É preciso ficar bem claro que o espiritismo (bem como suas derivações)
contradiz a doutrina católica em muitos pontos, sendo impossível a um católico
ser também espírita.
O espiritismo nega pelo menos 40 verdades da fé cristã:
1. Nega o mistério, e ensina que tudo pode ser compreendido e
explicado.
2. Nega a inspiração divina da Bíblia.
3. Nega o milagre.
4. Nega a autoridade do Magistério da Igreja.
5. Nega a infalibilidade do Papa.
6. Nega a instituição divina da Igreja.
7. Nega a suficiência da Revelação.
8. Nega o mistério da Santíssima Trindade.
9. Nega a existência de um Deus Pessoal e distinto do mundo.
10. Nega a liberdade de Deus.
11. Nega a criação a partir do nada.
12. Nega a criação da alma humana por Deus.
13. Nega a criação do corpo humano.
14. Nega a união substancial entre o corpo e a alma.
15. Nega a espiritualidade da alma.
16. Nega a unidade do gênero humano.
17. Nega a existência dos anjos.
18. Nega a existência dos demônios.
19. Nega a divindade de Jesus.
20. Nega os milagres de Cristo.
21. Nega a humanidade de Cristo.
22. Nega os dogmas de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade
perpétua, Assunção, Maternidade divina).
23. Nega nossa Redenção por Cristo (é o mais grave! ).
24. Nega o pecado original.
25. Nega a graça divina.
26. Nega a possibilidade do perdão dos pecados.
27. Nega o valor da vida contemplativa e ascética.
28. Nega toda a doutrina cristã do sobrenatural.
29. Nega o valor dos Sacramentos.
30. Nega a eficácia redentora do Batismo.
31. Nega a presença real de Cristo na Eucaristia.
32. Nega o valor da Confissão.
33. Nega a indissolubilidade do Matrimônio.
34. Nega a unicidade da vida terrestre.
35. Nega o juízo particular depois da morte.
36. Nega a existência do Purgatório.
37. Nega a existência do Céu.
38. Nega a existência do Inferno.
39. Nega a ressurreição da carne.
40. Nega o juízo final.
Em 1953, os Bispos do Brasil disseram que o espiritismo é o desvio
doutrinário “mais perigoso” para o país, uma vez que “nega não apenas uma ou
outra verdade da nossa fé, mas todas elas, tendo, no entanto, a cautela de
dizer-se cristão, de modo a deixar, a católicos menos avisados, a impressão
erradíssima de ser possível conciliar catolicismo com espiritismo”
(Espiritismo, orientação para os católicos, D. Boaventura Kloppenburg, Ed.
Loyola, 5ªed, 1995,pag.11).
O Concílio Vaticano II no decreto Apostolicam Actuositatem pede:
Gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, este
Concílio exorta de coração todos os leigos que assumam mais conscientemente
suas responsabilidades na defesa dos princípios cristãos” (AA,6).
Em que pese a doutrina da Igreja, bem como a sua Tradição e o seu
Magistério, mostrarem a radical incompatibilidade entre o Cristianismo e o
espiritismo, muitos “católicos”, fracos na fé e pouco conhecedores da doutrina,
teimam em persistir neste sincretismo perigoso. Vão à missa e ao culto
espírita, como se isto não fosse proibido pela fé católica.
É preciso ficar bem claro que o espiritismo (bem como suas derivações)
contradiz “frontalmente” a doutrina católica em muitos pontos, sendo, portanto,
impossível a um católico ser também espírita.
Espiritismo: teoria ou religião?
Por Dom Paulo Sérgio Machado, bispo de São Carlos, SP – 1º de fevereiro
de 2012
Nós encontramos, na história, vários codificadores de teorias. E
teoria, segundo o Aurélio, é o conjunto de princípios fundamentais de uma arte
ou ciência. Marx codificou as teses socialistas; Adam Smith, as capitalistas;
Charles Darwin, as evolucionistas; Allan Kardec, as espiritistas. Cada um no
seu campo específico.
Allan Kardec, por exemplo, preocupado com a vida após a morte, defendia
a tese da reencarnação, fundado num princípio de “nova chance”, talvez
preocupado com a condenação eterna. Foram muitos os seus seguidores e,
principalmente no Brasil, o espiritismo assumiu características de religião. E
o vasto tempo de apologética da Igreja católica contribuiu para isso. Daí os
espíritas terem sido estigmatizados pelos católicos como hereges.
No meu ponto de vista, três coisas devem ser consideradas. Primeiro,
que toda religião tem doutrina e culto. O espiritismo tem doutrina e não tem
culto. Daí ser uma teoria e não uma religião. Basta ver que os espíritas estão
mais ligados à Igreja Católica. Dificilmente se encontra um espírita
evangélico, isto é, protestante. Eles fazem questão de batizar os filhos na
Igreja Católica, casar na Igreja Católica e chegam até encomendar missa de
sétimo dia, na igreja Católica, para os familiares falecidos.
Em segundo lugar, o que leva uma pessoa a ser espírita? São várias as
razões: uns, por tradição: os pais são espíritas, os avós foram espíritas.
Outros porque procuram respostas imediatas para questões insolúveis: a morte,
por exemplo. Quando uma “alma” envia mensagens, ela, de certa forma, alivia o
sofrimento dos que ficaram. Se um filho perdeu a mãe, indo ao centro espírita,
julga que se “comunica” com ela, isso serve de alívio para ele.
E, em terceiro lugar, onde o espiritismo se desenvolveu? Nos países
subdesenvolvidos. Não se fala de espiritismo, por exemplo, na Europa. Lembro-me
que, uma vez, numa visita ad limina – visita que os bispos fazem ao Papa – um
bispo brasileiro tentava falar do crescimento do espiritismo no Brasil. E o
Papa não conseguia entender o que era o espiritismo de que o bispo falava. É,
de certa forma, o “animismo” que caracteriza o “africanismo” e seus cultos.
A única coisa que, no espiritismo, contraria a Igreja Católica é a
teoria da reencarnação. Isso porque ‘bate de frente’ com a fé na ressurreição.
Eu chamaria isso de “atalho”, E o que é um “atalho”? O dicionário vem em nosso socorro: “caminho
que encurta a distância entre dois pontos”. No mundo moderno temos muitos
atalhos: o quebra-molas, por exemplo. É mais fácil colocar um obstáculo na
estrada do que educar para o trânsito; o preservativo: é mais fácil recomendar
o seu uso do que promover uma educação para a castidade. Assim, a reencarnação:
é mais fácil “dar uma chance” à alma penada do que exigir dela, em vida, uma
conversão.
Outro aspecto relevante no espiritismo é a caridade. Os espíritas são
caridosos, isto é, promovem a caridade como forma de purificação. Basta ver o
exemplo de Chico Xavier. Inúmeras foram as obras de caridade por ele
sustentadas. Apesar de seu “status” de médium famoso, procurado por tanta
gente, viveu e morreu pobre. Talvez tenha sido esta a “isca” para atrais tantos
admiradores. Com certeza, foi isso que fez dele o “papa” do espiritismo.
A Sagrada
Escritura proíbe o Espiritismo?
Sim, a Sagrada Escritura proíbe o Espiritismo. Nela encontramos não
apenas ensinamentos contrários, mas, também a proibição expressa de Deus no que
se refere aos espíritas, às adivinhações, à cartomancia, à bruxaria, feitiçaria
e magia. Vamos aos textos da Sagrada
Escritura que fala sobre essas proibições:
“Não se ache no meio de ti quem faça passar
pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à
astrologia, aos agouros, ao feiticeiros, à magia, ao espiritismo, à adivinhação
ou à evocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão
a essas práticas…” (Deutr
18,9-13).
Essas palavras da Bíblia são muito claras e fortes e não deixam dúvida
sobre a proibição “radical” de Deus a todas as formas de ocultismo e busca de
poder ou de conhecimento fora da vontade de Deus. E isto é um perigo para a
vida cristã, porque “contamina” a alma. Deus “abomina” aqueles que se dão a
essas práticas, diz a Palavra de Deus. Abomina quer dizer, detesta, odeia,
rejeita. Não consigo imaginar nada pior nesta vida do que uma pessoa ser
abominável a Deus, por própria culpa.
O livro do Levítico traz a mesma condenação:
“Não vos dirijais aos espíritas nem aos
adivinhos: não os consulteis para que não sejais contaminados por eles”. (Lev 19,31).
Essa “contaminação” espiritual é perigosa para o cristão. Por se tratar
de um pecado grave, essa prática o coloca sob a influência e dependência do
mundo tenebroso dos demônios.
A primeira consequência para a pessoa que se dá a essas práticas
proibidas, é um “esfriamento” espiritual. Começa a esfriar na fé, deixa a
oração, os sacramentos, e torna-se fraco na fé, na esperança e na caridade,
até, digamos, morrer espiritualmente.
Se você entra num ambiente espírita, de macumba, candomblé, etc, mesmo
que seja apenas por curiosidade, “sem maldade”, você está pecando e
colocando-se sob o jugo do demônio. Neste assunto, é a “curiosidade” que leva
muitos católicos ao pecado.
Sabemos que o demônio pode se fazer presente nesses ambientes, já que a
Igreja nos garante que nenhum “espírito” dos mortos andam perambulando pelo
mundo e, muito menos “baixando” em lugar algum. Os espíritos que baixam nesses
“centros”, se baixam, são certamente espíritos malígnos.
Repete a Palavra de Deus, pelo livro do Levítico:
“Se alguém se dirigir aos espíritas ou aos
adivinhos para fornicar com eles, voltarei o meu rosto contra esse homem…” (Lev 20,6).
Por “adivinhos” devemos entender todas as formas de se buscar o
conhecimento de realidades ocultas, conhecer o futuro, etc. Entre essas
práticas estão, entre outras, a invocação dos mortos (necromancia), a leitura
das mãos (quiromancia), a astrologia, os búzios, cartomancia, consultas aos
cristais, tarôs, numerologia, etc.
Uma verdade bíblica que todo católico precisa saber, é o que disse São
Paulo aos coríntios:
“As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas
aos demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios.
Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não
podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou
quereis provocar a ira do Senhor?” (1 Cor 10,20-22).
Qual é o grande ensinamento que esta Palavra
nos traz?
Que todo culto que se presta a uma entidade espiritual, é recebido ou
por Deus ou por Satanás. Como os pagãos não prestam o seu culto a Deus, então,
por exclusão, quem o recebe é o demônio. Daí podermos entender porque Deus
abomina aqueles que se dão a essas práticas pagãs já citadas. Neste caso, Deus
é rejeitado, é traído. E daí podemos entender também porque o “ambiente” fica
propício à presença e manifestação do Mal.
O Antigo Testamento está repleto da “fúria” de Deus para com o seu povo
eleito, quando esse povo “prevaricava”, isto é, praticava a idolatria. Nessas
situações, Deus abandonava o seu povo nas mãos dos seus inimigos, que os vencia
nos combates, e muitas vezes os escravizava. O socorro de Deus só chegava
depois que o povo se arrependia do mal que praticara. Pela boca do profeta
Jeremias o Senhor diz:
“Eu os condenarei pelos males que cometeram,
por me haverem abandonado, ofertando incenso a outros deuses e adorando a obra
de suas mãos” (Jer 1,16).
“Ó céus, plasmai, tremei de espanto e horror…
Porque o meu povo cometeu uma grande perversidade: abandonou-me, a mim, fonte
de água viva, para cavar cisternas, cisternas fendidas que não retém a água.”(Jer
2,11´13).
E o povo de Deus tinha plena consciência de que era a prática da
idolatria que atraia sobre ele os castigos:
“Porque decretou o Senhor contra nós todos
esses flagelos? Qual é o pecado, qual é o crime que cometemos contra o Senhor
nosso Deus? Tu lhe dirás: É que vossos pais me abandonaram, oráculo do Senhor
para correr após outros deuses, rendendo-lhes um culto e diante deles se
prosternando. E porque me abandonaram e deixaram de cumprir a minha lei, e
porque vós mesmos fizestes pior que vossos pais, cada qual, sem me ouvir,
obstinou-se em seguir as más tendências de seus corações. Assim,
expulsar-vos-ei desta terra para vos lançar numa terra que não conhecestes, nem
vós, nem vossos pais. Lá, dia e noite, rendereis culto aos deuses estranhos,
porque eu não vos perdoarei” (Jer16,10´13).
Sabemos a exemplo do Evangelho que os mortos não podem voltar a esse mundo. Eles não tem permissão divina para tal. Uma vez passada a vida aqui na terra não há como retornar a não ser no último dia. Como exemplo, Jesus contou a parábola do homem rico e do pobre Lázaro.
Lucas 16:19-31
Sabemos a exemplo do Evangelho que os mortos não podem voltar a esse mundo. Eles não tem permissão divina para tal. Uma vez passada a vida aqui na terra não há como retornar a não ser no último dia. Como exemplo, Jesus contou a parábola do homem rico e do pobre Lázaro.
Lucas 16:19-31
Ora,
havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos
os dias regalada e esplendidamente.
Havia
também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta
daquele;
E
desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios
cães vinham lamber-lhe as chagas.
E
aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão;
e morreu também o rico, e foi sepultado.
E
no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e
Lázaro no seu seio.
E,
clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que
molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama.
Disse,
porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e
Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E,
além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para
cá.
E
disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois
tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também
para este lugar de tormento.
Disse-lhe
Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E
disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles,
arrepender-se-iam.
Porém,
Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão,
ainda que algum dos mortos ressuscite.
[ Jesus
nos ensina que as almas dos mortos não voltam a esse mundo. Nem que seja para alertar-nos
sobre alguma coisa. As almas que estão no céu ou no inferno estão em um lugar
intransponível, isto é fora desse plano.
Ao
contrário dos demônios que são seres espirituais ou anjos caídos que possui o
poder de influenciar a vida de uma pessoa “se ela o permitir”.
Porque
há incorporações desses seres espirituais nos médios nos “pais de santo”?
Porque os mesmos dão chances para esses
espíritos incorporarem em si mesmos.
A
Sagrada Escritura diz que o diabo é o pai da mentira. Sim, ele faz de tudo para
tomar as almas de Deus e para levar as pessoas à perdição. Sendo mentiroso ele
vem como espírito de luz, mas, não é. Passa-se por um ente querido que já faleceu,
mas, não é.
E
mais, ele opera tantos milagres como se fosse um santo. Esses demônios fazem
curas tanto quanto aqueles que têm fé, mas seu intuito é levar a pessoa ao desespero
e à perdição eterna.
Nos
terreiros de macumba incorpora como “Pomba gira”, “Zé pilintra”, “Maria mulambo”,
“Preto Velho”, “Tranca-rua”, etc.
Nos
centros espíritas (de doutrina Kardecista) chamados de “mesa branca” manifestam-se
como espíritos de falecidos em seus médiuns, se passando como espíritos de luz
ou anjos bons, que na verdade é pura
enganação do demônio.
Quando
um médium chama pela alma de um falecido, não é a alma que desce, ou que lhe
incorpora, pois, ela não tem poder para vir a esse mundo; é o próprio diabo que
se faz passar por aquele(a) pessoa. ]
Nos Atos dos Apóstolos, S. Lucas conta que S. Paulo
expulsou um “espírito de adivinhação” de uma moça escrava que, com suas
adivinhações dava muito lucro a seus senhores. Disse S. Paulo a esse espírito
de adivinhação:
“Ordeno-te em nome de Jesus Cristo que saias
dela”. “E na mesma hora saiu” (At 16,16´18).
É óbvio que S. Paulo não falara a um “fantasma” ou a algo inexistente,
apelando para a autoridade do Nome de Jesus. São Paulo expulsou da escrava um
demônio, um espírito de adivinhação que estava na moça e dava-lhe o poder de
adivinhar.
Isso muitas vezes ocorre nos centros espíritas e nos terreiros de
macumba. O demônio sabe se “transfigurar em anjo de luz” (II Cor 11,14), como
nos alerta São Paulo. E muito católico mal informado cai nas armadilhas do
Espiritismo. O Diabo é um anjo, embora decaído, conserva os seus poderes
superiores aos nossos. Sua inteligência é muito mais perfeita que a dos homens.
E ele faz também os seus “milagres”. Basta ler o que São Paulo fala na carta
aos tessalonicenses:
“A
manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a
sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará de todas as
seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à
verdade que os teria podido salvar” (2 Ts 2,9-10).
O Catecismo da Igreja Católica:
“Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a
Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que
erroneamente se supõem “descobrir” o futuro. A consulta aos horóscopos, a
astrologia, a quiromancia (leitura das mãos), a interpretação de presságios e
da sorte, os fenômenos de visão (bolas de cristais), o recurso a médiuns
escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente
sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes
ocultos. Estas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso
temor, devemos exclusivamente a Deus” (N° 2116).
“O espiritismo implica frequentemente práticas de adivinhação ou de
magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo” (N° 2117).
Os católicos que se deram a essas práticas condenadas pela Igreja podem
e devem abandoná-las com urgência. Devem procurar um sacerdote, fazer uma
confissão clara dos seus pecados e prometer a Deus nunca mais se dar a essas
práticas.
É preciso também destruir todo material (livros, imagens, gravuras,
vestes, etc) usadas e consagradas nesses cultos.
O pecado dessas práticas é contra o primeiro mandamento da Lei de Deus:
“Amar a Deus sobre todas as coisas”. A gravidade está no fato da pessoa ir
buscar poder, fama, dinheiro, consolação, etc, num lugar e numa prática não
permitida por Deus e pela Igreja. Isto ofende a Deus.
Essas práticas eram usadas na Mesopotâmia antiga, no Egito, entre os
povos de Canaã, enfim, entre os pagãos, e eram terminantemente proibidas por
Deus ao seu povo.
Parece que hoje, grande parte do povo, volta ao paganismo e às suas
práticas idolátricas. Isto nega o Cristianismo. A Igreja, como Mãe bondosa e
cautelosa não quer que os seus filhos se percam.
Pontos de contradição da doutrina espírita com a doutrina Católica e a Sagrada Escritura :
a) A Igreja Católica admite a possibilidade do Mistério e aceita
Verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus.
O espiritismo proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.
O espiritismo proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.
b) O católico instruído crê que somente Deus pode
fazer milagres.
O espiritismo rejeita a possibilidade de milagres
e ensina que Deus também deve obedecer as leis da natureza.
c) A Igreja crê e ensina que a Bíblia foi
inspirada por Deus e, portanto, não pode conter erros em questão de fé e moral.
O espiritismo declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e
que esta nunca foi inspirada por Deus.
d) A Igreja crê e professa como verdade de fé
que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que
pudessem transmitir fielmente a sua doutrina.
O espiritismo declara que os apóstolos e seus
sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto
transmitiram está errado ou foi falsificado.
e) A Igreja Católica crê que o papa, sucessor
de São Pedro, é infalível em questões de fé e moral.
O espiritismo declara que os papas só espalharam o erro e a
incredulidade.
f) A Igreja professa e crê que Jesus instituiu
a Igreja para continuar a sua obra.
O espiritismo declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo
estava inutilizada e perdida.
g) A Igreja ensina que Jesus ensinou toda a
Revelação e que não há mais nada para ser revelado.
O espiritismo proclama que o Espiritismo é a terceira revelação, destinada
a retificar e até mesmo substituir o Evangelho de Cristo.
h) A
Igreja crê e professa o mistério da Santíssima Trindade.
O espiritismo nega esse augusto mistério.
i) A Igreja professa e crê que Deus é o Criador
de tudo, Ser pessoal, Onipotente distinto do mundo.
O espírita afirma que os homens são partículas de Deus (verdadeiro
panteísmo).
j) A Igreja crê que Deus criou a alma humana no
momento de sua união com o corpo.
O espírita afirma que nossa alma é resultado de lenta e longa evolução,
tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal. (Crença pagã egípcia)
l) A Igreja ensina que o homem é uma composição
substancial entre corpo e alma. Conforme nos é ensinado pela Sagrada Escritura.
O espiritismo afirma que é composto entre perispírito e alma e que o
corpo é apena um invólucro temporário, um “alambique para purificar o
espírito”.
m) O cristão-católico obedece a Deus que, sob
severas penas, proibiu a evocação dos mortos.
O espírita faz desta evocação sua religião.
n) A Igreja ensina crê baseada na Sagra
Escritura na existência dos anjos e demônios.
O espiritismo afirma que não há anjos, mas espíritos evoluídos e que
eram homens; que não há demônios, mas apenas espíritos imperfeitos que
alcançarão a perfeição.
o) A Igreja professa crê que Jesus Cristo é
verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima
Trindade.
O espiritismo nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que
Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
p) A Igreja crê e professa Jesus é verdadeiro
homem, com corpo real e alma humana.
Grande parte dos espíritas afirma que Cristo tinha apenas um corpo
aparente ou fluídico. Ou que Jesus era apenas uma espírito perfeito.
q) A Igreja ensina e crê que Maria é a Mãe de
Deus, Imaculada e assunta ao céu.
O espírita nega e ridiculariza todos os privilégios de Maria.
r) A Igreja professa que Jesus veio para nos
salvar, por sua Paixão e Morte.
O espiritismo afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas apenas veio
para ensinar algumas verdades e de modo obscuro; e que cada pessoa precisa
remir-se a si mesma.
s) A Igreja crê que Deus pode perdoar o pecador
arrependido.
O espiritismo afirma que Deus não pode perdoar os pecados sem que se
proceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador, sempre em
novas reencarnações.
t) A Igreja ensina e crê nos Sete Sacramentos e
na graça própria de cada Sacramento.
O espiritismo não aceita nenhum Sacramento, nem mesmo o poder da graça
santificante.
u) A Igreja ensina que o homem vive uma só vez
sobre a Terra e que desta única existência depende a vida eterna.
O espiritismo afirma que a gente nasce, vive, morre e renasce, e
progride continuamente (reencarnação).
v) A Igreja ensina que após esta vida exista o
céu e o inferno.
O espírita nega, pois crê em novas reencarnações.
x) A Igreja Católica ensina e crê na
ressurreição dos mortos conforme ensina a sagrada escritura. Ou seja, que uma
vez morremos, depois virá o juízo, e Deus nos ressuscitará no último dia. ( Hb9, 27)
O espiritismo nega a ressurreição e prega a reencarnação. A
reencarnação é oposta a ressurreição porque ensina que os espíritos para
alcançar a perfeição (como uma espécie de pena) deve irem se reencarnando neste
mundo quantas vezes forem necessárias até conseguirem a perfeição. E para isso
é necessário aceitar os sofrimentos, pois, estes são uma espécie de “purgatório”
para os espíritos, que eles chamam de “carma”.
Nós católicos não podemos aceitar de forma alguma a doutrina espírita
sob vários aspectos impactantes da nossa fé. Só o fato dessa doutrina negar a divindade
de Nosso Senhor Jesus Cristo, isso é um grave problema pois, que nega a Cristo
como Filho de Deus será condenado – Jo3, 18.
Outro ponto fundamental é a reencarnação como lemos acima. Se acreditarmos
que existe a reencarnação, teremos que negar a ressurreição; negar a ressurreição
é negar que Jesus tenha sido morto e ressuscitado e que pela sua morte ressurreição
somos salvos. 1Cor15, 14. Quem nega a ressurreição e crê na reencarnação não
pode ser considerado cristão. Pois, assim está escrito:
“Eu sou
a ressurreição e a vida”. “Aquele que crê em mim, mesmo morto viverá!” Jo11, 25.
Outro fato grave é negar a Santíssima Trindade. A doutrina espírita é
uma blasfêmia contra o Espírito Santo, porque pregando a reencarnação nega o
poder santificador do Espírito Santo que faz de cada alma em individual um ser
único pertencente a Deus. Essa alma que após deixar esse mundo conserva todos
os traços da santidade conferidas a ela pelo Espírito Santo no batismo e faz
com que ela se torne santa e aguarde o juízo final. Quem blasfemar contra o
espírito santo não terá perdão. Mc 3, 28-30
Nós católicos não podemos seguir o espiritismo. Muitos simpatizam com
eles porque são muitos caridosos. Ou de certa forma em algum momento frágil por
ocasião da perda de um ente querido há quem busque auxilio de médiuns para
consultar os mortos. Mas, pense bem o católico que procurar esse tipo de coisa
automaticamente deixa de ser católico.
A censura da excomunhão recai sobre os espíritas ipso facto, isto é,
pelo mesmo fato de aderirem à doutrina espírita. São, portanto, eles mesmos que
se excluem da comunhão dos fiéis.
A Igreja é apenas consequente e coerente com o que eles próprios
preferiram, escolheram e provocaram com sua contumaz e obstinada desobediência.
Mas a Igreja está também sempre disposta e pronta a tornar a
recebê-los, logo que acabar a contumácia do desobediente.
Cân. 2242 § 3: “Considera-se
terminada a contumácia, quando o réu se arrepender verdadeiramente do crime
cometido e ao mesmo tempo der, ou ao menos seriamente prometer, côngrua
satisfação pelos danos e escândalos; Mas, ao julgar se é ou não verdadeira a
penitência, côngrua a satisfação, ou séria a sua promessa, pertence a quem se
pede a absolvição da censura”.
Fim ...
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