Caros irmãos em Cristo. Paz e bem. Uma postagem de um vídeo nas
redes sociais do pastor Cláudio Duarte sobre a Virgem Maria tem chamado a
atenção.
Esse é o mesmo pastor protestante que em uma de suas
entrevistas nas redes sociais disse ter inspirado suas pregações a exemplo do
saudoso Padre Léo da Comunidade Canção Nova.
Só ficou na inspiração porque se tivesse mesmo tomado o
exemplo do saudoso Padre Léo jamais poderia dizer tanta bobagem; na verdade se
tornou a "cinderela às avessas". E muitos católicos ao escutar e ver
suas pregações acham que ele está dizendo maravilhas. Inclusive, as palavras
que ele diz ao elogiar Maria em alguns aspectos não tira dele o sentimento
protestante de logo depois concluir que ele está certo e que nós católicos estamos
errados porque para ele ou qualquer protestante Nossa Senhora continua sendo
uma mulher qualquer. É como aquela mãe que na recusa do filho por aceitar a
chupeta coloca mel ou açúcar para induzir e fazer o bebê aceitar.
Essa atitude também foi usada por satanás quando tentou
Jesus. Satanás não usou suas palavras para tentar Jesus. Satanás usou de má fé
a Sagrada Escritura citando os Salmos. Assim os falsos profetas, os falsos
pastores também tentam convencer as pessoas iludindo-as e persuadindo-as com frases
e versículos paralelos da Escritura. Os menos entendidos, os que não procuram
estudar ou beber da fonte segura que a Igreja oferece, inclusive pelo Catecismo
são os que mais caem na lábia desses falsos mestres.
"Pois virá o tempo em que alguns não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, segundo os seus próprios desejos, como quem sentindo
uma comichão nos ouvidos, se rodearão de mestres. Desviarão os ouvidos da
verdade, orientando-se por fábulas". (2Timóteo 4, 3-4).
Esse pastor tem arrastado muitas pessoas para ouvir e ver
suas pregações das quais muitas contém heresias, erros que para nós Católicos
são erros teológicos graves e que a uma pessoa de pouco conhecimento é capaz de
semear a dúvida e induzir à pessoa a um conhecimento que não está de acordo nem
com a Sagrada Escritura, nem com a Sagrada Tradição e nem com o que a Igreja
ensina.
Aqui quero chamar atenção de vocês para estar atentos pois,
nem tudo o que ouvimos e vemos por aí daqueles que se acham os “donos da
verdade” e que procuram de certa forma influenciar as pessoas pelas redes
sociais não estão muitas vezes preocupados com a verdade evangélica, mas, em,
arrastar seguidores e conseguir fama a qualquer custo.
No vídeo ele fala que não aceita que Nossa Senhora seja Mãe
de Deus, "como pode Maria ser mãe de alguém mais velho que ela?"
(...) diz o pastor.
O que ele não sabe em que o que ele chama de "puxa daqui e puxa dali" é só do lado dele porque do nosso lado, da nossa parte, nós católicos entendemos bem e nunca desmerecemos a pessoa da Virgem Maria e a temos grande apreço. A veneramos como nossa Mãe, Mãe de Deus e da Igreja, tal como nos tem ensinado os Apóstolos e os Pais da Igreja desde os primeiros séculos.
Nós amamos e veneramos a Virgem Maria como o ser mais puro
precioso que Depois de Deus veio à terra. Ela foi escolhida por Deus, sonhada
por Deus e contribuiu com seu sim generoso em favor de toda a humanidade para nossa
salvação.
Ela caminhou com Jesus, foi a mulher do silêncio
"meditava e guardava todas as coisas no seu coração" Lucas 2, 19. O
que Jesus sofreu na carne ela sofreu em seu coração. Ela é chamada de a
Corredentora, porque ela ajudou a Deus no seu plano de redenção, caminhando com
Jesus desde o seu nascimento até a Cruz. Quis participar deste mistério cumprindo
o seu fiat generoso dado a Deus. (Lucas 1, 38) - Chamamos de a "plena de
graça" porque assim Deus a escolheu como a bendita entre todas as mulheres
porque em nenhuma outra criatura há tamanha benevolência e conforme ela mesmo
disse "o Senhor fez em mim granes coisas" Lucas 1, 49 - por causa
dele "todas as gerações me chamarão de bem-aventurada!" - Lucas 1, 48
(...)
Se veneramos Nossa Senhora, se a temos como nossa mãe e
intercessora não é por causa dela, mas, por causa dele, seu filho Jesus Cristo.
Nenhuma outra mulher pôde ser Mãe de Deus e nenhuma outra teve o privilégio de
ter um Deus lhe chamando de mãe.
Se o pastor acha tão errado e não compreende que Maria seja
Mãe de Deus deverá rasgar a sua Bíblia. Porque a mesma Escritura atesta que: Na
árvore do Éden, a mulher, Eva, corrompeu toda a humanidade pela desobediência. A
morte e o pecado entraram na humanidade ao comer o fruto da árvore do bem e do
mal e dando a Adão, seu esposo. (Gêneses 3, 6-13).
Por causa da desobediência de uma mulher perdemos a filiação
de Deus. Por causa da desobediência de um homem Adão a humanidade caiu no
pecado, por meio de um homem Jesus, pela sua obediência e sua morte na cruz, a
humanidade foi salva.
Na antiga criação Deus havia um homem e uma mulher, Adão e
Eva. Na Nova Criação também há um homem e uma mulher, Jesus e Maria - Jesus, o
filho de Deus, chamado por São Paulo de o "novo Adão". Jesus salvou a
humanidade por meio de um único e verdadeiro sacrifício.
Maria chamada de a "nova Eva" pelo seu sim, pela
sua obediência (Lc1, 38) - tornou-se
serva obediente colaborou em tudo para a nossa salvação. Por isso lhe chamamos
de Corredentora no sentido de que ela colaborou junto de seu filho e nosso
Senhor Jesus Cristo para nossa salvação. Quem não entender isso não pode ser
considerado cristão porque esta é a verdade contida na Sagrada Escritura.
Na árvore da Cruz,
pela obediência de uma mulher, Maria, Jesus o Filho de Deus restaura-nos a
condição de filhos e nos dá Maria por Mãe na figura de São João. (João 19,
25-27). E no início da Igreja estava Maria presente junto aos Apóstolos, (Atos
1, 12-14) no Cenáculo à espera do Espírito Santo.
Por meio de Eva a
perdição entrou no mundo; por meio de Maria a Salvação entrou no mundo. O que
Eva fez desobedecendo, Maria fez obedecendo. São Paulo aplica as mesmas
proporções a Jesus chamando-o de o "Novo Adão", para explicar que um dia
Adão pecou pela desobediência, Jesus salvou a todos pela obediência até a morte
e morte de Cruz e por isso não há outro nome maior que não seja o nome de
Jesus. (Filipenses 2,9) A teologia chama Maria de "Nova Eva", porque
Cristo é o "Novo Adão". (1Coríntios 15, 45-57)
Claro, que isto é uma
linguagem figurada. Maria não é reencarnação de Eva e nem Jesus é reencarnação
de Adão. É para nos fazer entender que tipo de missão ela teve ao aceitar ser a
Mãe de Cristo obediente colaborou com a obra de redenção da humanidade e por
isso, se tornou corredentora, ou seja,
participante com Cristo no mistério da Salvação; ela aponta para Cristo, como em Caná diz:
"fazei tudo o que ele vos disser". (João 2, 5) Maria não atrai nossos
olhares para si, mas ela nos aponta o caminho. Ela não ofusca a luz de Deus,
pelo contrário, ela quer que essa luz brilhe cada vez mais em nós através de
Jesus.
Vou descrever a fala deste
pastor para que possamos entender e ver se isto está correto ou não de acordo
com o que ensina a Igreja e a Sagrada Escritura:
“Se tem uma coisa que odeio são as extremidades quando o
assunto é Maria. Me perdoe os católicos aqui presentes e os protestantes
também.”
“Porque pra mim são dois sem noção muitas vezes. O primeiro (os protestantes), porque quer dizer Maria não é ninguém: Ah! Maria era uma mulher comum. Você é louco de dizer que Maria é qualquer uma? Maria foi a única mulher que pisou nessa terra e teve o privilégio de ouvir o Filho de Deus lhe chamar de mãe. Que história é essa? O anjo disse a ela: Salve, agraciada! O Senhor é contigo! Bendita és vós entre as mulheres”.
“Então estes protestantes ficam dizendo que Maria é qualquer uma vai ler a Bíblia meu filho!”
“Agora também os católicos. Maria não pode ser Mãe de Deus, gerou Jesus extraordinário não pecou quando se relacionou com José e não fez nenhum pecado. Porque ela não pode ser Mãe de Deus porque Deus é mais velho. Você só pode ser mãe de quem é mais novo. “DAANHHH”...
“Então é um puxando para um lado e outro, puxando para o
outro. Maria pra mim foi a mulher mais importante que recebeu a melhor missão.
A Moisés Deus entregou seu povo. A Davi Deus entregou seu reino. Aos profetas,
sua palavra e a Maria e a José seu Filho.”
“Então lave sua boca antes de falar desse casal, se não sabe
falar fica quieto; agora não bote no lugar também que não tá”[...]
Como lemos a fala do pastor, ele não está de todo errado. O
que ele fala de Maria parece bonito, mas é um engodo; uma artimanha para causar
boa impressão cativar a opinião das pessoas principalmente os católicos.
Veja, que quem agiu assim foi o diabo quando seduziu Eva a desobedecer a Deus usou de palavras de persuasão. O diabo é um lobo à espreita esperando a vítima. Ele age por sedução, mostra o mal como se fosse bom. Assim é a astúcia dos falsos profetas. Não sou eu que digo é o próprio Jesus que diz que "são lobos disfarçados de ovelhas". "Cuidado para que ninguém vos seduza!" (Mateus, 24, 4) - "Não sigais essa gente!" (Lucas21,8)
Na postagem ele diz que os protestantes erram em dizer que Maria é uma mulher qualquer e que não é assim e que os protestantes devem agir, devem respeitar Maria, ler mais a Bíblia, etc. Até aí podemos concordar com ele. Mas qual é o propósito? Será que é mesmo com o propósito de fazer os protestantes enxergarem que estão agindo errado?
Claro que não. O
propósito deste senhor é acusar os cristãos católicos e dizer "olha vocês
estão errados, Maria era especial, mas, não era assim não, ela pecou, teve
outros filhos, não é Mãe de Deus"... É uma acusação diferente, disfarçada
de elogio, parece boa no início mas é maliciosa. É como se você entrasse no
restaurante e pedisse ao garçom uma comida e ele trouxesse um macarrão ao
molho, o macarrão está estragado, então o molho em cima está lindo, mas por
baixo não é nada daquilo que você esperava, a comida vai para o lixo. Assim é a
fala desse pastor nada mais que uma comida ruim, estragada apresentada com um
belo molho por cima.
Nós não podemos concordar, aceitar quando a Igreja é atacada
em pontos em que são contrários à nossa Fé, ao que a Igreja ensina e a Sagrada
Escritura, pois, aqui vamos esclarecer
baseado na verdade e segundo nos ensina a Igreja por meio do Catecismo da
Igreja Católica e da Sagrada Escritura:
Maria é Mãe de Deus.
Porque chamamos de Mãe de Deus?
Quando o Pastor diz que nós católicos estamos errados porque
dizemos e cremos e professamos que Maria é Mãe de Deus. Segundo ele estamos
errados porque Maria não pode ser Mãe de alguém (Deus) que é velho.
A pergunta é: Onde e quando o pastor conseguiu contar a idade de Deus para saber se ele é velho ou novo? Então o Deus desse senhor não é o mesmo Deus das Escrituras porque o Deus das Escrituras é eterno não envelhece. O tempo, o calendário só existe para nós, as coisas criadas, não para Deus. Deus está além do nosso tempo. A Bíblia fala que Mil anos é para Deus como um dia. (2Pedro 3, 8).
Quem é Deus? Deus é
espírito, perfeitíssimo, eterno, criador do Céu e da terra e de todas as coisas
visíveis e invisíveis. Ele é nosso criador e nosso Senhor. Sendo eterno não tem
princípio nem fim. Ou seja, para Deus não há contagem de tempo. O tempo só vale
para a nossa realidade. A Bíblia quando vai explicar sobre a eternidade de Deus
diz que "mil anos para Deus é como um dia e um dia para Deus é como mil
anos".
Quem é Jesus? Jesus é Deus; o Filho de Deus gerado não
criado, é consubstancial ao Pai. Assim como o Pai é eterno. Ele é o alfa e o
ômega. O princípio e o fim. Ou seja, Jesus e Deus Pai é a mesma pessoa.
Assim professamos no
Credo Nicenoconstantinopolitano:
"Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, / de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, / gerado, não criado, consubstancial ao Pai. / Por ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus".
Jesus é Deus, ele e o Pai é a mesma pessoa (João 10, 30). Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, Jesus é nascido do Pai antes de todos os séculos; isto significa que Jesus já existia antes de ser encarnado. Quanto se encarnou no ventre de Maria, então, Maria torna-se ser a Mãe de Deus.
Deus não tem princípio nem fim, ele é eterno. Não há contagem
de tempo no que se refere a Deus porque ele existe desde toda eternidade (a
eternidade não é algo a ser medido) e diante disso, não há noção de espaço e
tempo de Deus. Ele é o antes, o agora e o depois. Assim ele se apresentou a
Moisés no Sinai, "Eu sou o que sou", ou "Aquele que é",
JAVÉ OU YAWEH.
Então, Deus não é velho, nem novo, nem criança, nem adulto. É por isso que muitos santos tiveram a visão de Jesus Menino. Da mesma forma agem os anjos. Deus se manifesta do jeito que ele quer e da maneira que ele quer.
Nosso Senhor Jesus Cristo quando se encarnou, ele veio dentro de nosso tempo assumiu a natureza humana exceto no pecado, sofreu as nossas fraquezas e para nos salvar aceitou morrer na cruz por nós e, como é Deus no terceiro dia ressuscitou e pelo seu próprio poder subiu ao Céu.
E é por isso professamos que Ele desceu dos céus e se encarnou no ventre de Maria. Para isso Ele a preparou como um vaso limpo, casto e puro, sem mancha sem rachaduras do pecado para que pudesse habitar. Aqui, dentro de nossa realidade como homem ele viveu 33 anos.
Gálatas 4, 4-5; “Quando, porém, chegou a plenitude dos tempos, (ou seja, o tempo estabelecido por Deus), enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sobre a Lei, para resgatar os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial.” Aqui há de se entender que 'se Deus enviou seu Filho ao mundo somos herdeiros da graça, e devolvendo-nos a condição filial de Deus por essa mesma graça somos filhos de Maria' tal como ele estabeleceu antes de sua morte na cruz na pessoa de São João. Nossa Senhora não é apenas a mãe de Jesus, mas, ela é Mãe da humanidade que foi redimida por Ele.
Veja! A Bíblia nos ensina que Jesus que é Deus veio a este
mundo nascido de uma Mulher para que pudéssemos receber a adoção filial. Aqui
está a chave da questão. Por meio de Jesus nós recebemos a adoção filial.
Então, Jesus Cristo que é Deus, desceu ao nosso meio para nos dar a adoção
filial. Somos filhos de Deus pela graça.
Se Jesus que é Deus, é o filho de Maria automaticamente ela se torna nossa Mãe por meio desta mesma graça. Jesus o Filho Unigênito de Deus é nosso “irmão” também pela Graça. E como Jesus é Deus com o Pai e o Espírito Santo ele é eterno. Se é eterno não podemos dizer que Deus é velho ou novo. Aliás, Jesus quando estava neste mundo cumprindo sua missão era jovem.
Veja que a heresia de alguém que se diz ser “pastor”, mas,
não tem um mínimo de raciocínio para entender quem é a pessoa Jesus e que a
Missão de Maria é ser a Mãe de Deus.
Se a base da Fé cristã é que Jesus é o Filho de Deus e, portanto, é Deus junto com o Pai e o Espírito Santo. Se os protestantes também professam esta mesma fé de que Jesus se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria conforme atesta a Sagrada Escritura, e se cremos sem dúvida que O Filho é consubstancial ao Pai e assim participam da mesma natureza divina; se cremos que Jesus é o alfa e o ômega, o princípio e o fim conforme Apocalipse 1, 8, como podemos negar que Maria seja Mãe de Deus?
Então com todo
respeito o pastor Cláudio Duarte, ou ele é ingênuo demais ou desconhece a toda
a base da Teologia cristã para negar essa verdade tão explícita pela Sagrada
Escritura.
Maria é Mãe de Deus. A própria Sagrada Escritura esclarece. Jesus
sendo Deus é eterno. Em Gênesis, quando Deus criou o mundo, na passagem que
fala da criação do homem, o texto aparece no plural. Por quê?
Deus disse: "Façamos o homem a nossa imagem e
semelhança" - Gêneses 1, 26 - que se pode entender? Que ali no ato da
criação estava presente a "Santíssima Trindade" - Deus Pai, Filho e
Espírito Santo.
Já ali, no início a Sagrada Escritura indica-nos a presença de Deus Uno e Trino na Obra da criação. E quando Jesus se fez homem no seio de Maria essa mesma natureza divina estava presente. Jesus não se tornou Deus depois, não! ele já era Deus quando se encarnou. O mesmo Deus que criou todas as coisas. É por isso que chamamos Maria de Mãe de Deus. Ela gerou Jesus que a Sagrada Escritura vai chamá-lo de o Emanuel que significa "Deus conosco".
Ele encarnando-se recebeu o DNA de Maria, o seu sangue contém o
DNA de Maria. Jesus não tem o DNA de José, porque José era seu pai adotivo.
Mas, o DNA de Maria sim. Não é nenhuma heresia dizer que o Sangue de Cristo é o
mesmo sangue de Maria, como sabemos cientificamente que o filho carrega em seu
sangue o DNA da mãe. A natureza humana de Jesus recebeu seu DNA. O sangue de
Jesus derramado por nós é o mesmo de sua Mãe. E como a pessoa humana e a pessoa
divina do Filho de Deus é uma só como cremos, não podemos negar essa verdade.
Ele ressuscitou e subiu ao Céu foi de corpo, alma e divindade. Conforme ele mesmo se apresentou diante dos Apóstolos: "Vede minhas as mãos e os meus pés, sou eu mesmo, um espírito não tem carne e nem ossos..." (Lucas 24, 39)
Ora, se Jesus ressuscitado de carne e osso está no céu e se cremos que ele é Deus logo, a própria Bíblia atesta Maria é mãe de Deus. Porque ele quis assim, quis se encarnar, vir a esse mundo assumir a natureza humana e ao mesmo tempo sendo divino ter Maria por mãe conforme ele mesmo escolheu. As duas naturezas do Verbo não se separam. MARIA é mãe de Deus Filho.
"Ele será grande
e será chamado filho do Altíssimo". (Lucas 1, 32)
Nós professamos que Jesus Cristo é Deus, a segunda pessoa da
Santíssima Trindade. Não só os cristãos católicos, mas, os outros cristãos
inclusive os evangélicos professam essa mesma verdade. Se Jesus é Deus e ele
nasceu de uma mulher (Maria), logo, Maria é mãe de Deus. Porque Maria gerou
Jesus no todo, isto é, a pessoa divina e a pessoa humana de Jesus Cristo foi
colocado no seu ventre santo. Não existe separação. Se dissermos que Maria só
concebeu Jesus somente na estrutura humana, excluímos a divindade existente do
Verbo Encarnado. Negando assim, a encarnação de Cristo e isso é uma heresia
grave. Jesus se encarnou com o seu todo o humano e o todo divino. Por outro
lado, como cremos, Maria gerou Jesus, Deus e homem ao mesmo tempo, logo, não é
difícil compreender que ela é Mãe de Deus.
Tanto os católicos, quanto os protestantes professam essa verdade "Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus!" - Note a falta de conhecimento teológico por parte de alguns que se dizem ser "pastores", mas, agem com preconceito ou ignorância no que se refere a esta verdade que é a base da fé cristã.
Dizer que Maria é uma mulher qualquer e que ela não é a Mãe
de Deus é o mesmo que subestimar a vontade e a sabedoria de Deus que assim o
quis e fez desde o princípio. Negar esta verdade é ir contra a Sagrada
Escritura. Porque não foi a Igreja quem inventou isso, é o que a Bíblia diz. E
se um protestante, que diz que a Bíblia (pela sola Scriptura) é a única fonte
de fé, negar esta verdade que nela está escrita não é cristão, é mentiroso e
está enganando a si mesmo.
O padre Juliano em uma laive disse:
"Ainda sobre o
título Mãe de Deus. Se Maria, como afirmam alguns não católicos fosse mãe só do
lado humano, da dimensão ou natureza humana de Jesus nós teríamos uma
aberração. Uma mulher que deu à luz uma natureza. Não, não! Mulheres dão à luz
pessoas por isso ela é Mãe de Deus. Não tem como negar isso. Se Maria não fosse
mãe de Deus, então quem morreu na cruz para nos salvar? Foi só o lado humano de
Jesus, então foi um homem comum que morreu. O que a morte de Jesus traria de
nós como redentor se ele não fosse Deus passando pela morte e redimindo a
morte? Maria Mãe de Deus, essa doutrina é sobre Jesus e não sobre Maria".
Aqui está a chave para entendermos sobre porque Maria é Mãe
de Deus. Porque ela é Mãe de Jesus no todo. Jesus que é verdadeiramente Deus e
verdadeiramente homem. Ao não crer nessa verdade é negar a divindade do próprio
Cristo. Pois, se crermos apenas que Maria é mãe apenas do lado humano negamos a
divindade de Cristo. E se crermos apenas na divindade de Cristo sem crer no
lado humano então negamos a Encarnação do próprio Deus.
Se os protestantes que negam essa verdade dessem conta do que
ao fazer isto destroem toda a raiz do cristianismo, pois, crer em Jesus
significa crer na pessoa que ele é: verdadeiramente homem e verdadeiramente
Deus. Ninguém pode considerar-se cristão sem crer nisto. E quando dizemos que
Maria não pode ser mãe de Deus, dizemos também não acreditar na divindade de
Jesus. Mas, se cremos que Jesus é Deus, o Filho de Deus nascido da virgem Maria
temos que crer que Maria é Mãe de Deus. Não há como negar essa verdade. O
pastor Claudio Duarte quando diz que Maria não pode ser Mãe de Deus negligencia
essa verdade e daí temos que perguntar se ele realmente é cristão, porque quem
nega Maria Mãe de Deus, nega a divindade de Jesus Cristo.
Não se trata de endeusar Maria. Mas, de dar a ela o lugar que o próprio Deus lhe deu desde o princípio. Aos nossos olhos ela é uma criatura, aos olhos de Deus ela é muito mais do que isso. Tanto que foi escolhida por excelência. Maria é a única que foi salva por antecipação da graça divina pelos méritos de Jesus Cristo. Ela ocupa no Céu um grau de santidade maior que os demais não pelos seus privilégios, mas, pelo privilégio especial de Deus que a quis ter por mãe. Guarde isso. A Igreja reconhece o imenso valor e a graça por excelência que Deus Pai deu a ela e dá-lhe especial veneração. A este apreço em especial chamamos de hiperdulia.
Diriam alguns: “Ah! Mas a Bíblia não diz que Maria é mãe de Deus!”. Quem diz isso desconhece a Sagrada Escritura. Desconhece também a cristologia.
Em primeiro lugar em Lucas 1,28 ela é chamada de agraciada pelo próprio anjo. Porque Deus estava com ela "bendita és tu entre as mulheres!" Assim diz o anjo Gabriel. Mas, ela não se fez bendita por si só. É bendita porque Bendito é aquele que é o fruto do seu ventre, é Jesus o Filho de Deus. É por causa de Jesus, é pela graça do Espírito Santo, (Cf. Lucas 1, 35) que Maria é bendita entre todas as mulheres. É por causa de Jesus que é Deus que ela é Mãe de Deus. (Lucas 1, 32)
Depois da visita do anjo Gabriel, qual a primeira pessoa que chamou Maria de Mãe de Deus? Foi Santa Isabel, prima de Nossa Senhora.
Lucas 1, 36:38-45 – Depois que o anjo Gabriel anunciou a Encarnação ele disse: “Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice já está no sexto mês aquela que é tida por estéril” (...) Maria foi às pressas para a casa de Isabel e, chegando lá ao ouvir a saudação de Maria, seu filho João estremeceu de alegria no ventre de Isabel e ela cheia do Espírito Santo exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. De onde me vem esta honra de receber a mãe do meu Senhor? Pois logo que a sua saudação chegou aos meus ouvidos a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Bem-aventurada és tu que creste, pois hão de se cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.
Os judeus não pronunciam o nome de Deus. Eles chamam a Deus
de Senhor, (YHWH · Elohim · El · Adonai · Ehiyeh-Asher-Ehiyeh · HaShem · Yah ·
YHWH Tzevaot ...) não ousam pronunciar o nome de Deus para não pecar contra o
1º Mandamento. Santa Isabel chamou Maria de “a Mãe do meu Senhor”, ou seja, a
Mãe do meu Deus. Mas, quem na verdade fez esta afirmação foi o Deus Espírito
Santo pela boca de Santa Isabel. Ele por meio das palavras de Isabel a chamou
de Mãe.
Veja, meus irmãos, que o pensamento protestante a respeito de
Maria é limitado, pobre e preconceituoso. Muitos leem a bíblia e só tiram dela
apenas lhes interessam. Usam versículos isolados sem contexto. Como o pastor Claudio
Duarte bem disse “Maria deve ser respeitada, ela é isso, é aquilo...” Mas,
quando se trata de reconhecer que ela realmente é a Mãe de Deus, (...) aí não,
aí está errado porque se aceitar isso deixará de ser protestante. Aliás,
protestante até certo ponto porque nem Martinho Lutero discordava dessa verdade
contida na Sagrada Escritura. A treta de Martinho Lutero com a Igreja, para
quem estuda a história da reforma protestante se deu em sua maior parte, não
por causa de doutrina, mas, por causa política e divergências na forma de viver
do clero. Depois, Lutero consolidou sua doutrina, mas, algumas verdades
fundamentais da Fé católica ele as conservou.
Como disse, não endeusamos Nossa Senhora, mas, a tratamos com o respeito sublime que lhe é merecido sendo a qual Deus a tratou em primeiro lugar. Se alguém achar exagero a forma com que nós católicos veneramos Nossa Senhora, escandalizar-se-á da forma majoritária com que o próprio Deus a tratou desde o seio de Ana, sua mãe fazendo-a nascer imaculada e preservando-a da corrupção carnal antes, durante e depois do parto. Nela não há mancha, não há pecado porque Deus colocou nela a Graça por excelência. “Ave cheia graça o Senhor é contigo!” disse o anjo Gabriel – Lucas 1, 28.
Para entender a Maternidade de Maria como “Mãe de Deus” temos
que entender e deixar claro quem é a pessoa de Jesus.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que:
Nós cremos que Jesus Cristo é verdadeiramente homem e
verdadeiramente Deus
O acontecimento único e totalmente singular da Encarnação do
Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte
homem, nem que el seja em parte confusa entre o divino e o humano. Ele se fez
verdadeiramente homem, permanecendo verdadeiramente Deus. Jesus Cristo é
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. A Igreja teve que clarificar esta
verdade no discurso dos primeiros séculos, diante das heresias que a
falsificavam.
As primeiras heresias negavam a humanidade verdadeira de Cristo mais do que sua divindade (docetismo gnóstico). Desde os tempos apostólicos, a fé cristã insistiu na verdadeira encarnação do filho de Deus, “que veio na carne”. No Séc. III, porém, a Igreja teve que afirmar contra Paulo de Samósata, em um Concílio realizado em Antioquia, que Jesus Cristo é filho de Deus por natureza e não por adoção. O primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, em 325, confessou em seu Credo que o Filho de Deus é “gerado, não criado, consubstancial ao Pai, (homousios). E condenou Ário, o qual afirmava que “o Filho de Deus veio do nada e que ele seria uma substância diferente do Pai.
A Heresia nestoriana via em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa divina do Filho de Deus. Diante desta heresia, São Cirilo de Alexandria e o III Concílio Ecumênico, reunido em Éfeso, em 431, confessaram que “o Verbo, unindo a si, em sua pessoa, uma carne animada por uma alma racional, tornou-se homem. A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que assumiu e a fez desde a sua concepção. Por isso o Concílio de Éfeso proclamou em 431, que Maria tornou-se verdadeiramente Mãe de Deus (em grego: Θεοτόκος; romaniz.: Theotókos ), pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio : “Mãe de Deus não porque o Verbo tirou dela a natureza divina, mas, porque é dela que ele tem um corpo sagrado, dotado de uma alma racional, unido na qual, na sua pessoa se diz que o Verbo nasceu segundo a carne”. (Catecismo da Igreja Católica nº. 464, 465, 466).
Então quando dizemos que Maria é Mãe de Deus estamos nos
referindo diretamente a Deus na pessoa do Filho. Mas, o Filho e o Pai é um
único Deus. Ele é o Alfa e o Ômega. Aquele que É, quem vem, o Todo-Poderoso.
(Apoc1, 8). Então, nesse sentido Maria é Mãe de Deus.
A Palavra de Deus em Lucas1, 39-45; Isabel saúda Maria com os
dizeres: “Bendita és tu entre todas as mulheres, bendito é o fruto do teu
ventre!” “De onde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?(...)”
Isabel cheia do Espírito Santo se pronuncia dizendo “a mãe do meu Senhor”. Quem é o Senhor que Isabel está referindo? Ela se refere ao próprio Deus Javé. Logo, ela chama Maria de Mãe de Deus, Mãe do meu Senhor. Assim a Palavra de Deus atesta e confirma aquilo que o pastor não foi capaz de entender ao acusar os católicos de tê-la chamado assim. Nós assim a chamamos porque a Escritura primeiro a chamou: “Mãe do meu Senhor”.
Ou seja, Isabel cheia do Espírito Santo proclamou essa
realidade desde os primórdios Maria é Mãe de Deus e esse é o primeiro a maior
título que ela recebe não como um mero fato, mas, como uma verdade em que sendo
Jesus Deus e homem ao mesmo tempo ela não é apenas mãe do humano, mas é mãe do
divino.
E é por meio dela que chegou a Salvação para nós. E é nela
que o Filho de Deus habitou em primeiro lugar.
Perceba, meus caros, que o pastor mesmo se contradiz ao afirmar que Deus entregou à Maria e José seu Filho. Esqueceu de dizer que Deus os entregou seu Filho por completo não em duas naturezas separadas, mas, os entregou seu Filho verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Não pode haver, nesse caso, separação das naturezas do verbo e, portanto, Maria é Mãe de Deus. Tanto é, que o sangue de Jesus contém os mesmos cromossomos de sua mãe. Durante os 9 meses em que Jesus ficou no ventre de Maria ele recebeu toda a formação que um ser humano normal pudesse receber através do cordão umbilical como todo bebê recebe até o nascimento. Maria foi mãe, gerou, cuidou, educou Jesus, com o auxílio de José. Ela e José cuidaram do Filho de Deus. O Espírito Santo a cobriu com seu poder (Lucas 1,35). O anjo disse: "O santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.
Agora que aprendemos sobre a Maternidade de Maria e porque
ela é Mãe de Deus podemos responder, sim, ela é Mãe de de Deus, porque Jesus
Cristo é Deus.
Os primeiros cristãos, bem antes da Igreja definir esse
título como verdade de fé já acreditavam e veneravam Nossa Senhora e a tinham
em grande apreço recorrendo-lhe às orações, louvores e súplicas. Desde os
Apóstolos até os santos padres e até nos nossos dias.
Agora que estudamos e aprendemos sobre a Maternidade divina de Nossa Senhora vamos aprender também sobre outros dogmas da nossa Fé. A Imaculada Conceição, a Assunção de Maria.
A IMACULADA CONCEIÇÃO
A Igreja Católica
celebra no dia 08 de dezembro a festa solene da Imaculada Conceição de Maria.
O que isso significa?
Significa que a Igreja proclamou como verdade de fé que Nossa
Senhora foi concebida sem pecado. Ou seja, Maria concebida sem a mancha do
pecado. Maria foi preparada desde a concepção no útero de Ana para ser no
futuro a mãe de Deus Filho. Uma entre todas foi a escolhida. A mais pura, a
mais simples e ao mesmo tempo a linda criatura perfeita que Deus escolheu para
vir por ela a este mundo.
Deus Pai desde o princípio escolheu entre todas as mulheres
de seu povo, o povo judeu uma em especial. Em seu plano de salvação da
humanidade já muito antes desde a queda dos nossos primeiros pais Deus já havia
pensado, moldado e escolhido aquela que seria a Mãe do Salvador. Por isso o
Anjo Gabriel ao saudar Maria disse “Ave, cheia de graça!” E Isabel conclui
“Bendita és tu entre todas as mulheres!” E por quê? No mesmo versículo vem a
resposta: Porque “bendito é o fruto do teu ventre!” - Bendito é o que está no
ventre de Maria, o Messias, o Cristo Salvador. (Lucas 1, 28:42)
Porque era necessário Maria não ter pecado? Porque o filho de
Deus que é Santo não podia nascer de um útero maculado. Deus é perfeito e Santo
e exige tudo santo para si. Por isso Maria foi isenta de pecado desde a
concepção.
Sua mãe, Ana concebeu Maria, porém, Deus pelos Méritos
antecipados da Salvação tornou Maria livre da mancha do pecado original e fez
dela santa para receber o Santo dos Santos Nosso Senhor Jesus Cristo. Logo, ela
se torna o templo e ao mesmo tampo seu ventre onde vem habitar o Verbo de Deus
se torna a Arca da Aliança fazendo Deus ali sua morada.
Não podia ser qualquer pessoa, qualquer uma. Deus não escolhe coisas impuras. Desde o Antigo Testamento Deus aceita somente as coisas puras. Desde os objetos até os animais para os sacrifícios deviam ser puros. O Templo, a Arca os utensílios de culto tudo da melhor qualidade. Assim Deus fez de Maria um vaso puro e imaculado para ser gerado seu Filho Unigênito. Assim Nossa Senhora foi concebida sem pecado.
O Catecismo de Igreja Católica ensina:
490. Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria “foi adornada por
Deus com dons dignos de uma tão grande missão”. O anjo Gabriel, no momento da
Anunciação, saúda-a como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento
livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse
totalmente movida pela graça de Deus.
491. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que
Maria, “cumulada de graça” por Deus, tinha sido redimida desde a sua conceição.
É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa
Pio IX:
“Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em
previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a
bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado
original no primeiro instante da sua conceição”.
Devido à forma de redenção que foi aplicada a Maria no momento de sua concepção, ela não só foi protegida do pecado original, mas também do pecado pessoal. O Catecismo explica:
Catecismo da Igreja Católica nº. 493. Os Padres da tradição oriental chamam-na Mãe de Deus “a toda santa” (“Panaghia”), celebram-na como “imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida. Ou seja, Maria nunca pecou.
Quer dizer que Maria não precisava que Jesus morresse por ela
na cruz?
Não! O que dissemos é que: Maria foi concebida imaculadamente como parte de seu ser “cheia de graça” e assim “redimida desde a sua conceição” por “uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano”. O Catecismo afirma:
492. Este esplendor de uma “santidade de todo singular”, com que foi “enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição”, vem-lhe totalmente de Cristo: foi “remida de um modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho”. Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a “encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Efésios 1, 3). “Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença” (Efésios 1, 4).
508. Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria
para ser a Mãe do seu Filho. “Cheia de graça”, ela é “o mais excelso fruto da
Redenção”. Desde o primeiro instante da sua concepção, ela foi totalmente
preservada imune da mancha do pecado original, e permaneceu pura de todo o
pecado pessoal ao longo da vida.
O paralelo entre Maria e Eva
Adão e Eva foram criados imaculados – sem pecado original ou
sua mancha. Ambos caíram em desgraça e, através deles, a humanidade estava
destinada a pecar.
Cristo e Maria também foram concebidos imaculados. Ambos
permaneceram fiéis e, através deles, a humanidade foi redimida do pecado.
Jesus é o novo Adão e Maria, a nova Eva.
O Catecismo diz:
494 …“ Como diz Santo Irineu, ‘obedecendo, Ela tornou-se
causa de salvação, para si e para todo o gênero humano’. Eis porque não poucos
Padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que ‘o nó da desobediência de
Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com
a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé’; e, por comparação
com Eva, chamam Maria a ‘Mãe dos vivos’ e afirmam muitas vezes: ‘a morte veio
por Eva, a vida veio por Maria’”.
Aqueles que morrem na amizade com Deus e assim vão para o céu
serão libertados de todo pecado e mancha de pecado. Assim, todos voltaremos a
ser “imaculados” (latim, immaculatus = “sem mancha”), se permanecermos fiéis a
Deus. Mesmo nesta vida, Deus nos purifica e prepara em santidade e, se
morrermos na sua amizade, mas ainda imperfeitamente purificados, Ele nos
purificará no purgatório e nos tornará imaculados de novo. Ao dar a Maria esta
graça desde o primeiro momento de sua concepção, Deus nos mostra uma imagem de
nosso próprio destino. Ele nos mostra que isso é possível para os seres humanos
através da sua graça. São João Paulo II disse: “Contemplando este mistério numa
perspectiva mariana, podemos afirmar que ‘Maria é, ao lado do seu Filho, a
imagem mais perfeita da liberdade e da libertação da humanidade e do cosmos. É
para ela, pois, que a Igreja, da qual ela é mãe e modelo, deve olhar para
compreender, na sua integralidade, o sentido de sua missão’”.
“Fixemos, então, o nosso olhar sobre Maria, imagem da Igreja
peregrina no deserto da história, mas dirigida para a meta gloriosa da
Jerusalém celeste, onde resplandecerá como Esposa do Cordeiro, Cristo Senhor”.
Era necessário para Deus que Maria fosse imaculada na sua
concepção para que pudesse ser Mãe de Jesus?
Não. A Igreja fala apenas da Imaculada Conceição como algo
que era “apropriado”, algo que fez de Maria uma “morada apropriada” (ou seja,
uma moradia adequada) para o Filho de Deus, não algo que era necessário. Assim,
em preparação para definir do dogma, o Papa Pio IX declarou:
“…e, por isso, afirmaram (os Padres da Igreja) que a mesma santíssima Virgem foi por graça limpa de toda mancha de pecado e livre de toda mácula de corpo, alma e entendimento, que sempre esteve com Deus, unida com ele com eterna aliança, que nunca esteve nas trevas, mas na luz e, de conseguinte, que foi aptidíssima morada para Cristo, não por disposição corporal, mas pela graça original”.
“Pois não caía bem que Aquele objeto de eleição fosse atacado, da universal miséria pois, diferenciando-se imensamente dos demais, participou da natureza, não da culpa; mais ainda, muito mais convinha que como o unigênito teve Pai no céu, a quem os serafins exaltam por Santíssimo, tivesse também na terra Mãe que não houvesse jamais sofrido diminuição no brilho de sua santidade “.
O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio
IX em 1854 na Bula Inefffabilis Deus.
Nós católicos temos esta certeza porque além de ser uma
verdade proclamada pela Igreja, nas aparições da Virgem Maria ao longo da
História ela tem se manifestado e numa dessas aparições ela mesmo diz “Eu sou a
Imaculada Conceição”.
No ano de 1858, portanto, 4 anos após ser proclamado o dogma da Imaculada Conceição (1854), Nossa Senhora apareceu em Lourdes na França à Bernadete Sobirous (hoje Santa Bernadete), e tendo respondido a uma das várias perguntas que o pároco tinha formulado para ter a certeza que era mesmo a Virgem Maria que tinha aparecido mandou que se perguntasse o nome daquela senhora. Bernadete trouxe a resposta: Ela disse: “Eu sou a Imaculada Conceição!” - Bernadete era analfabeta e não conhecia a teologia, estava iniciando ainda no estudo do catecismo. Não podia formular uma resposta teológica na qual somente os padres e os grandes estudiosos da época podiam entender. O Padre perguntou à Bernadete se ela sabia o que estava dizendo e ela disse que não tinha conhecimento do que significava.
Essa foi uma resposta e uma confirmação às dúvidas sobre a Imaculada Conceição de Maria. Nossa Senhora veio dar a resposta diretamente à Igreja confirmando que ela foi concebida sem pecado.
FRASES SOBRE A IMACULADA CONCEIÇÃO
Inúmeros foram os Santos e os Papas que falaram sobre o dogma da Imaculada Conceição. Confira alguns desses pensamentos:
01 – “Não seria conveniente que uma virgem puríssima e sem
mácula se pusesse ao serviço deste plano misterioso? E onde encontrar essa virgem
senão nesta mulher única entre todas, eleita pelo criador do universo antes de
todas as gerações?”. (Santo André de Creta)
02 – “Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o
transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ò Virgem bendita e
mais que bendita, pela tua benção é abençoada toda a natureza, não só as coisas
criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!”. (Santo Anselmo)
03 – “Tu, está escrito, surges com beleza (Salmo 44,14); e
teu corpo virginal é todo santo, todo casto, todo morada de Deus”. (São Germano
de Constantinopla)
04 – “Sim, Ela é a Mãe de Deus, Maria de nome divino, cujo
seio deu à luz o Deus encarnado, que Se havia preparado de modo sobrenatural
para ser um templo”. (Santo André de Creta)
05 – “Imaculada Conceição, purifique meu coração para que eu
possa melhor amar a Deus!”. (São Pio)
10 – “Prestamos homenagem a Maria Santíssima preservada desde
o primeiro instante do contágio da culpa original e de toda a sombra de pecado,
em virtude dos méritos de seu Filho Jesus Cristo, nosso único Redentor”. (São
João Paulo II)
11 – “Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que Te agraciou, ó Virgem de Nazaré, com todas as bênçãos espirituais em
Cristo. N’Ele, foste concebida imaculada! Escolhida para seres Sua Mãe, n’Ele e
por Ele foste remida mais que todos os outros seres humanos!” (São João Paulo
II)
12 – “Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em
previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a
bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado
original no primeiro instante da sua conceição”. (Beato Pio IX)
13 – “Deus escolheu-a desde o princípio, desde o primeiro
momento da conceição, tornando-a digna da maternidade divina, para a qual no
tempo estabelecido seria chamada”. (São João Paulo II)
14 – “A augusta Mãe de Deus, imaculada na concepção, virgem
inteiramente intacta na divina maternidade, generosa companheira do divino
Redentor, que obteve pleno triunfo sobre o pecado e suas consequências,
alcançou ser guardada imune da corrupção do sepulcro, como suprema coroa dos
seus privilégios”. (Papa Pio XII)
15 – “A Virgem Maria, beneficiou antecipadamente da morte
redentora do seu Filho e desde a concepção foi preservada do contágio da culpa.
Por isso, com o seu Coração imaculado, Ela diz-nos: confiai-vos a Jesus, Ele
salvar-vos-á”. (Papa Emérito Bento XVI)
6 – “Na concepção imaculada de Maria somos convidados a
reconhecer a aurora do novo mundo, transformado pela obra salvífica do Pai e do
Filho e do Espírito Santo”. (Papa Francisco)
17 – “Preservada da herança do pecado original, foste
concebida e vieste ao mundo em estado de graça santificante. Cheia de graça!”.
(São João Paulo II)
18 – “No meio das provações da vida e sobretudo das contradições
que o homem experimenta dentro de si e à sua volta, Maria, Mãe de Cristo,
diz-nos que a Graça é maior que o pecado, que a misericórdia de Deus é mais
poderosa que o mal e sabe transformá-lo em bem”. (Papa Emérito Bento XVI)
19 – “Virgem Santa e Imaculada, que sois a honra do nosso
povo e a guardiã solícita da nossa cidade, a Vós nos dirigimos com amorosa
confidência. Toda sois Formosa, ó Maria! Em Vós não há pecado”. (Papa
Francisco)
20 – “Na tua Imaculada Conceição resplandece a vocação dos discípulos
de Cristo, chamados a tornar-se, com a sua graça, santos e imaculados no amor”.
(Papa Emérito Bento XVI).
A ASSUNÇÃO DE MARIA AO
CÉU
A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte (Romanos 6,
23). Assim morrem todos os pecadores. Estes por causa do pecado aguardam a
ressurreição no último dia e o juízo final.
Nossa Senhora, por ser concebida sem pecado e pelos méritos
de Nosso Senhor Jesus antecipou-lhe a ressurreição definitiva. Por isso a
Igreja não celebra a morte de Maria, mas, a sua passagem ou dormição. E
chegando o fim de sua peregrinação terrestre, ela foi levada ao céu de corpo e
alma pelos Anjos.
Esse é o significado do Dogma proclamado pela Igreja a “Assunção
de Nossa Senhora”, cuja festa celebramos no dia 15 de agosto.
Considera que Maria Santíssima depois de ter cumprido sua
missão neste mundo morreu e foi assunta (levada) para os Céu.
Nossa Senhora “morreu”?.
Sim, mas, o seu corpo não conheceu a corrupção, ou seja, pelos Méritos de
Cristo, seu corpo foi levado ao céu juntamente com sua alma onde desde já ela está
ressurreta na Glória. Coroada como rainha dos céus e da terra.
Nossa Senhora foi a única que recebeu antecipadamente a ressurreição
definitiva pelos méritos de Cristo. Todos nós morremos em pecado e por causa
disso nosso corpo sofrerá a decomposição e só será ressurreto no dia do juízo final.
Nossa Senhora por ter sido preservada do pecado recebeu de Deus por meio de Jesus
esta graça.
Jesus sendo Deus ressuscitou e subiu ao Céu (Atos 1, 9) por
seu próprio poder. Chamamos esse fato de Ascenção.
No caso de Nossa Senhora, ela como criatura foi levada pelos
anjos até o Céu. Chamamos esse fato de
Assunção. Nossa Senhora morreu como toda criatura, porém pelos méritos de
seu Filho Jesus Cristo e por não ter pecado seu corpo não pode reconhecer a
corrupção e foi dado a ela por antecipação da Graça de Cristo a Ressurreição
onde no céu participa da Glória junto de seu Filho.
Para um protestante isso é muito difícil de crer já que eles não consideram nem o fato da santidade de Nossa Senhora no que se refere à sua virgindade perpétua dizendo que ela foi uma mulher qualquer, inclusive teve outros filhos o que é uma mentira.
Maria teve outros Filhos?
Os protestantes dizem
que Maria após ter gerado Jesus levou uma vida normal com José e teve mais
filhos. Mas isso é verdade? Jesus teve outros irmãos?
Não é verdade. Na
cultura hebraica, os judeus chamavam os parentes e até mesmo os compatriotas de
irmãos.
Os protestantes usam o
texto de para dizer que Maria teve mais filhos e que depois de conceber Jesus
ela seguiu uma vida normal com José. Porém o Novo Testamento não menciona nada
a respeito. Inclusive nos dá pista que Maria teve apenas um filho que foi Jesus
Cristo.
O Evangelho de São João é o que narra de forma
mais longa os acontecimentos da paixão de Cristo com muitos detalhes
importantes. Um deles vai tratar do momento da crucifixão onde Maria se
encontra aos pés da cruz juntamente com suas tias e Maria Madalena.
Essa explicação que vou deixar aqui é tirada de uma homilia
do Padre Cristian, da Diocese de Divinópolis MG. Porém, não escrevi toda a
homilia apenas os pontos mais importantes para explicar como é fácil desmentir
as acusações dos protestantes e a falsa afirmação de que Maria teve outros
filhos.
Assim explica Pe. Cristian:
“Um texto fora do contexto ele se torna pretexto para
confundir os outros. Muitas vezes a pessoa decora um versículo e outro solto
ficam vomitando versículo como se fosse doutores em Sagrada Escritura, mas, as
pessoas não sabem fazer esta ligação dos versículos. Para entendermos a Bíblia,
para entender o que um texto está dizendo você precisa descobrir o “fio de
ouro” e o áureo que é aquilo que vai conduzir todo o escrito. Porque uma cena
fora do contexto causa confusão.” (...) “Para esclarecer a dúvidas de algumas
pessoas que estão curiosas com talvez livros, filmes ou novelas que vem
ilustrar a vida de Jesus e que vão passando coisas que você não aprendeu que
era assim e que você não acredita que é assim. Aí causa confusão na mente das
pessoas. Quem está mentindo? É o Padre, a Bíblia, é a novela? ... Aí vem
aqueles que não sabem, perdidos e dizem: Ah mas não é, mas se fosse que
problema tinha? É para não ter discussão porque eles não sabem . Como não sabem
é melhor não entre nessa, como não sei então não é, mas se fosse não tinha
problema. Só que aqui tem uma questão: A Igreja e a Teologia, a exegese e a
hermenêutica católica não lida com fato antes dele acontecer. São todos a
posteriori. Então, o que a Igreja tem não é o que podia ter acontecido é o que
aconteceu. Aí eles, (os protestantes) vem com tal pergunta e o católico cai
como banana podre.”
“Quem foi a mãe de Jesus? O católico responde: Maria. Mas o
que ela tem de especial? Daí responde: Ela é santa, Deus a escolheu. E se Maria
tivesse dito não, Jesus não tinha vindo? A pessoa responde: Não. Aí ele tinha
achado outra pessoa, outra mulher. E se a pessoa diz: Aí Jesus tinha vindo.
Então Maria não é importante, importante é que Jesus veio, se ela dissesse não
procurava outra. Essa é uma tese protestante que não tem lógica porque o fato é
que uma entre todas foi escolhida, o nome da virgem era Maria e ela disse sim.
Esse é o fato concreto bíblico. (...) A diferença Básica para os protestantes
Maria é uma mulher como as outras. Ela não tem nada de especial por ter sido a
mãe de Jesus. Ela é especial porque foi a Mãe de Jesus, mas, não tem nada que
difere das outras. Qual que é a tese católica? Maria foi preparada no útero de
Ana para ser a Mãe do Salvador. Tanto é que um dogma da Mariologia é a
Imaculada Conceição. É pelos méritos daquele que ela geraria que Jesus vai
dizer que se conhece o fruto pela árvore. Uma árvore má não pode dar frutos
bons, uma árvore boa não pode dar frutos ruins, isso é bíblico. Isabel vai
dizer que bendita é a mãe e bendito é o fruto dela. Se o fruto é bendito, é
santo, é porque a árvore é bendita, é santa. Porque uma árvore pecadora não
poderia dar um fruto bendito. Por isso que Maria foi preservada do pecado
original pelos méritos de Jesus Cristo. Aquilo que Deus tinha para a humanidade
toda é concentrado em Maria para que através dela viesse o Verbo e através dele
a Salvação voltasse a todos.
Se Maria fosse uma mulher qualquer Jesus seria um homem
qualquer e aquele que morreu na cruz não podia salvar ninguém porque quem pecou
foi o homem e somente o homem podia pagar pelo seu pecado. Mas, o homem não
podia remir o homem, tinha que ser Deus, mas Deus não podia morrer na cruz
porque quem pecou foi o homem. O que Deus faz? Ele une em Jesus a divindade e a
humanidade, por isso Jesus é verdadeiro homem e verdadeiro Deus nascido da
Virgem Maria. Quando nós falamos Santa Maria Mãe de Deus, não é mãe de Deus
Pai, mas Mãe de Deus Filho. Jesus é o Emanuel, não é o Deus em si mas o Deus-
Conosco, Deus encarnado. Maria é Mãe de Deus Filho. E se a pessoa disser que
não aceita isso é um herege porque o adocionismo é uma heresia. Onde Maria gera
o homem Jesus e Deus depois o adota como filho aí Jesus não é Deus é um
adotado, aí não pode salvar ninguém. É uma heresia que destrói a Salvação.
Maria é a Mãe do Senhor e ela foi escolhida para isso por Deus Pai. E porque
ele a escolheu: 1) O Arcanjo Gabriel a saúda Ave, cheia de Graça. Encontraste
graça diante de Deus; 2) Isabel vai completar: ‘De onde me vem a honra de
receber por visita a mãe do meu Senhor!’ 3) Maria vai responder: ‘O
Todo-poderoso fez em mim grandes coisas (...) e que doravante todas as gerações
a chamarão de Bem-aventurada’.
Ora, se alguém conhecer alguém que conheça melhor do que o
Arcanjo siga essa pessoa e despreza aquilo que o Arcanjo fez. Porque o Arcanjo
a saúda, se inclina perante ela e vai dizer a ela “Deus te escolheu”. Se um
arcanjo desce do Céu a mando de Deus para dizer que ela foi escolhida não há
como dizer que Maria é uma mulher qualquer. Ele além de trazer a mensagem de
Deus para Maria traz também a mensagem de que ela seria assistida pelo Espírito
Santo.
Isabel recebendo a visita de Maria fica cheia do Espírito
Santo ela diz “de onde me vem a graça de receber em minha casa a mãe do meu
Senhor, pois, logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos a criança pulou
de alegria em meu ventre”.
Ela não chama Maria de prima, embora fossem parentes, mas,
diz “a mãe do meu Senhor”, ela não é apenas uma prima qualquer, mas aquela
visita trazia à sua presença, à sua casa a Mãe do Senhor que ela já carregava
em seu ventre. É o Espírito Santo que fala pela boca de Isabel. É ele que
inunda de graça aquele encontro.
Quando Nossa Senhora de Guadalupe apareceu ao índio Juan
Diego e disse, quando interrogada pelo índio a pedido do bispo ela disse: “Sou
a Virgem Santa, Mãe de Deus Encarnado”. Porque ela disse difícil assim? Porque
o bispo não acreditaria no índio se ela não falasse alguma coisa que só o bispo
soubesse. Naquela época os estudiosos eram os padres e os bispos o povo não
entendia essas questões teológicas difíceis, muito menos um índio que nem
cristão era. Nunca tinha ouvido falar de Maria.
Quando Jesus se perde no templo e José e Maria voltam para
buscá-lo não existe nenhum relato de que algum irmão de Jesus fosse junto
procurá-lo. Porque a família toda deveria subir à Jerusalém, mas o texto diz
apenas que foram à Jerusalém apenas José, Maria e o Menino Jesus. Como que essa
família toda vai para esta festa e não se tem nenhum relato de irmãos?
Nas bodas de Caná, os convidados eram Jesus, Maria e os discípulos não se fala de família, porque não se sabe ao certo mas é provável que José tenha morrido entre o período depois da perca de Jesus e seu batismo. E a história vai dizer que Maria ficou só com Jesus. O texto das bodas de Caná também não menciona que os irmãos de Jesus foram convidados. Se Jesus tivesse tido irmãos o anfitrião teria cometido tal desfeita em convidar Maria, Jesus e os discípulos e não convidar seus irmãos? Claro que não.
Depois da morte de José Maria foi morar na casa de Cléofas, irmão de José, portanto, cunhado de Maria e os filhos de Cléofas eram primos de Jesus e são esses que aparecem quando o texto diz “tua mãe e teus irmãos estão aí”.
Para o judeu lei é lei, eles cumprem ao pé da letra a Lei de
Moisés. Quando om marido morria quem cuidava da viúva se não houvesse outro
irmão (do falecido) para desposá-la, quem cuidava dela era o filho mais velho.
Se o filho mais velho morresse quem assumiria a mãe seria o filho mais jovem
até chegar no caçula. Isso não aconteceu com Maria; quando Jesus estava
morrendo na cruz ele entrega sua mãe aos cuidados de um dos discípulos, João.
Logo, podemos entender que se Jesus tivesse irmãos caberia a eles a missão de
cuidar de sua mãe e não um discípulo. No entanto Jesus entrega sua mãe aos
cuidados de João para que ela não ficasse sozinha e desamparada. Então, esse relato
de São João comprova que Maria teve apenas um filho e esse é apenas Jesus.
Maria depois da morte de Jesus ficou com os Apóstolos por um
tempo e depois ela foi com João para Éfeso. Construiu uma casinha no monte onde
ela morava e João morava separado dela mais abaixo. João não morava com ela,
morava próximo e levava alimentos a ela. E quem cuida dessa casinha que passou
de geração em geração já no século I, já se contam: “a Mãe daquele que morreu
crucificado veio aqui morar porque sem ele também não tinha marido”. Quer
dizer, ela era sozinha, quem cuidou dela foi João. Quem quiser é só ir lá
visitar, conversar com os ortodoxos, os judeus que sabem da tradição e do fato
histórico.
OS IRMÃOS DE JESUS...
Parentes ou irmãos sanguíneos?
Mateus 6, 3: “Não é este o carpinteiro, o filho de Maria,
irmão de Tiago, José, Judas e Simão?” (...) Esse é o versículo usado pelos
presentes para dizer que Jesus tinha outros irmãos e que depois do nascimento
de Jesus Maria levou uma vida normal e teve outros filhos. É Mentira. Os
evangelhos não relatam isso, pelo contrário, eles mostram quem eram esses
personagens mencionados em Mateus 6, 3. Se Maria tivesse mais filhos os autores
descreveriam. Mas, não há nada que prove isso. Mesmo sem um relato direto a
Bíblia prova que Maria só teve um filho que é Jesus.
Na expressão grega quando Marcos escreveu o evangelho ele
usou a expressão HUIÓS MARIA “o único filho de Maria”, Marcos escreve (A palavra HUIÓS é um termo grego, utilizado
no novo testamento para descrever um filho que pode ser facilmente identificado
como filho de alguém por ter traços muito fortes… More. Isso vai muito além de
termos sidos gerados ou criado)
O que é Huiós? É como
se a Bíblia falasse “esse não é o carpinteiro, o único filho de Maria?” (...) -
Para nós dá um nó na cabeça falar que ele tem irmão, mas é o único filho, mas
para o judeu irmão não é como nós imaginamos, são todos aqueles que possuem
laços de sangue (parentes). Então essa expressão HUIÓS - o filho de Maria, não
está falando um dos filhos de Maria, mas, o (no sentido de um só, único) Filho
de Maria: “Esse não O carpinteiro o filho dela”. E não um dos filhos dela.
Na verdade esses homens no qual Marcos se refere como irmãos
de Jesus são primos de Jesus filhos de Cléofas. Mateus 27, 55-56: Estavam ali
muitas mulheres olhando de longe que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia
entre eles Maria Madalena, Mãe de Cléofas, (Cf. Lucas 3, 23), Cléofas era irmão
de José, tia de Jesus. (Cf. Mateus 27, 55) Maria de Cléofas mãe de Tiago e José
a Mãe dos filhos de Zebedeu. Em Marcos 6, 3 falam que Tiago e José são irmãos
(parentes) de Jesus, Mateus fala quem é a Mãe deles é a Maria de Cléofas e não
Maria de Nazaré. Porque citam Marcos 6, 3 e não citam Mateus 27, 55? Porque vão
citar apenas um versículo fora do contexto? Porque não citam que o outro
versículo que dizem que a mãe deles era Maria de Cléofas?
João 19, 25 vai dizer que aos pés da cruz permanecia de pé
sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria mulher de Cléofas ou Alfeu, que não era irmã
de Maria de Nazaré mas esposa de Cléofas que era irmão de José e, portanto, era
cunhada de Nossa Senhora.
Porque então oi texto diz que Maria de Cléofas era irmã de
Nossa Senhora, porque no hebraico todos os parentes são considerados irmãos.
Tio, primo, pai, mãe... um termo só para qualificar os parentes é “irmão”.
Então estes de quem Marcos se refere como sendo “irmãos” de Jesus na verdade
são primos de primeiro grau de Jesus.
Na Bíblia tem muito isso uma pessoa é chamada de vários
nomes. Por exemplo:
Moisés no Antigo Testamento era chamado de Raguel, Getro
(Êxodo 2); Gideão era chamado de Gerubaal (Juizes6,32).; Josias é chamado de
Azarias, Matheus é chamado de Levi (Meteus 9, 9); então uma pessoa tinha vários
nomes; por isso fala mulher de Cléofas ou mulher de Alfeu.
José casou com Maria Mãe de Jesus. Cléofas também casou com
uma outra Maria que depois ficou conhecida como Maria de Cléofas.
Gálatas 1, 18-19 - “Em seguida, após três anos, subi a
Jerusalém para avistar-me com Cefas (Pedro) e fiquei com ele quinze dias. Não
vi nenhum apóstolo senão a Tiago, o irmão do Senhor”.
Mas... Tiago era irmão de sangue de Jesus?
Esse texto os protestantes também usam para dizer que Tiago
era irmão de sangue de Jesus. Mas, existia dois Tiagos: O Tiago Menor (Filho de
Zebedeu) o Tiago Maior (filho de Alfeu);
este era Tiago maior, o Apóstolo, podemos ver claramente consultando a
lista dos Apóstolos de Jesus (Cf. Mateus 10, 2-4) o nome dos Apóstolos
encontramos: Simão Pedro, André seu irmão, Tiago filho de Zebedeu e João seu
irmão, Filipe e Bartolomeu, Tomé, e Mateus o publicano, Tiago filho de Alfeu
(ou Cléofas), Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Scariotes que o traiu. Se fala que
Tiago era irmão de Jesus para ser irmão de Jesus teria de ser filho de José com
Maria, no entanto um é filho de Zebedeu e o outro é filho de Cléofas ou Alfeu.
Então meus caros, está a prova contra as acusações dos
protestantes que mentem por maldade ou por ignorância da Sagrada Escritura.
Mentem ao dizer que Maria teve outros filhos e que Jesus tinha outros irmãos.
Bíblia tem que ser estudada. Não se pode pegar um versículo aqui e outro acolá.
Agora você já sabe que a Igreja católica sempre ensinou a
verdade nesses mais de 2000 anos, se as acusações deles fizessem sentido
estaria calçado na Sagrada Escritura, no entanto vemos que a própria Sagrada
Escritura desmonta as acusações. Basta irmos a fundo estudarmos a Bíblia, o
Catecismo, a História da Igreja para vermos o quanto eles são mentirosos e o
único propósito é causar confusão nas pessoas despreparadas.
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