A Santa Missa, também chamada de
Eucaristia, é o memorial perpétuo da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus
Cristo. Ela é composta de duas partes essenciais, que são a Liturgia da Palavra
e a Liturgia Eucarística, e essas são inseparáveis! Para que seus efeitos sejam
aproveitados, é necessário que haja uma preparação prévia tanto por parte
daqueles que organizam suas devidas partes litúrgicas, quanto dos demais que
participam como fiéis.
Após a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, ele por amor quis estar presente na sua Igreja, em nosso meio na Eucaristia. Por isso, a Eucaristia também é chamada de "Sacramento do amor". E o alimento do corpo e da alma. É dentro da Santa Missa que Jesus se dá em alimento. Disse o Senhor: "Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos!" (Mt28, 20) - "Pois a minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdadeira bebida" (Jo6, 55).
Entendendo que a Missa é essa celebração do Mistério Pascal de Cristo, é o próprio Jesus quem nos convida a vivenciarmos tão grande mistério: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a Carne do Filho de homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).
Sabendo o quão importante é a Eucaristia, o apóstolo Paulo nos orienta a não participarmos da Santa Missa de qualquer forma, mas antes nos prepararmos bem. O apóstolo nos diz: “Examine-se cada um a si mesmo e, assim, coma o pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem distinguir devidamente o corpo, come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,28-29).
Ainda entendendo um pouco mais sobre
o Sacramento da Eucaristia, vejamos o que diz São Leonardo de Porto-Maurício: o
sacrifício oferecido em cada Santa Missa é o mesmo oferecido na Cruz, a única
diferença é o modo. Na Cruz o sacrifício foi com o derramamento de sangue, ou
seja, de forma cruenta; já na Eucaristia, não há derramamento de sangue, ou
seja, ele é incruento. A vivência da Santa Missa nos proporciona as graças da
nossa redenção.
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Palavra de Deus? Por quê?
A Santa Missa, também chamada de
Eucaristia, é o memorial perpétuo da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus
Cristo. Ela é composta de duas partes essenciais, que são a Liturgia da Palavra
e a Liturgia Eucarística, e essas são inseparáveis! Para que seus efeitos sejam
aproveitados, é necessário que haja uma preparação prévia tanto por parte
daqueles que organizam suas devidas partes litúrgicas, quanto dos demais que
participam como fiéis.
Entendendo que a Missa é essa
celebração do Mistério Pascal de Cristo, é o próprio Jesus quem nos convida a
vivenciarmos tão grande mistério: “Em verdade, em verdade vos digo: se não
comerdes a Carne do Filho de homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida
em vós” (Jo 6,53). Sabendo o quão importante é a Eucaristia, o apóstolo Paulo nos orienta a não participarmos da Santa Missa
de qualquer forma, mas antes nos prepararmos bem. O apóstolo nos diz:
“Examine-se cada um a si mesmo e, assim, coma o pão e beba do cálice, pois quem
come e bebe sem distinguir devidamente o corpo, come e bebe sua própria
condenação” (1Cor 11,28-29).
Ainda entendendo um pouco mais sobre
o Sacramento da Eucaristia, vejamos o que diz São Leonardo de Porto-Maurício: o
sacrifício oferecido em cada Santa Missa é o mesmo oferecido na Cruz, a única
diferença é o modo. Na Cruz o sacrifício foi com o derramamento de sangue, ou
seja, de forma cruenta; já na Eucaristia, não há derramamento de sangue, ou seja, ele é
incruento. A vivência da Santa Missa nos proporciona as graças da nossa
redenção.
A Missa e suas partes
Como foi visto acima, de maneira
geral a Eucaristia pode ser dividida em duas partes essenciais, a Liturgia da
Palavra e a Liturgia Eucarística. Poderíamos ainda fazer uma subdivisão em:
ritos iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística, rito da Comunhão e
ritos finais. Porém, ficaremos, neste momento, com a divisão em duas partes.
Na Liturgia da Palavra, Deus fala ao
Seu povo. Essa parte inicia-se com a proclamação da primeira leitura e vai até
a oração dos fiéis. Quando a Palavra é proclamada, ela se torna viva e eficaz,
gerando naqueles que bem recebem seus devidos frutos. Abro, aqui, um parênteses
para salientar que a Palavra de Deus merece o máximo respeito, assim, aquele
que irá anunciar a Palavra não poderá fazer de qualquer forma. É
necessário estar com vestes apropriadas, com boa postura, realizar solenemente,
com voz clara, pausada e com boa pronúncia. O convite que a proclamação da
Palavra nos faz é de colocarmos em prática aquilo que foi anunciado.
Com a apresentação dos dons que serão
consagrados, inicia-se a Liturgia Eucarística. Neste momento, todo o povo de
Deus vive ativamente, presidido por um sacerdote. Dessa forma, todos os gestos,
palavras e preces levam a assembleia a participar da Ceia que Jesus desejou
celebrar ardentemente com seus discípulos. A oferenda do pão e do vinho
recebidos pelo sacerdote é o próprio ato de Cristo na última ceia. Com a
invocação do Espírito Santo sobre as ofertas, elas se tornam o
Corpo e o Sangue de Jesus.
Após entendermos um pouco sobre as partes da Santa Missa, vivamos cada vez melhor esse encontro entre nós e Deus.
A Missa e suas partes
Como foi visto acima, de maneira
geral a Eucaristia pode ser dividida em duas partes essenciais, a Liturgia da
Palavra e a Liturgia Eucarística. Poderíamos ainda fazer uma subdivisão em:
ritos iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística, rito da Comunhão e
ritos finais. Porém, ficaremos, neste momento, com a divisão em duas partes.
Na Liturgia da Palavra, Deus fala ao
Seu povo. Essa parte inicia-se com a proclamação da primeira leitura e vai até
a oração dos fiéis. Quando a Palavra é proclamada, ela se torna viva e eficaz,
gerando naqueles que bem recebem seus devidos frutos. Abro, aqui, um parênteses
para salientar que a Palavra de Deus merece o máximo respeito, assim, aquele
que irá anunciar a Palavra não poderá fazer de qualquer forma. É necessário
estar com vestes apropriadas, com boa postura, realizar solenemente, com voz
clara, pausada e com boa pronúncia. O convite que a proclamação da Palavra nos
faz é de colocarmos em prática aquilo que foi anunciado.
Com a apresentação dos dons que serão
consagrados, inicia-se a Liturgia Eucarística. Neste momento, todo o povo de
Deus vive ativamente, presidido por um sacerdote. Dessa forma, todos os gestos,
palavras e preces levam a assembleia a participar da Ceia que Jesus desejou
celebrar ardentemente com seus discípulos. A oferenda do pão e do vinho
recebidos pelo sacerdote é o próprio ato de Cristo na última ceia. Com a
invocação do Espírito Santo sobre as ofertas, elas se tornam o Corpo e o Sangue
de Jesus.
Após entendermos um pouco sobre as
partes da Santa Missa, vivamos cada vez melhor esse encontro entre nós e Deus.
O sentido de cada parte da Santa
Missa
Para que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecânico, onde as pessoas só “copiam” o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender exatamente o que está acontecendo, é bom que cada fiel católico entenda melhor a Santa Missa, pois só amamos aquilo que conhecemos.
A missa é igual para toda a Assembleia mas a maneira de cada um participar pode ser diferente pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião. As vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê.
Para participar da missa com fé e
alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel deve conhecer todas as
etapas da liturgia da missa pois ninguém ama o que não conhece.
A palavra MISSA vem do latim missio, que significa despedida ou envio. E, quando os catecúmenos saíam antes do início da Liturgia Eucarística o celebrante os despedia. Desta forma, toda a Celebração Eucarística acabou por ser denominada missa.
A missa é dividida em quatro partes principais: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.
I RITOS INICIAIS
1. Monição Ambiental
Ao entrar e sair de uma igreja com um sacrário, procedemos à genuflexão um gesto de adoração a Jesus Eucarístico.
Feita pelo comentarista, ao lado do altar. Um convite à Assembleia para participar da Celebração, criando um clima de oração e fé. Solicita que todos, de pé, recebam o celebrante.
2. Canto de Entrada e Sinal da Cruz
Em seguida, o padre faz o sinal da
cruz e o povo faz com ele (não precisa beijar a mão após o sinal), mas sem
dizer nada. Ao final, todos respondem o “Amém”.
3. Acolhida e Saudação
É o “bom dia” de inspiração divina dado pelo Presidente à Assembléia. Em uma das formas litúrgicas, o padre saúda o povo com as palavras de São Paulo aos Coríntios (2Cor 13,11-13):
– A graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
4. Ato Penitencial
“Se estás diante do altar para
apresentar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa
contra ti, deixa tua oferta lá diante do altar. Vai primeiro reconciliar-te com
teu irmão, depois volta para apresentares tua oferta.” (Mt 5,23-24)
Convite para cada um olhar para si (reconhecer os próprios pecados e não os dos outros), buscando um arrependimento sincero.
Precisamos pedir que Jesus purifique nosso coração para termos parte com ele.
A absolvição geral que o padre dá no Ato Penitencial é uma purificação das faltas leves, e realmente nos purificam para participarmos da Ceia do Senhor. Os pecados graves necessitam de uma confissão sacramental.
5. Hino de Louvor (Glória)
É um cântico solene, uma das mais perfeitas formas de louvor à Santíssima Trindade, porque se dirige ao Pai e a Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Vem logo após o Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos.
Inspirado no canto dos anjos que louvaram a Deus no nascimento de Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14)
O Glória não é cantado (nem recitado) na Quaresma e no Advento, tempos que não são próprios para se expressar alegria.
6. Coleta - Do latim “collígere”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. Tem o sentido de reunir, numa só oração, todas as orações da Assembleia.
Por isso, começa com o “Oremos um convite aos presentes para que se ponham em oração seguida de uma pausa, para que cada um faça mentalmente a sua oração pessoal.
A seguir, o padre eleva as mãos assumindo as intenções dos fiéis e elevando-as a Deus e profere a oração em nome de toda a Igreja.
Por fim, todos dizem “Amém” para dizer que a oração do padre também é sua.
É uma oração presidencial, feita
apenas pelo padre, como representante de Cristo. Todas as orações presidenciais
são compostas por: invocação, pedido e conclusão. As orações são dirigidas ao
Pai, em nome de Jesus nosso mediador , na unidade do Espírito Santo.
II LITURGIA DA PALAVRA
Após o “Amém” da Coleta, a comunidade senta-se, aguardando, antes, o Presidente dirigir-se à sua cadeira.
A Eucaristia é o “mistério de nossa
fé” e a fé vem pela Palavra de Deus (cf. Rm 10,14). Daí a importância da
pregação, abrangida pela Liturgia da Palavra. “Não só de pão vive o homem, mas
de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,4)
A Palavra de Deus não é para ser
apenas “lida”, mas “proclamada” solenemente. “A fé entra pelo ouvido.”
Os 3 primeiros Evangelhos fazem como que uma sinopse dos fatos acerca da vida de Jesus são, por isso, chamados de “sinóticos”. O Evangelho escrito por São João focaliza outros fatos e palavras de Jesus, destacando Sua divindade e penetrando mais o Mistério do Filho de Deus.
A Liturgia da Palavra é tão importante quanto a Liturgia Eucarística e deve ter um lugar reservado para a proclamação a MESA DA PALAVRA.
1. Primeira Leitura
A Primeira Leitura, em geral, é
tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da História da
Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros do
Novo Testamento que não sejam os Evangelhos.
É uma resposta cantada ou recitada à mensagem proclamada. Ou ainda, uma “oração” da Leitura, ajudando o povo a rezar e a meditar na Palavra de Deus que acabou de ser proclamada. Não pode ser substituída por outros cânticos que não sejam inspirados no salmo previsto.
3. Segunda Leitura
Em geral, é uma carta, retirada do
Novo Testamento. Só é proclamada em missas dominicais ou de dias festivos, não
nas missas feriais (no meio da semana).
4. Canto de Aclamação ao Evangelho
Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Ele se torna presente na proclamação do Evangelho. Aclamar é aplaudir com alegria, então o canto de Aclamação ao Evangelho é uma espécie de “aplausos” para o Senhor que vai nos falar.
Pode ser antecedido por um breve comentário (não é uma homilia, que não deve antecipar o que vai ser dito no Evangelho), convidando e motivando a Assembleia para ouvir o Evangelho. Na Quaresma e no Advento, o canto não tem “Aleluia”.
5. Proclamação do Evangelho
Antes da proclamação do Evangelho, pode-se fazer uma procissão com a Bíblia ou Lecionário e as velas. Para se dar mais destaque ao anúncio da Palavra de Jesus, dois ministros ou acólitos podem segurar uma vela em cada lado do Ambão.
O diácono, e na falta deste o padre,
proclama em um lugar mais elevado, para ser visto e ouvido por toda a
Assembleia, que deve estar em pé, numa atitude de expectativa para ouvir a
Mensagem. É como se o próprio Jesus se colocasse diante de nós para nos falar
do que mais nos interessa.
O diácono/padre saúda a Assembleia:
– O Senhor esteja convosco!
– Todos: Ele está no meio de nós!
– Diácono/Padre: Evangelho de Jesus
Cristo, escrito por …
– Todos: Glória a vós, Senhor!
E, ao final do Evangelho:
– Diácono/Padre: Palavra da Salvação!
(E beija a Bíblia)
– Todos: Glória a vós, Senhor!
“Bem-aventurado os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 11,28)
6. Homilia (Pregação)
É a interpretação de uma profecia ou
a explicação dos textos bíblicos das leituras proclamadas.
“Ouvindo que lia o profeta Isaías,
disse-lhe: “Porventura entendes o que lês?” Ele respondeu: “Como é que vou
entender se ninguém me explicar?”.” (At 8,30b-31a)
As Escrituras não são de simples
compreensão e não estão sujeitas a interpretações particulares, mas tão somente
da Igreja que Cristo fundou, sob o Primado de Pedro:
“Pois, antes de tudo, deveis saber
que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal, porque jamais uma
profecia se proferiu por vontade humana, mas foi pelo impulso do Espírito Santo
que homens falaram da parte de Deus.” (2Pd 1,20-21)
“É o que ele faz em todas as
epístolas em que vem a tratar do assunto. Nelas há alguns pontos de difícil
inteligência, que homens ignorantes e sem firmeza deturpam, não menos que as
demais Escrituras, para sua própria perdição.” (2Pd 3,16)
Além do que, a Bíblia não é a única
fonte de doutrina para o cristão, mas, inclusive, a Tradição (Oral e Escrita) e
o Magistério da Igreja fundada por Jesus:
“Jesus fez ainda muitas outras
coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia
conter os livros que se deveriam escrever.” (Jo 21,25)
“Assim, pois, irmãos, ficai firmes e
conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras seja por
carta.” (2Ts 2,15)
7. Creio (Profissão de Fé)
Crer em Deus é confiar nele! Com o Creio, a comunidade afirma que crê na Palavra de Deus que foi proclamada e está pronta para pô-la em prática. É como um juramento público.
Há dois textos diferentes para a Profissão de Fé: o Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno- Constantinopolitano.
O primeiro vem do tempo dos Apóstolos. É um resumo das verdades de fé professada pelos primeiros cristãos. É também mais curto e mais recitado nas missas no Brasil.
O Símbolo Niceno-Constantinopolitano
surgiu no séc. IV, a partir da heresia de Ário, que, em sua heresia (negação de
verdades de fé), disse que Jesus era apenas homem, não Deus (como hoje o fazem
os espíritas e os “Testemunhas de Jeová”). Então a Igreja, no Concílio de
Nicéia (ano 325), colocou no “Creio” algumas palavras a mais, acentuando a
divindade de Jesus:
“Deus de Deus, luz da luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro…”
Alguns anos depois, Macedônio, outro
herege, negou a divindade do Espírito Santo. A Igreja reafirmou essa divindade,
a partir do
Concílio de Constantinopla (ano 381):
“Senhor que dá a vida e procede do
Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; ele que falou
pelos profetas.”
Assim se formou esse Símbolo, surgido
após os Concílios de Nicéia e Constantinopla. É uma síntese das verdades
fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, à medida que iam se
espalhando pelo mundo.
No Brasil, o Símbolo
Niceno-Constantinopolitano é recitado apenas em alguns domingos, geralmente
quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus. Eis o símbolo completo:
“Creio em um só Deus, Pai
Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e
invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por
ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e
se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi
sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos
céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito
Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una,
santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém!”.
8. Oração dos Fiéis (Oração
Universal)
No início da missa existe a Oração
Coleta uma oração presidencial breve, a fim de colocar a Assembleia em clima de
fé para ouvir a Palavra de Deus. A Oração dos Fiéis é um espaço mais abrangente
para que os fiéis coloquem publicamente suas intenções.
Após ouvirmos a Palavra de Deus e de
professarmos nossa fé nessa Palavra, nós colocamos em Suas mãos as nossas
preces de modo oficial e coletivo.
Nessa oração, o povo exerce sua
função sacerdotal, suplicando por todos os homens, incluindo as seguintes
intenções:
– pelas necessidades da Igreja e do
papa;
– pelos governantes, legisladores e
magistrados; (pois eles têm um poder temporal, e devem servir ao povo)
– pelos que sofrem qualquer
necessidade, especialmente pelos doentes; e
– pelas necessidades da comunidade local.
A Equipe de Liturgia deve tomar a
iniciativa de ver as intenções da comunidade incluídas na oração,
possibilitando que a fé expresse algo mais concreto e vivencial.
O que não se pode fazer na missa são
as orações particulares, como leitura de livros piedosos, novenas e o terço.
Na Oração dos Fiéis, a introdução e a
conclusão são feitas pelo Presidente. As outras preces são feitas pelos fiéis,
em voz alta, expressando a fé viva e alegria de toda a comunidade, unidade num
só coração e numa só alma.
Durante a Oração dos Fiéis, todos
ficam de pé a posição própria do orante e como rezavam os primeiros cristãos.
III LITURGIA EUCARÍSTICA
Onde o mesmo pão é repartido entre
muitos… O Sacrifício redentor de Cristo é universal. Destina-se a toda a
humanidade. Seu valor é espiritual, infinito para todos.
A Eucaristia, como Sacramento, renova a Ceia Pascal; como Sacrifício, renova a ato redentor de Cristo na Cruz.
Todos os gestos, palavras, preces e cantos da Liturgia da Palavra devem levar a Assembleia a participar da Ceia que o Senhor desejou “ardentemente” celebrar com seus discípulos.
1. Preparação das Oferendas
(Ofertório)
1) Canto e Procissão das Oferendas
Durante e preparação das oferendas, canta-se o Canto do Ofertório. As principais ofertas são o pão e o vinho. Podem-se trazer outras coisas, como ramos de trigo, cachos de uva, água, flores.
O ato de levar ao altar as ofertas significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As outras oferendas representam também a vida do povo: a flor, símbolo de amor e gratidão; a coleta em dinheiro, fruto do trabalho e da generosidade dos fiéis.
O dinheiro para o ofertório é a nossa
oferta para a conservação e manutenção da casa de Deus. Não é uma “esmola”,
pois Deus não é mendigo, mas o Senhor de nossa vida. Outra condição para Deus
aceitar a nossa oferta é que estejamos em paz como nossos irmãos. A fé pede
nossa comunhão com Deus e com os irmãos (cf. Mt 5,23-24).
No início da Missa, o Presidente e seus Ministros ficam nas cadeiras em frente ao altar. Eles não vão para o altar, porque este representa a mesa da Ceia, que começa na Liturgia Eucarística.
Ao fim da Oração dos Fiéis, o
Presidente e os Ministros vão para o altar para preparar as oferendas: corporal
estendido no centro (como uma toalha), missal aberto, o cálice e a patena com a
hóstia grande do sacerdote (que pode vir junto com as hóstias dos fiéis, na
âmbula sentido de unidade do Presidente com a Assembleia).
2) Apresentação do Pão e do Vinho
Na Missa, oferecemos a Deus o pão e
vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e no Sangue do Senhor.
Deus aceita nossa oferta e a transforma numa dádiva de valor infinito a própria
Divindade!
O Presidente recebe as ofertas da
comunidade e, por sua vez, oferece o pão a Deus, dizendo:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do
universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho
do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida!”
E a Assembléia responde:
“Bendito seja Deus para sempre!”
Então o padre coloca a hóstia (de
trigo puro, não fermentado) sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo
do mesmo modo. Antes, ele põe um pouco de água no vinho e diz: “Pelo mistério
desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que
se dignou assumir a nossa humanidade.”
A mistura da água no vinho (puro, de
uva) simboliza a união da natureza humana com a divina. Nós (água), na Missa,
nos unimos a Cristo (vinho) para formar um só Corpo com Ele. Em seguida, o
Presidente eleva o cálice e diz:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do
universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do
trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da
salvação!”
E a Assembleia bendiz a Deus: “Bendito seja Deus para sempre!”
Abençoar é bendizer! Bendizemos a Deus nessa hora porque o pão comum que oferecemos vai se tornar para nós o “Pão da Vida” e o vinho, o “Vinho da Salvação”. E porque recebemos muito mais do que oferecemos.
O cálice com o vinho e a âmbula com as hóstias para a comunidade ficam sobre o corporal, no centro do altar, junto da hóstia grande do Presidente, que é colocada sobre a patena.
3) Presidente lava as mãos
A oração seguinte fala que nosso sacrifício é aceito por Deus quando temos um coração purificado e humilde.
Após colocar o cálice sobre o corporal, o padre inclina-se diante do altar e reza em voz baixa:
“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus!”
Essa oração é tirada do Livro de Daniel. Deportado para a Babilônia, o Povo de Israel estava longe do Templo e não podia oferecer a Deus os sacrifícios de cordeiros e bois. Então Azarias fez essa bela oração, oferecendo a Deus o seu sacrifício espiritual.
Quando a missa é festiva, costuma-se
incensar o altar, o Presidente da Celebração e a Assembleia. O incenso
significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça.
“Lavai-me, Senhor, das minhas faltas
e purificai-me do meu pecado.” (Sl 50,4)
4) Orai, irmãos!
O sacerdote intercede por toda a Assembleia, que deve responder ativamente.
Assim, o padre se volta ao povo e pede:
“Orai, irmãos, para que o nosso
sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso!”
Ao que a Assembleia responde: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.”
Em primeiro lugar, a glória de Deus!
5) Oração sobre as Oferendas
Tem por fim colocar nas mãos de Deus
os dons que trouxemos para o sacrifício.
É um modo de insistir a mesma coisa diante de Deus, como nas parábola que Jesus contou (cf. Lc 11,5-8 e 18,1-8).
2. Oração Eucarística ou Anáfora
Inicia o centro, o “coração” da
Celebração o Mistério da presença real de Jesus no pão e vinho consagrados. Não
é “mais uma oração” da missa é a própria Missa.
Para os judeus, santo era todo o
lugar onde Deus se manifestava. De modo especial, o Templo era santo. Dentro do
Templo, havia uma parte santíssima o “santo dos santos”, uma sala que continha
a Arca da Aliança ou Tabernáculo. Lá só o sumo sacerdote entrava, e uma vez por
ano apenas, para o sacrifício expiatório. Só depois de se purificar é que o
sacerdote podia entrar ali.
Antes do Concílio Vaticano II, havia
uma só forma de Oração Eucarística. Atualmente, para que cada povo possa
participar mais e utilizarem sua própria cultura existem várias fórmulas que
são aprovadas pela Igreja. No Brasil existem 14 formas.
1) Prefácio e “Santo”
O Prefácio é um hino de “abertura”,
que nos introduz no Mistério Eucarístico. Nele, o padre convida o povo a elevar
seus corações a Deus e proclamar a santidade de Deus, dando-lhe graças.
No Prefácio, o Presidente sempre reza
de braços abertos. Ele inicia com o diálogo:
Padre: O Senhor esteja convosco!
Povo: Ele está no meio de nós.
Padre: Corações ao alto!
Povo: O nosso coração está em Deus.
Padre: Demos graças ao Senhor nosso
Deus!
Povo: É nosso dever e nossa salvação.
O trecho seguinte do Prefácio
compreende algumas palavras próprias, dependendo do Tempo Litúrgico ou da festa
que se celebra.
O final do Prefácio é sempre igual.
Termina com o cântico:
“Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do
universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito
o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”
O “Santo” é tirado de Is 6,3. A
repetição, dizendo 3 vezes “Santo” significa o máximo de santidade,
“Santíssimo”.
Às vezes, quando o “Santo” é cantado,
mudam-se algumas palavras, mas o sentido deve ser o mesmo. O Santo deveria ser
sempre cantado.
2) Invocação do Espírito Santo
Momentos antes da Consagração, o
padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Pai que os santifique,
enviando sobre eles o Espírito Santo. Toda invocação do Espírito Santo é feita
de pé.
3) Narrativa da Ceia e Consagração do Pão e do Vinho
Neste momento a Assembleia se
ajoelha, ou mesmo de pé (normalmente aqueles que por algum problema não podem
ajoelhar-se) porém em posição de adoração (cabeça baixa, em posição de
reverência). A Ceia Eucarística celebrada por Jesus com os Apóstolos teve origem
na Ceia Pascal Hebraica, que também não é celebrada como uma simples
recordação, mas como um acontecimento que se faz presente.
Dentro da missa, esta é a hora da
transformação do pão e do vinho, que se tornam o Corpo e o Sangue do Senhor.
Por ordem de Cristo, o Presidente
recorda o que Jesus fez na Última Ceia. Ele pega o pão, o apresenta ao povo e
pronuncia as palavras de Consagração:
“Tomai, todos, e comei, isto é o meu
corpo que será entregue por vós.” (Lc 22,17ss)
Após a consagração do pão, o padre
levanta a hóstia à vista da Assembleia. A seguir, genuflecte para adorar Jesus
presente no Santíssimo Sacramento.
A mesma coisa faz o padre com o
cálice de vinho. Ele recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças
novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:
“Tomai, todos, e bebei: este é o
cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por
vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.”
Novamente, o padre genuflecte para
adorar o Cristo presente após a consagração do vinho.
Na Consagração do pão e do vinho o
povo deve ajoelhar-se ou ainda fazer uma profunda inclinação de cabeça no
momento em que o padre eleva a hóstia e o cálice.
Durante as palavras de Consagração é
que há a transubstanciação a transformação das espécies no Corpo Eucarístico.
Nessa hora, o silêncio deve ser total não deve haver nem mesmo fundo musical.
Lembremos que na missa o padre age
“in persona Christi”, ou seja, em lugar da pessoa de Cristo. É como se Jesus estivesse
pessoalmente presidindo a Celebração.
A Igreja celebra a Missa para cumprir
a vontade de Jesus, que mandou celebrar a Ceia: “Fazei isto em memória de mim!”
No início das comunidades cristãs,
eles não falavam “missa”, mas “fração do pão” (cf. At 2,42). São Paulo também
fala de missas celebradas em algumas comunidades (cf 1Cor 11,17-34), inclusive
celebradas por ele (cf. At 20,7-11).
A Eucaristia não é simplesmente uma
das coisas que Jesus fez por nós: é a grande surpresa que Ele nos preparou
durante toda a sua vida. Ele já havia prometido nos dar “pão vivo descido do
céu” e que esse pão seria a sua carne “para a nossa salvação” (cf. Jo 6,35-69).
4) “Eis o Mistério da Fé!”
Terminada a Consagração, o Presidente
proclama solenemente, mostrando o Sacramento:
“Eis o Mistério de nossa fé!”
5) Lembrança da Morte e Ressurreição
de Jesus
A Assembléia, levanta-se no mesmo
momento em que o padre (logo depois da consagração do vinho ele genuflectiu e
se levantou) e responde:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”
Há outras formas de resposta. O que é importante é que todos respondam com fé! O Mistério só é aceito por quem crê! Assim, as palavras do celebrante soam como que um “desafio à fé”: “Eis o Mistério da fé!” No Emaús temos o costume de cantar o Maranatha que é perfeitamente litúrgico para o momento, é um clamor ao Jesus que vem!
6) Orações pela Igreja
A Igreja é o “Corpo Místico de
Cristo”. Nela circula a vida da Graça. É o que chamamos de Comunhão dos Santos,
dita no “Creio”. Entre todos os membros da Igreja, no céu ou na terra, existe a
intercomunicação da Graça. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos,
membros da grande Família de Deus.
Assim, na Missa, dentre as orações
pela Igreja, a primeira é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano, pelas suas grandes
responsabilidades. Pedimos também pelos evangelizadores e evangelizados, pela
conversão dos pagãos e pela perseverança dos cristãos.
Oramos também pelos falecidos um ato
de caridade. Na Bíblia há um elogio a Judas Macabeu pela sua intercessão e
oferecimento de um “sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de
que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mac 12,45-46).
Finalmente pedimos por nós como “povo
santo e pecador”, para que estejamos um dia reunidos com a Virgem Maria, os
Apóstolos e todos os bem- aventurados no céu, para louvarmos e bendizermos a
Deus. A oração termina “por Jesus Cristo nosso Senhor”, que nos disse:
“Em verdade, em verdade, vos digo: se
pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, ele vos dará. Até agora não pedistes
nada em meu nome. Pedi e recebereis.” (Jo 16,23-24)
É dito pelo sacerdote e somente por
ele. Esse é o verdadeiro ofertório, pois é o próprio Cristo que oferece e é
oferecido. É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai. Ele é o
nosso Pontífice, isto é, a nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele disse:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jo 14,6)
Por isso, encerra-se a Oração
Eucarística proclamando:
Padre: “Por Cristo, com Cristo e em
Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra
e toda a glória, agora e para sempre!”
Depois disso a Assembleia responde o
chamado GRANDE AMÉM, que é o principal de toda a missa! Devia ser festivamente
dito ou cantado com uma profunda devoção pois é o Amém Síntese da Missa.
Esse até de louvor é dito de pé,
sendo que o Presidente levanta a hóstia e o cálice.
3. Rito da Comunhão
1) Pai-Nosso e Oração Seguinte
Começa a preparação para a Comunhão Eucarística. É a síntese do Evangelho. Para bem rezá-lo, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. É uma oração de sentido comunitário que, mesmo rezada só, deve-se proferi-la em intenção de todos.
Para comungar o Corpo do Senhor na
Eucaristia, preciso estar em comunhão com meus irmãos membros do Corpo Místico
de Cristo.
A oração do Pai Nosso é rezada da seguinte forma:
“Pai nosso que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”
O primeiro, céus aparece no plural na versão em português do Pai-Nosso por
significar TODO LUGAR e um estado de espírito, de alegria de VIDA. O segundo
céu aparece no singular em oposição a terra, significando realmente o céu no
sentido da Vida Eterna.
Dizemos perdoai-nos com a partícula
NOS pois pedimos que Deus perdoe a NÓS e não as nossas ofensas, assim como
perdoamos AQUELES que nos ofenderam e não os pecados deles.
Dentro da missa, o Pai Nosso não tem
o AMÉM final. A oração do Pai Nosso se estende até o final da oração que o
sacerdote reza a seguir, pedindo a Deus que nos livre de todos os males. Porque
só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz.
Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão
com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
Sac.: Livrai-nos de todos os males, ó
Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos
sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a
esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.
O “Amém” do Pai Nosso, dentro da
missa é substituído pela oração: “Vosso é o reino, o poder e a glória para
sempre!”, que é dito logo após a oração anterior.
2) Saudação da Paz
A paz é um dom de Deus, que só ele pode dar: “Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz. Não a dou como o mundo a dá.” (Jo 14,27)
Antes de o Presidente convidar a
Assembleia para que se saúdem mutuamente no amor de Cristo, ele recorda as
palavras de Jesus, fazendo este diálogo com o povo:
Padre: Senhor Jesus Cristo, dissestes
aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os
nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe segundo o vosso
desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
Povo: Amém!
Padre: A paz do Senhor esteja sempre
convosco!
Povo: O amor de Cristo nos uniu.
3) Fração do Pão
Ao fim da saudação entre os fiéis, o
celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho dela dentro do cálice
com vinho consagrado. Esse ato tem o sinal da fraternidade, da repartição do
pão, como Jesus o fez para seus discípulos na Ceia, além do reconhecimento de
Cristo, por parte dos discípulos de Emaús, ao partir o pão em sua casa.
4) Cordeiro de Deus
Logo após, o Presidente põe um pedaço
da Hóstia no cálice e reza em voz baixa:
“Esta união do Corpo e do Sangue de
Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna!”
Ao mesmo tempo, a Assembleia canta o
“Cordeiro de Deus”.
Embora no Ato Penitencial todos já se
tenham purificado, ao aproximar-se do momento da Comunhão os fiéis sentem-se
indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, dizendo:
“Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
dai-nos a paz!”
Enquanto isso, o padre se inclina
diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a
sua salvação.
No AT e no NT Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”. Sete séculos antes de Cristo, o profeta Isaías predisse que o Messias seria levado à morte, “sem abrir a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro” (cf. Is 53,7). João Batista, ao ver Jesus passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). São Paulo disse: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7b).
E, de fato, na hora em que Jesus morria na cruz, era imolado no Templo o cordeiro pascal para os judeus comemorarem a Páscoa. São Pedro também disse que não fomos resgatados pelo preço vil de ouro ou de prata, mas “pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro sem mancha” (cf. 1Pd 1,18-19).
5) Felizes os Convidados!
Terminado o “Cordeiro de Deus”, o
Presidente levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à Assembleia, dizendo:
“Felizes os convidados para a Ceia do
Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
“Pelo sangue de Cristo fomos salvos. Jesus é o nosso Libertador. Dele nos aproximamos com alegria. Daí o Presidente nos convidar à comunhão, dizendo “Felizes os convidados”.
Ao que o povo responde: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.”
Essa resposta é tirada da resposta do oficial romano, o centurião, dada a Jesus (cf. Mt 8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar. É por bondade de Jesus que Ele vem a nós. Por isso, nos aproximamos da Comunhão com fé e humildade.
A comunhão eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de todos os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na sua caminhada em busca da libertação de todo o mal.
6) Distribuição da Comunhão
Comungar é receber Jesus Cristo, Rei
dos reis, para alimento de vida eterna. Quem comunga deve meditar um pouco
nesse Mistério da presença real do Senhor em sua vida. E não comungar e já ir
saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo. Não convém nem mesmo ir
rezar diante de alguma imagem, pois Jesus deve ser o centro da atenção e
piedade nessa hora. Ele é o Hóspede divino que acaba de ser recebido.
Após dizer “Felizes os convidados…”, com a resposta da comunidade, o padre reza em voz baixa:
“Que o Corpo de Cristo me guarde para
a vida eterna.”
Em seguida, comunga o Corpo e o
Sangue do Senhor. Depois o padre e os ministros dão a comunhão para os fiéis.
Mostrando a Hóstia a cada um, diz:
“O Corpo de Cristo!”
E quem comunga responde: “Amém!”
Quanto ao modo de receber a comunhão,
na boca ou na mão, é de competência do Bispo. Quem comunga, recebendo a Hóstia
na mão, deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na
palma da mão. O comungante, imediatamente, pega a Hóstia com a mão direita e
comunga ali mesmo, na frente do padre. Não pode sair com a Hóstia na mão e
comungar andando.
Para comungar é preciso estar na
Graça de Deus (sem pecado grave) e em jejum (uma hora antes da comunhão).
Por uma questão prática, normalmente
se dá apenas a Hóstia e não o Vinho Consagrado. Porém, na Hóstia está o Cristo
inteiro e vivo, com seu corpo, sangue, alma e divindade.
7) Ação de Graças
Após a Comunhão do povo, convém haver
alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de
graças. Pode-se também recitar algum salmo ou cantar algum canto de ação de
graças. Não é o momento de dar avisos ou prestar homenagens a alguém.
A Ação de Graças é de toda a Assembleia
e não apenas dos cantores ou de algum solista. Ação de graças não é o nome mais
apropriado, pois toda a missa é Ação de graças.
8) Oração após a Comunhão
Apenas após terminada a oração, que é
presidencial, podem-se dar avisos e fazer convites. Se for algo breve, a Assembleia
pode ouvir de pé, caso contrário, pode sentar-se.
IV RITOS FINAIS
1. Comunicados e Convites
2.
Bênção Final
Solene, dada pelo Presidente. Antes
da bênção, o Presidente da Celebração saúda a Assembleia, dizendo: “O Senhor
esteja convosco!” E todos respondem: “Ele está no meio de nós.”
Nesta hora, se a comunidade estiver
sentada, deve levantar-se. Aí vem a bênção, que pode ser com uma fórmula
simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula é: “Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso,
Pai, Filho e Espírito Santo!” E todos respondem “Amém!”
Ao dar a bênção, o padre traça uma
cruz sobre a Assembléia e todos devem inclinar a cabeça.
É muito importante a bênção de Deus
dada solenemente na Missa! Essa bênção é para cada pessoa presente! É preciso
valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no final da Missa.
A Missa termina com a bênção! Em
seguida, vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter
participado da Missa.
3. Despedida
Todos devem esperar o sacerdote sair
do altar para depois se retirarem.
Fonte:
https://pt.aleteia.org/2018/07/02/o-sentido-de-cada-parte-da-santa-missa/
QUAL A DIFERENÇA DA SANTA MISSA E DA CEIA PROTESTANTE?
A Santa Missa é a Oração mais
completa da Igreja porque envolve dois momentos importantes que é: a) A Celebração
da Palavra com o anúncio do Evangelho. 2) A celebração da Eucaristia onde Jesus
se faz presente no Sacramento da Eucaristia. O momento da Comunhão onde os
fiéis comungam o Corpo e Sangue do Senhor.
A missa não é um teatro, portanto,
não deve ser assistida e sim, participada. Por isso, o Mandamento da Igreja diz
que devemos participar da Santa missa aos domingos e dias santos de guarda ne que
constitui pecado mortal a falta sem necessidade. É dever de todo católico
participar da Santa Missa ou em alguns casos em que não for possível por falta
de sacerdote ao menos da Celebração da Palavra. A celebração da Palavra não
substitui a Missa e a diferença entre uma e outra é que na Missa se faz a consagração
e na celebração da Palavra a comunidade se reúne com um ministro extraordinário
da Eucaristia para meditar a Palavra de Deus e depois é dada a comunhão onde a
Eucaristia (Jesus) já está consagrada e guardada no Sacrário é dada aos fiéis.
Por isso, omite-se a liturgia eucarística que é a parte onde o sacerdote
consagra as espécies do pão e do vinho para se transformar no Corpo e Sangue do
Senhor, a Eucaristia.
A Eucaristia é a atualização do
Sacrifício de Cristo na Cruz de forma incruenta. Isto é, Jesus morreu uma vez
só de forma cruenta, foi na cruz que ele nos salvou, mas, ele quis perpetuar
esse sacrifício de modo a ser o sacrifício da nova aliança e na noite às vésperas
de sua paixão ceando com seus apóstolos instituiu a Eucaristia. Celebrando antecipadamente
a Páscoa judaica, dela conservou alguns elementos o pão e o vinho que a partir
de então em cada celebração pelas mãos do sacerdote se transforma pelo milagre
da transubstanciação no seu Corpo e no seu Sangue. Isso só acontece na Igreja Católica,
por causa da sucessão Apostólica porque somente a ela, com a autoridade
recebida de Cristo pelos Apóstolos pode consagrar. Na Eucaristia nós não vamos
comer a carne de Cristo e beber o Sangue de Cristo fisicamente porque isso
seria canibalismo. As espécies do pão e do vinho continuarão como estão, mas,
ali pela ação do Espírito Santo está a presença real de Jesus (Corpo, Sangue,
alma e divindade) e quando comungamos Jesus entra dentro de nós pela Eucaristia
substituindo assim o sacrifício da Antiga aliança que envolvia a matança de animais
e não podia apagar nossos pecados. Jesus que única vez se sacrificou por nós na
cruz, na Eucaristia renova este sacrifício de modo que por ele e nele nos
tornamos unidos. Assim como no AT era o Sacerdote que oferecia a Javé o
Sacrifício do cordeiro, na Nova Aliança Jesus se torna o Sacrifício, O Sacerdote,
o Altar e o Cordeiro imolado por nós. Por isso João Batista ao vê-lo anuncia: “Eis
o Cordeiro de Deus!”. O Padre que é o sacerdote na pessoa de Cristo (“In persona
Chiristi”) oferece ao Pai o Santo Sacrifício e no momento da Consagração o
Calvário se faz presente. Por isso, a Santa
Missa não é um teatro ou um show.
JESUS DISSE:
“Pois a minha carne é verdadeira
comida, e meu sangue é verdadeira bebida.
Aquele que come a minha carne e bebe
meu sangue permanece em mim e eu nele.
Assim como o Pai, que vive, me enviou
e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por
minha causa.” (Jo6, 55-57)
1 Coríntios 11:17-34
Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo;
porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.
Porque antes de tudo ouço que, quando
vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.
E até importa que haja entre vós
heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.
De sorte que, quando vos ajuntais num
lugar, não é para comer a ceia do Senhor.
Porque, comendo, cada um toma
antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se.
Não tendes porventura casas para
comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada
têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.
Porque eu recebi do Senhor o que
também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o
pão;
E, tendo dado graças, o partiu e
disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é para vós; fazei isto em memória
de mim.
Semelhantemente também, depois de
cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é Nova Aliança no meu sangue; fazei
isto, todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes
este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
Portanto, qualquer que comer este
pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do
sangue do Senhor.
Examine-se, pois, o homem a si mesmo,
e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Porque o que come e bebe
indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo
do Senhor.
Por causa disto há entre vós muitos fracos
e doentes, e muitos que dormem.
Porque, se nós nos julgássemos a nós
mesmos, não seríamos julgados.
Mas, quando somos julgados, somos
repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.
Portanto, meus irmãos, quando vos
ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.
Mas, se algum tiver fome, coma em
casa, para que não vos ajunteis para condenação. Quanto às demais coisas,
ordená-las-ei quando for.
A CEIA PROTESTANTE
A ceia protestante não é a
Eucaristia. Quando Lutero e os reformadores se separaram foram excomungados, e
pela Autoridade da Igreja dada por Cristo ao Santo Padre o Papa (Mt16) esses
homens perderam o direito de administrar os sacramentos e celebrar a missa.
Isso engloba também as igrejas católicas brasileiras, cujos padres não tem
autoridade para consagrar.
Portanto, a Ceia protestante é apenas
um memorial. Uma lembrança da última Ceia. Não há presença real de Cristo. Não
há Eucaristia. Ali por mais respeitável que seja, é uma simples representação.
Por isso, substituem as vezes o vinho pelo suco de uva e a Hóstia (que quer
dizer vítima em grego) que é o pão sem fermento, (conforme o costume judaico Êxodo12,
1-20 e que Jesus conservou), pelo pão simples fermentado. Pastor nenhum pode
consagrar a Eucaristia. Isso só acontece na Igreja Católica sendo ela a Católica
Romana ou a Católica Orientais cujas mantém a sucessão apostólica e estão em
comunhão com o Papa.
OS VASOS SAGRADOS DA MISSA E OBJETOS LITÚRGICOS
Hoje em dia, os vasos sagrados são
chamados os utensílios do culto litúrgico que se encontram no contato direto
com a Eucaristia. Como são sagradas, são usadas apenas para esse fim e devem
ser abençoadas pelo bispo ou por um sacerdote. Além disso, eles devem ter a
dignidade necessária para realizar a Santa Missa.
Chamam-se «vasos sagrados» aos
diversos recipientes utilizados na celebração litúrgica: cálice, patena, cibório, píxide, ostensório, custódia, galhetas, âmbulas…
Alguns deles são particularmente importantes como o cálice e a patena «que
servem para oferecer, consagrar e comungar o Pão e o vinho»
O cibório significa «caixa». Vem do grego, pyxis (caixa de madeira de buxo). Nos livros litúrgicos, é mais ou menos sinónimo de patena, o vaso sagrado coberto com uma tampa, para conservar o Sagrada Reserva (Pão eucarístico).
Galhetas – são
2 recipientes onde se coloca a água e o vinho.
Os
turíbulos mais antigos conhecidos em Portugal, foram construídos em cobre e
datam do século XIII.
São
compostos por duas partes: o vaso, com um pé alto, onde são colocados as brasas
e o incenso, e o opérculo, tampa com orifícios através da qual se escoam os
fumos do incenso.