quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

PREVALECENDO A VONTADE DE DEUS - Não forçar a vontade de Deus.

A pergunta que fazemos é:

Até que ponto chega a prepotência humana de achar que Deus pode ser manipulado de acordo com nossos interesses?
Até que ponto podemos pedir algo para Deus? 

Está na moda o costume das pessoas que se dizem cristãs querer fazer de Deus uma marionete onde não conta mais o desejo e a vontade de Deus. 
Isso é muito perigoso do ponto de vista do caráter evangélico, pois Deus não é um boneco de ventríloquo que podemos manipular a vontade e as consequências disso está num afastamento total da Salvação, pois, a própria Redenção partiu da vontade de Jesus. Jesus nos salvou por aceitar a vontade de Deus. É da vontade de Deus que também nós aceitemos a Salvação como algo indispensável para nossa alma. Jesus cumpriu a vontade de Deus

E nós, também aceitamos a vontade de Deus? Aceitamos essa vontade quando precisamos passar por caminhos de alegrias e de dor?

Num mundo cada vez mais secular  onde surgem seitas aos milhares pregando muitas vezes um Jesus de facilidades e de milagres. As pessoas são a toda hora intimadas pelos seus líderes a desafiar a vontade de Deus com a tal da determinação das curas e libertações, que muitas vezes são feitas para atrair os fiéis como num picadeiro de circo, só que dentro dessas seitas o palhaço é Jesus. 

Quando se fala em sofrimento, em provação, em sacrifícios, em morte, cruz e ressurreição aí não, Jesus parece ter descido de um disco voador e subiu aos céus e pronto. E é esse Jesus que conta. Um Jesus que vai fazer muitos milagres e trazer muito dinheiro para suas "falsas igrejas". 
Ou melhor! Agora espalham a ideia de que não existe religião, que seus cultos não tem fundamento na religião. Mas então como esses falsos pastores inauguram suas igrejas se as mesmas não possuem sentido religioso?
Se o conceito de religião é a busca do sagrado. Ela é o laço que une o humano ao divino e é ela a grande responsável por mover a fé das pessoas rumo a Deus. Como pode agora os "pastores" dizerem: "Ah eu não prego religião!?"

Se separarmos a religião do Evangelho, o que sobra é um Deus oco vazio, sem compromisso com seu povo, um Deus distante da vida e da história do seu povo. 
Um Deus a parte do seu povo ou que simplesmente não vive neste mundo. Aí meu caro leitor, nesse caso, é preferível ser um ateu, pois, o conflito e as dúvidas tornará o cristão um herege. 
Por outro lado, a pessoa que acredita em Deus por si mesma é uma pessoa religiosa. A prática da fé passa pela  prática da religião. 
Daí fazer os outros crerem que a prática da fé não precisa de religião é o mesmo que julgar a Igreja de Jesus Cristo desnecessária para a salvação.  

Ao passo que a verdadeira religião cumpre em obedecer a vontade de Deus a exemplo das palavras do Mestre Jesus que diz: "Eu vim para cumprir a vontade daquele que me enviou!" -  Ora! se Jesus veio para fazer a vontade do pai, se nós somos seus discípulos, não cabe a nós também aceitar a vontade do pai?
Mesmo que as vezes não compreendamos certas passagens da vida?...

Precisamos urgentemente rever os nosso conceito de Fé. 
Os falsos pastores aliados da teologia da prosperidade insistem em ensinar falsamente que o cristão deve exigir de Deus algo que é incoerente aos princípios cristãos  tais como: a) Querer forçar a Deus a cura de uma enfermidade. b) Querer forçar a Deus uma graça sem contar a sua vontade. c) Desafiar o poder de Deus em busca de satisfação própria momentânea. d) Não aceitar os sofrimentos como parte de uma purificação interior. e) Achar que Deus é um comerciante de graças e bênçãos e que age de acordo com nossos desejos e caprichos. f) Acomodar-se achando que Deus é obrigado a fazer milagres quando quisermos por determinação ou por um "simples estalar de dedos". 

Quando vivemos assim, muitas vezes orientados pela busca de uma fé egoísta, onde basta apenas o que eu quero e o que me faz feliz nesse mundo, forçamos o poder e a vontade de Deus trazendo para o mundo aquilo que seria nos dado no céu... O que restará de nossa alma? O que sobrará para nós na eternidade?


Quanto que viver na graça, nos ensina São Paulo, é como estar em uma maratona onde temos que percorrer as distâncias, vencer os desafios para chegar à meta final e receber o prêmio. E essa corrida é rumo a eternidade. Então somos atletas de Cristo. Nessa corrida estão as metas: a) Cumprir a vontade de Deus. b) Correr em direção a Cristo. c) Seguir uma rota, isto é os valores do Evangelho. d) Estabelecer uma meta, ou seja, planejar a corrida para não se cansar no final. e) Vencer os desafios, isto é, as tentações e tudo aquilo que nos desvia da Palavra de Deus, da fé e da verdadeira Igreja. f) Estar bem alimentados, como bons atletas, abastecido da Palavra de Deus e da água da vida que é Jesus. g) Tomar cuidado para não entrar por atalhos (as seitas) que podem nos levar a caminhos perigosos e de mortes. h) Abastecer do Pão da Eucaristia onde o Espírito Santo alimenta a alma e fortalece o espírito. i) Chegar a meta, isto é, estar junto de Deus, na sua presença. j) Receber o prêmio, ou seja a corôa da eternidade.


São Paulo ensina que para isso é necessário e indispensável que deixemos nos guiar pela vontade de Deus. Mas essa vontade não pode nunca ser forçada. É Deus que nos modela, como vaso na mão do oleiro; cada um ao seu modo é modelado pelo Espírito Santo para ser sal, luz e fermento. 

Quando deixamos de lado o projeto que Deus tem para cada um de nós perdemos a oportunidade de sermos bons atletas da fé, para nos guiar pelos oportunismos de momento. 
E por causa disso a obra de Deus não acontece e deixamos de ser cristãos.

Muitas pessoas vão até as igrejas para pedir a Deus determinadas graças e, Deus as concede segundo a fé de cada um. São os mais diversos pedidos desde a cura de doenças graves ao sucesso na hora de fazer um vestibular, obter um bom casamento, etc.


Alguns alcançam, outros não. Outros porém, Deus as concede na medida do tempo, (o tempo de Deus difere do nosso cronologicamente); mas a pergunta é porque Deus age de maneira diferente com cada um de nós?! E a resposta é simples é porque agimos de maneira diferente para com Deus muitas vezes de forma egoísta, sobrepondo nossos desejos e ambições acima da vontade de Deus.

Isto está muito claro quando estas igrejas deixam de oferecer a salvação para vender curas e milagres. Deus não age no nosso tempo e sim no tempo dele de forma que Ele sabe o que é bom e o que não é para cada um de nós. E quando extrapolamos querendo coisas que Deus não aprova estamos forçando sua vontade e assumindo uma autoridade que não é a nossa.

As pessoas vivem almejando riquezas, bens materiais, bem-estar físico e mental, posição social, sucesso, fama, enfim coisas que não cabe a Deus nos dar. Isso cabe a nós conquistarmos com nossos próprios esforços. Ele pode sim nos dar força e inteligência, mas não pode agir naquilo que nós mesmos temos que realizar. 

Outros buscam na justiça divina, procurando a própria justiça terrena. 
Essas coisas além de não ter importância, são transitórias esquecem que o mais importante para o cristão é 1) a Salvação e 2) a prática das virtudes, fé, esperança e caridade. Esquecem de viver e experimentar o amor de Deus. E sem o amor de Deus ainda que tivéssemos tudo, ainda que fôssemos como os anjos, sem este amor não somos ninguém.
E quantos se sentem ocos, vazios do amor de Deus. E somente quem se sente amado pode dar amor. Somente quem sente misericórdia pode receber misericórdia e somente quem tem fé pode ser salvo.
Deus é nosso bem mais valioso. Ele é nosso bem eterno. Ele é a fonte de tudo que existe.
Não podemos dizer que buscamos a Deus se buscamos antes o supérfluo e os bens materiais. Não podemos buscar a vontade de Deus sobrepondo a nossa própria vontade, os nossos caprichos. 
As pessoas ambiciosas deveriam ter uma ambição muito maior. Buscar o Reino de Deus e sua justiça, pois o que virá será dado por acréscimo. Deus está junto de nós a todo tempo, todas as coisas que desejamos virá até nós se soubermos buscar a Deus como algo primordial. É preciso segurar em suas mãos corretamente. Isto significa que devemos mantê-lo junto de nós. Querer fazer uso de nossas faculdades para tratar a pessoa de Deus como um "comerciante de feira" ou um "dono de loja"que põe tudo em liquidação. Deus não é um comerciante de graças.

Se você procura estabelecer um vínculo de amizade com Deus como de uma filho para com seu pai, verá que Deus atenderá suas preces. Mas se você trata o Senhor Deus como uma pessoa que acha que só porque ele pode tudo pode te dar o que quiser,na hora em que quiser, então você é como um filho mau, rebelde e Deus se afastará de ti.


O mais grave é que os líderes de certas denominações religiosas sabem perfeitamente que isso é errado, mas usam desse fato como estratégia para enriquecerem seus templos e seus bolsos com promessas de que Deus e Jesus fará muitas destas coisas. Então eles subestimam e usam de um poder que não é devido para enganar as pessoas. "Lobos em pele de cordeiro". 


Para estarmos sempre com Deus, devemos estreitar os laços que nos une a Ele. Somos seus filhos e como tal devemos manter esses laços como uma família entre Deus-Pai nós que somos seus filhos. Para isso contamos com a ajuda do Espírito Santo que nos move e nos guia. E de Jesus Cristo que nos faz chegar junto dele como nosso irmão e Salvador.
Como o filho pródigo da parábola não podemos esquecer a casa paterna nem o amor do Pai. Ainda que sejamos filhos rebeldes, chega a hora de cair em si e perceber que o que importa realmente é crer e aceitar o amor do Pai. Devemos lembrar constantemente desse seu amor por nós, amor esse que nos é doado pelo seu Filho na Cruz.
Para Deus nossa vida é como um jardim cheio de flores cada uma é especial para Ele e assim cuida de nós com carinho. E quando erramos, muitas vezes nos sujeita aos sofrimentos para que no fim possamos ser moldados à luz do seu amor. 
Daí os sofrimentos pelos quais passamos, e até mesmo as situações de morte, de "calvários" que enfrentamos seja conosco ou na nossa família, Deus assim o permite para que revejamos em nossas próprias fraquezas nossas atitudes de pecado e possamos nos achegar ao seu amor.

Estreitando os nossos laços com Deus possamos conseguir dele aquilo que desejamos se isso for de sua igual vontade. 
Deus não castiga ninguém apenas nos modela para que sejamos bons filhos e bons cristãos. Somos herdeiros do Céu, pelos méritos de Jesus Cristo. Quer  graça maior que essa?
O Salmo 22/23 diz que o Senhor é o pastor e como pastor cuida de nós para que nada nos falte. Jesus mesmo no Evangelho de Jo10, 11 diz que ele é o Bom Pastor e como tal, ele dá a vida para salvar suas ovelhas. 
Deus é Pai se quisermos obter tudo aquilo que nos é necessário devemos estar em sintonia com ele, chamando de Pai  com todo respeito que lhe é devido.
Se lermos o Antigo Testamento, o povo de Israel não ousava falar o nome de Deus, nem mesmo seus profetas. Isso é correto do ponto de vista respeitoso, mas, os judeus costumavam enxergar Deus lá nas alturas. Um Deus distante de seu povo embora Ele estivesse tão perto. Portanto, quando Jesus veio confirmar todas as coisas, ele nos ensinou a chamar Deus de outra maneira, ensinou-nos a chamar a Deus de Paizinho (Abá). Na Oração ao Pai-Nosso Jesus nos ensinou a chamá-Lo de Pai nosso.
Colocando-nos todos em uma só família somos todos irmãos. Deu-nos uma nova Lei que é a lei do amor. Assim como Deus nos ama, sendo bons ou maus. Jesus pede que esse nosso amor seja assim para com todos. Sem amor não podemos pedir nada a Deus. Pois, tudo que pedirmos será de forma egoísta. O que Deus me dá, ou seja, a graça que ele me oferece também deve servir para ajudar os meus irmãos

SOLUÇÃO DIANTE DOS PROBLEMAS
Como Deus orienta nossa vida?

Diante de um problema difícil, muitas vezes ficamos sem ação, ou queremos soluções práticas através da inteligência humana. Uns apelam para o que tem de melhor, outros pela intervenção divina, outros nem sabe como agir diante de determinadas situações da vida.
Ora, volver-se para Deus seria a opção correta antes mesmo de volver-se a outros mecanismos. Deus é onipotente, é onisciente e conhece nossos sentimentos, anseios e nossos problemas. 
Quem governa a nossa vida é o Espírito Santo. Somos guiados por ele para observar a Palavra de Deus e com ela podermos nos iluminar.
Mas além disso está nossa confiança nesse Deus-amor que nos oferece todos os meios ao seu tempo. Mesmo quando surgem situações de morte Deus sabe como nos guiar. É pelo Espírito Santo que somos guiados. Por isso nossa fé não está solidificada em promessas infundadas mas na suma confiança de um Deus-Amor que pode tudo fazer para aquele que crê. 
Deus não precisa de uma procuração nossa para agir. Ele age em nossa vida porque sabe das nossas fraquezas e dificuldades. Se somos limitados, existe algo em nós que é ilimitado, é a Fé. A fé depende de um confiança total, de uma crença total e de uma dependência total de Deus em nossa vida.

Quando você confiar em Deus, confie de forma absoluta, sem precisar de recorrer a sabedoria humana. Não queira resolver as coisas por você mesmo, pois, Deus age de acordo com sua vontade e não com a nossa vontade e muitas vezes por caminhos imprevistos que no momento nem podemos compreender. É como diz o ditado: "Deus escreve certo em linhas tortuosas!"

Portanto, quando vemos certos "pastores" de igrejas com interesses escusos prometerem várias coisas em nome de Deus, desde a curas miraculosas, até a conquista de bens materiais e promessas de riquezas, saiba que isso não tem relação com a fé e que Deus não participa dessas coisas. Não há neste mundo, nem tampouco no céu quem vá contrariar a vontade de Deus e determinar alguma coisa que Ele não queira. 
Mas se você entregar totalmente a Ele você receberá forças o suficiente para vencer qualquer situação.
Jesus disse tudo é possível para aquele que crê. Deus pode agir em nossa mente. O que ele não pode fazer é aquilo que nós temos que fazer com nossas mãos. 

Quanto aos bens materiais esses devem ser conquistados com nossos esforços. Deus pode nos dar forças. O Espírito Santo pode ajudar-nos nas decisões e na realização de nossas tarefas, mas, os bens materiais devem ser conseguidos com nosso trabalho. Podemos pedir a Deus que nos ilumine um trabalho, mas não podemos pedir a Deus aquilo que nós devemos conseguir com a força do nosso esforço.
Em Gênesis Deus é claro: "Tirarás da terra com trabalhos penosos o vosso sustento." ... "Comerás o pão com o suor do teu rosto! (Gên2, 17.19) 
E no final Deus lembra nossa condição humana: "Porque és pó e ao pó voltarás!"
Se somos pó, somos frágeis necessitamos de Deus para tudo. O que não podemos é querer ter a pretensão de achar que Deus é manipulável de acordo  com nossos desejos.
Não podemos determinar alguma coisa em nome de Deus porque Deus não é um ser manipulável ou que está a mercê de nossos desejos. O ser humano é volátil, Deus não. Deus não muda, ele é o Senhor da vida e da morte, dos bons e dois maus.
Os caminhos de Deus são insondáveis. Deus conhece nossos pensamentos. Como diz o Salmo, Ele nos sonda e não importa onde quer que estejamos, Deus penetra e vê nossos corações, conheces nossas intenções e antes mesmo de pronunciarmos qualquer coisa Ele já sabe o que iremos falar. 

PORQUE DEUS CONHECE NOSSAS FRAQUEZAS ELE NOS SALVA ATRAVÉS DE JESUS.

A vontade de Deus através de Jesus é que todos sejam salvos.
MAS CUIDADO!
Os falsos "pastores", sobretudo das seitas protestantes dizem que basta ao homem crer em Jesus que está salvo. Porque segundo eles a Bíblia assim o diz no Evangelho de João. 
Mas a mesma Bíblia nos diz também que se não houver conversão, se não tomarmos posse da Salvação somente crer não basta. Não que São João estivesse mentindo, mas esse "crer" que aparece logo no início de seu Evangelho vem acompanhado depois de vários complementos. Esses complementos estão em todos os Evangelhos e nas cartas apostólicas:
a) A Salvação passa pela conversão.
b) A Salvação passa pela aceitação e cumprimento da Palavra de Deus. 
c) A Salvação passa pelo reconhecimento de Jesus como Senhor e Salvador. 
d) A Salvação passa pelo batismo.
f)  A Salvação passa pelo cumprimento das boas obras.
e) A Salvação passa pela fidelidade à Palavra de Deus.    

São Paulo diz que fomos salvos pela graça. Realmente! mas, esse "fomos" não engloba a todos. São Paulo se refere a todos os verdadeiros crentes, aqueles que aceitaram viver todas as virtudes evangélicas e não apenas em crer, porque crer é fácil. Mas é preciso ter fé, e a Fé passa pelo crer+confiar+depender de Deus. Crer por si só não justifica ninguém. 
Jesus conquistou a Salvação para todos, mas nem todos vão ser salvos porque não tem fé.
O mesmo erro é dizer que Deus nos deu a Salvação de graça. Mentira! A nossa salvação custou caro, muito caro. Custou o Sangue precioso de Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus.           

COMO RESPEITAR A VONTADE DE DEUS?             

Podemos desafiar a vontade de Deus? Podemos exigir de Deus aquilo que não for da sua vontade? É essa pergunta que não deve se calar em cada um de nós.   A Sagrada Escritura está cheia de ensinamentos em que podemos observar e aprender como a vontade de Deus deve ser respeitada.
As vezes por diversas situações caímos na tentação de achar que Deus é obrigado a atender aos nossos pedidos, desde os mais necessários como a cura de uma enfermidade até ao absurdo de querer ganhar na loteria às custas de uma ajudinha do alto. Até que ponto respeitar a vontade de Deus é um desejo nosso. 
Muitas vezes somos como aquele "filho pródigo" da parábola que em busca de prazeres momentâneos gasta a herança do Pai e volta maltrapilho porque "quebrou a cara" , gastou tudo que tinha e estava na miséria. Quanta gente está em situação de miséria espiritual porque tendo querido tanto e até o inútil gastou tudo, desperdiçou a chance de ser feliz porque possui um espírito egoísta. Deus perdoa mas ele deseja que o busquemos de coração sincero e humilde. Quantas vezes agimos individualmente e por esta ou aquela situação que foge ao nosso controle tratamos Deus como um carrasco achando que Ele se esqueceu de nós? Como aconteceu um dia com o povo de Israel em que aquele povo provocou o Senhor no deserto tendo o rejeitado, depois de ter visto e experimentado seu poder... Por uma situação simples o povo reclamou de Deus dizendo que Deus os tinha esquecido no deserto para morrer de fome e sede. E não acontece o mesmo conosco?
Como a samaritana poderíamos estar à "beira do poço", quantos tem sede de Deus. Mas ao invés de beber da água da vida que é Jesus preferem morrer de sede por causa de seus pecados. Quantos que egoisticamente se entregam aos prazeres do mundo, os deuses do ter, do poder e do prazer e se esquecem de Deus... Quantos querem acomodar-se em seus mundinhos e depois reclamam de Deus porque acham que Ele o esqueceu? ...
Quantos querem comer e beber às custas de milagres, mas, não lutam para ganhar o próprio sustento.  
Quantos cristãos tem medo de assumir sua identidade cristã perante o mundo e acomodados contribui para que os valores evangélicos sejam esquecidos. 

Quantos dizem ter aceitado Jesus mas não conhecem nem fizeram uma experiência de Jesus? ... E parece que está na moda dizer que aceitou Jesus ou para fugir de uma situação ou de uma punição maior e as seitas aproveitam disso para vender um falso Cristo, um "Cristo" que irá resolver tudo a  bel prazer de quem o reivindica.
         
Eu poderia citar vários momentos em que a Bíblia narra a vontade de Deus sendo esquecida. Mas vou limitar a dar alguns exemplos:
Várias vezes Jesus nos ensinou sobre como é importante respeitar a vontade de Deus-Pai sendo ele mesmo o maior exemplo.
Antes de sua morte no Jardim das Oliveiras Jesus faz uma Oração: "Pai se for possível, afasta de mim este cálice. Contanto, que seja não a minha vontade e sim a tua!"(Lc22, 42) ... Será que este texto foi posto ali no Evangelho por acaso? - Não! O propósito é mostrar que Jesus podia muito bem não querer mais morrer por nós, ele era livre para rejeitar tudo aquilo. Mas ele aceitou a) Por suma obediência ao Pai; b) Porque esta era o desejo e a vontade do Pai e Jesus veio cumprir a vontade do Pai. Com sua morte não só nos salvaria mas derrotaria satanás. 
Por isso Jesus é claro ao afirmar que "não só de pão vive o homem, mas da Palavra que sai da boca de Deus" ... o Nosso alimento é Deus portanto, cabe-nos como discípulos de Jesus fazer a vontade de Deus como Jesus fez. 
"Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou!" (Jo4, 34).

Quantos de nós queremos nos livrar dos sofrimentos mesmo que pra isso não conta a vontade de Deus. E as vezes muitas graças deixam de ser atendidas porque não respeitamos a vontade de Deus. É muito fácil não passar pela dor, pelo sofrimento, é tão bom ganhar tudo nas mãos. Mas o que vem fácil vai fácil. 
Não é assim que as seitas pregam? A morte de Jesus na Cruz para eles foi fantasia, Jesus fez ali um teatro lá no Calvário. 
Não se pode conformar com os sofrimentos, com a doença, com as dificuldades, antes devemos determinar, exigir de Deus que mude aquela situação de "calvário" pois o homem não deve sofrer. Até mesmo nas tentações Jesus provou ser obediente a Deus Pai. 
Então Jesus é mentiroso quando diz que passaremos pelo mesmo que ele passou inclusive pelas dores e pelas cruzes, mas que com ele ressuscitaremos.    
Quantos de nós podemos dar de comer mas estamos a espera de um milagre que resolva a fome e a miséria no mundo. 
Veja que o que acontece hoje? Surgem falsos líderes que a toda hora forçam o poder de Deus. Tentando-O querem fazer de Deus um empregado.
Quantos de nós buscando algo momentâneo morremos de sede ao pé da fonte, fonte de amor e o amor é Deus.
Quantos de nós aliados a essas seitas somos cegos da alma. Antes fôssemos cegos de verdade para não cair no pecado da desobediência e da prepotência de achar que Deus é um mero cumpridor de favores. (Jo9, 41)  
Está na moda forçar a Deus pela tal de "determinação" : "eu determino de Deus isso ou aquilo!" ... Isso não é fé, é prepotência do orgulho humano, como se Deus fosse nosso empregado estivesse submisso às nossas vontades. Deus é dono de tudo. Nós não! somos seus filhos mas não somos donos de Deus. Temos que ter cuidado com isso, com o que pregam esses falsos líderes e, não só os evangélicos agem assim, mas muitos católicos também. Essa ideia de determinar algo de Deus é coisa do diabo, Jesus nunca ensinou isso, porque cabe a Deus decidir fazer ou não o que Ele quer. Se for da sua vontade ele o fará, mas e se não for, você porque determinou Deus atenderá? Isso é prepotência, é coisa diabólica.      
Esses falsos pastores adoram um deus ainda mais perigoso e de maior falso poder. Esse deus é o dinheiro. Com suas conversas moles, suas falsas promessas, iludem o povo para lhes arrancarem o pouco que tem em nome de Deus e Jesus. (Êx32, 1-35) 
Em outra passagem  o povo de Deus, o povo de Israel ao atravessar o deserto e, tendo passado por situações de fome e sede, mas depois de terem visto o que o Senhor Javé tinha feito por eles no Egito quiseram desafiar o poder de Deus pondo à prova o seu poder com lamentações e desejaram voltar à situação de escravidão no Egito. (Êx16,2-4:17, 1-7)

VAMOS MEDITAR UM POUQUINHO COM ESTE VÍDEO, PORQUE É NECESSÁRIO CRER DE VERDADE. DEUS AGE AO SEU TEMPO.    




CONFIAR EM DEUS - A FÉ DEPENDE DE CRER, CONFIAR E DEPENDER  EM DEUS.



                              

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

OS SETE SACRAMANETOS - Sinais sagrados visíveis da ação do Espírito Santo

O QUE SÃO OS SACRAMENTOS?

Sacramento são sinais (visíveis) sagrados da graça de Deus. Foram instituídos por Jesus Cristo para salvação dos fiéis.   

São 07 Sacramentos ao todo:

1 - Batismo
2 - Eucaristia
3 - Crisma
4 - Confissão 
5 - Unção dos Enfermos
6 - Ordem
7 - Matrimônio 


Jesus, na sua infinita misericórdia para facilitar a salvação do seu povo instituiu os Sacramentos que são degraus para a santidade. 

Cada um possui sua afinidade. Desses 07 sacramentos apenas 01 é destinado aos pastores da sua Igreja (os padres ou presbíteros, e os bispos) é o Sacramento da ORDEM. 

Os demais todos nós devemos recebê-los em nossa vida. 

Deus que através de Jesus criou esse meio pelo qual nos torna mais fácil trilhar o caminho da salvação. Esses Sacramentos nos assiste a vida toda de modo especial.

Por que precisamos dos Sacramentos?

Precisamos porque somos pecadores, eles existem para nos dar coragem força e ao mesmo tempo para nos santificar através da ação do Espírito Santo.
Eles são canais abertos da graça santificante e nos dão força na caminhada como cristãos. 
Jesus já nos deu a Salvação pela sua morte na Cruz. Porém é necessário tomar posse dessa salvação e conquistá-la dia a dia. Ao contrário dos que pensam que basta crer em Jesus para ser salvo, nós cremos segundo o que n os ensina a Igreja que a Salvação deve ser conquistada dia a dia: 1) Pela fé na ação do Espírito Santo, 2) pela prática das boas obras e da Palavra de Deus, 3) Pela graça dos Sacramentos.

Deus na sua infinita misericórdia sabe de nossas fraquezas. Somos pecadores e por isso que não basta apenas crer em Jesus para estar salvo. Pois, a Salvação parte de um comprometimento com Jesus. Nesse sentido e vivendo segundo a seu Evangelho, estando-nos inseridos no Corpo Místico de Cristo que é a Igreja, Jesus nos oferece os meios pelos quais essa salvação torna-se possível. Esses meios são os Sacramentos. Pela graça de Deus contida nos Sacramentos estamos ligados à verdadeira videira que é Jesus. Pelos Sacramentos o Espírito Santo infunde em nós a força necessária para superar nossas fraquezas e nos conduz à santidade. Eles são portais do amor divino e da graça santificante. Por isso que Jesus os instituiu para que através deles com a ajuda da Igreja possamos caminhar em santidade rumo ao Pai.        

Jesus sabendo disso quis nos oferecer esse benefício, pelo qual através de sua Igreja possamos viver de maneira especial a nossa vocação cristã. 
A única e verdadeira Igreja de Cristo é capaz de nos conduzir e nos santificar através dos Sacramentos que são como "chaves" da porta do Céu.   
Eles são sinais da presença do Espírito Santo em nossa vida e todos são importantes e necessários. Nenhum cristão pertencente à verdadeira Igreja de Cristo (a Igreja Católica Apostólica Romana), pode ficar sem receber os Sacramentos. A Igreja não pode negar e não dispensa nenhum fiel dos Sacramentos.   

A Igreja Católica reconhece em alguns casos algumas igrejas protestantes apenas 02 sacramentos: Batismo e Matrimônio, os demais não são válidos porque os pastores dessas igrejas não tem autoridade apostólica para conferi-los. Nessas igrejas, se algum membro que nela for batizado decidir-se ser católico não é necessário batizar novamente e vice-versa, pois, o batismo é um só. O Batismo é uma marca indelével, não se apaga nem aqui nem na eternidade pois, é ele que nos dá a identidade cristã e de filhos de Deus.
No caso do Matrimônio entre uma pessoa católica e uma pessoa protestante é necessário que haja a presença do padre e do pastor. Sendo que o rito matrimonial deve ser católico.  

No caso dos demais Sacramentos as igrejas protestantes não os administram porque não possuem autoridade para tal, uma vez que se separaram do verdadeiro Corpo que é  Igreja Católica a única fundada por Jesus. 
   
Quando se separaram, desligaram-se da Igreja verdadeira de Cristo, alguns foram excomungados (tirados do seio da Igreja de Cristo porque não viviam mais o que a Igreja determinava), como Martinho Lutero; e sendo assim o Papa tirou-lhes a autoridade para conferir esses Sacramentos.

Antigamente a Igreja nem reconhecia o batismo e o casamento das igrejas protestantes, somente depois de muitos anos o Papa passou a admití-los como válidos tendo em vista que muitos católicos se casam com cristãos de outras denominações e reconhecendo que embora tenham se desligado da Igreja Mãe, eles foram batizados na Igreja Católica (já que a Igreja Mãe é a Igreja Católica) e sendo assim ainda possui vínculos com o sacerdócio real de Cristo e portanto, podem conferir o batismo. Mas não possuem a Ordem para celebrar a Eucaristia, consagrar e dar a Comunhão, fazer a Unção dos Enfermos, Crismar, Ordenar sacerdotes e dar absolvição dos pecados pela Confissão. 
Nas Igrejas protestantes não existe a Missa nem a Eucaristia.
Por isso, elas celebram apenas um "memorial ou lembrança" da Santa ceia de Jesus e nada mais.

Os Sacramentos são administrados pela Igreja mediante uma preparação. Isto é, o cristão precisa estar consciente do que vai recebê-lo,  preparado é capaz de viver o que o Sacramento oferece que vai servir para a vida toda. 
Para isso a Igreja oferece a catequese e os cursos de preparação, necessitam de uma preparação. Conhecer o valor dos sacramentos é muito importante. Mesmo depois de recebê-los é necessário que o cristão católico aprofunde seus conhecimentos na plavra de Deus, na doutrina da Igreja e sobre eles. Existem muitos livros, vídeos e cursos de catequese para adultos. Devemos aprender ao máximo sobre a palavra de Deus e a doutrina a fim de que estejamos sempre conscientes de ossa vida cristã. A maioria dos católicos são influenciados pelos protestantes e por doutrinas erradas e contrárias a santa religião porque não se interessam em meditar sobre a palavra de Deus e aprender sobre a doutrinada Igreja. Hoje as cartas, as encíclicas do Papa, a catequese está acessível até pela internet, você pode baixar vídeos, materiais para aprender mais sobre a doutrina e a Igreja. 
   
Receber os Sacramentos é dever de todo cristão católico e missão da Igreja.
Nenhum sacerdote pode se negar em administrar dos Sacramentos "se" o cristão estiver preparado e disposto, dentro das condições estabelecidas pela Igreja para recebê-los. 
Uma vez recebido eles não podem ser desfeitos porque é ação direta do Espírito Santo.
Quem dá dos Sacramentos? Quem dá é Jesus.
Quem os confere? Os ministros da Igreja (padre, bispos e diáconos)

O que é Rito Sacramental?

É a forma celebrativa em que são administrados os Sacramentos pela Igreja dentro de uma cerimônia própria, pelo qual se utiliza os *sacramentais para conferir os Sacramentos.

* Sacramentais = são objetos sagrados que são usados detro e fora da Liturgia: terços, velas, água benta, óleo, sal ... 

Não existe o mais e o menos importante entre os Sacramentos. Todos são essenciais e indispensáveis para nossa vida cristã. Pois, cada um deles Deus nos oferece as graças necessárias para vivermos bem em estado de graça. E o principal objetivo deles é fazer com que nos apresentemos de maneira pura e santa diante de Deus. Ou seja nos conduz diretamente para o Céu. Isto significa que os Sacramentos que recebemos aqui pela Igreja de Cristo também são válidos após a morte pois o principal objetivo deles é nos levar a salvação. 

VAMOS ESTUDAR UM POUCO SOBRE OS 07 SACRAMENTOS?



01 - O BATISMO - O batismo era sinal de arrependimento e conversão, o batismo aparece antes de Jesus nascer ministrado por João, o Batista. Ao qual ele preparava o povo para receber a salvação através da vinda do Messias, isto é Jesus Cristo. João usava a água como sinal da força do Espírito Santo. Jesus mesmo para cumprir a lei e iniciar a sua missão quis ser batizado por João. Mas Jesus dá um novo sentido ao Batismo, quando nos diz que após sua morte e ressurreição um novo batismo aconteceria, agora o batismo se torna o Batismo da Igreja, pelo qual além de apagar o pecado original, (desde Adão e Eva que nos impedia de estar no Paraíso), ele faz com que pela Unção e ação do Espírito Santo, a pessoa se torne membro da Igreja de Cristo e participante do Sacerdócio Real de Jesus. Não existe cristão que não seja batizado, toda pessoa para se tornar um cristão tem que ser batizado. O batismo nos purifica, nossa alma se torna alva, limpa da culpa original e nos devolve a graça de filhos de Deus. Por isso Jesus o instituiu e mandou que os fizesse batizar a todos. A partir do batismo somos marcados com o selo da eternidade, esse selo é a Cruz, que é o sinal da nossa Redenção. Por isso que ele é o primeiro dos sete Sacramentos, nos dá uma vida nova e todos os demais depende dele.
O Rito batismal, isto é a forma com que ele é dado em todas as igrejas, a maneira pela qual ele é administrado não muda a essência do Sacramento e é válido seja por imersão ou por derramamento da água sobre a cabeça na pia batismal como existe na Igreja Católica.   

Sua instituição e preceito estão positivamente marcados nos seguintes textos: "Em verdade vos digo, disse Jesus a Nicodemos, quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus" (Jo 3, 5). "Ide, ensinai todas as gentes, disse Jesus a seus discípulos, batizando-as, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). "O que crer e for batizado, será salvo", (Mc 16, 61). "Recebe o batismo e lava os teus pecados", disse Ananias a Saulo (At 22, 16). Os Apóstolos administravam o batismo a todos os que desejavam alistar-se na religião nova. Três mil pessoas receberam o batismo das mãos de S. Pedro, no dia de pentecostes (At 2, 38-41). 


02 - A CRISMA OU CONFIRMAÇÃO - quando recebemos o batismo, na maioria das vezes o recemos quando pequeninos. Sem tomar consciência deste Sacramento que nos introduz na Igreja como filhos de Deus. Nossos pais e padrinhos assumem o papel de nossos guardiões na Fé até que quando chegamos a fase adulta voltamos a Igreja para confirmar que queremos ser discípulos verdadeiros de Cristo. Então neste momento através da Crisma o Bispo nos Crisma, isto é confirma em nós esse desejo, nos unge com o óleo santo, como fazia os sacerdotes do Antigo Testamento ao consagrar os sacerdotes e reis. Pois, através da Crisma o Espírito Santo que habita em nós age para que nos tornemos verdadeiros discípulos de Jesus, participantes de seu ministério e de seu sacerdócio real. E a partir da Crisma somos chamados e enviados ao anúncio do Evangelho. Por isso que a Crisma é o Sacramento do jovem, do adulto. A partir daí o compromisso de ser verdadeiro missionário discípulo de Jesus se torna maior. O Crisma é esta adesão total ao discipulado de Jesus. 

Os atos dos apóstolos provam que o seu rito exterior consiste na imposição das mãos, diferente do batismo que utiliza a água. Os apóstolos Pedro e João, enviados a Samaria, "punham as mãos sobre os que tinham sido batizados", e recebiam estes o Espírito Santo (At 8, 12-17). Do mesmo modo, S. Paulo, vindo a Éfeso, batizou, em nome de Jesus Cristo, discípulos de João e a "eles impôs as mãos, para que o Espírito Santo baixasse sobre eles" (At 19, 1-6). Para que S. Paulo imporia as mãos sobre quem já era batizado se a Crisma não fosse um sacramento que confirmasse o Batismo, completando os dons do Espírito Santo? Segundo estes textos, compreende-se claramente que Pedro e João de um lado, e Paulo de outro, deram o Espírito Santo, pela imposição das mãos. Ora, uma tal prática seria ridícula, se eles o fizessem fora da vontade e das prescrições do Mestre. A Crisma é, pois, um sacramento instituído por Nosso Senhor. 



03 - A EUCARISTIA - Instituído por Jesus na última Ceia, Jesus se dá em alimento para nossa Salvação. Ele também quis ficar presente em nosso meio nas sagradas espécies do pão e do vinho consagrados. Sua presença é real ao todo: Corpo, Sangue, Alma e divindade. A Eucaristia é remédio do corpo e o alimento da alma. É Jesus presente vivo e ressuscitado em nosso meio. Somente na Igreja Católica Romana e Ortodoxa há Eucaristia, as outras igrejas cristãs apenas celebram um memorial, isto é uma lembrança da última ceia de Jesus.
A referência maior da Eucaristia está no Evangelho de João quando ele fala sobre "O Pão da Vida" ou seja, Jesus antecipa o que aconteceria antes de sua morte, ele disse: "Eu sou o Pão da vida, quem comer deste Pão jamais morrerá" ... Vale a pena ler todo o Capítulo6 de João para entender; mas há várias referências no Novo Testamento sobre ela, por exemplo: Quando Jesus conta a Parábola do grão de trigo ... "É preciso que o grão de trigo morra e assim ele dará frutos cem por um". A multiplicação dos pães, etc.
Nesse capítulo Jesus diz que não só sua palavra é alimento, mas também seu Corpo seu Sangue é vida pela salvação do mundo, o Pão descido do céu para quem comer dele não morra. (Jo6, 50) 



Logo, em Jo6, 50-51 - Jesus diz que quem não comer sua Carne e beber o seu Sangue não terá a vida eterna.
Então como excluir a Eucaristia da vida cristã como nossos irmãos evangélicos fazem? Como dizer que Jesus na última ceia estava fazendo um memorial, um "teatro" daquilo que ele mesmo anunciou?! teria Jesus mentido então?
A resposta é, por não possuerem o Sacramento da ORDEM (porque estão desligados do Corpo Místico de Cristo a Igreja Mãe)  os pastores evangélicos por mais bem preparados e bem intencionados não podem celebrar a Eucaristia. Sendo assim a "santa ceia" de suas "igrejas" é sim um simples memorial, uma lembrança da última ceia de Jesus.
Quanto que na Igreja Católica que é a verdadeira Igreja a Eucaristia é o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, porque o sacerdote possui o Sacramento da ORDEM, dada pelo Bispo, legítimo sucessor dos Apóstolos e pelas mãos do sacerdote Jesus se faz presente na Eucaristia.

COMO ENTENDER O SACRAMENTO DA EUCARISTIA? - Aos olhos humanos não podemos entender. Este Sacramento é um mistério divino. E como é mistério só Jesus pode explicar. Embora em alguns casos em que foi preciso Jesus se manisfestou visivelmente na Carne e no sangue, como em Lanciano (Itália) onde no séc. XII esse milagre aconteceu. Mialagre Eucarístico de Lanciano. 
A Eucaristia é um grande milagre, é a prova máxima do amor de Jesus por nós. Pela Eucaristia Jesus continua vivo e presente no nosso meio, cumprindo o que ele mesmo disse: "Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos!" (Mt28, 20)
O milagre da transsubstanciação, ou seja, da mudança do Pão e do Vinho para o Corpo e Sangue de Cristo não podemos ver senão pelos olhos dá fé. Mas é crendo nas palavras de Jesus que temos essa certeza. 
Por outro lado, ninguém teria coragem de comer a carne e beber o sangue de Jesus na forma real, isso seria canibalismo, então o desejo de Jesus não seria realizado, por isso que se olharmos com nossos olhos humanos o Pão e o Vinho não  vamos ver a carne e o sangue propriamente dito, mas, se olharmos com os olhos da fé vamos perceber a diferença pois a presença substancial nas espécies é feita através do Espírito Santo na hora da consagração. 

A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris": "ação de graça", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho. 

Essa presença não foi contestada nem mesmo por Lutero. Em carta a seu amigo Argentino (De euch. dist. I, art.) falando sobre o texto evangélico "Isto é o meu corpo", ele diz: "Eu quereria que alguém fosse assaz hábil para persuadir-me de que na Eucaristia não se contém senão pão e vinho: esse me prestaria um grande serviço. Eu tenho trabalhado nessa questão a suar; porém confesso que estou encadeado, e não vejo nenhum meio de sair daí. O texto do Evangelho é claro demais". 

Eis, em S. João, os termos de que Jesus Cristo se serviu, falando a primeira vez deste grande sacramento: "Eu sou o pão da vida; vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo, que desci do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente, e o pão que eu darei é a minha carne, para a vida do mundo" (Jo 6, 48-52). 

Que clareza nessas palavras! Que quer dizer isso: "Eu sou o pão vivo - o pão que eu darei é a minha carne". É ou não é a carne de Cristo? É ou não é Cristo que será o pão que deve ser comido? Será que Deus não saberia se expressar direito se desejasse fazer uma simples alegoria? 

E não é só isso! Nosso Senhor continua, cada vez mais positivo e mais claro: "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. O que comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna. Porque a minha carne é verdadeiramente comida, e o meu sangue é verdadeiramente bebida. "O que come a minha carne e bebe o meu sangue, ficará em mim e eu nele". "O que come minha carne... viverá por mim". Este é o pão que desceu do céu... O que come este pão, viverá eternamente!" (Jo 6, 54 - 59). 

Eis um trecho claríssimo, que não deixa margem à dúvidas. Nosso Senhor afirma categoricamente: "... minha carne é verdadeiramente comida". É impossível negar algo tão claro: a carne de Cristo, dada aos homens para remissão dos pecados, é para ser comida; e quem comer desta carne "viverá eternamente". 

Cristo afirma, repete, reafirma, e explica que o pão que ele vai dar é o "seu próprio corpo" - que seu corpo é uma "comida" - que seu sangue é uma "bebida" - que é um pão celeste que dá a vida eterna. 

Ao negar a presença eucarística, se nega as palavras de Cristo. 

Cristo diz: "Este é o meu corpo". 

Cristo ajunta: "Minha carne é verdadeiramente comida". 

Cristo completa: "O que me come... viverá por mim.". 

Cristo repete: "O que come a minha carne, fica em mim". 

A posição daqueles que rejeitam as verdades dos sacramentos, é igual a posição que tomaram os fariseus: "Como pode este dar-nos a sua carne a comer?" (Jo 6, 53). Retiram-se murmurando: "É duro demais, quem pode ouvir uma tal linguagem!" (Jo 6, 67). 

Que fará Jesus, dissipa o equívoco e explica que é simbólico o que Ele acaba de dizer, para que não se perdessem os que se retiravam? 

Não! Vira-se para seus Apóstolos e, num tom que não admite réplica, pergunta: "E vós também quereis abandonar-me?" (Jo 6, 68). É como se afirmasse: quem não desejar aceitar a verdade, que retire-se com os outros! A verdade é essa e não muda. 

E S. Pedro lança este sublime brado de fé: "Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós cremos e conhecemos que tu és Cristo, o Filho de Deus" (Jo 6, 67-70). 

É a cena da promessa da eucaristia, que ia sendo preparada por Nosso Senhor em seus Apóstolos, que acreditavam e amavam mesmo sem entender! 

Aos que não acreditam nessa graça, cabe uma pergunta muito objetiva: Seria possível Cristo ser tão solene e tão claro, utilizando palavras tão majestosas e escandalizando a tantos incrédulos, apenas para prometer-nos um "pedaço de pão", que devemos comer em sua lembrança? 

Seria impossível. 

Agora, examinemos a instituição da Eucaristia. 

O dia escolhido é a véspera da morte do Messias. Em meio das ternuras lacerantes do adeus, neste momento onde, deixando aqueles que se amam, fala-se com mais coração e com mais firmeza, porque, estando para morrer, não se estará mais para explicar ou interpretar as próprias palavras. Neste momento, pois, num festim preparado com solenidade (Lc 22, 12), impacientemente desejado (Lc 22, 15), eis que se passa: 

" Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. " (Lc 22, 19). 

" Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados. " (Mt 26, 27-28) 

Que magnífica simplicidade e previsão nos termos! 

O original grego é mais forte ainda: "Isto é o meu corpo, meu próprio corpo, o mesmo que é dado por vós - Isto é meu sangue, meu próprio sangue da nova aliança, o sangue derramado por vós em remissão dos pecados". 

E no texto siríaco, tão antigo como o grego, feito no tempo dos Apóstolos, diz-se: O que se nos dá "é o próprio corpo de Jesus, seu próprio sangue". 

Não há outro sentido possível nesses textos. É a presença real afirmada, inequivocamente, pelo Messias, Redentor nosso, que derramou seu sangue na Cruz por nossos pecados. 

Que precisão nas palavras e que autoridade! Quanto poder nestas palavras: "Lázaro, sai do sepulcro!" E Lázaro sai imediatamente. "Mulher, estás curada!" E ela fica curada. "Isso é meu corpo!" E esse é o corpo do Cristo. 

E S. Paulo, na sua epístola aos Coríntios (11, 23 - 30): "Eu recebi do Senhor... que, na noite em que foi traído, tomou o pão. E tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Esta é a nova aliança no meu sangue, fazei isto, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Porque o que come e bebe indignamente, como e bebe para si mesmo sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (o sono da morte)" (I Cor 11, 23 - 30). 

S. Paulo diz, com esta lógica que lhe é peculiar: "Quem comer este pão ... indignamente, será culpado do corpo do Senhor" (1 Cor 11, 27) - e ainda no mesmo sentido: "O que come indignamente, come a sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor" (1 Cor 11, 29). 

Ou seja, S. Paulo afirma que, comungando indignamente, somos culpados do corpo de Jesus Cristo. Ora, como é que alguém pode ser culpado do corpo de Cristo se este corpo não estiver no pão que come? 

Comer um pedaço de trigo, sem devoção e com a alma manchada, pode ser um crime, o qual a vítima "come sua própria condenação"? 

Aliás, o que S. Paulo afirma acaba condenando o protestantismo: É culpado do corpo do Senhor e come sua própria condenação, quem não discerne o corpo de Cristo de um vulgar pedaço de pão, e come este pão indignamente. 

Eis a verdade irrefutável da Eucaristia. 


04 - A CONFISSÃO - permite-nos que sejam perdoados os pecados mediante a confissão ao Ministro ordenado, que fará a absolvição mediante a um gesto profundo de arrependimento do pecador, ao qual reconhece sua culpa e faz o propósito de não mais pecar. Jesus oferece este Sacramento de forma que através do Sacerdote ele mesmo perdoa-nos e nos livra de toda culpa. É dever do cristão confessar-se ao menos 01 vez por ano por ocasião da celebração da Páscoa como manda do Mandamento da Igreja.   Instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do batismo. O Sacramento da confissão é inviolável isto é, o sacerdote não pode revelar a ninguém o que você diz. 
Somente em casos gravíssimos ou raríssimos o sacertdote pode revelar um seggredo de confissão. Por exemplo: nos países em que existe pena de morte. Uma pessoa está condenada inocente à morrer, o padre recebe uma confissão de que do verdadeiro culpado, então ele pede permissão ao bispo para fazer a revelação e isto é feito de forma sigilosa às autoridades que vão agir de forma a livrar a pessoa inocente da pena. 

Mas quem perdoa os pecados? Quem perdoa é Jesus através das palavras do sacerdote.

Por que confessar ao sacerdote os pecados? - porque Jesus assim determinou, além do mais quando pecamos ofendemos a Deus, ao próximo e à Igreja. 
Não existe confissão direta com Deus como dizem os nossos irmãos protestantes, pois, para isso Jesus instituiu este sacramento dando aos Apóstolos o poder de perdoar em seu nome os pecados.
Sobre o sacramento da Confissão, devemos analisar o seguinte: 

Todos nós pecamos, como seres humanos que somos estamos sujeitos ao pecado.

Jesus conhece nossas limitações humanas, por isso instituiu esse Sacramento sabendo precisamos sempre buscar essa reconciliação com Deus.

Vamos pensar o seguinte:

Quando você procura a Justiça para conseguir algo em um processo, o perdão ou negociação de uma dívida, ou ainda uma causa justa ou uma reconciliação entre o agressor e a vítima; você conversa diretamente com o Juiz ou pede a intercessão do seu advogado para que o Juiz possa te fazer justiça?

Claro que a segunda é a melhor opção. O Juiz ouvirá melhor você na presença de seu advogado, pois, é ele que está a par de tudo para te defender, não é assim?
Jesus é nosso advogado no Céu. É ele e só através dele que Deus nos concede o perdão. Então, se fosse como os protestantes, que acham que devem se confessar diretamente com Deus, excluindo a autoridade de Jesus pelo seu sacerdócio, estaremos passando em cima da autoridade de Jesus. Isto é grave. Muito grave! É desconhecer a autoridade de Cristo no perdão dos pecados, uma heresia.

E foi o Jesus mesmo que antes de subir para o céu delegou à Igreja pelos seus Apóstolos o dever de administrar esse Sacramento. Quando nos dirigimos ao sacerdote não é ele que perdoa por si, mas ele perdoa em nome de Jesus. É sim irmãozinho! É Jesus que perdoa através do sacerdote que no momento da confissão está representando nosso maior advogado, Jesus Cristo. [Cf. Jo20,22-23]   

É necessário obter o perdão dos pecados, mas para isso é necessário que nós também perdoemos aqueles que nos ofendeu, do contrário Deus Pai não nos perdoará. "Pois, se perdoardes os pecados o vosso Pai celeste vos perdoará!" disse Jesus quando nos ensinou a rezar o Pai Nosso. [Cf. Mt 6, 15: 18, 35:11, 28-30]

Perdoar é necessário tão necessário que certa vez perguntaram a Jesus:
"-Senhor, quantas vezes devemos perdoar, sete vezes?"
Jesus respondeu:
"- Não só sete vezes, mas setenta vezes sete!"

Isso quer dizer que devemos perdoar sempre, quem nega o perdão está sendo egoísta com Deus e com o próximo. Se dizemos que amamos Deus, mas não amamos o nosso irmão então estamos sendo mentirosos com Deus. Também é nosso dever ajudar o irmão a se reconciliar com Deus. [Cf. Mt18, 15-22]

Hoje, os consultórios de psicologia estão cheios porque os confessionários estão vazios. O pscólogo pode até ajudar você, mas, ele nunca fará por você o que o Jesus fará através do sacerdote. Aliviar a sua alma através da absolvição. Lembre-se disso! 

Nosso Senhor instituiu um sacramento para a remissão dos pecados. 

A confissão deve ser feita a um Padre. 

Diferença entre "atrição" e "contrição" 
A comfissão requer humildade. (Cf. Lc18, 13) Reconhecer que somos pecadores e que necessitamos do perdão de Deus.

Requer também mudança de vida e propósito de emenda; conforme buscamos a justiça de Deus devemos também sermos justos e benevolentes para com os nossos irmãos. Foi o que aconteceu com Zaqueu, o publicano, que, depois de conhecer Jesus procurou ser justo para com todos e a salvação veio até ele e ele o recebeu. (Cf. Lc19, 8-10) 
E um propósito: Não pecar mais! Jesus perdoa mas, é necsessário que não voltemos ao mesmo erro. (Cf. Jo8, 11)   

É eficaz uma confissão? 

Sim, por que Jesus nos ama e não quer que nos percamos no caminho da salvação. [Cf. Mt 18,11-14]

Vamos às respostas:

1) Os homens pecam: 

Diz a Sagrada Escritura: "O justo cai sete vezes por dia" (Prov 24, 16). E se o próprio justo cai sete vezes, que será do pobre que não é justo? 

"Não há homem que não peque" (Ecl 7, 21). 

"Aquele que diz que não tem pecado faz Deus mentiroso" (1 Jo 1, 10). 

O "Livre Arbítrio" humano permite ao homem realizar atos contrários ao seu criador. 

2) É necessário obter o perdão desses pecados: 

"Nesta porta do Senhor, só o justo pode entrar" (Sl 117, 20). 

"Não sabeis que os pecadores não possuirão o reino de Deus?" (1 Cor 6, 9). 

Portanto, para entrar no Reino de Deus, é necessário obter o perdão dos pecados. 

3) Nosso Senhor instituiu um sacramento:

Qual é o meio que existe para alcançar o perdão dos pecados? 

Nos diz S. João: "Se confessarmos os nossos pecados, diz o Apóstolos, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça" (1 Jo 1, 8). 

Todavia, "aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia" (Prov. 38, 13). "Não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai-vos antes de morrer" (Ecl 17, 26). 

A confissão não é nova, já existia no Antigo Testamento, mas foi elevada à dignidade de Sacramento por Nosso Senhor, que conhecia a fraqueza humana e desejava salvar seus filhos. 

No dia da ressurreição, como para significar que a confissão é uma espécie de ressurreição espiritual do pecador, "apareceu no meio dos apóstolos... e, mostrando-lhes as mãos e seu lado... lhes disse: A paz esteja convosco. Assim como meu Pai me enviou, eu vos envio a vós. ... soprando sobre eles: recebei o Espírito Santo... Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21 - 23). O mesmo texto encontra-se em S. Mateus (Mt 28, 20). 

Como tudo é claro! Nosso Senhor tinha o poder de perdoar os pecados, como se desprende de S. Mateus (Mt 9, 2-7). Ele transmite esse poder aos seus Apóstolos dizendo: "assim como o Pai me enviou", isto é, com o poder de perdoar os pecados, "assim eu vos envio a vós", ou seja, dotados do mesmo poder. E para dissipar qualquer dúvida, continua: "soprando sobre eles: Recebei o Espírito Santo..." como se dissesse: Recebei um poder divino... só Deus pode perdoar pecados: pois bem... "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21 - 23). 

A conclusão é rigorosa: Cristo podia perdoar os pecados. Ele comunicou este poder aos Apóstolos e por eles aos sucessores dos Apóstolos: pois a Igreja é uma sociedade "que deve durar até o fim do mundo" (Mt 28, 20). 

O livro dos Atos dos Apóstolos refere que quem se convertia "vinha fazer a confissão das suas culpas" (At 19, 18). 

Aqui nós começamos a refutar uma argumentação dos protestantes: cada um se confessa diretamente com Deus. 

4) A confissão deve ser feita a um padre:

Pelo próprio livro dos Atos dos Apóstolos, quando se afirma que o convertido "vinha fazer a confissão", fica claro que era necessário um deslocamento da pessoa para realizar a confissão junto aos Apóstolos, pois o verbo "vir" é usado por quem recebe a visita do penitente. 

Se a confissão fosse direta com Deus, bastaria pedir perdão de seus pecados, sem precisar 'ir' até a Igreja.

Aliás, S. Tiago é explícito a esse respeito: "confessai os vossos pecados uns aos outros, diz ele, e orai uns pelos outros, a fim de que sejais salvos" (Tgo 5, 16). Isto é, confessai vossos pecados a um homem, que tenha recebido o poder de perdoá-los. 

De qualquer forma, a instituição do Sacramento deixa claro o poder que Nosso Senhor conferiu à sua Igreja. 

Sem a vontade de se confessar com um outro homem, o pecador demonstra que seu arrependimento não é profundo, pois ele não se envergonha mais de ofender a Deus do que de expor sua honra. No fundo, ama a si mesmo mais do que a Deus e pode estar cometer um outro pecado, ainda mais grave, contra o primeiro mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas. 

Mas, em não existindo um Padre, como confessar-se? E como ficam os homens no Antigo Testamento? 

5) Contrição e Atrição 

A Contrição consiste em pedir o perdão de seus pecados por amor de Deus. A atrição, por sua vez, consiste em pedir o perdão dos pecados por temor do inferno. 

A primeira, contrição (chamada de contrição perfeita), apaga os pecados da pessoa antes mesmo da confissão. Todavia, só é verdadeira se há a disposição de se confessar com um padre. Foi desta forma que se salvaram os justos do Antigo Testamento. 

A atrição só é válida através do sacramento da confissão, o qual é eficaz mesmo se há apenas "medo do inferno". 

Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram, no Antigo Testamento, condições necessárias e suficientes para obter o perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem Nosso Senhor Jesus Cristo e seu Evangelho (desde que sigam a Lei Natural) e para os que não têm como se confessar (desde que tenham um ato de contrição perfeita). Mas quem, em seu orgulho, não acredita nas palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da penitência, e por isso não quer se confessar, não receberá o perdão, pois não ama à Deus verdadeiramente. 

Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na Cruz" (Flp 2, 8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer o perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado, e quem se exalta, será humilhado" (Lc 18, 14). 

Alguns protestantes aliciam os católicos para sua seita com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão), estariam livres de qualquer pecado e nem poderiam mais pecar! Conseqüentemente, concluem que não haveria necessidade de confissão. Apóiam esta afirmação nas palavras bíblicas de (1 Jo 3, 6 e 9). Todavia, basta confrontar essa passagem com outra, do próprio João Apóstolos (1 Jo 1, 8-10), para perceber que a conclusão é precipitada: "Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, e nos perdoa os nossos pecados, e nos purifica de toda a iniqüidade. Se dissermos que não temos pecado, taxamo-Lo de mentiroso, e a sua palavra não está em nós". 

Portanto, todos os homens necessitam de misericórdia divina; e os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no sacramento da Confissão. 

6) O que é necessário para ser eficaz uma confissão? 

exame de consciência 

ter arrependimento (atrição ou contrição) 

propósito de não recair no pecado e de evitar as circunstâncias que o favoreçam 

confessar-se sem omitir nada 

cumprir a penitência estabelecida pelo confessor 


05 - A UNÇÃO DOS ENFERMOS - é destinado aos enfermos, possui em um primeiro momento a graça de restabelecer o doente mediante a oração pelas mãos do sacerdote ação do Espírito Santo age de forma a perdoar os pecados e restituir a saúde do enfermo. Em último caso pode prepará-lo para uma santa morte. Depois de ministrado este Sacramento o enfermo entra em estado total de graça podendo se restabelecer completamente ou em caso de morte ser conduzido diretamente para Deus. É recomendável e necessário a todo cristão que vai passar por uma cirurgia de risco, ou está em estado grave ou de doença grave. É dever da família cristã zelar pelos seus fazendo com que a pessoa ou o amigo receba este Sacramento tão importante e indispensável. 

É o quinto sacramento instituído por Jesus Cristo, sem que saibamos em que época o instituiu. A Sagrada Escritura, como para a Crisma, nos transmite apenas o rito exterior e o efeito produzido. O Evangelho diz que "à ordem do Senhor... os apóstolos expeliam muitos demônios e ungiam com óleo a muitos enfermos, e os curavam" (Mc 6, 13). Eis um fato, é a ordem do Senhor. 

A instituição da extrema-unção decorre destas palavras de S. Tiago: "Está entre vós alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E o Senhor o aliviará, e se estiver em algum pecado ser-lhe-á perdoado" (Tgo 5, 14-15). 

Nunca o Apóstolo teria prometido tais efeitos a uma unção, na enfermidade, sem firmar-se na autoridade divina da instituição deste sacramento. A extrema-unção é, pois, verdadeiramente um sacramento. 


06 - A ORDEM - é destinado aos ministros da Igreja, os diáconos, que através dos bispos que são sucessores dos Apóstolos os consagram para serem sacerdotes ministros da Palavra e da Eucaristia. Ele permite que o eleito ao sacerdócio possa consagrar o seu povo, oferecer o Santo Sacrifício da Missa, ministrar os 07 sacramentos, zelar pela Palavra de Deus e celebrar a Eucaristia. 

A Ordem é o sacramento que dá o poder de desempenhar as funções eclesiásticas, e a graça de fazê-lo santamente. Em outros termos, é o sacramento que faz os sacerdotes, ou ministros de Deus. Muitos textos da Sagrada Escritura provam a existência do sacerdócio e indicam o rito de ordenação sacerdotal. Lemos de fato que Nosso Senhor fez uma seleção entre os discípulos: "Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi", diz Ele (Jo 15, 16). Aos discípulos eleitos, chamados apóstolos, o divino Mestre confia as quatro atribuições particulares do sacerdócio: 

Oferecer o santo sacrifício: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22, 19). É a ordem de reproduzir o que ele tinha feito: mudar o pão em seu corpo e o vinho em seu sangue divino. 

Perdoar os pecados: Os pecados serão perdoados aos que vós os perdoardes (Jo 20, 23). 

Pregar o Evangelho: Ide no mundo inteiro, pregando o Evangelho a todas as criaturas (Mc 16, 15). 

Governar a Igreja: O Espírito Santo constituiu os bispos para governarem a Igreja de Deus (At 20, 28). 

Eis os poderes dados por Nosso Senhor Jesus Cristo a seus ministros ou sacerdotes, representados pelos primeiros sacerdotes, que foram os apóstolos. 

Quanto ao rito de ordenação, não é menos claramente indicado: Consiste ela na imposição das mãos. S. Paulo escreve: "Não desprezes a graça que há em ti e te foi dada por profecia pela imposição das mãos do presbitério" (1 Tim 4, 14). Chama-se presbitério a reunião dos bispos e padres que concorreram para a ordenação de Timóteo, de que S. Paulo foi o principal ministro, como se vê claramente na segunda epístola dirigida ao mesmo discípulo. "Por este motivo, diz ele, te admoesto que reanimes a graça de Deus, que recebestes pela imposição de minhas mãos" (2 Tim 1, 6). 

O exemplo dos apóstolos nos mostra a transmissão dos poderes sacerdotais pela ordenação. E por onde Paulo e Barnabé passavam, "ordenavam sacerdotes para cada Igreja" (At 14, 22). 

Tudo isso prova, claramente, que os apóstolos tinham recebido de Jesus a divina investidura de poderes, que iam assim distribuindo pela imposição das mãos; e esta investidura é o sacramento da Ordem. 


07 - O MATRIMÔNIO - é destinado ao casal homem e mulher que queiram se casar. Une e santifica o casal e os dois se tornam uma só carne, afim de fortalecê-los para levar viver juntos, criar e educar os seus filhos e levar uma vida de casal santa diante de Deus. 
É o último na série dos sacramentos. O casamento que era antes de Jesus Cristo mero contrato, é um verdadeiro sacramento da nova lei. Não sabemos exatamente o tempo nem o lugar em que Jesus Cristo instituiu este sacramento; pensam os teólogos que foi nas bodas de Caná. Outros pensam que foi na ocasião em que o Salvador restaurou a unidade e a indissolubilidade primitivas. Interrogado a respeito do divórcio, Cristo responde que não era lícito por nenhum motivo, que nem o direito de separar-se tem o homem e a mulher, exceto o caso de adultério (Mt 19, 3-9). 

Outros, ainda, pensam que foi instituído depois da ressurreição, e promulgado por S. Paulo, na epístola aos efésios (5, 25-33). 

Pouco importa o tempo e o lugar, o certo é que o matrimônio foi por Jesus elevado à dignidade de sacramento, como resulta positiva e irrefutavelmente da Sagrada Escritura: "Não separe o homem o que Deus uniu" (Mt 19, 6). Ou seja, Deus uniu os noivos! 

Este mistério, ou sacramento, é grande em relação a Cristo e à Igreja, diz S. Paulo (Ef 5, 32). Isso é grande, em relação a Cristo, porque é instituição divina; grande em relação à Igreja, que deve mantê-lo na sua unidade e indissolubilidade. 

O rito externo foi indicado por S. Paulo: é a mútua tradição e aceitação do direito sobre os corpos, em ordem aos fins do casamento, formando uma união santa, como é "santa a união do Cristo com a sua Igreja" (Ef 5, 25). 



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