"Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja" Mt16, 18
A História do papado é a história do Papa e Bispo de Roma, chefe da Igreja Católica, tanto em seu papel espiritual e temporal, que cobre um período de aproximadamente dois mil anos.
O papado é uma das instituições mais duradouras do
mundo, e teve uma participação proeminente na história
da humanidade. A Igreja Católica acredita que a "doutrina
(…) sobre o papado é bíblica e decorre do primado de São Pedro entre
os Apóstolos de Jesus. Como todas as doutrinas cristãs, desenvolveu-se
ao longo dos séculos, mas não se afastou dos seus elementos essenciais,
presentes na liderança do Apóstolo Pedro.”
Os papas na Antiguidade auxiliaram
na propagação do cristianismo e
a resolver diversas disputas doutrinárias. Na Idade Média eles
desempenharam um papel secular importante na Europa Ocidental,
muitas vezes, servindo de árbitros entre os monarcas e evitando diversas
guerras na Europa. Atualmente, para além da expansão e doutrina da fé
cristã, os Papas se dedicam ao diálogo
inter-religioso, a trabalhos de caridade e à
defesa dos direitos humanos.
Não existe uma lista oficial de papas, mas o Anuário Pontifício, publicado anualmente pelo Vaticano, contém uma lista que é geralmente considerada a
mais correta, colocando o atual Papa Francisco como
o 266º Papa.
Controvérsia sobre acontecimentos Históricos
Existe grande controvérsia entre os historiadores
sobre a história do papado durante o cristianismo primitivo, destacando-se a
questão da veracidade do martírio de Pedro e Paulo em Roma; sobre a organização
da Igreja Romana no século I e princípio do século II, e o exercício da
primazia papal.
Alguns historiadores argumentam que Pedro nunca foi
realmente a Roma, e que essa crença se originou somente mais tarde. No
entanto, outros estudiosos citando os documentos cristãos primitivos (mais
proeminentemente, a descrição da morte Pedro e Paulo em Roma nas cartas
de Clemente em c. 96,
Santo Inácio de
Antioquia em c. 107, Dionísio de Corinto entre 166 e 176, e Irineu de Lyon,
em torno de 180 d.C.
concluem que Pedro foi de fato martirizado em Roma.
Uma vez que no século I os termos “presbíteros e bispos” eram sinônimos usados para os líderes da igreja local submetidos
a um apóstolo; muitos
argumentam que no final do século I e até a metade do século II, a Igreja
Romana não possuía uma organização monoepiscopal (um só Bispo como chefe da
igreja local), mas uma forma colegiada de liderança, sendo que o
monoepiscopado começou somente mais tarde, e assim, originalmente o ministério
papal não existia. No entanto, outros estudiosos discordam, defendendo que os
apóstolos designaram seus sucessores na liderança das igrejas locais
(originalmente também chamados de "apóstolos" e no início do século
II, de “bispos”), como por exemplo, Tito e Timóteo investidos por Paulo de Tarso,
e nos escritos posteriores de Clemente de Roma, Inácio, e Irineu, que
prematuramente atestaram a sucessão linear de Bispos desde a época dos
apóstolos.
Alguns historiadores afirmam que os papas não
possuíam direitos ou privilégios primaciais no cristianismo primitivo sobre a
Igreja Universal, no entanto, uma vez que em muitas ocasiões os Bispos de Roma
intervieram em comunidades locais, como Clemente I,] ou
tentaram estabelecer uma doutrina vinculativa a Igreja Universal como Vítor I
(sobre a controvérsia
quartodecimana), a visão predominante
entre os historiadores, é que a Sé e o Bispo de Roma possuíam nesse período uma
proeminência em questões relacionadas aos assuntos da Igreja Católica, mas esse
papel se desenvolveu e se acentuou profundamente nos séculos seguintes, especialmente
a partir do século V e após
o XI.
Sto. Tomás de Aquino
pai e doutor da Igreja.
O Cristianismo
Primitivo (30-325 d.C)
São Policarpo
de Esmirna foi um dos primeiros pais da Igreja.
O primeiro documento fornecido por um papa, é de
Clemente I no final do século I, em que interveio em uma disputa em Corinto,
na Grécia, Clemente
foi o primeiro Pai Apostólico da Igreja, fundando o período eclesiástico patrístico, que duraria até o século VIII.
No século II os bispos romanos erigiram monumentos aos apóstolos Pedro e Paulo,
davam esmolas às igrejas
pobres e lutaram contra gnósticos e montanistasna Ásia Menor.
No final do mesmo século, o Papa Vítor I ameaça
de excomunhão os bispos orientais que continuarem praticando a Páscoa em 14
de Nisã (quartodecimanismo).
Nessa época Santo Inácio, e algum tempo depois
Santo Ireneu, enfatizam a posição única do bispo de Roma.
No século III os
papas preocuparam-se em afirmar a possibilidade do perdão dos pecados, se os
fiéis se arrependessem e fizessem penitência (ao contrário do que pregava
o novacionismo),
como pode ser observado nos decretos de Calixto I e Cornélio I.
No final desse século, papas como Estêvão I e Sisto II condenaram
o rebatismo, como pregava a
heresia do donatismo.
Muitos aspectos da vida dos papas primitivos,
especialmente os primeiros, permanece envolta em mistério, como São Lino, que teria sido
o segundo papa, cuja vida e ações como Bispo de Roma é incerta e desconhecida. Devido
a perseguição aos
cristãos pelo Império Romano,
os livros da vida dos santos de Roma afirmam que foram mártires todos os Papas dessa época, sendo a
maioria dos pontificados curto (embora exista incerteza sobre a morte de muitos
Bispos de Roma, cujos relatos de martírio surgiram apenas muito tempo depois de
sua morte, como por exemplo, São Clemente I, que viveu no final do século I,
mas a história de seu martírio remonta apenas ao século IV).
Alexandria e Antioquia também eram centros importantes para o
cristianismo e seus bispos possuíam jurisdição sobre certos territórios. Muitos
historiadores tem sugerido que seus poderes especiais provieram do fato de que
as três comunidades foram chefiadas por São Pedro (Roma e
Antioquia foram, segundo a Sagrada
Escritura e Tradição fundadas por Pedro e Alexandria por seu
discípulo São Marcos).
Antiguidade
Tardia Cesaropapismo
Em 313, o imperador Constantino I concede
liberdade para todas as religiões iniciando a Paz na Igreja;
e passando a interferir em diversas questões eclesiásticas (como a convocação
em 325 do Primeiro Concílio
de Niceia), originando o cesaropapismo,
e uma relação de "difícil entrosamento entre Igreja e
Estado". Constantino também ordenou a construção de três basílicas em Roma e
as doou ao papado.
A organização conciliar e sinodal que havia sido vital no século III,
também cresceu em importância nessa época – através dos concílios ecumênicos convocados pelos imperadores (por questões
pragmáticas e também cesaropapistas), para proporcionar uma resolução
definitiva para os litígios doutrinários na Igreja Católica. A tentativa de
alguns concílios de independerem da autoridade papal, desafiá-la ou mesmo
controlá-la, fez que o Papa Bonifácio I declarasse precocemente que o poder papal é
superior ao conciliar e o último não pode julgá-lo. Uma das primeiras
demonstrações de um poder estatal administrado
pelos papas, também surgiu nessa época, embora fosse de caráter puramente
diplomático, como "defensor dos necessitados e da população", como
observado por exemplo, no confronto do Papa Leão I com Átila, imperador
dos hunos, em que Leão convence Átila a não invadir e
saquear Roma.
Nessa época também aprofundaram-se os conflitos
entre a Igreja do Ocidente e Oriente. Em 330 a capital do Império Romano foi
transferida para Constantinopla,
dessa maneira rapidamente no Império Romano
do Oriente o poder civil controlou a Igreja e o bispo de
Constantinopla cresceu em importância,
baseando seu poder no fato de ser bispo da capital e por ser um homem de
confiança do Imperador, no Ocidente por sua vez, o bispo de Roma
pôde consolidar a influência e o poder que já possuía desde o cristianismo primitivo. Em 380, o Édito de Tessalónica publicado pelo imperador Teodósio I,
estabeleceu que a religião católica conforme
ensinada pelo Papa Dâmaso I,
como religião de estado exclusiva do Império.
Idade Média –
Papado Ostrogodo
Após a queda do Império
Romano do Ocidente, a Itália foi dominada
pelo Reino Ostrogodo,
sendo que o rei ostrogodo era tolerante com a Igreja e não interferia em
questões dogmáticas.
Rapidamente tribos bárbaras se converteram ao arianismo ou ao catolicismo. Quando o rei dos
francos Clóvis I, converteu-se
ao catolicismo, aliando-se assim com o papado e os mosteiros, outras tribos
como os visigodos seguiram
seu exemplo.
Em 494 o Papa Gelásio I a
fim de refrear o cesaropapismo e o abuso dos governantes seculares, publica a
epístola Duo sunt,
sobre as competências do poder temporal e espiritual, na qual defende que os
papas e os bispos devem administrar a Igreja; e o imperador e os príncipes a
vida temporal, cada um independente do outro.
No final do século VI, o Papa Gregório, o Grande iniciou
reformas administrativas e organizou missões para evangelizar a Grã-Bretanha.
Gregório também foi um importante teólogo, e suas
perspectivas representam a mudança religiosa da perspectiva clássica para a
medieval.
Seus escritos tratam sobre demonologia, angelologia, escatologia e
etc. Logo no início do século VII exércitos
muçulmanos haviam conquistado grande parte do sul do Mediterrâneo, e
representam uma ameaça para a cristandade ocidental.
Papado Bizantino
(537-752 d. C) – Influência dos Francos (537-857 d.C)
No século VIII a iconoclastia (destruição
de imagens religiosas), tornou-se uma fonte de conflito entre os papas e a Igreja
Oriental. A eleição do papa nessa época era conturbada, especialmente
devido ao poder civil, enquanto alguns imperadores como (771-814),
e Luís I, o Piedoso (814-840) não interferiram e respeitaram as
eleições papais, Lotário I (823-855),
interveio abertamente e exigiu a confirmação do Sacro Imperador
Romano na eleição papal. Em 898, o Papa João IX em
um concílio realizado em Roma, decretou que a eleição devia ser feita apenas
pelos cardeais-bispos e pelo clero.
No final do mesmo século, buscando proteção contra
os lombardos, o Papa Estevão II apelou para os francos para proteger a
Igreja, Pepino, o Breve subjugou
os lombardos e doou terras italianas ao papa, formando então os Estados Pontifícios, que se tornou o Estado da Igreja. Quando
o Papa Leão III coroou Carlos Magno (800),
os próximos imperadores passaram a ser ungidos por um papa.
Carlos
Magno conjuntamente com a Igreja inicia uma importante reforma educacional e
artística, conhecida como Renascimento
carolíngio.
Saeculum obscurum
O assassinato do Papa João VIII inaugurou
um período marcado por curtos pontificados, no qual doze papas foram mortos
(algumas vezes após sua deposição), mais três depostos e dois abdicaram, num
período conhecido pelos historiadores como Saeculum Obscurum (latim: idade das trevas), sendo
considerado o ponto "mais baixo do papado". Durante este período, os papas eram
fortemente influenciados e lutaram com uma poderosa família aristocrática, Teofilactos e
seus parentes, sendo depostos ou assassinados.
Na sequência da aliança do Papa Sérgio III com Teofilato I, Conde de Túsculo (o pai de Marózia) e sua esposa, Teodora, os Teofilactos influenciaram
com sucesso na eleição de quatro dos próximos cinco papas.
O filho de Sérgio III com Marozia se tornou o Papa João XI,
sendo deposto pelo rei Alberico II de
Espoleto, que foi capaz de controlar a instalação dos
próximos quatro papas, acabando por instalar seu próprio filho, o Papa João XII,
cujo principal ato foi a coroar Oto
I como imperador do Sacro Império Romano.
Um sínodo em 963 depôs João XII, e Oto I elegeu o Antipapa Leão VIII (963-965),
mas os romanos não o aceitaram e quando seu protetor partiu, ele foi deposto
por um outro sínodo no início do ano seguinte e João XII
reassumiu o cargo; no entanto, morre repentinamente e o povo elege o Papa Bento V (964), que
Oto I substituí por Leão VIII, agora papa legítimo. Oto teve ainda mais sucesso
no processo de nomeação do Papa João XIII (965-972)
e do Papa Bento VI (973-974).
Conflitos com o
Sacro Imperador
O cargo do imperador carolíngio foi disputado entre
os seus herdeiros e senhores locais, nenhum saiu vitorioso até que Oto I, Sacro
Imperador Romano-Germânico invadiu
a Itália. A Itália
tornou-se um reino constituinte do Sacro Império Romano em 962, a partir do ponto dos imperadores germânicos. Com
a sua posição de imperador consolidada, as cidades-estados do norte da Itália
se dividiram entre Guelfos e Gibelinos. Devido às interferências do poder civil, os
conflitos no processo de escolha dos papas continuavam, por exemplo, Henrique
III ao visitar Roma em 1048, encontrou dois antipapas e várias disputas
provocadas pelo Papa Bento IX,
Henrique instalou seu próprio candidato preferido ao papado, o Papa Clemente II.
A história do papado de 1048 a 1257 continuará a ser marcada por conflitos entre
papas e os Sacro Imperadores
Romanos.
Grande Cisma do
Oriente
Do século V ao XI foram
numerosas as rupturas seguidas de reconciliação entre as igrejas do Ocidente e
Oriente. Em 1054 os legados romanos do Papa Leão IX,
viajaram para Constantinopla para insistir no reconhecimento da primazia papal,
o patriarca de Constantinopla se recusou a reconhecer sua autoridade e se
excomungaram mutuamente, posteriormente a separação entre Ocidente e
Oriente se desenvolveu quando todos os outros patriarcas orientais apoiaram
Constantinopla, no evento do Grande Cisma.
Reforma Gregoriana e Questão das Investiduras
Desde o século VII era
comum entre o reino dos Francos, bem como na Itália e na Espanha, que os reis, imperadores e nobres fundassem
bispados e abadias, nomeando ou depondo os clérigos do local, e controlando
suas ações. As investiduras (nomeações)
feitas pelos nobres visavam interesses pessoais e do reino, provocando a
corrupção entre os membros do clero.
Entre os anos 900 e 1050 surgiram ideais e centros de reforma contra
os abusos e a corrupção, como os mosteiros de Cluny (França) e
Görze (Alemanha), de onde partem grupos renovadores para a Bélgica, Itália,
Espanha, Inglaterra e demais países europeus. A abadia de Cluny,
que surgiu em 910, quando os
mosteiros estavam em profunda decadência, foi fundada pelo duque Guilherme de
Aquitânia que, renunciou ao direito de propriedade e doou-a
ao papa, assegurando a liberdade do mosteiro
Assim "a abadia ganhou o antigo rigor
monástico e profunda renovação espiritual, pois ingressava em Cluny quem
realmente queria ser monge (…) Cluny colocou-se a serviço da liberdade da vida
monástica, e de toda a Igreja. Era um mosteiro livre (…) Seu exemplo se
alastra: Papas e bispos, (…) chamam os monges de Cluny para reformarem seus
mosteiros".
Em 1059 o Papa Nicolau II promulga
a bula In nomine Domini estabelecendo como únicos eleitores do papa os cardeais da Igreja Romana (apesar ainda de seguido
pela aprovação dos leigos de Roma e
pelo Sacro Imperador
Romano). Marco de uma transformação política duradoura, a
bula de 1059 marca a ruptura de antigos equilíbrios de poder no interior da
cidade de Roma, mediante os quais o papado era controlado por famílias da
nobreza do Lácio: "tratava-se de uma fórmula escrita sob a pressão da
realidade local, orientada para cravar a separação entre os poderes - o
aristocrático e o episcopal - da cidade. A In nomine Domini foi uma declaração
de política local, não a carta de fundação de uma abstrata monarquia papal".
Em 1073, esses ideais ganharam força com a eleição
do Papa São Gregório VII, que baseando-se em ideais ascetas e monásticos, adotou
uma série de medidas no movimento conhecido como Reforma Gregoriana - denominação controversa e criticada por
diversos historiadores.
A luta empreendida contra a simonia e a intromissão do poder laico na investidura
de bispos, abades e dos próprios papas, tentando restaurar a disciplina
eclesiástica, transcorreu em meio a drásticas alterações das redes
regionais de alianças e de oposição à autoridade papal, permitindo a
recolocação e a ampliação do exercício do poder pontifício junto a diversos
círculos aristocráticos do ocidente. Em reação, o imperador do Sacro
Império Henrique
IV, aliou-se a bispos alemães proibidos de exercerem
suas funções religiosas, e considerou o papa deposto; este, em resposta,
excomungou o imperador. Desenvolveu então um conflito aberto entre eles, que
ficou conhecido como "Questão das
Investiduras". Henrique IV em 1077, pediu perdão ao papa por meio da Penitência de Canossa, embora não dispositiva no contexto da disputa,
tornou-se lendária. Esse conflito só foi resolvido em 1122, pela Concordata de Worms, que adotou uma solução de meio-termo: caberia ao
papa a investidura espiritual dos bispos e ao imperador, a investidura
temporal.
Em 1095, o imperador bizantino Aleixo I pediu
ao Papa Urbano II para
ajudá-lo militarmente contra as invasões muçulmanas, assim Urbano,
no concílio de Clermont convoca a Primeira Cruzada,
destinada a auxiliar o Império bizantino a retomar os antigos territórios
cristãos, especialmente Jerusalém. As
cruzadas provocaram a formação de várias ordens militares, tais como os Cavaleiros Templários, os Cavaleiros
Hospitalários, e os Cavaleiros Teutônicos. Em 1209, o Papa Inocêncio III declarou a Cruzada dos
Albigenses contra os Cátaros, uma seita gnóstica cristã que se instalara
no Languedoc, França. Para regulamentar a maneira como a Igreja lhe
dava com os hereges, em 1231, Gregório IX instituiu a Inquisição Papal.
a)
Defender a Terrad Sana das inúmeras invasões e
proteger os lugares sagrados.
b)
Garantir a segurança aos peregrinos que fossem à
Terra Santa dos inimigos da Igreja e também dos assaltantes.
A INQUISIÇÃO
A INQUISIÇÃO
A Inquisição =
Investigação ou Inquérito, o nome certo é Tribunal do Santo Ofício, (hoje
Tribunal Eclesdiástico) tinha como objetivo combater as heresias e as práticas
não-cristãs de religiosos e leigos, regularizar as questões e de fé. Combater
os abusos cometidos pelo clero, religiosos e leigos.
A princípio a
Inquisição não tinha a ideia de punir ninguém com a morte, mas depois de certo
tempo a insubordinação de algumas pessoas levaram-nas a sofrer as consequências
deste sumplício. Ao contrário do que afirmam certos historiadores (inspirados
nas acusações mentirosas de Lutero) sobre a Inquição tiveram pena de morte
decretada. O investigado, muitas vezes após, acusado, réu e condenado sofria a
pena de expulsão, excomunhão, degredo e se fosse do clero tinha seus direitos
eclesiáticos cassado pelo Tribunal do Santo Ofício.
Também não é
verdadeira a história que se conta das grandes torturas da . O que não quer
dizer que não houve exageros opor parte de alguns clérigos. |O que dizem os
historiadores, (muitos pelas mentiras espalhadas por Lutero) , em seus livros sobre as torturas durante a
Inquisição maior parte é mentira. A Igreja não possuía tais instrumentos
grotescos de torturas. Esses existiram e eram de propriedade dos reis e dos
nobres; ficavam nos calabouços dos
castelos para punir os prisioneiros geralmente: arruaceiros, ladrões, homicidas, estrupadores, traidores,
sequestradores, escravos insobordinados, prisioneiros de guerra etc.
Lutero foi um
dos que mais usou da estratégia de espalhar
mentiras contado horrores da Inquisição Católica. Era uma estratégia de
convencer os católicos mais sinceros que resistiam converter-se ao
protestantismo. Convencendo as pessoas inventando e difamando a Igreja Católica
contando coisas horrososas e fanatasiosas até sobre a Inquisição para essas
pessoas que eram muito religiosas, mas supersticiosas. Com isso Lutero ganhou
terreno sem precisar entrar em mais um conflito religioso aproveitando do medo
das pessoas.
Hoje em
dia, os protestantes e evangélicos
pregam as mesmas mentiras porque assim aprenderam de seus professores, pais
mestres e pastores sem sueqer consultar a veracidade dessa história.
O Papa João
Paulo II – pediu perdão pelos crimes durante a Inquisição. Sim! Porque não
podemos negar os excessos que houve. O papa João Paulo II convocou os mais
renomados e sérios pesquisadores e cientistas e mandou pesquisar a fundo se a
Inquisição Católica foi mesmo do jeito que é contada pelos historiadores, (como
disse muitas vezes sem muita veracidade). O resultado foi a descoberta de que
tudo que se falava até hoje da Inquisição é o que chamamos hoje de Fake News
(Notícia Falsa). Muitas vezes não existe
nem registro histórico das acusações de torturas e mortes ou tais
pessoas nem chegaram a existir.
Em 1095, o imperador bizantino Aleixo I pediu
ao Papa Urbano II para
ajudá-lo militarmente contra as invasões muçulmanas, assim Urbano,
no concílio de Clermont convoca a Primeira Cruzada,
destinada a auxiliar o Império bizantino a retomar os antigos territórios
cristãos, especialmente Jerusalém. As
cruzadas provocaram a formação de várias ordens militares, tais como os Cavaleiros Templários, os Cavaleiros
Hospitalários, e os Cavaleiros Teutônicos. Em 1209, o Papa Inocêncio III declarou a Cruzada dos
Albigenses contra os Cátaros, uma seita gnóstica cristã que se instalara
no Languedoc, França. Para regulamentar a maneira como a Igreja lhe
dava com os hereges, em 1231, Gregório IX instituiu a Inquisição Papal.
Papado de Avinhão e o Grande Cisma do Ocidente
De 1309 a 1377, o
papa não residia em Roma, mas em Avinhão, um período
geralmente chamado de Cativeiro Babilônico, em alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.
O Papa Gregório XI deixou Avinhão e restabeleceu a Santa Sé em
Roma, onde morreu em 27 março de 1378. A eleição de seu sucessor, definiria a
residência do futuro papa em Avinhão ou Roma. O nome do Bartolommeo Prignano,
Arcebispo de Bari, considerado com uma rígida moral e inimigo da corrupção, foi proposto
e eleito em Roma por dezesseis cardeais italianos em conclave em 7 de
abril, e no dia seguinte escolheram novamente Prignano. No dia 13 eles
realizaram uma nova eleição e, novamente, escolheram o Arcebispo Prignano para
se tornar papa. Durante os dias seguintes todos os Cardeais aprovaram o novo
papa, que tomou o nome de Urbano VI e tomou
posse. No dia seguinte, o cardeais italianos notificaram oficialmente a eleição
de Urbano aos seis cardeais franceses em Avinhão, que o reconheceram como papa,
em seguida, escreveram ao chefe do império e aos demais soberanos. Tanto o
Cardeal Roberto de Genebra, o futuro Antipapa Clemente VII de Avinhão, e Pedro de
Luna de Aragão, o futuro Antipapa Bento XIII, também aprovaram sua eleição.
O Papa Urbano não
atendeu as necessidades de sua eleição, criticou os membros do Colégio Sagrado,
e se recusou a restaurar a sede pontifical em Avinhão. Os cardeais italianos
então em maio de 1378, se retiraram para Anagni, e em julho
para Fonti, sob a proteção da Rainha Joana de Nápoles e Bernardon de la Salle, iniciaram uma
campanha contra a sua escolha, e se prepararam para uma segundo eleição. Em 20
de Setembro, treze membros do Colégio Sagrado fizeram um novo conclave em Fondi
e escolheram o Roberto de Genebra como anti papa, que tomou o nome de Clemente
VII. Alguns meses depois, apoiado pelo Reino de Nápoles, assumiu sua residência em Avinhão, e o cisma
começava.
Clemente VII
possuía relações com as principais famílias reais da Europa, os estudiosos e os
santos da época normalmente apoiavam o papa adotado pelo seu país. A maior
parte de estados Italianos e Alemães, a Inglaterra e o Flanders apoiaram o
papa de Roma.
Por outro lado França, Espanha, Escócia, e todas as nações aliadas da França apoiaram o antipapa de Avinhão. Os Papas excomungaram-se mutuamente, enviando mensageiros para a cristandade defendendo sua causa. Posteriormente Bonifácio IX sucedeu Urbano VI em Roma e Bento XIII sucedeu Clemente em Avinhão. Vários clérigos reuniram-se em concílios regionais na França e em outros lugares, sem resultado definitivo. O rei da França e seus aliados em 1398 deixaram de apoiar Bento e Geoffrey Boucicaut, sitiou Avinhão, o bloqueio privou o antipapa de comunicação com todos aqueles que permaneceram fiéis a ele. Bento retomou a liberdade somente em 1403. Inocêncio VII já tinha sucedido Bonifácio de Roma, e após um pontificado de dois anos, foi sucedido por Gregório XII.
Por outro lado França, Espanha, Escócia, e todas as nações aliadas da França apoiaram o antipapa de Avinhão. Os Papas excomungaram-se mutuamente, enviando mensageiros para a cristandade defendendo sua causa. Posteriormente Bonifácio IX sucedeu Urbano VI em Roma e Bento XIII sucedeu Clemente em Avinhão. Vários clérigos reuniram-se em concílios regionais na França e em outros lugares, sem resultado definitivo. O rei da França e seus aliados em 1398 deixaram de apoiar Bento e Geoffrey Boucicaut, sitiou Avinhão, o bloqueio privou o antipapa de comunicação com todos aqueles que permaneceram fiéis a ele. Bento retomou a liberdade somente em 1403. Inocêncio VII já tinha sucedido Bonifácio de Roma, e após um pontificado de dois anos, foi sucedido por Gregório XII.
Em 1409 um
concílio que se reuniu em Pisa acrescentou
um outro antipapa e declarou os outros dois depostos. Depois de muitas
conferências, discussões, intervenções do poder civil e várias catástrofes,
o Concílio de Constança (1414) depôs o Antipapa João XXIII, recebeu a abdicação do Papa Gregório XII, e finalmente, conseguiu depor o Antipapa Bento
XIII. Em 11 de novembro de 1417, o concílio elegeu Odo Colonna, que
tomou o nome de Martinho V, terminando assim o grande cisma do Ocidente. O prestígio da Santa
Sé foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação da doutrina conciliar, que sustenta que
a autoridade suprema da Igreja encontra-se com um concílio ecumênico e não com
o papa, sendo efetivamente extinta no século XV.
O prestígio do
papado foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação
da doutrina conciliar, que sustenta que a autoridade suprema da Igreja
encontra-se com um concílio ecumênico e não com o papa, sendo efetivamente
extinta no século XV.
Continua na 2ª parte ...
Continua na 2ª parte ...
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