quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

A QUARTA-FEIRA DE CINZAS E A QUARESMA

 


A Cinza não apaga pecados. A cinza é um sacramental, um rito penitencial, é sinal de conversão; para nos lembrar que somos pó e ao pó voltaremos, (Cf. Gn 3,19). O homem não é nada sem Deus.

O rito foi oficializado na liturgia pelo para Gregório Magno (540-604), na virada do Séc . VII. Foi chamada por ele de 'capite ieiunii', ou seja, o dia em que se começava o jejum.

Quaresma vem de XL. Faz alusão aos XL anos em que o povo de Deus passou peregrinando pelo deserto até chegar à terra prometida. Também aos XL dias em que Jesus passou no deserto e lá venceu às tentações do diabo (Mt4, 1-2). 

Ela marca o início do Tempo da Quaresma. Tempo em que a Igreja nos propõe 40 dias (de "deserto" espiritual) como preparação para a celebração da Páscoa do Senhor. É um convite a reflexão e mudança de vida. Tempo de penitência, de mudança de vida, de repensar e ver o que estamos fazendo de errado diante de Deus. A quaresma é um estímulo, mas, a mudança de vida é para o todo. Arrependei-vos disse o Senhor, At3, 19:

 "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor". 

 A cinza não é pra quem participa do carnaval, é para o cristão que deseja se converter e viver esse tempo quaresmal e mudar de vida. Ao receber as cinzas é traçado o sinal da Cruz sobre a cabeça ou na fronte da pessoa que a recebe com estas palavras: "Convertei-vos e crede no Evangelho!"  - Antes era dita estas palavras: "Lembra-se que tu és pó, e ao pó voltarás!" - Ou seja, devemos voltar para Deus de coração sincero, deixando para trás o pecado reconhecendo que nada somos. Deus nos criou do pó da terra e um dia nos tornaremos pó e nossa alma voltará para Deus. 

Se receber a cinza e continuar no pecado de nada valerá. Pois, é preciso um coração sincero e a busca sincera de arrependimento.

Por isso é mais intenso neste período a busca pela Confissão, Oração e a prática do Jejum e abstinência de carne. Lembre-se peixe também é carne.

Também as obras de misericórdia devem ser mais intensas. Mas, veja bem! O propósito da Quaresma implica em mudança de vida. Pôr em prática os Mandamentos. Não adianta se esforçar na quaresma e voltar ao pecado.

Jesus nos perdoa, mas, é preciso não voltar ao pecado. A quaresma é o tempo em que nos despimos de nossa arrogância para enxergar as nossas fraquezas e o quanto miseráveis somos e, por isso, necessitamos da misericórdia de Deus.  Nesse tempo buscamos com profundidade meditar o amor que Deus tem por cada um de nós. Amor esse que se entregou na Cruz.

Na quaresma meditamos o sofrimento do Senhor Jesus e sua entrega na Cruz. E ao mesmo tempo nos prepara para celebrar a sua Ressurreição. Não foi por nossos méritos que Ele nos salvou, mas, pela sua graça. Ainda miseráveis Ele nos ama e nos quer para si. Na quaresma possamos olhar mais de perto para a Cruz e buscarmos sermos melhores afastando todo o pecado. Inclusive o pecado de não amar a Deus e ao próximo.

A Quaresma é tempo de buscar a reconciliação com Deus. Como aquele “filho pródigo” da parábola que depois de arrependido reconhece o amor pai e volta pra casa. Não é tempo de superstições e crendices populares, mas, é tempo de Oração e de busca sincera de conversão. E neste sentido a Igreja nos propõe os exercícios de piedade: as caminhadas penitenciais, a Via Sacra, a meditação das dores de Nossa Senhora, o Jejum e a esmola. Dentro deste contexto quaresmal está o Salmo 50:

3.Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade.

4.Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado.

5.Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.

6.Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento.

7. Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado. 8.Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim. 9.Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve.

10.Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes. 11.Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai.

 12.Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza.

13.De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito.

14.Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa.

 15.Então, aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores.

16.Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará.

17.Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores.

18.Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis.

 19.Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar.

 20.Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém.

 21.Então, aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.

Como a mulher pecadora do Evangelho ouçamos as palavras de Jesus "vai e não peques mais!"

Arrependei-vos! Disse o Senhor.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

OS CRISTÃOS PODEM COMER CARNE DE PORCO?


Certamente você já deparou com a pergunta: É lícito aos cristãos comerem carne de porco já que o Antigo Testamento proíbe?

No Livro de Levítico 11, 7-8 está escrito: “E o porco, embora tenha casco fendido e dividido em duas unhas, não rumina; considerem-no impuro. Vocês não comerão a carne desses animais nem tocarão em seus cadáveres; considerem-nos impuros”. E em Deuteronômio 14, 8 diz: “O porco também é impuro; embora tenha casco fendido, não rumina. Portanto, não podereis comer a carne desses animais, tampouco tocar em seus cadáveres”.

Esses versículos fazem parte da lei de Moisés, que estabelecia as regras de alimentação e de pureza para o povo de Israel. Os israelitas obedecem a esta lei até os dias de hoje. Mas, tais leis no AT eram um fardo muito pesado. Os fariseus sobrecarregavam o povo com leis absurdas e eles mesmos não as cumpriam como deveria ser. Quanto a isso advertia Nosso Senhor:

Mt 23, 25 "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo". 

Havia muitas leis e preceitos que o povo israelita deveria serem cumpridas desde os rituais de purificação à maneira como se devia lar as mãos e os utensílios. É entendido que por motivos de higiene e para evitar certos tipos de doença é natural que essa proibição fizesse algum sentido.

Ou ainda, a proibição de comer carne de porco pode ter surgido em um período de escassez de comida, pois os porcos precisam de capim e podem destruir a pastagem de terras consideradas preciosas. Além disso, os porcos não são animais rentáveis, pois não fornecem leite, lã ou couro.

Também pode ser uma forma de demonstrar amor e obediência a Deus, pois não há uma razão aparente para esse mandamento. Também pode ser uma forma de preservar a identidade judaica, pois em alguns momentos da história, os judeus foram forçados a comer carne de porco para renunciar à sua fé.

Os fariseus criticaram Jesus porque seus discípulos não estavam cumprindo a Lei de Moisés sobre a purificação. Mc 7, 1-23.

É lícito ao cristão comer carne de porco?

Os cristãos desde o início não cumpriam os cerimoniais judaicos. Podemos observar, por exemplo em Atos dos Apóstolos quando houve a discussão sobre a circuncisão, no qual alguns judeus queriam que os cristãos cumprissem a lei de Moisés, no entanto a Igreja não aprovou tal prática. (At15, 1-21)

Em Col2, 16-17 São Paulo assim nos diz: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.

Jesus que veio cumprir toda Lei ensinou-nos que o que torna o homem impuro não é o que entra no ser humano, mas, o que sai do coração. Vamos ao texto para entender:

Mc7, 1-23

Os fariseus e alguns dos mestres da lei, vindos de Jerusalém, reuniram-se a Jesus e viram alguns dos seus discípulos comerem com as mãos “impuras”, isto é, por lavar. (Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos cerimonialmente, apegando-se, assim, à tradição dos líderes religiosos. Quando chegam da rua, não comem sem antes se lavarem. E observam muitas outras tradições, tais como o lavar de copos, jarros e vasilhas de metal.) Então os fariseus e os mestres da lei perguntaram a Jesus: “Por que os seus discípulos não vivem de acordo com a tradição dos líderes religiosos, em vez de comerem o alimento com as mãos ‘impuras’?” Ele respondeu: “Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’. Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens”. E disse-lhes: “Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira para pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecer às suas tradições! Pois Moisés disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’, e ‘quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é Corbã’, isto é, uma oferta dedicada a Deus, vocês o desobrigam de qualquer dever para com seu pai ou sua mãe. Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa”. Jesus chamou novamente a multidão para junto de si e disse: “Ouçam-me todos e entendam isto: não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo ‘impuro’. Pelo contrário, o que sai do homem é que o torna ‘impuro’. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça!” Depois de deixar a multidão e entrar em casa, os discípulos lhe pediram explicação da parábola. “Será que vocês também não conseguem entender?”, perguntou-lhes Jesus. “Não percebem que nada que entre no homem pode torná-lo ‘impuro’? Porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, sendo depois eliminado”. Ao dizer isto, Jesus declarou “puros” todos os alimentos. E continuou: “O que sai do homem é que o torna ‘impuro’. Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’”.

Esses versículos fazem parte do ensinamento de Jesus sobre a pureza e a impureza. Ele explicou aos seus discípulos que o que torna uma pessoa impura não é o que ela come, mas o que sai do seu coração, como os maus pensamentos, as palavras e as ações. Com isso, ele declarou que todos os alimentos são puros, pois não afetam a relação com Deus.

Essa lei foi cumprida por Jesus Cristo, que declarou todos os alimentos puros e ensinou que o que contamina o homem é o que sai do seu coração, e não o que entra na sua boca. Por isso, os cristãos não precisam seguir essas restrições alimentares.

A Igreja Católica e boa parte das outras denominações protestantes não fazem objeção ao consumo de qualquer alimento. Porém algumas seitas judaizantes como os Testemunhas de Jeová, os adventistas e outras seitas sabatistas preferem desprezar o que diz o Evangelho.

Mas, devemos respeitar aqueles que se acham no direito de não comer carne de porco ou qualquer outro animal. Assim nos ensina a Carta aos Romanos:

Rm14, 1-4 – “Acolhei aquele que é fraco na fé, com bondade, sem discutir as suas opiniões. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; porque Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas ele estará firme, porque poderoso é Deus para o sustentar”.

Cristo está acima das leis antigas porque Nele tudo se cumpriu. Nossa lei é Cristo. As leis estão "sob" Jesus e não "sobre" Jesus. Ninguém é maior que Jesus. E a Palavra é uma pessoa, Jesus nosso Salvador, (Jo1, 14) ela se fez carne e veio habitar em nosso meio.    

Col2, 20-23: “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; 23 as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne”.

2Cr5, 17 "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". 

Se em Cristo tudo se faz novo, se somos parte da nova criação pelo Sacrifício redentor de Jesus, e conforme nos ensina São Paulo na 2ª Carta aos Coríntios não podemos ficar atrelados às leis cerimoniais do Antigo Testamento. A nossa Lei é Cristo! E todo o fardo da Lei o Senhor Jesus suportou por nós para que livres possamos viver na dignidade de filhos de Deus. "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos..." Mt 11, 28. 

Não se pode interpretar o Antigo Testamento sem a luz do Novo e vice versa porque é em Jesus que toda a Escritura se cumpre. O Antigo Testamento aponta para o Novo que assim cedeu lugar tendo conforme anunciado pelos profetas se cumprido em Jesus. Não é o sangue e a carne mas, o Espírito que nos faz novas criaturas - Jo3, 5 - o cristão não pode viver senão segundo à Ação do Espírito Santo que lhe santifica e lhe capacita para uma nova vida; por Cristo, com Cristo em Cristo. 

Não vai ser a carne de porco ou qualquer outro animal que vai te deixar impuro, mas, como o próprio Senhor Jesus disse é aquilo que sai do coração, o pecado a maldade e tudo que afasta o homem de Deus.

Se uma pessoa disser "sou cristão" mas, está apegado às Leis antigas não está agindo como tal. Pois nossa razão de ser e nossa Lei é Cristo. Fl1, 21 "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro"...         

No entanto, devemos observar que se existe alguma proibição é para aqueles alimentos que são oferecidos a ídolos pagãos – At15, 20 – “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar”. Nós devemos evitar o pecado. Aqui vê-se claramente que a orientação é para que abstenhamos de comer coisas oferecidas aos ídolos, isto é, à divindades pagãs.  

E quando alguém disser a você que não é lícito comer carne de porco ou outra comida qualquer porque a Bíblia ou a Lei de Moisés proíbe, podemos sem dúvida, esclarecer ao irmão desinformado que a Lei que seguimos é a de Cristo que a cumpriu de uma vez por todas na Cruz por nós. Não é o alimento que comemos que contamina, mas, é o pecado. É o que sai do homem que causa o mal e desagrada a Deus.  

  

sábado, 30 de dezembro de 2023

ANO NOVO - O CATÓLICO E AS SUPERSTIÇÕES

 

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são permitidas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Cor 6,12). 

Estamos mais uma vez às vésperas de celebrar a chegada do ano novo. As pessoas se preparam, as famílias se reúnem afinal, é tempo de celebrar e comemorar o ano novo que se inicia.  

É justamente nessa época do ano novo que ocorre as crendices e as superstições. Roupas brancas, comer frutas para dar boa sorte, engolir sementes de romã, acender velas para entidades, fazer oferendas a Iemanjá, recorrer às previsões de futuro, etc. As promessas de Ano Novo se feitas da boca para fora também são promessas falsas e deve ser evitadas, é louvável se puderem serem cumpridas. 

👉No Brasil existe o misticismo religioso que é a mistura de crenças de religiões pagãs (inclusive as de matriz africana) aos elementos da fé católica e isso traz muita confusão. Nós temos que mudar isso de modo a extirpar de nossa vida o misticismo religioso e dá lugar de uma vez por todas à verdadeira fé católica. Tirando do nosso meio tudo aquilo que contamina a fé verdadeira. Católico é católico não pode seguir senão aquilo que orienta a Sagrada Escritura, a Sagrada Tradição e o Catecismo da Igreja. O que esses três pilares e não ensina, não pode ser seguido. Inclusive as práticas do espiritismo altamente proibido por Deus.  

A pergunta é: Quem é católico pode crer e praticar essas coisas?

A resposta é não. Porque se cremos em Deus e se queremos praticar o bem, se guardamos os mandamentos e temos a do Espírito Santo não precisamos dessas coisas. Essas coisas não servem ao cristão que tem sua fé sólida em Jesus Cristo. Essas práticas são do paganismo.

A Palavra de Deus nos proíbe de praticar e crer em tais coisas.

A começar do primeiro Mandamento: “Amarás ao Senhor teu Deus, com todo teu coração, com toda a tua alma e com todo teu espírito!” – Dt6, 4-6; Lc10, 27; Mt22, 37-40. Esse Mandamento por si só nos diz que para amar a Deus é necessário que vivamos para ele obedecendo sua vontade e seus Mandamentos, por esse motivo a graça de Deus está em nós. "Se queres ser feliz guarde os Mandamentos." (Mt19, 16-17). - "Se vocês me amam obedecerão aos meus Mandamentos". (Jo14, 15), disse o Senhor Jesus.

1Jo5, 2-4 "Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus e obedecendo aos seus mandamentos. Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados. O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé".

Dt 5:29: "Quem dera eles tivessem sempre no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre!"

 Quando recorremos às superstições deixamos os Mandamentos de lado e a graça de Deus para confiar em coisas mundanas que não nos levam a nada. Deus não quer que voltemos ao paganismo. Amar a Deus é colocá-lo acima de tudo em nossa vida e ter a total confiança de que ele é nosso Pai e provedor de tudo que precisamos. 

Deus proíbe que pratiquemos essas coisas porque nos ama e nossa confiança deve estar somente nEle; ela deve ser perfeita e consciente. Se dissemos ter fé em Cristo que nos salvou, mas recorremos às práticas pagãs estamos pecando contra Deus negando a graça da salvação, negando o sacramento do Batismo que um dia recebemos. Está escrito na Sagrada Escritura:

Levítico 19:31: “Não recorram aos médiuns nem busquem a quem consulta espíritos, pois vocês serão contaminados por eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês".

Deuteronômio 18:11-12: “Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti”.

Isaías 8:19: “Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti”.

Para o cristão católico de verdade nossa esperança deve estar no Senhor. A fé que deve ser praticada não deve ser superficial. Ela consiste em crer em Deus em um todo “crer, confiar e depender” de Deus em tudo. Sendo assim, não precisamos de mais nada do que a Providência divina que nos assiste.

 "Tal é a confiança que temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.” - 2 Coríntios 3:4-61

O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é o meu rochedo, em quem me refugio. Ele é o meu escudo e o poder que me salva, a minha torre alta.” - Salmos 18:21

“Pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio". - Salmos 91:2 

A cor branca na liturgia da Igreja não é para trazer boa sorte? 

Não. Na liturgia católica, a cor branca, assim como as demais cores utilizadas no Ano Litúrgico são simbolizadas em cada tempo. Por exemplo:

  • Advento (roxo)
  • Natal (branco)
  • Quaresma (roxo)
  • Páscoa (branco)
  • Tempo comum (verde)

Páscoa (branco) - as cores na liturgia são usadas de forma simbólica e tem um significado especial. Mas não é usado como objeto de superstição.

 O branco é símbolo de pureza e alegria. Ela é usada em várias ocasiões, incluindo: 

👉Nos tempos do Natal e da Páscoa.

👉Nas celebrações de Nosso Senhor Jesus Cristo (exceto as da Paixão).

👉Nas comemorações da Virgem Maria.

👉Nas comemorações dos Anjos e dos Santos não-mártires.

Portanto, o branco é usado para expressar a pureza e a alegria nas celebrações festivas e em homenagem às figuras sagradas específicas. 

 Eu posso usar qualquer cor no Réveillon?

Sim. Porque para o cristão a cor não é um atrativo de boa sorte, mas, sinal de pureza, como também podemos usar qualquer outra roupa sem medo de que isso irá trazer má sorte porque nossa confiança está em Deus e não no poder da matéria. 

 Quando recebemos as vestes brancas para o batismo, por exemplo, no batismo, a veste branca tem um significado muito especial. Ela simboliza a limpeza e a dignidade da vida do cristão. A cor branca é um símbolo de pureza, e no contexto do batismo, representa a nova vida e a nova dignidade que a pessoa batizada adquire. Nos primeiros tempos do cristianismo, os que eram batizados usavam uma roupa nova e branca antes de se unirem aos outros fiéis na Igreja. Portanto, a veste branca no batismo é um símbolo poderoso da transformação espiritual que ocorre através deste sacramento.

Símbolo de pureza e santidade, em Ap 6, 11 – Lavados pelo sangue do Cordeiro (Jesus) a eles são entregues a veste branca. São símbolos que a igreja usa até os dias de hoje. Mas, quando usamos esses simbolismos e trazemos para a superstição aí está o problema. Entra em conflito com a Palavra de Deus.   

O Católico está proibido de praticar essas coisas e se praticar comete pecado grave. O pecado grave sem arrependimento leva ao inferno.

“Porque Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3, 16.

 Celebramos no Nata o Cristo que se encarnou para nos salvar. Se cremos que só ele tem o poder de nos dar a vida eterna, só nos basta Cristo.

2 Cor 12:9, diz: "E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo". Este versículo é uma afirmação poderosa de que, mesmo em nossas fraquezas e dificuldades, a graça de Deus é suficiente para nós. Ele nos lembra que o poder de Deus é aperfeiçoado em nossa fraqueza.

          Celebrem o Ano Novo, comemorem sem superstições.

Agradeçam a Deus por mais um ano que se passou e por mais um ano que se inicia. No dia 1 de janeiro a Igreja celebra Nossa Senhora “Mãe de Deus”. É dia santo de guarda. A exemplo dela que foi fiel, sejamos nós também fiéis a sua Palavra. Amém!

   

       

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Papai-Noel - a mentira criada pelo comércio para enganar você

         

O Papai-Noel não é uma figura lendária e muito menos cristã. Ele é um personagem fictício. Embora alguns defendam que esse personagem foi inspirado e São Nicolau que foi um bispo cristão que viveu na Turquia no século IV e que era conhecido por sua generosidade com os pobres. Ele costumava deixar moedas de ouro perto das chaminés das casas das pessoas necessitadas. De São Nicolau, Papai-Noel não tem nada. Ele nunca existiu, tanto que escolheram um lugar fictício de sua moradia o Polo Norte um lugar gelado e inóspito. Não é atoa que trocaram seu "lugar" de origem enquanto que São Nicolau viveu entre nós, morou na Turquia e depois foi bispo na Itália e está hoje no céu a interceder por nós. São Nicolau não se escondia atrás de nada, nem descia pelas chaminés, nem era acompanhado de guinomos. Ele tinha um grande amor por Jesus na figura dos necessitados e fazia de tudo para socorrer os pobres. Não visava o lucro mas, ajudava desinteressadamente para ver seus filhos espirituais felizes e, no caso das moças solteiras pobres, vê-las realizando o sonho de se casarem. Se o Natal do Senhor fosse celebrado dessa forma e se inspirássemos na caridade de São Nicolau o mundo seria outro. Deus já fez tudo por nós e nós temos que fazer tudo pelo irmão. O que sobra não deve ser desperdiçado, deve ser repartido. O Pão nosso de cada dia deve ser o pão nosso de cada dia do irmão que necessita. O falso Papai-Noel é uma vez por ano, a caridade deve ser praticada o ano inteiro. É preciso riscar esse personagem de nossa história. Papai-Noel não é cristão embora seja colocado em um festa tão bonita como o Natal. O Natal é de Nosso Senhor Jesus Cristo. Olhemos para a pobreza do Presépio e vejamos que o Senhor de nada precisou a não ser o carinho de seus pais. Nasceu pobre, sem palácio o Rei da glória se fez humilde. Naquela gruta, em uma noite fria, contou apenas com o necessário o colo de Maria, uma manjedoura que foi seu primeiro berço, o calor dos animais... "O Rei vestido de toda luz celestial desceu em nosso meio, o Santo dos santos que antes se manifestou a Moisés na arca de ouro, agora se manifesta o Verbo numa manjedoura!" Veio para os seus, ... , veio para os pobres e a todos quis salvar... Se o Natal não significar isso, se for apenas uma data qualquer então ele deixa de ser o Natal cristão e passa a ser o Natal pagão.           

A imagem moderna do Papai Noel, com uma roupa vermelha e branca, uma barba longa e um saco de presentes, se consolidou a partir de um poema do século XIX chamado “Uma visita de São Nicolau”, escrito por Clement Clarke Moore. Nesse poema, (fictício), ele descreve o Papai Noel como um homem alegre e bondoso que viaja em um trenó puxado por renas. Esse poema foi ilustrado por Thomas Nast, um cartunista alemão que trabalhou na revista Harper’s Weekly4. 

A partir daí popularidade do Papai Noel aumentou ainda mais na década de 1920, quando a Coca-Cola fez uma campanha publicitária usando a imagem do Papai Noel para promover o seu refrigerante. A empresa contratou o artista Haddon Sundblom, que se baseou no poema de Moore e nas ilustrações de Nast para criar um Papai Noel mais simpático e humano, que se tornou um ícone do Natal em todo o mundo, ele entra em contradição em vários aspectos. E aqui vou mostrar que este personagem tão conhecido como se fosse cristão na verdade não tem nada a ver com o verdadeiro espírito cristão do Natal.        

Estamos acostumados a ver este personagem que é apresentado pelo comércio como um velho barrigudo de cabelos brancos e barba longa, que vestido de vermelho carrega um “saco vermelho” de supostos presentes e que dizem morar no Polo Norte. Em muitos casos aparece dirigindo um trenó mágico puxado por renas que voam...

          O Papai-Noel não é e nunca foi um símbolo cristão reconhecido pela Igreja porque ele traz em si a carga negativa da ambição do comércio de obtenção de lucros onde, (as crianças que é foco principal), os mais ricos recebem deste suposto personagem os presentes que são comprados, enquanto que os pobres não recebem sua visita e nem seus presentes. As crianças pobres são deixadas à margem com suas ilusões e frustrações por não ganharem seus presentes. Porque sendo ele um personagem criado pelo comércio ele atrai para si o lucro e a gastança. O comércio não está interessado com a caridade como esteve São Nicolau. Pelo contrário ele é um personagem satânico criado para obter lucros e ofuscar a figura de São Nicolau que como diz a história, na noite de Natal distribuía dinheiro e presentes aos mais os pobres. São Nicolau também dava dinheiro para aquelas moças pobres que queriam se casar, mas, não tinham dote. São Nicolau ao contrário do Papai-Noel não vendia ilusões e nem fazia propaganda para o comércio. Ele praticava a caridade em forma de presentes. Foi daí que surgiu o costume de dar presentes no Natal. Se inspirássemos em São Nicolau o "bispo da caridade" o Natal seria mais cristão e menos comércio. Os bens passam, as coisas passam só a Palavra de Deus permanece. Celebrar o Natal de forma exterior é fácil, é cômodo pra muita gente, porém, ele nada contribui para nossa salvação e não passa de mais uma data no calendário comum. Ao passo que celebrar o Natal da forma que ele foi criado no calendário litúrgico como estabelece a Igreja Católica nos trará frutos para a vida eterna:

           👉CIC. N.11.6 Mistério do Natal

 

§525 Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu. A Igreja não se cansa de cantar a glória dessa noite:

 

Hoje a Virgem traz ao mundo o Eterno /E a terra oferece uma gruta ao Inacessível./ Os anjos e os pastores o louvam/ E os magos caminham com a estrela./ Pois Vós nascestes por nós, Menino, Deus eterno!

 

§526 "Tornar-se criança" em relação a Deus é a condição para entrar no Reino; para isso é preciso humilhar-se, tornar-se pequeno; mais ainda: é preciso "nascer do alto" (Jo 3,7), "nascer de Deus" para tornar-nos filhos de Deus. O mistério do Natal realiza-se em nós quando Cristo "toma forma" em nós. O Natal é o mistério deste "admirável intercâmbio:

 

O admirabile commercium! Creator generis humani, anima corpus sumens, de Vir gine nasci digna tus est; et procedens homo sine semine, largitus est nobis suam deitatem - Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade, assumindo corpo e dignou-se nascer de uma Virgem; e, tomando-se homem intervenção do homem, nos doou sua própria divindade!

                O Natal é, portanto, a celebração do mistério da presença de Deus entre nós. Deus, na plenitude dos tempos, fez-se humano, exceto no pecado. O Evangelho de São João diz: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

          A desumanidade do comércio criou o personagem “Papai-Noel”, uma mentira porque esse nunca existiu e os malefícios que ele traz ao promover a falta de caridade e ambição nas pessoas.

Quanto dói ao pai de família ver o filho chorar e dizer que “Papai-Noel não veio, não trouxe meu presente que pedi!” (...) E o pai em lágrima nada pode fazer porque não teve dinheiro para comprar o presente e dar ao filho.

O Papai-Noel é uma fantasia. Ele não existe e os pais deveriam ensinar isso aos filhos para que eles soubessem desde cedo esta verdade e parassem de ser enganados por esse personagem satânico.

Quem é o Papai-Noel?

Ele é uma pessoa fantasiada, se não é o Pai, é um parente ou um ator contratado, nada mais. O Papai-Noel não é símbolo do Natal cristão. Ele é símbolo do Natal pagão que tira o verdadeiro sentido do Natal.

👍O Natal cristão é a celebração do Nascimento de Jesus Cristo. Que se fez pobre, nascido em uma gruta no meio de animais e deitado numa manjedoura. Ele o Rei da Glória nasceu pobre e humilde, escolheu uma família humilde para estar conosco. O maior presente do Natal não vem do Papai-Noel, mas, do próprio Deus que se fez um de nós para nos salvar. E o maior presente foi a Salvação. Ele morreu na cruz por nós. Quer presente maior? E nós no dia de Natal lhe rendemos louvor, ação de graças e adoração ao Filho de Deus. Em gesto de agradecimento oferecemos algum presente a Ele no dia em que celebramos seu nascimento? O presente que Jesus quer é que vivamos segundo o que ele ensinou no seu Evangelho, expulsando de nós todas as superstições e coisas que podem nos afastar de Deus e o Papai-Noel é uma delas. Ele nada contribui para a nossa fé e nossa salvação.

👉Os pais cristãos devem ensinar seus filhos o que verdadeiramente é o Natal e extirpar de vez a figura deste personagem para que Cristo volte a ser o centro da celebração do Natal.

Cada vez mais há uma corrente do mal de pessoas que tentam destruir o verdadeiro Natal. Na Europa por exemplo, em alguns lugares não se pode desejar “feliz Natal” às pessoas porque dizem isto pode ofender as pessoas de outros credos. Então no lugar dizem “boas festas”.

Desde quando surgiu a celebração do Natal não houve quem contestasse em dar um "feliz natal" uns aos outros, porém, os poderosos deste mundo estão agindo em uma corrente contra o cristianismo em geral e contra a Igreja Católica e perseguindo-a, tentam a todo custo acabar com as festas religiosas e com seus verdadeiros sentidos. A estratégia é pegar as festas cristãs e paganizá-las ao modo do comércio, pois, tirando a atenção das pessoas e levando-as à inveja, ao espírito da soberba e da gastança elas esquecem do verdadeiro sentido religioso das celebrações e passam a desprezar Jesus Cristo a sua verdadeira Igreja. Logo essas pessoas se tornam ateus, e se afastam de Deus vivendo apenas suas fantasias comerciais.   

Porque enquanto o comércio promove com seu Natal pagão da gastança, da comeria, das bebedeiras, a Igreja ensina que o dia de Natal é dia santo, dia de jejum e oração e de fazer caridade. Os católicos devem participar da Santa Missa. Devemos fazer caridade todos os dias, mas, o Natal nos convida a olhar de perto a realidade dos mais pobres.

O Natal também é tempo de renovação em que devemos deixar que Jesus renasça em nossos corações. Devemos abrir nossos corações para deixar o Rei da Glória entrar.

Devemos inspira-nos da Santa Família de Nazaré. Viver a humildade e o amor. Por isso esse artigo é um convite para fazer você pensar:

De que maneira você celebra o Natal?

Você já parou para pensar que mesmo sendo cristão, você perdeu a oportunidade de celebrar os Natais passados de maneira correta?

Muitos acreditam na tal "mágica do Natal", o Natal cristão não tem mágica é a festa do Deus que se encarnou. Que veio habitar em nosso meio. "A Palavra se fez carne..." - Jo1, 1 - Deus não fez nenhuma mágica e o sentimento natalino cristão deve ser de louvor, adoração e agradecimento pelo grande amor de Deus que de tal maneira amou o mundo que deu o seu Filho único para todo que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna. (Jo3, 16)  

Esse é um convite para você. Não faça do Natal apenas uma data a mais no calendário. Dê sentido verdadeiro ao Natal em sua vida celebrando e vivendo de forma intensa como verdadeiro cristão. O que é o Natal para você?

Jesus é verdadeiro Sol da justiça, ele veio nos salvar.

"Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas, terá a luz da vida!" (Jo8, 12)

Vamos a gradecer, louvando a Deus por ter nos dado seu Filho Jesus e rezar como fez São Zacarias pai de São João Batista:

 

 

"Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi, (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade), salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam, para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua santa aliança, o juramento que fez ao nosso pai Abraão: resgatar-nos da mão dos nossos inimigos para o servirmos sem medo, em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias.

E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar o caminho, para dar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados, por causa das ternas misericórdias de nosso Deus, pelas quais do alto nos visitará o sol nascente, para brilhar sobre aqueles que estão vivendo nas trevas e na sombra da morte, e guiar nossos pés no caminho da paz".   (Lc1, 68-79)

 

E com Nossa Senhora rezemos o Canto do Magnificat:

 

 Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se exulta em Deus meu Salvador. Porque atentou na humilhação de sua serva; Sim! Doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas a meu favor. Se nome é santo e sua misericórdia se perdura de geração em geração para aqueles que o temem.

Agiu com força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso, depôs os poderosos de seus tronos e a humildes exaltou. Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel seu servo, lembrando de sua misericórdia – conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e sua descendência para sempre!” (Lc1, 46-55)

 


domingo, 3 de dezembro de 2023

ADVENTO, UM NOVO TEMPO SE INICIA

 "Estejam preparados, porque o filho do homem virá no momento em que menos esperais!" Lc12, 40


Estamos iniciando mais um ano litúrgico da Igreja. O ano litúrgico, diferente do calendário normal começa no primeiro domingo do Advento e termina no domingo com a solenidade de “Cristo Rei”.  

Tudo quanto Deus criou é bom. E uma de suas criaturas, o tempo, talvez seja a mais implacável e impassível de todas. Contudo, por fazer parte da vontade de Deus, ele é bom. Não por acaso que o próprio Deus, ao entrar e viver durante trinta e três anos no tempo, Ele o santificou. Ao penetrar no tempo humano, Deus se encarnou revelando-se a si e, revelando-se, revelou o Seu plano salvador. (fonte: formação.cancaonova.com)

O tempo do Advento é um tempo de preparação, a Igreja nos propõe a meditar sobre esta esperança que é Cristo que se encarnou, que veio morar conosco, (Jo1, 14). Ele, a Palavra viva veio habitar em nosso meio. Aquele que os profetas anunciaram, o Messias, que na plenitude dos tempos foi enviado para nos salvar.

O Advento, que vem do latim "Adventus", significa "chegada" ou "vinda"¹. É o primeiro tempo do Ano Litúrgico, que antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde se espera o Nascimento de Jesus Cristo¹. Durante esse período, os fiéis vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz.

 

O Advento é caracterizado por duas importantes vindas de Jesus. A primeira é a chegada do Menino Deus, que se encarnou no gênero humano para nos dar a salvação eterna. Portanto, os cristãos celebram com muita alegria o nascimento do Menino Deus. O segundo significado refere-se à sua vinda definitiva, aquilo que a teologia vai chamar de advento escatológico. Sendo assim, além de se prepararem para receber Jesus que vai nascer, os fiéis devem se preparar para esperar Jesus que virá gloriosamente³.

 

A palavra “advento” significa “vinda” ou “chegada”. Cabe então a pergunta: “vinda ou chegada de quem?”. Obviamente, nós católicos, preparamo-nos para a chegada de Jesus. É Ele quem já está às portas! Acontece que essa vinda possui dois significados muito importantes. O primeiro é a chegada do Menino Deus, que dignou-se encarnar no gênero humano para nos dar a salvação eterna. Portanto, celebramos com muita alegria o nascimento do Menino Deus.

 

O segundo significado refere-se à sua vinda definitiva, aquilo que a teologia vai chamar de advento escatológico. Sendo assim, além de nos prepararmos para receber Jesus que vai nascer, devemos nos preparar para esperar Jesus que virá gloriosamente. Conforme podemos perceber, o tempo do Advento possui um significado profundíssimo e uma espiritualidade toda singular. Se nós vivermos com verdade e com devoção o que essa liturgia nos oferece, certamente teremos a nossa vida transformada por inteiro. (fonte: formação.cancaonova.com)

 

O Advento é definido pelas quatro semanas que antecedem o Natal, começando no Domingo mais próximo do dia 30 de novembro e indo até o dia 24 de dezembro.

 

Neste contexto aparece a figura São de João Batista, o precursor, batizando, anunciando a vinda do Messias e chamando o povo ao arrependimento, pois, era chegada a hora em que o Salvador deveria vir. “Eu sou a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor!” – Is40, 3

Durante o tempo do Advento a Igreja nos faz recordar este apelo de João Batista. Para que nós também preparemos nossos corações para acolher o Cristo que vem.

Não é apenas um tempo de preparação para o Natal. Mas é um tempo que é de expectativa pelo Natal, também é um tempo de expectativa pela segunda vinda de Jesus.

Esse convite de São João Batista se torna atual, afinal Nosso Senhor veio, cumpriu sua missão e subiu ao céu, mas, antes deixou claro que voltaria um dia glorioso. A Igreja, esposa imaculada de Cristo, aguarda incessantemente e na anuncia a sua chegada e mantém esta esperança, vigilante e atenta.

O tempo do Advento vem nos mostrar que devemos estar atentos pois, não sabemos o dia e nem a hora em que o Senhor virá.

Devemos preparar nossos corações e fazer dele a “manjedoura” onde Jesus se sinta acolhido.

Celebrar o Natal de modo externo, como se fosse uma data qualquer sem fazer a experiência desse “Deus-Conosco” que veio para nos Salvar, como muitos fazem é paganizar o Natal. Hoje em dia se tornou uma festa comum que até os não cristãos celebram por acharem bonito simplesmente. Mas, para o cristão de verdade celebrar o Natal é muito mais que uma data comemorativa do calendário, é o momento em que paramos para celebrar com alegria esse Deus que desceu do Céu e se fez homem para nossa Salvação. Por isso o Advento é o tempo em que como se ouvindo os apelos de São João Batista “preparemos nossos corações para entrada do Re da Glória”. Ao mesmo tempo um convite para aguardar a chegada do Cristo, Senhor e Juiz eterno.

O Advento nos faz lembrar que devemos ser como as virgens prudentes que mantiveram suas lâmpadas acesas até a chegada do noivo. Ou seja, estarmos vigilantes, pois o noivo está às portas e virá buscar sua esposa a Igreja. Quem não estiver com suas lâmpadas acesas, se lhes faltar o óleo, virá o noivo e não entrarão para as núpcias.

O tempo do Advento é um convite. Estais preparados! Eis o tempo de graça, de preparação para a vinda do Senhor Jesus. Vinda esta que será definitiva. Ele virá como Rei e Juiz das nações. O apelo de João Batista não é somente para aquele tempo. É preciso estarmos preparados.

No tempo de João Batista a mensagem da chegada do Messias tocou o coração de muitos em Israel menos dos fariseus que achavam sobrepor a vontade do Deus Javé. No entanto as pessoas simples entenderam a mensagem. O convite de João ressoou em todos os cantos "eu sou a vos que clama no deserto, aplainai os caminhos do Senhor, endireitai suas veredas!"

João falava de um arrependimento sincero que devemos ter até os dias de hoje. Jesus não nascerá de novo, pois, ele está ressuscitado. Porém é preciso estar preparado. Nosso coração deve estar limpo, como uma estrada bem construída para que quando o Rei passar não encontre empecilhos. A terra der nosso coração deve estar limpa sem os espinhos do pecado, sem as sujeiras do egoísmo. Esse caminho deve estar sempre limpo porque o Rei um dia chegará de surpresa. Como ele mesmo disse, estais preparados. 

Essa mensagem de São João Batista foi para aqueles dias, mas, é atualizada para nós hoje. Como está sua vida? Como está a estrada de seu coração? O Senhor virá um dia seja na Parusia (para Julgar os vivos e os mortos), seja no dia de sua morte. Estais preparados!

Jesus contou a parábola do homem rico (Lc 12, 16-20) que vangloriando-se de ter feito uma boa colheita e enchido os celeiros podia descansar tranquilamente, mas, não sabia que naquele mesmo dia Deus pediria conta da sua alma. Não adianta nada encher os celeiros e sorrir sem se importar com nada ao redor, pois, nada nesse mundo é nosso. Daqui nada se leva. Devemos ser ricos sim, mas, ricos das coisas de Deus. Este é o tesouro que devemos juntar na eternidade. (Mc8, 36)

O Advento nos convida a pensarmos nesta possibilidade de um dia estarmos diante de Deus, Senhor e Juiz e o que vamos apresentar diante dele em prestação de contas de nossos atos aqui na terra? 

Estais preparados!         

     

                

           

sábado, 11 de novembro de 2023

EXPLICAÇÃO SOBRE MATEUS 7,6 "Não deem aos cães o que é sagrado, não joguem pérolas aos porcos!"

 

Mateus 7, 6 diz: "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos. Se fizerem isso, eles poderão pisoteá-las e, voltando-se contra vocês, dilacerá-los". 

Jesus usa de metáfora para ensinar seus discípulos a ter discernimento e cuidado na hora de pregar evangelho.

"Cães" e "porcos" representam aqueles que rejeitam Jesus Cristo, desprezam a verdade e vivem em pecado. A "pérola" é uma metáfora para dizer que a mensagem do evangelho, que é preciosa e sagrada não pode ser lançada de qualquer maneira e com segundas intenções. Se lermos a partir do versículo “1” vamos ver que esta passagem está de um contexto:

a)     Não devemos julgar as pessoas. A mensagem de salvação deve ser uma proposta não imposta. Quem prega deve toma cuidado para não apontar o dedo para os defeitos dos outros. Jesus pede que antes de mais nada devemos procurar fazer um exame de consciência porque muitas vezes somos mais errados do que aqueles que tentamos corrigir. Não podemos agir com hipocrisia. Aqui Jesus deixa claro que o que se espera de nós é o exemplo. Não agir com hipocrisia para que as pessoas vejam com as nossas atitudes aquilo que o Evangelho lhes propõe.

b)     E o versículo “7” vem complementar o versículo “6” no que se refere à oração. Devemos bater à porta (de Deus), pedir com o coração sincero porque o Pai Celeste ouve aqueles que pedem com sinceridade, segundo suas necessidades. O versículo anterior diz que não se pode lançar aos cães coisas santas. Isto quer dizer que dentro do contexto, nossa oração deve ser direcionada para coisas boas. Coisas que irão servir para nossa santificação. Não de deve orar, por exemplo, pedindo dinheiro, para ganhar na loteria, etc. Porque isso se conquista com trabalho.  Mas, pedir a o aumento da fé, a cura de uma enfermidade para si ou para alguém, o discernimento para certas situações, o dom para entender a Palavra, o pão de cada dia, ... Na oração do “Pai Nosso” estão todos as graças que devemos pedir. Porque uma oração mal feita é “dar pérola aos porcos”.

Jesus neste discurso ensina-nos que devemos ter cuidado tanto com o anúncio da Palavra, quanto também à maneira que pedimos as coisas a Deus. Não é errado pedir. Mas, é importante saber o que pedir para que nossa oração não seja feita de egoísta, como uma criança que acha que o pai pode dar tudo o que ela quer, do jeito que ela quer e na hora que ela quer. Não! Deus não age assim.

 

c)     E por fim, Jesus vai nos dizer que devemos ter cuidado com falsos profetas. Falsos pastores que chegam disfarçados de ovelhas. E mais uma vez Jesus pede discernimento para que a gente possa verificar quais são as obras desses falsos pastores. Hoje, o que mais tem são falsos pastores dentro e fora da Igreja. Lobos vorazes que estão em busca de ovelhas frágeis para enganar e extorquir, usando a palavra de Deus como argumento, ludibriam e enganam muitas pessoas. Mas, veja! Jesus essas pessoas farão obras, iguais aos verdadeiros profetas, porém essas obras não vêm Deus e não serão reconhecidas por Ele. O demônio também faz milagres para enganar as pessoas e tirá-las do verdadeiro caminho. É por isso que Jesus disse “guardai-vos dos falsos profetas”.          

 

Portanto, tudo no capítulo 7 está dentro de um contexto: “A mensagem da Palavra de Deus” e os “falsos profetas”.

Por outro lado, Jesus nos ensina que a mensagem sagrada do Evangelho não deve ser compartilhada com aqueles que não estão dispostos a aceitá-la, pois, eles podem rejeitá-la e até mesmo atacar aqueles que a compartilham. No entanto, isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas. Em vez disso, devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade. O Evangelho é uma pessoa, Jesus Cristo. Ele é a Palavra viva encarnada que não pode morar em corações que não queiram aceitá-lo. Por outro lado, o coração de quem aceita o Evangelho e  o pratica com amor é como um terreno fértil onde a semente plantada nascerá e dará muitos frutos. (Lc13, 23). 

É importante lembrar que Jesus é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6). O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos. A porta estreita pela qual os verdadeiros discípulos devem passar.

Os santos viveram sua vida de forma radical procurando aproximar o mais perto possível daquilo que o Evangelho propõe. Nesse sentido passaram por muitas coisas. Privações e perseguições a fim de estreitar ainda mais seus laços com Jesus tendo a convicção que estão do mundo, mas, não são do mundo. Viveram intimamente ligados a Ele no seu sofrimento na cruz, enfrentando tudo e a todos. Isto é, passaram pela “porta estreita”, a porta das ovelhas onde o único pastor é Cristo.    

A oura explicação que a Igreja Católica ensina sobre Mateus 7,6 é semelhante à interpretação geral, mas com um foco adicional na administração prudente dos sacramentos e na pregação da palavra de Deus. 

Nesta passagem, Jesus usa uma expressão popular para ensinar o discernimento prudente na pregação da palavra de Deus e na distribuição dos meios de santificação.

A Igreja sempre atendeu a este aviso, especialmente no sentido de respeito com que administra os sacramentos, especialmente a Sagrada Eucaristia. 

Portanto, "Não deem aos cães o que é sagrado; não joguem suas pérolas aos porcos" é uma instrução para ser cauteloso ao compartilhar a verdade do evangelho com aqueles que podem não estar prontos ou dispostos a recebê-la. Isso não significa que devemos julgar as pessoas como indignas, mas sim, que devemos ter sabedoria e discernimento ao compartilhar a verdade.

 

 

 

 

MARIA, CORREDENTORA OU COOPERADORA? MEDIANEIRA? Explicações sobre a polêmica do documento "Mater Populis Fidelis"

           A polêmica em torno do documento do "Mater Populi Fidelis", publicada pelo Prefeito, Cardeal Victor Manuel Fernadez e p...