ESTÁTUA DA VIRGEM MARIA LGBT DANDO A LUZ SOBRE UMA ROCHA

Os ataques à Verdadeira Igreja Católica e à pessoa da Virgem Maria não param. Nunca em toda a história Nossa Senhora foi tão atacada como agora.

Agora, não só os protestantes atacam a Virgem Maria, mas, os próprios “católicos”. E porque católicos entre aspas? Porque essas pessoas leigos, padres, bispos e arcebispos não são católicos de verdade. É uma rede de impostores que nos últimos tempos com apoio do Papa Francisco se instalou na Igreja como uma erva daninha tentam sugar tudo aquilo de bom e de verdadeiro deixado pelos grandes Papas e grandes santos. Essas pessoas procuram minar a honra e a veneração que temos para com Nossa Senhora e chegam a negar de maneira concreta os dogmas marianos.



Nos últimos tempos tem semeado a confusão e a perseguição àqueles que tentam seguir a verdadeira Igreja e o que ela ensinou por mais de 2000 anos.

Assim como já havia previsto há uma forte corrente para destruir tudo aquilo que a Igreja produziu de bom ao longo dos séculos. Esses mercenários tentam agora construir uma Igreja falsa que se adeque aos desejos humanos e não mais se preocupa com a salvação das almas.  Nossa Senhora em várias de suas aparições tem alertado que viria esse tipo de coisa e que Deus já estava preparando um grande castigo sobre a humanidade por se desviarem dele e dos caminhos deixados por seu Filho.

Recentemente na Áustria foi introduzida uma aberração de uma estátua da Virgem Maria seminua dando à luz sobre uma rocha. A artista que criou a escultura “coroadora” é Esther Strauss.

A escultura estava em exposição na Catedral de Santa Maria, a maior da Áustria, como parte de um projeto de instalação de arte sobre papéis femininos, imagens familiares e igualdade de gênero, disse a diocese de Linz em um comunicado. Ela acrescentou que o incidente, que ocorreu na segunda-feira, foi relatado à polícia.

Esta imagem teve sua cabeça decepada por um anônimo indignado com o tamanho desrespeito dessa imagem escandalosa.  A escultura estava em um pedestal no meio da sala dentro da catedral, mostrando uma Virgem Maria de aparência bastante masculina sentada em uma pedra e dando à luz.

O interessante é que o vigário episcopal para educação, arte e cultura na diocese de Linz, Pe. Johann Hintermaier, condenou a decapitação da estátua.

Vejam, meus caros, até que ponto chegamos com a falsa Igreja instalada dentro da Igreja Católica. Um padre que ao invés de defender a fé e proibir esse tipo de coisa lamenta a destruição parcial da estátua.

Qual é o objetivo de uma imagem católica? A imagem é uma representação do sagrado, ela nos aponta para quem de fato ela representa. Não é objeto de adoração, mas, de veneração. Quando olhamos para a imagem, ou um ícone da Virgem Maria ou dos santos  lembramos deles como pessoas especiais que foram aqui na terra e continuam no céu. A imagem também serve de certa forma para catequizar. Por isso ela representa o sagrado e deve ser representada e feita com toda dignidade que uma escultura deve ter. Não pode conter exageros nem deformidades e nem constranger a quem a venera. Mas, ela deve passar algo que leve ao sagrado, à reflexão e ao entendimento e à oração. A imagem não pode ser adorada nem colocada no lugar de Deus. Ela é um objeto que deve ajudar a pessoa a chegar mais perto de Deus. No caso dessa imagem nem uma coisa nem outra, afronta a dignidade da pessoa da Virgem Maria e escandaliza a fé das pessoas e nada representa a figura de Nossa Senhora. Pelo contrário, coloca Nossa Senhora no status de uma mulher qualquer,  algo que ela nunca foi e nem é, pois, a Bíblia chama de Cheia de graça aquela que Deus escolheu como Mãe. Ela é a Theotókos, a Mãe do Senhor. 

O que há de errado com esta estátua?

Além de ser uma aberração ela fere diretamente aquilo que ensina a Igreja Católica sobres os dois dogmas: A Virgindade Perpétua e a Imaculada Conceição.

Fere a Imaculada Conceição porque Nossa Senhora foi preservada da mancha do pecado original. Fere o dogma da Virgindade Perpétua, pois ela foi Virgem antes durante e depois do parto. Se ela foi preservada do pecado original e, portanto, as dores do parto, conforme está lá em Gênesis Cap. III é segundo a Bíblia originado por causa do pecado original e Nossa Senhora pelos méritos de Cristo foi preservada deste pecado para ser a Mãe do Filho de Deus. E a estátua mostra o contrário, Nossa Senhora dando a luz de forma natural como uma mulher qualquer e não conforme ensina a Igreja. 

O dogma da Virgindade Perpétua ensina que a Virgem Maria não deu à luz a Cristo de forma natural como todas as mulheres, mas, aconteceu de forma sobrenatural, isto é, miraculosa. Porque se a dor do parto é uma consequência do pecado original e a Virgem Maria foi concebida sem o pecado também ela não pode sofrer as dores do parto na hora de dar a luz a seu Filho.

Assim como a luz atravessa o vidro sem quebra-lo, Jesus nasceu através de Maria sem maculá-la e não como acontece nos partos normais. Esse dogma a Igreja ensina e proclama desde os primeiros séculos. Disse o Anjo em Lucas Cap. II que “Maria seria coberta pela sombra do Espírito Santo”.

Está no Evangelho de Lucas que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo e como tal ela recebeu a graça de Deus por excelência para de todas as formas ser a Mãe de Cristo. Assim como não foi preciso conceber o Filho de Deus por meios naturais, ou seja, pelo ato sexual, também o parto de Jesus Cristo não foi de forma natural, mas, pelo poder de Deus de forma excepcional sem romper a dignidade de Nossa Senhora.

A escultura desta Imagem nega esse dogma, estando assim em desacordo com a doutrina. Representar a Virgem Maria com dores de parto é algo típico protestante e não tem nada com a Igreja Católica.  

É uma aberração porque a suposta Virgem Maria representada pela imagem mostra da cintura para cima uma mulher, da cintura para baixo está masculinizada, ou seja, com pernas de homem.

É ridícula essa imagem e só lamentamos a posição da Diocese de Linz em promover esse tipo de coisa e de lamentar que tal ato de destruição parcial tenha ocorrido, pois, o que na verdade nunca deveria acontecer dentro de um ambiente católico, uma igreja. Uma estátua que atenta diretamente contra Nossa Senhora e contra os dogmas marianos.

E como disse o Rafael Moreira do site controversiacatolica.com: "É isso que esses (padres e bispos) modernistas conciliares tem a oferecer; uma reprodução das heresias protestantes em território católico".

quinta-feira, 9 de maio de 2024

SOLA FIDE - A FALSA DOUTRINA PROTESTANTE, FÉ SEM AS OBRAS

 

            


A doutrina da SOLA FIDE ou "fé somente" afirma que é exclusivamente baseado na Graça de Deus, através somente da fé daquele que crê, por causa da obra redentora do Senhor Jesus Cristo, que são perdoadas as transgressões da Lei de Deus.

Se perguntarmos para um protestante o que é preciso para ser salvo receberá a resposta: “crê no Senhor Jesus e será salvo!”. 

 Lutero criou a doutrina da Sola Fide partindo do pressuposto de que basta apenas crer para ser salvo, tendo em vista que Lutero tinha conflitos entre si, conflitos de consciência sobre os pecados que apesar da Confissão não se achava capaz de superá-los. Tendo um imenso medo do castigo eterno procurava encontrar razões pelas quais justificaria o perdão dos pecados, como ele mesmo descreve em suas memórias: “Quem não crê como eu é destinado ao inferno, minha doutrina é a doutrina de Deus. Meu juízo é o juízo de Deus". (WEIMAN,  X, 2. ABT., 107) e sobre o pecado dizia: "sê pecador e peca fortemente, mas crê com mais força e alegra-te com Cristo vencedor do pecado e da morte... Durante a vida devemos pecar!". 

            Lutero admitiu o texto de Marcos 16, 16-18 – “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crê será condenado” [...], mas, essa passagem do Evangelho por si só não se sustenta sem entender o que significa crer. Crer é acreditar, é dar crédito, confiança e aceitação à alguma coisa. Crer segundo o Evangelho é aceitar aquilo que Nosso Senhor deixou para que cumpríssemos, pois, crer por si só até o diabo crê, mas, contudo o diabo também crê em Jesus, mas, não tem fé.

             E se  crer em Jesus como afirma Lutero fosse o suficiente para a salvação não seria necessário praticar aquilo que Nosso Senhor Jesus deixou em seu Evangelho que é a prática das virtudes ou as boas obras. 

            É por isso que vemos no meio protestante se dar mais ênfase às pregações do que à caridade em si. Porque a crença protestante da salvação parte do pressuposto de que basta crer e aceitar Jesus. Só que isso não é verdade. Crer segundo o Evangelho é vivenciar e praticar aquilo que Nosso Senhor Jesus Cristo deixou. A Fé é o motivador das obras. "Em verdade vos digo: Se credes em mim farás obras maiores do que estas, porque estou indo para o Pai". - João 14, 12-14. Para que cremos? Para realizar a obra do Pai. Se não for assim de nada adianta a Fé, pois a fé é manifestada pelas obras. Nosso Senhor mesmo disse: "Bem aventurado não é o que me diz senhor, senhor, mas o que ouve minhas palavras e as põe em prática". Mateus 7, 21-23.    

             O protestantismo que surgiu no século XVI, exclui a existência da Lei de Cristo quanto à necessidade das boas obras e da prática dos Mandamentos para a salvação. Textos tão claros da Sagrada Escritura aos quais Nosso Senhor diz que Deus retribui a cada um segundo suas obras.

            Com isso Lutero e, agora seus seguidores, insistem em menosprezar as boas obras, as quais o cristão não pode salvar-se sem a prática delas. Um absurdo iniciado por Lutero que é um engodo, deixando de lado os meios edificantes pelos quais a Sagrada Escritura é clara ao afirmar.

            Tiramos o exemplo do Evangelho (Mt19, 16-30) o diálogo entre o homem rico e Jesus:

            Diz o homem:

- “Mestre que devo fazer para ter a vida eterna?”

Jesus responde:

- “Se queres entrar na vida eterna, obedeça aos mandamentos!”

- “Quais?”, Pergunta o jovem.

Jesus responde:

“Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, ame ao próximo como a ti mesmo” ...

Disse o homem:

- “Isso tudo tenho observado, o que me falta?”

Jesus responde:

- “Vende todos os seus bens, dê aos pobres e depois vem e siga-me!” [...]

E o texto conclui dizendo que aquele homem se afastou de Jesus porque tinha muitos bens.

Ora, aqui vê-se claramente que Jesus enfatizou a necessidade das boas obras para a salvação. Cai por terra a argumentação protestante de que basta apenas crer para ser salvo.

Se assim o fosse Jesus diria: “basta crer em mim e você será salvo”, no entanto, Jesus pede “obedeça aos Mandamentos”, e no final pratique a caridade, isto é, distribua sua riqueza aos pobres e depois siga-me. A fé é graça, mas exige de nós confiança na pessoa de Jesus. Ela exige de nós a consciência de quem é Jesus e o que ele pode fazer em nosso favor.

O chamado de Jesus a segui-lo implica estar com ele não só nesta vida, mas, também na eternidade.

Por isso essa doutrina de que basta crer para ser salvo não passa de um desejo orgulhoso e de uma autossuficiência sem respaldo algum na Sagrada Escritura.

Agindo assim a pessoa deixa de lado os aspectos mais edificantes que levam uma pessoa ao egoísmo de achar-se autossuficiente sem a necessidade de proceder segundo aquilo que a própria Bíblia determina como maneiras pelas quais devemos agir para sermos salvos.

Mas, porque Lutero insistia na salvação só pela fé?

Lutero entrou para a vida religiosa sem vocação. Era rebelde e cheio de conflitos internos e tinha uma grande dificuldade de obediência a seus superiores. Querendo fugir do mundo exterior abraçou a vida religiosa, mas, por ser temperamental demais não encontrou paz na vida religiosa desagradando a si e seus companheiros. O historiador protestante Adolf Hausrath na sua biografia sobre Lutero diz que “ele era um homem doente e anormal”. Da mesma opinião é o médico Guilherme Ebstein em sua obra de 1908. Atesta também as obras de 1937-1941 – do médico P. J. Reiter intitulada: Ambiente, Caráter e Psicose de Martinho Lutero atesta a mesma opinião.

Lutero, por causa das suas tentações e sua natureza corrompida, doentiamente achava-se um predestinado. Queria ter a sensação de que seus pecados já haviam sido perdoados e que se achava na graça de Deus autossuficiência para seus pecados sem a necessidade de arrependimento ou das obras para a salvação. 

Dominado por seus escrúpulos chegava a confundir as tentações com o próprio pecado. Como ele mesmo chega a dizer: “Quando eu era monge, acreditava imediatamente que perdia a salvação, cada vez que experimentava a concupiscência da carne, isto é um mau movimento de ódio e de inveja a respeito de um irmão, etc. Eu punha em uso muitos remédios, confessava-me diariamente, mas isto não me servia para nada. Porque sempre a concupiscência da carne reaparecia. Eis porque eu não podia achar a paz, mas estava perpetuamente em suplício pensando: Tu cometeste tal e tal pecado, estás ainda sujeito a inveja, à impaciência, etc. Foi em vão que recebeste as ordens e todas as tuas obras são inúteis”.

Vê-se claramente nas afirmações dos doutores que Lutero padecia de uma doença psicológica na qual sentia uma enorme inquietude interior e não encontrava forças para vencer seus temores. O medo da morte e do Juízo levava-o a sentir terror e mesmo com a ajuda de seu diretor espiritual não encontrava a paz desejada. Para resolver isso ele preferiu apoiar-se na ideia de que se a Escritura diz que “basta crer e ser batizado e será salvo” – a resposta para seus problemas.

Lutero rejeitou o Sacramento da Confissão e todas as outras orientações da Bíblia referente a Salvação, alicerçando em uma falsa doutrina e uma falsa perspectiva de salvação que não tem raízes sólidas na Sagrada Escritura. Cria na Sola Scriptura para dar apoio ao seu comportamento temperamental, ou seja, à sua crise de consciência. Ele não acreditava na Confissão porque não era capaz de emenda-se de seus pecados. No fundo ele sabia que a Confissão é um sacramento instituído por Jesus.

E nos anos que se segue, até os dias de hoje as denominações protestantes sem fazer um estudo sério e sem conhecer a causa com que Lutero criou essa falsa doutrina simplesmente adotam a salvação sem as boas obras como base de seus ensinamentos e rejeitam o sacramento da confissão acreditando que basta confessar-se com Deus diretamente. Uma atitude orgulhosa vinda de Lutero que não tinha caráter o suficiente para diante da confissão sacramental emendar-se de seus pecados. 

Cada vez mais desesperado ele estava convencido de que o homem não é livre e não pode se libertar do pecado, encontra na Carta aos Romanos: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: "Mas o justo viverá pela fé”. - (Romanos 1, 17) a solução dos seus problemas.

Mas o mesmo Apóstolo sustenta depois em 1Coríntios 16, 14: “Todas as vossas obras sejam feitas em caridade”. O mesmo Paulo que diz que o justo viverá pela fé diz que é preciso fazer as boas obras.

Foi a orientação individualista de Lutero e hoje de muitos protestantes que o impediram de assimilar o ensinamento de São Paulo. Pois, este mesmo Apóstolo em todas as demais epístolas, em consistência com as palavras do Evangelho deixou claro a importância das obras para a Salvação. E em 1Coríntios 12, 2 São Paulo nos ensina que a fé não é nada sem a caridade. Ou seja, todas as nossas ações devem ser acompanhadas do espírito de fé que é a base de toda vida cristã.

Jesus disse: “Se queres entrar na vida eterna, obedeça aos Mandamentos”. Esquivar-se das obras para justificar uma salvação meramente individualista no sentido de que basta apenas crer é algo mesquinho.

Mas, porque São Paulo diz em Romanos 3, 28 que o “homem é justificado pela fé sem as obras da Lei?” – Porque São Paulo está se referindo que nós cristãos, somos o povo da Nova Aliança, não precisamos mais cumprir as determinações cerimoniais da Antiga Lei judaica. Nossa Lei é Cristo, nossa salvação está em Cristo. Porque se fosse para ficarmos presos ao jugo da Lei de Moisés não precisava o sacrifício salvífico de Cristo.

 Lutero erroneamente toma isso como base para sua Sola Fide, como se São Paulo estivesse dizendo para não obedecer a lei nenhuma, nem os Mandamentos.

São Paulo em Romanos 3, 21:7,6; fala da liberdade dos filhos de Deus. E diz que soltos estamos da lei da morte, na qual estávamos presos, de sorte que sirvamos, em novidade do espírito e não na velhice da letra. Lutero tomou isso no sentido de que os cristãos já estão libertos de todas as leis bastando apenas crer.

 Com isso Lutero esvaziou a salvação pelas obras tanto bem explícitas nos Evangelhos e que muitas denominações protestantes ainda insistem em seguir sem mesmo perceber que estão totalmente errados e em desacordo com a Sagrada Escritura. 

De maneira nenhuma São Paulo enfatiza que devemos apenas crer para ser salvo, que só a fé salva. As obras da lei que São Paulo fala são as obras cerimoniais da Lei de Moisés que foram cumpridas por Jesus e por conseguinte já não temos mais que as cumpri-las. Pois, a Lei de Moisés é para os judeus. Na Nova Aliança dada por Jesus haveria um novo povo onde haveria pessoas convertidas de diferentes nacionalidades que não estavam sob o jugo da lei mosaica. No entanto, São Paulo é categórico em afirmar que a fé deve ser acompanhada da Fé, da Esperança e da Caridade fraterna que são as boas obras do Evangelho e que nós chamamos de Virtudes Teologais. Não pode salvar-se apenas crendo, mas, amando uns aos outros e esforçando-se para viver na graça, longe do pecado. "Eu vos dou um novo Mandamento. Amai uns aos outros como eu vos tenho amado!" - João 13, 34. 

 

 Porque Lutero criou a Sola Fide?

 

A finalidade de Lutero era procurar uma doutrina que justificasse a sua vida devassa e a resposta para a sua mente doentia. Ele não queria se adequar à Igreja, mas que a Igreja adequasse a ele. Como isso era impossível tratou logo de inventar um meio que justificasse as suas loucuras, ao seu modo. A Sola Fide nada mais é do que uma resposta satisfatória que lhe amenizasse a consciência.      

Ele queria salvar-se a qualquer custo, mas, por causa do seu temperamento não se achava suficiente para emendar-se de seus erros e achou (erroneamente) a solução na negação do livre arbítrio e na salvação sem as obras. Obras pelas quais ele não tinha forças o suficiente para realizar porque era extremamente vaidoso, arrogante, impetuoso e padecia crise moral.

Vendo isso não podemos compreender porque as igrejas ainda hoje insistem com esta falsa doutrina que não tem base. Ou será que os pastores e os fiéis destas igrejas têm o mesmo caráter doentio de Lutero? [...]

Qual era o critério utilizado por Lutero para sustentar a doutrina da salvação sem as obras e que basta apenas crer?

Lutero tinha um grande conflito com o pecado original e dizia:

“O anjo também não é livre porque o “livre-arbítrio é o apanágio exclusivo de Deus”. Mas, com o homem aconteceu a grande desgraça, foi o pecado original que tornou a nossa vontade inteiramente corrompida, completamente dominada pelo mal, e isto para toda a vida” [...] “Nossa pessoa, nossa natureza, todo nosso ser está corrompida pela queda de Adão... Nosso pecado não é em nós uma obra ou uma ação, é a nossa natureza e todo nosso ser”.

No comentário à Carta aos Romanos, (Romanos 5) afirma: “o pecado original é, ‘não somente a privação de qualidade na vontade, não somente a privação de luz na inteligência e de poder na memória, mas a completa privação de toda retidão do homem interior e exterior. É a própria tendência para o mal, náusea para o bem, aversão à luz e à sabedoria, amor ao erro e às trevas, fuga e abominação das boas obras, corrida para o mal.”

“A consequência disso é que o homem só pode fazer o mal: ‘o homem, não sendo senão como um tronco podre, não pode produzir senão corrupção, não pode senão querer fazer o mal”.

“Tudo o que compreenderes, por belo e brilhante que seja, é pecado e continua sendo pecado. Faze o que quiseres, não podes senão pecar”.

“E tudo que o homem faz é, por natureza pecado mortal: ‘Todo pecado no que diz respeito à substância do fato é mortal”.

Diante disto, segundo Lutero trazemos desde o nascimento até o túmulo a natureza tão corrompida pela queda do primeiro homem que tudo que fazemos é pecado mortal e, então como poderemos salvar-nos?

         A resposta a esta pergunta para Lutero é simples: Basta crer em Jesus Cristo e serás salvo.

            O que significava “crer” segundo Lutero? 

            Todos nós sabemos que crer em Jesus Cristo é aceitar toda sua doutrina. Lutero admite a fé nesse sentido, mas para ele não tem grande significado, não é neste sentido que a fé salva. Assim ele afirmou: "Cristo tem duas naturezas. Em que isso me interessa? Se Ele traz esse nome de Cristo, magnífico consolador, é por causa do ministério e da tarefa que Ele tomou sobre si. Crer em Cristo não quer dizer que Cristo é uma pessoa que é homem e Deus, o que não serve de nada a ninguém; significa que esta pessoa que é Cristo, isto é, aquele que para nós saiu de Deus e envio ao mundo. É deste ofício que ele tira seu nome”. (Elargen XXV-207).

Com isso Lutero quer dizer que crer em Cristo significa simplesmente crer que ele é o salvador nada mais. Daí a famosa frase protestante quando alguém lhe procura dirá: “Você crê em Jesus e o aceita como seu suficiente salvador?” Porque parte do pensamento de Lutero crer sem nenhum compromisso com aquilo que Nosso Senhor mesmo designou como canais para a salvação: o verdadeiro arrependimento, os sacramentos, as obras, etc...

    Nada de arrependimento e nem das obras, pois, esses sentimentos que levam o homem a Cristo, esteja o arrependimento dos pecados supõe liberdade, mas, para Lutero o homem não é livre. Lutero chama de delírio a contrição e o arrependimento exigido pelos padres, dizia: “a esses deveria tirar o poder das chaves e dar-lhes o bastão de conduzir as vacas”. Porque segundo ele o arrependimento torna o homem mais hipócrita e mais pecador.

Lutero não aceitava a salvação pelas obras, ou seja, pelo arrependimento e a busca sincera de conversão pela Confissão ele as considera inúteis para a salvação ele afirmava que com a natureza humana corrompida não há salvação pelas obras, as boas obras são más é pecado como o resto. E mais... Dizia: “A lei, as obras, a caridade, os votos não só resgatam como agrava a maldição. Quanto mais obras fizermos, tanto menos poderemos aprender e conhecer a Cristo. Ensinando-as e excitando-as a faze-las como necessárias a salvação, causa um mal maior do que a nossa razão pode compreender e conceber. Ou seja, aqui Lutero exclui a graça de Deus, através do Espírito Santo, o qual nos concede para que com nossos esforços possamos atrair a divina misericórdia. Daí se explica a birra que ele tinha com as palavras de São Tiago quando ele diz em Tiago 2, 17: “A fé sem obras é morta” – parece ser um recado que São Tiago deixou para o pai do protestantismo.

 Portanto, a fé alcança sua credibilidade diante de Deus e diante dos homens quando unida às obras. Obras não produzem fé; mas a fé produz as obras, e as obras confirmam a fé.

Com isso, São Tiago joga por terra toda a tese de Lutero e nos mostra a importância das obras para a salvação. A fé as obras estão intimamente ligadas. Crer é dar crédito, crer em Jesus até o diabo crê, no entanto ele é um condenado.

 Não basta crer somente; se não houver um esforço constante de nossa parte. As boas obras são necessárias para a salvação, elas são os bons frutos que produzimos.

“Porque cada árvore é conhecida pelos frutos que produz. Porque não se colhem figos de ervas daninhas, nem se apanham uvas dos espinheiros”. (Lucas 6, 44)

É fácil parecer uma árvore frutífera, mas Jesus disse que seríamos conhecidos pelos frutos que produzimos (Mateus 7: 16-20). Não devemos apenas produzir frutos para fora – mas para dentro. O que é fruto interior? É o fruto do Espírito Santo trabalhando em nossa mente e alma para nos tornar a imagem de Cristo.    

 

             O critério de Lutero era a negação do livre arbítrio.

 

Ele chegou à conclusão de que o homem não goza de liberdade. Assim disse:

 “A vontade humana é como um jumento; se Deus o cavalga, quer e vai onde Deus quer, como diz o Salmo 72, 23. "Se satanás o cavalga, quer e vai para onde vai satanás, nem está em seu poder correr para outro cavalgador ou procura-lo, mas os cavalgadores é que lutam entre si para alcançar o jumento e tomar conta dele.” 

“Tudo se realiza segundo os decretos imutáveis de Deus. Deus opera e mal e o bem. Tudo o que fazemos, fazemo-lo não livremente, mas por pura necessidade”.

“Foi o diabo que introduziu na Igreja o livre-arbítrio”.

Bem... por aí vemos que Lutero tinha uma grande dificuldade em discernir a liberdade que Deus nos dá como seus filhos, da libertinagem que é a pessoa achar-se livre para fazer tudo o que quiser pois tudo lhe é permitido e, este é um pensamento satanista.

A liberdade que Deus nos dá é diferente, ela requer de nós responsabilidades, direitos e deveres. Liberdade para escolher o bem e o mal. Mas, Lutero entende que por causa de ele não se adequar aquilo que a Sagrada Escritura e a Igreja ensina diz que o homem não é livre, inclusive mentia pra si mesmo porque se assim o fosse não era livre para pensar, agir e falar. O livre-arbítrio está presente em todas as ações do ser humano seja para o bem, seja para o mal e cada um é fruto daquilo que escolhe.

Daí a falsa doutrina da salvação sem as obras, que tanto os protestantes e evangélicos de hoje acreditam não é nada menos senão a forma que Lutero achou para consolar suas mazelas espirituais.  

 

Explicação do teólogo e ex pastor protestante, Prof. Eduardo Faria:

“Somos salvos pela fé. No início é bonito, mas ele (Lutero) se opõe, se torna feio quando ele diz: ‘somos salvos somente pela fé não segundo os católicos ensinam que temos que ser salvos pelos nossos próprios esforços, pelas nossas obras, etc.”

“Somos salvos pela fé? É obvio. Tudo começa pela fé. Questão é: o que é fé essa é a grande pergunta. Porque são Tiago na sua carta diz: ‘Você acredita em Deus? Faze bem até os demônios acreditam’, então, dizer que fé é simplesmente crer está errado. Fé é acreditar, é confiar, mas, fé também é obedecer. Nós cremos, vão dizer os protestantes, só precisa de crer. Não precisa de obras, não precisa dos sacramentos.”

 “Se eu recebo os sacramentos é porque eu creio, se eu pratico boas obras é porque eu creio. É obvio que tudo começa com a fé e a fé não exclui os sacramentos, muito pelo contrário. Eu recebo os sacramentos porque eu creio. E a fé bíblica, a fé católica não é uma fé fideísta nem fiduciária. Ah eu simplesmente creio, creio, creio, confio, confio, confio. A fé bíblica é aquilo que São Paulo diz escrevendo aos Gálatas: ‘Pois em Cristo nem a circuncisão, nem a insircuncisão é coisa alguma, mas, o que importa é a fé que opera pela caridade’; (Gálatas 5,6). Então, a fé verdadeira, é uma fé que opera em caridade, que transborda em obras. E isso é tão sério que, por exemplo, Rm2, 6: ‘Ele retribuirá a cada um de vós de acordo com vossas obras’. 1Coríntios 3, 8 ‘Cada um de vós será recompensado de acordo com vossas obras’. Mateus 7, 21 ‘Nem todo aquele que me diz senhor, senhor entrará no reino dos céus, mas somente aqueles que fazem a vontade do meu Pai’.

“Perceba que existe sim uma íntima conexão entre a fé verdadeira e as obras que emerge, que transborda da fé. Se perguntassem ‘somos salvos pela fé ou pelas obras? Eu diria nenhum dos dois, nós somos salvos pela graça mediante a fé e as obras. A graça nos transforma não é meramente uma graça extrínseca que nos cobre, mas nos deixa sujos por dentro, mas, é uma graça infusa que nos muda essencialmente, uma mudança ontológica, a graça nos transforma e faz emergir de nós, a partir de nós fé e obras. Não é para ter confusão. A graça de Deus faz brotar em nós a fé e obras”.

            “E quando se fala de obras não é só no sentido de obras de caridade, mas obras sociais, mas também as obras do dia a dia á maneira como nos correspondemos com os valores do evangelho, o modo de viver, de agir, de pensar e de falar, o modo de tratar a família, a esposa, o modo de trabalhar também entra nesse caso. A fé acaba transbordando ali o nosso agir diário.”

“Nosso Senhor disse: Esta é a obra de Deus, que creias naquele que ele enviou”, ou seja, a própria fé é uma obra, é uma iniciativa humana tornada possível pela graça. É isso que precisamos entender. A graça habilita a crer e a fazer boas obras.”

“Agora essa insistência (protestante) que é só pela fé é um racionalismo individualista, por exemplo: Boa parte dos protestantes vão dizer que só se pode batizar o sujeito que chegou à idade da razão, porque o bebê não pode crer, pois, ele não tem como ser batizado. O que eles alegam que ele precisa ser capaz de elaborar racionalmente a fé em Cristo para poder ser parte do membro do povo de Cristo, ou seja, os nossos irmãos que possui algum tipo de deficiência mental não podem ser batizados, porque se ele nasce com paralisia cerebral como ele vai elaborar sua fé em cristo?”

“Perceba como é cruel essa doutrina, porque eu excluo do povo de Deus quem não consegue elaborar racionalmente sua fé. Agora se a Igreja católica batiza a criança batiza na fé dos pais.”

 “Veja que esse argumento protestante de não batizar crianças é também um segundo Sola Fide. Por isso devemos entender que o cristão é salvo pela fé, mas temos que entender o que é fé”.

O que Nosso Senhor disse sobre as obras?

Mt25, 14-30 – OS TALENTOS SÃO OS DONS QUE DEUS NOS ENTREGA E DISPÕE PARA FAZERMOS AS BOAS OBRAS, E AS OBRAS SÃO FRUTOS DOS TALENTOS. 

4 Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.

15 E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.

16 E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.

17 Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.

18 Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

19 E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.

20 Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.

21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

22 E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.

23 Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

24 Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;

25 E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.

26 Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?

27 Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.

28 Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.

29 Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.30 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.                           

 

Mateus  25, 31-46 – SEREMOS JULGADOS PELAS NOSSAS OBRAS. A RECOMPENSA PARA OS BONS E O CASTIGO PARA OS MAUS.

 

 1 E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;

32 E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;

33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

35 Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;

36 Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.

37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?

38 E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?

39 E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?

40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;

43 Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

44 Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

45 Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.

46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

Vejam, meus irmãos que somente nesse capítulo XXV de São Mateus, por duas vezes, Nosso Senhor é claro em dizer que se não praticar as boas obras se não praticarmos a caridade, não entraremos no reino de Deus.

A doutrina Sola Fide de Lutero não tem sustentabilidade nenhuma, pois Deus quer que por nosso esforço trabalhemos para merecer a salvação que é graça, mas, depende da nossa participação, do serviço aos irmãos, do comprometimento com os valores do reino.

Note que a afirmação de Lutero de que o homem não tem o livre arbítrio não se sustenta nem mesmo no Evangelho. E aqui vemos claramente neste texto sobre o juízo final que Nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os homens, os bons e os maus, segundo suas obras. O homem tem a liberdade de fazer o bem ou o mal, porém a diferença está na retribuição final. O Senhor dará o céu ao bons e o inferno aos maus. Cada um é responsável pelas suas escolhas.   

Se assim fosse como Lutero achava, tão fácil apenas crer para ser salvo, Nosso Senhor não teria dito “Entrai pela porta estreita!”

               “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. (Mateus 7, 13-14)”          

Como vimos a salvação é graça de Deus, mas o homem quer salvar-se pelas obras. Deus conta com nossa participação; Deus que desde o início da criação quis contar com a participação também deseja nossa participação no processo da Salvação. Pois engana-se aqueles que dizem que basta crer e está salvo, antes é necessário todo um processo de conversão, não se pode crer em alguma coisa só porque ouviu falar, mas deve-se conhecer, neste caso a Fé que acabará de receber ser batizado, receber os sacramentos e viver uma vida de acordo com a verdade que lhe foi revelada. A isso chamamos de boas obras. Que são aquelas que farão com que o crente santifique sua vida e sua alma. Jesus disse “quem crê e for batizado será salvo!”, implica que aquele que vai se tornar filho de Deus e membro da Igreja seja conhecedor da verdade que é Cristo, arrependa de seus pecados (no caso de adultos conscientes) e viva de acordo com a Palavra de Deus.

Ora, Lutero desprezava as boas obras porque tinha um grande conflito espiritual interno. Era rebelde consigo mesmo ao ponto de não se esforçar para conseguir deixar o pecado. Ele se via caído nas suas fraquezas espirituais, mas, como padecia de problemas sérios não conseguia emendar-se e punha a culpa nas “boas obras” que segundo ele não adiantava de nada. Por não ser capaz de emendar-se mesmo sob orientação de seu confessor passou a defender que o “livre-arbítrio” não existe e quanto mais o homem peca mais deve pecar para enfrentar o demônio. Demônio esse que era sua crise de consciência. Por isso a doutrina predominante de seus escritos é a inutilidade das boas obras. Dizia: “As boas obras são más, são pecados como o resto”. Ou ainda: “A lei das obras, a caridade os votos não só resgatam, mas agravam a maldição”. Porque na cabeça dele era impossível o esforço espiritual para ser bom já que sempre pecava, confessava e voltava a pecar.

O professor da Universidade de Wittenberg Jorge Maior, procurou reagir contra essa falsa doutrina e ensinou que as boas obras são necessárias para a salvação.

Se as boas obras são más conforme disse Lutero, se a natureza está corrompida que até as boas obras são pecados, como é que podemos crer? Lutero não levou nem a consideração de que crer, aceitar Nosso Senhor, ser batizado conforme diz o Evangelho também é obra. A conversão é atitude e, portanto, é boa obra.

Se Deus não deu o livre-arbítrio ao homem, conforme a doutrina de Lutero, porque então desde os profetas, até Nosso Senhor que chama às pessoas ao arrependimento dos seus pecados, como São João Batista dizia: “Aplainai os caminhos, endireitai suas veredas!”, “o Senhor está para chegar, arrependei-vos!” – Ora, se não existe o livre-arbítrio porque é necessário ao homem arrepender-se?

Jesus Cristo em todo Evangelho exige de nós a fé, a fé molda nosso interior e nos leva a Deus e, se Deus nos dá essa graça é porque sabendo de nossas fraquezas para que possamos continuamente contar com essa graça para superar nossas misérias. Na cruz ele se humilhou, mas, vencendo a cruz foi exaltado, ressuscitando deu-nos a vitória. A fé cristã passa pela cruz, mas é ela que nos faz vitoriosos com Cristo. Se fazemos as boas obras, fazemo-las por Cristo e com Cristo.

 

A fé é uma convicção da inteligência, sob o aspecto da vontade livre e sob o influxo da graça divina. Nesse sentido Igreja católica admite o livre arbítrio, pois, a graça de Deus antecipa a ação humana e a fé é obra de Deus com a participação humana. Lutero só admite o arbítrio afirmando que a fé é obra exclusiva de Deus.

 

Jesus Cristo é o único Salvador do mundo, reconciliou todas as coisas e reconciliou-nos com Deus. E reconciliando todas as coisas ofereceu-lhes na Cruz a reparação pelos pecados. Só Ele podia faze-lo por ser homem e Deus ao mesmo tempo. A obra de Cristo foi perfeita. Falta apenas a nossa contribuição que realizamos com a graça de Cristo. É pena os protestantes e as demais denominações cristãs de hoje tenha esse mesmo pensamento de Lutero de tomar Cristo como Salvador no sentido de que não existe nossa parte na obra da salvação. Com isso perguntamos:

Para que existe as igrejas, para que crer então, para que esses protestantes vão aos cultos se já consideram salvos e não necessitam fazer nada para isso? Não seria perda de tempo ir à Igreja já que afirmam que crendo somente estão salvos? Para que ler a bíblia, para que gastar tempo se o homem não tem o livre-arbítrio ou crê e já está salvo ou não crê e já está condenado?

No entanto, as igrejas estão cheias, o povo quer ouvir a palavra, participar do culto, estar em união com Jesus, isso não é graça? Não é a liberdade que Deus nos dá? No entanto as igrejas estão envoltas na ajuda às pessoas, nos cultos há o chamado ao arrependimento, isso não são boas obras?

 Vede meus irmãos que podemos perceber que a tese da Sola Fidei não se aplica nem mesmo entre os protestantes porque queiram ou não tudo que fazemos para servir a Deus conta como boas obras para nossa santificação. O problema é: Até que ponto um protestante acredita na santidade. Até que ponto ele é capaz de obedecer a Deus. Mas, uma coisa é certa sem as obras, sem esforço não existe salvação. A ideia de crer e já está salvo é um pensamento soberbo que não tem respaldo na Sagrada Escritura, pois quando Jesus disse que devemos crer para ser salvo dentro desse “crer” está embutido toda a doutrina, toda a Sagrada Escritura, todos os mandamentos e o nosso esforço de cumpri-la.

A Salvação é graça, mas não é de graça, ela tem condições: Crer, ser batizado e viver a vida de batizado cumprindo a palavra de Deus. Disse Nosso Senhor.

“Se queres entrar na vida eterna obedeça aos mandamentos [...] pratique a caridade”. Isso não são boas obras?

 

Lutero não admitia a justificação do pecador de que ele pode tornar-se realmente justo, regenerando-se e transformando-se pela graça de Deus, mas no sentido de que Deus extremamente o considera justo, embora seja o mesmo pecador. O que não crê tudo que faz é pecado mortal, o que crê pode fazer as mesmas coisas quer está perdoado. Assim diz:

“Para aquele que não crê não somente todos os pecados são mortais, mas como todas as suas boas obras são pecados [...] Portanto, pecaminoso o erro dos sofistas que distinguem os pecados de acordo com os atos e não de acordo com as pessoas. Naquele que acredita o pecado é venial. É normal para o que não crê, não seja diferente, menor num e maior no outro [...]

Veja que Lutero considerava que o mesmo pecado era diferente para diferentes tipos de pessoas, se cresse o pecado era leve, não importa o tipo de pecado, mas se não cresse então o mesmo pecado era grave, mortal. A diferença está em crer ou não crer. Segundo ele, a diferença é que Jesus Cristo toma o lugar do pecador que crê, é o ‘manto que oculta a vergonha. Assim ele deixa o pecador pendura-se nas suas costas e assim livra da morte e do carcereiro...

Segundo Lutero Cristo cumpriu toda Lei (cerimonial), e, portanto, os que creem não tem mais obrigação de observar a Lei, pois, segundo ele essa observância é impossível já que o homem não tem livre-arbítrio. 

Assim diz: “Essa é a nossa doutrina que sabemos eficaz para consolar as consciências. Viveremos sem lei e nos persuadiremos que nossos pecados nos foram perdoados”. Pode-se definir o cristão: o homem livre de todas as leis no foro interno e externo”. Assim vês quão rico é o homem cristão que mesmo querendo não pode perder sua salvação por maiores que sejam seus pecados, a não ser que não queira crer. Nenhum pecado pode considera-lo, a não ser somente a incredulidade. Todos os outros se houver fé na promessa divina feita ao batizado, não perdoados pela mesma fé”.

Lutero é contra a ideia de que Cristo é um legislador que nos veio ensinar uma moral pura revelada pelo Evangelho.

Assim diz: “Erasmo e os papistas cuidam que Cristo é um novo legislador. Na sua demência nada entendem do Evangelho, representam-no fantasticamente como um código de novas leis, semelhante aos turcos do seu Corão”.

“O Evangelho não prega o que devemos fazer, não exige nada de nós. Antes ao invés de dizer-nos para fazer isto ou aquilo, manda-nos simplesmente estender as vestes e receber.  Toma meu caro, eis o que Deus fez por ti, por teu amor vestiu-se de carne humana o próprio Filho... Aceita esse dom, crê e serás salvo”.

“A isto se reduz todo o cristianismo: a sentir que não tens pecado ainda quando pecas, a sentir que teus pecados aderem a Cristo, que é salvador do pecado”.

 

Vejam, meus caros, como era a mente doentia de Lutero que não considerava que Jesus veio trazer uma nova lei, um novo mandamento. A consciência de Lutero manda calar a voz de Deus e a busca pelo arrependimento.

Para ele a diferença do pecado ser grave ou não está apenas no crê e não crê. Lutero joga nos ombros de Cristo a nossa responsabilidade de pecadores. Não! Jesus veio nos salvar sim, mas ele exige de nós a busca sincera pelo arrependimento. Lembrem-se das palavras dele à pecadora:

 “Mulher alguém te condenou?”

 “– Não, Senhor, ninguém me condenou”.

“Eu também não te condeno, vai e não peques mais!” 

 

 Para Lutero é só crê; não é preciso fazer mais nada, crendo vá pecando e Jesus perdoando, porque não importa a minha condição, pois se creio, segundo ele estarei salvo do mesmo jeito. Conforme ele mesmo disse em sua carta a Melanchthon em agosto de 1521: “Sê pecador, peca fortemente, porém mais fortemente ainda crê e rejubila-te em Cristo”

 Como considerar uma doutrina dessas? Como que os protestantes, os evangélicos ainda hoje insistem nessa falsa doutrina?

 

Podemos perceber que essa doutrina ímpia de Lutero que ele não podia encontrar paz em seu espírito atormentado pelo medo do castigo eterno. Depois do rompimento com a Igreja seus dramas continuaram; ele acusa o demônio como responsável por tudo isso e como remédio para suas perturbações os acessos de cólera com quem lhe era contrário. Diz ele: “Isto refresca a minha prece, aguça meu espírito, expulsa todos os pensamentos de desânimo e todas as dúvidas.

Era assim, com essa doutrina que Lutero achava digno de “reformar” a Igreja.

Ora, a Igreja fundada por Cristo tem seu lado humano e divino. Ela é a coluna e sustento da verdade, guarda o depósito da fé (1Timóteo 3,5). Mas, como tem seu lado humano está sujeita a pecar. Embora tenha produzido ao longo dos séculos muitos santos, muitos levam uma vida edificante, outros, porém erram porque “o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar que colhe todos os tipos de peixes; depois de estar cheia os homens a tiram para fora e na praia, sentados escolhem os bons e os maus lançam fora. Assim será no fim do mundo, virão os anjos e separarão os maus dos bons”. (Mateus 13, 47-50)

Se os santos não estão satisfeitos consigo mesmo e esforçam-se para amar a Deus, que dirá então os pecadores [...] Em todas as épocas os cristãos sentem a necessidade de uma reforma moral cuja realização se dá na própria Igreja, na doutrina e nos sacramentos. Que reforma foi essa de Lutero que exclui da pessoa humana a responsabilidade de seus erros e a busca pelo arrependimento?

Lutero tomou como ponto de vista de sua doutrina de que o homem não tem livre arbítrio. Ora, se há uma verdade encrustada na Sagra Escritura desde Gênesis ao Apocalipse é a liberdade que Deus dá a cada um para escolher o bem ou o mal, mas também aponta as consequências: Salvação para os bons, para os que buscam a Deus de coração sincero e maldição para aqueles que escolhem o mal. Mas, a promessa salvadora e a graça são dadas de modo igual para todos.

“Eis aqui depressa virei, e o meu galardão anda comigo para recompensar a cada um segundo suas obras”. (Apocalipse 22, 12).  

Na Sagrada Escritura encontramos várias passagens em que Deus impõe seus preceitos ameaçando castigo aos transgressores e prometendo galardão aos que lhe obedecem. Os Mandamentos não são correntes que nos prendem, mas eles são portas abertas que nos liberta. “A Palavra de Deus é a verdade e sua Lei liberdade”:

Dt30, 11-6

Js24, 15-15

Ez18, 2629

Is5, 3-4.7

Como amparar essa falsa doutrina diante da verdade?

Lutero sabia que tinha que romper com a Igreja, pois, seus argumentos não tinham sustento na Sagrada Escritura e nem nos ensinamentos da Igreja Católica. Por isso, ele adotou o livre exame da Bíblia (Sola Scriptura) e a Sola Fide (somente a fé) e espalhar a maneira mais fácil de salvar-se de seus pecados. Negando o livre arbítrio, não encontrava apoio nos Santos Padres, nem nos escritos de qualquer época então a falácia em afirmar: “Minha doutrina e a doutrina de Deus são a mesma coisa” – pecado da prepotência e do orgulho; “Tenho certeza que meus dogmas vêm do céu” [...] e ainda: “eles hão de prevalecer e o Papa há de cair, a despeito de todos os poderes dos ares, da terra e do mar” ...

Na verdade Lutero sofria de graves conflitos psicológicos, conflitos internos que não lhe ajudava em nada. E ter tal comportamento impulsivo e rebelde não aceitava ser submisso à sua ordem religiosa e com a consciência sempre atormentava não achava respostas às suas inquietudes. Era arrogante ao ponto de dizer que era maior que Cristo como ele mesmo disse “minha doutrina e a doutrina de Deus é a mesma coisa”.

Ele não queria fundar uma Igreja, mas achou-se o “novo Messias” e sem poder algum criou uma que resolvesse seus problemas. Tinha ódio do Papa, mas, na verdade queria liderança e quando pode fez pior. A ponto de perseguir os que não comungavam como suas ideias como os Anabatistas e os judeus alemães convertidos.

Em 1535 Lutero vai dizer: “Somos agora esclarecidos sobre as verdades da fé pela luz do Espírito Santo e para encobrir uma tese contrária à Sagrada Escritura ele recorreu à Sola Scriptura, ou seja, ao livre exame da Bíblia.

Embora hoje a maioria dos protestantes não concordam com Lutero sobre o livre arbítrio, são obrigados a confessar o livre exame das Escrituras. E mais ainda insistem na Sola Fide, somente a fé basta. Sem ao menos refletir que “aquele que julga estar salvo só porque crê é mentiroso”. Nós encontramos várias passagens na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento e no Novo Testamento que tanto os Profetas quanto Nosso Senhor Jesus Cristo onde diz que não basta ter apenas fé, no sentido de crer somente, mas, é necessário antes buscar a conversão. Não há como negar isso se a própria adesão da pessoa à prática do Evangelho é uma condição para a salvação. A conversão, a mudança de vida, a adesão a Cristo por si só já é uma obra e nos leva a fazer as demais “boas obras” que tanto ensina São Paulo.

Lutero por questões pessoais adotou a Sola Fide. Ele possuído de remorso por não ser capaz de se arrepender e, portanto, sem a capacidade de emendar-se mesmo diante da Confissão, achou aparo nas palavras “quem crê será salvo, mas, quem não crê já está condenado”, esqueceu de que Nosso Senhor ensinou que para entrar no céu é preciso cumprir os Mandamentos, amar ao próximo. Esforçar-se para passar pela porta estreita, orar, jejuar, estar sempre vigilante, estar a serviço do próximo. Esqueceu-se que temos um compromisso com o Reino de Deus. Não basta crer, crer e crer... É preciso antes buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça e todas as demais coisas lhe serão acrescentadas. (Mateus 6, 33-34).

Lutero, para justificar a falsa doutrina da Sola Fide rejeitava a epístola de São Tiago porque ela diz que a “fé sem obras é morta”; e só não a retirou do seu cânon bíblico porque ele teria que excluir todo o Novo Testamento e também as epístolas paulinas, pois, São Paulo é chamado o Apóstolo da Caridade por enaltecer a necessidade das boas obras para a salvação. Ou seja, nós somos salvos pela graça, mediante a fé e as obras. Fé e obras estão unidas não há como negar. Quem ficar de braços cruzados esperando a salvação chegar não vai alcançar o reino de Deus. O próprio anúncio do Evangelho é uma obra exigida por Jesus, manado por Jesus. A própria Igreja existe para fazer a obra de Cristo.

Veja que São Paulo escreve: “Combati um bom combate, completei minha carreira, guardei a fé. Agora só me resta esperar a coroa da justiça que o Senhor Justo Juiz me dará naquele dia”. (2Timóteo 4, 7-8). É essa a certeza da salvação de São Paulo. O que seria combater um bom combate, terminar a carreira e guardar a fé senão a obra empreendida por São Paulo em prol do Evangelho? E São Paulo tem a certeza que essas obras que ele fez o levarão receber o prêmio eterno, a coroa a justiça, isto é, estar definitivamente com Jesus. Isto não é salvação pela fé mediante as obras? Onde Lutero parou que não leu estas palavras de São Paulo?

 

Lutero decepcionado.

 

 Lutero antes de sua morte estava decepcionado com o mal que acabava de criar. Escandalizava-se porque Zuíglio negava a presença real de Jesus na Eucaristia. Mas, não foi Lutero com sua Sola Scriptura que ensinou a torcer o sentido Bíblico?

Outras heresias tais como:

 Negar a divindade de Cristo. Portanto, adorá-lo seria idolatria.

Que Cristo nos salvou somente pregando a doutrina e dando-nos o exemplo.

A graça é um estímulo interno, como é aquele que recebemos quando ouvimos sábias palavras de exortação.

A alma não é imortal (defendido pelas Testemunhas de Jeová), os maus serão aniquilados.

Outros negam a existência do inferno.

 Deus predestinou uns para o céu outros para o inferno. Por um decerto inflexível.

Outros negam a necessidade do Batismo.

O divórcio é permitido em alguns casos.

E por aí vai. Mas, qualquer pessoa que lê a Sagrada Escritura vai perceber que esses ensinamentos são falsos e heréticos. São verdades antibíblicas e que, entretanto, tem sido defendida pelos protestantes modernos chamados de evangélicos.

Diante disso tudo o que podemos observar é que nem a Sola Fide, nem a Sola Scriptura se sustenta dentro do meio evangélico e protestante; tendo em vista que não há entre essas igrejas um conceito doutrinário. O que é certo numa denominação, na outra não é.

Embora o luteranismo admita que o homem não tem livre arbítrio os protestantes de hoje já não pensam nem aceitam essa doutrina de Lutero. Os protestantes em sua maioria hoje admitem a liberdade humana. Porque está claro que Deus nos fez livres para servi-lo, ninguém dispensa de O servir seja em pensamentos, palavras e ações. Assim dando adeus, ainda que não admitindo a Sola Fide. Pois o próprio ato de servir a Cristo é um ato livre da pessoa. Nenhum cristão em sã consciência acredita na salvação pela fé, porque a fé por si só é um ato e, o ato de crer é obra. Mudaram a doutrina, mas não dão o braço a torcer porque se confessarem abertamente que as obras influem na salvação seria admitir claramente estavam errados por mais de 500 anos; seria admitir a propaganda falsa de Lutero.    


AS RAZÕES PELAS QUAIS CONSTANTINO NÃO FUNDOU A IGREJA CATÓLICA (Refutando o Dr. Rodrigo Silva) Parte 1

       Um vídeo que tem sido divulgado nas redes sociais de uma entrevista com o adventista e Dr. Rodrigo Silva, professor, teólogo protes...