sábado, 15 de setembro de 2018

HISTÓRIA DO PAPADO PRIMEIRA PARTE





 "Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja" Mt16, 18 

História do papado é a história do Papa e Bispo de Roma, chefe da Igreja Católica, tanto em seu papel espiritual e temporal, que cobre um período de aproximadamente dois mil anos.
O papado é uma das instituições mais duradouras do mundo, e teve uma participação proeminente na história da humanidade. A Igreja Católica acredita que a "doutrina (…) sobre o papado é bíblica e decorre do primado de São Pedro entre os Apóstolos de Jesus. Como todas as doutrinas cristãs, desenvolveu-se ao longo dos séculos, mas não se afastou dos seus elementos essenciais, presentes na liderança do Apóstolo Pedro.”
Os papas na Antiguidade auxiliaram na propagação do cristianismo e a resolver diversas disputas doutrinárias. Na Idade Média eles desempenharam um papel secular importante na Europa Ocidental, muitas vezes, servindo de árbitros entre os monarcas e evitando diversas guerras na Europa.  Atualmente, para além da expansão e doutrina da fé cristã, os Papas se dedicam ao diálogo inter-religioso, a trabalhos de caridade e à defesa dos direitos humanos. 
Não existe uma lista oficial de papas, mas o Anuário Pontifício, publicado anualmente pelo Vaticano, contém uma lista que é geralmente considerada a mais correta, colocando o atual Papa Francisco como o 266º Papa.

Controvérsia sobre acontecimentos Históricos
Existe grande controvérsia entre os historiadores sobre a história do papado durante o cristianismo primitivo, destacando-se a questão da veracidade do martírio de Pedro e Paulo em Roma; sobre a organização da Igreja Romana no século I e princípio do século II, e o exercício da primazia papal.
Alguns historiadores argumentam que Pedro nunca foi realmente a Roma, e que essa crença se originou somente mais tarde. No entanto, outros estudiosos citando os documentos cristãos primitivos (mais proeminentemente, a descrição da morte Pedro e Paulo em Roma nas cartas de Clemente em c. 96, Santo Inácio de Antioquia em c. 107,  Dionísio de Corinto entre 166 e 176, e Irineu de Lyon, em torno de 180 d.C. concluem que Pedro foi de fato martirizado em Roma.
Uma vez que no século I os termos “presbíteros e bispos” eram sinônimos usados para os líderes da igreja local submetidos a um apóstolo; muitos argumentam que no final do século I e até a metade do século II, a Igreja Romana não possuía uma organização monoepiscopal (um só Bispo como chefe da igreja local), mas uma forma colegiada de liderança, sendo que o monoepiscopado começou somente mais tarde, e assim, originalmente o ministério papal não existia. No entanto, outros estudiosos discordam, defendendo que os apóstolos designaram seus sucessores na liderança das igrejas locais (originalmente também chamados de "apóstolos" e no início do século II, de “bispos”), como por exemplo, Tito e Timóteo investidos por Paulo de Tarso, e nos escritos posteriores de Clemente de Roma, Inácio, e Irineu, que prematuramente atestaram a sucessão linear de Bispos desde a época dos apóstolos.
Alguns historiadores afirmam que os papas não possuíam direitos ou privilégios primaciais no cristianismo primitivo sobre a Igreja Universal, no entanto, uma vez que em muitas ocasiões os Bispos de Roma intervieram em comunidades locais, como Clemente I,] ou tentaram estabelecer uma doutrina vinculativa a Igreja Universal como Vítor I (sobre a controvérsia quartodecimana), a visão predominante entre os historiadores, é que a Sé e o Bispo de Roma possuíam nesse período uma proeminência em questões relacionadas aos assuntos da Igreja Católica, mas esse papel se desenvolveu e se acentuou profundamente nos séculos seguintes, especialmente a partir do século V e após o XI


Sto. Tomás de Aquino 
pai  e doutor da Igreja.

O Cristianismo Primitivo (30-325 d.C)

São Policarpo de Esmirna foi um dos primeiros pais da Igreja.
O primeiro documento fornecido por um papa, é de Clemente I no final do século I, em que interveio em uma disputa em Corinto, na Grécia, Clemente foi o primeiro Pai Apostólico da Igreja, fundando o período eclesiástico patrístico, que duraria até o século VIII. No século II os bispos romanos erigiram monumentos aos apóstolos Pedro e Paulo, davam esmolas às igrejas pobres e lutaram contra gnósticos e montanistasna Ásia Menor.
No final do mesmo século, o Papa Vítor I ameaça de excomunhão os bispos orientais que continuarem praticando a Páscoa em 14 de Nisã (quartodecimanismo).
Nessa época Santo Inácio, e algum tempo depois Santo Ireneu, enfatizam a posição única do bispo de Roma.
No século III os papas preocuparam-se em afirmar a possibilidade do perdão dos pecados, se os fiéis se arrependessem e fizessem penitência (ao contrário do que pregava o novacionismo), como pode ser observado nos decretos de Calixto I e Cornélio I. No final desse século, papas como Estêvão I e Sisto II condenaram o rebatismo, como pregava a heresia do donatismo.
Muitos aspectos da vida dos papas primitivos, especialmente os primeiros, permanece envolta em mistério, como São Lino, que teria sido o segundo papa, cuja vida e ações como Bispo de Roma é incerta e desconhecida. Devido a perseguição aos cristãos pelo Império Romano, os livros da vida dos santos de Roma afirmam que foram mártires todos os Papas dessa época, sendo a maioria dos pontificados curto (embora exista incerteza sobre a morte de muitos Bispos de Roma, cujos relatos de martírio surgiram apenas muito tempo depois de sua morte, como por exemplo, São Clemente I, que viveu no final do século I, mas a história de seu martírio remonta apenas ao século IV).
Alexandria e Antioquia também eram centros importantes para o cristianismo e seus bispos possuíam jurisdição sobre certos territórios. Muitos historiadores tem sugerido que seus poderes especiais provieram do fato de que as três comunidades foram chefiadas por São Pedro (Roma e Antioquia foram, segundo a Sagrada Escritura e Tradição fundadas por Pedro e Alexandria por seu discípulo São Marcos).



Antiguidade Tardia Cesaropapismo
Em 313, o imperador Constantino I concede liberdade para todas as religiões iniciando a Paz na Igreja; e passando a interferir em diversas questões eclesiásticas (como a convocação em 325 do Primeiro Concílio de Niceia), originando o cesaropapismo, e uma relação de "difícil entrosamento entre Igreja e Estado". Constantino também ordenou a construção de três basílicas em Roma e as doou ao papado.
A organização conciliar e sinodal que havia sido vital no século III, também cresceu em importância nessa época – através dos concílios ecumênicos convocados pelos imperadores (por questões pragmáticas e também cesaropapistas), para proporcionar uma resolução definitiva para os litígios doutrinários na Igreja Católica. A tentativa de alguns concílios de independerem da autoridade papal, desafiá-la ou mesmo controlá-la, fez que o Papa Bonifácio I declarasse precocemente que o poder papal é superior ao conciliar e o último não pode julgá-lo. Uma das primeiras demonstrações de um poder estatal administrado pelos papas, também surgiu nessa época, embora fosse de caráter puramente diplomático, como "defensor dos necessitados e da população", como observado por exemplo, no confronto do Papa Leão I com Átilaimperador dos hunos, em que Leão convence Átila a não invadir e saquear Roma.
Nessa época também aprofundaram-se os conflitos entre a Igreja do Ocidente e Oriente. Em 330 a capital do Império Romano foi transferida para Constantinopla, dessa maneira rapidamente no Império Romano do Oriente o poder civil controlou a Igreja e o bispo de Constantinopla cresceu em importância, baseando seu poder no fato de ser bispo da capital e por ser um homem de confiança do Imperador, no Ocidente por sua vez, o bispo de Roma pôde consolidar a influência e o poder que já possuía desde o cristianismo primitivo. Em 380, o Édito de Tessalónica publicado pelo imperador Teodósio I, estabeleceu que a religião católica conforme ensinada pelo Papa Dâmaso I, como religião de estado exclusiva do Império.
Idade Média – Papado Ostrogodo 
Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Itália foi dominada pelo Reino Ostrogodo, sendo que o rei ostrogodo era tolerante com a Igreja e não interferia em questões dogmáticas.
Rapidamente tribos bárbaras se converteram ao arianismo ou ao catolicismo. Quando o rei dos francos Clóvis I, converteu-se ao catolicismo, aliando-se assim com o papado e os mosteiros, outras tribos como os visigodos seguiram seu exemplo.
Em 494 o Papa Gelásio I a fim de refrear o cesaropapismo e o abuso dos governantes seculares, publica a epístola Duo sunt, sobre as competências do poder temporal e espiritual, na qual defende que os papas e os bispos devem administrar a Igreja; e o imperador e os príncipes a vida temporal, cada um independente do outro.
No final do século VI, o Papa Gregório, o Grande iniciou reformas administrativas e organizou missões para evangelizar a Grã-Bretanha.
Gregório também foi um importante teólogo, e suas perspectivas representam a mudança religiosa da perspectiva clássica para a medieval.
Seus escritos tratam sobre demonologiaangelologiaescatologia e etc. Logo no início do século VII exércitos muçulmanos haviam conquistado grande parte do sul do Mediterrâneo, e representam uma ameaça para a cristandade ocidental.

Papado Bizantino (537-752 d. C) – Influência dos Francos (537-857 d.C)

No século VIII a iconoclastia (destruição de imagens religiosas), tornou-se uma fonte de conflito entre os papas e a Igreja Oriental. A eleição do papa nessa época era conturbada, especialmente devido ao poder civil, enquanto alguns imperadores como  (771-814), e Luís I, o Piedoso (814-840) não interferiram e respeitaram as eleições papais, Lotário I (823-855), interveio abertamente e exigiu a confirmação do Sacro Imperador Romano na eleição papal. Em 898, o Papa João IX em um concílio realizado em Roma, decretou que a eleição devia ser feita apenas pelos cardeais-bispos e pelo clero.
No final do mesmo século, buscando proteção contra os lombardos, o Papa Estevão II apelou para os francos para proteger a Igreja, Pepino, o Breve subjugou os lombardos e doou terras italianas ao papa, formando então os Estados Pontifícios, que se tornou o Estado da Igreja. Quando o Papa Leão III coroou Carlos Magno (800), os próximos imperadores passaram a ser ungidos por um papa. 
Carlos Magno conjuntamente com a Igreja inicia uma importante reforma educacional e artística, conhecida como Renascimento carolíngio.

Saeculum obscurum
O assassinato do Papa João VIII inaugurou um período marcado por curtos pontificados, no qual doze papas foram mortos (algumas vezes após sua deposição), mais três depostos e dois abdicaram, num período conhecido pelos historiadores como Saeculum Obscurum (latimidade das trevas), sendo considerado o ponto "mais baixo do papado". Durante este período, os papas eram fortemente influenciados e lutaram com uma poderosa família aristocráticaTeofilactos e seus parentes, sendo depostos ou assassinados.
Na sequência da aliança do Papa Sérgio III com Teofilato IConde de Túsculo (o pai de Marózia) e sua esposa, Teodora, os Teofilactos influenciaram com sucesso na eleição de quatro dos próximos cinco papas.
O filho de Sérgio III com Marozia se tornou o Papa João XI, sendo deposto pelo rei Alberico II de Espoleto, que foi capaz de controlar a instalação dos próximos quatro papas, acabando por instalar seu próprio filho, o Papa João XII, cujo principal ato foi a coroar Oto I como imperador do Sacro Império Romano.
Um sínodo em 963 depôs João XII, e Oto I elegeu o Antipapa Leão VIII (963-965), mas os romanos não o aceitaram e quando seu protetor partiu, ele foi deposto por um outro sínodo no início do ano seguinte e João XII reassumiu o cargo; no entanto, morre repentinamente e o povo elege o Papa Bento V (964), que Oto I substituí por Leão VIII, agora papa legítimo. Oto teve ainda mais sucesso no processo de nomeação do Papa João XIII (965-972) e do Papa Bento VI (973-974).

Conflitos com o Sacro Imperador
O cargo do imperador carolíngio foi disputado entre os seus herdeiros e senhores locais, nenhum saiu vitorioso até que Oto I, Sacro Imperador Romano-Germânico invadiu a Itália. A Itália tornou-se um reino constituinte do Sacro Império Romano em 962, a partir do ponto dos imperadores germânicos. Com a sua posição de imperador consolidada, as cidades-estados do norte da Itália se dividiram entre Guelfos e Gibelinos. Devido às interferências do poder civil, os conflitos no processo de escolha dos papas continuavam, por exemplo, Henrique III ao visitar Roma em 1048, encontrou dois antipapas e várias disputas provocadas pelo Papa Bento IX, Henrique instalou seu próprio candidato preferido ao papado, o Papa Clemente II.
A história do papado de 1048 a 1257 continuará a ser marcada por conflitos entre papas e os Sacro Imperadores Romanos.

Grande Cisma do Oriente
Do século V ao XI foram numerosas as rupturas seguidas de reconciliação entre as igrejas do Ocidente e Oriente. Em 1054 os legados romanos do Papa Leão IX, viajaram para Constantinopla para insistir no reconhecimento da primazia papal, o patriarca de Constantinopla se recusou a reconhecer sua autoridade e se excomungaram mutuamente, posteriormente a separação entre Ocidente e Oriente se desenvolveu quando todos os outros patriarcas orientais apoiaram Constantinopla, no evento do Grande Cisma.

Reforma Gregoriana e Questão das Investiduras
Desde o século VII era comum entre o reino dos Francos, bem como na Itália e na Espanha, que os reis, imperadores e nobres fundassem bispados e abadias, nomeando ou depondo os clérigos do local, e controlando suas ações. As investiduras (nomeações) feitas pelos nobres visavam interesses pessoais e do reino, provocando a corrupção entre os membros do clero.
Entre os anos 900 e 1050 surgiram ideais e centros de reforma contra os abusos e a corrupção, como os mosteiros de Cluny (França) e Görze (Alemanha), de onde partem grupos renovadores para a Bélgica, Itália, Espanha, Inglaterra e demais países europeus. A abadia de Cluny, que surgiu em 910, quando os mosteiros estavam em profunda decadência, foi fundada pelo duque Guilherme de Aquitânia que, renunciou ao direito de propriedade e doou-a ao papa, assegurando a liberdade do mosteiro
Assim "a abadia ganhou o antigo rigor monástico e profunda renovação espiritual, pois ingressava em Cluny quem realmente queria ser monge (…) Cluny colocou-se a serviço da liberdade da vida monástica, e de toda a Igreja. Era um mosteiro livre (…) Seu exemplo se alastra: Papas e bispos, (…) chamam os monges de Cluny para reformarem seus mosteiros".
Em 1059 o Papa Nicolau II promulga a bula In nomine Domini estabelecendo como únicos eleitores do papa os cardeais da Igreja Romana (apesar ainda de seguido pela aprovação dos leigos de Roma e pelo Sacro Imperador Romano). Marco de uma transformação política duradoura, a bula de 1059 marca a ruptura de antigos equilíbrios de poder no interior da cidade de Roma, mediante os quais o papado era controlado por famílias da nobreza do Lácio: "tratava-se de uma fórmula escrita sob a pressão da realidade local, orientada para cravar a separação entre os poderes - o aristocrático e o episcopal - da cidade. A In nomine Domini foi uma declaração de política local, não a carta de fundação de uma abstrata monarquia papal".
Em 1073, esses ideais ganharam força com a eleição do Papa São Gregório VII, que baseando-se em ideais ascetas e monásticos, adotou uma série de medidas no movimento conhecido como Reforma Gregoriana - denominação controversa e criticada por diversos historiadores.
 A luta empreendida contra a simonia e a intromissão do poder laico na investidura de bispos, abades e dos próprios papas, tentando restaurar a disciplina eclesiástica, transcorreu em meio a drásticas alterações das redes regionais de alianças e de oposição à autoridade papal, permitindo a recolocação e a ampliação do exercício do poder pontifício junto a diversos círculos aristocráticos do ocidente. Em reação, o imperador do Sacro Império Henrique IV, aliou-se a bispos alemães proibidos de exercerem suas funções religiosas, e considerou o papa deposto; este, em resposta, excomungou o imperador. Desenvolveu então um conflito aberto entre eles, que ficou conhecido como "Questão das Investiduras". Henrique IV em 1077, pediu perdão ao papa por meio da Penitência de Canossa, embora não dispositiva no contexto da disputa, tornou-se lendária. Esse conflito só foi resolvido em 1122, pela Concordata de Worms, que adotou uma solução de meio-termo: caberia ao papa a investidura espiritual dos bispos e ao imperador, a investidura temporal.

As Cruzadas

Em 1095, o imperador bizantino Aleixo I pediu ao Papa Urbano II para ajudá-lo militarmente contra as invasões muçulmanas, assim Urbano, no concílio de Clermont convoca a Primeira Cruzada, destinada a auxiliar o Império bizantino a retomar os antigos territórios cristãos, especialmente Jerusalém. As cruzadas provocaram a formação de várias ordens militares, tais como os Cavaleiros Templários, os Cavaleiros Hospitalários, e os Cavaleiros Teutônicos. Em 1209, o Papa Inocêncio III declarou a Cruzada dos Albigenses contra os Cátaros, uma seita gnóstica cristã que se instalara no LanguedocFrança. Para regulamentar a maneira como a Igreja lhe dava com os hereges, em 1231, Gregório IX instituiu a Inquisição Papal.




Os principais propósito das Cruzadas era:
    a)      Defender a Terrad Sana das inúmeras invasões e proteger os lugares sagrados.
     b)     Garantir a segurança aos peregrinos que fossem à Terra Santa dos inimigos da Igreja e também dos assaltantes.     

         









 A INQUISIÇÃO 


A Inquisição = Investigação ou Inquérito, o nome certo é Tribunal do Santo Ofício, (hoje Tribunal Eclesdiástico) tinha como objetivo combater as heresias e as práticas não-cristãs de religiosos e leigos, regularizar as questões e de fé. Combater os abusos cometidos pelo clero, religiosos e leigos.
A princípio a Inquisição não tinha a ideia de punir ninguém com a morte, mas depois de certo tempo a insubordinação de algumas pessoas levaram-nas a sofrer as consequências deste sumplício. Ao contrário do que afirmam certos historiadores (inspirados nas acusações mentirosas de Lutero) sobre a Inquição tiveram pena de morte decretada. O investigado, muitas vezes após, acusado, réu e condenado sofria a pena de expulsão, excomunhão, degredo e se fosse do clero tinha seus direitos eclesiáticos cassado pelo Tribunal do Santo Ofício.   


Também não é verdadeira a história que se conta das grandes torturas da . O que não quer dizer que não houve exageros opor parte de alguns clérigos. |O que dizem os historiadores, (muitos pelas mentiras espalhadas por Lutero) ,   em seus livros sobre as torturas durante a Inquisição maior parte é mentira. A Igreja não possuía tais instrumentos grotescos de torturas. Esses existiram e eram de propriedade dos reis e dos nobres;  ficavam nos calabouços dos castelos para punir os prisioneiros geralmente: arruaceiros,  ladrões, homicidas, estrupadores, traidores, sequestradores, escravos insobordinados, prisioneiros de guerra etc. 
Lutero foi um dos que mais usou da estratégia de espalhar  mentiras contado horrores da Inquisição Católica. Era uma estratégia de convencer os católicos mais sinceros que resistiam converter-se ao protestantismo. Convencendo as pessoas inventando e difamando a Igreja Católica contando coisas horrososas e fanatasiosas até sobre a Inquisição para essas pessoas que eram muito religiosas, mas supersticiosas. Com isso Lutero ganhou terreno sem precisar entrar em mais um conflito religioso aproveitando do medo das pessoas.
Hoje em dia,  os protestantes e evangélicos pregam as mesmas mentiras porque assim aprenderam de seus professores, pais mestres e pastores sem sueqer consultar a veracidade dessa história. 
O Papa João Paulo II – pediu perdão pelos crimes durante a Inquisição. Sim! Porque não podemos negar os excessos que houve. O papa João Paulo II convocou os mais renomados e sérios pesquisadores e cientistas e mandou pesquisar a fundo se a Inquisição Católica foi mesmo do jeito que é contada pelos historiadores, (como disse muitas vezes sem muita veracidade). O resultado foi a descoberta de que tudo que se falava até hoje da Inquisição é o que chamamos hoje de Fake News (Notícia Falsa). Muitas vezes não existe  nem registro histórico das acusações de torturas e mortes ou tais pessoas nem chegaram a existir.                
Em 1095, o imperador bizantino Aleixo I pediu ao Papa Urbano II para ajudá-lo militarmente contra as invasões muçulmanas, assim Urbano, no concílio de Clermont convoca a Primeira Cruzada, destinada a auxiliar o Império bizantino a retomar os antigos territórios cristãos, especialmente Jerusalém. As cruzadas provocaram a formação de várias ordens militares, tais como os Cavaleiros Templários, os Cavaleiros Hospitalários, e os Cavaleiros Teutônicos. Em 1209, o Papa Inocêncio III declarou a Cruzada dos Albigenses contra os Cátaros, uma seita gnóstica cristã que se instalara no LanguedocFrança. Para regulamentar a maneira como a Igreja lhe dava com os hereges, em 1231, Gregório IX instituiu a Inquisição Papal.

Papado de Avinhão e o Grande Cisma do Ocidente  

De 1309 a 1377, o papa não residia em Roma, mas em Avinhão, um período geralmente chamado de Cativeiro Babilônico, em alusão ao exílio bíblico de Israel na Babilônia.
Papa Gregório XI deixou Avinhão e restabeleceu a Santa Sé em Roma, onde morreu em 27 março de 1378. A eleição de seu sucessor, definiria a residência do futuro papa em Avinhão ou Roma. O nome do Bartolommeo Prignano, Arcebispo de Bari, considerado com uma rígida moral e inimigo da corrupção, foi proposto e eleito em Roma por dezesseis cardeais italianos em conclave em 7 de abril, e no dia seguinte escolheram novamente Prignano. No dia 13 eles realizaram uma nova eleição e, novamente, escolheram o Arcebispo Prignano para se tornar papa. Durante os dias seguintes todos os Cardeais aprovaram o novo papa, que tomou o nome de Urbano VI e tomou posse. No dia seguinte, o cardeais italianos notificaram oficialmente a eleição de Urbano aos seis cardeais franceses em Avinhão, que o reconheceram como papa, em seguida, escreveram ao chefe do império e aos demais soberanos. Tanto o Cardeal Roberto de Genebra, o futuro Antipapa Clemente VII de Avinhão, e Pedro de Luna de Aragão, o futuro Antipapa Bento XIII, também aprovaram sua eleição.
O Papa Urbano não atendeu as necessidades de sua eleição, criticou os membros do Colégio Sagrado, e se recusou a restaurar a sede pontifical em Avinhão. Os cardeais italianos então em maio de 1378, se retiraram para Anagni, e em julho para Fonti, sob a proteção da Rainha Joana de Nápoles e Bernardon de la Salle, iniciaram uma campanha contra a sua escolha, e se prepararam para uma segundo eleição. Em 20 de Setembro, treze membros do Colégio Sagrado fizeram um novo conclave em Fondi e escolheram o Roberto de Genebra como anti papa, que tomou o nome de Clemente VII. Alguns meses depois, apoiado pelo Reino de Nápoles, assumiu sua residência em Avinhão, e o cisma começava.
Clemente VII possuía relações com as principais famílias reais da Europa, os estudiosos e os santos da época normalmente apoiavam o papa adotado pelo seu país. A maior parte de estados Italianos e Alemães, a Inglaterra e o Flanders apoiaram o papa de Roma.

Por outro lado FrançaEspanhaEscócia, e todas as nações aliadas da França apoiaram o antipapa de Avinhão. Os Papas excomungaram-se mutuamente, enviando mensageiros para a cristandade defendendo sua causa. Posteriormente Bonifácio IX sucedeu Urbano VI em Roma e Bento XIII sucedeu Clemente em Avinhão. Vários clérigos reuniram-se em concílios regionais na França e em outros lugares, sem resultado definitivo. O rei da França e seus aliados em 1398 deixaram de apoiar Bento e Geoffrey Boucicaut, sitiou Avinhão, o bloqueio privou o antipapa de comunicação com todos aqueles que permaneceram fiéis a ele. Bento retomou a liberdade somente em 1403Inocêncio VII já tinha sucedido Bonifácio de Roma, e após um pontificado de dois anos, foi sucedido por Gregório XII.
Em 1409 um concílio que se reuniu em Pisa acrescentou um outro antipapa e declarou os outros dois depostos. Depois de muitas conferências, discussões, intervenções do poder civil e várias catástrofes, o Concílio de Constança (1414) depôs o Antipapa João XXIII, recebeu a abdicação do Papa Gregório XII, e finalmente, conseguiu depor o Antipapa Bento XIII. Em 11 de novembro de 1417, o concílio elegeu Odo Colonna, que tomou o nome de Martinho V, terminando assim o grande cisma do Ocidente. O prestígio da Santa Sé foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação da doutrina conciliar, que sustenta que a autoridade suprema da Igreja encontra-se com um concílio ecumênico e não com o papa, sendo efetivamente extinta no século XV.
O prestígio do papado foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação da doutrina conciliar, que sustenta que a autoridade suprema da Igreja encontra-se com um concílio ecumênico e não com o papa, sendo efetivamente extinta no século XV.

Continua na 2ª parte ...

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