“Deus não nos quer no
Inferno, somente vai para lá quem escolhe o mau caminho”. Deus é amor, mas é Juiz. Sua justiça não é igual a nossa. O Senhor é justo e Santo. Ele julga segundo sua Aliança.
“O
Senhor reina para sempre; estabeleceu o seu trono para julgar.”
( Salmo 9:7)
Quando lemos a Sagrada
Escritura, podemos perceber que Deus em diversas ocasiões punia o povo de
Israe todas as vezes que o povo descumpria a Aliança.
O Senhor Deus nos criou e só ele pode julgar. Ele é o dono da vida e da morte. É o Onipotente criador do Céu te ecda terra. Portanto, a justiça de Deus é perfeita.
Mas, ... será que Deus é injusto ou mau?
A
resposta para o que vem a seguir é que se lermos as passagens bíblicas sem
entender o contexto histórico vamos achar que Deus é alguém que é mau e
vingativo. Quanto que na verdade o contexto nos diz o contrário.
Deus
age com justiça, perfeita e indelével. Ele é benevolente e bom com todos os
seres humanos. A sua Justiça não é igual à justiça dos homens que é falha. Deus
não privilegia ninguém e seu julgamento é correto.
Deus
não pune as pessoas por vingança ou porque é mau, Ele pune como um Pai que ama
o filho para que possamos trilhar o caminho da verdade. Deus é nosso o as Pai e não deseja o nosso
mal, mas, antes quer que vivamos felizes tenhamos vida e vida em abundância.
Afinal, não somos apenas meras criaturas, somos seus filhos amados.
No
Antigo Testamento nós lemos vários casos em que Deus intervém punindo Israel
pelos seus pecados. E muitas vezes por causa do arrependimento Deus não cumpre
sua punição. Por exemplo, Êxodo32, 1-14; quando o povo adorou o bezerro de
ouro, Deus ameaçou puni-los, porém, Moisés intercedeu em favor deles recordando
a aliança entre Abrão e Jacó e Deus reconsiderou.
E
no caminhar da história do povo de Deus, muitas vezes o povo recaía no pecado,
na desobediência. Deus nunca os puniu diretamente, mas, enviou os profetas para
orientar, para denunciar seus erros.
No Novo Testamento Deus nos revela através de seu filho Jesus que nos mostra o rosto do Pai amoroso, que sai à procura da ovelha perdida. Ele nos mostra que Deus nosso pai não quer que passemos dificuldades, porém, se elas vem Ele sempre está presente para nos ajudar. Mas, muitas vezes nós trocamos o amor de Deus pelo amor do mundo. Não vivemos para Deus e viramos as costas para Ele. Somos filhos ingratos, rebeldes.
E o filho rebelde precisa as vezes ser punido, não um por vingança, mas por amor para que possa trilhar um bom caminho e ser feliz. E se no final o filho rebelde não obedece e continua no mau caminho a consequênci será do próprio filho e não do pai. A consequência da desobediência a Deus é o pecado e a morte. Só vai para o inferno quem quer.
E quando a punição
chega?
Quando
a punição chega, na verdade, não é por causa de Deus, mas, ela é consequência
da desobediência à sua Lei. Os castigos impostos são consequência do abandono
da Fé, do verdadeiro caminho. Mesmo assim, Deus não age em desfavorecimento do
homem, mas, em seu favor faz de tudo para salvá-lo. Jesus é o Bom Pastor, ele é a Porta das ovelhas as quais desejas e quer protegê-las do perigo do ataque inimigo.
É o próprio ser humano que pelo pecado atrai para si
as desgraças.
Deus
nos ama, Ele nos quer felizes. E às vezes os castigos físicos que recebemos é
para evitar o castigo da alma, ou seja, a
morte eterna. Pois, o salário do pecado é a morte. Como nosso Pastor Cristo nos guia com seu cajado (Sl22/23) para fontes saudáveis, para a vida.
No
passado houve quem achava que o Deus de Israel não era o mesmo Deus dos
cristãos, havia uma diferença?
Essa diferença está na conjectura da imagem que os autores judeus davam Deus no Antigo Testamento. Como aquele Deus punitivo, ciumento e guerreiro. E no Novo Testamento Jesus nos apresenta que Deus não é apenas punitivo, mas ele é nosso Pai, nos ama e nos quer felizes. Os judeus não chamavam a Deus de Pai, mas, de Senhor. Jesus nos ensina a chamá-lo de Nosso Pai e nos mostrou que Deus é antes de tudo Amor e por amor deseja que sejamos libertos do pecado. Por isso, em Cristo fez conosco uma Nova Aliança pelo Sangue de Jesus. Jesus nos ensinou que Deus não pune por vingança, mas por amor, porque ele é nosso Pai e como nosso Pai deseja que busquemos a sua misericórdia e ele nos perdoa. Como um Pai que ama não passa mão na cabeça do filho rebelde mas, corrige e pune. E quando entendemos isso vamos perceber que ao praticar da Lei fazemos por amor e não por obrigação. Pois, a Lei não é para prender mas para libertar-nos do pecado e nos dar a salvação. Jesus nos mostra que o Deus de Israel revelado no Antigo Testamento é o mesmo Deus revelado pela Nova Aliança, é o Deus Amor revelado na pessoa de seu Filho Unigênito Jesus Cristo. Não há dois dueses mas um só Deus nas Escrituras. Deus é bom, é amor.
Não.
O que acontece é que Deus ao se revelar na pessoa de seu filho Jesus Cristo
veio nos mostrar que Ele é Amor e por amor ama sua criação. Jesus veio nos
mostrar o rosto do Pai, o lado amoroso de Deus que ama o pecador, mas, detesta
o pecado.
Por
outro lado, Jesus é aquele Mediador que veio para nos dar a Salvação,
libertar-nos do pecado e da morte.
No
passado, os judeus seguiam a lei por obrigação, mas, faltava-lhes o amor. Jesus
veio nos ensinar que Deus não quer que sigamos sua lei por seguir. Mas, quer
que hajamos de tal forma que essa lei faça de nós verdadeiros filhos(as) de
Deus. Nós obedecemos a Deus porque é bom porque o amamos e não apenas para
cumprir uma obrigação.
Para isso que Jesus veio, mostrar que a justiça de Deus nos conduz à perfeição, mas,
ela deve ser cumprida com obediência e amor. Ao lermos os evangelhos encontramos várias passagens em que Jesus
conta em parábolas como é a justiça divina.
A
mais conhecida delas, a parábola do filho
pródigo, nos ensina que Deus é nosso Pai misericordioso e mesmo quando
erramos se voltarmos a ele se arrependidos e de coração sincero Ele nos perdoa
sem questionar o por que.
É
para evitar um mal maior que Deus nos pune. Deus é amor, mas é Juiz. Antes de
nos punir ele nos oferece uma chance, essa chance só acaba no fim de nossa
existência. Depois da morte não há mais apelação. Deus espera até o último suspiro que nos arrependemos de nossos pecados. Mas, para que esperar a hora da morte para ficar de bem com Deus? Talvez nem dê tempo.
O inferno é o destino dos infiéis.
Castigo
para os infiéis, salvação para os fiéis. Deus é nosso Pai e nosso amigo, também
é nosso confidente. Quando oramo-lo nos escuta. Quando buscamos o perdão ele
nos perdoa. Basta que o busquemos de coração sincero.
“Pois, quem obedece a
toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la
inteiramente. Pois aquele que disse: "Não adulterarás" também disse:
"Não matarás". Se você não comete adultério, mas comete assassinato,
torna-se transgressor da Lei. Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei
da liberdade; (Tiago 2:10-12)”
E
quando buscamos o perdão divino, temos também que buscar o perdão dos que
ofendemos. Deus nos pede que ao buscarmos sua justiça e seu amor, procuremos
também ser justos com nossos irmãos. Dessa forma a justiça de Deus é aplica em
nós não por castigo, mas, por amor.
As
pessoas no tempo de Jesus podiam ter essa experiência, porque de fato, Jesus
mesmo deu maior exemplo perdoando seus algozes.
Deus
não é rancoroso, ele nos perdoa segundo nossos propósitos. E quando vem o
castigo não é por culpa dEle, mas, por nós mesmos e por nossos pecados que
atraímos a justiça divina.
Aprendemos
na Sagrada escritura que Deus nunca fica irado com seus eleitos, mas ele se
encoleriza com aqueles que adoram falsos deuses, que não seguem suas leis, os
que se afastam dEle para praticar a iniquidade. Para esses, Deus não volta sua
face porque abandonaram suas leis.
É
o caso do rei Saul e do rei Acaz. Por outro lado, quando se arrepende e o busca
Deus dá a vitória como o rei Davi.
Deus
ouve e age segundo sua vontade.
“Naquela ocasião
ordenei aos seus juízes: Atendam as demandas de seus irmãos e julguem com
justiça, não só as questões entre os seus compatriotas, mas também entre um
israelita e um estrangeiro”. “Não sejam parciais no julgamento! Atendam tanto o
pequeno como o grande. Não se deixem intimidar por ninguém, pois o veredicto
pertence a Deus. Tragam-me os casos mais difíceis e eu os ouvirei.” (Dt1,
16-17) Veja o texto em que Deus pede aos juízes de Israel um julgamento justo e
nos casos em que não aparecer solução os juízes devem apresentá-lo ao Senhor.
Jesus
nos diz que o caminho do pecado passa por uma a porta larga onde entra todo
tipo de gente e com muita facilidade. Mas, quem busca salvação passa pela porta
estreita que é Jesus aonde só ele conduz para dentro. Para passar pela porta
estreita é preciso abraçar muitas coisas inclusive o sofrimento porque seguir a
Cristo implica sofrer por ele, carregar
e ir até o fim como Ele fez.
👉Lc13,
22-30
Naquele tempo, Jesus
atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para
Jerusalém. Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se
salvam?” Jesus respondeu: “Fazei todo
esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos
tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e
fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor,
abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a
dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’
Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que
praticais a injustiça!’ Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes
Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós,
porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e
do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão
primeiros, e primeiros que serão últimos”.
Deus
não nos condena, mas, é a nossa injustiça, nossa atitude perante as coisas de
Deus que darão o destino definitivo.
Mesmo
que tenhamos pregado em Nome de Jesus, mesmo que nos achemos servos e servas
fiéis, se não praticarmos a justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus.
A justiça que precisamos praticar requer uma vida de renúncia de nós mesmos
(as), de humildade e serviço, de abstinência da nossa vontade própria, de
domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta ao Espírito Santo de Deus que
nos conduz. Mesmo que estejamos pregando em Nome de Deus, ou que estejamos
servindo no Seu Santuário, nós poderemos estar equivocados (as) e corrermos o
risco de não ser reconhecidos pelo “dono da casa”. – Como está a sua justiça? –
Você tem procurado o caminho mais fácil, que exige menos esforço ou você tem
sido fiel à Palavra e aos ensinamentos de Jesus que nos manda amar ao próximo
como a nós mesmos (as)?
Deus
não quer que ninguém seja punido sem necessidade ou injustamente.
Muitas
vezes assistimos certos julgamentos em que os tribunais terrenos fazem
verdadeiras injustiças. Mas, o julgamento de Deus é diferente, não pode haver
injustiça.
“Não
julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”. (João 7:24)
Deus
é o grande Juiz, que traz julgamento. Ele nunca erra em seus julgamentos,
porque ele sabe tudo e nada pode ser escondido dele. Os julgamentos de Deus são
perfeitamente justos.
Não
devemos julgar uns aos outros. Nós podemos errar em nossos julgamentos. Quando
julgamos alguém, julgamos a nós mesmos. Mas, por outro lado, devemos julgar
ações para fazer distinção entre o certo e o errado. Devemos sempre pedir a
ajuda de Deus para fazer julgamentos justos e com amor.
E quando vem o castigo?
Quando
vem o castigo, não vem por causa de Deus, mas, por nossa própria causa. Somos
nós que erramos e não Deus.
Diante
de várias situações vemos pessoas se queixarem porque a situação de doença e de
morte chegou na vida de certas pessoas sem levar em conta que muitas vezes no
passado daquelas pessoas não tiveram a presença de Deus, não viveram segundo
sua vontade. Daí os questionamentos e as lamentações.
A justiça divina e o
Inferno
O castigo para os
ímpios
“Se alguém soubesse ou
tivesse consciência dos tormentos infernais não praticaria a iniquidade”.
O
que é o inferno?
O
inferno é um lugar destinado às almas que cometeram pecados graves e se
separaram definitivamente de Deus. Para lá vão todos os que nessa vida não
viveram segundo a Lei de Deus. Não basta dizer “Senhor, Senhor” nos templos e
instituições se não colocar a Palavra de Deus em prática (Mt7,21)
O
inferno é um lugar real – Jesus diz que as pessoas “vão para o inferno”. O
verbo (eiseltein) usado implica em “deslocar-se” ou “separar-se”. No nosso
texto usa-se com a preposição (eis) e o substantivo ten geennan. Essa
construção gramatical dá a noção espacial . Desse modo, o que Jesus quer dizer
é que alguém é “separado para dentro da Geena”. Mas, o que era a Geena?
Jesus
ao explicar sobre o inferno o chamou de Geena.
O Geena era um lugar no “Vale de Hinom” (Cf. Js 15. 8; 16.18; 2 Rs 23. 10; 2 Cr 33.6). Era
localizado ao sul de Jerusalém e lá, os antigos judeus apóstatas, sacrificaram
seus filhos ao deus pagão Moloque (Cf. 2 Cr 16.3; 21.6; Jr 7. 31; 19.5,6;
32.35) daí surgiu a palavra moleque já que moleque eram o nome dado às crianças
que eram sacrificadas à Moloque. O Rei Josias pôs fim a essa prática e o
transformou no lixão da cidade. Ali eram jogadas as carcaças de animais que
eram queimadas dia e noite. Havia um fogo por baixo do monturo e, por não
faltar carniças, nunca deixava de haver vermes.
Depois
de algum tempo passou a ser (em linguagem figurada) o designativo do lugar do
juízo de Deus e se passaria a chamar “Vale da Matança” (Cf. Jr 7. 32; 19. 6,
7). Ao dizer, então, que os ímpios “vão para a Geena [inferno]” Jesus nos dá o
exemplo da imagem acerca do horrível lugar (o inferno). Para o inferno vão toda
espécie de almas que não aceitaram Jesus e vivem segundo a carne.
Jesus
usou essa figura do Geena para demonstrar quão terrível e miserável é o
inferno. A descrição para nos mostrar o quão terrível é o sofrimento e tormento.
O inferno é um lugar real e de sofrimento. E o maior e o mais terrível castigo
das almas que estão lá é a eterna desolação, o eterno abandono porque estão
ausentes de Deus.
Jesus
ainda usou outro comparativo quando contou a palavra do rico avarento e do pobre Lázaro. Lc 16. 19-31:
Lázaro
era um pobre mendigo que todo dia batia à porta do rico pedindo comida; o rico
sentado em sua mesa vivia de banquetes e se negava a ajudar o pobre Lázaro,
tinha dó até das migalhas que os cães comiam. Morreu Lázaro e Deus o acolheu em
sua glória dando a ele toda consolação que em vida o pobre não recebeu. Depois
morreu o rico e este foi jogado no inferno e lá recebia os tormentos a ponto de
pedir a Deus (na figura de Abraão) que lhe desse água para refrescar sua língua
e foi lhe negado, pediu permissão para alguém ir avisar seus parentes para que
não viesse parar ali. A resposta de Deus foi: “eles tem Moisés e os profetas”;
não adianta nada se não viver segundo a Lei de Deus vão vir para cá também.
Lugar
de consciência – ora, diante desta parábola Jesus nos mostra que aqueles que
vão para o inferno estão conscientes de suas escolhas. E lá se lembram dia e
noite de tudo que fizeram de ruim aqui. Há uma profunda e eterna sede de Deus.
Jesus
adverte-nos: Mt 18, 9 Se um dos teus olhos te faz pecar, arranca-o, e lança-o
fora de ti, pois melhor é entrares na vida com um olho só, do que, tendo os
dois, seres lançado no fogo do inferno.
Quando
Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma
realidade permanente. O que mantém o fogo aceso é a existência de material para
combustão. No inferno não faltará material para combustão o pecado e as almas
dos pecadores.
O
inferno é o lugar da Ira de Deus – quando Jesus diz “fogo que nunca se apaga”,
nos fala também que é o lugar da ira de Deus. Bíblia tem mais de seiscentas
referências sobre a ira de Deus. No caso específico do inferno, o fogo não é
purificador, mas o “fogo da ira de Deus”.
A
justiça de Deus, bem como seu amor e soberania, exigem a existência do inferno.
Porque Deus é justo, ele não pode contemplar os pecados (Hb 1.13). Porque Deus
é amor e amou ao mundo, aqueles que rejeitam esse grande amor rejeitam tão
grande salvação (Hb 2.3). Porque Deus é
soberano, o mal precisa ser derrotado. Deus vencerá no final (Ap 20). O
inferno, portanto, é o efeito da Ira de Deus.
O
inferno foi criado por Deus, Satanás é o príncipe do inferno, mas Deus Reina
também no inferno. Disse William Hendriksen: “o inferno é inferno porque Deus
está lá, Deus em toda a sua ira (Hb 12.29; Ap 6.16). O céu é céu porque Deus
está lá, Deus em todo o seu amor. É desta presença de amor que o ímpio é banido
para sempre.”
HÁ
UMA SOLUÇÃO👇
Sim, há uma solução que só cabe a mim a e a você.
É
possível livrar-se de ir para o inferno? Sim é. Jesus apresenta uma maneira de
ser lançado no inferno ao dizer “melhor é isso do que aquilo”. Diante do
contexto maior (8.34ss), fica claro que os “seguidores de Jesus Cristo”, devem
fazer suas escolhas. Deus nos deixa livre para escolher entre o bem e o mal. Só
vai para o inferno quem realmente quer.
Ao
fazer a comparação entre o que é “melhor”, estamos diante do teste do Senhor
para saber quem é seu discípulo ou não. Aqueles que não abandonam seus pecados
aqui terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento.
Este é o peço, mas, podemos evitar.
Outra
coisa, por duas vezes Jesus diz “entrares na vida” (v. 43, 45) e uma vez diz
“entrares o reino de Deus”. Ficamos sabendo pelo interlocutor João que ninguém
pode ver o reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.7). Por “novo nascimento”
o cristianismo ensina ser “a alegria sincera em Deus, por Cristo (1) , e o
forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras (2).
(Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20)” (Catecismo de
Heidelberg, p. 90).
O INFERNO É REAL - os pregadores modernos não falam, ou falam pouco do inferno. E dizem que Deus é misericordioso, mas, se esquecem de dizer que Deus é também juiz e como juiz age com justiça e aplica essa justiça a todos. As vezes nos pune (por amor) nesta vida com castigos temporais e físicos para evitar o mal maior que é o castigo eterno o inferno. Jesus nos oferece todos os meios pelos quais podemos viver uma vida santa: Sua Palavra, sua Igreja, os Sacramentos. Somente no final de tudo, depois de esgotadas todas as tentativas é que Deus condena a alma ao inferno, não por sua vontade, mas porque a pessoa assim o quis. Jesus veio nos salvar e pagou um alto preço por nós. A maior das injustiças cometidas pelo pecador é quando ele rejeita a Salvação isso fere diretamente o coração de Jesus.
Deus respeita nossa liberdade por isso ir para o céu ou inferno depende da nossa escolha.
O
inferno não foi preparado primeiramente para o homem, mas para o “Diabo e seus
Anjos” (Mt 25.41). Para livrar o homem de ir para o inferno, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna”(Jo 3.16). Porém, porque o homem permanece indiferente a Jesus
Cristo, ou seja, não crê no Filho, então “Não verá a vida, mas a ira de Deus
sobre ele permanece” (Jo 3.36).
A
doutrina sobre o inferno faz parte da Teologia Bíblica, e como prova o Senhor Jesus e seus apóstolos a ensinaram
repetidamente. O apóstolo João, no livro
de Apocalipse, com frequência o descreveu. Os servos de Deus, hoje, não devem
sentir-se envergonhados de confessar a sua crença nesse assunto. “Se não
houvesse ilimitada misericórdia em Cristo, para todos aqueles que nele creem
bem poderíamos nos esquivar desse temível tópico”.
Muitos
ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar
da eternidade com Deus sem seus pecados serem perdoados. Qual não será a
surpresa de muitos ao perceberem que estão debaixo da Ira de Deus, simplesmente
porque relutam em amar a Deus.
O
inferno é para todos que não estão em Cristo. Hão de suportar o peso da ira de
Deus. Foi João quem disse que Deus mesmo pelejará contra os que não se
converteram ou que pensam que são convertidos. O Senhor Disse: “Eu sozinho
pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os
esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda
a minha vestidura” (Is 63.3). Outra vez João, o Discípulo do Amor, viu a cena
terrível: “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e
ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do
furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”(Ap 19.15).
Muitos
ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar
da eternidade com Deus sem seus pecados serem perdoados.
Portanto,
Deus está exortando-lhes, em nome de Cristo, por essa palavra rogando-lhes que
se reconciliem com Deus (2Co 5.11-20).
As
opções são: É estar em Cristo ou longe dele. O machado já está posto à raiz e
“toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.19),
disse o Senhor Jesus. Onde estão os frutos? O Senhor ainda disse: “Se alguém
não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e
lançam no fogo, e ardem” (Jo 15. 6).
👉O
PURGATÓRIO – a existência do purgatório é um dogma da Igreja (dogma é uma verdade proclamada pela Igreja), porque ele não
está citado diretamente nas Escrituras, mas está citado de forma indireta.
Assim
diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC):
O
Catecismo da Igreja Católica esclarece sobre o purgatório:
§1031
– A Igreja denomina Purgatório esta purificação
final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A
igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio
de Florença (DS 1304) e de Trento (DS 1820;1580). Fazendo referência a certos
textos da Escritura (1Cor 3, 15; 1Pe1,7; Mt 12,31; Mt 5,26; ), a tradição da
Igreja fala de um fogo purificador: o que concerne a certas faltas leves,
deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador.
§1030
– “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente
purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua
morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para
entrarem na alegria do Céu.”
S.
Gregório Magno (540-604), Papa e doutor da Igreja:
👉“No
que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um
fogo purificador, segundo o que afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se
alguém tiver cometido uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será
perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta
afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século
presente, ao passo que outras, no século futuro.” (Dial. 41,3).
👉§1032
– Este ensinamento apóia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual
já a Sagrada Escritura fala: “Eis porque ele [Judas Macabeu] mandou oferecer
esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem
absolvidos de seu pecado” (2 Mac 12, 46). Desde os primeiros tempos, a Igreja
honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o
sacrifício eucarístico (DS 856), a fim de que, purificados, eles possam chegar
à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as
indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos.
O
PURGATÓRIO é o nome dado para aqueles que morreram na graça de Deus, mas, por
causa do pecado aguardam a ressurreição definitiva para entrarem na Glória de
Deus.
Seria
orgulho e prepotência nosso dizermos que morreremos todos limpos e sem pecado,
por mais que quiséssemos não conseguiríamos, pois, ainda que crendo e aceitando
Jesus e procurando viver uma vida de santidade ainda sim, durante a vida
cometemos pecados que não reconhecemos ou julgamos não conhecer, mas, Deus que
conhece e sonda nossos pensamentos os conhece bem.
Em
sua misericórdia e pelos méritos da Salvação de Cristo todos nós já estamos
salvos se nessa vida procuramos corresponder ao plano de Deus. Porém, é
necessário dizer que todos nós mesmos diante da graça salvífica de Cristo não
morremos completamente limpos. Somos pecadores e Deus sabe disso. São
pouquíssimos os que morrem em estado completo de graça. Sabendo disso Deus
preparou um lugar que chamamos lugar de purificação ou purgatório. Purgatório
vem de purgar.
Na
fabricação do açúcar o melaço é deixado para purgar em um lugar onde ele forma
gotículas de cristais que depois é moído e se torna o branco o açúcar. Assim a
igreja usou esse termo comparativo para nos mostrar como é o processo de
purificação da alma.
Outro
exemplo pode tirar da própria Sagrada Escritura. No Antigo Testamento quando os
judeus entravam no Templo era preciso se lavar e nos rituais os sacerdotes
purificavam-se e também os utensílios do Templo eram purificados. Pois, Deus
assim o exigia. O processo de purificação passava desde à limpeza do corpo,
como da alma porque nenhuma pessoa deveria participar das cerimônias e entrar
na presença do Altíssimo sem estar devidamente purificado.
Pois
bem, a Igreja é a ponte entre nós (batizados) e Cristo e quem assiste a Igreja
é o Espírito Santo. Formada de homens e mulheres neste mundo ela é santa
(porque Jesus é Santo) e pecadora ao mesmo tempo, porque é composta por nós, os
pecadores. A Igreja só existe porque ela foi criada por Jesus para conduzir os
pecadores para o céu.
É
nesse ponto que quero tocar. Pois, os protestantes por orgulho e prepotência
não aceitam o fato de que o pecador ainda que se esforce para ficar longe do
pecado por muitas vezes não consegue. E mesmo confessando seus pecados e sendo
perdoados não pode se livrar de cumprir a pena.
Veja
uma pessoa que comete um crime e mesmo que e o tribunal o declara culpado, deve
procurar cumprir a pena determinada que é uma pena socioeducativa ou pagará
certo tempo na prisão. Quem decide é o juiz, segundo a lei de cada País. O
tribunal através do corpo de jurados apenas aponta se o réu é ou não inocente.
Se
for culpado pagará a pena. Se for declarado inocente deverá rever suas atitudes
para evitar ir de novo à julgamento. A pena aplicada ao réu não é um castigo
apenas, mas, ela deve fazer com que o réu reflita sobre seus erros e pague pelo
que fez e não volte mais a praticar o crime.
A
Igreja chama o Purgatório de “fogo purificador”
que é diferente do fogo do inferno – No inferno as almas estão em estado
de tormento é o “fogo atormentador” aquele que nunca apaga. No purgatório há
consolação e no inferno desolação total.
Assim
é o purgatório. É um lugar que Deus destina as almas (já salvas) as quais
passarão por um processo de purificação. O Purgatório está descrito na Bíblia
não de forma direta, mas, indireta. E é por isso que muitos dizem que ele não
existe.
Não
basta apenas crer em Jesus para ser salvo, crer e aceitar Jesus faz parte do
processo, mas, para merecer a salvação é preciso merecer a salvação praticando
o evangelho. Quem de nós pratica a palavra de Deus por inteiro? Pouquíssimos
não?
Deus
sabe disso e por amor não deseja o inferno aos seus filhos ainda que morram em
pecado. Os requisitos para a salvação foram cumpridos: crer em Jesus, aceitá-lo
como Senhor e Salvador. Somente aqueles que cometeram pecados graves ou que
negaram a Jesus vão para o inferno. Deus não dá segunda chance a quem o rejeita e rejeita a Salvação, isso é certo.
Porém a justiça divina, o amor de Deus é suficientemente grande e Deus sabe que seus filhos ainda que crendo podem morrer com algum pecado e que mesmo tendo se esforçado neste mundo chega no outro com as manchas desses pecados e por isso, Deus não condenará diretamente ao inferno a alma mas, oferece-lhe a oportunidade de se purificar, de se limpar para se encontrar definitivamente com Ele. Devemos esforçar para alcançar a perfeição porque está escrito: "Sede Santos porque eu sou Santo!" (Lev 20, 7 - 1Pd15, 16) - foi para isso que Cristo veio para nos mostrar o caminho da Santidade. Mas somente Deus é perfeito e por mais que nos esforçamos para morrer em pleno estado de graça muitos não conseguem.
Se fosse da maneira que muitos pensam que a alma só tem um caminho céu e inferno poderíamos imaginar o Céu vazio e sem os santos (porque os santos também pecaram) e o inferno cheio porque todos somos pecadores. A lógica de Deus não é essa, Deus não condena ninguém diretamente ao inferno; para lá vão aqueles que optam por não crer em Deus, e por não crer a sua Igreja, ou não creem no Cristo.
O Purgatório é um pedacinho do Céu, aonde os eleitos estão aguardando a hora de entrar para a festa do Cordeiro. É um estágio espiritual de preparação, de limpeza e purificação total. Depois do Purgatório as almas livram de toda mancha do pecado, estão alvas de vestes brancas conforme nos descreve o Livro do Apocalipse.
Diferente do inferno em que há total ausência de Deus (um abismo intransponível, lembre da parábola do rico avarento e do pobre Lázaro) - os que estão lá estão condenados definitivamente. No purgatório existe a presença "parcial" de Deus na qual consola as almas que lá estão até o dia em que de lá sairão para se encontrar com Cristo. E no Céu as almas gozam da presença total de Deus. É lá que os santos estão juntamente com os Anjos.
E porque no purgatório há consolação Deus permite que nossas orações chegue até as almas que lá estão; a Igreja peregrina pede em sufrágio dessas almas para que sejam-lhes abreviados os dias até o encontro definitivo com Deus.
Ora,
Deus nos ama e sabe que todo nosso esforço muitas vezes não podemos de forma
completa viver essa santidade aqui.
👉O
Céu é o lugar de perfeição e para estar lá devemos estar limpos sem pecado
algum.
👉O
Céu é a festa (eterna) do Cordeiro.
Como entender o Purgatório?
Usamos outro exemplo:
Ninguém
vai a uma festa sem tomar banho, sem se perfumar e de roupas sujas. Quem vai a
uma festa se lava, se perfuma e põe a melhor roupa. Podemos dizer, embora a
comparação seja fraca que o Purgatório é uma “sala de espera” o nosso “camarim”
onde seremos preparados para a grande festa do Pai.
É
nesse sentido que nós rezamos para as almas dos que estão no Purgatório, para
que mediante a consolação divina sejam-lhes abreviados os tempos e possam
definitivamente estar com Deus.
Uma
coisa é certa: Podemos rezar por elas. (IIMc12, 46); Elas podem interceder por
nós, mas não podem nada fazer por si mesmas. Mas, como somos Igreja e a Igreja
é uma só aqui na terra (peregrina) lá no Céu (triunfante) e porque cremos na comunhão
dos santos e na vida eterna, conforme professamos no Creio é que confiantes na
misericórdia de Deus é que rezarmos pelas almas do purgatório.
O
purgatório é esse lugar, onde as almas entram para se purificar. Quem está no
purgatório são as almas dos justos. Lá estão sendo preparadas para entrar na
glória de Deus, ou seja, na festa eterna.
E como sabemos disso?
A Bíblia nos ensina?
O Purgatório não está descrito diretamente na Bíblia, mas, indiretamente assim como a Santíssima Trindade. A Bíblia não chama Deus de Trindade, mas, diz que Deus é um só em três pessoas Pai, Filho e Espírito Santo. Que mais tarde a Igreja vai adotar o nome de "Santíssima Trindade" ao se referir a revelação de Deus Um só Deus em três pessoas. Assim, também o Purgatório aparece descrito na Bíblia de forma indireta, mas, claramente fácil de entender.
Sim,
Jesus nos mostra na Parábola do rico e do Lázaro que o rico foi para o inferno
– Lc16, 23; e o pobre Lázaro foi para o céu. Mas, aqui há uma distinção. Jesus não diz
que Lázaro entrou definitivamente na Glória, mas antes estava num lugar que Jesus o chama
de "Seio de Abraão" – Lc16, 22. Lázaro já estava salvo, estava no Céu, mas, não
diretamente na presença de Deus como os santos – Os santos (já purificados)
estão presença de Jesus – Apoc5, 8.11-12; 7,9-10. Lázaro ainda iria passar pela
purificação antes de entrar na presença definitiva de Deus, mas já no "Seio de Abraão era consolado". A bíblia diz que os
eleitos serão lavados (purificados) receberão a *veste branca ( que significa *estado puro d alma), a veste solene
para entrar na glória de Deus – Apoc7, 13. Claro aqui, o texto se refere aos
mártires, mas, se Deus usa de um lugar para purificar os que morreram em
testemunho de Cristo, também usa esse lugar para aqueles não mártires para a
purificação de seus resquícios de pecados antes dessas almas entrarem
definitivamente no Céu. Esse lugar não é chamado na Escritura de Purgatório (em
sentido figurado) porque a Igreja usou esse nome de acordo com a cultura da
época, mas, Jesus se referindo-se ao purgatório o chama de “O seio de Abraão” – Então, o purgatório
ao contrário do Inferno não é um lugar de tormento é um lugar de preparação em
que as almas salvas aguardam o momento de purificação para a Festa do Cordeiro.
O que é preciso fazer
para se salvar? Basta apenas ter fé? Crer em Jesus e aceitá-lo como salvador
pessoal é o suficiente?
A
Bíblia diz que não. Achar que crer em Jesus já está salvo é prepotência, é
orgulho protestante. Quem pensa assim está a um passo do inferno. O diabo crê
em Jesus, mas, no entanto não o segue. Ele sabe e crê que Jesus é salvador,
porém ele é contra os planos de Deus.
Quem
crê em Jesus, quem o tem como Salvador deve fazer sua obra; São Tiago diz - Tg2,
14-20 - e qual é a obra de que Jesus ensina a fazer para ser salvo? A obra é obedecer os mandamentos e praticar o amor. Deus nos amou primeiro em seu Filho Jesus Cristo para que possamos também nós amarmos uns aos outros.
14 Meus irmãos, que
interessa se alguém disser que tem fé em Deus e não fizer prova disso através
de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. 15 Se um irmão ou irmã sofrer por
falta de vestuário, ou por passar fome, 16 e lhe disserem: “Procura viver
pacificamente e vai-te aquecendo e comendo como puderes”, e não lhe derem
aquilo de que precisa para viver, uma tal resposta fará algum bem? 17 Assim
também a fé, se não se traduzir em obras, é morta em si mesma.
18 Poderão até dizer:
“Tu tens a fé, mas eu tenho as obras. Mostra-me então a tua fé sem as obras.
Porque eu dou-te a prova da minha fé através das minhas boas obras!”
19 Crês que há um só
Deus? Estás muito certo. Mas lembra-te que os demônios também creem e tremem!
20 És uma pessoa bem
insensata se não conseguires compreender que a fé sem obras não vale de nada.
Note
que a Fé que Salva Passa pelas boas obras porque esse é o mandamento “Amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Há
sofrimento no Purgatório?
Nossa Senhora quando
apareceu em Fátima (Portugal) no ano de 1917 – em uma das aparições pediu aos pastorzinhos,
Lúcia, Jacinta e Francisco se eles queriam orar e oferecer sacrifícios pelo
alívio das almas do Purgatório e pela conversão dos pecadores.
E também ensinou uma oração cuja rezamos na Oração
do Rosário: “Meu Jesus, perdoai-nos
livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente
as que mais precisarem”.
Disse Nossa Senhora:
Sacrificai-vos
pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum
sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em
reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.
“Ao
dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses
passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar fogo.
Mergulhados em esse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas
transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no
incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de
fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes
(incêndios), sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero
que horrorizava e fazia estremecer de pavor (deveu ser ao deparar-me com esta
vista que dei esse ai! que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por
formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas
transparentes como negros carvões em brasa.”
Assustados e como que a
pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora que nos disse, com bondade
e tristeza:
–
“Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar,
Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração...”
Nossa Senhora
mostrou aquelas crianças o quão terrível é o inferno. Existe uma foto muito
famosa tirada no dia da aparição em que mostra claramente as feições das
crianças ao ver o inferno e os tormentos pelas quais as almas que lá estão sofrendo.
Mediante a isso segundo
Nossa Senhora há sofrimento tanto no purgatório quanto no inferno. A diferença
é que as almas do purgatório podem ser consoladas porque elas passarão pela
purificação e irão para o Céu, quanto que no inferno não há consolação, existe
um grande abismo e as almas condenadas ao inferno estão na desolação total e jamais
sairão de lá. Chamamos essa condição de morte eterna ou suplício eterno.
Nossa Senhora nos
mostra que é possível através de nossas orações e sacrifícios aliviar o
tempo das almas no Purgatório. Por isso que ela nos pede que ofereçamos Orações
e sacrifícios em favor delas, pois, elas nada podem fazer para si, mas, a
Igreja pode interceder por elas. E uma dessas orações que Nossa Senhora pede é a
Oração do Rosário.
Também as indulgências dadas
pelo Santo Padre o Papa em ocasiões especiais são destinadas às almas do
Purgatório. Nós temos a obrigação de rezar pelas almas do Purgatório.
Devemos
rezar para quem está no inferno?
Não devemos rezar pelas
almas que estão no inferno porque quem vai para o inferno está definitivamente
condenado a ficar lá toda eternidade, não há volta. Como não sabemos quem está
lá rezamos pelas almas de modo geral às almas do Purgatório. Uma coisa é certa,
quem está no inferno ou no purgatório tem consciência do lugar e do estado de
sua alma. Também devemos rezar para que as pessoas se convertam e não vá para
lá.
Fora da Igreja há salvação?
Não. A Igreja foi fundada por Jesus para que durante nossa vida terrena possamos ser salvos. Foi para a Igreja que Jesus derramou seu sangue. A Igreja é a "barca de Pedro" nela somos abrigados e recebemos os meios aos quais seremos confirmados na graça de Deus os Sacramentos. Nela está Jesus vivo e ressuscitado na Eucaristia e somente pela Igreja a alma pode chegar ao estado pleno de graça. Jesus quando fundou Igreja, fundou um novo povo, o povo da Nova Aliança. E é passando pela Igreja que o cristão é salvo. A Igreja é o corpo místico de Cristo e nós seus membros somos ligados a cabeça que é Jesus. E é porque Jesus é o cabeça que nós somos salvos.
Nosso Jesus Cristo trouxe a salvação para todos. Todos tem o direito de serem salvos, porém, ...
Para que a pessoa possa
ser salva, é preciso: a) Se converter, mudar de vida, mudar de atitudes e
buscar viver uma vida reta e justa; b) crer no Senhor Jesus, no Evangelho e na
sua verdadeira Igreja; c) Ser batizado e pertencer a essa mesma Igreja, sendo-lhe
fiel como ao próprio Jesus. Quem crê será salvo, quem não crê será condenado – Mc16,
16.
A Salvação é para
todos, todos os Filhos da Igreja, pois é nela que estão todos os meios pelos
quais Nosso Senhor Jesus deixou para que possamos ser salvos. É pelo batismo
que nos tornamos verdadeiros filhos e quem dá o batismo é a Igreja e a Igreja é
a família de Deus conquistada pelo Sangue de Nosso Senhor.
Assim, podemos comparar
a Igreja como a “Arca de Noé” que protegeu e salvou Noé, sua família e os
animais do dilúvio. A Igreja é como a Arca que nos protege do pecado e nos
impede do desastre infernal.
Ela também é a “barca
de Pedro” porque nela Jesus está nos protegendo das ondas bravias e das
tempestades. É nela que Nosso Senhor nos recebe, nos alimenta com seu Corpo e
Sangue e com sua Palavra. E foi a ela que Nosso Senhor prometeu que o inferno
não poderá vencê-la – (Cf. Mt16, 18).
Fora da verdadeira Igreja ninguém não há
salvação. Foi para ela que Jesus derramou seu sangue – (Cf. Efésios5, 25).
Atos 20, 28 - Concluindo, tende cuidado de vós mesmos e de
todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como epíscopos
para pastoreardes a Igreja de Deus, que Ele comprou com o sangue do seu Filho
Unigênito.
👉Na declaração Dominus Iesus, da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé:
"Antes de mais, deve crer-se firmemente que a 'Igreja, peregrina na terra, é necessária para a salvação. Só Cristo é mediador e caminho de salvação; ora, Ele torna-se-nos presente no seu Corpo que é a Igreja; e, ao inculcar por palavras explícitas a necessidade da fé e do Batismo (cf. Mc 16, 16; Jo 3, 5), corroborou ao mesmo tempo a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo tal como por uma porta'. Esta doutrina não se contrapõe à vontade salvífica universal de Deus (cf. 1 Tim 2, 4); daí 'a necessidade de manter unidas estas duas verdades: a real possibilidade de salvação em Cristo para todos os homens, e a necessidade da Igreja para essa salvação.
O que fazer para ser salvo? Jesus ensina:
👉Lc18,
18-30
18 E perguntou-lhe um
certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida
eterna?
19 Jesus lhe disse: Por
que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.
20 Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não
matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.
21 E disse ele: Todas
essas coisas tenho observado desde a minha mocidade.
22 E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa:
vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu;
depois, vem e segue-me.
23 Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste,
porque era muito rico.
24 E, vendo Jesus que
ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os
que têm riquezas!
25 Porque é mais fácil
entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de
Deus.
Deus nos cobrará pelas
boas obras, a Salvação da alma depende delas.
👉Mateus25,
31-46 -
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
31 “Quando o Filho do
Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em
seu trono glorioso. 32 Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e
ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos. 33 E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34 Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu
Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do
mundo! 35 Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me
destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36 eu estava nu e
me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes
me visitar’. 37 Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te
vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38 Quando foi
que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos?
39 Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40 Então o Rei
lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso
a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41 Depois o Rei
dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para
o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42 Pois eu estava
com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber;
43 eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me
vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44 E
responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com
sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45 Então o
Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes
isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46 Portanto, estes
irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.”
CONTINUANDO...
Pois
bem, no texto acima em Lc25 , 45-46 - nos mostra que não basta apenas a fé. É preciso amar e praticar esse amor através das obras. Ou seja, não se pode amar a Deus sem amar ao próximo porque é no próximo que está a pessoa de Deus. Nosso Senhor Jesus disse que todas as vezes que fazemos o bem aos nossos irmãos estamos fazendo bem a Ele e se fizermos mal o próximo estamos fazendo mal a ele. Se cremos somente para não praticamos o amor não vamos para o céu. Jesus é direto em dizer que o que leva uma alma para inferno é a falta de amor a ele e ao próximo.
Os principais motivos que levam a alma para o inferno:
- O primeiro é negar a Jesus, não crer em seu nome. A falta de fé o abandono da Igreja a não vivência do Evangelho. Negar os sacramentos. Lembre-se! Quem está fora da barca (a Igreja) está sujeito ao naufrágio. E você pode estar em qualquer Igreja para ser salvo? Não. Somente na verdadeira Igreja de Cristo a Igreja Católica isso é possível porque foi a ela que Jesus deu a promessa e é ela que nos oferece o verdadeiro batismo e os sacramentos pelos quais o Espírito Santo nos fortalece e nos santifica. Sem a igreja há 99,99999% de certeza que alma não poderá ser salva.
- O segundo é a falta de caridade não amar o próximo como a ti mesmo. (Não cumprir os Mandamentos)
- O terceiro é blasfemar contra o Espírito Santo. Não aceitar a Salvação e o batismo que recebeu é negar ação do Espírito Santo. Negando a ação do Espírito Santo do qual é o autor e santificador da alma, nada mais resta senão a perdição eterna. A Salvação é individual e pessoal e cada um deve se esforçar para merecê-la. Ela é gratuita mas, somente quem segue os passos de Jesus pode alcançá-la. Quem deseja ser salvo deve se preocupar com a própria Salvação. Por outro lado, quem nega recebê-la ou quem a rejeita Deus nada pode fazer.
👉Somente Jesus pode nos levar para o Céu. Somente Jesus morreu pela nossa Salvação. Somente Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém vai ao Pai senão por Ele - (Cf. Jo14, 6) . Ele é a Porta pela qual devemos passar se quisermos ser salvos - (Cf. Lc13, 24-25).