sexta-feira, 17 de maio de 2019

O brilhante discurso de São Pio X, proferido por ocasião da beatificação de Joana D'Arc retrata bem de forma profética a situação vivida pela França e o mundo hoje



O brilhante discurso de São Pio X, proferido por ocasião da beatificação de Joana D'Arc, João Euclides Francisco Capillas, João Teófano Vénard e companheiros, (1908-1909), retrata bem de forma profética a situação vivida pela França e o mundo hoje.

A França que era tida com uma nação católica, detentora dos costumes e tradição cristãs vive hoje seu caus espiritual onde o ateísmo, a falta de fé de muitos católicos  tem provocado uma grande chaga para a Igreja.
Não é mera coincidência as profecias de Nossa Senhora em La Salete sobre a queda e a ruína da França combinarem com tantas mortes, perseguições, incêndios nas igrejas e tantas outras catástrofes que a assolam. 
Ao mesmo tempo nos convida a olhar para a situação quem que a Igreja Católica vive de modo geral onde as diversas crises a enfraquecem. 
Se de um lado temos um Papa aberto às mudanças, convida-nos ao desapego, à busca de uma fé mais sólida, enobrecendo valores poucos praticados por aqueles que se julgam os "donos da verdade", temos aqueles que se escondem debaixo de um conservadorismo fajuto porque não admitem perder o poder material para a caridade.
A Igreja corre o risco de já viver um novo cisma, pois, está se dividindo como se fosse uma república entre liberais e conservadores.
Muitos já não se importam em levar o verdadeiro Evangelho, nem de dar seu verdadeiro testemunho. Padres cardeais, bispos, arcebispos ligados aos ideais comunistas. 
Podridão, crimes, lixo e perversidade espiritual, apostasia... Igrejas cheias de ritos estranhos e de uma falsa tradição.

Tudo isto tem contribuído de tal maneira para espalhar a sinzânia de satanás dentro da Igreja.  
Santa Joana D'Arc que foi morta em defesa de uma Igreja mais santa, já alertava sobre os perigos que essa mesma Igreja enfrentaria. Por não ser fiel a França sucumbiria.  

São Pio X nos convida a sermos verdadeiros soldados de Cristo. A não se deixar vencer. Lutar por uma Igreja mais santa e liberta de toda corrupção.
Que tomando o exemplo dos santos, como Joana D'Arc possamos ser corajosos na arte de amar e servir ao Senhor.
A França, o Brasil e o mundo precisa voltar-se de novo para Deus. Somente uma nação verdadeiramente consagrada ao Senhor pode ser feliz e prosperar.

Quando no A.T. José filho de Jacó, previu para o Faraó que o Egito passaria por uma seca de 7 anos, e, tendo o Faraó nomeado José (que era justo perante o Senhor) para cuidar daquele povo, Deus abençoou de tal maneira aquele servo que o Egito teve grande prosperidade e não houve fome naquela região.

Quando se é temente ao Senhor, quando se pratica a Justiça, quando a Igreja se une nenhum mal pode vir a afligir.   
São Pio X assim escreveu:

Agradeço a vosso generoso coração, Venerável Irmão, o desejo de ver-me trabalhar na vinha do Senhor sempre à luz do sol, sem nuvens e tempestades. Entretanto, devemos ambos adorar as disposições da Divina Providência que, depois de aqui estabelecer a Igreja, permite que ela encontre seu caminho obstáculos de todo gênero e resistências formidáveis".

"A razão disso é evidente: a Igreja é militante e, portanto, está em contínua luta. Esta luta faz do mundo um campo de batalha e de cada cristão um valoroso soldado a combater sob o estandarte da Cruz.
Iniciada com a vida de nosso Santo Redentor, essa luta não terminará senão no fim dos tempos. Devemos, pois, proceder todos os dias valentes de Judá ao retornar do cativeiro: com uma das mãos rechaçar os inimigos e com a outra reconstruir as muralhas do Templo sagrado, isto é, trabalhar na própria santificação.
Confirma-nos nesta verdade a vida dos heróis, cujos decretos acabamos de publicar. Chegam a eles à glória não só através de negras nuvens e passageiras borrascas, mas também de contínuas contradições e ásperas provas, até darem pela Fé o sangue e a vida.

Não posso negar, entretanto, ser grande minha alegria neste momento, porque, ao glorificar tão numerosos santos, Deus manifesta sua misericórdia em tempo de tanta incredulidade e indiferença religiosa.
No meio do enfraquecimento geral dos caracteres, são apresentadas a nós, como modelos a imitar, almas generosas que deram suas vidas para confirmar a fé. 

Alegro-me porque vivemos numa época na qual muitos sentem vergonha de se dizerem católicos, e muitos outros põem no pelourinho Deus, a Fé, a Revelação, o culto e seus ministros, enchendo seus discursos de sarcástica impiedade. Tudo negam e tudo revertem em escárnio e irrisão, sem respeitar sequer o santuário da consciência.
Impossível é, porém, que diante destas manifestações do sobrenatural, por maior que seja a sua vontade de fechar os olhos diante do sol que os ilumina, um raio divino não penetre neles e, ainda que pela via do remorso, os faça retornar para fé. 

Alegro-me porque a bravura desses heróis há de reanimar e fortificar na fé os timoratos e lânguidos corações, amedrontados na hora de pôr em prática as doutrinas e as crenças cristãs. 

A coragem, co efeito só tem razão de ser quando apoia numa  convicção. Sem a luz da inteligência, a vontade é uma potência cega. Não é possível caminhar com paso firme em meio às trevas. 
Se a geração atual tem todas as vacilações do home que avança às apalpadelas, é sinal evidente que ela não toma em consideração a palavra de Deus: "Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos, uma luz em meu caminho" - Sl.118, 105.

Haverá coragem quando a fé estiver viva nos corações, quando  praticarem todos os preceitos por ela impostos, pois a fé sem obras é tão impossível quanto o sol sem luz nem calor.
Os mártires testemunham esta verdade. Não se deve julgar que o martírio é um ato de simples entusiasmo consistente em deixar-se decapitar para subir diretamente ao Paraíso. O Martírio pressupõe o longo e árduo exercício das virtudes, uma onímoda e imaculada limpeza.  

Falemos daquela que vos é mais conhecida, a Donzela de Orleáns, (assim era chamada Joana D'Arc): tanto em sua humilde terra natal quanto em meio à licenciosidade das tropas, ela conservou pura como os anjos.  
Briosa como um leão, mostrava-se cheia de piedade para com os pobres e desafortunados. Simples como um criança na paz dos campos e no tumulto da guerra, se manteve  sempre recolhida em Deus e ardente no amor à Virgem Maria e à Sagrada Eucaristia como um querubim, coforme bem o dissestes, Venerável Irmão. Chamada pelo Senhor a defender sua pátria, respondeu à sua vocação para uma empresa que todos, sobretudo ela, julgavam impossível; mas o que para os homens é impossível, sempre é possível com o auxílio de Deus.

Não exageremos, portanto, as dificuldades para pôr em prática o que a fé nos prescreve a fim de cumprir nossos deveres e exercitarmos o frutuoso apostolado do exemplo que o Senhor esperar de todos nós: "Impôs a cada um deveres para com o próximo". Eclo17, 12

As dificuldades provêm de quem nelas acredita e as exagera, de quem confia em si mesmo e não no socorro do Céu, de quem covardemente, intimado pelas risadas e chacotas do mundo. De onde se deve concluir que, hoje mais do que nunca, a força dos maus consiste na covardia e na moleza dos bons, e de todo vigor do reino de satanás reside na fraqueza dos cristãos.

Ah! se fosse permitido co o fez o espírito de Zacarias perguntar ao Senhor: "Que ferimentos são esses em suas mãos?", a resposta seria indubitavelmente: "Foram-me afligidos na casa queles que me amavam".  - Zac 13, 6 - Ou seja, por meus inimigos que nada fizeram para me defender e que, pelo contrário, tornaram-se cúmplices de meus adversários, E deste reproche, merecido pelos cristãos pusilânimes e medrosos de todos os países, muitos cristãos da França não podem escapar.   

Assim, Venerável Irmão, ao regressar dizei a vossos compatriotas que, se amam a França, devem a amar a Deus, amar a Fé e a Igreja, a qual é para todos eles terníssima mãe, como foi para vossos pais. Dizei-lhes que tem em grande consideração os testamentos de São Remígio, de Carlos Magno e de São Luís, testamentos que se resumem nas palavras tantas vezes repetidas pela heroína de Orléans: "Viva Cristo, o Rei dos francos!"

Somente a este título a França é grande entre as nações; sob esta cláusula Deus a protegerá e a fará livre e  gloriosa; sob esta condição  poder-se-á aplicar-lhe o que de Israel se diz nos Livro Santos: "Ninguém jamais pôde insultar esse povo, a não ser quando ele se afastou do culto do Senhor,l seu Deus". - Jt 5, 17           
         

          

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, em breve será respondido.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

UMA FALSA IGREJA CATÓLICA DENTRO DA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA - A CRISE NA IGREJA CATÓLICA

  O assunto que vamos abordar hoje é muito sério. Existe uma falsa uma falsa Igreja Católica dentro da Igreja Católica verdadeira? Podemos...